I
PATRÍCIA
BARETTA
SÍFILIS:
PREVALÊNCIA
EM
GESTANTES
E
RECÉM-
NASCIDOS
Trabalho
apresentado àUniversidade
Federalde Santa
Catarina,para a
conclusãodo
cursode
Graduação
em
Medicina.
Florianópolis
Universidade
Federal
de Santa Catarina
2003
PATRÍCIA
BARETTA
SÍFILIS:
PREVALÊNCIA
EM
GESTANTES
E RECÉM-
NASCIDOS
Trabalho
apresentado àUniversidade
Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo
cursode
Graduação
em
Medicina.Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Edson
Cardoso
Orientadora:
Profa
Dra
Anelise
Steglich
Souto
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa Catarina
2003
DEDICATÓRIA
Obrigada
pela paciência e pela
compreensão
Obrigada por
suportar
a
distânciacom
serenidade,
Pelas
horas
de conversa para
tentaranimar-me
e
não
me
deixar
desistirObrigada.
_ _Obrigada por
estarsempre
por
perto,mesmo
que
distante.Obrigada
pelo
apoio,Pelo
amor
incondicional,Pelos conselhos
sem
fun, Obrigada...É
o
fim
da
jornada
tãosonhada,
Mas
o
começo
de
uma
nova
batalha.Obrigada
pela
confiança
Pelo
colo
E
pela
amizade...Cheguei
onde
estou
E
lutareipara
sercada vez
melhor,
Porque há
vocês...Vocês
que
me
ensinaram o
amor
acima
de tudo
O
perdão, a
persistênciaE
o
respeitopelo
próximo.
Levarei
comigo o
carinho,a
ternura,E
mostrarei a todos
que,Se sou o
que
sou
Devo
issoà
bênção
de
tervocês,
MÃE
E
PAI,
Comigo
para todo
o
sempre...OBRIGADA
AM0
vocÊs
11
AGRADECIMENTOS
Agradeço
a colaboração e a paciência deminha
orientadora Professora Dra. Anelise.Agradeço
às minhas amigas DeniseCaon
de Souza, Carla Feix, Roseli dos Santos, JulianaSchmitz, Cristiane Eyng, Fernanda Philippi, Karin
Hedwig
Stricker pela ajuda nas horas dedesespero, elas
que
lutaram tanto quanto eu para chegar ao finaldo caminho
e verque
valeu a pena, tanto pelos erros quanto pelos acertos e tanto pelas decepções quanto pelas conquistas.Ao
meu
amigo Eduardo
Jorge pela ajuda dispensada apesardo
próprio trabalhoque o
ocupava.
Agradeço
àminha
família, por estar sempre presente, por ser compreensiva devido àdistância e principalmente
minha
mãe
Vera
Lúcia Aver,meu
pai Elmerindo Baretta emeu
irmão
Samuel
Baretta, por seuamor
incondicional queme
manteve
em
pé, lutando atéo
final.Agradeço
aDeus
pela proteção, pela iluminação nas horas dificeis.Agradeço
a todos quedireta
ou
indiretamenteme
auxiliaram na conclusãodeste trabalho.SUMÁRIO
RESUMO
... ..SUM1\/IARY
... .. 1INTRODUÇÃO
... .. 2OBJETIVOS
... _. 3MÉTODO
... ._4
RESULTADOS
... .. 5DISCUSSAO
... .. 6CONCLUSÕES
... ._NORMAS
... . .REFERÊNCIAS
... ..APÊNDICE
... ..ANEXO
... .. ivRESUMO
Sífilis é
uma
doença
sexualmente transmissível produzida peloT
reponema
pallídum.A
sífilis congênita é
uma
infecção causada pela disseminação hematogênicado
microorganismo da gestante infectada para o seu concepto,Este trabalho teve
como
objetivo avaliar a ocorrência de sífilis nas gestantes quetiveram seus partos
no
Hospital Universitário - Universidade Federal de Santa Catarina, eanalisar os fatores associados à presença de sífilis congênita nos seus recém-nascidos. Para
tanto, foram analisados prontuários de 531 puéiperas e seus recém-nascidos.
A
prevalência de sífilisna
gestante foi de0,94%
e de sífilis congênita de 0,75%. Fatorescomo
idade materna, raça, renda familiar, escolaridade,número
de consultas pré-natal e estado civilnão
mostraram correlação significativacom
a ocorrência de sífilis congênita.O
único fator que esteve associado à ocorrência de sífilis congênita foi
o
maiornúmero
degestações.
Verificou-se,
em
nosso meio,que
as medidas de redução de sífilis congênita obtiveramalgum
resultadoMesmo
assim, os esforços na eliminação destadoença
devem
continuar,visando à incidência
menor
ou
igual aum
caso/ 1000 nascidos vivos proposta pelo Ministérioda Saúde.
SUMMARY
Syphilis is a sexually transmissible disease produced
by
theTreponema
pallidum.Congenital syphilis is an infection caused
by
hematogenic dissemination of themicroorganism
from
the infected pregnantWoman
to her concepto.The
objective of this studywas
to evaluate the syphilis occurrence in pregnantwomen
who
delivered their babies at the Hospital Universitário-
UFSC
and to analyse the factorsassociated to the presence of congenital syphilis in their newborns. For that, data from 531
puerperants and their babies
were
analysed.The
prevalence of syphilis in pregnantwoman
was 0,96%
andof
congenital syphiliswas
0,75%.The
occurrence of congenital syphilis does notshow
significant correlation withfactors as pregnant
women
age, race, family income, education,number
of prenatalconsultations and marital status.
The
only factor that had been associated with the occurrenceof
congenital syphiliswas
the multiparity.We
verified in our center that the measures to reduce congenital syphilis have obtainedsome
result ifwe
compare
our0,75%
index with the Brazilian index of2%.
Even
so, the eflbrts to eliminate this disease should continue, seeking an incidence smaller to 1 case/ 1000alive newborns, proposed
by
Health Ministry.1
INTRoDUÇÃo
Sífilis é
uma
doença
sexualmente transmissível provocada peloTreponema
pallídum 1.A
sífilis congênita éuma
infecção causada pela disseminação hematogênicado
microorganismo da gestante infectada para o seu concepto, sendo que a transmissão
pode
ocorrer
em
qualquer fase gestacional.A
taxa de transmissão verticalda
sífilisem
mulheresnão
tratadas é de70
a100%
na fase primária e secundária da doença, reduzindo para 30 a40%
na fase latenteou
terciáiia 2.A
taxa de morte perinatal é deem
média
40%
nas criançasinfectadas 2” 3' 4.
Em
nosso meio, Duarte et al.5 verificaramem
1994, que a sífilis representa asegunda causa
de
óbito fetal, ficando apenas após as síndromes hipertensivas.Até
60%
das criançascom
sífilis congênita apresentam-se assintomáticas aonascimento,
podendo
desenvolver sintomatologiameses ou
anos mais tarde.De
acordocom
aidade de apresentação
da
sintomatologia, a sífilis congênita é dividida em:1
-
precoce-
quando
a sintomatologia surge até os dois anos de vida e são: baixo peso, corizaserossangüinolenta, obstrução nasal, prematuridade, osteocondrite, periostite
ou
osteíte, choroao manuseio, hepatomegalia e esplenomegalia, alterações respiratórias/pneumonia, icterícia,
anemia severa, hidropsia, edema, pseudoparalisia dos
membros,
fissuras periorificiais,condiloma plano,
pênfigo
palmo-plantar e outras lesões cutâneas._
2
-
tardia-
quando
a sintomatologia surge a partir dos dois anos de vida e são: tíbiaem
lâmina de sabre, fronte olímpica, nariz
em
sela, dentes incisivos medianos superioresdeformados (dentes de Hutchinson), mandíbula curta, arco palatino elevado, ceratite
intersticial, surdez neurológica, dificuldade
no
aprendizado, retardo mental 2.Os
fatores epidemiológicos de risco para a sífilis congênita são: a não realizaçãodo
pré-natal, pré-natal inadequado
ou
incompleto-
assistência de baixa qualidade,mãe
com
múltiplos parceiros,
mãe com
outras doenças sexualmente transmissíveis(DSTs)
e uso de drogas injetáveis pelamãe
ou
pelo parceiro 2.O
rastreamento e diagnóstico da sífilisem
gestantes e sífilis congênitapodem
ser feitosatravés
do
VDRL
(Veneral Diseases Research Laboratory),RPR
(RapidPlasma
Reagin),FTA-Abs
(FluorescentTreponemal
Antibody-
Absorption),TPHA
(Treponema
PallidumHemaglutination)
ou
ELISA
(Enzyme-Lynked Immunosorbent
Assay).Também
pode
serfeito
Rx
de ossos longosem
recém-nascidos(RN)
suspeitos,mesmo
assintomáticas, poisem
2
deve ser realizado
em
todos os recém-nascidosque
se enquadraremna
definição de caso, poisa conduta terapêutica dependerá
da
confirmaçãoou não
de neurossífilis 2.A
medida
de controleda
sífilis congênita mais efetiva consisteem
oferecer a todagestante
uma
assistência pré-natal adequada, realizandoo
testeVDRL
e o tratamento imediatodos casos diagnosticados (inclusive dos parceiros, evitando a reinfecção
da
gestante). Antesda gravidez, as medidas de prevenção e controle são
0
uso regular de preservativos, a reduçãodo
número
de parceiros sexuais e o tratamento imediato dos casos diagnosticados de sífilisem
mulheres e seus parceiros 2.
A
recomendação do
Ministério daSaúde
é que se realize o testeVDRL
ou
RPR
no
primeiro trimestre da gravidez,
ou
na primeira consulta, e outrono
iníciodo
terceiro trimestreda
gravidez.Na
triagem para sífilisno
localdo
parto, realizaro
VDRL
ou
RPR
em
todamulher admitida para parto
ou
por abortamento,ou
devido a outras intercorrências durante agestação. Realizar
VDRL
ou
RPR
em
amostra de sangue periférico de todos osRN
cujasmaes
apresentaramVDRL
reagente na gestaçãoou no
momento
do
parto,ou
em
caso desuspeita clínica de sífilis congênita ZA.
A
Secretariado
Estado daSaúde
de Santa Catarina,em
mala direta entregue aosprofissionais de saúde
em
2002, propõecomo
rotina a realização deVDRL
no
primeirotrimestre de gestação
ou
primeira consulta pré-natal, e outrano
terceiro trimestre de gestação.Na
admissão para o parto,o
testeVDRL
deverá ser feito nas gestantesnão
testadasno
pré-natal, gestantes
não
testadasno
terceiro trimestreou quando
os resultadosnão
estãodisponíveis
na
admissão parao
parto 6.O
tratamento preconizado pelo Ministério daSaúde
para as gestantescom
sífilis é usarPenicilina
G
Benzatina 2.400.000UI
(unidades internacionais),IM
(intra-muscular), doseúnica para a sífilis primária; duas doses
com
intervalo deuma
semana
para a sífilis secundáriae sífilis latente recente e três doses
(em
três semanas) para sífilis tardia, sífilis terciáriaou
com
duração ignorada.
O
tratamento e seguimentodo
parceirodevem
ser realizadossimultaneamente ao
da
gestanteM.
A
conduta para osRN
de mulherescom
sorologia positivana
gestaçãoou
parto estásumarizada
no
anexo 1 2.Pode-se apresentar
como
definição de caso de sífilis congênita, segundo o Ministéno da1
-
toda criança cujamãe
teve sífilisnão
tratadaou
tratada inadequadamente,ou
seja,aplicação de qualquer terapia
não
penicilínicaou
penicilínica incompletaou
instituição detratamento penicilínico dentro dos
30
dias anterioresdo
parto. Isto independente da presençade sinais, sintomas
ou
resultados laboratoriais;ou
2
~
toda criançaque
apresentar testenão
treponêmico(VDRL,
RPR)
positivo para sífilise
alguma
das seguintes condições:- Evidência de sintomatologia de sífilis congênita
no
exame
fisico- Evidência de sífilis congênita
no
exame
radiológico; - Evidência de alterações liquóricas;- Título
de
anticorposnão
treponêmicosdo
recém-natomaior
ou
igual a 4 vezes o titulomaterno,
na
ocasiãodo
parto;- Evidência de elevação de títulos de anticorpos
não
treponêmicosem
relação a títulosanteriores;
- Positividade para anticorpos
IgM
contraT
reponema
pallídum. ;ou
3
-
toda criançacom
evidência laboratorialdo
Treponema
pallidumem
material colhidode lesões, placenta, cordão umbilical
ou
necropsia,em
exame
realizado através de técnicas decampo
escuro, imunofluorescênciaou
outra coloração especifica (caso confinnado),ou
4
-
toda criançacom
teste não treponêmico positivo após o sextomês
de idade, excetoem
situação de seguimento pós-terapêutico e de sífilis adquirida;ou
5
-
todo caso de morte fetal ocorrida após20
semanas de gestaçãoou
com
peso maior que500
gramas, cuja mãe, portadora de sífilis,não
foi tratadaou
foi tratada inadequadamente,é definido
como
natimorto por sífilis.Esta definição é
uma
adaptação da definição publicadaem
1989
pelo Centers for Diseases Controland
Prevention(CDC)7
dos EstadosUnidos da
América.Apesar
de ser conhecido o seu agente etiológico, omodo
de transmissão e existirterapêuticas efetivas
que
possibilitam elevados índices de cura,o
número
de casos relatadosde sífilis voltou a aumentar, principalmente a partir de 1980, e atualmente a sífilis representa
sério problema de saúde pública
em
muitos países, inclusiveno
Brasil 3'8'9°1°.A
ocorrência desífilis congênita evidencia a insuficiência dos programas de controle da sífilis, principalmente
em
gestantes, refletindo, por conseguinte, as precárias condições de educação e deatendimento à saúde
da
população brasileira 9.O
número
de casos de sífilis congênita a partir4
mobilização dos sistemas de saúde,
o
mesmo
não
ocorrendono
Brasil,onde
a incidênciacontinua elevada U. Diante deste quadro, o Ministério da
Saúde
propôs,em
1993, a~
eliminaçao da sífilis congênita, tendo
como
objetivo, incidênciamenor
ou
igual aum
caso/ 1 .OO0 nascidos vivos até o ano de
2000
U.A
sifilis congênita édoença
de notificação compulsória e de investigação obrigatóriadesde
22
dedezembro
de1986
através de Portaria n°542
criada pelo Ministérioda
Saúde
12.Recentemente o Ministério da
Saúde
instituiuo
Projeto Nascer-
Maternidades, o qualvisa reduzir a transmissão vertical
do
Vírus da ImunodeficiênciaHumana
(HIV)
e amorbimortalidade associada à sifilis congênita,
promovendo
a realização de testeslaboratoriais
em
todas as parturientes atendidasno
SistemaÚnico
deSaúde
(SUS).O
projetotem
por finalidade a qualificação dos profissionais da área da saúdeno que
diz respeito à melhoriado
atendimento à gestante, puérpera eRN,
garantindo o diagnósticodo
HIV
esifilis?
Em
pesquisa realizada na maternidadedo
HospitalFundação
SantaCasa
deMisericórdia
do
Pará,no
período demaio
a setembro de 1996, a incidência de sifilis congênita foi de9,1%
3.Em
estudo realizadono
Hospital Universitário RegionalNorte
do
Paraná,em
Londrina, a soroprevalência da sifilis nas gestantes atendidas
no
local foi de1,6%
13.Em
3.664 recém-nascidos
em
matemidade
deSão
Paulo (São Paulo),no
período dedezembro
de1991 a julho de 1992,
5,6%
tinhamVDRL
positivo 14.Na
cidade de Ribeirão Preto,no
ano de1991,
em
pesquisa realizadacom
3.195 gestações resolvidas, a freqüência de sífilismatema
foi de2,3%
5 _Em
Florianópolis,no
ano de 1.992, verificou-seuma
prevalência de2,9%
em
pacientes atendidos
no
ambulatóriodo
Hospital Universitárioda
Universidade Federal deSanta Catarina, sendo
que
eram
soropositivos3,6%
dos homens,2,4%
das mulheres eno
ano de 1995, a prevalência foi de3,4%
em
homens
e2,9%
em
mulheres”.Dados
dosConsolidados Estaduais dos Relatórios Trimestrais dos
429 Grupos de
investigação de SífilisCongênita
-
GISC
(localizadosem
maternidades e serviços de pré-natal) indicaram queno
período de agosto de
2000
a agosto de2001
ocorreram 1.736 casos de sifilis congênita entre87.336 nascidos vivos (19,87 casos/ 1000 nascidos vivos) IUÕ.
Bateman
e1al."em
1977, baseadoem uma
análise conduzida peloCDC
de Atlanta, nos Estados Unidos, reveiou que o customédio
de tratamento deuma
criançacom
sífiliscongênita foi
US$
11.031 maior queuma
criançasem
sifilis. Ajustando este custo para outrasou
prematuridade,o
custo ainda foiUS$
4.690 maior.A
partir destes dados, estimou-seque
ocusto anual ajustado
do
tratamento para sífilis congênita nos EstadosUnidos
foi deUS$
18.4milhões.
Considerando a simplicidade da testagem e terapêutica de sífilis materna e
o
elevadocusto da sífilis congênita, assim
como
seus danos possíveis aoRN,
torna-se mais fácilcompreender
porque a relação custo beneficio da prevenção da sífilis congênita é tão favorável 18.Para avaliar os resultados das medidas de controle da sífilis congênita, é necessário que,
periodicamente, as maternidades
verifiquem
a ocorrência desta doença, assimcomo
a soroprevalência materna.ó
2
OBJETIVOS
2.1 Verificar a prevalência de sífilis
na
gestante e de sífilis congênitaem
maternidade dehospital público.
7
3
MÉTODO
3. 1 Delineamento
Este é
um
estudo observacional, transversal e de coleta retrospectiva dos dados.3.2
Amostra
O
tamanho
da amostra foi calculado baseadono número
provável de nascimentosno
periodo de
um
ano
(média 150/mês). Considerando a soropositividade para sífilisem
gestantes
em
2%
eum
nível deconfiança
de95%,
chegou-se ao valor de 531 gestantes.Inicialmente, 543 gestantes e seus
RN
com
partos realizadosno
período denovembro
de2001
a
novembro
de2002 no
Hospital Universitário (HU), Florianópolis-
SC
foram
selecionadasde forma aleatória para o estudo, isto é, nascimentos ocorridos durante
o
período de estudo,em
dias pré-determinados (2 a 3 vezes por semana).Após
seleção, 12 prontuários analisadosnão
continham informações suficientes para a realização da pesquisa eforam
excluídosdo
trabalho. Dentre estes, havia
um
caso de fetomorto
(FM).3.3 Procedimentos
Os
dados foram coletadosem
prontuários fornecidos pelo Serviço de Prontuáriodo
Paciente (SPP)
do
HU.
Quando
o resultado de testeVDRL
não
se encontravano
prontuário,este foi obtido
no
laboratóriodo
hospital.Utilizando-se
uma
ficha
previamente elaborada (apêndice), foram coletados dados dasgestantes sobre: idade, raça, estado civil, escolaridade, ocupação, renda familiar, gestações
anteriores, n° de consultas pré-natais e resultados de
VDRL
duranteo
pré-natal; e dados dosRN
sobre: gênero, idade gestacional, índice de Apgar, peso ao nascimento.A
idadegestacional,
que
para fins de cálculos foi consideradaem
semanas completas, era estimadapelo neonatologista assistente através dos
métodos
de Capurro 19ou
Ballard 2°.Nos
casoscom
diagnóstico de sífilis congênita, de acordo
com
a definiçãodo
Ministérioda
Saúde, foramverificadas ainda a sintomatologia e avaliação laboratorial.
De
acordocom
a rotinado
serviçono
períododo
estudo, todas as gestantes admitidaspara parto
eram
submetidas a testagem sorológica(VDRL)
se esta não havia sido realizadano
último trimestre
ou
seu resultadonão
disponível,ou
ainda se ocorrera soropositividade duranteo
pré-natal.Em
caso deVDRL
materno positivo,também
era testadoVDRL
no
8
sangue periférico
do
neonato.VDRL
do
líquor eRx
de ossos longoseram
realizadosquando
indicados.
3.4 Análise estatística
Os
dados colhidos foram armazenadosno programa
Epidata 2.0 e transportados aoprograma
Epiinfo604
para análise dosmesmos.
O
nível de significância estabelecido foi de5%.
Foram
utilizados os testes de qui-quadrado e análise da variânciano
tratamento9
4
RESULTADOS
No
período de 15 denovembro
de2001
a 14 denovembro
de2002
ocorreram 1668 nascimentosno
HU
- UFSC.
531 binômios(mãe
eRN)
foram estudados.A
média da
idade das gestantesdo
estudo foi de24
anos,com
mediana
de 25,1 anos.343
(65%)
das mulhereseram
“do lar” enquanto 188 (35%)
trabalhavam “fora de casa”.As
demais característicasmatemas
estão sumarizadasna
tabela 1 efigura
1.Tabela
1-
Característicasdas
531 mulheres
estudadas
com
seus valores
absolutos e
porcentagem
n%
Estado Civil Solteira47
8,9Casada
201 37,9União
Estável272
51,2 Separada 8 1,5Viúva
3 0,6 EscolaridadeNenhuma
3 0,6 1°. grau incompleto208
39,2 1°. grau completo 141 26,5 2°. grau completo 121 22,8 superior 58 10,9Renda
Familiar (salários mínimos)<
3 261 49,4 3 a 5 165 31,2>
5 102 19,3 n° de gestações 1204
38,4 2 153 28,8 3ou
mais 174 32,8Aborto
prévioSim
124 23,4Não
407
76,6 n° de consultas pré-natalNenhuma
6 1,1 1 a 5 consultas 186 34,9 6 consultasou
mais339
63,810 17% (91)
I
brancaI
não branca 83% (440)Figura l -Dismbuiçãodaraçaentreas 531 mulheresestudadas
Dos
RN
participantesdo
estudo,288 (54%) eram do
gênero masculino e 243(46%) do
feminino.
A
idade gestacional,o
peso ao nascer eo
índice deApgar no
5° minutopodem
serobservados na tabela 2.
Tabela 2
-
Característicasdos 531
RN
estudados
Média
Desvio padrão Idade gestacional (semanas) 38,6 2,1Peso
ao nascimento (g) 3.210 624,28Apgar
5° minuto 9 0,66Das
gestantes estudadas, 7 tiveramVDRL
positivoem
algum
momento
da gestação.Duas
delas tiveramVDRL
positivo (título 1:1) somenteno
primeiro trimestreda
gestação, negativando depois de repetidoo
exame. Portanto, 5 (0,94%) mulheresdo
grupo estudadoeram
sororreagentes para sífilis. Destas, duas tiveram sorologia positivano
2°. e 3°. trimestrede
gestação, sendoque
uma
delas realizouo
tratamento corretamente ena
admissão para oparto 0
VDRL
era negativo; na outra,o
tratamento foi considerado incompleto. Outra gestante teveVDRL
positivono
1°. e 2°. trimestre, assimcomo
na
admissão parao
parto e otratamento era duvidoso. Outra,
o
VDRL
foi positivono
1°. e 3°. trimestre, assimcomo
naadmissão para
o
parto enão
fizera tratamento completo.A
última teve seu diagnóstico apenasna
admissão parao
parto,sem
história deexames
laboratoriaisou
tratamento durante a gestação.Os
testesVDRL
com
positividadeem
título baixo (1:1) foramconfirmados
com
como
portadoresda
doença. Destes, apenasum
teveVDRL
de sangue periférico reagente.O
VDRL
do
líquor foi realizadoem
doisRN,
sendoambos
não
reagentes.O
Rx
de ossos longosfoi realizado
em
três dos quatroRN,
sendo todos considerados dentro dos padrões denormalidade.
Todos
osRN
foram assintomáticos ao nascimento enão
manifestaramsintomatologia durante o período
em
que
se encontraramno
HU.
A
situação sorológica,o
tratamento das 5mães
e investigação de seusRN
expostos acimapodem
ser visualizadosna
tabela 3.Tabela
3
-
Situação sorológica e tratamento
das
5mães
soropositivaspara
sífilisdurante
o
estudo e investigação
de
seus
RN
Tratamento Recém-nascidos
VDRL
matemo
(título)matemo
na1
VDRL
gestação
1°. tri 2°. tri `3°. tri
l
parto É *
sangue llíquor'
Rxossos
lsintomatologia
15
NR
l1:4 l
1:2
*NEGl
Adequado
ÍNEG
lNR
Normal
'Nenhuma
2
NR
Í 1:16 Í 1:4ÍNEG
llncompletolNEG
ÍNEGÍ
Normal
lNenhuma
3 1:4 1:4
NR
1:1Duvidoso
NEG NR
Normal
Nenhuma
4
1:16NEG
1:2 1:1 Incompleto 1:1NEG
Normal
Nenhuma
n
Ns
5NR
NR
NR“
1:1ao
NEG NR
NR
Nenhuma
realizado NR: não realizado iNEG:
negativoA
distribuição dosRN
de acordocom
o
gênero,como
está representadona
figura 2, nos12
com
smus
CONGÊNITA
SEM
sirrusCONGÊNIIA
0%
(0)
Imasculino ig;/"' Imasculino
Ifemjnino ( `)
54% Iferninino
l0O°/ 0 (284)
(4)
p = 0,08 Figura 2 - Distribuição dos
RN
estudados segundo o gênero e sendo portadores ou não de sífilis congênita.Da
mesma
forma,não houve
diferença significativa entre osRN
com
ou sem
sífilisquando comparados o
peso ao nascer, idade gestacional eApgar
de 5° minuto (tabela 4).Tabela 4
-
Distribuição
dos
RN
estudados
com
ou
sem
sífilis,de acordo
com
idade
gestacional,peso ao
nascer e
Apgar
no
5° minuto.
Com
SífilisSem
SífilisP
Média
DP
Média
DP
Idade gestacional (semanas)
39
0,8 38,6 2,1 0,76Peso ao
nascimento (g) 3.156724
3.162624
0,98Apgar
5° minuto 8,5 1 8,9 0,6 0,19DP: desvio padrão
Dentre as caracteristicas matemas, a idade
média
dasmães
cujos filhos tiveramou não
odiagnóstico de sífilis congênita foi de
24
anos (4,08 de desvio padrão) e 25,11 anos (5,96 de desvio padrão) respectivamente (p= 0,7).A
comparação
de outras características matemo-obstétricas dosRN
com
ou
sem
sífiliscongênita
pode
ser observada na tabela 5.O
número
de gestações foi significativamente maiorTabela
5- Comparação
de
característicasdas
mães
dos
RN
estudados
com
sem
sífiliscongênita
Com
SífilisSem
sífilisn (%)
H(%)
P
Raça
Branca
Não
Branca
Estado Civil SolteiraCasada
União
Estável SeparadaViúva
EscolaridadeNenhuma
1°. grau incompleto 1°. grau completo 2°. grau completo superior Trabalha foraSim
Não
Renda
Familiar (salários minimos)<3
3a5
>5
Abono
prévioSim
Não
n° consultas pré-natalnenhuma
1 a 5 consultas 6 consultasou
mais n° de gestações,média (DP)
3(75%)
1(25%)
1(25%)
0 3(75%)
0 0 0 4(100%)
0 00
0 4(100%)
2 (50%)
0 0 1(25%)
3(75%)
0 1(25%)
3(75%)
3,8 (1,5)437
(s2,9%)90
(17,1%)46
(s,7%) 201 (3s,1%)269 (51%)
s (1,5%) 3 (0,6%) 3 (0,6%)204
(3 13,7%) 141 (26,7%) 121(23%)
5s(11%)
188 (35,7%)
339
(64,3%)259
(49,2%) 165 (31,4%) 102 (19,4%) 123 (23,3%)404
(76,7%) 6 (1,1%) 1s5 (35,1%)336
(63,13%) 2,3 (1,6) 0,8 0,51 0,27 0,33 0,55 0,99 0,36 0,03 DP: desvio padrão14
5
DISCUSSÃO
A
Sífilis Congênita éuma
infecção causada pela disseminação hematogênicado
microorganismo
da
gestante infectada para o seu concepto, cuja incidênciano
Brasil foi de1,98%
entre o período de agosto de2000
a agosto de2001
(detectados 1.736 casos de sífiliscongênita entre 87.336 nascidos vivos) U.
No
presente trabalho,o
percentual de sífilis nas gestantes foi de0,94%
e a prevalênciade sífilis congênita foi de 0,75%,
ou
seja, quatro casos entre 531 nascimentos.Em
três(75%)
deles, as
mães
tiveram diagnóstico duranteo
pré-natal, sendoque
duas receberam tratamentoincompleto e
uma
não
tinha referência quanto ao tratamento.No
quarto caso,não houve
diagnóstico durante
o
pré-natal (não foram realizados exames), somente na admissão para oparto,
embora
amãe
tivesse realizado duas consultas. Entre as outras gestantes investigadas,uma
teve diagnosticada sífilis duranteo
pré-natal e foi tratada corretamente e duas tiveramVDRL
positivono
primeiro trimestre, na titulação 1:1, repetindo após,dando
resultadonegativo.
De
acordocom
a literatura 9° 13, é sabido que a reaçãoVDRL
sofre influência deoutras situações
ou
enfermidades, inclusive da gestação,onde
testesnão
treponêmicoscomo
oVDRL,
podem,
em
títulos baixos, representar falso resultado, necessitandoconfirmação
portécnica específica para este
fim,
como
por exemplo,o FTA-Abs.
Isto justificaria os casosfalso positivos encontrados neste trabalho.
Na
literatura pesquisada,tem
sido descritauma
distribuição equivalente entre meninosemeninas 22. Neste estudo,
100%
dos casos de sífilis congênitaeram do
sexo masculino,diferença esta
não
significativa (p=
0,08).A
não
ocorrência de sífilis congênitaem
bebêsfemininos pode-se dever ao
pequeno
número
de casos encontrados.De
acordocom
os últimos dados de sífilis congênita notificados peloSINAN
no
períodode
abril a julho de 1998, amediana
de idade materna foi de22
anos(em
um
total de46
notificações) e
53,2%
tinham apenas o primeiro grau de escolaridade.70,2%
dasmães eram
donas de casa,
58,3%
tinham tido até duas gestações anteriores,58,3%
não
tinham consultasde pré-natal registradas e
20,8%
realizaram de 4 a 6 consultas.A
sífilis na gravidez foidiagnosticada
em
34%
U.No
presente trabalho, evidenciou-seque
amediana
de idadematema
foi de24
anosentre toda a amostra, sendo
que
os casos diagnosticados (quatro casos) tiveramcomo
idadeonde
as gestantes encontravam-se na faixa etária de 19 a 28 anos 5' 23.O
nível de escolaridade
materna
também
foi baixo-
100%
delas tinham apenaso
primeiro grau incompleto.As
quatromães eram
donas de casa e quanto à renda familiar,50%
dasmães
tinham renda de até trêssalários
mínimos
e das outras duasnão
foram encontrados dados a respeito.Todas
asmães
com
sífilis tiveram pelosmenos
duas gestações anteriores. Relativo às consultas de pré-natal,os
números
foram 2, 6, 7 e 9 consultas entre os casos diagnosticados. Observando-se onúmero
de consultas de pré-natal, poderia ser esperadoum
tratamentoadequado
e a prevençãoda
ocorrência de sífilisno
recém-nascido.Mascola
et al. 21 consignaram,em
estudo realizadono
Texasque
66%
dasmães
com
sífilis
eram
solteiras. Neste trabalho, observou-se que25%
dasmães
deRN
com
sífiliscongênita
eram
solteiras e75%
delas tinham história de união estável. 75%
dasmães eram
daraça branca e
25%
de raçanão
branca, istopode
se dever à prevalência maior da população brancano
suldo
país, apesar de quenão
há associação biológica entre a raça eo
risco detransmissão de sífilis para
o
feto 23.Ainda
no
relatóriodo
SINAN,
dentre as crianças,6,4%
foram natimortos; dos nascidosvivos,
72,7%
eram
assintomáticas ao nascer,com uma
mediana
de peso de 2.957g.A
taxa deóbito pós-natal foi de
4,4%
U.Quanto
às criançascom
sífilis congênita, diagnosticadas duranteo
estudo, a idade gestacional teveuma
média
de39
semanas.A
média
de peso aonascer foi de 3.156 g.
Nenhuma
das crianças apresentou sinais clínicos ao nascimento e todas tiveram alta hospitalar clinicamente estáveis,sem
registro de óbito.Não
se verificou ocorrência de natimortos entre a amostra estudada.O
único casoinicialmente verificado foi excluído por falta de informação
no
prontuário e, verificado oestudo sorológico desta mãe, constatou-se
VDRL
negativono
3° trimestre.A
ausênciade
natimortosna
amostra,que
foi aleatória, poderia ser justificada pela baixa ocorrênciano
serviço,
que
foi 14 casosno
periodo estudado.Este estudo evidenciou
que no
nosso meio, as medidas para redução de sífilis congênitajá obtiveram
algum
resultado,uma
vez que,do
esperado índice de2%,
encontrou-se 0,75%.Porém,
levando-seem
consideração a propostado
Ministérioda Saúde
de eliminação dasífilis congênita, tendo
como
objetivo incidênciamenor
ou
igual a 1 caso/ 1.000 nascidosvivos até
o
anode
2000, pode-se dizer que o índice de 7,5 casos /1.000 nascidos vivos ainda éó
coNcLUsÕEs
A
prevalência verificada de sífilis na gestanteque
teve seu partono
Hospital Universitário
no
período estudado é de0,94%
e de sífiliscongênita de 0,75%.
As
mães
de criançascom
sífilis congênita tiveramnúmero
de gestaçõessignificativamente maior.
Não
se verificou diferença nas demais17
N
ORNIAS
Foi utilizada para a realização deste trabalho a
NORMATIZAÇÃO
PARA
OS
TRABALHOS DE
CONCLUSÃO
DO
CURSO DE
GRADUAÇÃO
EM
MEDICINA.
Resolução n° 001/2001do
Colegiadodo
Curso deGraduação
em
Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina, julho de 2001.Para as referências
foram
utilizadas asnonnas
determinadas pela convenção de Vancouver.18
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evitar,como
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MMWR
3-9-1999;DADOS
DA
MÃE
11°Nome:
Idade: Registro:Raça: |:| branca |:|
não
brancaEstado Civil:
E
solteiraCl
casadaE
união estávelEscolaridade:
E
nenhuma
EI
1° grau incompletoÚ
1° grau completoÚ
2° grau incompleto 1:] 2° grau completoE
superior Trabalha fora: 1:] sim 1:]não
Renda
familiar:E
até 3 saláriosmínimos
1:] de 3 a 5 saláriosmínimos
1:]
de
5 a 10 salariosmínimos
É
mais de 10 saláriosmínimos
G__P__C;A____
N°
consultas pré-natal:___
VDRL:
:
1° trimestre :Ú
positivoCI
negativo:
2° trimestre 1 III positivoÚ
negativo:
3° trimestre :El
positivoE]
negativo~
_
admissaodo
parto 1C]
positivo 1:] negativo__
não
realizadoDADOS
DO
RN
Data
de Nascimento:__/_/__
Gênero:E]
masc. 1:] fem. Reg.: IG: |:] Capurro 1:] BallardApgar: 1° minuto 5° minuto
Peso
ao nascimento:VDRL
líquor:E
positivoCl
negativoEl
não
fezVDRL
sangue:CI
positivoÚ
negativo [__]não
fezEvolução
(manifestações clínicas):RX
ossos longos:E
normalÚ
alteradoE
1,\1ta dias[|
obiw
dias24
ANEXO
1-
Tratamento da sífilis congênitano
periodo neonatalSITUAÇAO
DO
TRATAMENTO MATERNO
Ignorado,
não
realizadoou
VDRL, Rx
ossos longosHemo
gramzn LiquidoCefalorraquidiano (LCR)
realizado inadequadamente
NO
RN
\
I I
Sem
alterações AlteraçõesClinicas e /
ou
clínicas laboratoriais Radiológicasou
somenteou
LCR
VDRL
positivo I Tratamentoadequado
VDRL
Se alterações clínica ou sorológica: Rx, Hemogrzuna,LCR
Sem
Alterações alterações clínicas, radiológicasou
LCR
TRATAMENTO
A
Tratamentos:“A”
=
PenicilinaG
Benzatina 50.000UI/Kg
(única)“B”
=
PenicilinaG
Cristalina 100.000 UI/Kg/dia, ev, 10 diasB
ou
C
Acomp.
ou
A
B
ou
C
“C”
=
PenicilinaG
Procaína 50.000 UT/Kg/dia, por 10 dias (1 dose diária)Alteração liquórica: 14 dias tratamento “B”.
Seguimento:
VDRL
mensalmente atéque
setome
não
reagenteNas
alterações deLCR,
reavaliação liquórica a cada 6meses
até a normalizaçãodo
mesmo.
TCC
UFSC
PE
0484 Ex.l N-Chfim-TCC UFSC
PE 0484Autor: Baretta, Patrícia
Título: Sífilis :prevalência
em
gesta_ 97 2 807714 Ac. 254079