TÍTULO: VULNERABILIDADE SOCIAL NOS GRANDES CENTROS URBANOS, CRIANÇAS MORADORAS EM ABRIGOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
TÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:
SUBÁREA: Pedagogia SUBÁREA:
INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUIÇÃO(ÕES):
AUTOR(ES): NAYHARA PAULA DA COSTA GUIMARÃES AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): CELIA PEREIRA DA SILVA ORIENTADOR(ES):
COLABORADOR(ES): BANCO SANTANDER COLABORADOR(ES):
VULNERABILIDADE SOCIAL NOS GRANDES CENTROS URBANOS, CRIANÇAS MORADORAS EM ABRIGOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO INFANTIL
Nayhara Paula da Costa Guimarães
Graduanda no curso de Pedagogia licenciatura plena Universidade Paulista (Unip) Orientadora Professora Mestra Célia Pereira da Silva Universidade Paulista (Unip)
Eixo Temático: Vulnerabilidade social nos grandes centros urbanos, crianças moradoras em abrigos sociais e Educação Infantil
Resumo: Este estudo busca analisar a relação entre vulnerabilidade social do território e como os abrigos sociais localizados em tal território estimulam as crianças de 0 a 3 anos que não frequentam a escola por falta de vagas na rede pública de ensino, uma vez que segundo a Lei de Diretrizes Bases e Bases da Educação 93/94/96 (LDB) para essa fase de ensino á oferta e não obrigatoriedade. Mesmo com os avanços das políticas públicas sabemos que há muitas crianças que não frequentam as escolas por falta de vagas. Para tanto serão, serão visitados três abrigos aos quais estão localizados em territórios vulneráveis, desses três, será escolhido um para a realização da pesquisa de campo.
Palavras-chave: Vulnerabilidade social do território, Educação Infantil, Abrigos Sociais.
Introdução
Esse estudo nasce do interesse do pesquisador em contribuir sobre a interface entre vulnerabilidade social de território e crianças que frequentam os abrigos sociais localizados em tal território, a saber, como as crianças de 0 a 3 anos que não frequentam escolas são estimuladas nos abrigos sociais.
No campo da literatura sobre a relação vulnerabilidade social de território, o fato de populações com baixo nível socioeconômico, acesso a empregos pouco estáveis, dentre outros problemas no acesso aos bens valorizados socialmente, estarem concentradas em determinados territórios geram uma situação de sobreposição de desigualdades, nos dizeres de Kaztman (2001).
Na Constituição Federal de 1988, consta a garantia do ensino público e gratuito nas escolas de educação básica, para todos os cidadãos, no capítulo II, artigo 6º, diz que “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição”. A Constituição de 1988 é concludente ao definir o acesso ao ensino obrigatório e gratuito como direito público subjetivo:
Art. 208 – O dever do Estado com a educação será efetivado mediante
garantia de: (...)
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
(BRASIL, 1988).
Para tanto, fica claro o direito a educação á todos os cidadãos brasileiros, incluindo as crianças que estudam na primeira etapa da educação Básica.
Seguindo a perspectiva da relevância do estimula para crianças desde a sua tenra idade, Piaget (apud Goulart, 2008). A fase da vida do sujeito de zero mês até por volta de seis anos, merece atenção posto que, essa fase tem como princípios básicos a formação do sujeito na íntegra, situa a origem de um comportamento inteligente de essência prática tendente a busca de resultados favoráveis.
Seguindo essa perspectiva de unir os avanços da Sociologia Urbana e Sociologia da Educação, estudos no Brasil têm buscado evidências da relação entre características sociais dos distintos territórios dos grandes centros urbanos e desigualdade de acesso a oportunidades educacionais (KOLONSKI et al., 2013; RIBEIRO, 2010; CUNHA et al. 2006; ERNICA; BATISTA, 2012; ALVES et al., 2015) Muitos desses estudos mostraram que nos territórios mais vulneráveis, que concentram populações mais pobres dentre outras situações de desigualdade, essa população teria também mais dificuldade em acessar o conhecimento distribuído pela escola.
Tais estudos trazem hipótese que nos abrigos sociais há carência de funcionários e a demanda de crianças é alta, as cuidadoras em sua maioria não têm instrução e tempo para estimular as crianças de forma adequada, geralmente são mais de 10 (dez) crianças para cada 1 (uma) cuidadora. Consequentemente o efeito ao ingresso á educação, estudos já demonstram que é essencial o acesso á escola desde a educação infantil para o desenvolvimento social, motor, cognitivo e físico do sujeito e melhor preparo para alfabetização.
Segundo as literaturas as escolas são espaços para brincadeiras, alimentação, regras e rotinas adequadas para cada fase da criança, elas têm o convívio com outras
crianças e trocam experiências entre si, orientadas por um Pedagogo e seus auxiliares, seguindo um cronograma adequado que possibilita desenvolvimento do sujeito.
A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, apesar de ser garantida pela constituição como primeira etapa da educação básica, a frequência da criança não é obrigatória e as vagas são ofertadas. Faltam vagas CEI – Centro de Educação Infantil, e os locais que mais faltam vagas são os locais que a população mais precisa, as periferias da cidade.
Nesse sentido esta pesquisa busca identificar e conhecer como os abrigos sociais estimulam as crianças de 0 a 3 anos, que não frequentam a escola por falta de vagas na rede pública.
Desenvolvimento
Objetivo Geral: Pesquisar e analisar como os abrigos sociais localizados em territórios vulneráveis estimulam as crianças de 0 a 3 anos que não frequentam a escola por falta de vagas na rede pública de ensino já que não é obrigatório.
Objetivos específicos: Apreender se e como são as atividades pedagógicas ofertadas às crianças em abrigos localizados em territórios vulneráveis;
Identificar os motivos que as crianças não frequentam escolas de educação infantil. Metodologia: Para a consecução dos objetivos de pesquisa faremos uso da metodologia de pesquisa quantitativa, que permite analisar informações sobre um determinado tema com base em dados de fontes secundárias, fazendo uso de modelos estatísticos, bem como um questionário estruturado. Para tanto, consideraremos os apontamentos de André (2000), segundo a qual é preciso buscar o rigor e a qualidade nas condições de produção do conhecimento, independentemente da decisão de qual metodologia será utilizada. Para a autora, uma metodologia deve ser adequada aos objetivos de pesquisa e os procedimentos metodológicos bem descritos e justificados.
Gatti (2004) observa que, na pesquisa quantitativa, o pesquisador deve levar em consideração dois aspectos importantes. Primeiro é que quantificar números, medidas, frequências podem delimitar as operações que se podem fazer dele e o segundo é o que o pesquisador consegue boas análise se a pergunta de pesquisa for boa. A autora afirma que no campo da educação, há problemas que devem ser discutidos fazendo uso da metodologia quantitativa. É o caso da busca de maior compreensão de dados quantitativos uma vez que é preciso, segundo ela, explorar mais o uso das bases de dados da área para a compreensão de fenômenos educacionais relacionados às variáveis tais como gêneros, idade, a questão socioeconômica e regionalidade. E acrescenta que o
pesquisador deve ficar atento, tanto para não correr o risco do uso estatísticos erroneamente, como também para a interpretação incorretas desses dados.
Günther (2006) adota uma posição “ecumênica” para discutir as metodologias de pesquisa quantitativa e a qualitativa. Expõem que ambas as abordagens têm seus pontos positivos e negativos e esclarece que o modelo adotado pelo investigador deve ir de encontro com a pergunta do pesquisador.
Caviedes (2007) defende que a principal dificuldade que se tem para acumular conhecimento é a confusão dos “porquês” com aquela “do como” encontrar as respostas das perguntas e chama atenção sobre a ilusão de que a metodologia adotada por si só irá resolver o problema da pesquisa. Para o autor, tanto quando se usa o método qualitativo quanto o quantitativo há de se considerar as suas variáveis e localizar os fenômenos estudados tanto no contexto social e também no temporal.
Etapas:
Revisão da Literatura: Bibliografias referentes ao tema da pesquisa com a finalidade de fundamentar os conceitos da temática. (2018 – 1)
Resultados: Tratamento dos dados coletados. (2018 – 2)
Discussão: A partir da análise e interpretação dos dados obtidos nos resultados, será realizada uma discussão e interpretação destes resultados. (2019 – 1)
Conclusão: Apresentação das conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. (2019 – 2)
Referências bibliográficas:
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Disponível em:
http://www.planlto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C35A7ao.htm. Acesso
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CAVIEDES, J. C. P. Investigacióncualitativa y cuantitativa: uma revisióndelqué y el como para acumular conocimiento sobre lo social. UniversitasUmanística no.64 julio-diciembre de 2007 pp: 215-226bogotá -colombiaissn 0120-4807
GATTI, B. A. Estudos quantitativos em educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.1, p. 11-30, jan./abr. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n1/a02v30n1.pdf
GUNTHER, H. Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, Mai-Ago 2006, Vol. 22 n. 2, pp. 201-210. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v22n2/a10v22n2
GOULART, Iris B. , Piaget Experiências Básicas Para Utilização Pelo Professor. R. J.: Vozes, 2008.
KAZTMAN, R. Seducidos y abandonados: el aislaimento social de los pobres urbanos. Revista de la CEPAL, Chile, n. 75, p. 171-189. Dec. 2001.
Observatório do Plano Nacional de Educação. Disponível em http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pneAcesso em 16/05/2015 ás 13h26m.
