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Zero, 2004, ano 19, n.5, jul.

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(1)

t-Jt I I I ---,--. ---_---�_-.,-- .�- .- -�_.-� ,

Inédito

o

texto

proibido

na

revista

Veja

sobre

a

morte de Vladimir

Herzog

AnoXIX

.

Número 5

Curso de Jornalismo

da UFSC

Florianópolis,

22 de

julho

de 2004

DI dIZ dial dB

_1IOIIIIIat'II

...

m

na

radução

das p__ di

ônib

...

FIoripa

,,0J I

(2)

ALTOS E BAIXOS

Certificado

de

competência

Jornalismo da UFSC

conquista

prêmio

nacional qua

raconhaca

a

axcalência

do trabalho

am

áraa

aspacífica

Noano emqueco­ memora o seu25°ani­

versário o Curso de

Jornalismo

da Univer­

sidade Federal deSan­

taCatarina

(UFSC)

foi

mais uma vez reco­

nhecidocomo umdos

melhores do

país:

ven­ ceu o

prêmio

Luis

Beltrão,

conferido

pela

SociedadeBra­

sileira de Estudos

Interdisciplinares

da

Comunicação

(In­

tercom),

na

categoria

Instituição

Paradigmática.

Ocur­ so

chegou

à fase final concorrendo com a

Agência

de

NotíciasdosDireitosdaInfância

(ANDI)

. Oanúnciodos

vencedores do concurso 2004 foi feito natarde do dia 16 de

junho

e a

entrega

dos

diplomas

etroféus seráem

setembro duranteoXXVII

Congresso

Brasileiro de Ciên­

cias da

Comunicação,

promovido

pela

Intercom,

em

Porto

Alegre.

Instituído em

1997,

o

prêmio

LuizBeltrão

pretende

homenagear

os

pioneiros

da

pesquisa

científicaem co­

municação

no

Brasil;

sinalizar àsnovas

gerações,

reco­

nhecendo aexcelência do trabalho realizadonasuniver­

sidadespordocentese

pesquisadores;

edestacaras en­

tidadesquefomentam estudosou desenvolvem

projetos

de

comunicação

relevantesparao desenvolvimento só­

cio-cultural.

A

categoria

Instituição

Paradigmática

é voltadaa cur­

sos,

departamentos, escolas,

empresas,

sindicatos, ONGs,

entreoutros, quesedestacamemprogramasde

pesqui­

sada

comunicação.

Entidades como aCinemateca Bra­

sileira,

aOboré

Comunicações

eArtese aEditoraVozes

venceram em

edições

anteriores. AUFSC

foi contem­

plada

em outras

categorias

doLuizBeltrão. Em

1998,

o

ex-professor

e

jornalista

Moacir

Pereira,

um dos funda­

dores docurso

conquistou

a de Maturidade Acadêmica e o

professor

Eduardo Meditschvenceu ade

Liderança

Emergente

no ano

passado.

Oscandidatosao

prêmio,

emcadaumadas

categorias,

sãoindicados anualmente

pela

comunidade acadêmicada

área,

cabendo a decisão final a um

júri

presidido pelo

fundador da

Intercom,

Prof. Dr.

José

Marques

de Melo.

Integram

esse

colegiado,

composto

por 16

personalida­

des,

os

antigos

e oatual

presidente

dessa

associação,

bem como osvencedoresda

categoria

maturidade acadêmica em anosanteriores

(Moacir

Pereira,

Sérgio Caparelli,

Ser­

gio

Mattos,

Muniz

Sodré,

Antônio CostellaeCarlos Eduar­

doLins e

Silva).

LuizBeltrão foio

primeiro

doutoremCiênciasdaCo­

municação

do Brasil.

Pernambucano,

nascido

em agos­

tode

1918,

formou todauma

geração

de

professores

e

pesquisadores

da

comunicação.

Foi ofundador do

pri­

meirocentroacadêmico nacional de estudos midiáticos

-o Institutode Ciênciasda

Informação

da Universidade Católica de Pernambuco

-e editor da

primeira

revista

brasileira de ciências da

comunicação.

Demitidossem

justa

causa- O

jornalista

AlbertoDines

deixou deassinarsuacoluna

nojornal

doBrasil. A decisãofoi

comunicada por e-mail enviado por

José

Antonio Nascimento Brito,

presidente

doConselhoEditorial

dofB

na

sexta-feira,

dia

11de

junho.

"Ele

deixou

claroquefuisuspensoporcansade

um

artigo

que

escrevipara

oObservatório da

Imprensa",

deda-rouDtnesao

·que-se.

No b

custódia",

DinesfaZ urlllJ. ctrllca

fe-roz

dacobérmrarealiiMàpe.!os

principais

jotnaiS

ÇlomQ,

píWci­

palmente

a

dojomal

do

Brasil,

sobreaomissãodo governo do Estadoem

relação

àCasade Custódiade

Benfica,

onde

Íl,ouve

uma

rebelião de presos.

'fOjB

abdicou de fazer

jornalismo.

Parece

jor­

nal,

tem

periodicidade

de

jornal,

temosatributos formais deum

jornal,

tem

umahistóriaincorporadaao

lornalísmo

bra.sneU'o,

II!a5 nestemomentoémovido por dinâmicae

prioridades

diferelltes das

de.

um

jornal:

pode até.estarreinventandoo

jornalisJno,

mas

estenão éo dó

qual

fuiumdosexpoenteseCOntinua

sendo

prati

.

adosseusconcorrentes) u

Dinesainda

crucial,

caso com

'

cantena

part

Pi

página!

Ao ,

cAll.)

Q.esíaque

dezvezes

oenorme

contingente

des()Cialites

que

devol'lUh

coos,enormefoto deumacariocafriorentaostentandoum

casa-quinho

básico.Antesassim,

poderia

estar

falandoembrioches".O

jornalistaacredita

tersido "censuradoemtodos ossenndos".

Eemenda:"Não inventei

nada,

não foi notí­

ciade

bastidor,

massimanaliseiaforma

como acobertura foi feita. fizumtrabalho

técnico", explica.

Oeditor-executivo

dofB,

MarcosBarros

Pínto,

diz queo

colunjsta

fezurpa análise íncorraa do

jornaL

"Seele consíderatudo

aquilo

destejomal,

nãode­ verianemtrabalharnemreceber dele,

Comoele nãotomouainiciativade deixar aempresa,a

direção

dofB

tomouporele".

Adecisão

dofB

provocoucríticasaca­

loradasnalista de discussão daAssocia­

ção

Brasileirade

Jornalismo

investigati­

vo,

Abraji.

O

jornalista

James Gõrgen

questiona

aimobilidadeaparentedosco­

legas

frenteao caso.

"Pré-capitalismo

pode

resultarem

pré-jornalismo.

onde

vatpos

parar?

Que

liberdadede

�fll'ensa

é essa? Vamos continuardizendQquea

truculênciacontra

jornalistas parte

ape­ nasdo

governo?

Vamoslutarporumalei

deacessoà

infonnação pública quando

estamosretrocedendoinclusivenasim­

ples manifestação

de

opinião?

Seasenti­ dadesque

ajudamos

aconstruir não têm

.

coragemdese

posicionar

e

preferem

o

silêncio

cômodo,

acho quevamos terque

fazer

individualmente".

GQrgen

atredi1:â

9.��henhumjornalis�tenhaco

de

jltstificar

mais

essa

à)'bi1l'al:ied

as

q�¢m

terncoragem

d�

denuA

.

or

qUeosberros

quando

oEstado agedefor­

IPatruculentae feStnUtlgós

abaftiQ.os

quando

oforrobodóéMi).osst)

qWntal?",

critica.

Q

comentarista

esportivo Jorge Kajuru

estáacostu­

madocom

polêmicas

eaenfrentarprocessos,que

somammaisde 100- só

emSãoPaulosão mais

de 30,

segundo

arevistaConsultor

jurídico.

Ele

a que"virou mania"

processá-lo,

egarantegastarcerca

de

R$

1I\,i.l JIlensaiscomopagamentode

advogados.

Sem

nun cessado

alguém,

Kajuru

decla.raque

aarmaque

usa e.sedefender éoespaço

q�e

'¢1in

nai!npren-sa.No c

maio, Kajum

protagonizóUóüttapo.lêmica.

Foisuspenso

poi'

umasemanado programa

Esporte total,

na

RedeBandeirantes.Na

ocasião,

aemissora

aIego1:l

queestava

dandouma

folga

aocomentarista,

alegando

que ele estariase

queixando

de cansaço.OcolunistaDaniel

Castro,

daFolha de

São

Paulo,

nãoacreditanaversão da empresa: o

jornalista

teriasidosuspensoporcomentara

lavagem

de dinheirono

futebolnoptogramasemaual Show de bola,

Na noite

dó dia.

Z de

junho,

minutos antesdo

jogo

Brasile

Argentina.,

nó.estádio doMineirão,

Kajum

apresentou.o

pfO-vivode Belo llorizo u

eroufaltade

organiZa

de

pri

o. "Iodaa

in!prensa

�M

ecímento

quesomeh

ingressos

foramdestinàdos .de

pú-blico.E que

lllalsde

10mil

ingressos-convite

estaVamnasmãos do

governador

AécioNeves

(PSDB)

ede

RicardoTeixeira,

presídente

daCBF",cri­ ticou.

"Quando

eu

passei

a verde

perto",

acrescenta,"arevoltadostorcedores de­

fícíentes físicos quenão

podiam

teraces­ so ao

portão

quesempre foi paraentra­

daexclusiva deles e que,

naquele

jogo

Brasile

Argentin;

estavadestinadoa ar­

tistas,

polítíc.ôàe

seus

acompanhantes,

simcomeceja mostraraovivooquees­

tava.acontecendo.

�iquei indignado".

Às 20h30mín,

Kajuru

se

dirigiu

a um

torcedornacadeira de

rodas,

que apon­

tavaumacarteirinhae, aos

gritos,

dizia

queera umaleifederalequeele deveria

ter

prioridade

para entrar. O

jornalista

não

perdeu

tempo:"Maisumconflitoque vocêvaiver

logo depois

do

primeiro

in­ tervalodo

Esporte

totaíl"

Kajum

nãovol­

tou

pario segundo

bloco.Sem maiores

explic!lÇõesfoiretj.rado

doar eumase­

mana

depois

acaboudemitido da empre­

saonde

trabalhou.

porquatorzemeses.

Nanotaemque

explicou

o seuafastamen­

todaemissora,nãoteceucriticas diretas

aBandeirantes:

Banddeixoaminha

compreensão

deque mundo econômico éassim meSJIlo:umconflitopennanente

daliberdadede

imprensa,

nesteBrasil

mais

chegll40

ª liberdadede empresae

deautoridade. Nesses30anosde carreí­

ra

petdi mUitas<:pisas

em

função

da

pos-turam duascoisaseunão

voupe

il-llliriha dignidade

e

omeu

dil'eitopl�l:lodemdignaras

coisas

erradas. Essas

du�

coisaspertencema

mim,

não

estão,

emcontratoe

ninguém

pode

me

tirar"i

garante. Do

público

se

despede

cotnItironiahabitual: "Atéa

próxima

demissão".

Vanessa

elllsen

Wellington Campos

ZERO

ANO XIX- Nº5

-JULHO2004- CURSO DEJORNALISMO- UFSC- CCE

-JOR

Jornal-laboratório

doCurso de

Jornalismo

daUniversidade Federalde Santa Catarina

Apoio: LabFoto,

LabInfografia

Colaboração:

Editora

Abril,

[uca

Varella,

Pedro

Valente, Projeto

deArquitetura

Subaquática,

Zé Lacerda

Copy-writer:

Bruna

Flores,

Camile

Bropp,

RicardoBarreto,RafaelCarvalho,VanessaClasen

Direção

de Arte ede

Redação:

Jornalista

e

professor

RicardoBarretoEditores-assistentes: BrunaFlores, Rafael

Carvalho,

WendelMartins, UpiaraBoschiSecretaria de

Redação:

BrunaFlores Serviçoseditoriais:Comitê de Mfdia

Independente,

Comunique-se,

Folha de SãoPaulo,

Google,

Observatóriode

Imprensa,

OEstadode São

Paulo,

Veja

on-line,

SítiooficialdoPPS,Stock Photos

Edição:

CamilleBropp,Fabiano

D'Ávila,

Leda

Malysz,

SarahCastro

Editoração

eletrônica,

produção

gráfica

e

circulação:

Wendel Martins Tratamento de

imagens:

WendelMartins

Fotografia:

Alexandre Brandão,Fernando

Angeoletto, Wellington

Campos

Laboratório

fotográfico:

Wladimir D'AndradeTextos:Carolina

Dionísio,

CamilleBropp,Emília

Chagas,

Fernando

Angeoletto,

GiselleTiscoski,Marco Britto,VanessaClasen,

Wellington

Campos

Impressão:

Diário Catarinense

Redação:

Curso de

Jornalismo

(UFSC-CCE-JOR), Trindade,

CEP

88040-900,

Florianópolis,

SCTelefones:55(48)

331-6599,

331-9490,

331-9215Fax:

(48)

331-9490Sítio:www.zero.ufsc.brWebmaster: Tadeu Martins E-mail: zero@cce.ufsc.br

Circulação:

Nacional, gratuitae

dirigida Tiragem:

5.000

exemplares

..

MelhorJornal-laboratório

IPrêmioFoca

Sind. dosJornalistasde SC -2000

..

3° Melhor Jornal-laboratóriodoBrasil

Expocom94

�����..

MelhorPeçaGráfica

I, II, III, IV,veXISetUniversitário- PUC-RS

88,89,90,91,92e98

maZERO

(3)

o DIA DA

CAÇA

...

Vitóriado povo:acobertura

completa

das

manifestações

quepararama

capital

catarinense, masnãoevitarambombas,cassetetes,balas deborrachaehostilidadecontraoscidadãos desassistidos

Os daz dias

qua

abalaram

Floripa

Piquetes,

fechamento

de

ruas e

pontes

nas

manifestações

contra

o

aumento

das

tarifas

Aosomde "nãosou

baderneiro,

só não quero queroubemmeu

dinheiro",

cercade

quatro

mil usuários do transportecoletivo deônibusna

grande Florianópolis

fecharam as

principais

ruasdeacesso ao novoTermi­ nal

Integrado

do Centro

(Ticen)

para pro­

testar contrao

reajuste

de

15,6%

nopreço

das

tarifas,

efetivadono dia28de

junho.

A

manifestação,

que começou àssetehoras da manhãnobairro de

Canasvieiras,

duroumais

de 15 horasesó foi

interrompida

às dezda noite naportada Câmara de

Vereadores,

depois

queos

políticos

secomprometeram

adiscutiro

problema

coma

prefeita

Ângela

Amin

(PP).

Estudantes de escolaseuniversi­

dades

públicas

e

particulares,

trabalhadores

e outrosusuáriosdo sistema

participaram

da

mobilização.

Essafoiapenas a

primeira

deuma série de

manifestações

que tomou contada

capital

catarinenseentreofinal de

junho

eoInício de

julho.

De meio-dia atéas

19h30

nenhum ôni­

busentrouousaiudoTicen. Osmanifestan­

tes

impediram

osveículos de circular

pelas

ruas e avenidas

próximas

ao

Terminal,

cri­

andoum enorme

congestionamento

no cen­

troda cidade.Umafila de ônibus foi forma­ daem frente aoTerminal Rodoviário Rita Maria.Pessoas

ligadas

a

associações

demo­

radores,

ao Movimento

pelo

Passe livre e

outrosusuários

protestaram

contrao aumen­

tode

15,6%

nopreço das passagens. Gran­

departedos manifestanteseramestudantes

que, além de reclamar do

reajuste

nospre­

ços das

tarifas,

tambémprotestaramemfa­ vor do passe livre. "Nossa

manifestação

é

pacífica.

Estamos lutandocontraoaumento

datarifa de ônibusquesetomouamaiscara

do

Brasil",

diz MarceloPomar,umdoscoor­

denadores domovimento.

Porvolta das16horas doisoficiaisde

Jus­

tiça

chegaram

aoTicencomummandado

exigin­

doa

liberação

dolocal.Odocumento foi ratifica­ do

pelo

juiz Élio

do ValePereiraa

pedido

do advo­

gado

Elias

Sombrio,

da Cotisa

-empresa que ad­

ministraosterminais

municipais

de ônibusemFlo­

rianópolis.

Mesmocom omandado

judicial

deter­ minandoa

liberação

do terminaledasvias

públi­

cas, oprotestocontinuou. Osmanifestantes per­

maneceramnolocale a

polícia

evitouusar a

força

que amaioria dos manifestantes eram

jovens

estudantesentre15e16anos.

O

aglomerado

depessoas queseformounas

imediações

docentro,

atrapalhou

nãosóodes­

locamento dos

ônibus,

motoristastambémtive­

ramqueenfrentarum

mega-engarrafamento.

O

trânsitofoientãomodificado

pela

Polícia Militar

(PM)

para queos condutores

pudessem

circu­

lar

pela

região

utilizando

trajetos

alternativos. O

protesto

estava calmo atéas

16h30

quando

um

tarama

circular,

só não passavam

pelo

Ti­

cen.Partedelesse

posicionou

porumapas­

seata rumo à Câmara dos

Vereadores,

en­

quanto

os outros

queriam

fecharumadas entradas da ponte ColomboSales

-quesai da Ilha de

Florianópolis

edáacesso ao con­

tinente.

Às

18h25 os estudantes

seguiram

rumoàponte. Oacordocom a

PM,

deusar

somenteuma

pista,

foi

rompido

às

18h35,

e o grupo ficou40minutossentado noas­

falto interditando omovimento nas

quatro

pistas.

Paraamenizaro

problema,

os

poli­

ciaisliberaram duas

pistas

daPontePedro

Ivopara saída da Ilhaeduas para entrada.

A ponte só foi liberada por volta da

19h15,

após

acordoentreosestudantese a

PM,

que não

quis

usar a

força

paraconter

osmanifestantes.

Depois disso,

osestudan­

tescruzaramoTicenrumoà CâmaradeVe­

readores,

onde foram

surpreendidos pelos

policiais

militares.Em

princípio,

osPMsnão

permitiram

aentrada dosmanifestantesque protestavam

pelo

passe

livre,

pela redução

datarifas e

pela

criação

deumaComissão Parlamentar de

Inquérito

(CpO

para inves­

tigar

abase de cálculos das tarifas.

Afuncionária

pública

Maria da Glória

Brigidos,

de 58 anos,apesar de estar com um

machucadoeter

chegado

àmanifes­

tação

às 13

horas,

ficou atéofinale era uma

dasmais

indignadas.

"Não posso reclamar

domeu

salário,

estou

aqui

pelos

estudantes

que não têm

condições

de pagarumatarifa tão

cara",

enfatiza.

Depois

demuitaconfusão os estudantes

conseguiram ingressar

na

Câmara,

masnão

tiveramacesso aos

gabinetes.

Cinco dos 21

vereadores decidiram

descer,

conversareten­ taracalmarosmanifestantesque invadiram

Man'{fostantes

apontam

soluções

edormemo sonodos

justos

aCâmara: Nildomar dosSantos

(PC

do.

B),

MárciodeSouza

(PT),João daBega

(PMDB),

Lázaro Daniel

(sem

partido)

e Marcilio

Ávila

(PP).

Osestudantes

interrogaram

osvereadores

a

respeito

doaumentonastarifasdo

transporte

público,

CPIdo

transporte

e

reajuste

salarial para

vereadoreseparaa

prefeita.

O

primeiro

afalar

foiMárciodeSouza que

elogiou

omovimentoe

explicou

queaCâmara não interfereno

reajuste

dastarifas. "Adecisão é do Conselho

Municipal

de

Transporte,

quesereúnee

apresenta

umapro­

posta

paraa

prefeita".

Ele

propôs

umareunião

com a

prefeita

e

representantes

do Núcleo de

Transporte

paradiscutiroaumentonastarifas.

Quanto

a umaCPI do

Transporte,

Souza

expli­

cou que são necessárias sete assinaturas para

dar inícioaoprocesso.Maspor

enquanto,

ape­

nas outros cinco vereadores aprovam aidéia:

Lázaro, Nildão,

Piazza,

João

da

Bega

eChicão.

dos manifestantes foi

atropelado

emfrente ao

TerminalRita Maria. Omotoristadocarro,ner­

vosoporcausadacorrente de estudantes que

cercavam oveículoe

impediam

o seudesloca­

mento,deuumaré

inesperada

e

atropelou

o es­

tudante. Revoltadoscom aatitude domotorista,

manifestantes

quebraram

osvidros do carro e

xingaram

ocondutor.A

polícia

militar apareceu

em

seguida

eacaboucomaconfusão

díspersan­

doosmanifestantesdo local. Devido às manífes­

tações,

a Prefeitura

criou,

emergencialmente,

pontosde ônibus alternativos

pelo

centrodaci­ dadepara atendera

população.

Umamultidão decuriososque tentavavol­

tarparacasa

depois

dotrabalho

acompanhava

osprotestos.

Às

18

horas,

depois

de maisde

quatro horas cercando as entradas do Termi­

nal,

ogrupo quecoordenavaoprotestose reu­

niuparadefiniruma

ação

que

osônibus

(4)

o PIOR CEGO...

Para

técnicos

é

impossival

baixar

Planilhas,

notas

fiscais

e

decisões

judiciais:

burocracia

contra

diminuição

das

passagens

Umtrocadilhonamãoe umaidéiana

cabeça:

estudantes

fecham

avenidaem

frente

aoTicenemoutrodiaconturbadona

capital

"Nãose

pode

alteraro va­

lordanotafiscal". Essafoia

resposta de

jucélía

Momm,

gerente do Núcleo deTrans­

portes

quando questionada

se

as

planilhas

decustosseriam novamenteabertascomoche­

gouaser

cogitado pelo

movi­

mentoestudantil.Mommacha

improvável

que a

prefeitura

cedaaos

apelos

dos estudan­

tesque afirmam só pararcom os

protestos

públicos quando

atarifa voltaraosvalores

apli­

cados atéodia22 de

junho.

As

tarifas,

segundo

a

gerente,

têm preços

promocionais.

A

questão

da tarifa é po­

lêmica desde que foi apro­

vada.Nareunião sobreore­

ajuste,

os oito

representan­

tes do Conselho

Municipal

de

Transportes

não

chega­

ram a um acordo.

Quatro

deles

(Núcleo

de

Transpor­

te,Institutode

Planejamen­

toUrbano de

Florianópolis,

empresasde ônibusetaxis­

tas)

votaram afavordo au­

mento. Os outros quatro

(dois

de

associações

de

moradores,

um dos traba­

lhadorese umdasempresas

de

fretamento)

foram con­

tra.

jucélia

Momm,

presidente

do conselho e gerente do

Núcleo,

desempatou

a

questão,

com ovotoafavor. "Como

eutenhocertezaqueaminha tarifaestáabertaa

qualquer

CPI,

a

qualquer

auditoria,

porqueeutenho todosos com­

provantes,

eu

poderia

votare

desempatar

comtodaatran­

qüilidade",

garante.

Emnovembro de

2003,

quando

o Sistema

Integrado

de

Transportes

foi

implantado,

seuscustosforam analisadose a

tarifa foi

aplicada

com basenesses cálculos. Momm conta

queessatarifa

chegou

a ser

questionada

na

época

pelo

Pro­

con,o

órgão

dedefesa do

consumidor,

eoresultado foiuma

ação

civil através do Ministério

Público,

quetaxouo

reajuste

de abusivo.Atarifa foi

objeto

deuma

perícia

detalhada que

concluiu que o aumento não foi abusivo porqueas tarifas

estavam

aquém

dos custos levantados

pelo

Ministério dos

Transportes.

"O

juiz

decidiuessa

ação

e

julgou pela

nãoabu­

sividadedas tarifaseliberouonúcleo para efetuarnovos es­

tudos de

reajuste.

Passadoumano, comoé

normal,

emvir­ tude doaumentodetodososinsumossobreotransporte foi

feitoum novo

estudo",

esclarece.

Estudoque, deacordocom a

gerente

do Núcleo de Trans­

portes,

foibaseado emtodos os movimentos de

passagei­

ros,emtodasasnotasfiscaisem

poder

das

transportadoras

para avaliarovalor dos pneus

adquiridos,

dos

veículos,

do óleo

diesel, enfim,

das peças e acessórios. "O Núcleo de

Transporte

temtodaa

documentação

econcluiuqueospre­

ços das tarifas deveriam sofrermais de 30% de

reajuste",

relembra.Noano

passado

comofoi feitoumacordonãofoi

implementada

essatarifa

prevista.

"Lógico

queaPrefeitura

de

Florianópolis

sabia que os usuários não

poderiam

ser

oneradoscom30% de

reajuste.

Esedecidiu porumatarifa

de

racionalização,

que seriaomínimo

possível

de

reajuste

paramanter o

transporte

em

operação

sem quea

popula­

ção

fosseoneradaemdemasia". O

reajuste

de

15,6%

é que

estásendo

questionado pelos

manifestantes. Osvaloressão

emmédia 8% maioresdo queosquehaviam sidopropos­

tos

pelo

Núcleode

Transportes

da

Capital,

em

julho

doano

passado, quando

aPrefeituradecidiu

implantar

o Sistema

Integrado

de

Transportes (SIT).

Momm

explica

queem2003oestudo

previa

umaumento

de

24,5%

deaumentonas

tarifas,

masque só foram repassa­

dos 15%.Comouma

porcentagem

equivalente

a10% não foi

aplicada,

oaumento

acumulado,

incluindooquefoi efetuado na

inauguração

do Sistema

Integrado

de

Transportes

chegou

aumvalor

superior

a30%.

Segundo

ela,

atarifadeônibus em

Florianópolis

éaúnicado

país

que passou porumaaudi­

toriada

justiça.

"Não quer dizer que

aqueles

10% que nãofoi

dado foram

esquecidos", justifica.

"No atual

reajuste

essa

porcentagem

está

incluída",

revela.

Quanto

à

reivindicação

dopasse livre paraosestudan­

tes,Momminformaquea

prefeitura

nuncadissesercontra, masnão

pretende

oneraraindamaisa

população

comgra­

tuidades não tão necessárias.Osestudantestêm50% degra­

tuidadenapassagem de ônibuse a

prefeitura

de Florianó­

polis

concede aos alunos carentes da rede

municipal

de

ensino,

de laa 8asérie a

gratuidade

total. A

gerente

cita

outras

gratuidades

como asque sãoconcedidasaos

idosos,

deficientes

físicos,

aoscegosedeficientesmentais.

"Ninguém

écontraa

gratuidade,

maselaonera osistema.

Porque

não há subsídios para

isso",

garante. Ela acredita que o orça­

mento

precisa

serdirecionadopara

"questões

maissérias"

comosaúdee

educação,

emboraconsidereotransporteuma

prioridade

paraa

população.

Quanto

às

soluções

propostas

pelos

estudantesdeutilizar paraopasse

livre,

odinheirodasmultas de trânsitoedaZona

Azul,

Momm diz queesseéum

problema

da câmara munici­

pal,

pois

ela é quem

precisa

verificar

junto

com aSecretaria

de

Finanças

e a

prefeitura,

essa

possibilidade.

um

proble­

maque estáfora danossa

alçada",

desconversa. Com

relação

à

implantação

detarifa

única,

Mommafirmaqueo sistema

pode

ser

adaptado

para ela

seja

aplicada,

maspara

isso,

acre­

ditaque 70% dos usuários serãooneradosporqueestariam

ajudando

apagaros

trajetos

maiscaros.

Na visão da

gerente,

dizer queapassagemdeFlorianó­

polis

éamaiscaraéum

equívoco

porqueamaior

parte

da

população,

70% não paga

R$

3,00

esim entre

R$

1,15

e

1,75,

valores,

queseriambemmenoresdo que os

aplica­

dosemoutras cidadesbrasileiras. Os corredores que são

maiscaros,são

justamente

onortee

sul,

que percorremos

trajetos

mais

longos,

compercursos que

chegam

a 50

qui­

lômetros oumais. "Sabemosqueemtorno de20% da po­

pulação

é oneradapor esses

valores", admite,

"mas éum

valor

módico,

éo custo mínimo que

poderíamos

repassar

paraessaslinhas".

Nadadecidido - Como

objetivo

de acalmarosânimos

umareuniãofoi

agendada

nodia2de

julho

com os cercade

200estudantesque fazem

parte

domovimentoemembrosda OAB/SC

(Ordem

dos

Advogados

do

Brasil).

Também

partici-

_.__",--�

param do encontro repre­

g_ sentantesda

prefeitura

mu­

nicipal

eRonaldo

Benedet,

I

secretárioestadual da

Segu­

rança Públicae Defesa do

Cidadão,

quedeclarouser a

favordaliberdadedemocrá­

ticados

protestos,

desdeque

a segurança

pública

fosse

garantida.

Masareunião não

surtiuoefeito

esperado.

Pelo menos para os estudantes.

Jucélia

Momm,

que nãoes­

tevepresente, afirmou que

nadaficou

decidido,

a não

sermantero

posicionamen­

toda

prefeitura.

Até porque,

segundo

a

gerente,

o

objeti­

vodareunião eratratarda segurança do

município

e

nãosobre tarifas.

A visão do Núcleo de

Transportes

é de que além do

compromisso

com oci­ dadão usuário do Sistema

Integrado

de

Transporte,

a

prefeitura

temumcompro­

misso com as empresas,

com os contatos que pre­

cisamsermantidos

equili­

brados.Isso

"porque

se em

um dado momento finan­

ceiramenteaempresa não

puder

arcarcomesse

cus-to,ela vai

falir",

acreditaagerente.

A

Constituição

Federal

prevê

a

destinação

de recursos

paraosetorde

transportes

por

parte

da

União,

masFloria­

nópolis

nãorecebe nenhum subsídio.A

intenção

da

prefei­

turaé

prolongar

esses

questionamentos

echamara

atenção

do governo federal para que

sejam

liberadosrecursos como

acontececom os

táxis,

por

exemplo,

paraacompra do óleo

dieseleoutrosinsumos, oqueseriaummodode baratear

as

tarifas,

devidoaosaltos encargossociaise

impostos

que

incidemsobreeles.

Mommnão temidéia do que possaacontecercaso esse

ímpasse

com osestudantesnão acabe.Afirma queo núcleo

estáabertoa

qualquer

discussão,

maspara

ela,

não é viável

dizer

simplesmente

queatarifavoltea ser oqueeraoupasse a serdeumrealepronto.

"Sugestões

são válidase vamosver

se

podemos

encontraruma

solução

paraesse

problema,

mas

claro queestas

precisam

ser

propostas

concretas".

Os estudantes não estiveram no Núcleo de

Transportes

para conversar com os

responsáveis.

Os dois lados apre­

sentaramsuasrazões paraessa

indisposição

ao

diálogo.

Os estudantesdefendemque todos são

líderes,

casoumvácon­

versar,vãotodos.

Enquanto

queonúcleo

alega

incapacida­

de física do localemedo de

represálias.

"Aqui

nós nãote­

mos espaço para receber

todos",

ressalta

Momm,

"e até

poderíamos

estar

sujeitos

a

algum

tipo

de

agressão".

Ape­

sar

disso,

elainsiste quea

prefeitura

estáconstantemente

emcontatocom osestudantes analisando

propostas,

só ainda nãoacharamumaalternativa.

Enquanto

isso,

Florianópolis

queeraconhecidacomo a

cidade das

praias

e

boates,

a

capital

com melhor

qualidade

de vidado

país,

temsido

destaque

dos

principais jornais

es­

tampando

omedo dos usuáriosempegarosônibusemdia de

protestos,

medoesseque

chegou

a ser

comparado

aoque

sentea

população

do Rio de

Janeiro

nas

brigas

de

facções

rivais

pelo

tráfico de

drogas.

Nestes

seguidos

dias de

protes­

to,omovimentode

passageiros

se

normalizou,

masoNúcleo

de

Transportes

pretende

darum

posicionamento

concreto

quando

osrelatórios feitos

pelo departamento

de

operações,

forem

finalizados,

porque,

segundo

Momm,

"comessetrans­ tornotodo

ninguém

tem

parado

para fazerumrelatóriomais

completo".

ONúcleo de

Transportes

ainda nãotemdatapre­ vistaou

agendada

paraconversar com osmanifestantes.

Vanessa Clasen

(5)

...voz DE DEUS

Tempo

bom: Nãoimportavase oque havia

pelafrente

era umcachorro,umcasseteteou um

temporal,

as

manifestações

varavamnoites,econtavamcom umnúmerocadavezmaiordeestudantes

Juiz

raduz

O

praço

das

passagaDs

Liminar

determina

suspensão

de

aumentos

para

evitar

conflitos

em

mega-manifestação

A

suspensão

do

reajuste

nopreço das tarifas de ônibus de Flori­

anópolis,

anunciadanodia7de

julho,

acabou

temporariamen­

te com a série de

manifestações

que tomou conta da

capital

catarinensenasúltimassemanas.Adecisão anunciada

pelo juiz

federal

Jurandi Borges Pinheiro,

atendendo

pedido

da Ordem dos Ad­

vogados

do Brasil

(OAB-SC),

acalmouosmanifestantes que

prometiam

um dia de desobediência civil com o não

pagamento

das passagens e

fechamento das

principais

ruas eavenidas da cidade.A

partir

do anún­

cio,

integrantes

do movimento transformaram as promessas de uma

mega-manifestação

nacidadeem uma

grande

festa paracomemorar a

vitória. OABobteve a liminarem

ação

cautelar

ajuizada

na

Justiça

Fe­

deral de

Florianópolis

para que

seja

suspenso

temporariamente

o au­

mentonas tarifas de ônibus de

transporte

coletivo.A

intimação

à Pre­

feitura de

Florianópolis

Companhia Operadora

deTerminaisdeIn­

tegração

SA

(Cotisa)

aconteceuna

quinta-feira,

dia 8. A

alteração

no

preço das passagens

-que voltou as valores anteriores - entrou

em

vigor

àmeia noite de sexta,

9

de

julho.

O

juiz

[urandír

Pinheirocitoua

insegurança

aqueestavasubmetidaa

população

da

capital

catarinensedevido às

manifestações agendadas

para

o dia 8 de

julho

-integrantes

do movimento

pretendiam

não pagar a

passagemdos ônibus

municipais

efecharterminaisevias

públicas

-como o

principal

motivo parao cancelamento do

reajuste.

Segundo

Pinheiro,

tal forma de

protesto

poderia

terminaremconflito entre

manifestantes,

seguranças

particulares,

motoristas,

cobradores,

usuários dosistemade

transporte

público

e

policiais.

"Umavitória

histórica,

a

principal

pós-ditadura

militar". Essaéa

opi­

niãodoestudante Marcelo

Pomar,

umdos líderes domovimento. "Essaé umavitória da

população

que

ajudou

e

participou

ativamente".

Pomar,

,

que

chegou

a serpreso por

quatro

horasno dia 30 de

junho

erecebeu

ameaçademortepor

telefone,

admite queas

manifestações podem

vol­

tarcaso

aconteça

um novo

reajuste

no preço das passagens. Para Luis

Poeta,

outrolíder do

movimento,

avitória é apenasuma

etapa.

"A guerra

não

acabou,

vencemosapenasumabatalha".

Para comemorar a

vitória,

os

integrantes

do movimentotransforma­

ram a

prometida mega-manifestação

em uma

grande

festano

Largo

da

Alfândega.

Duranteoevento,

integrantes

do

protesto

tiveramespaço para

desabafareocorreram

apresentações

de atividades culturais.

Quem

tam­ bém esteve

presente

na

festa foi o

presidente

da

OAB-SC,

AdrianoZanotto.

Ele foi

responsável

pelo

agendamento

de

quatro

encontros entrerepresen­ tantes dos

estudantes,

da PrefeituraedaSecretaria

de

Segurança

Pública paratentarresolvero im­

passe. Zanotto creditou a

vitóriaao movimento e à

população.

"Não

precisa

me

agradecer,

avitória é

de

vocês,

sociedadecata­

rinense.

Que

sirva de

exemplo

para advertir ar­

rogantes, prepotentes

e

ditadores".

Alarmefalso- A

ame­

aça dos manifestantes de colocarem cerca de 50

mil

protestantes

nas ruas

Policiafecba

o cerco aos

manifestantes

queinterromperamotrânsito daponteColomboSalles,dia 28

da

capital

no dia 8 de

julho

levou o governo do Estado a escalar

900

policiais

paracontrolaros

possíveis

protestos

nas ruasde

Florianópolis.

APrefeitura

suspendeu

o

expediente

do diaemtodosos

órgãos

públicos

municipais.

Nas

repartições estaduais,

o

governador

do

Estado,

Luiz Hen­

rique

da

Silveira,

decretou

ponto

facultativo. A Câmara dos

Dirigentes

Lojistas (CDL)

orientouoscomerciantes docentroda cidadeanãoabrir as

portas.

O CentroFederal de Ensino

Tecnológico

(Cefet)

e o Instituto

Estadual de

Educação

(IEE)

-instituições

que têm

juntas

maisde 10mil alunos

-suspenderam

as

aulas,

assimcomo todasasescolas estaduaise

municipais.

Autoridades e

empresários

temiam

pela

segurança de alu­

nos efuncionários duranteas

manifestações.

Governo ePrefeitura- Antesdo anúncioda

suspensão

do

reajuste

no preço das

tarifas,

algumas

medidas para tentar reduziro valor das

passagens foram anunciadas

pela

Prefeiturae

pelo

governo do Estado.O

governador

Luis

Henrique

da Silveira

(PMDB)

apresentou

comoalterna­

tivareduzirovalor do

Imposto

sobre

Circulação

de MercadoriaseServi­

ços

(ICMS)

sobre o óleo diesel consumido

pelas

empresas de ônibus.

No entanto, aindanão foram concluídos os estudos quevão definir de

quanto

seráa

redução

doICMSsobreo dieselede

quanto

essedesconto

implicará

no barateamento das passagens. De acordo com a

planilha

atual de custos das empresas

divulgada

pelo

Núcleo de

Transportes

de

Florianópolis,

oóleo diesel

compõe

16,13%

dos

gastos

com o sistema. APrefeitura de

Florianópolis

prometeu

recalculara

planilha

decus­

tos das empresas de

transporte

coletivo assim queogoverno do Estado

baixar a

alíquota

de ICMS que incide sobre o óleo diesel. A revisão na

planilha

permitiria

a

redução

dopreçodas passagens de ônibusna

Capi­

tal.

Porém,

como o índice de

redução

do ICMS aindanão foi definido

pelo

Estado,

nãohá como

precisar

quanto

baixariamastarifas.

Outra

solução apresentada

para a

redução

do preço das passagens

seriaocancelamento dataxade

R$ 4,45

quea

Companhia

de

Transporte

Intergrado (Cotisa)

cobra de cada ônibus que sai de cada terminal de

Florianópolis.

Para

isso,

aPrefeiturateria que assumiro financiamento

queaCotisafezpara construiros

terminais,

oquesóseria

possível

com um financiamento do

BNDES,

e aindaassim apenas em

2005,

que o

orçamento

de

Florianópolis

não

permitiria

essa

operação

em2004. Po­

rém,

se

implantada,

essa

proposta

acarretariaumdesconto

de,

nomáxi­

mo, 8% nopreço das passagens urbanas da

Capital,

valorque não

agra-daaosmanifestantes.

APrefeituraargumen­

tadesdeoiníciodasma­

� .nífestações

que o

au-1

mentonopreço das pas­

sagens é apenas metade

do que autorizou a

Jus­

tiça

justificado

pelas

planilhas

de custo. Se­

gundo

a

Prefeitura,

so­

mente com subsídio do

governo federal ou com a

redução

nos

serviços

a

tarifa

poderia

ficarmais

barata. A

prefeita

Ânge­

la Amin

anunciou,

na

manhã de

quinta-feira,

dia 8 de

julho,

que não irá recorrer da decisão

judicial.

Wellington

Campos

(6)

,. .... .. . . . � ... . �

---_n r _,. _ - .. ••••..-...�..._ ...&.• 6 ..._..._ ... ... _� __._. __... __...._ - _ _ - - ... - - - r ...."-'"- ...- ...-.-.-.-.- .. -.--

--Prefeita

se

defende

emanúncio detelevisão,tentavincular

manifestações

dos estudantes sóaomovimento

pelo

PasseLivreegarantequeacidade nãotema

tarifa

de ônibus maiscarado Brasil

CPI da

catraca

busca sétimo

voto

Seis

vereadores

garantiram participação,

mas

inquérito

sai

do

papel

com

sete votos

Vereadores

de

Florianópolis,

dian­

te da onda de

manifestações

da

população,

recorreramàOrdem dos

Advogados

do Brasil

(OAB)

para estudaro casodoaumentoda tarifa do transporte

coletivo

na

capital

autori­

zado

pela prefeita Angela

Amin

(PP).

O

objetivo

foi deencontrarumamaneirade

revertera

situação

atravésdeuma

possí­

vel medida

judicial

contraodecreto.Se­

gundo

overeador Márcio deSouza

(PT),

foi feita uma reunião com o Núcleo de

Transportes (NT), órgão

da

prefeitura

responsável pelo

controle dotransporte

público,

que nãoteve resultado

algum.

ParaSouza,falta

transparência

nas con­

tasquea

prefeita

apresentoupara

justífí­

car oaumentodastarifas.

ACâmara

Municipal

de

Florianópolis

não

teve

participação

na

criação

do decretoque

estabeleceuoaumentode

15,6%

datarifa do ônibus.Issoporqueesse

tipo

de

ação

é

sancionada

pela

prefeita depois

deaprova­ da

pelo

Núcleode

Transportes

e

pelo

Con­

selho

Municipal

de

Transportes.

No Conse­

lho,

a

votação

parao

reajuste

teve cinco

votosa

favor;

dosrepresentantesdoNT,do

Institutode

Planejamento

Urbano de Flori­

anópolis (IPUF),

das empresas de ônibuse

dostaxistas;equatrocontra; dois daUnião

Florianopolitana

de Entidades Comunitári­

as

(Ufeco),

das empresas de fretamentoe

do Sindicato dos Trabalhadores doTrans­ porteUrbano de

Florianópolis

(Sintraturb).

"O queosvereadores

podem

fazer é

pedir

uma

investigação

sobreotransporteurba­ noda

cidade",

afirmaSouza.

Entreas

reivindicações

dosrnanifestan­

tes estáaaberturanaCâmara

Municipal

deumaComissãoParlamentar de

Inquéri­

to

(CPI)

dos

Transportes.

A

implantação

daCPI

depende

daassinaturadesetespar­

lamentares. Desde2003,

alguns

vereado­

restentamabrirumaCPIpara

investigar

osdocumentos de

negociação

da instala­

ção

doSistema

Integrado

de

Transportes

na

capital

eabriros

arquivos

da

planilha

de custos, utilizada

pelas

empresasde ôni­

bus paracalcular opreço da tarifa.. Até

agoraexistem6votosafavor do

inquérito,

faltando apenasumparaser

implantada

a

CPl.Além

disso,

também foram recolhidos

no ano

passado

43milassinaturasdapo­

pulação

paraa

criação

daCPl.

Angela

Amin,emanúnucioveiculado

naTV,

defende-se,

dizendo quenãotem

mais

condições

demanteropreço da pas­

sagem. Ela comparaovalor dastarifas de

outras

capitais

brasileiraseafirmaquea

de

Florianópolis

não é a mais cara·do

Brasil.A

prefeita

citacomo

exemplo

Cu­

ritiba,

explicando

quena

capital

parana­

ense,

percorrendo

19

km,

aspessoas pa­

gam

R$

1,90e que naIlha pagammais

barato,

R$

1,75. A

geografia

da cidade também é colocada como

justífícatíva

paraovalordas tarifas. Além

disso,

Amin

i

afirma que a

capital

catarinense é uma

t

das únicas do

país

adarumdescontode

50% para estudantes epasse livre para

alunos de escola

pública

que provem de­

pender

detransporte

público

paraestu­

dar.

Aliás,

otemaestádandomuitooque

falar porquea

prefeita

está

culpando

os

u,

militantes da passagem

gratuita

pela

ba-derna nas

manifestações.

No dia 25 de

junho

foi adiadaa

votação

do

projeto

so­

breopasse livrenaCâmara

Municipal.

O

projeto

doPasse livrefoi encaminha­ doparaaComissãode

Viação

eObras da

Câmara.ParaMárciodeSouza,umdoscri­

adores do

projeto,

tudo

pode

acontecerna

questão

do passe livre."Nãohácomopre­ ver

quando

será

votado, pois

hámuito inte­

resseportrás".OvereadorcontaqueaCâ­ marade

Dirigentes

Lojistas (CDL)

enviou

umacartaaos

parlamentares alegando

ser

contraopasse livre. Souzagarantequea

CDLtemequenofuturoaentidade tenha

quearcarcom otransporte

gratuito

doses­

tudantes.Para

ele,

osmanifestantes que pro­

testaram contraoaumentodas tarifassão

osque defendemopasse

livre,

mas,além

disso,

sãoosque não

engoliram

a

implan­

tação

forçada

do Sistema

Integrado

de

Transportes.

"Aspessoas sóestãomostran­

dooqueestãosentindo desdeo anopassa­

do. Tambémestãocommedo de

perderem

oemprego porcausado preço elevado das

tarifas, pois

os

empregadores

vãodar pre­

ferência para os que moram em

lugares

ondeapassagemé maisbarata".

.

Transporte integrado

que não é

integra-0>

do,

alto valor das passagens, demorana

votação

do passe livre. Além de tudoisso, J5 osmanifestantes tambémestão

questionan-doo

auto-reajuste

salarial concedidope­

los

vereadores,

decercade100%,e

pela

prefeita,

em cercade200%. OS

reajustes

foram anunciadosno mesmo

dia,

22 de

junho,

quea

prefeitura

revelouoaumento

natarifa dos ônibus.Cercade 700 pessoas

tentaram entrarnaCâmarade Vereadores

e a

polícia

militar

reagiu

com

violência,

ferindo

alguns

manifestantes,

segundo

tes-o temunhas. Como

reajuste,

o salário de

prefeito

em

Florianópolis

passaria

de

R$

5

mil paramaisde

R$

15

mil,

acimado salá­

riode

presidente

da

República.

Noentan­

to,overeador Acácio Garibaldi

(PP),

líder

do

governo.pretende

fazerumabaixo-as­

-§ sinado entre os

parlamentares,

pedindo

u,

para quea

prefeita

veteo

projeto.

Garibal-di admitiuo erro e ainsensibilidade.Sou­

za acredita que 'tudoissonãopassou de

uma

jogada política

paratentardesviaro

foco da

atenção

com

relação

aoaumento

das tarifasdeônibus.

Depois

deacabaro

recessodos vereadoresemagosto,apre­

feitaexaminaoutro tema

polêmico.

Giselle

Tiscoski

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