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Trekking (Caminhada, Caminhada Ecológica, Ecoturismo e Excursionismo)

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Academic year: 2021

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CAPÍTULO 137

TREKKING

(Caminhada, Caminhada Ecológica,

Ecoturismo e Excursionismo)

Cássio Garcez

Helmut Oskar Heske

Mário Ribeiro Cantarino Filho

Equipe do Instituto de Educação

Gerontológica/IMMA

INTRODUÇÃO

Também conhecido como caminhada, caminhada ecológica, ecoturismo ou excursionismo é uma modalidade esportiva compreende caminhadas de extensão variável, explorando caminhos ou trilhas, conhecidas ou desconhecidas, de acesso difícil ou não, as quais, de um modo geral, supõem um plano de percurso e/ou destino de chegada.

ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

No início do século passado já era possível encontrar em Icaraí homens de terno, colete e chapéu e mulheres de vestido e chapéu, fazendo footing.

1917.

O excursionismo foi lançado na Cidade por Helmut Oskar Heske.

Anos 50

Na década de 50, Niterói chegou a ter o seu próprio Centro Excursionista, o Itapuca, fundado por Heske, mas de curta duração.

Décadas de 60, 70 e 80

Em Niterói, as caminhadas atingiram o seu ápice nas décadas de 60 e 70, devido à afluência de centros excursionistas do Rio de Janeiro, orientados por Heske, destacando-se o Centro Excursionista Brasileiro (CEB).

1968.

Mário Cantarino (1968a) defendia, já nesta época, que as excursões deveriam “ser incluídas no programa de educação física dos nossos estabelecimentos de ensino, deixando de ser simples atividades complementares ou aconselháveis. Pelo contrário, a excursão não será mero passeio de instrução ou recreio, porém um ativo meio em educação.” (Ibid., p. 6).

O próprio Cantarino dava o exemplo e registra que sua mais longa caminhada “teve como ponto de partida a Cidade de Niterói e a meta foi Friburgo, bela cidade serrana, fluminense. Caminhamos 140km em dois dias, levando 25 horas para alcançar nosso destino. As caminhadas desse tipo têm finalidades esportivas e deverão ser realizadas por pessoas treinadas especialmente para esse fim.” (CANTARINO FILHO, 1968b).

1970.

No início dos anos 70 havia uma predominância de pessoas correndo, possivelmente por influência das idéias de Kenneth H. Cooper, difundidas no Brasil por Cláudio Coutinho (1970).

1975.

Em meados daquela década, a Coordenação de Educação Física da Universidade Federal Fluminense (UFF) mantinha professores na Praia de Icaraí para orientar a prática da corrida e da marcha pelos alunos da Universidade, compulsoriamente inscritos na Educação Física Curricular. Posteriormente, como o próprio Cooper passou a manifestar sua preferência pelas caminhadas, o número de praticantes de corrida diminuiu, e o número de adeptos da caminhada aumentou. Acompanhando esta tendência, o Departamento de Educação Física da UFF fez construir uma Pista de Saúde, no campus do Gragoatá, franqueando-a à comunidade.

1985.

Em meados dos anos 80, o Grupo Terra iniciou em Niterói as caminhadas ecológicas.

Assim, no início dos anos 90, seguindo uma tendência nacional, os adeptos da caminhada já eram mais numerosos em Niterói.

Anos 90

Na década de 90, um acidente fatal com um grupo do CEB na Pedra do Cantagalo (ataque de abelhas) fez diminuir um pouco a expansão da atividade no município.

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1993.

Segundo relatos de participantes, essa atividade foi iniciada com o Grupo Terra (iniciativa privada) e continuada com o grupo Caminhante Independente, coordenado por Gehard Sardo. A atividade foi definitiva e profissionalmente

implementada no município, a partir de 1993, pelo Projeto Ecoando, instituição coordenada pelo psicólogo e guia ecológico Cássio Garcez.

1996.

“[...] a Praia de Icaraí será palco de grandes emoções. É lá que acontecerá o ‘Desafio Carrefour de Cross Sand’, uma movimentada competição no percurso de cinco quilômetros onde os atletas terão que superar dunas, túneis na areia e outros obstáculos além de continuar a corrida em meio à arrebentação [...]” (AVENTURA... 1996, p. 2).

1999.

O ecoturismo, de definição extremamente ampla, será focalizado neste Atlas apenas sua ramificação em caminhadas (trekking).

Com o advento da Rio 92, surgiram diversos grupos de ecoturismo na Cidade do Rio de Janeiro. Pela contigüidade territorial, Niterói acabou sendo escolhida como prolongamento dos roteiros cariocas. Segundo os autores desse artigo, o Grupo Terra foi a primeira iniciativa de trabalho genuinamente autóctone. De 1998 até agora, o Alto Mourão ou Pedra do Elefante têm sido o principal atrativo ecoturístico de Niterói, trazendo cada vez mais grupos, inclusive de outros estados e países.

1999.

No final dos anos 90, eram organizadas caminhadas ecológicas pela iniciativa privada, entre o Parque da Cidade e a Praia de Piratininga, pela Empresa Jequitibá (AIZENMAN, 1999, p. 2), e do Morro da Andorinha/Casa das Pedras, pela empresa de ecoturismo Vias da Mata (AIZENMAN, 2000, p. 2).

Anos 2000

2002.

“Os adeptos de caminhadas ecológicas costumam dizer que não há estresse que um dia em trilhas em trilha de Niterói não resolva. [...] As caminhadas são uma excelente opção para quem quer malhar o corpo e mente. [...] O contato com a natureza é, ao mesmo tempo, relaxante e estimulante – afirma Cássio Garcez, coordenador do Projeto Ecoando.” (RIBEIRO, 2002, p.8).

2003.

“Em seus 11 quilômetros de praia, a cidade oferece percursos para todos os gostos, dos fáceis aos mais difíceis, sempre sob o aval de uma natureza generosa. Nessa empreitada, contamos com o auxílio dos triatletas Armando Barcellos e Karen Casalini, que [...] identificando as vantagens e desvantagem de cada uma para a prática da caminhada.” [...] (BERTOLDO, 2003a, p.9).

“A fisioterapeuta Iara Baranowski e os filho André, de 9 anos, e Lis, de 11, fazem trilhas todo fim de semana. O pai, engenheiro José Alberto, é o mentor das caminhadas. Com botas especiais, cantis, lanternas, e o pólo (uma espécie de bengala de alumínio usada para dar equilíbrio na subida e na descida), a família faz trilhas com até seis horas de duração.” (BERTOLDO, 2003b, p.9).

O poder público, por meio do Projeto Caminhar, da Secretaria Municipal de Esportes, oferece aos praticantes orientação de professores de Educação Física e enfermeiros, duas vezes por semana, das 7h às 9h. Idealizado pelo professor Felipe Netto Reys, tem “turmas que variam de 50 a 60 pessoas, que participam das sessões, realizadas no Campo de São Bento, em Icaraí. No Parque Palmir Silva, no Barreto, e no Jardim Botânico de Niterói, no Fonseca. As atividades são comandadas pelo Professor de Educação Física Marcelo Paes Costa Junior.” (BECK, 2003). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em quatro locais: Praia de Icaraí (em frente à Igreja São Judas Tadeu), Campo de São Bento (ao lado do coreto), Parque Palmir Silva (na administração) e Jardim Botânico de Niterói – Horto (administração). Essa Secretaria organizou, em 5 de outubro de 2003, uma Caminhada da Saúde que reuniu cerca de 170 participantes, saindo do McDonald’s e chegando ao Clube Naval. A Pista de Saúde da UFF é atualmente subutilizada, tanto pelos alunos e servidores da universidade quanto pelas pessoas da comunidade.

A UFF, por intermédio do seu Horto-Viveiro, na semana da primavera, oferece atividades gratuitas, como “caminhadas ecológicas” (SEMANA..., 2003, p. 11). Iniciativa privada. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Niterói, realizou na Praia de Icaraí, sua “9ª Caminhada” (NONA..., 2003, p. 3). São organizadas caminhadas ecológicas por áreas silvestres de Niterói, como Engenho do Mato e Várzea das Moças no quadro do Projeto Ecoando, de Cássio Garcez. O Nosso Espaço, sob a direção de Renata Dreux, organiza caminhadas para

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portadores de necessidades especiais (Rua 60, 137 – Cafubá. Tel.: 2619-3014).

2004.

“Para quem gosta de um bom programa ao ar livre, as caminhadas ecológicas e culturais por pontos turísticos de Niterói – entretenimento que vem conquistando cada vez mais moradores e visitantes – podem ser uma boa pedida. A cidade dispõem de muitas de muitas trilhas que vão do nível mais fácil ao mais difícil passando por grutas, praias, picos e até cavernas.” (PROGRAMA..., 2004, p.1).

. “A caminhada de mulheres na Praia de Icaraí organizada pela secretaria Municipal de Esportes será neste domingo, dia 14, com concentração às 7h30, no MAC, e final em frente à Igreja São Judas Tadeu, onde haverá show da banda Zaberetê, composta por 13 mulheres.” (FOLHA DE NITEROI, 2004, p.8).

2005.

“O Distrito 4.750 (Niterói) do Rotary iniciou ontem [...] os festejos que comemoram os 100 anos de fundação da organização. [...] Para as 9h está prevista o Caminhada da Paz.” [...] (ANIVERSÁRIO...,2005, p.3).

Alto Mourão (Pedra do Elefante) é uma trilha de Niterói das “mais completas com direito a desafios durante o trajeto, como o uso de cordas em um pequeno trecho. Sobem-se 412 metros, e, do alto, a vista alcança a Lagoa de Maricá, as praias de Niterói e as praias e montanhas do Rio. Mas, para chegar até o Alto do Mourão, também conhecido como Pedra do Elefante, é preciso fôlego, bom preparo físico e não ter medo de altura. Em compensação, durante o caminho, o

trilheiro pode apreciar diversas espécies de bromélias e, na volta, recarregar as baterias com um delicioso banho de mar. [...] O início da trilha é no terreno ao lado do Clube dos Engenheiros [...], no Parque Estadual da Serra da Tiririca.” (SÁ; THEDIM; BUTCHER, 2005, p.13).

2007.

“O Instituto Estadual de Florestas (IEF) promove amanhã, às 8h, uma caminhada ecológica pelo Parque da Serra da Tiririca. Haverá ainda uma exposição de animais empalhados da Mata Atlântica, mostra sobre incêndios florestais e distribuição de material didático.” (CAMINHADA, 2007, p. 4).

“A ONG Ação pelo Semelhante promove, amanhã, caminhada pela Praia de Icaraí a favor da homeopatia no Sistema Único de Saúde (SUS). A concentração está marcada para as 9h em frente ao Cinema Icaraí. A mobilização iniciada pela ONG ano passado tem por objetivo colher assinaturas da população em um abaixo-assinado pelo direito de escolha terapêutica no SUS.” (CAMINHADA..., 2007, p. 6).

“Um dos precursores da corrida de aventura em Niterói, o navegador Philipe Campelo encara, desde o último dia 11, um dos maiores desafios de sua vida. [...] Para superar os vários obstáculos do percurso, entre eles montanhas de gelo, lago e trilhas sinuosas, a equipe brasileira usará o trekking (caminhada), suas bikes e as técnicas verticais (rapel e escalada).” (FUSÃO..., 2007, p. 14, grifo nosso).

“Cerca de três mil pessoas são esperadas hoje, às 9h, para a 14a Caminhada Ecológica e Cultural Duque de Caxias que começa no Forte de Rio Branco, em Jurujuba, passa pelo Forte São Luiz e termina na fortaleza de Santa Cruz, por volta das 11h. [...] O passeio começa no Forte de Rio Branco por uma pequena via asfaltada até o forte São Luiz. Depois, os participantes seguem por uma pequena trilha ecológica entre o forte São Luiz e a Fortaleza de Santa Cruz. No caminho, baterias de canhões antigos, mata nativa preservada, e mirantes com vistas magníficas da Baía de Guanabara, da Região Oceânica de Niterói e pontos turísticos do Rio, como a Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. [...] Desde que assumi o comando no forte, em abril, pude perceber que os niteroiense aproveitavam pouco o espaço da fortaleza como opção de lazer. Existe uma certa timidez, como se o forte fosse um lugar inacessível ou que dificultasse o acesso do visitantes – afirma o general João Camilo Pires de Campos, comandante da Artilharia Divisionária da 1a Divisão do Exercito (AD;1), na Fortaleza de Santa Cruz da Barra.” [...] (CORRÊA, 2007, p.6).

“Àqueles que não perdem uma oportunidade para estreitar os laços com a natureza, o grupo Ecoando promove sexta-feira, dia 2, caminhada pelo Morro da Viração. O trajeto, que começa pelo Jardim Imbuhy, em Piratininga, compreende áreas de mata fechada e é mais recomendável para pessoas com mais de 12 anos. Até chegarmos ao topo do morro, com 319 metros de altura, visitaremos quatro mirantes com vistas para as praias oceânica de Niterói e o litoral do Rio. Conheceremos as ruínas de uma fazenda

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colonial e lugares pouco conhecidos – antecipa o guia ecológico Cássio Garcez.” [...] (ALENCAR, 20007, p.4).

“A ONG Ação pelo Semelhante promove [promoveu] caminhada pela praia de Icaraí a favor da homeopatia no Sistema Único de Saúde (SUS).” [...] (CAMINHADA..., 2007, p.6).

Por iniciativa espontânea, ou dirigida, os adeptos da caminhada geralmente optam pelos seguintes percursos: Gragoatá – Praia das Flechas. Começando no Forte de Gragoatá, há um trecho plano seguido de aclive e de um forte declive em direção à Praia das Flechas, onde sofre um estreitamento que obriga o praticante a ir para a pista, dividindo-a com os veículos. Até à Praia das Flechas se percorre 1,6 quilômetro, passando pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC), de onde se desfruta de lindo panorama. A sensação de segurança fica por conta da cabine policial existente na Praia das Flechas. Calçadão de Icaraí (Praia das Flechas – Estrada Fróes). Ideal para caminhadas suaves, com 1,2 quilômetro, piso em pedras portuguesas, em bom estado de conservação. Em frente ao Icaraí Praia Clube há, instalada pela Secretaria Municipal de Esportes, uma estação para exercícios (barra fixa, prancha para abdominais e barras paralelas) em bom estado de conservação, embora sem informações técnicas para os usuários. Logo depois, em frente à Reitoria da UFF, o calçadão se alarga para, depois, se afunilar, obrigando o praticante a dividir o espaço com bancos de cimento e pessoas paradas em pontos de ônibus. Todo o trecho é muito poluído por ruídos e gases emitidos pelos veículos. No calçadão, o praticante

encontra muito movimento, tendo que dividir o espaço com ciclistas (há apenas 300m de ciclovia) e pedestres, alguns passeando seus cachorros. Com iluminação regular, permite caminhadas noturnas, e duas cabines policiais no percurso dão sensação de segurança. Praia de Icaraí. Alguns praticantes preferem fazer o mesmo percurso caminhando na areia. Com isto pretendem evitar a poluição e o incômodo da grande movimentação do calçadão. Estrada Fróes – São Francisco. Ideal para caminhadas fortes, com 1,6 quilômetro, e bonita vista da cidade. Com calçada muito estreita, obriga os praticantes a descerem da calçada e dividirem o espaço com os veículos. Aos domingos, as caminhadas tornam-se mais seguras com a colocação de cones no asfalto. São Francisco – Charitas. A calçada é plana, em pedras portuguesas, com 1 quilômetro e bem conservada. Nos fins de semana, as mesas dos quiosques tomam boa parte da calçada. Na Região Oceânica tem-se Camboinhas. Com calçadão plano, limpo e bem cuidado, com 1,5 quilômetro. Piratininga. Calçadão plano, limpo e bem cuidado, com pouco barulho. Itacoatiara. Na falta de um calçadão, os praticantes caminham pelas ruas, geralmente pouco movimentadas. O praticante às vezes é surpreendido por cães sem coleiras, acompanhados por seus donos. Na entrada do bairro há uma cabine policial. O percurso é plano e por decisão pessoal pode-se combinar praias e ruas, passar por uma gruta na Praça Tarso Montenegro, podendo-se chegar a 5 quilômetros. Na Zona Norte da cidade, um local muito procurado pelas caminhadas é o Jardim Botânico de Niterói (Horto do Fonseca), que tem caminhos em terra batida com aclives e em mau estado de conservação. O praticante pode compor

diferentes percursos, totalizando quilometragens diferentes. Parque Palmir Silva (ex-Parque Monteiro Lobato, no Barreto). Também oferece oportunidades para caminhadas. Em nenhum desses percursos encontra-se a quilometragem assinalada. A falta de ciclovias obriga o adepto das caminhadas a dividir as calçadas com os ciclistas. As estações para exercícios existentes foram idealizadas para serem usadas, sobretudo, por jovens. Elas são inadequadas para crianças e idosos. Caminhadas Ecológicas. São geralmente feitas em sete trilhas preferidas pelos adeptos das caminhadas: Parque da Cidade – Praia de Piratininga. Percurso considerado leve, bom para iniciantes, oferece linda vista da Baía de Guanabara, praias oceânicas, Serra da Tiririca e Morro das Andorinhas. Morro da Peça. Considerada de dificuldade leve, pode ser percorrida em torno de meia hora. Morro da Andorinha (divisor natural entre as praias de Itacoatiara e Itaipu) – Casa das Pedras. Considerada leve/moderada, pode ser feita em torno de duas horas. Costão de Itacoatiara. Embora apresente um aclive acentuado no início, é considerada de dificuldade moderada e pode ser percorrida em duas horas e meia, aproximadamente. São Francisco – Piratininga. De dificuldade moderada, pode ser percorrida em aproximadamente quatro horas. Pedra do Elefante (412m de altura). Considerada de grande dificuldade, uma vez que a meta é chegar ao ponto mais alto de Niterói. Pode ser feita em aproximadamente seis horas. Parque Ecológico Darcy Ribeiro. O Parque dispõe apenas de trilhas íngremes, consideradas de grande dificuldade, exigindo duas horas e meia para completar as caminhadas, que só devem ser efetuadas

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acompanhadas de guia credenciado. Parque Estadual da Serra da Tiririca. As caminhadas são dirigidas ao cume dos morros, Alto Mourão e Costão, locais que oferecem magníficas vistas panorâmicas. Recomenda-se que as caminhadas sejam acompanhadas por guia credenciado.

Caminhadas ecológicas. A UFF, por intermédio do seu Horto-Viveiro, na semana da primavera, oferece atividades gratuitas, como “caminhadas ecológicas” (SEMANA..., 2003, p. 11). Iniciativa privada. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Niterói, realizou na Praia de Icaraí, sua “9ª Caminhada” (NONA..., 2003, p. 3). São organizadas caminhadas ecológicas por áreas silvestres de Niterói, como Engenho do Mato e Várzea das Moças no quadro do Projeto Ecoando, de Cássio Garcez. O Nosso Espaço, sob a direção de Renata Dreux, organiza caminhadas para portadores de necessidades especiais (Rua 60, 137 – Cafubá. Tel.: 2619-3014).

SITUAÇÃO ATUAL

EFEMÉRIDE

Dia 17 de outubro é considerado o Dia Mundial da Caminhada, data escolhida porque nesta época a temperatura é amena na maior parte dos países.

ATIVIDADES EM CURSO, EM NITERÒI Caminhada Ecológica. O Ecoando, referência regional nesta atividade e em iniciativas

de contato consciente com a natureza silvestre, obteve o reconhecimento do público e de outras instituições, governamentais e não governamentais, pelo seu competente, criterioso e inovador trabalho. Existem perspectivas de ser a instituição que, junto com o poder público municipal e outras instituições, estará à frente do mapeamento, promoção e organização da atividade de forma racional e sustentável em Niterói.

Ecoturismo: o Projeto Ecoando, apesar de ter as caminhadas ecológicas como atividade de base, possui um viés de grupo ecoturístico, inclusive buscando e já auxiliando o poder público municipal a mapear, proteger e administrar as trilhas de Niterói. Ou seja, além de ser referência em caminhadas ecológicas, é também referência em ecoturismo no município.

Excursionismo: que após o acidente em Cantagalo havia diminuído na cidade, foi retomado em abril de 2003, com a fundação do Centro Niteroiense de Montanhismo (CNM). Esta iniciativa, ainda embrionária, demonstra boas perspectivas de alavancamento da atividade no município, enfatizando o contato criterioso com a natureza em caminhadas e escaladas. É importante lembrar que grupos montanhistas cariocas são freqüentadores assíduos das matas e elevações niteroienses.

Em resumo, as três atividades anteriormente descritas estão muito próximas umas das outras, inclusive com interseções. Todas estão em franca e preocupante expansão. Preocupante por carecerem de organização,

infra-estrutura básica (centros de visitantes, banheiros, estacionamentos, placas de orientação e informação) e controle. Virou moda, hoje em dia, caminhar pela mata, mas a grande maioria dos adeptos dessa atividade ignora ou despreza os imprescindíveis cuidados com os delicados ecossistemas visitados e com a sua própria segurança.

O Projeto Ecoando já mantém contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com a NELTUR, no sentido de buscar co-organizar a implantação de tais atividades, tornando-as sustentáveis. É urgente, pois, tanto para o futuro das caminhadas ecológicas quanto do excursionismo e ecoturismo, que sejam efetivamente adotadas medidas de gerenciamento e proteção do patrimônio ambiental, objeto destas atividades, assim como a racionalização das próprias atividades, como preconiza o Ecoando.

A expansão da violência urbana tem subtraído alguns roteiros ecológicos, configurando-se num dos principais problemas enfrentados atualmente pela atividade. A proliferação de grupos pseudo-ecológicos também é um problema que deverá exigir medidas de controle, já que estes, além de degradarem as trilhas, colocam em risco à vida dos participantes e de terceiros.

Um outro problema que não pode deixar de ser citado, é o risco que o motocross cria para as atividades citadas. Além de degradar, poluir e agredir visualmente, as motos de trilha constituem riscos constantes à segurança e à integridade física dos adeptos das caminhadas e afins em

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matas niteroienses, haja vista a forma criminosa como os pilotos de moto dirigem. E, pior, o motocross é proibido em unidades de conservação. Mas, devido à carência de fiscalização, ele acontece impunemente, com mais freqüência nos finais de semana.

O Grupo Ecoando, caminhadas ecológica, pode ser contatado pelos telefones 2709-5435 ou 9155-8777 e pelo e-mail ecoando@ecoando.com. O Adventura Ecoturismo pode ser contatada pelos telefones 2709-8657 ou 9959-4137. A empresa é uma das poucas que fazem o Alto Mourão (Pedra do Elefante), em Niterói.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, Emanuel. Feriado com mais emoção. O

Globo, Rio de Janeiro, 27 out. 2007. Niterói, p.4

AIZENMAN, Renato. Caminhar – Recado aos governantes. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 9 abr. 2000. Vida, p. 2.

______. [Caminhadas]. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1999. Vida, p.2.

ANIVERSÁRIO. O Fluminense, Niterói, 15 fev. 2005. Cidades, p.3.

AVENTURA na Praia de Icaraí. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 7 set. 1996. Niterói, p. 2.

BECK, Márcio. Terceira idade. Projeto Caminhar orienta idosos. O Fluminense, Niterói, 9-10 nov. 2003. Cidades, p. 6.

BERTOLDO, Sanny. A pé pela cidade. O Globo, Rio de Janeiro, 20 jun. 2003a. Niterói, p.6.

________________ . Um por todos, todos por um. O

Globo, Rio de Janeiro, 2003b, 29 jun.2003. Niterói, p.9 CAMINHADA. O Globo, Rio de Janeiro, 30 jul. 2007.

Niterói, p. 4.

CAMINHADA em Icaraí. O Globo, Rio de Janeiro, 22 set. 2007. Niterói, p. 6

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