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Academic year: 2021

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(1)16. CARLA DE OLIVEIRA TÔZO. O PAPEL DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS: A EXPERIÊNCIA DA ESTAÇÃO CIÊNCIA. Dissertação apresentada em cumprimento parcial às exigências do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, da UMESP - Universidade Metodista de São Paulo, para obtenção do grau de Mestre. Orientadora: Profª: Dra. Maria das Graças Conde Caldas. Universidade Metodista de São Paulo Curso de Pós-Graduação em Comunicação Social São Bernardo do Campo, 2005.

(2) 17. DEDICATÓRIA. Dedico este trabalho aos meus pais, Antonio Carlos Tôzo e Luiza Luzeide de Oliveira Tôzo e a minha irmã, Kelly Cristina Oliveira Tôzo, que estiveram o tempo todo ao meu lado me apoiando nos momentos mais difíceis dessa jornada..

(3) 18. EPÍGRAFE. Não basta que os resultados das investigações sejam conhecidos, elaborados e aplicados por alguns poucos especialistas. Se os conhecimentos científicos limitam-se a um pequeno grupo de homens, debilita-se a mentalidade filosófica de um povo, que assim caminha para o seu empobrecimento espiritual. Albert Einstein.

(4) 19. AGRADECIMENTOS Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, por ter permitido que eu chegasse aqui, apesar de todas as dificuldades enfrentadas. Aos meus pais Antonio Carlos e Luiza e minha irmã Kelly, pela paciência, amor, compreensão e apoio. A minha orientadora Graça Caldas, que esteve sempre do meu lado (desde a elaboração do projeto) me apoiando e ensinando o caminho das pedras. A Samantha Castelo Branco minha professora de Graduação, que foi uma das maiores incentivadoras para que eu iniciasse esse curso. A Maria Cristina Gobbi, que também incentivou a minha entrada no Mestrado e, com a qual aprendi muito sobre a vida acadêmica. A Universidade Metodista de São Paulo e à coordenação do Programa de PósGraduação em Comunicação Social, professor Dr. Sebastião Squirra. A todos os professores do Programa, pelos conhecimentos adquiridos, fundamentais para o meu crescimento intelectual, especialmente a professora de metodologia Cicília Maria K. Peruzzo. Aos professores Elizabeth Moraes Gonçalves e Wilson da Costa Bueno, que participaram da minha banca de qualificação. A todos os funcionários do Programa, em especial a Amanda Quintela e Márcia Pitton. Ao CNPq, que me ajudou financeiramente na etapa de conclusão desta dissertação. A direção da Estação Ciência (nas figuras dos profºs Wilson e Hamburger), funcionários (Cauê, Eneida, Chico, Evani, Marcos, Cleo, Cicília, Carmen, Rosane, entre outros), monitores (Rosana, Davi, Amaral, Welington, Fábio, entre outros), que possibilitaram a pesquisa de campo e responderam, pacientemente, as minhas indagações. A direção da Escola Lúcio de Carvalho Marques (Laércio), coordenação (Eliude), professores (Zeli), funcionários e alunos (4ª série A), sem os quais, este trabalho não teria sido realizado. A Flávia Natércia, Damiana Oliveira e Fabiana Franco pelas revisões de dissertação e traduções em espanhol e inglês respectivamente. A todos os meus amigos e parentes, que direta ou indiretamente, contribuíram para que esse projeto fosse concluído..

(5) 20. FOLHA DE APROVAÇÃO. A dissertação de mestrado em Comunicação Social sob o título “O papel da Divulgação Científica na formação das crianças: A experiência da Estação Ciência”, elaborada por Carla de Oliveira Tôzo, foi defendida no dia 05 de Abril de 2005, perante a banca examinadora composta por: Profª Dra. Maria das Graças Conde Caldas, Profª Dra Maria Cristina Gobbi e Profº Dr Cidoval Morais de Sousa tendo sido:. ( ) Reprovada (. ) Aprovada, mas deve incorporar nos exemplares definitivos modificações sugeridas pela banca examinadora, até 60 (sessenta) dias a contar da data da defesa.. (X) Aprovada (. ) Aprovada com louvor. Banca Examinadora :. ________________________________________ Maria das Graças Conde Caldas. _________________________________________ Maria Cristina Gobbi. _________________________________________ Cidoval Morais de Sousa. Área de concentração: Processos Comunicacionais. Linha de pesquisa: Comunicação Segmentada.

(6) 21. Projeto temático: Divulgação Científica e Políticas de Ciência & Tecnologia. SIGLAS ABC – ABCMC – ABJC – ADVB – ASTC – BSCS – CAPES – CBA – CCT – CDCC – CECIBA – CECIGUA – CECIMIG – CECINE – CECISP – CECIRS – CEPECA – CO² – CONDEPHAAT – CNPq – CTH – C&T – EC – ECA – EESC – EPTV – FAU – FAPEMIG – FAPERJ – FAPESP – FATEC – FEBEM – FFLCH – FINEP – FIOCRUZ – FM – FUNBEC – GT – IAC – IAG – IBECC – IF – IFSC – IME –. Academia Brasileira de Ciências Associação Brasileira dos Centros e Museus de Ciências Associação Brasileira de Jornalismo Científico Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil Associação dos Centros de Ciência e Tecnologia (EUA) Biological Sciences Curriculum Study Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Chemical Bond Approach Cultura Científica e Tecnológica Centro de Divulgação Científica e Cultura Centro de Ensino de Ciências da Bahia Centro de Ensino de Ciências de São Paulo Centro de Ensino de Ciências de Minas Gerais Centro de Ensino de Ciências do Nordeste Centro de Ensino de Ciências de São Paulo Centro de Ensino de Ciências do Rio Grande do Sul Centros de Estudos e Pesquisa da Criança e do Adolescente Gás Carbônico Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos Ciência e Tecnologia Estação Ciência Escola de Comunicações e Artes da USP Escola de Engenharia de São Carlos Emissoras Pioneiras de Televisão Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo Faculdade de Ensino Tecnológico Fundação Estadual do Bem- Estar do Menor Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e História Fundo de Incentivo Nacional ao Estudo e Pesquisa Fundação Oswaldo Cruz Faculdade de Medicina Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências Grupo de Trabalho Instituto Agronômico de Campinas Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura Instituto de Física Instituto de Física de São Carlos Instituto de Matemática e Engenharia.

(7) 22. INCE – INPA – INTERCOM – ISI – LABJOR – MAST – MEC – MCT – MTV – NAECIM – NASW – OEI – ONG – PADCT – PCN – PC&T – PEF – PISA – PUC – PRCEU – PREMEN – PROERD – PROESC – PSSC – RED POP – RICYT/CYTED – SARESP – SBPC – SESC – SMSG – SPEC – UBC – UFPE – UFRJ – UFSC – UMC – UMESP – UnB – UNICAMP – UNIFESP – UNIVAP – USP – VER CIÊNCIA –. Instituto Nacional do Cinema Educativo Instituto de Pesquisa da Amazônia Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação Institute for Scientific Information Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo Museu de Astronomia e Artes Afins Ministério da Educação Ministério de Ciência e Tecnologia Music Television Núcleo de Apoio à Educação em Ciências e Matemática Associação Nacional de Escritores da Ciência Organização dos Estados Ibero-Americanos Organização Não-governamental Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Parâmetros Curriculares Nacionais Política de Ciência e Tecnologia Programa de Estudos Fundamental Programa Internacional de Avaliação de Estudantes Pontifícia Universidade Católica Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária Programa de Expansão e Melhoria Programa Educacional de Resistência às Drogas Projeto Escola-Ciência Physical Science Study Committee Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia na América Latina e Caribe Rede Ibero-Americana de Indicadores de Ciência e Tecnologia Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência Serviço Social do Comércio School Mathematics Study Groupe Subprogramas Educação para a Ciência Universidade Brás Cubas Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal de Santa Catarina Universidade de Mogi das Cruzes Universidade Metodista de São Paulo Universidade de Brasília Universidade Estadual de Campinas Universidade Federal do Estado de São Paulo Universidade do Vale do Paraíba Universidade de São Paulo Mostra Internacional de Ciência na TV.

(8) 23. LISTA DE TABELAS TABELA 1 a 7 –. Visão da população sobre Ciência e Tecnologia .............................46 a 51. TABELA 8 –. Mídia especializada..........................................................................78 e 79. TABELA 9–. Estação Ciência em números.........................................................128 e129. TABELA 10 –. Equipe da Estação Ciência...........................................................138 a 140. TABELA 11 –. Horário das visitas na Estação Ciência..................................................142. TABELA 12 –. Relação Temática da Experimentoteca........................................155 e 156. TABELA 13 –. Distribuição geográfica dos participantes do Projeto Clicar no ano de 2003........................................................................................................159. TABELA 14 –. Evolução no número de atendidos pelo Projeto Clicar..........................159. TABELA 15 –. Relação de Estagiários da Estação Ciência .................................175 a 178. TABELA 16 –. Número de publicações sobre a Estação Ciência na grande imprensa...181. TABELA 17 –. Texto utilizado na aula de Ciências (24 de novembro de 2004)............199. TABELA 18 –. Desenhos utilizados na aula de Ciências (24 de novembro de 2004)....200. TABELA 19 –. Tema dos Desenhos referentes à Estação Ciência.................................231.

(9) 24. SUMÁRIO RESUMO INTRODUÇÃO................................................................................................15 Objetivos........................................................................................19 Problema........................................................................................20 Questões de Pesquisa.....................................................................21 Considerações Medotológicas........................................................22 CAPÍTULO 1 – CULTURA CIENTÍFICA 1.1 A formação da Cultura Científica..................................................................33 1.2 Percepção Pública da Ciência....................................................................... 42 1.3 Alfabetização Científica................................................................................53 CAPÍTULO 2 – A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 2.1 O papel da Mídia...........................................................................................57 2.1.1 Divulgação Científica......................................................................57 2.1.2 Jornalismo Científico......................................................................68 2.2 O papel da Educação ....................................................................................81 2.2.1 Comunicação e Educação: as diversas formas de educar...............81 2.2.2 O Ensino de Ciências .....................................................................86 CAPÍTULO 3 – OS MUSEUS E OS CENTROS DE CIÊNCIAS 3.1 Perspectiva histórica no mundo.....................................................................95 3.1.1 Conceito e origem...........................................................................95 3.2 Perspectiva histórica no Brasil....................................................................108 3.2.1 Primeiro período.............................................................................108 3.2.2 Segundo período.............................................................................111 3.2.3 Terceiro período.............................................................................115 3.3 O papel dos Museus e Centros de Ciências.................................................117 3.3.1 O papel educacional e divulgador das idéias científicas...............117 CAPÍTULO 4 – A EXPERIÊNCIA DA ESTAÇÃO CIÊNCIA 4.1 Estação Ciência...........................................................................................127 4.1.1 O começo de um sonho.................................................................129 4.1.2 Estrutura e equipe..........................................................................137 4.1.3 Associação Amigos da Estação Ciência........................................140.

(10) 25. 4.1.4 Atendimento: as visitas.................................................................141 4.1.5 Encontro Pedagógico: preparando o aprendizado?.......................143 4.2 Divulgação Científica: exposições e atividades..........................................145 4.2.1 Laboratório Móvel: Experimentoteca...........................................153 4.2.2 Projeto Clicar: em busca da cidadania perdida.............................156 4.2.3 Mão na Massa: uma nova maneira de aprender Ciências.............160 4.2.4 Laboratório Virtual: A Divulgação Científica pela Internet.........163 4.2.5 Arte e Ciência no palco como parceiras na divulgação do conhecimento científico – Núcleo de Artes Cênicas....................170 4.2.6 Mostras Científicas.......................................................................172 4.3 Monitores: parceiros na divulgação do conhecimento científico................174 4.4 Comunicação em segundo plano.................................................................180 CAPÍTULO 5 – INTERAÇÃO MUSEU E ESCOLA: A FORMAÇÃO DA CULTURA CIENTÍFICA? 5.1 Reconhecimento do público........................................................................185 5.1.1 A escolha da Escola......................................................................185 5.2 O Ensino de Ciências...................................................................................193 5.3 Conhecendo a Estação Ciência....................................................................204 5.3.1 O começo do aprendizado?...........................................................206 5.3.2 Turma da tarde: Desorganização..................................................226 5.4 De volta a Escola. É hora de botar a mão na massa?..................................230 5.4.1 Desenhos: representação do conhecimento.................................231 5.5 É possível o aprendizado?...........................................................................238 5.6 Observações.................................................................................................249 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................253 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................260 ANEXOS Entrevistas.......................................................................................01 Questionários..................................................................................34 Estação Ciência...............................................................................50 Escola..............................................................................................66 Grupo Focal....................................................................................83 Desenhos.........................................................................................87.

(11) 26. RESUMO Este trabalho analisa a Divulgação Científica realizada pela Estação Ciência (USP). Os objetivos principais foram: recuperar a história e descrever as atividades desenvolvidas pela instituição; identificar a linguagem usada para a divulgação dos conceitos científicos; verificar o processo de aprendizagem dos alunos (3ª e 4ª séries) de uma escola pública durante e após a visita; observar e analisar como os professores preparam seus alunos antes da visita a Estação Ciência e examinar o comportamento (curiosidade/interesse) do público-alvo na visita ao Centro. A metodologia utilizada foi a de Estudo de Caso juntamente com a técnica de Grupo Focal. O universo da pesquisa foi composto por alunos do Ensino Fundamental I (4ª série), professor responsável e coordenador pedagógico da Escola selecionada, além do diretor e exdiretor da Estação Ciência, assim como os monitores e coordenadores responsáveis pelas atividades desenvolvidas. A pesquisa concluiu que há dificuldade por parte dos professores em trabalhar conceitos científicos, o que justifica a importância dos Centros de Ciências como apoio pára-didáticos às escolas. No entanto, a Divulgação Científica realizada pela Estação Ciência tem sido pouco aproveitada pelas crianças, já que o conteúdo não é trabalhado de forma aprofundada na escola. Além disso, crianças e professores sentiram falta de um apoio pedagógico maior do Centro à Escola. Criticaram a inadequação da linguagem dos monitores e a escassez de tempo de visita, o que impede que os assuntos sejam trabalhados de forma mais adequada.. PALAVRAS CHAVES: Ciências. Comunicação, Divulgação Científica, Educação e Centros de.

(12) 27. ABSTRACT This work analyse the Scientific Spreading realized through by Estação Ciência (USP). The main objectives were: to recoup history and to describe the activities developed for the institution; to identify the used language for the spreading of the scientific concepts; to verify the process of learning of the pupils (3ª and 4ª grades) of a public school during and after the visit; to observe and to analyse how teachers prepare theirs pupils before the visit in the Estação Ciência and to examine the behavior (curiosity/interest) of the public-target in the visit to the Center. The used methodology was Study of Case together with technique of Focal Group. The universe of the research was composed by pupils of the Fundamental Education I (4ª grade), responsible teacher and pedagogic coordinator of the selected school, beyond the director and former-director of the Estação Ciência, as well as the monitors and responsible coordinators by developed activities. The study concluded that is difficulty on the part of the teachers in working scientific concepts, what justifies the importance of the Centers of Sciences as educational support to the schools. However, the Scientific Spreading carried through by Estação Ciência has been little used to advantage for the children, since, the contents is not worked of deepened form in the school. Moreover, children and teachers had felt lack of a bigger pedagogic support of the Center to the School. They had criticized the inadequate use of the language of the monitors and the scarcity of visit time, that to stop for the subjects will be worked of more adequate form.. WORDS KEYS : Communication, Scientific Spreading, Education and Centers of Sciences.

(13) 28. RESÚMEN Este trabajo analiza la Divulgación Científica llevada a cabo por la Estação Ciência (USP). Los objetivos principales eran: recuperar la historia y describir las actividades desarrolladas por la institución; identificar el lenguaje utilizado para la divulgación de los conceptos científicos; averiguar el proceso de aprendizaje de los alumnos (la serie 3ª y 4ª) de una escuela pública durante y después de la visita; contemplar y analizar como los profesores preparan a sus alumnos antes de la visita a la Estação Ciência y examina el comportamiento (curiosity/interest) de ellos. La metodología utilizada fue la del Estudio del Caso junto con la técnica del Grupo Focal. El universo de la investigación fue compuesto por los alumnos de la Educación Fundamental I (serie 4ª), el profesor responsable y el coordinador pedagógico de la escuela seleccionada, además del director y del ex-director de la Estação Ciência, así como los monitores y los coordinadores responsables para las actividades desarrolladas. La investigación concluyó que los profesores presentan dificuldad en trabajar los conceptos científicos, lo que justifica la importancia de los Centros de Ciencias en cuanto apoyo educativo a las escuelas. Sin embargo, la Divulgación Científica llevada a cabo por la Estação Ciência há tenido poço provecho por los niños, puesto que, el contenido no se trabaja de forma profundizada em la escuela. Además los niños y los profesores tenían carencia de um apoyo pedagógico más grande del Centro y de la Escuela. Criticaran el uso inadecuado del lenguaje de los monitores y la escasez de tiempo de la visita, lo que impede que los asuntos sean trabajados de una forma más adecuada.. PALABRAS – CLAVE: Comunicación, Divulgación Científica, Educación y Centros de Ciencias.

(14) 29. INTRODUÇÃO Os Meios de Comunicação adquirem a cada dia maior importância na formação dos cidadãos, principalmente das crianças e adolescentes. Neste aspecto, as áreas de Comunicação e Educação encontram-se estreitamente inter-relacionadas. Como afirma CALDAS (2003, p.75), “a informação é parte integrante do progresso educativo. Isto porque, agregados à informação estão valores, crenças e ideologias que se constituem em fatores decisivos para a aquisição do conhecimento”. Os veículos de Comunicação oferecem uma possibilidade impar de incluir o desenvolvimento das áreas Científicas e Tecnológicas do país nas salas de aula e na vida das pessoas. A circulação da informação científica, desmistificada, analisada, interpretada, tem o poder de acabar com o fetiche da mercadoria, da religião do consumo. No mundo da informação rápida, fragmentária, a ilusão do conhecimento provoca uma busca desenfreada por notícias científicas que, veiculadas de forma apressada, pasteurizada, descontextualizada, prometem soluções rápidas para problemas que afligem a humanidade (CALDAS, 2003, p. 76). O conhecimento tem um elemento de liberdade. O acesso a ele transforma a pessoa em sujeito ativo na construção de sua história. A democratização do saber científico é essencial para que, além da tomada de consciência, todos sejam capazes de atuar de forma crítica nos processos sociais que envolvem a Ciência e a Tecnologia. A Ciência e Tecnologia constituem hoje as principais fontes para a superação dos problemas vividos pela humanidade: fome, escassez habitacional, explosão demográfica, penúria energética, transportes, poluição ambiental, etc. É evidente que as propostas e soluções nascidas nos centros de pesquisas não funcionam como varinhas mágicas, capazes de resolver instantaneamente os problemas. Elas oferecem alternativas que dependem de decisões políticas. E justamente por isso é que exigem a democratização da informação acumulada. Na medida em que toda sociedade tem acesso ao conteúdo do saber disponível e aplicável, ela pode se mobilizar determinando sua utilização (MARQUES DE MELO, 1985, p.86-87). [grifo meu] A aquisição do conhecimento científico pode se dar de muitas maneiras: através de Cientistas, Jornalistas, Institutos de Pesquisa, Universidades, Escolas e Museus e Centros de Ciências, dentre outros. Porém, para que ela ocorra é necessário que a sociedade seja estimulada e compreenda esse estímulo..

(15) 30. Segundo BERLO (1997, p.85), os ingredientes necessários ao aprendizado são: a apresentação de um estímulo, a percepção do mesmo pelo organismo, a sua interpretação, uma resposta experimental ao que foi apresentado, a percepção das conseqüências dessa resposta e por último, a criação de uma relação estímulo-resposta estável, que seria nada mais que a criação do hábito. “A aprendizagem não terá ocorrido enquanto a resposta não se tornar habitual, enquanto não for repetida quando quer que o estímulo se apresente”. Para o autor, um indivíduo terá aprendido quando transferir a resposta que deu a um determinado estímulo para outro estímulo diferente. “Isto se relaciona com a comunicação no fato de que o objetivo de comunicação da fonte é muitas vezes modificar o comportame nto do receptor” (p.82). BRUNER (1978, p.45) acredita que, para aprender um assunto, há três processos envolvidos simultaneamente. Primeiro, a aquisição de uma nova informação – que, muitas vezes, contraria ou substitui o que a pessoa anteriormente sabia, implícita ou explicitamente. Um segundo aspecto da aprendizagem pode ser chamado de transformação, ou seja, processo de manipular o conhecimento de modo a adaptá- lo a novas tarefas. Um terceiro aspecto é a avaliação (crítica) que verifica se o modo pelo qual manipulamos a informação é adequado à tarefa. Na aprendizagem de qualquer assunto, há comumente uma série de episódios, cada um dos quais envolve os três processos. A fotossíntese poderia muito bem conter material para um episódio de aprendizagem em Biologia, ajustado dentro de uma experiência de aprendizagem mais compreensiva, tal como a conversão de energia em geral. Em sua melhor forma, um episódio de aprendizagem reflete o que veio antes dele e permite que se generalize para além dele (BRUNER, 1978, p.45). Os Centros e Museus de Ciências em sua definição trabalham com esta proposta: estímulo do interesse e aprendizado sobre Ciência e Tecnologia, além do exercício do papel de divulgador científico (Comunicação Científica). Eles enfocam a popularização dos avanços científicos e tecnológicos mais recentes, privilegiam os aspectos contemporâneos da Ciência em lugar de uma visão apenas histórica, e estimulam a interdependência entre exposição e usuário como um meio de compreensão e aprendizado. Na opinião de Jorge Wagensberg, diretor do Museu de Ciências de Barcelona, em entrevista à Revista Ciência e Cultura (BARATA, 2003, pp.16 e 17), a prioridade dos museus deve ser o estímulo e não a educação, embora ela não esteja proibida. Uma visita dura cerca de três horas, não há tempo de educar, mas, sim, para mudar a atitude diante da educação. É importante que, na saída, o visitante tenha muito mais perguntas do que ao entrar. O museu deve mudar a atitude do espectador. Creio que é um erro tentar converter o museu em escola. Seus.

(16) 31. recursos devem ser para despertar a curiosidade. É um mal-entendido se pensar que a Ciência é uma forma de conhecimento especialmente difícil. A Ciência, por definição, é a forma de conhecimento máximo que existe e qualquer cientista é capaz de transmitir o essencial de uma idéia científica a qualquer cidadão. A Ciência é objetiva, inteligível e dialética. A Ciência que não se pode transmitir não é Ciência. WAGENSBERG disse ainda que um bom museu deve estar baseado em emoções, seguindo três fundamentos básicos: hands-on (toque), minds-on (reflexão), heart-on (emoção), além da interatividade mental, mais importante que a manual, segundo ele. Nesse contexto, temos em São Paulo a Estação Ciência, um Centro de Difusão Científica, Tecnológica e Cultural da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (USP), que tem como objetivo oferecer à população, princ ipalmente por meio de exposições (nas áreas de Astronomia, Meteorologia, Física, Geologia, Geografia, Biologia, História, Informática, Tecnologia, Matemática, Humanidades), oportunidades de conhecer e analisar fenômenos, teorias e pesquisas científicas. Levando em conta todas essas perspectivas, esta pesquisa descreve e analisa a atuação da Estação Ciência (sob a direção da USP desde 1990) como divulgadora cie ntífica e educadora não formal; a sua relação com a sociedade e o papel que exerce no processo de aquisição do conhecimento científico de seus visitantes. Desse modo, esta dissertação está estruturada da seguinte forma: No primeiro capítulo, Cultura Científica, encontram-se as considerações teóricas sobre a formação da Cultura Científica, a Percepção Pública da Ciência e a Alfabetização Científica. No segundo capítulo, A construção do conhecimento, são discutidos o papel da mídia e a relação entre Educação e Comunicação (em especial o ensino de Ciências) na formação da Cultura Científica das pessoas. No terceiro capítulo, Os Museus e Centros de Ciências, é realizado um levantamento histórico do surgimento dos Museus no mundo e no Brasil. O capítulo também apresenta uma reflexão sobre o papel educacional dessas Instituições. O quarto capítulo, A experiência da Estação Ciência, traz informações sobre a Estação Ciência desde o seu histórico, passando pelas atividades e exposições realizadas até os dias atuais. Já no quinto capítulo, Museu e Escola: Interação e formação da Cultura Científica?, são apresentados os resultados da pesquisa de campo, bem como a análise dos dados colhidos. E, finalmente, nas Considerações finais, encontram-se as conclusões do trabalho, além de sugestões para a Estação Ciência..

(17) 32. Observações: * As fotos e ilustrações que não contêm crédito foram cedidas pela Estação Ciência. As demais são da autora ou foram retiradas de outras publicações. * O uso dos colchetes [ ] em determinadas partes do texto representam comentários, opiniões e observações feitos pela autora. * As notas de roda-pé são numeradas a cada página. * As reproduções das entrevistas foram autorizadas pelos entrevistados..

(18) 33. OBJETIVOS. Objetivo geral: Examinar o papel dos Centros de Ciências como motivadores na aquisição do conhecimento científico para crianças das 3ª e 4ª séries (faixa etária 9-10 anos) e como complemento do ensino formal de Ciências tendo como referencial a Estação Ciência. Também é analisada de que forma os recursos de comunicação são utilizados pela Instituição.. Objetivos específicos: a) Recuperar a história da Estação Ciência. b) Descrever as atividades desenvolvidas pela Estação Ciência. c) Observar a linguagem usada na Estação Ciência para a Divulgação Científica. d) Acompanhar e descrever a orientação da Estação Ciência junto aos professores da Escola selecionada antes das visita. e) Observar e analisar como os professores preparam os seus alunos antes da visita à Estação Ciência. f) Examinar o comportamento (curiosidade/interesse) do público-alvo (crianças da 3ª e 4ª séries) na visita à Estação Ciência. g) Acompanhar o processo de aprendizagem de Ciências dos alunos (da 3ª e 4ª séries, faixa etária 9-10 anos) de uma Escola pública, durante e após a visita na Estação Ciência. h) Verificar a compreensão das crianças sobre a Ciência e sobre os cientistas..

(19) 34. PROBLEMA. O potencial educativo dos Museus e Centros de Ciências na formação da Cultura Científica é freqüentemente defendido por cientistas e professores. A Divulgação Científica feita pela Estação Ciência contribui para o conhecimento científico e, conseqüentemente, para o aprendizado/ensino de Ciências na Escola?.

(20) 35. QUESTÕES DE PESQUISA. •. Qual o interesse dos alunos pela Ciência e Tecnologia?. •. De que forma as escolas contribuem nas aulas de Ciências para o desenvolvimento da Cultura Científica?. •. Qual a contribuição do professor para estimular os alunos nesse processo de aquisição do conhecimento científico?. •. Como a Estação Ciência exerce o seu papel de divulgadora científica?. •. Como as exposições e atividades desenvolvidas nos Centros de Ciência contribuem para o ensino de Ciências?. •. Os alunos sentem-se mais interessados pelos assuntos científicos após visitarem a Estação Ciência?.

(21) 36. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS Segundo definição de Antonio Carlos GIL (1989, p.19), a pesquisa é um procedimento racional que visa dar respostas a questões que são propostas. “A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema”. Uma pesquisa visa à produção de conhecimento novo, preenche uma lacuna importante no conhecimento disponível em uma determinada área. De acordo com LUNA (1998, pp. 15 e 16), os objetivos a serem atingidos por uma pesquisa são: demonstração da existência (ou da ausência) de relações entre diferentes fenômenos; estabelecimento da consistência interna entre conceitos dentro de uma dada teoria; desenvolvimento de novas tecnologias ou demonstrações de novas aplicações de tecnologias conhecidas; aumento da generalidade do conhecimento e descrições das condições sob as quais um fenômeno ocorre. Ele define nove elementos básicos que devem ser seguidos para que uma pesquisa seja bem feita: 1) a formulação de um problema de pesquisa, isto é, de um conjunto de perguntas que se pretende responder, e cujas respostas mostram-se novas e relevantes teórica e/ou socialmente; 2) a determinação das informações necessárias para encaminhar as respostas às perguntas feitas; 3) a seleção das melhores fontes dessas informações; 4) a definição de um conjunto de ações que produzam essas informações; 5) a seleção de um sistema para tratamento dessas informações; 6) o uso de um sistema teórico para a interpretação delas; 7) a produção de respostas às perguntas formuladas pelo problema; 8) a indicação do grau de confiabilidade das respostas obtidas, ou seja, por que aquelas respostas, nas condições da pesquisa, são as melhores respostas possíveis?; 9) indicação da generalidade dos resultados, a extensão dos resultados obtidos; na medida em que a pesquisa foi realizada sob determinadas condições, a generalidade procura indicar (quanto possível) até que ponto sendo alteradas as condições, pode-se esperar resultados semelhantes. O autor lembra ainda que “por mais abrangente que possa ser, uma pesquis a toma sempre um ‘pedaço’, uma amostra de um fenômeno para estudo” (p.27). Esta pesquisa foi realizada a partir de conhecimentos já adquiridos sobre Comunicação Científica e contou com técnicas e instrumentos metodológicos cientificamente adequados e.

(22) 37. minuciosamente escolhidos, para que o resultado final fosse útil para o progresso do conhecimento. Seu desenvolvimento seguiu a metodologia qualitativa, que tem ocupado um lugar de destaque entre as diversas possibilidades de estudar os fenômenos que envolvem os seres humanos e suas relações sociais. Para GODOY (1995, p.21): Na perspectiva qualitativa um fenômeno pode ser melhor compreendido no contexto em que ocorre e do qual é parte, devendo ser analisado numa perspectiva integrada. Para tanto, o pesquisador vai a campo buscando ‘captar’ o fenômeno em estudo a partir da perspectiva das pessoas nele envolvidas, considerando todos os pontos de vista relevantes. Vários tipos de dados são coletados e analisados para que se entenda a dinâmica do fenômeno. [grifo meu] Diferentemente da pesquisa quantitativa, a qualitativa não obriga à formulação de hipóteses, nem exige dados numéricos para enumerar ou mensurar o objeto em análise. Este trabalho, além de qualitativo, também é descritivo de caráter analítico. Para GIL (1999, p.44), as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Na pesquisa descritiva o pesquisador observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá- los (CERVO & BERVIAN, 1996, p.49). Ele procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e suas características. A pesquisa descritiva está interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los (...). Estudando o fenômeno, a pesquisa descritiva deseja conhecer a sua natureza, sua composição, processos que o constituem ou nele se realizam. Para alcançar resultados válidos, a pesquisa necessita ser elaborada corretamente, submetendo-se às exigências do método. O problema será enunciado em termos de indagar se um fenômeno acontece ou não, que variáveis o constituem, como classificá-lo, que semelhanças ou diferenças existem entre os fenômenos, etc (RUDIO, 1999, p.71). A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas, entre as quais se destacam: os Estudos Exploratórios, Estudos Descritivos, Pesquisa de Opinião, Pesquisa de Motivação, Estudo de Caso (utilizado nessa dissertação) e Pesquisa Documental..

(23) 38. Posição Teórico Epistemológica: Estudos Culturais Os Estudos Culturais formam um campo de pesquisa, uma prática metodológica e/ou um viés epistemológico cuja vasta área de atuação é a Cultura – no sentido amplo dado pela antropologia, mas restrito ao universo das sociedades industriais contemporâneas e suas interrelações de poder. Eles se caracterizam ainda por sua interdisciplinaridade e diversidade metodológica, que permite ao pesquisador lançar mão de dispositivos de análise exógeno s à sua própria disciplina, mas pertinentes ao objeto de estudo. E, finalmente, tem como terceiro traço marcante, seu compromisso em interagir diretamente com as práticas políticas, sociais e culturais que são objeto de sua abordagem. O objectivo dos cultural studies é definir o estudo da cultura própria da sociedade contemporânea como um campo de análise conceptualmente relevante, pertinente e teoricamente fundamentado. No conceito de cultura, estão englobados quer os significados e os valores, que surgem e se difundem nas classes e nos grupos sociais, quer as práticas efectivas através das quais esses valores e esses significados se exprimem e nas quais estão contidos (WOLF, 2002, p.108). Campo de pesquisa emergente, os Estudos Culturais atendem a necessidade de reavaliação dos referenciais teórico-metodológicos tradicionais da pesquisa sobre Cultura, definindo novos objetos e campos de análise e interpretação capazes de dar conta da crescente complexidade das sociedades. Cada vez mais o quadro intensivo de globalização – cercado de um lado, pela economia e, de outro, pela mídia e pelas redes eletrônicas de informação – concretiza novos contextos para a problemática da transmissão e recepção da Cultura e evidencia seu impacto nas culturas dos países metropolitanos e periféricos. O que distingue os Estudos Culturais de disciplinas acadêmicas tradicionais é seu envolvimento explicitamente político. As análises feitas nos Estudos Culturais não pretendem nunca ser neutras ou imparciais. Na crítica que fazem das relações de poder numa situação cultural ou social determinada, os Estudos Culturais tomam claramente o partido dos grupos em desvantagem nessas relações. Os Estudos Culturais pretendem que suas análises funcionem como uma intervenção na vida política e social (SILVA, 2002, p.134). Em 1958, Richard Hoggart, professor de Literatura inglesa moderna, e Raymond Williams, que lecionou com ele em uma instituição de formação de trabalhadores, fundaram o histórico Birmingham Center for Contemporary Studies (Centro para Estudos Contemporâneos de Birmingham) na Inglaterra. Nesse Centro, os pesquisadores procuraram estudar a Cultura não como um espaço simbólico de dominação e reprodução das idéias.

(24) 39. dominantes, mas fundamentalmente como um lugar de luta entre diversas culturas, vinculadas a determinados estratos da sociedade. Com o tempo, o Centro de Ciências também foi absorvendo novas questões, trazidas especialmente por pensadores franceses, como (Foucault e Bourdie ur), por meio da análise das revistas femininas, dos programas de ficção e de informação da televisão e dos discursos da imprensa. Seu período mais produtivo se deu entre 1970 e 1979, quando o seu diretor (Stuart Hall) foi um dos nomes mais importantes relacionados aos Estudos Culturais. Os Estudos Culturais tiveram uma influência marxista porém, com interpretação particular sobre os seus estudos. Essa contribuição veio do filósofo italiano Antonio Gramsci e seu conceito de hegemonia. “A hegemonia é a capacidade de um grupo social de assumir a direção intelectual e moral sobre a sociedade, sua capacidade de construir em torno de seu projeto um novo sistema de alianças sociais, um novo bloco histórico” (MATTELART, 1999, p. 108). Originários da Inglaterra, os Estudos Culturais expandiram-se para os Estados Unidos, a Europa e alguns países da América Latina, e hoje são reconhecidos como uma ferramenta de análise nas áreas de Literatura, Ciências Sociais, História e Comunicação, entre outras. Para MACHADO (2002, s/p) esses estudos têm tido sucesso nesses países pela necessidade: (...) de uma pesquisa e legitimação de uma identidade nacional, que se pretende independente e autônoma dos laços históricos, comerciais e políticos mantidos com as potências outrora colonizadoras. Assim não é de estranhar que se promova de forma recorrente uma releitura da(s) história (s) nacional (is) do ponto de vista do povo oprimido, que contraria, por vezes, de forma declarada, uma visão histórica ideologicamente manipulada e imposta pela potência colonizadora. Este confronto teórico apresenta resultados interessantes e curiosos, demonstrando em que medida um (re)pensar da origem pode produzir uma descoberta de si mesmo, que é nada mais que uma luta contra a alienação e contra a dependência (...) É a partir dos Estudos Culturais que novos objetos são integrados à pauta de pesquisa. Música Pop, Desenhos Animados, Jogos de Futebol, Telenovelas, Museus de Ciências tornam-se objetos para os Estudos Culturais na medida em que fazem parte da prática cultural de um grupo. Assim foi derrubado o preconceito de alguns círculos acadêmicos, que consideram a Cultura do povo desprovida de méritos suficientes para serem estudadas. A aplicação dos Estudos Culturais nesta pesquisa deve-se ao fator de a perspectiva proporcionada por eles poderem fundamentar ações educativas desenvolvidas pelos Centros e Museus de Ciências e também por escolas comprometidas com a construção de uma sociedade mais democrática, através da Divulgação Científica..

(25) 40. VOGT (2003), na revista eletrônica ComCiencia ao explicar a expressão Cultura Científica, compara a Ciência à Arte. Explica que, embora haja distinções teóricas e metodológicas entre elas, há algo poderosamente comum também. Trata-se da finalidade compartilhada por ambas, que é a da criação e a da geração do conhecimento, através da formulação de conceitos abstratos e ao mesmo tempo, por paradoxal que pareça, tangíveis e concretos. No caso da ciência essa tangibilidade e concretude se dá pela demonstração lógica e pela experiência; no caso da arte, pela sensibilização do conceito em metáfora e pela vivência. Por isso a expressão Cultura Científica nos soa mais adequada do que as várias outras tentativas de designação do amplo e cada vez mais difundido fenômeno da Divulgação Científica e da inserção no dia-a-dia de nossa sociedade dos temas da Ciência e da Tecnologia. [grifo meu] A expressão Cultura Científica engloba a idéia de que o processo que envolve o desenvolvimento científico é um processo cultural, seja ele considerado do ponto de vista de sua produção, de sua difusão entre os pares, na dinâmica do ensino e da educação e na divulgação para a sociedade, como um todo. A Estação Ciência é parte integrante da Cultura Científica, porque faz a divulgação e explicação das descobertas científicas e tecnológicas para a sociedade como um todo e auxilia no ensino e educação através das suas exposições, atividades e cursos.. Estudo de Caso O método escolhido para este trabalho foi do Estudo de Caso, que se justifica pela necessidade de aprofundamento na compreensão do objeto escolhido. “O Estudo de Caso dedica-se à descrição minuciosa de um caso ou teoria, esmiuçando-lhe a trajetória do início até o momento da pesquisa” (GUERRA & CASTRO, 1997, p.49). Ele possibilita a pesquisa social empírica de um fenômeno atual dentro de seu próprio contexto, visa à descoberta, enfatiza a interpretação, busca retratar a realidade de forma completa e profunda e lança mão de diversas fontes de informação. Conforme escreve GIL (1999, p.73), os Estudos de Caso vêm sendo utilizados com freqüência cada vez maior, por se adequarem a pesquisas de diferentes propósitos, tais como: a) exploração de situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos; b) descrição da situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação; e.

(26) 41. c) explicação das variáveis causais de determinado fenômeno em situações muito complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos. O Estudo de Caso (GODOY, 1995, p.25) tem se tornado a estratégia preferida quando os pesquisadores procuram entender ‘como’ e ‘por que’ certos fenômenos ocorrem; quando há pouca possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando o foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro de algum contexto de vida real. O Estudo de Caso é o método introduzido por C.C Laugdell no ensino jurídico nos Estados Unidos, sua difusão, entretanto, está ligada à prática psicoterapêutica caracterizada pela reconstrução da história do indivíduo, bem como ao trabalho dos assistentes sociais junto a indivíduos, grupos e comunidades. Ele pode ser visto como técnica psicoterápica, como método didático ou como método de pesquisa (...) um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade de um processo social de uma unidade, em suas várias relações internas e nas suas fixações culturais, quer seja essa unidade uma pessoa, uma família, um profissional, uma instituição social, uma comunidade ou uma nação (YOUNG apud GIL, 1989, pp. 58 e 59). Como os Museus de Ciências podem ser considerados fenômenos atuais¹, principalmente no Brasil, julgou-se o uso do Estudo de Caso como método mais apropriado para análise desse objeto de pesquisa. As mais conhecidas vantagens desse método são: o estímulo à novas descobertas, a ênfase na totalidade e a simplicidade dos procedimentos. No entanto, diversos pesquisadores apresentam um certo preconceito em relação à sua aplicação, como a falta de rigor metodológico (que pode levar à formação de vieses), o tempo destinado à pesquisa (muitos dizem que este tipo de estudo necessita de um tempo longo de pesquisa para ser realizado, o que pode resultar em dados poucos consistentes) e a dificuldade de generalização científica. Porém, YIN (2001, p.29) explica que : (...) os Estudos de Caso, da mesma forma que os experimentos, são generalizáveis a proposições teóricas, e não a populações ou universos. Nesse sentido, o Estudo de Caso, como experimento, não representa uma amostragem e o objetivo do pesquisador é expandir e generalizar teorias (generalização analítica) e não enumerar freqüências (generalização estatística) (...) o objetivo é fazer uma análise generalizante e não particularizante.. _______________________________ ¹ A implementação dos primeiros Museus e Centros de Ciências com características semelhantes aos atuais, ocorreram no final da década de 80..

(27) 42. É importante lembrar que, no Estudo de Caso qualitativo, em que nem as hipóteses nem os esquemas de investigação estão definidos de forma definitiva, a complexidade da pesquisa aumenta de acordo com o aprofundamento do assunto. TRIVIÑOS (1987, p. 111) escreve que o grande valor do Estudo de Caso está em fornecer o conhecimento aprofundado de uma realidade delimitada, sendo que os resultados atingidos poderão permitir a formulação de novas hipóteses visando ao encaminhamento de outras pesquisas. O Estudo de Caso desenvolvido neste trabalho utilizou como ferramentas de pesquisa: coleta de dados, a observação dos fatos e entrevistas semi-estruturada, que proporcionou aos entrevistados (crianças, professores, coordenadores das atividades, entre outros), a exposição de sua visão sobre a Estação e os trabalhos que ela realiza.. Grupos Focais Em função da seleção dos grupos de alunos de faixas etárias e séries diferentes fe z-se necessário, em alguns momentos, a utilização de recursos do método comparativo. Para aprofundamento do tema, foi utilizada, também, a metodologia de Grupo Focal através da observação participante. Essa é uma técnica de investigação social qualitativa que visa captar idéias de um determinado grupo social. Um moderador acompanha a discussão de pessoas sobre um tema comum proposto por ele ou por uma outra pessoa que o grupo não precisa necessariamente, conhecer. O papel do moderador é receber com naturalidade os diferentes tipos de respostas, sem entrar em conflito ou influenciar quem quer que seja. Seu papel é o de facilitar o processo, mantendo a discussão dentro do previsto e obtendo a maior quantidade e qualidade possível de informações. A técnica de Grupo Focal permite a identificação e o levantamento de opiniões que refletem o grupo em um tempo relativamente curto, otimizado pela reunião de muitos participantes e pelo confronto de idéias que se estabelece, assim como pela concordância em torno de uma mesma opinião, o que permite conhecer o que o grupo pensa. SALAZAR (1994, p.212), afirma que através dos Grupos Focais é possível captar posições ideológicas tais como valores e normas. “La reunión de grupo es la unidad pertinente para la reproducción de los discursos idológicos. La discusión de grupo permite captar las representaciones ideológicas, valores, normas, formaciones imaginarias y afectivas, etcétera, vinculados al tópico investigado – dominantes em el estrato social al que los miembros del grupo pertencen. (...)”.

(28) 43. O Grupo Focal permite a identificação e o levantamento de opiniões que refletem o grupo em um determinado tempo, através do confronto de idéias que se estabelece entre os participantes. Para BAUER & GASKELL (2001, pp. 75-77), o objetivo do Grupo Focal é: (...) os sentidos e as representações (...) mais influenciados pela natureza social da interação do grupo em vez de se fundamentarem na perspectiva individual, como no caso da entrevista em profundidade (...) A emergência do grupo caminha lado a lado com o desenvolvimento de uma identidade compartilhada, esse sentido de um destino comum presente quando dizemos ‘nós’. (...) O grupo é antes mais como uma novela, uma perspectiva sobre a vida cotidiana mostrada apenas quando se assiste a todo o programa e não apenas pela contribuição de um único ator. Os Grupos Focais são formados por um número que varia entre 5 e 10 pessoas representativas da audiência selecio nada (crianças, adolescentes, homossexuais, idosos, executivos, etc). Utilizando um esboço previamente elaborado, um moderador mantém a discussão centrada no tema em causa e a conduz de forma a obter respostas às questões propostas, propiciando a livre expressão de todos os participantes. À medida que as respostas vão surgindo, o moderador pode acrescentar questões adicionais, a fim de obter análises em profundidade. Os participantes dos Grupos Focais devem ser previamente selecionados, podendo ser localizados em escolas, associações de moradores, indústrias, redes comerciais, construtoras e etc, dependendo da audiência que se queira atingir. Não há necessidade de escolha aleatória dos participantes, pois os resultados dos Grupos Focais não têm necessariamente valor estatístico. Para alguns autores como SALAZAR (1994, p.220), o ideal é que os participantes do Grupo Focal não conheçam, de antemão, nem o material que será analisado, nem os demais participantes da sessão. “Para evitar que los individuos seleccionados preelaboren opiniones o posturas, deben desconocer total o parcialmente la investigacion y sus objetivos”. Saber com antecedência o que vão discutir, que tipo de material, produzido por quem e com que objetivo, poderá de fato estimular a formação de juízos e opiniões prévias, que podem “atrapalhar” a discussão. No entanto, se houver familiaridade entre os membros do grupo, isso não significa que a pesquisa será prejudicada, conforme explicam BAUER & GASKELL (2000, p. 82). “Embora a entrevista tradicional com Grupo Focal empregue pessoas desconhecidas, esta não é uma pré-condição. Na verdade, há vezes em que a familiaridade anterior é uma vantagem..

(29) 44. Estudos de culturas organizacionais e de grupos sociais particulares têm vantagens quando se tomam pessoas que partilham um meio social comum”. A idéia inicial desta pesquisa era selecionar, aleatoriamente, ou através de números pares ou ímpares dez alunos de uma sala específica (3ª ou 4ª série) que tivessem participado da visita à Estação Ciência com auxílio da lista de chamada. Porém, como dos 34 alunos da 4ª série A, apenas 13 visitaram a Estação, a pesquisa com o método de Grupo Focal, recaiu sobre os 11 que foram à Escola na data de aplicação do método. Foram realizadas duas reuniões com um intervalo de quinze dias. A primeira, totalmente utilizada para a discussão sobre Ciências e a visita à Estação Ciência, e a segunda, para a discussão baseada em vídeos com conteúdos científicos.. Universo O universo da pesquisa é formado por: 11 alunos da 4ª série A do Ensino Fundamental I (ciclo I) da Escola Lúcio de Carvalho Marques, situada no bairro de Ermelino Matarazzo, na capital paulista; professora responsável pela turma; coordenadora pedagógica da Escola; diretor e ex-diretor da Estação Ciência, coordenadores das atividades desenvolvidas pela Instituição e seus monitores.. Procedimentos Metodológicos Nas diferentes etapas da pesquisa de campo foram desenvolvidas pesquisas: 1) bibliográficas, que permitem ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente (GIL, 1999); 2) documental, que se valem de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa; 3) entrevistas semi-estruturadas (onde há um roteiro de perguntas, mas com liberdade para se desenvolver, em profundidade, os assuntos a partir das colocações dos entrevistados) com o atual e ex-diretor da Estação Ciência, coordenadores das atividades oferecidas pela Instituição, alguns monitores e professores e coordenadores da Escola selecionada para a pesquisa através da lista de agendamento de visitas da Estação. Além da discussão com as crianças através da realização do Grupo Focal..

(30) 45. Etapas da Pesquisa de Campo: •. Acompanhamento do curso preparatório dado aos professores das escolas antes da visita à Estação Ciência;. •. Durante a visita, acompanhamento do grupo Escolar e observação da interação de alunos, professores e monitores;. •. Após a visita, na Escola, conversa com os alunos e professores, para a verificação de como o assunto apresentado na Estação seria trabalhado, além da opinião dos alunos;. •. Em seguida, a observação participante através do Grupo Focal, com as crianças da 4ª série, em que é traçado um breve perfil dos alunos, através de entrevistas que trarão perguntas referentes a vida familiar, gosto cultural, além da discussão do conteúdo específico das atividades desenvolvidas na Estação.. Observações: •. Para melhor compreensão das diferenças conceituais sobre Museus e Centros de Ciências, ver capítulo III, à p. 95;. •. Para efeito dessa dissertação, utilizo a nomenclatura Centro de Ciências ou Centro, todas as vezes que me refiro à Estação Ciência. Nos demais casos, uso Museu, embora, em geral, os dois termos sejam adotados indiscriminadamente..

(31) 46. Capítulo I CULTURA CIENTÍFICA.

(32) 47. 1.1 A Formação da Cultura Científica A Ciência e a Tecnologia têm impacto sobre diferentes dimensões sociais: econômica, política, educacional e cultural, entre outras. A proximidade da Ciência com a Arte, encontra diversos exemplos ao longo da história. O escultor, pintor, engenheiro e cientista Leonardo da Vinci costumava afirmar que a Ciência e a Arte completavam-se. A Arte, além de produzir conhecimento, também colabora para que a Ciência possa ser entendida por todos. Ela leva a Ciência aos livros (principalmente os livros de ficção científica, que através da Literatura, muitas vezes, antecipa os feitos futuros da Ciência), ao Teatro, Cinema, Fotografia, Música entre outros. Entre os autores que escreveram sobre os diferentes tipos de Cultura, destaco o britânico SNOW que, em 1959, proferiu em Cambridge, Inglaterra, a famosa conferência, As duas culturas, que mais tarde tornou-se um livro, ou melhor, um clássico da reflexão sobre as diferenças que separariam a Cultura humanística vo ltada para as artes e a Cultura voltada para a Ciência. A primeira Cultura a que ele se refere é a do mundo dos literatos e intelectuais humanistas ou clássicos. A segunda é a dos cientistas, do conhecimento científico. SNOW (1959, pp. 14 e 15) observou, com surpresa, que esses dois mundos praticamente não se comunicavam entre si, além de se desprezarem mutuamente. Intelectuais literários num pólo; no outro, cientistas, e, como mais representativos, cientistas físicos. Entre os dois um abismo de incompreensão mútua; por vezes – especialmente entre jovens -, hostilidade e aversão, mas, sobretudo, falta de entendimento. Cada um deles tem do outro uma curiosa idéia falseada. As suas atitudes são tão diferentes que, mesmo no plano emocional, pouco têm de comum. (...) Os não-cientistas têm arraigada à impressão de que os cientistas são superficialmente otimista, desconhecedores da condição humana. Por outro lado, os cientistas crêem que os intelectuais literários sofrem de uma ausência total de previsão, sendo, em especial, indiferentes para com os seus irmãos, num profundo sentido anti-intelectual, ansiosos por limitarem a arte e o pensamento ao momento existencial. E assim sucessivamente. (...) Em uma segunda edição do livro, em 1963, SNOW propôs, em um novo ensaio, chamado As Duas Culturas: Uma segunda visão, a revisão de seu próprio pensamento. Propôs uma Terceira Cultura, que seria formada pelos literatos ou humanistas com um bom conhecimento de Ciência, fazendo surgir, a Cultura Científica. “A Cultura Científica é realmente uma Cultura, não só num sentido intelectual, mas também num sentido antropoló gico” (SNOW, 1959, p.18)..

(33) 48. Vivemos numa época em que a Ciência demonstra a cada dia o seu poder. O conhecimento que ela nos deu venceu distâncias, reduziu as doenças e abriu as portas para a compreensão dos mistérios da natureza, mas não resolveu todos os males da humanidade. Como um instrumento para a descoberta da ‘verdade’ – o que ‘está por trás´-, a carência não tem igual. Mesmo assim, deveríamos ser cautelosos em comemorar seus triunfos de modo demasiado acrítico, pois eles foram distribuídos desigualmente. Em meio à abundância, há carência; doenças há muito conhecidas pelos médicos ainda matam os pobres e desprivilegiados; e em suas bem ordenadas explicações dos fenômenos naturais, a ciência deixa muita gente indiferente ou até alienada. O que a ciência nos diz pode ser verdadeiro, mas não é a única verdade que importa (MAYOR e FORTI, 1998, pp. 119 e 120). Assim, o acesso da população ao conhecimento científico é essencial para a formação de uma Cultura Científica e, conseqüentemente, de uma visão crítica da sociedade. Um dos desafios da atualidade para a compreensão da dinâmica das relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade é o desenvolvimento de uma nova geração de indicadores que permitam avaliar o modo pelo qual evoluem três dimensões relevantes de análise: a percepção pública, a Cultura Científica e a participação dos cidadãos. Essa avaliação resulta pertinente na medida em que um dos benefícios sociais indiscutíveis que podem ter a Ciência e a Tecnologia na sociedade moderna atual é a geração de Cultura Científica na sociedade civil (VOGT e POLINO, 2003, p. 31). [grifo meu] Os êxitos da Ciência tornaram as relações entre a comunidade científica e o Estado muito mais complexas do que eram antes. Nenhuma sociedade moderna é imaginável sem o suporte da Ciência e da Tecnologia, e essa relação tem seus prós e contras. “Conhecimento é poder: poder de produzir, de prever e de prevenir. Aplicar esse conhecimento em benefício da humanidade é sabedoria. Conhecimento e sabedoria são os dois principais pilares de um futuro comum melhor” (MAYOR e FORTI, 1998, p. 144). A Cultura Científica apresenta grande complexidade, já que na sua própria denominação surgem variações importantes de acordo com o contexto cultural no qual está imersa. Na França, prefere-se usar culture scientifique, que é compreendida de forma ampla, sendo a Ciência vista de forma integrada à Cultura geral. Na Grã-Bretanha, tem sido bastante usada à expressão public understanding of science, entendida como algo mais abrangente do que uma tradução literal (compreensão pública da ciência) poderia sugerir, na qual estão também incluídas as diversas modalidades de Divulgação Científica. Já nos Estados Unidos prefere-se, em geral, scientific literacy (alfabetização científica), com significado mais reduzido..

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