t-Jt I I I ---,--. ---_---�_-.,-- .�- .- -�_.-� ,
Inédito
o
texto
proibido
na
revista
Veja
sobre
a
morte de Vladimir
Herzog
AnoXIX
.Número 5
Curso de Jornalismo
da UFSC
Florianópolis,
22 de
julho
de 2004
DI dIZ dial dB
_1IOIIIIIat'II
...
m
na
radução
das p__ di
ônib
...
FIoripa
,,0J I
ALTOS E BAIXOS
Certificado
de
competência
Jornalismo da UFSC
conquista
prêmio
nacional qua
raconhaca
a
axcalência
do trabalho
am
áraa
aspacífica
Noano emqueco memora o seu25°aniversário o Curso de
Jornalismo
da Universidade Federal deSan
taCatarina
(UFSC)
foimais uma vez reco
nhecidocomo umdos
melhores do
país:
ven ceu oprêmio
LuisBeltrão,
conferidopela
SociedadeBrasileira de Estudos
Interdisciplinares
daComunicação
(In
tercom),
nacategoria
Instituição
Paradigmática.
Ocur sochegou
à fase final concorrendo com aAgência
deNotíciasdosDireitosdaInfância
(ANDI)
. Oanúnciodosvencedores do concurso 2004 foi feito natarde do dia 16 de
junho
e aentrega
dosdiplomas
etroféus seráemsetembro duranteoXXVII
Congresso
Brasileiro de Ciências da
Comunicação,
promovido
pela
Intercom,
emPorto
Alegre.
Instituído em
1997,
oprêmio
LuizBeltrãopretende
homenagear
ospioneiros
dapesquisa
científicaem comunicação
noBrasil;
sinalizar àsnovasgerações,
reconhecendo aexcelência do trabalho realizadonasuniver
sidadespordocentese
pesquisadores;
edestacaras entidadesquefomentam estudosou desenvolvem
projetos
de
comunicação
relevantesparao desenvolvimento sócio-cultural.
A
categoria
Instituição
Paradigmática
é voltadaa cursos,
departamentos, escolas,
empresas,sindicatos, ONGs,
entreoutros, quesedestacamemprogramasde
pesqui
sadacomunicação.
Entidades como aCinemateca Brasileira,
aOboréComunicações
eArtese aEditoraVozesvenceram em
edições
anteriores. AUFSCjá
foi contemplada
em outrascategorias
doLuizBeltrão. Em1998,
oex-professor
ejornalista
MoacirPereira,
um dos fundadores docurso
conquistou
a de Maturidade Acadêmica e oprofessor
Eduardo Meditschvenceu adeLiderança
Emergente
no anopassado.
Oscandidatosao
prêmio,
emcadaumadascategorias,
sãoindicados anualmente
pela
comunidade acadêmicadaárea,
cabendo a decisão final a umjúri
presidido pelo
fundador da
Intercom,
Prof. Dr.José
Marques
de Melo.Integram
essecolegiado,
composto
por 16personalida
des,
osantigos
e oatualpresidente
dessaassociação,
bem como osvencedoresdacategoria
maturidade acadêmica em anosanteriores(Moacir
Pereira,
Sérgio Caparelli,
Sergio
Mattos,
MunizSodré,
Antônio CostellaeCarlos EduardoLins e
Silva).
LuizBeltrão foio
primeiro
doutoremCiênciasdaComunicação
do Brasil.Pernambucano,
nascido
em agostode
1918,
formou todaumageração
deprofessores
epesquisadores
dacomunicação.
Foi ofundador dopri
meirocentroacadêmico nacional de estudos midiáticos
-o Institutode Ciênciasda
Informação
da Universidade Católica de Pernambuco-e editor da
primeira
revistabrasileira de ciências da
comunicação.
Demitidossem
justa
causa- Ojornalista
AlbertoDinesdeixou deassinarsuacoluna
nojornal
doBrasil. A decisãofoicomunicada por e-mail enviado por
José
Antonio Nascimento Brito,presidente
doConselhoEditorialdofB
nasexta-feira,
dia11de
junho.
"Eledeixou
claroquefuisuspensoporcansadeum
artigo
queescrevipara
oObservatório daImprensa",
deda-rouDtnesao
·que-se.
No b
custódia",
DinesfaZ urlllJ. ctrllcafe-roz
dacobérmrarealiiMàpe.!os
principais
jotnaiS
ÇlomQ,
píWci
palmente
adojomal
doBrasil,
sobreaomissãodo governo do Estadoemrelação
àCasade CustódiadeBenfica,
ondeÍl,ouve
umarebelião de presos.
'fOjB
abdicou de fazerjornalismo.
Parecejor
nal,
temperiodicidade
dejornal,
temosatributos formais deumjornal,
temumahistóriaincorporadaao
lornalísmo
bra.sneU'o,
II!a5 nestemomentoémovido por dinâmicaeprioridades
diferelltes dasde.
umjornal:
pode até.estarreinventandoojornalisJno,
masestenão éo dó
qual
fuiumdosexpoenteseCOntinuasendo
prati
.adosseusconcorrentes) u
Dinesainda
�
crucial,
caso com
'
cantena
part
Pi
página!
Ao ,cAll.)
Q.esíaque
dezvezesoenorme
contingente
des()Cialites
quedevol'lUh
coos,enormefoto deumacariocafriorentaostentandoum
casa-quinho
básico.Antesassim,poderia
estarfalandoembrioches".O
jornalistaacredita
tersido "censuradoemtodos ossenndos".
Eemenda:"Não inventei
nada,
não foi notíciade
bastidor,
massimanaliseiaformacomo acobertura foi feita. fizumtrabalho
técnico", explica.
Oeditor-executivodofB,
MarcosBarrosPínto,
diz queocolunjsta
fezurpa análise íncorraa do
jornaL
"Seele consíderatudoaquilo
destejomal,
nãode verianemtrabalharnemreceber dele,Comoele nãotomouainiciativade deixar aempresa,a
direção
dofB
tomouporele".Adecisão
dofB
provocoucríticasacaloradasnalista de discussão daAssocia
ção
BrasileiradeJornalismo
investigati
vo,Abraji.
Ojornalista
James Gõrgen
questiona
aimobilidadeaparentedoscolegas
frenteao caso."Pré-capitalismo
sópode
resultarempré-jornalismo.
ondevatpos
parar?
Que
liberdadede�fll'ensa
é essa? Vamos continuardizendQqueatruculênciacontra
jornalistas parte
ape nasdogoverno?
Vamoslutarporumaleideacessoà
infonnação pública quando
estamosretrocedendoinclusivenasim
ples manifestação
deopinião?
Seasenti dadesqueajudamos
aconstruir não têm.
coragemdese
posicionar
epreferem
osilêncio
cômodo,
acho quevamos terquefazer
individualmente".GQrgen
atredi1:â9.��henhumjornalis�tenhaco
dejltstificar
mais
essaà)'bi1l'al:ied
asq�¢m
terncoragemd�
denuA.
or
qUeosberros
quando
oEstado agedeforIPatruculentae feStnUtlgós
abaftiQ.os
quando
oforrobodóéMi).osst)qWntal?",
critica.
Q
comentarista
esportivo Jorge Kajuru
já
estáacostumadocom
polêmicas
eaenfrentarprocessos,quejá
somammaisde 100- sóemSãoPaulosão mais
de 30,
segundo
arevistaConsultorjurídico.
Elea que"virou mania"
processá-lo,
egarantegastarcercade
R$
1I\,i.l JIlensaiscomopagamentodeadvogados.
Semnun cessado
alguém,
Kajuru
decla.raque
aarmaqueusa e.sedefender éoespaço
q�e
'¢1in
nai!npren-sa.No c
maio, Kajum
protagonizóUóüttapo.lêmica.
Foisuspensopoi'
umasemanado programaEsporte total,
naRedeBandeirantes.Na
ocasião,
aemissoraaIego1:l
queestavadandouma
folga
aocomentarista,alegando
que ele estariasequeixando
de cansaço.OcolunistaDanielCastro,
daFolha deSão
Paulo,
nãoacreditanaversão da empresa: ojornalista
teriasidosuspensoporcomentara
lavagem
de dinheironofutebolnoptogramasemaual Show de bola,
Na noite
dó dia.
Z dejunho,
minutos antesdojogo
BrasileArgentina.,
nó.estádio doMineirão,Kajum
apresentou.opfO-vivode Belo llorizo u
eroufaltade
organiZa
depri
o. "Iodaain!prensa
�M
ecímentoquesomeh
ingressos
foramdestinàdos .depú-blico.E que
lllalsde
10milingressos-convite
estaVamnasmãos dogovernador
AécioNeves(PSDB)
edeRicardoTeixeira,
presídente
daCBF",cri ticou."Quando
eupassei
a verdeperto",
acrescenta,"arevoltadostorcedores de
fícíentes físicos quenão
podiam
teraces so aoportão
quesempre foi paraentradaexclusiva deles e que,
naquele
jogo
Brasile
Argentin;
estavadestinadoa artistas,
polítíc.ôàe
seusacompanhantes,
aísimcomeceja mostraraovivooquees
tava.acontecendo.
�iquei indignado".
Às 20h30mín,
Kajuru
sedirigiu
a umtorcedornacadeira de
rodas,
que apontavaumacarteirinhae, aos
gritos,
diziaqueera umaleifederalequeele deveria
ter
prioridade
para entrar. Ojornalista
não
perdeu
tempo:"Maisumconflitoque vocêvaiverlogo depois
doprimeiro
in tervalodoEsporte
totaíl"Kajum
nãovoltou
pario segundo
bloco.Sem maioresexplic!lÇõesfoiretj.rado
doar eumasemana
depois
acaboudemitido da empresaonde
trabalhou.
porquatorzemeses.Nanotaemque
explicou
o seuafastamentodaemissora,nãoteceucriticas diretas
aBandeirantes:
"Ã
Banddeixoaminhacompreensão
deque mundo econômico éassim meSJIlo:umconflitopennanentedaliberdadede
imprensa,
nesteBrasilmais
chegll40
ª liberdadede empresaedeautoridade. Nesses30anosde carreí
ra
petdi mUitas<:pisas
emfunção
dapos-turam duascoisaseunão
voupe
il-llliriha dignidade
eomeu
dil'eitopl�l:lodemdignaras
coisaserradas. Essas
du�
coisaspertencemamim,
nãoestão,
emcontratoeninguém
pode
metirar"i
garante. Dopúblico
sedespede
cotnItironiahabitual: "Atéapróxima
demissão".Vanessa
elllsen
Wellington Campos
ZERO
ANO XIX- Nº5
-JULHO2004- CURSO DEJORNALISMO- UFSC- CCE
-JOR
Jornal-laboratório
doCurso deJornalismo
daUniversidade Federalde Santa CatarinaApoio: LabFoto,
LabInfografia
Colaboração:
EditoraAbril,
[ucaVarella,
PedroValente, Projeto
deArquiteturaSubaquática,
Zé LacerdaCopy-writer:
BrunaFlores,
CamileBropp,
RicardoBarreto,RafaelCarvalho,VanessaClasenDireção
de Arte edeRedação:
Jornalista
eprofessor
RicardoBarretoEditores-assistentes: BrunaFlores, RafaelCarvalho,
WendelMartins, UpiaraBoschiSecretaria deRedação:
BrunaFlores Serviçoseditoriais:Comitê de MfdiaIndependente,
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LedaMalysz,
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CamilleBropp,EmíliaChagas,
FernandoAngeoletto,
GiselleTiscoski,Marco Britto,VanessaClasen,Wellington
Campos
Impressão:
Diário CatarinenseRedação:
Curso deJornalismo
(UFSC-CCE-JOR), Trindade,
CEP88040-900,
Florianópolis,
SCTelefones:55(48)331-6599,
331-9490,
331-9215Fax:(48)
331-9490Sítio:www.zero.ufsc.brWebmaster: Tadeu Martins E-mail: zero@cce.ufsc.brCirculação:
Nacional, gratuitaedirigida Tiragem:
5.000exemplares
..
MelhorJornal-laboratório
IPrêmioFoca
Sind. dosJornalistasde SC -2000
..
3° Melhor Jornal-laboratóriodoBrasil
Expocom94
�����..
MelhorPeçaGráfica
I, II, III, IV,veXISetUniversitário- PUC-RS
88,89,90,91,92e98
maZERO
o DIA DA
CAÇA
...Vitóriado povo:acobertura
completa
dasmanifestações
quepararamacapital
catarinense, masnãoevitarambombas,cassetetes,balas deborrachaehostilidadecontraoscidadãos desassistidosOs daz dias
qua
abalaram
Floripa
Piquetes,
fechamento
de
ruas e
pontes
nas
manifestações
contra
o
aumento
das
tarifas
Aosomde "nãosou
baderneiro,
só não quero queroubemmeudinheiro",
cercadequatro
mil usuários do transportecoletivo deônibusnagrande Florianópolis
fecharam asprincipais
ruasdeacesso ao novoTermi nalIntegrado
do Centro(Ticen)
para protestar contrao
reajuste
de15,6%
nopreçodas
tarifas,
efetivadono dia28dejunho.
Amanifestação,
que começou àssetehoras da manhãnobairro deCanasvieiras,
duroumaisde 15 horasesó foi
interrompida
às dezda noite naportada Câmara deVereadores,
depois
queospolíticos
secomprometeramadiscutiro
problema
comaprefeita
Ângela
Amin
(PP).
Estudantes de escolaseuniversidades
públicas
eparticulares,
trabalhadorese outrosusuáriosdo sistema
participaram
da
mobilização.
Essafoiapenas aprimeira
deuma série de
manifestações
que tomou contadacapital
catarinenseentreofinal dejunho
eoInício dejulho.
De meio-dia atéas
19h30
nenhum ônibusentrouousaiudoTicen. Osmanifestan
tes
impediram
osveículos de circularpelas
ruas e avenidas
próximas
aoTerminal,
criandoum enorme
congestionamento
no centroda cidade.Umafila de ônibus foi forma daem frente aoTerminal Rodoviário Rita Maria.Pessoas
ligadas
aassociações
demoradores,
ao Movimentopelo
Passe livre eoutrosusuários
protestaram
contrao aumentode
15,6%
nopreço das passagens. Grandepartedos manifestanteseramestudantes
que, além de reclamar do
reajuste
nospreços das
tarifas,
tambémprotestaramemfa vor do passe livre. "Nossamanifestação
épacífica.
Estamos lutandocontraoaumentodatarifa de ônibusquesetomouamaiscara
do
Brasil",
diz MarceloPomar,umdoscoordenadores domovimento.
Porvolta das16horas doisoficiaisde
Jus
tiça
chegaram
aoTicencomummandadoexigin
doa
liberação
dolocal.Odocumento foi ratifica dopelo
juiz Élio
do ValePereiraapedido
do advogado
EliasSombrio,
da Cotisa-empresa que ad
ministraosterminais
municipais
de ônibusemFlorianópolis.
Mesmocom omandadojudicial
deter minandoaliberação
do terminaledasviaspúbli
cas, oprotestocontinuou. Osmanifestantes permaneceramnolocale a
polícia
evitouusar aforça
já
que amaioria dos manifestantes eramjovens
estudantesentre15e16anos.
O
aglomerado
depessoas queseformounasimediações
docentro,atrapalhou
nãosóodeslocamento dos
ônibus,
motoristastambémtiveramqueenfrentarum
mega-engarrafamento.
Otrânsitofoientãomodificado
pela
Polícia Militar(PM)
para queos condutorespudessem
circular
pela
região
utilizandotrajetos
alternativos. Oprotesto
estava calmo atéas16h30
quando
umtarama
circular,
só não passavampelo
Ticen.Partedelesse
posicionou
porumapasseata rumo à Câmara dos
Vereadores,
enquanto
os outrosqueriam
fecharumadas entradas da ponte ColomboSales-quesai da Ilha de
Florianópolis
edáacesso ao continente.
Às
18h25 os estudantesseguiram
rumoàponte. Oacordocom a
PM,
deusarsomenteuma
pista,
foirompido
às18h35,
e o grupo ficou40minutossentado noas
falto interditando omovimento nas
quatro
pistas.
Paraamenizaroproblema,
ospoli
ciaisliberaram duas
pistas
daPontePedroIvopara saída da Ilhaeduas para entrada.
A ponte só foi liberada por volta da
19h15,
após
acordoentreosestudantese aPM,
que nãoquis
usar aforça
paraconterosmanifestantes.
Depois disso,
osestudantescruzaramoTicenrumoà CâmaradeVe
readores,
onde foramsurpreendidos pelos
policiais
militares.Emprincípio,
osPMsnãopermitiram
aentrada dosmanifestantesque protestavampelo
passelivre,
pela redução
datarifas epela
criação
deumaComissão Parlamentar deInquérito
(CpO
para investigar
abase de cálculos das tarifas.Afuncionária
pública
Maria da GlóriaBrigidos,
de 58 anos,apesar de estar com umpé
machucadoeterchegado
àmanifestação
às 13horas,
ficou atéofinale era umadasmais
indignadas.
"Não posso reclamardomeu
salário,
estouaqui
pelos
estudantesque não têm
condições
de pagarumatarifa tãocara",
enfatiza.Depois
demuitaconfusão os estudantesconseguiram ingressar
naCâmara,
masnãotiveramacesso aos
gabinetes.
Cinco dos 21vereadores decidiram
descer,
conversareten taracalmarosmanifestantesque invadiramMan'{fostantes
apontamsoluções
edormemo sonodosjustos
aCâmara: Nildomar dosSantos(PC
do.B),
MárciodeSouza
(PT),João daBega
(PMDB),
Lázaro Daniel(sem
partido)
e MarcilioÁvila
(PP).
Osestudantesinterrogaram
osvereadoresa
respeito
doaumentonastarifasdotransporte
público,
CPIdotransporte
ereajuste
salarial paravereadoreseparaa
prefeita.
Oprimeiro
afalarfoiMárciodeSouza que
elogiou
omovimentoeexplicou
queaCâmara não interferenoreajuste
dastarifas. "Adecisão é do Conselho
Municipal
deTransporte,
quesereúneeapresenta
umaproposta
paraaprefeita".
Elepropôs
umareuniãocom a
prefeita
erepresentantes
do Núcleo deTransporte
paradiscutiroaumentonastarifas.Quanto
a umaCPI doTransporte,
Souzaexpli
cou que são necessárias sete assinaturas para
dar inícioaoprocesso.Maspor
enquanto,
apenas outros cinco vereadores aprovam aidéia:
Lázaro, Nildão,
Piazza,
João
daBega
eChicão.dos manifestantes foi
atropelado
emfrente aoTerminalRita Maria. Omotoristadocarro,ner
vosoporcausadacorrente de estudantes que
cercavam oveículoe
impediam
o seudeslocamento,deuumaré
inesperada
eatropelou
o estudante. Revoltadoscom aatitude domotorista,
manifestantes
quebraram
osvidros do carro exingaram
ocondutor.Apolícia
militar apareceuem
seguida
eacaboucomaconfusãodíspersan
doosmanifestantesdo local. Devido às manífes
tações,
a Prefeituracriou,
emergencialmente,
pontosde ônibus alternativos
pelo
centrodaci dadepara atenderapopulação.
Umamultidão decuriososque tentavavol
tarparacasa
depois
dotrabalhoacompanhava
osprotestos.Às
18horas,
depois
de maisdequatro horas cercando as entradas do Termi
nal,
ogrupo quecoordenavaoprotestose reuniuparadefiniruma
ação
já
que
osônibuso PIOR CEGO...
Para
técnicos
é
impossival
baixar
Planilhas,
notas
fiscais
e
decisões
judiciais:
burocracia
contra
diminuição
das
passagens
Umtrocadilhonamãoe umaidéiana
cabeça:
estudantesfecham
avenidaemfrente
aoTicenemoutrodiaconturbadonacapital
"Nãose
pode
alteraro valordanotafiscal". Essafoia
resposta de
jucélía
Momm,
gerente do Núcleo deTrans
portes
quando questionada
seas
planilhas
decustosseriam novamenteabertascomochegouaser
cogitado pelo
movimentoestudantil.Mommacha
improvável
que aprefeitura
cedaaos
apelos
dos estudantesque afirmam só pararcom os
protestos
públicos quando
atarifa voltaraosvalores
apli
cados atéodia22 de
junho.
As
tarifas,
segundo
agerente,
já
têm preçospromocionais.
A
questão
da tarifa é polêmica desde que foi apro
vada.Nareunião sobreore
ajuste,
os oitorepresentan
tes do Conselho
Municipal
de
Transportes
nãochega
ram a um acordo.
Quatro
deles
(Núcleo
deTranspor
te,Institutode
Planejamen
toUrbano de
Florianópolis,
empresasde ônibusetaxis
tas)
votaram afavordo aumento. Os outros quatro
(dois
deassociações
demoradores,
um dos trabalhadorese umdasempresas
de
fretamento)
foram contra.
jucélia
Momm,presidente
do conselho e gerente doNúcleo,
desempatou
aquestão,
com ovotoafavor. "Comoeutenhocertezaqueaminha tarifaestáabertaa
qualquer
CPI,
aqualquer
auditoria,
porqueeutenho todosos comprovantes,
eupoderia
votaredesempatar
comtodaatranqüilidade",
garante.
Emnovembro de
2003,
quando
o SistemaIntegrado
deTransportes
foiimplantado,
seuscustosforam analisadose atarifa foi
aplicada
com basenesses cálculos. Momm contaqueessatarifa
chegou
a serquestionada
naépoca
pelo
Procon,o
órgão
dedefesa doconsumidor,
eoresultado foiumaação
civil através do MinistérioPúblico,
quetaxouoreajuste
de abusivo.Atarifa foi
objeto
deumaperícia
detalhada queconcluiu que o aumento não foi abusivo porqueas tarifas
estavam
aquém
dos custos levantadospelo
Ministério dosTransportes.
"Ojuiz
decidiuessaação
ejulgou pela
nãoabusividadedas tarifaseliberouonúcleo para efetuarnovos es
tudos de
reajuste.
Passadoumano, comoénormal,
emvir tude doaumentodetodososinsumossobreotransporte foifeitoum novo
estudo",
esclarece.Estudoque, deacordocom a
gerente
do Núcleo de Transportes,
foibaseado emtodos os movimentos depassagei
ros,emtodasasnotasfiscaisempoder
dastransportadoras
para avaliarovalor dos pneus
adquiridos,
dosveículos,
do óleodiesel, enfim,
das peças e acessórios. "O Núcleo deTransporte
temtodaadocumentação
econcluiuqueospreços das tarifas deveriam sofrermais de 30% de
reajuste",
relembra.Noano
passado
comofoi feitoumacordonãofoiimplementada
essatarifaprevista.
"Lógico
queaPrefeiturade
Florianópolis
sabia que os usuários nãopoderiam
seroneradoscom30% de
reajuste.
Esedecidiu porumatarifade
racionalização,
que seriaomínimopossível
dereajuste
paramanter o
transporte
emoperação
sem queapopula
ção
fosseoneradaemdemasia". Oreajuste
de15,6%
é queestásendo
questionado pelos
manifestantes. Osvaloressãoemmédia 8% maioresdo queosquehaviam sidopropos
tos
pelo
NúcleodeTransportes
daCapital,
emjulho
doanopassado, quando
aPrefeituradecidiuimplantar
o SistemaIntegrado
deTransportes (SIT).
Momm
explica
queem2003oestudoprevia
umaumentode
24,5%
deaumentonastarifas,
masque só foram repassados 15%.Comouma
porcentagem
equivalente
a10% não foiaplicada,
oaumentoacumulado,
incluindooquefoi efetuado nainauguração
do SistemaIntegrado
deTransportes
chegou
aumvalor
superior
a30%.Segundo
ela,
atarifadeônibus emFlorianópolis
éaúnicadopaís
que passou porumaauditoriada
justiça.
"Não quer dizer queaqueles
10% que nãofoidado foram
esquecidos", justifica.
"No atualreajuste
essaporcentagem
estáincluída",
revela.Quanto
àreivindicação
dopasse livre paraosestudantes,Momminformaquea
prefeitura
nuncadissesercontra, masnãopretende
oneraraindamaisapopulação
comgratuidades não tão necessárias.Osestudantestêm50% degra
tuidadenapassagem de ônibuse a
prefeitura
de Florianópolis
concede aos alunos carentes da redemunicipal
deensino,
de laa 8asérie agratuidade
total. Agerente
citaoutras
gratuidades
como asque sãoconcedidasaosidosos,
deficientes
físicos,
aoscegosedeficientesmentais."Ninguém
écontraa
gratuidade,
maselaonera osistema.Porque
não há subsídios paraisso",
garante. Ela acredita que o orçamento
precisa
serdirecionadopara"questões
maissérias"comosaúdee
educação,
emboraconsidereotransporteumaprioridade
paraapopulação.
Quanto
àssoluções
propostaspelos
estudantesdeutilizar paraopasselivre,
odinheirodasmultas de trânsitoedaZonaAzul,
Momm diz queesseéumproblema
da câmara municipal,
pois
ela é quemprecisa
verificarjunto
com aSecretariade
Finanças
e aprefeitura,
essapossibilidade.
"Ê
umproble
maque estáfora danossa
alçada",
desconversa. Comrelação
à
implantação
detarifaúnica,
Mommafirmaqueo sistemapode
seradaptado
para elaseja
aplicada,
masparaisso,
acreditaque 70% dos usuários serãooneradosporqueestariam
ajudando
apagarostrajetos
maiscaros.Na visão da
gerente,
dizer queapassagemdeFlorianópolis
éamaiscaraéumequívoco
porqueamaiorparte
dapopulação,
70% não pagaR$
3,00
esim entreR$
1,15
e1,75,
valores,
queseriambemmenoresdo que osaplica
dosemoutras cidadesbrasileiras. Os corredores que são
maiscaros,são
justamente
onorteesul,
que percorremostrajetos
maislongos,
compercursos quechegam
a 50qui
lômetros oumais. "Sabemosqueemtorno de20% da po
pulação
é oneradapor essesvalores", admite,
"mas éumvalor
módico,
éo custo mínimo quepoderíamos
repassarparaessaslinhas".
Nadadecidido - Como
objetivo
de acalmarosânimosumareuniãofoi
agendada
nodia2dejulho
com os cercade200estudantesque fazem
parte
domovimentoemembrosda OAB/SC(Ordem
dosAdvogados
doBrasil).
Tambémpartici-
_.__",--�
param do encontro repreg_ sentantesda
prefeitura
mu�
nicipal
eRonaldoBenedet,
I
secretárioestadual daSegu
�
rança Públicae Defesa do�
Cidadão,
quedeclarouser afavordaliberdadedemocrá
ticados
protestos,
desdequea segurança
pública
fossegarantida.
Masareunião nãosurtiuoefeito
esperado.
Pelo menos para os estudantes.Jucélia
Momm,
que nãoestevepresente, afirmou que
nadaficou
decidido,
a nãosermantero
posicionamen
toda
prefeitura.
Até porque,segundo
agerente,
oobjeti
vodareunião eratratarda segurança domunicípio
enãosobre tarifas.
A visão do Núcleo de
Transportes
é de que além docompromisso
com oci dadão usuário do SistemaIntegrado
deTransporte,
aprefeitura
temumcompromisso com as empresas,
com os contatos que pre
cisamsermantidos
equili
brados.Isso
"porque
se emum dado momento finan
ceiramenteaempresa não
puder
arcarcomessecus-to,ela vai
falir",
acreditaagerente.A
Constituição
Federalprevê
adestinação
de recursosparaosetorde
transportes
porparte
daUnião,
masFlorianópolis
nãorecebe nenhum subsídio.Aintenção
daprefei
turaé
prolongar
essesquestionamentos
echamaraatenção
do governo federal para que
sejam
liberadosrecursos comoacontececom os
táxis,
porexemplo,
paraacompra do óleodieseleoutrosinsumos, oqueseriaummodode baratear
as
tarifas,
devidoaosaltos encargossociaiseimpostos
queincidemsobreeles.
Mommnão temidéia do que possaacontecercaso esse
ímpasse
com osestudantesnão acabe.Afirma queo núcleoestáabertoa
qualquer
discussão,
masparaela,
não é viáveldizer
simplesmente
queatarifavoltea ser oqueeraoupasse a serdeumrealepronto."Sugestões
são válidase vamosverse
podemos
encontrarumasolução
paraesseproblema,
masclaro queestas
precisam
serpropostas
concretas".Os estudantes não estiveram no Núcleo de
Transportes
para conversar com os
responsáveis.
Os dois lados apresentaramsuasrazões paraessa
indisposição
aodiálogo.
Os estudantesdefendemque todos sãolíderes,
casoumváconversar,vãotodos.
Enquanto
queonúcleoalega
incapacida
de física do localemedo de
represálias.
"Aqui
nós nãotemos espaço para receber
todos",
ressaltaMomm,
"e atépoderíamos
estarsujeitos
aalgum
tipo
deagressão".
Ape
sar
disso,
elainsiste queaprefeitura
estáconstantementeemcontatocom osestudantes analisando
propostas,
só ainda nãoacharamumaalternativa.Enquanto
isso,
Florianópolis
queeraconhecidacomo acidade das
praias
eboates,
acapital
com melhorqualidade
de vidado
país,
temsidodestaque
dosprincipais jornais
estampando
omedo dos usuáriosempegarosônibusemdia deprotestos,
medoessequechegou
a sercomparado
aoquesentea
população
do Rio deJaneiro
nasbrigas
defacções
rivaispelo
tráfico dedrogas.
Nestesseguidos
dias deprotes
to,omovimentodepassageiros
senormalizou,
masoNúcleode
Transportes
sópretende
darumposicionamento
concretoquando
osrelatórios feitospelo departamento
deoperações,
forem
finalizados,
porque,segundo
Momm,
"comessetrans tornotodoninguém
temparado
para fazerumrelatóriomaiscompleto".
ONúcleo deTransportes
ainda nãotemdatapre vistaouagendada
paraconversar com osmanifestantes.Vanessa Clasen
...voz DE DEUS
Tempo
bom: Nãoimportavase oque haviapelafrente
era umcachorro,umcasseteteou umtemporal,
asmanifestações
varavamnoites,econtavamcom umnúmerocadavezmaiordeestudantesJuiz
raduz
O
praço
das
passagaDs
Liminar
determina
suspensão
de
aumentos
para
evitar
conflitos
em
mega-manifestação
A
suspensão
do
reajuste
nopreço das tarifas de ônibus de Florianópolis,
anunciadanodia7dejulho,
acaboutemporariamen
te com a série demanifestações
que tomou conta dacapital
catarinensenasúltimassemanas.Adecisão anunciada
pelo juiz
federalJurandi Borges Pinheiro,
atendendopedido
da Ordem dos Advogados
do Brasil(OAB-SC),
acalmouosmanifestantes queprometiam
um dia de desobediência civil com o nãopagamento
das passagens efechamento das
principais
ruas eavenidas da cidade.Apartir
do anúncio,
integrantes
do movimento transformaram as promessas de umamega-manifestação
nacidadeem umagrande
festa paracomemorar avitória. OABobteve a liminarem
ação
cautelarajuizada
naJustiça
Federal de
Florianópolis
para queseja
suspensotemporariamente
o aumentonas tarifas de ônibus de
transporte
coletivo.Aintimação
à Prefeitura de
Florianópolis
eàCompanhia Operadora
deTerminaisdeIntegração
SA(Cotisa)
aconteceunaquinta-feira,
dia 8. Aalteração
nopreço das passagens
-que voltou as valores anteriores - entrou
em
vigor
àmeia noite de sexta,9
dejulho.
O
juiz
[urandír
Pinheirocitouainsegurança
aqueestavasubmetidaapopulação
dacapital
catarinensedevido àsmanifestações agendadas
parao dia 8 de
julho
-integrantes
do movimentopretendiam
não pagar apassagemdos ônibus
municipais
efecharterminaiseviaspúblicas
-como o
principal
motivo parao cancelamento doreajuste.
Segundo
Pinheiro,
tal forma de
protesto
poderia
terminaremconflito entremanifestantes,
segurançasparticulares,
motoristas,
cobradores,
usuários dosistemadetransporte
público
epoliciais.
"Umavitória
histórica,
aprincipal
pós-ditadura
militar". Essaéaopi
niãodoestudante Marcelo
Pomar,
umdos líderes domovimento. "Essaé umavitória dapopulação
queajudou
eparticipou
ativamente".Pomar,
,
que
chegou
a serpreso porquatro
horasno dia 30 dejunho
erecebeuameaçademortepor
telefone,
admite queasmanifestações podem
voltarcaso
aconteça
um novoreajuste
no preço das passagens. Para LuisPoeta,
outrolíder domovimento,
avitória é apenasumaetapa.
"A guerranão
acabou,
vencemosapenasumabatalha".Para comemorar a
vitória,
osintegrantes
do movimentotransformaram a
prometida mega-manifestação
em umagrande
festanoLargo
daAlfândega.
Duranteoevento,integrantes
doprotesto
tiveramespaço paradesabafareocorreram
apresentações
de atividades culturais.Quem
tam bém estevepresente
nafesta foi o
presidente
daOAB-SC,
AdrianoZanotto.Ele foi
responsável
pelo
agendamento
dequatro
encontros entrerepresen tantes dosestudantes,
da PrefeituraedaSecretariade
Segurança
Pública paratentarresolvero impasse. Zanotto creditou a
vitóriaao movimento e à
população.
"Nãoprecisa
me
agradecer,
avitória éde
vocês,
sociedadecatarinense.
Que
sirva deexemplo
para advertir arrogantes, prepotentes
editadores".
Alarmefalso- A
ame
aça dos manifestantes de colocarem cerca de 50
mil
protestantes
nas ruasPoliciafecba
o cerco aosmanifestantes
queinterromperamotrânsito daponteColomboSalles,dia 28da
capital
no dia 8 dejulho
levou o governo do Estado a escalar900
policiais
paracontrolarospossíveis
protestos
nas ruasdeFlorianópolis.
APrefeitura
suspendeu
oexpediente
do diaemtodososórgãos
públicos
municipais.
Nasrepartições estaduais,
ogovernador
doEstado,
Luiz Henrique
daSilveira,
decretouponto
facultativo. A Câmara dosDirigentes
Lojistas (CDL)
orientouoscomerciantes docentroda cidadeanãoabrir asportas.
O CentroFederal de EnsinoTecnológico
(Cefet)
e o InstitutoEstadual de
Educação
(IEE)
-instituições
que têmjuntas
maisde 10mil alunos-suspenderam
asaulas,
assimcomo todasasescolas estaduaisemunicipais.
Autoridades eempresários
temiampela
segurança de alunos efuncionários duranteas
manifestações.
Governo ePrefeitura- Antesdo anúncioda
suspensão
doreajuste
no preço das
tarifas,
algumas
medidas para tentar reduziro valor daspassagens foram anunciadas
pela
Prefeituraepelo
governo do Estado.Ogovernador
LuisHenrique
da Silveira(PMDB)
apresentou
comoalternativareduzirovalor do
Imposto
sobreCirculação
de MercadoriaseServiços
(ICMS)
sobre o óleo diesel consumidopelas
empresas de ônibus.No entanto, aindanão foram concluídos os estudos quevão definir de
quanto
seráaredução
doICMSsobreo dieseledequanto
essedescontoimplicará
no barateamento das passagens. De acordo com aplanilha
atual de custos das empresas
divulgada
pelo
Núcleo deTransportes
deFlorianópolis,
oóleo dieselcompõe
16,13%
dosgastos
com o sistema. APrefeitura deFlorianópolis
prometeu
recalcularaplanilha
decustos das empresas de
transporte
coletivo assim queogoverno do Estadobaixar a
alíquota
de ICMS que incide sobre o óleo diesel. A revisão naplanilha
permitiria
aredução
dopreçodas passagens de ônibusnaCapi
tal.
Porém,
como o índice deredução
do ICMS aindanão foi definidopelo
Estado,
nãohá comoprecisar
quanto
baixariamastarifas.Outra
solução apresentada
para aredução
do preço das passagensseriaocancelamento dataxade
R$ 4,45
queaCompanhia
deTransporte
Intergrado (Cotisa)
cobra de cada ônibus que sai de cada terminal deFlorianópolis.
Paraisso,
aPrefeiturateria que assumiro financiamentoqueaCotisafezpara construiros
terminais,
oquesóseriapossível
com um financiamento doBNDES,
e aindaassim apenas em2005,
já
que oorçamento
deFlorianópolis
nãopermitiria
essaoperação
em2004. Porém,
seimplantada,
essaproposta
acarretariaumdescontode,
nomáximo, 8% nopreço das passagens urbanas da
Capital,
valorque nãoagra-daaosmanifestantes.
�
APrefeituraargumen�
tadesdeoiníciodasma� .nífestações
que oau-1
mentonopreço das pas� sagens é apenas metade
do que autorizou a
Jus
tiça
eéjustificado
pelas
planilhas
de custo. Segundo
aPrefeitura,
somente com subsídio do
governo federal ou com a
redução
nosserviços
atarifa
poderia
ficarmaisbarata. A
prefeita
Ânge
la Amin
anunciou,
namanhã de
quinta-feira,
dia 8 dejulho,
que não irá recorrer da decisãojudicial.
Wellington
Campos
,. .... .. . . . � ... . �
---_n r _,. _ - .. ••••..-...�..._ ...&.• 6 ..._..._ ... ... _� __._. __... __...._ - _ _ - - ... - - - r ...."-'"- ...- ...-.-.-.-.- .. -.--
--Prefeita
sedefende
emanúncio detelevisão,tentavincularmanifestações
dos estudantes sóaomovimentopelo
PasseLivreegarantequeacidade nãotematarifa
de ônibus maiscarado BrasilCPI da
catraca
busca sétimo
voto
Seis
vereadores
já
garantiram participação,
mas
inquérito
só
sai
do
papel
com
sete votos
Vereadores
de
Florianópolis,
diante da onda de
manifestações
dapopulação,
recorreramàOrdem dosAdvogados
do Brasil(OAB)
para estudaro casodoaumentoda tarifa do transportecoletivo
nacapital
autorizado
pela prefeita Angela
Amin(PP).
Oobjetivo
foi deencontrarumamaneiraderevertera
situação
atravésdeumapossí
vel medida
judicial
contraodecreto.Segundo
overeador Márcio deSouza(PT),
foi feita uma reunião com o Núcleo de
Transportes (NT), órgão
daprefeitura
responsável pelo
controle dotransportepúblico,
que nãoteve resultadoalgum.
ParaSouza,falta
transparência
nas contasquea
prefeita
apresentouparajustífí
car oaumentodastarifas.ACâmara
Municipal
deFlorianópolis
nãoteve
participação
nacriação
do decretoqueestabeleceuoaumentode
15,6%
datarifa do ônibus.Issoporqueessetipo
deação
ésancionada
pela
prefeita depois
deaprova dapelo
NúcleodeTransportes
epelo
Conselho
Municipal
deTransportes.
No Conselho,
avotação
paraoreajuste
teve cincovotosa
favor;
dosrepresentantesdoNT,doInstitutode
Planejamento
Urbano de Florianópolis (IPUF),
das empresas de ônibusedostaxistas;equatrocontra; dois daUnião
Florianopolitana
de Entidades Comunitárias
(Ufeco),
das empresas de fretamentoedo Sindicato dos Trabalhadores doTrans porteUrbano de
Florianópolis
(Sintraturb).
"O queosvereadores
podem
fazer épedir
uma
investigação
sobreotransporteurba nodacidade",
afirmaSouza.Entreas
reivindicações
dosrnanifestantes estáaaberturanaCâmara
Municipal
deumaComissãoParlamentar deInquéri
to
(CPI)
dosTransportes.
Aimplantação
daCPI
depende
daassinaturadesetesparlamentares. Desde2003,
alguns
vereadorestentamabrirumaCPIpara
investigar
osdocumentos de
negociação
da instalação
doSistemaIntegrado
deTransportes
na
capital
eabrirosarquivos
daplanilha
de custos, utilizadapelas
empresasde ônibus paracalcular opreço da tarifa.. Até
agoraexistem6votosafavor do
inquérito,
faltando apenasumparaser
implantada
aCPl.Além
disso,
também foram recolhidosno ano
passado
43milassinaturasdapopulação
paraacriação
daCPl.Angela
Amin,emanúnucioveiculadonaTV,
defende-se,
dizendo quenãotemmais
condições
demanteropreço da passagem. Ela comparaovalor dastarifas de
outras
capitais
brasileiraseafirmaqueade
Florianópolis
não é a mais cara·doBrasil.A
prefeita
citacomoexemplo
Curitiba,
explicando
quenacapital
paranaense,
percorrendo
19km,
aspessoas pagam
R$
1,90e que naIlha pagammaisbarato,
R$
1,75. Ageografia
da cidade também é colocada comojustífícatíva
� paraovalordas tarifas. Além
disso,
Amini
afirma que acapital
catarinense é umat
das únicas dopaís
adarumdescontode�
50% para estudantes epasse livre para�
alunos de escolapública
que provem de�
pender
detransportepúblico
paraestu�
dar.Aliás,
otemaestádandomuitooque�
falar porqueaprefeita
estáculpando
osu,
militantes da passagem
gratuita
pela
ba-derna nasmanifestações.
No dia 25 dejunho
foi adiadaavotação
doprojeto
sobreopasse livrenaCâmara
Municipal.
O
projeto
doPasse livrefoi encaminha doparaaComissãodeViação
eObras daCâmara.ParaMárciodeSouza,umdoscri
adores do
projeto,
tudopode
acontecernaquestão
do passe livre."Nãohácomopre verquando
serávotado, pois
hámuito interesseportrás".OvereadorcontaqueaCâ marade
Dirigentes
Lojistas (CDL)
enviouumacartaaos
parlamentares alegando
sercontraopasse livre. Souzagarantequea
CDLtemequenofuturoaentidade tenha
quearcarcom otransporte
gratuito
dosestudantes.Para
ele,
osmanifestantes que protestaram contraoaumentodas tarifassão
osque defendemopasse
livre,
mas,alémdisso,
sãoosque nãoengoliram
aimplan
tação
forçada
do SistemaIntegrado
deTransportes.
"Aspessoas sóestãomostrandooqueestãosentindo desdeo anopassa
do. Tambémestãocommedo de
perderem
oemprego porcausado preço elevado dastarifas, pois
osempregadores
vãodar preferência para os que moram em
lugares
ondeapassagemé maisbarata".
.
Transporte integrado
que não éintegra-0>
do,
alto valor das passagens, demorana�
votação
do passe livre. Além de tudoisso, J5 osmanifestantes tambémestãoquestionan-doo
auto-reajuste
salarial concedidopelos
vereadores,
decercade100%,epela
prefeita,
em cercade200%. OSreajustes
foram anunciadosno mesmo
dia,
22 dejunho,
queaprefeitura
revelouoaumentonatarifa dos ônibus.Cercade 700 pessoas
tentaram entrarnaCâmarade Vereadores
e a
polícia
militarreagiu
comviolência,
ferindo
alguns
manifestantes,
segundo
tes-o temunhas. Como
reajuste,
o salário de�
prefeito
emFlorianópolis
passaria
deR$
5�
mil paramaisdeR$
15mil,
acimado salá�
riodepresidente
daRepública.
Noentan�
to,overeador Acácio Garibaldi(PP),
líder�
dogoverno.pretende
fazerumabaixo-as-§ sinado entre os
parlamentares,
pedindo
u,
para quea
prefeita
veteoprojeto.
Garibal-di admitiuo erro e ainsensibilidade.Sou
za acredita que 'tudoissonãopassou de
uma
jogada política
paratentardesviarofoco da
atenção
comrelação
aoaumentodas tarifasdeônibus.
Depois
deacabarorecessodos vereadoresemagosto,apre
feitaexaminaoutro tema
polêmico.
Giselle