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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SÃO JOÃO DEL-REI

ENERGIAS RENOVÁVEIS – TE

BIOGÁS / BIOMASSA

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Sumário

1. Utilização do Biogás como fonte de energia

2. Tratamento do biogás em função do uso

3. Biomassa

4. Centrais Termelétricas

5. Energia Geotérmica

6. Esquemas, Principais tipos e Configurações

7. AVISOS

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Utilização do Biogás como fonte de energia

A utilização do biogás como fonte de energia vem elevando-se nos últimos anos, conforme valorizam-se mais as energias renováveis, como alternativa às fontes tradicionais de energia de origem não renovável (petróleo, gás, carvão, etc.).

O biogás pode ser utilizado em quase todas as aplicações energéticas desenvolvidas para o gás natural. Sua utilização evoluiu ao longo dos anos. Suas primeiras aplicações energéticas foram em cozinhas familiares e lâmpadas em países como a China e a Índia.

A Tabela 1 mostra o consumo e rendimento dos principais aparelhos/equipamentos que utilizam biogás em países em desenvolvimento.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

Tabela 1 – Consumo de biogás e rendimento de aparelhos utilizados em países em desenvolvimento.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

Um metro cúbico de biogás em sua total combustão é suficiente para: Gerar 1,25 kW/h de eletricidade; Gerar 6 horas de luz equivalente a uma lâmpada de 60 watts; Fazer funcionar um refrigerador de 1 m³ de capacidade durante 1 hora; Fazer funcionar uma incubadora de 1 m³ de capacidade durante 30 minutos; ou Fazer funcionar um motor de 1 HP durante 2 horas.

As aplicações mais interessantes (Figura 1) são:

Obtenção de calor por combustão direta; Motores para a geração de eletricidade com e sem recuperação de calor (cogeração); Sistemas de cogeração; Integração à rede de gás natural e Combustível para Veículos motorizados. Destas, as mais comuns são a combustão direta para a produção de calor e a geração de energia elétrica com motores de cogeração.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

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Utilização do Biogás como fonte de energia

- Obtenção de calor por combustão direta

A aplicação do biogás para a obtenção de calor por combustão direta é a que menos requisitos de qualidade necessita, enquanto sua aplicação em pilhas combustíveis é a que exige um maior nível de pureza.

O biogás pode ser utilizado na geração de calor, através de sua combustão. O biogás misturado com o ar pode ser queimado em um amplo espectro de artefatos, decompondo-se, principalmente, em CO2 e H2O.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

Devido ao conteúdo de dióxido de carbono, o biogás tem uma velocidade de propagação da chama lenta de 43 cm/s e, portanto, pode escapar dos queimadores.

Suas aplicações são: aquecimento e água quente, aquecimento dos digestores, incinerar ou esterilizar resíduos

provenientes do setor médico, para a secagem de forragem e em aquecedores, cozinhas de gás, lâmpadas ou queimadores-estufas, tanto de uso industrial quanto doméstico.

Também pode ser aplicado em outros aparelhos como refrigeradores domésticos ou queimadores infravermelhos,

normalmente utilizados no aquecimento de ambientes na pecuária.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

Recentemente, foram desenvolvidos equipamentos para o resfriamento do leite e/ou outros produtos agrícolas, o que abre um importante campo de aplicação direta e rentável do biogás.

O principal inconveniente apresentado pelo biogás, quando utilizado para produzir calor, é a necessidade de localizar a região de consumo deste calor que esteja mais próxima possível da região onde é gerado, já que, devido ao baixo poder calorifico do biogás, este não pode ser transladado de forma rentável por tubos. Assim, o normal é que o calor gerado pela combustão do biogás seja utilizado nas próprias instalações produtoras.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

- Geração de eletricidade

Esta aplicação é, sem dúvida, a forma mais interessante de utilizar o biogás atualmente. O biogás pode ser usado para gerar eletricidade de três formas diferentes: Motores de combustão unidos a geradores de eletricidade; Turbinas ou microturbinas de gás e baterias de combustível estacionárias.

Apesar de seu bom funcionamento, é preciso considerar a forte dependência que apresentam estes sistemas a determinados parâmetros como a umidade ou a pressão, e que

condiciona tanto a potência que a turbina é capaz de produzir, quanto seu rendimento.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

- Sistemas de cogeração

Estes sistemas buscam a maior eficiência no aproveitamento da energia contida no biogás. Nestes casos, a

potência mecânica provida pelo eixo do motor é aproveitada para gerar eletricidade através de um gerador.

Simultaneamente, e por meio de uma série de trocadores de calor, localizados nos sistemas de refrigeração (água/óleo) do motor e na saída dos gases de escape, recupera-se a energia térmica liberada na combustão interna. Esta pode ser utilizada para aquecer a água, para o aquecimento do digestor, ou para qualquer uso industrial ou agroindustrial que requeira energia calorífica.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

Deste modo, consegue-se um melhor aproveitamento da energia do que se poderia conseguir mediante a geração convencional de eletricidade, na qual o calor gerado no processo se perde.

A energia produzida na unidade de cogeração deve ser transformada e preparada para sua injeção na rede. As plantas que produzem energia elétrica para ser inserida na rede, possuem um Centro de Transformação ou uma Subestação Elevadora, quando a planta tem grandes dimensões e a potência a ser distribuída justifica a investimento.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

- Integração na rede de gás natural

O biogás deve ser submetido a um processo de purificação e enriquecimento para igualar-se com as características do gás natural. A tecnologia para tanto existe e demostrou sua viabilidade em outros países, como a Suécia.

O biogás produzido neste tipo de plantas (biometano) possui uma composição semelhante ao que circula pela rede de distribuição geral. O biogás, previamente depurado para que alcance os requisitos de qualidade do gás natural, pode ser introduzido em sua rede de distribuição, já que, como o gás natural, está constituído principalmente por metano, assim,

pode ser usado em grandes centrais elétricas ou no setor de transportes.

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Utilização do Biogás como fonte de energia

- Combustível para veículos

Com a geração de eletricidade, esta é a aplicação com mais futuro para o biogás. O uso do biogás como combustível no transporte é semelhante, tecnologicamente, ao do gás natural.

O biogás pode substituir o gás natural nos veículos propulsados por este combustível após prévio refinamento do biogás para eliminar impurezas (CO2, H2S, NH3, água e partículas sólidas) e, desta forma, elevar os níveis de metano até quase 95%.

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Tratamento do biogás em função do uso

O biogás deve ser refinado previamente em qualquer aplicação energética. Neste sentido, as operações de depuração variam em função do uso do biogás. A Figura 2 apresenta o tratamento necessário em função da utilização do biogás.

Os requisitos de qualidade são maiores quando utilizado como combustível de automação, é injetado nas linhas de distribuição do gás natural ou utilizado em pilhas de combustível.

A purificação do biogás inclui a eliminação de CO2, SH2, NH3, água e siloxanos (Síl(ica) + Ox(igénio) + (Met)ano).

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Tratamento do biogás em função do uso

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Tratamento do biogás em função do uso

Devido ao seu alto conteúdo de umidade e outros gases, o biogás deve ser tratado e acondicionado antes de seu aproveitamento nas unidades de cogeração. De forma geral, para que o biogás seja utilizado, deve-se realizar:

Redução e/ou eliminação do H2S e vestígios de outros gases;Purificação;

Redução de umidade;Redução de CO2;

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Tratamento do biogás em função do uso

- Redução da umidade

Quando o biogás sai dos biodigestores está 100% saturado com umidade. Este problema aumenta durante o verão devido às altas temperaturas. Dentre os fatores que influenciam o conteúdo de umidade encontram-se: o tipo de biomassa e porcentagem de dissolução.

Junto ao vapor de água na corrente de biogás viajam partículas sólidas que não reagem ou que se mantém inertes durante o processo de biogasificação, ambos elementos são

prejudiciais para o aproveitamento do biogás, de modo que é

necessária uma redução destes até valores adequados para o uso do biogás como material energético.

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- Redução de H2S

O biogás está composto principalmente por gás metano (CH4) e CO2 em proporções de 55-65% a 40-45%, aproximadamente, e vestígios de outros gases como o Sulfeto de Hidrogênio (H2S). O conteúdo de H2S está entre 0,1 e 1%. Apesar de ser uma porcentagem baixa, é necessário reduzi-ladevido às seguintes razões:

Tratamento do biogás em função do uso

Toxicidade do H2S;

Corrosão de metais por presença de H2S e CO2;Na combustão pode-se formar SO2, que é altamente corrosivo;

Redução do poder calorífico do gás;Favorece a formação de hidratos.

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Tratamento do biogás em função do uso

- Redução de CO2

Quando se demanda um biogás com maior qualidade e poder calorífico (para sua injeção na rede de distribuição geral) é possível reduzir o conteúdo de CO2. Este tratamento está especialmente indicado para as grandes plantas de biogás, nas quais o gasto no sistema de purificação está justificado.

O método mais simples e eficiente para a eliminação do dióxido de carbono é sua absorção na água de cal. Podem ser utilizadas outras soluções químicas, ainda que a mais econômica seja a água de cal.

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Tratamento do biogás em função do uso

- Tratamento mediante filtros

O tratamento biológico de gases contaminados

estabeleceu-se como alternativa aos sistemas convencionais de tratamento de gases, especialmente quando os compostos contaminantes estão em uma concentração baixa e o fluxo a tratar é elevado.

O principal componente de um biofiltro é o meio filtrante, no qual os compostos não desejados do biogás são absorvidos para poder ser degradados posteriormente por microrganismos formados no meio.

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Biomassa

Biomassa é toda matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, utilizada na produção de energia.

Ela é obtida através da decomposição de uma variedade de recursos renováveis, como plantas, madeira, resíduos agrícolas, restos de alimentos, excrementos e até do lixo.

O Brasil possui situação privilegiada para produção de biomassa em larga escala, pois existem extensas áreas cultiváveis e condições climáticas favoráveis ao longo do ano.

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Biomassa

Por ser uma fonte de energia renovável, por meio da intervenção humana adequada, a biomassa é uma alternativa viável para a substituição dos combustíveis fósseis e poluentes, como o petróleo e o carvão, por exemplo.

Além disso, a biomassa é comumente utilizada em usinas termelétricas para gerar eletricidade. No Brasil, cerca de

9% da energia elétrica produzida é gerada a partir de biomassa. Em resumo, as suas vantagens incluem:

Alternativa de energia renovável;Baixo custo;

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Biomassa

Apesar de suas vantagens, a produção de biomassa pode comprometer a conservação das florestas e originar novas áreas desmatadas. Existe ainda a dificuldade logística de armazenar os seus resíduos sólidos. Dentre as principais desvantagens da biomassa podemos citar:

Eficiência reduzida;

Biocombustíveis líquidos podem emitir enxofre e contribuir com o fenômeno da chuva ácida;

Pode resultar em impactos ambientais em florestas;Elevado custo financeiro de equipamentos;

A queima da biomassa é relacionada com aumento de casos de doenças respiratórias;

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Biomassa

A renovação da biomassa ocorre através do ciclo do carbono. A queima de biomassa ou de seus derivados, liberam o CO2 na atmosfera. As plantas, através da fotossíntese, transformam esse CO2 em hidratos de carbono, resultando na liberação de oxigênio.

O aproveitamento da biomassa pode ser feito por meio da combustão direta (com ou sem processos físicos de secagem, classificação, compressão, corte/quebra, etc.), de processos termoquímicos (gaseificação, pirólise, liquefação e transeste-rificação) ou de processos biológicos (digestão anaeróbia e fermentação). A Figura 3 apresenta os principais processos de conversão da biomassa em energéticos.

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Biomassa

Combustão direta

Materiais como a madeira e todas as variedades de resíduos orgânicos (agrícolas, industriais e urbanos) podem ser submetidos à combustão com a finalidade de gerar energia. O processo de combustão consiste na transformação da energia química existente nessas fontes de biomassa em calor. Para fins energéticos, a combustão direta da biomassa é feita em fornos e fogões.

Apesar da praticidade, o processo de combustão direta tende a ser bastante ineficiente. Além disso, os combustíveis que podem ser usados no processo geralmente apresentam alta umidade (20% ou mais no caso da lenha) e baixa densidade

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Biomassa

Gaseificação

É uma tecnologia aplicada em resíduos orgânicos urbanos e industriais e em madeiras. A gaseificação consiste na conversão de fontes de biomassa sólidas em gasosas através de reações termoquímicas, envolvendo vapor quente e ar ou oxigênio em quantidades inferiores ao mínimo para que haja a combustão.

O gás resultante é uma mistura de monóxido de carbono, hidrogênio, metano, dióxido de carbono e nitrogênio. O combustível gerado a partir da combustão dessa biomassa é mais

versátil (pode ser usado em motores de combustão interna e também em turbinas a gás) e limpo (compostos como o enxofre

podem ser removidos durante o processo) do que as versões de combustíveis sólidos.

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Biomassa

Pirólise

A pirólise, também conhecida como carbonização, é o processo mais antigo de conversão de uma fonte de biomassa (tipicamente a lenha) em outro combustível (carvão vegetal) com

densidade energética duas vezes maior do que o material de origem.

O método consiste no aquecimento do material em um ambiente no qual exista a “quase ausência” de ar. A pirólise também produz gás combustível, alcatrão e piro-lenhoso, materiais bastante usados no setor industrial. O resultado do processo varia muito da condição do material original (quantidade e umidade).

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Biomassa

Transesterificação

É um processo químico que transforma a biomassa de óleos vegetais em um produto intermediário, a partir da reação entre dois álcoois (metanol e etanol) e uma base (hidróxido de sódio ou potássio).

Os produtos da transesterificação desse tipo de biomassa são a glicerina e o biodiesel, combustível que apresenta condições semelhantes ao diesel e pode ser aplicado em motores de combustão interna, de uso veicular ou estacionário.

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Biomassa

Fermentação

É um processo biológico executado pela ação de micro-organismos (normalmente leveduras) que convertem os açúcares

presentes em fontes de biomassa, como a cana-de-açúcar, o milho, a beterraba e outras espécies vegetais, em álcool.

O resultado final da fermentação da biomassa é a produção de etanol e metanol.

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Biomassa

Em alguns estados brasileiros, principalmente na Região Amazônica, verifica-se também a importância de várias plantas para a produção de óleo vegetal. Entre essas plantas destaca-se o

dendê, com produtividade média anual de 4 toneladas de óleo por hectare (dez vezes maior que a da soja, por exemplo) e a maior disponibilidade tecnológica para o uso do óleo. Outras culturas de grande potencial são o buriti, o babaçu e a andiroba, fartamente encontrados naquela região.

A Figura 4 apresenta uma estimativa do potencial para geração de energia elétrica a partir de óleo de palma (dendê). Outros resíduos agrícolas também apresentam grande potencial no setor de geração de energia elétrica, conforme pode-se observar nos mapas das Figuras 5 a 7, com os potenciais de aproveitamento

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Biomassa

Em setembro de 2003, havia registro de 217 termelétricas a biomassa em operação no Brasil, perfazendo uma capacidade instalada de 2.696 MW, Figura 8.

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Centrais Termelétricas

O processo fundamental de funcionamento das centrais termelétricas baseia-se na conversão de energia térmica em energia mecânica e esta em energia elétrica.

A conversão da energia térmica em mecânica se dá através do uso de um fluido que produzirá, em seu processo de expansão, trabalho em turbinas térmicas. O acionamento mecânico de um gerador elétrico acoplado ao eixo da turbina permite a conversão de energia mecânica em elétrica.

A produção de energia térmica pode se dar pela transformação da energia química dos combustíveis através do processo da combustão, ou da energia nuclear dos combustíveis radioativos, com a fissão nuclear.

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Centrais Termelétricas

As centrais termelétricas são classificadas de acordo com o método de combustão utilizado:

a) Combustão externa – o combustível não entra em contato com o fluido de trabalho. Processo usado principalmente nas centrais termelétricas a vapor, onde o combustível aquece o fluido de trabalho (em geral água) em uma caldeira

até gerar o vapor que, ao se expandir em uma turbina, produzirá trabalho mecânico.

b) Combustão interna – a combustão se efetua sobre uma

mistura de ar e combustível. Dessa maneira, o fluido de trabalho será o conjunto de produtos da combustão. A combustão interna é o processo usado, principalmente, nas

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Centrais Termelétricas

A Figura 9 apresenta um diagrama simplificado de uma central termelétrica com combustão externa (a vapor).

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Centrais Termelétricas

A queima do combustível gera calor, que transforma o líquido em vapor na caldeira. O vapor se expande (a pressão passa de alta a baixa) na turbina a vapor, que movimenta um gerador elétrico. O vapor que sai da turbina vai ao condensador, onde o calor é retirado e se obtém líquido. O líquido é

bombeado de volta à caldeira, fechando o ciclo.

Os principais combustíveis, usualmente aplicados nas centrais a vapor são: o óleo, o carvão, a biomassa (madeira, bagaço de cana, lixo, etc.) e derivados pesados de petróleo. Os principais combustíveis usados nas máquinas térmicas com

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Centrais Termelétricas

A maioria dos combustíveis utilizados na geração de energia nas centrais termelétricas é de origem fóssil (derivados do petróleo, carvão mineral, gás natural e elementos radioativos: urânio, tório, plutônio) e classificada como fonte primária não renovável, devido ao enorme tempo necessário para sua reposição pela natureza, comparativamente à velocidade de sua utilização. Os demais recursos energéticos, em geral da

biomassa advinda de plantações manejadas ou atividades organizadas de coleta e tratamento, são renováveis.

Neste cenário, pode ser citado ainda, o aproveitamento da energia geotérmica, que pode ser uma fonte direta de calor para uma usina termelétrica.

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Energia Geotérmica

Muitos anos atrás, cientistas reconheceram que o calor oriundo do subsolo terrestre apresentava um bom potencial

para substituir os combustíveis fósseis na geração de

eletricidade. O uso dessa energia para fins não elétricos, como cozimento de alimentos e usos medicinais, já vem de longa data.

Os primeiros projetos de aproveitamento da energia geotérmica para geração de eletricidade foram construídos em Lardarello, Itália, em 1904, e na Nova Zelândia em 1950. O projeto Geysers, na Califórnia, foi o primeiro deste tipo nos

Estados Unidos. Com uma potência instalada de 2.800 MW, o Campo de Geyser é o mais desenvolvido do mundo. A partir de 1960, pesquisas e desenvolvimentos introduziram várias tecnologias que permitiram aumentar a atratividade econômica desta fonte de energia.

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Energia Geotérmica

Podem ser citados os seguintes países com potencial de energia geotérmica: Itália, Islândia, Estados Unidos, México,

Filipinas, Nova Zelândia, Japão, Turquia, Rússia, China, França, Indonésia, El Salvador, Kenya e Nicarágua. São, em geral, locais próximos a vulcões e sujeitos a abalos sísmicos.

Quando disponível em elevadas temperaturas, o recurso geotérmico é utilizado, principalmente, para produzir eletricidade. O vapor à alta temperatura e alta pressão aciona uma turbina a vapor acoplada ao gerador elétrico. Não há poluição do ar nesse processo.

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Energia Geotérmica

várias regiões no mundo com potencial de energia geotérmica para geração de eletricidade, na forma de vapor e água quente (150 ºC – 200 ºC), disponíveis em rochas superficiais. São os chamados recursos de elevada entalpia.

Em algumas regiões onde não há reservatório no subsolo,

máquinas bombeiam água fria para dentro das rochas quentes (que são aquecidas pela proximidade com o magma). A água quente retirada via tubulação é usada nas usinas de geração de energia elétrica.

A energia geotérmica oferece diversas vantagens como:

reduzido impacto ambiental comparado às demais fontes; a

área afetada é limitada; é uma energia renovável (com um gerenciamento adequado).

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Energia Geotérmica

Uma característica especial que a diferencia de outras fontes renováveis é que não é afetada pelas condições climáticas, tais como a solar, a eólica e a hidráulica.

Quanto aos impactos ambientais, os mais significantes são: poluição sonora durante a perfuração do poço e disposição do fluido retirado; rebaixamento do solo. Os gases não condensados e a água condensada possuem alguns poluentes

como gás carbônico, dióxido de enxofre, metano e sílica.

No Brasil, não há locais adequados para a utilização da energia geotérmica. Onde ela existe, é em baixa temperatura, permitindo apenas uso de águas termais para fins medicinais e de lazer.

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

Os principais tipos de centrais termelétricas são: centrais a diesel, centrais a vapor (não nucleares), centrais nucleares,

biomassa, centrais a gás e centrais geotérmicas.

Existem também outras tecnologias que vem sendo desenvolvidas e que buscam maior eficiência energética e melhor desempenho ambiental, como: os ciclos combinados de centrais a gás e a vapor e a gaseificação, principalmente do carvão mineral e da biomassa.

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

- Centrais a Diesel

Muito usadas em potências até 40 MW, as centrais a diesel para alimentação de sistemas isolados, têm uso disseminado em regiões longínquas sem outra fonte de geração.

Elas apresentam, no entanto, limitações relacionadas com potência, ruído e vibração, além de problemas como dificuldade de aquisição de peças de reposição e seu transporte, assim como, principalmente nos locais distantes, os altos custos do combustível. Suas vantagens são: a rápida entrada em carga, a simplicidade de operação e o fácil plano de manutenção.

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

- Centrais a vapor (não nucleares)

Este tipo de central pode trabalhar tanto em ciclo aberto como em ciclo fechado. A operação em ciclo aberto é bastante comum quando se pretende utilizar calor (vapor) para o processo.

Na operação em ciclos fechados, pode-se trabalhar com um ou mais fluidos (operação em ciclos superpostos).

A Figura 10 apresenta algumas configurações de centrais a vapor, cujo funcionamento é baseado no ciclo térmico Rankine.

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

- Centrais a Gás

O desenvolvimento das turbinas a gás é relativamente

recente e tem como maiores desafios os seguintes problemas tecnológicos:

a) Para um rendimento razoável, exigem-se altas temperaturas. Tal possibilidade só foi alcançada recentemente com avanços na tecnologia de materiais, que ainda busca possibilidade de operar em temperaturas maiores.

b) Há um número excessivo de estágios no turbocompressor, o que leva a uma limitação de potência.

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

c) O baixo rendimento dos turbocompressores foi melhorado nas últimas décadas através do desenvolvimento de novos modelos com até 85% de eficiência. Graças à implementação dos motores à reação pela indústria aeronáutica, houve um grande progresso. A operação em circuito aberto ocorre em motores a reação turboélice ou turbojato.

A operação em circuito fechado é constituída por

máquinas acionadas pela expansão dos gases quentes produzidos numa câmara de combustão, segundo um ciclo térmico denominado Brayton. A turbina a gás atinge eficiências termodinâmicas bem mais elevadas porque o pico do ciclo de

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

Uma vantagem termodinâmica inerente às turbinas a gás é aproveitar o calor do escape para, por exemplo, produzir vapor numa caldeira de recuperação (no esquema de ciclo combinado), que pode ser usada em processos industriais numa configuração de cogeração.

Existem dois tipos básicos de turbina a gás:

i) Turbinas aeroderivativas – baseadas na tecnologia adotada para propulsão de aeronaves. Compactas e de peso reduzido, essas unidades exibem alta confiabilidade e tempo reduzido de manutenção, além de elevado rendimento, o que as torna atrativas apenas para as aplicações de cogeração e geração elétrica.

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Esquemas, Principais tipos e Configurações

ii) Turbinas industriais – são de construção mais robusta, apresentando maior resistência a ambientes agressivos, sendo indicadas para operação na base.

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AVISO

A escala de apresentação do trabalho final já

está no site.

Para a apresentação no laboratório, apenas um

membro do grupo precisa estar presente.

Durante a apresentação na sala de aula, todos

os integrantes do grupo devem estar presentes.

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Escala de apresentação do trabalho

Para a apresentação dos trabalhos no laboratório, na segunda-feira dia 19/11, a escala será:

Somente poderão ficar no laboratório os grupos dos horários seguintes, com o máximo de 4 grupos simultâneos no laboratório.

A apresentação após esses horários reduzirá os pontos da 3ª etapa. O grupo que Grupos 8 a 15 17:30 8 17:40 9 17:40 10 17:50 11 17:50 12 18:00 13 18:00 14 18:00 15 Grupos 1 a 7 17:00 1 17:00 2 17:10 3 17:10 4 17:20 5 17:20 6 17:30 7

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Planejamento das aulas

As próximas aulas da disciplina seguirão o cronograma abaixo:

 14/11 – HORÁRIO LIVRE NO LABORATÓRIO / ENTREGA DO RELATÓRIO DO

TRABALHO FINAL

 19/11 – APRESENTAÇÃO TRABALHO FINAL EM LABORATÓRIO  21/11 – APRESENTAÇÃO TRABALHO FINAL (SALA DE AULA)  26/11 – AULA 28 – REVISÃO PARA A PROVA 2

 28/11 – PROVA 2

 03/12 – PROVA SUBSTITUTIVA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SÃO JOÃO DEL-REI

ENERGIAS RENOVÁVEIS

RECOMENDAÇÕES FINAIS

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Trabalho Final

19/11 e 21/11 – Apresentação do Projeto – Apresentação completa

do experimento desenvolvido com funcionamento adequado comprovado em bancada experimental de testes no laboratório (em horário disponibilizado pelo professor, ou agendado previamente pelo grupo). O projeto deverá ser implementado em placa de circuito impresso e acondicionado em uma caixa de material rígido (metal, madeira ou plástico), de modo que as ligações sejam realizadas através de bornes e/ou conectores afixados na caixa [NÃO DEIXE A CARGA FIXA NA PLACA, POIS SERÁ NECESSÁRIO MEDIR A CORRENTE DE SAÍDA]. O recipiente também deverá conter o logotipo do grupo e indicações nos terminais de conexão.

Além disso, deverá ser criado um vídeo, com duração máxima de 5 minutos, apresentando os resultados e o projeto desenvolvido como um todo. Extra: Recursos além dos necessários para a implementação

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Instruções para o trabalho final

O relatório final deve ser composto dos seguintes elementos e obedecer às especificações abaixo:

Um memorial descritivo do projeto explicando detalhadamente o funcionamento do sistema. O texto deve focar no que foi desenvolvido,

sem ficar preso a definições de componentes e o mesmo deverá conter uma explicação sucinta do funcionamento do projeto;

Deverá conter uma relação dos materiais e componentes com as quantidades necessárias para montagem e custo individual e total;

O projeto deve ser apresentado com desenhos e textos originais e

seguindo normas técnicas (seguir modelo do site);

Apresentar formas de onda dos resultados (grandezas de saída) devidamente comentadas e identificadas, com boa qualidade de

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Instruções para o trabalho final

O relatório final deverá ter no máximo 10 páginas, incluindo anexos

(capa, sumário, lista de figuras e referências bibliográficas não serão incluídas na contagem). Páginas além dessa numeração serão desconsideradas;

Todos os integrantes do grupo deverão estar presentes na apresentação final em sala de aula do projeto, sob o risco de ficar com nota 0;

O sorteio do integrante para responder uma pergunta sobre o projeto será feito em sala de aula momentos antes do seu início (sem possibilidade de troca e sem a ajuda dos demais integrantes);

O logo e nome do grupo devem estar presentes em todos os documentos do grupo, nos relatórios e apresentações (logo presente no vídeo e cabeçalho dos relatórios);

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Instruções para o trabalho final

O link dos vídeos de todos os grupos deverão ser enviados para o e-mail:

ufsj.eduardo@gmail.com até as 23:59 do dia 20/11, evitando demoras no horário da apresentação. Os grupos que não enviarem o link serão penalizados em 10% da nota do relatório. No título do e-mail coloquem o nome da disciplina, turno, número do grupo e o nome do mesmo.

Durante a apresentação será observada a utilização correta da língua portuguesa, bem como dos termos técnicos;

A nota final do trabalho (em percentual), será calculada a partir da equação:

𝑁𝑜𝑡𝑎𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜(%) = 𝑁𝑜𝑡𝑎1ª 𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 + 𝑁𝑜𝑡𝑎2ª 𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎 + 𝑁𝑜𝑡𝑎𝑅𝑒𝑙𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝑁𝑜𝑡𝑎𝐴𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎çã𝑜

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AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

O que você achou da disciplina de Energias

Renováveis? Comente à respeito do que você

gostou ou não e o que pode melhorar. NÃO

PRECISA ASSINAR

OBS: QUEM NÃO ESTIVER EM SALA NO DIA DA AVALIAÇÃO, PODE FAZER A MESMA ATRAVÉS DO CAMPO SUGESTÕES DO SITE.

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Bibliografia

1. Reis, Lineu Belico dos, “Geração de Energia Elétrica”, 2ª ed., Manole, Barueri-SP, 2011.

2. https://www.ecycle.com.br/2970-biomassa

3. http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/05-Biomassa(2).pdf 4. https://www.todamateria.com.br/biomassa/

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ENERGIAS RENOVÁVEIS – TE

BIOGÁS / BIOMASSA

Referências

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