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TCC _HAUBERT_Caracterização Gravimétrica do RSU de SINOP - MT.

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Caracterização Gravimétrica do RSU do Município de Sinop – MT, para Classes de

Baixa Renda.

Gravimetric Characterization of SWU of Sinop – MT, for Low Income Classes

Jéssika dos Santos Haubert1, Julio César Beltrame Benatti2

Resumo: A quantidade de resíduos sólidos gerados pela população aumentou consideravelmente no decorrer dos últimos anos, o que agrava os problemas ambientais urbanos. Isso decorre da falta de destino e manejo adequado para o RSU, o que vem se tornando um problema de saúde pública. No município de Sinop – MT a coleta é realizada por uma empresa privada e o destino final dos resíduos atualmente é em um aterro sanitário no município de Primaverinha, além de não haver históricos de estudo quanto a gravimetria dos resíduos gerados. Assim, esse trabalho busca um diagnóstico a cerca da geração e caracteristicas do RSU, para classes de baixa renda. Visando melhorar e facilitar a criação de um plano de gerenciamento qualificado para o município. A metodologia da pesquisa para caracterização dos resíduos foi de acordo com a NBR 10.004/2004, foi realizada também a extimativa da geração per capta por bairro estudado e por classe. Com os resultados obtidos, verifica-se que 25% dos resíduuos gerados na Classe C e B são orgânicos e 19,98% são orgânicos desperdício, caracterizando 44,98% dos resíduos como orgânicos das 23 categorias analisadas. A geração média per capita para Classe C é de 1,57 Kg/Hab/Dia por pessoa e para Classe D 1,26 Kg/Hab/Dia.

Palavras-chave: caracterização gravimétrica; resíduos sólidos urbanos; Sinop – MT;

Abstract: The amount of solid waste generated by the population has increased considerably over the last years, which aggravates urban environmental problems. This is due to the lack of destination and adequate management for the RSU, which has become a public health problem. In the county of Sinop - MT the collection is carried out by a private company and the final destination of the waste is in landfills, besides there are no history of studies regarding the gravimetry of the waste generated. Thus, this work seeks a diagnosis about the generation and characteristics of RSU, for low income classes. Aiming to improve and facilitate the creation of a qualified management plan for the county. The methodology of the research to characterize the residues was in agreement with the NBR 10.004 / 2004, was also carried out the estimate of the generation per capita by studied neighborhood and by class. With the results obtained, it is verified that 25% of the residues generated in Class C and B are organic and 19.98% are organic wastes, characterizing 44.98% of the residues as organic of the 23 categories analyzed. The average generation per capita for Class C is 1.57 Kg / Hab / Day per person and for Class D is 1,26.

Keywords: gravimetric characterization; solid urban waste; Sinop – MT; 1 Introdução

No decorrer dos anos houve o crescimento demográfico no município de Sinop - MT, o que acarretou aumento do consumo, produção e exploração de recursos naturais. Junto ao aumento da população vem também aumento do volume de Resíduos Sólidos Urbanos – RSU gerado.

Segundo Abrelpe (2012), nos últimos anos, a geração de RSU no Brasil tem sido superior à taxa de crescimento populacional, sendo produzidas em média 201.058 toneladas por dia. Os sistemas de limpeza urbana coletam em torno de 181.288 toneladas de RSU por dia, o que representa 90,17% do total gerado. No entanto, a destinação inadequada cresceu 0,55% de 2011 para 2012, o que representa 23,7 milhões de toneladas de RSU dispostos em lixões e aterros controlados.

A situação vem se agravando na maioria dos municípios brasileiros, pela falta de recursos e planejamento efetivo, principalmente no gerenciamento dos resíduos sólidos e drenagem urbana, o que acarreta problemas como contaminação da água subterrânea, água superficial,

ar e solo e aumento da proliferação de vetores. Isso tudo contribui para o surgimento de problemas graves de saúde pública.

Para um gerenciamento eficaz do RSU gerado em um município, é necessário que se conheçam as características dos resíduos gerados. Segundo Soares (2011), é necessário o conhecimento da origem e composição dos resíduos de um município, para a tomada de decisões quanto coleta, transporte, tratamento e disposição final.

Desta forma, este trabalho traz o levantamento gravimétrico do RSU gerado no município de Sinop – MT. O substancial da pesquisa foi a obtenção das características do resíduo quanto a gravimetria e geração per capita, visando a obtenção de parâmetros para auxiliar no plano de gestão integrada de RSU no município.

2 Revisão Bibliográfica

2.1Definição e classificação dos Resíduos Sólidos.

Resíduo Sólidos, segundo ABNT (2004), são resíduos no estado sólido ou semissólido que resultam da comunidade, de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e esgoto, aqueles gerados em equipamentos e

1

Graduanda, Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop - MT, Brasil, jessika_haubert@hotmail.com

2

Mestre, Professor, Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop – MT, Brasil, benatti@unemat-net.br

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instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviáveis o seu lançamento na rede pública de esgoto ou corpos d’água, ou exijam para isto soluções técnicas e economicamente inviáveis face à melhor tecnologia disponível.

ABNT (2004) apresenta a classificação de acordo com o risco potencial ao ambiente e à saúde pública, conforme a Tabela 1.

Tabela 1 - Classificação do RSU pelo Manual de Gerenciamento de Resíduo Sólido

Classe I Perigosos

Resíduos que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou

infectocontagiosas podem apresentar risco à saúde pública;

Classe II Não Perigosos Classe II A Não Inertes

Resíduos que não se enquadram nas classes I e IIB. Podem ter

propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. Classe II B Inertes

Não apresenta nenhum de seus constituintes solubilizados em água

em concentração superior aos padrões de potabilidade, excetuando-se aspectos como cor,

turbidez, dureza e sabor. Fonte: Adaptado de ABNT (2004).

2.2 Caracterização dos resíduos sólidos urbanos

Segundo Soares (2011), as características dos resíduos sólidos urbanos variam de cidade para cidade, e também variam em função de diversos fatores, como o porte da cidade, a atividade, os hábitos da população, o clima e o nível educacional. As características dos resíduos sólidos urbanos podem ser reunidas em três grupos, a saber: características biológicas, químicas e físicas.

Biológicas: consiste na transformação dos componentes orgânicos complexos, com o tempo e em condições de anaerobiose, em biogás, em líquidos, em matéria orgânica mineralizada e em compostos orgânicos mais simples.

Químicas: poder calorífico; composição química; relação carbono/nitrogênio (C/N); potencial hidrogeniônico (pH); teor de sólidos totais voláteis; Físicas: composição gravimétrica; granulometria; caracterização morfológica do RSU; teor de umidade; peso específico; permeabilidade;

2.3 Composição gravimétrica do RSU

O conhecimento da composição gravimétrica permite uma avaliação preliminar da degradabilidade, do poder de contaminação ambiental, das possibilidades de reutilização, reciclagem, valorização energética e orgânica dos resíduos sólidos urbanos. Sendo, portanto, de grande importância na definição das tecnologias mais adequadas ao tratamento e disposição final dos resíduos (SOARES, 2011). Segundo o Instituto Brasileiro de Administração Municapal (IBAM, 2001) a gravimetria dos resíduos variam de acordo com os fatores que a população está submetida, tais como: fatores climáticos; épocas especiais; fatores demográficos; fatores socioeconômicos;

2.4 Gerenciamento do Resíduo Sólido Urbano em Sinop – MT

A coleta de resíduos sólidos urbanos atende toda a área urbana e algumas chácaras no entorno da cidade. O RSU coletado, era encaminhado ao lixão municipal como destino final até setembro de 2016. O lixão está localizado na estrada Jacinta S/N, Zona Rural, a 11º55’34’’ S de latitude e 55º34’09’’ W de longitude. Não existia nenhum dado quantitativo do volume e peso coletado e disposto no lixão. Para a operação do lixão, existia apenas um trator esteira para a compactação dos RSU. Não existia nenhuma estrutura ou fiscalização do local pela prefeitura (REUSA, 2014). Assim, o município de Sinop-MT estava entre os 45,1% dos municípios que destinavam os resíduos em lixões no Estado de Mato Grosso (ABRELPE, 2014).

Atualmente o lixão do municipio foi interditado devido seu manejo indevido e a grande quantidade de resíduos depositados diáriamente sobre ele. Os resíduos passaram a ser remanejados para o aterro sanitário do municipio de Primaverinha ( próximo a Sorriso – MT), até a prefeitura resolver as pedências necessárias. Por ordem judicial o município não pode mais dispor os resíduos no antigo lixão.

Os estudos realizados na cidade a respeito da composição gravimétrica foram desenvolvidos baseados em estudos de outros municípios com o mesmo porte e renda per capta similar. Sabendo-se que a população atual de Sinop é de 123.634 habitantes (IBGE, 2013) e a geração per capita estimada é de 1,11 Kg/hab.dia, segundo ABRELPE, 2014 para o estado do Mato Grosso, o município de Sinop é gerador de aproximadamente 149,11 ton./dia de resíduos sólidos urbanos. De acordo com a média da composição gravimétrica apontada no quadro de outros municípios similares, existe um potencial de 84,87 ton./dia de matéria orgânica passível de compostagem e de aproximadamente 42,05 ton./dia de matérias recicláveis.

Atualmente, não existe nenhum tratamento dos resíduos de serviços de saúde e a disposição final é ambientalmente inadequada. Esse ponto é gravíssimo pela periculosidade inerente a esse tipo de resíduo (REUSA, 2014).

3 Metodologia

3.1 Definição da área de estudo

A caracterização do RSU foi realizada no município de Sinop, MT, restringindo-se aos bairros de classe de renda baixa (C e D). Para tanto, inicialmente, cada um dos bairros do município foi classificado em função da sua classe de renda média, conforme a Tabela 2, levando-se em conta os dados de rendimento familiar disponibilizados por IBGE (2010).

Tabela 2 – Renda Familiar de Acordo com a Classe Social

Classe Rendas A 15 salários mínimos ou mais. B 7 a 15 salários mínimos. C 3 a 7 salários mínimos. D 3 salários mínimos ou menos.

COMERCIAL/INDUSTRIAL Classe comercial/Industrial Fonte: Adaptado de Benatti (2013).

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3.2 Coleta das amostras

As amostras foram coletadas em residências escolhidas de forma randômica dentro do bairro de interesse. Para tanto, a coleta foi realizada antes da passagem do serviço de coleta de RSU municipal. A Figura 1 apresenta a coleta das amostras, realizada de forma manual.

Figura 1 – Amostras sendo coletadas. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Foram selecionados 4 bairros para classe C e 4 bairros para classe D, onde foram realizadas 4 coletas por bairro, totalizando 32 amostras. Os bairros escolhidos estão demonstrados na Figura 2.

Figura 2 – Bairros onde foram coletados resíduos sólidos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

As amostras coletadas somaram um peso total de 150 Kg de resíduos sólidos, sendo 81 Kg pertencentes à classe C e 69 à classe D.

3.3 Ensaio de Caracterização Gravimétrica

As amostras foram caracterizadas de acordo com a NBR 10.004/2004, desprezando apenas a etapa de quarteamento, visto que todo o resíduo coletado foi

caracterizado. O volume total de resíduo foi separado de acordo com as categorias apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3 – Descrição das Categorias utilizados no ensaio de caracterização gravimétrica

Categoria Descrição

Matéria Orgânica Restos de comida, excremento de animais, resíduos vegetais. Papel Papéis, revistas, jornais – dividos em

recicláveis e não recicláveis.

Papelão

Papelão ondulado, papel cartão, embalagens de ovo de papelão - jornais – dividos em recicláveis e não

recicláveis.

Plástico Duro

Embalagens plásticas rígidas, plásticos rígidos em geral jornais – dividos em

recicláveis e não recicláveis.

Plástico Mole

Sacolas Plásticas, sacos de lixos, copos plásticos, embalagens de plásticos filmes - jornais – dividos em

recicláveis e não recicláveis. Metal Metais ferrosos e não ferrosos.

Vidro

Embalagem de bebidas, comida, vidros planos, vidros em geral jornais –

dividos em recicláveis e não recicláveis. Tetra Pack Embalagem tipo longa vida.

Fraldas e

Absorventes Fraldas e absorventes.

Diversos

Produtos como borracha, espumas, material misto, com mais de uma categoria, latas de tinta, sapatos,

lâmpadas, pilhas.

Madeira Madeiras, aglomerados.

Tecido Roupas, panos em geral.

Perigosos Resíduo de banheiro: papel Higiênico usado.

Resíduo de Construção Civil

Resíduo de construção, demolição e reforma, como: tijolo, concreto, areia,

solo.

Poda Resíduo vegetal separado em saco plástico exclusivo. Fonte: Adaptado de Benatti (2013).

A separação foi realizada de forma manual, onde cada uma das frações após separadas ( Figura 3), foram submetidas a uma pesagem, obtendo assim a fração de massa de cada uma das categorias. A composição gravimétrica da amostra de RSU é o percentual em relação a massa total da amostra, de cada uma das categorias.

Figura 3 - Separação das amostras de acordo com as categorias. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

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3.4 Análises dos resultados

A geração per capita em cada residência analisada foi realizada dividindo o resíduo total coletado pelo número de moradores da unidade, o qual foi obtido por pesquisa quantitativa.

A geração total dos resíduos por bairro foi realizada através de uma média ponderada do resultado de todas as residências.

4 Análises dos Resultados

4.1Ensaio de Caracterização Gravimétrica

Os resultados do ensaio de caracterização gravimétrica para as Classes C e D, bem como a média das classes estão apresentadas nos Apêndices A, B, e C respectivamente. Nas Tabelas 4 e 5 está apresentado o valor médio da composição gravimétrica para cada categoria, seguidas dos gráficos que às representam (Figuras 4 e 5).

Tabela 4 - Composição Gravimétrica média para Classe C.

Categorias Média DP Matéria Orgânica 40,86% 19,09% Papel 9,91% 21,29% Papelão 5,47% 6,86% Plástico Duro 5,56% 8,09% Plástico Mole 6,53% 4,91% Metal 0,54% 1,13% Vidro 1,15% 2,60% Tetra Pack 1,55% 1,71% Fraldas e Absorventes 2,27% 5,38% Diversos 6,00% 6,69% Madeira 0,00% 0,00% Tecido 2,53% 6,51% Perigosos 6,49% 6,36% Entulho 0,59% 2,36% Coco 0,49% 1,95% Poda 7,63% 15,20%

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Figura 4 - Resultado dos ensaios de caracterização gravimétrica, para Classe C. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Tabela 5 - Composição Gravimétrica Média para Classe D.

Categorias Média DP Matéria Orgânica 39,05% 18,83% Papel 1,03% 1,39% Papelão 3,96% 6,21% Plástico Duro 1,83% 1,89% Plástico Mole 7,69% 7,14% Metal 0,18% 0,32% Vidro 5,00% 8,81% Tetra Pack 1,40% 2,42% Fraldas e Absorventes 4,52% 14,21% Diversos 7,91% 9,81% Madeira 0,05% 0,20% Tecido 7,45% 15,82% Perigosos 13,90% 8,62% Entulho 0,56% 2,22% Coco 0,00% 0,00% Poda 5,46% 12,32%

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Figura 5 – Resultado dos ensaios de caracterização gravimétrica, para classe D. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016

Os resultados indicam que aproximadamente 41% do total de resíduos coletados são orgânicos e 20%, de acordo com os Anexos 1 e 2 são recicláveis. Um estudo realizado pela Reusa (2014) - empresa responsável pelo gerenciamento de resíduos no município de Sinop – MT, a respeito da composição gravimétrica, foi desenvolvido baseado em pesquisas de outros municípios com o mesmo porte e renda per capta similar. Tal estudo nos apresenta que 56% dos resíduos gerados em cidades com o mesmo porte de Sinop – MT são de origem orgânica e 28% são

Matéria Orgânica Papel

Papelão Plástico Duro

Plástico Mole Metal

Vidro Tetra Pack

Fraldas e Absorventes Diversos

Madeira Tecido

Perigosos Entulho

Matéria Orgânica Papel

Papelão Plástico Duro

Plástico Mole Metal

Vidro Tetra Pack

Fraldas e Absorventes Diversos

Madeira Tecido

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recicláveis. Tal fato apresenta semelhança com os resultados encontrados na pesquisa.

Moura (2012), em seu projeto de pós-graduação em Ciências Ambientais FAPAM – MG, fez um estudo a respeito da gravimetria do Município de Itaúna – MG. Seu estudo apresenta que classes A e B tem uma produção maior de resíduo orgânico. As classes C e D apresenta um descarte maior de tecidos (roupas). A Acadêmica de Engenharia Civil, pela UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso, Phamela Adelyna Parente realizou um estudo, paralelo a este, a respeito das Classes A, B do município de Sinop - MT. Os resultados obtidos pela acadêmica apresenta que aproximadamente 45% dos resíduos gerados pelas classes de alta renda, são orgânicos enquanto as classes de baixa renda geram aproximadamente 40%. Quanto à geração de tecidos as classes A e B geram cerca de 1% enquanto as classes C e D geram 3%.

De acordo com o Apêndice 3 observa-se que as classes C e D, apresentam o mesmo parâmetro de produção, em relação as categorias. Fogem ao padrão as seguintes categorias: papel – onde à classe C tem uma produção 9% maior em relação à classe D; perigosos – onde a classe D tem uma produção 7% maior que a classe C.

4.2 Análise dos Resultados

4.2.1 Geração per capita por residência e bairro. Nas Tabela 6, 7, 8 e 9 está apresentada a média gerada por bairro, para Classe C.

Tabela 6 – Geração Per capita por Bairro, classe C. Parque das Araras

Geração Per capta por Bairro (Kg/Hab/Dia)

Média 1,08

DP 0,42

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Tabela 7 – Geração Per capita por Bairro, classe C. Jardim Celeste

Geração Per capta por Bairro (Kg/Hab/Dia)

Média 1,94

DP 1,37

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Tabela 8 – Geração Per capita por Bairro, classe C. Jardim das Oliveiras II

Geração Per capta por Bairro (Kg/Hab/Dia)

Média 1,42

DP 0,43

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Tabela 9 – Geração Per capita por Bairro, classe C. Jardim das Ibirapuera

Geração Per capta por Bairro (Kg/Hab/Dia)

Média 1,85

DP 0,85

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Nas Tabela 10, 11, 12 e 13 a média gerada por bairro, para Classe D.

Tabela 10 – Geração Per capita por Bairro, classe D. Santa Rita

Geração Per capta por Bairro (Kg/Hab/Dia)

Média 0,76

DP 0,17

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Tabela 11 – Geração Per capita por Bairro, classe D. Maria Carolina

Geração Per capta por Bairro (Kg/Hab/Dia)

Média 1,20

DP 0,63

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Tabela 12 – Geração Per capita por Bairro, classe D. Sebastião de Matos

Geração Per capta por Pessoa (Kg/Hab/Dia)

Média 1,04

DP 0,55

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Tabela 13 – Geração Per capita por Bairro, classe D. Umuarama II

Geração Per capta por Pessoa (Kg/Hab/Dia)

Média 1,93

DP 0,81

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

4.2.2 Geração Per capta por classe.

Na Tabela 14 está apresentada a média da quantidade de resíduo gerado por Classe.

Tabela 14 – Geração Per Capita para classes C e D. Geração Per capta (Kg/Hab/Dia)

Média DP

C 1,57 0,85

D 1,23 0,69

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Observamos que a média por classe de resíduos gerados(Kg/Hab/Dia) é de 1,57 para classe C e 1,23 para classe D. A ABRELPE (2014), apresenta conforme a Tabela 15, que o centro – oeste tem uma geração de Kg/Hab/Dia de 1,114 e o estado de Mato

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Grosso tem uma geração de 0,853, conforme a Tabela 16.

IBAM (2001) apresenta que fatores como poder aquisitvo e população urbana influenciam na geração de resíduos. A cidade de Sinop – MT segundo IBGE (2010) é a 4ª cidade mais populosa do estado e o seu IDH é de 0,754, classificado como alto pela faixa de desenvolvimento humano, de acordo com Atlas Brasil (2013). Tais fatores influenciam diretamente na produção de resíduos e suas características, justificando os valores superiores de RSU gerado por habitante, comparado com os resultados apresentados pela ABRELPE (2014) do estado e região.

Tabela 15 – Quantidade média de RSU gerado no Brasil.

Regiõe s 2013 2014 RSU gerado (t/dia) / Índice (Kg/Hab./di a). Populaçã o Total RSU gerad o (t/dia) Índice (Kg/Hab./di a). Norte 15.169 / 0,892 17.261.98 3 15.413 0,893 Nordes te 53.465 / 0,958 56.186.19 0 55.177 0,982 Centro Oeste 16.636 / 1,110 15.219.60 8 16.948 1,114 Sul 102.088 / 1,209 29.016.11 4 22.328 1,239 Sudest e 21.922 / 0,761 85.115.62 3 105.43 1 0,770 Brasil 209.280/1,0 41 202.799.5 18 215.29 7 1,062

Fonte: Adaptado de ABRELPE, 2014.

Tabela 16 – Quantidade média de RSU gerado no Mato Grosso.

População Total

RSU COLETADO RSU

GERADO (t/dia) (Kg/Hab./di a) (t/dia) 2013 2014 201 3 201 4 201 3 201 4 201 3 201 4 3.182. 113 3.224. 357 0,8 46 0,8 53 2.6 91 2.7 50 3.1 18 3.1 75 Fonte: Adaptado de ABRELPE, 2014.

Os resultados obtidos pelo Projeto de Pesquisa da Acadêmica Phamela Parente foram que as Classes A e B da cidade de Sinop-MT produz (Kg/Hab/Dia) respectivamente 1,95 e 1,70. Observa-se uma produção maior das classes de alta renda em relação as classes de baixa renda. Mantendo o padrão de acordo com a IBAM (2001).

4.2.1

4.2.3 Considerações Finais

Através da caracterização dos resíduos sólidos do município de Sinop - MT, pode ser determinado o percentual de cada categoria analisada e as variações na geração desses resíduos nas classes C e D amostradas, possibilitando identificar os problemas e lacunas no sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos no município.

De um modo geral os resultados encontrados na pesquisa manteve o esperado de acordo com um município onde não há coleta seletiva e nem aterro sanitário.Observou-se com as amostras a falta de

orientação da população em relação ao manejo dos resíduos, visto que a maioria das residências não separa em recicláveis e não recicláveis, nem seco do molhado, além do exagero desperdicío da matéria orgânica.

O município deve implantar um aterro sanitário, além de criar outras medidas de destinação final de algumas categorias dos resíduos, como por exemplo compostagem para tratamento da matéria orgânica e centros de artesanatos, além do trabalho em concórdia com catadores, para um destino adequado dos resíduos recicláveis. Se tais medidas repercutirem positivamente, pode haver diminuição na quantidade de resíduos que deverão ser encaminhados para aterro sanitário, aumentando a vida útil do mesmo e preservar recursos naturais.

Agradecimentos

Primeiramente deixo toda minha gratidão à Deus por me fazer encontrar forças em cada batalha, pela sua graça que me orientou desde sempre, pelo seu infinito amor por mim, mesmo não merecido, que rege toda a minha existência e me completa a cada dia. Portanto na vitória reconheço sua glória e humildemente Lhe agradeço.

Agradeço aos meus pais, pelo amor incondicional. Por serem o meu alicerce desde o meu nascimento até hoje, pelo apoio, confiança e sustento, tornando possível toda minha jornada acadêmica. Lucimara e Claudino dedico à vocês todo meu amor e gratidão, palavras são incapazes de expressar todo o sentimento, agradecimento e dedicação que cabe a vocês.

Agradeço ao meu irmão João Pedro por me ensinar o valor das coisas simples da vida, me permitindo provar do mais verdadeiro e puro amor que existe no mundo.

Aos meus amigos e irmãos Alex Kenji Terão (In

memorian) e Kelli Tayani da Rosa por sempre

estarem ao meu lado ao longo da caminhada, pelo apoio e credibilidade na minha capacidade, desde o primeiro dia da graduação.

Ao meu companheiro e amigo Ricardo Schanne Gossler, por aguentar minhas variações de humor constante, pelo apoio na vida pessoal, acadêmica e profissional. Obrigada pela compreenssão na ausência, pela ajuda no desenvolvimento da pesquisa e graduação e principalmente pelo amor na estada. Ao meu professor e orientador Me. Julio César Beltrame Benatti e minha parceira de pesquisa e amiga Phamela Adelyna Parente. Juntos pesquisamos, aprendemos, trabalhamos e vencemos as dificuldades, com muita dedicação e empenho. Os resultados são méritos do nosso trabalho, o reconhecimento é triplo.

Em especial aos meus amigos e colegas de curso Gabriel, Laís e Raí pela ajuda e apoio no desenvolvimento desta pesquisa.

Por fim a Universidade do Estado do Mato Grosso, por todo o conjunto de coisas boas que ingressar nessa instituição me proporcinou. Agradeço desde os amigos que adquiri na jornada, que levarei para vida inteira aos professores dedicados em transferir seus

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conhecimentos da melhor forma possível aos acadêmicos. Vocês fizeram a caminhada valer a pena.

Referências

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004. NBR:10.004/2004 Resíduos Sólidos: Classificação.

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______, 2004. Procedimento para a Obtenção de Extrato Solubilizado de Resíduos Sólidos – NBR 10.006/2004.

______, 2004. Amostragem de Resíduos Sólidos – NBR 10.007/2004.

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ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama Dos Resíduos Sólidos do Brasil em 2014. São Paulo – SP.

ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama Dos Resíduos Sólidos do Brasil em 2012. São Paulo – SP.

ATLAS BRASIL 2013 – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Publicação Atlas das Regiões Metropolipanas. Disponível em: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013/> Acesso em: 26 de dezembro de 2016.

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(9)

APÊNDICE A – Resultado dos Ensaios de Caracterização Gravimétrica das Amostras da Classe C.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%

Resid. 1 Resid. 2 Resid. 3 Resid. 4 Resid. 5 Resid. 6 Resid. 7 Resid. 8

(10)

APÊNDICE B – Resultado dos Ensaios de Caracterização Gravimétrica das Amostras da Classe D.

Fonte: Arquivo Pessoal. 2016.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Resid. 1 Resid. 2 Resid. 3 Resid. 4 Resid. 5 Resid. 6 Resid. 7 Resid. 8

(11)

APÊNDICE C – Resultados dos Ensaios de Caracterização Gravimétrica Médio para cada Classe

Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00% C D

Referências

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