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Poríferos da Baía de Sepetiba (Rio de Janeiro-Brasil)

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(1)

ELIAS PACHECO COELHO

POR(FEROS DA BAfA DE SEPETIBA (Rio de Janeiro - Brasil)

DISSERTAÇÃO APRESENTADA À COOR DENAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUA ÇÃO EM ZOOLOGIA D,A UFRJ PARA OB TENÇÃO DO GRAU DE MESTRE.

Rio de Janeiro 1980

(2)

Orientador:

(3)

'!NDICE ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• SINOPSE INTROIDÇ.10 iÚIBA DE ESTITOO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • HISTÓRICO DA SIST:Eli!ÍTICA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • CARACTERES DE ThIPORT.ÃNCIA SISTEdTICA • • • • • • • • • • • •

. . .

.

. . .

.

. . .

HIATERIAL E M�TODOS DESCRIÇÃO DO MATERIAL

. . .

.

. . .

.

. . .

. . .

. .

DISCUSSÃO GERAL

. . .

CONCITJSOES

.

. . .

1 2 4 11 14 lE 20 48 51 RESID,:O ••••••••••••••••••••••••••• • • • • • • • • • • • • • • • • 5 3 SID,TI'1A.RY • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 5 3 BIBLIOGRAFIA ••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 55 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • AGRADECiliíffi TOS

RELAÇÃO DAS ESPtCIES

. . .

QUADROS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • EST.Al,·:PAS ... _ •••••••••••••••••••••••••••

I.:.AJ: AS ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

64 66

(4)

Sil�OP SE

Apresentamos a relação das espécies de Por!feros por nós coletados na Ba!a de Sepetiba

(R.J.),

em vários pontos da costa e em ilhas destà região.

Além da descrição das espécies, fazemos um levan tamente da ocorrência das mesmas para o Brasil e discu­ timos alguns aspectos zoogeograficos referentes ao gru­ po.

Acompanhal!l 3 estampas, 4 JTJapas e 10 g,�_adros,

as-sim distribuídos:

Estampas 1 a 3- Inagens da área de esti.,do, Obtidas / por sensoria�ento rereoto (Satélite Artificial / LAHDSAT-1)

- Mapa l - Mapa 2 - Mapa 3

Linhas batimétricas da Ba{a de Sepetiba Trechos e Sübtrechos definidos no texto Pontos de coleta

Mapa 4 - Localização das espécies na área es��dada Quadros 1 a 3 - Sistenática apresentada por diversos/

autores

Quadro 4

Quadro 5

Distribuição das espécies na área

Caracterização espicular das espécies cita. das

Quadros 6 e 7 - Desenho de espÍcnlas das espécies ci­ tadas, a partir de i�a�e� obtida por/ Quadros

e

a 10

�icroscÓpio de pro;eção

Foto�crografias de corte, mostrando o arran; o das esp{c·.1las.

(5)

I) INTRODUÇÃO:

Escolhemos pera assunto de dissertação a distribui ;ão dos Poríferos, por duas razões: primeiro porca_-i.1e sãoí os Poríferos o grupo q_ue estudamos desde gue nos inici�­ mos no estudo da Zoologia e segundo por julgarmos ser� dos mais importantes e interessantes assuntos, princip�-1 mente se levarmos em conta o atual estágio de seu conhe­ cimento, máx.ime com relação às espécies �ue ocorrem no/ 3rasil. Assim, achamos �ue antes de se fazer �ual�uer / trabalho mais espécífico dentro do grupo, devemos saber/ (lUais as espécies ç_ue a..;_ui são encontradas e de q_ue :n.a -neira se dá essa distribuição; ou por outra, saber o / " o ç_uê" e o " onde " e então daí partir para outros / trabalhos referentes ao grupo.

Além disso, o estudo de organismos sésseis, como é

o caso dos Poríferos, se apresenta bastante oportuno, I /

u.:na vez �ue estando o meio-ambiente cada vez mais prope� so a Ul!l.a catástrofe ecológica e não tendo esses animais, �uando adultos, meios de alcançar novos ambientes, tor -n:-m1-se potenciais indic3.dores de :poluição, dependendo / l:1,,)_a sobrevivência de se,_� potenci.al hiÓtj e o ,q_ue no caso / de :mui tas espécies é b::.istante baixo • .Assim., ;_ualq_uer

dificação nas condições ambientais pode produzir altera­ ;ão nas populações, não só do ponto de vista ç_uantitati­ vo como, e principalmente, qualitativo.

Escolhe:nos a Baía de Sepetiba para loce.l de traba­ lho, ?Or ser uma das regiões do Rio de J2.neiro mais pro­ pensas a uma intensificação no processo de poluição na/ próxim� década. Corresponde a uma área :o.ais ou menos fe­ chada, com águas calmas e fundo raso(napa 1)· e em cujas margens aumenta a cada dia o �ÚI!lero de indústrias, a:gt.l

(6)

mas já inst;;!.lad3.s e em pleno !'uncioné!.Jll.en-to_, que fate..l -mente levarão a problem:is futuros. Acrescente-se a isso o fato de ser uma área contígua

à

região de Angra dos/ Reis, na �ual, como é de conhecimento geral, estão sen­ do implantadas usinas termonucleares.

Procuramos, assim, dar nossa contribuição �uanto/

à

distribtdção atual dos Poríferos, sendo esta uma for­ ma bastante simples e limitada de se documentar a pre --sença de espécies em uma área tão ampla quanto

essa·re-gião que estudamos •

.t

claro ½.ue o assunto não se esgota aí, havendo/ I!luito mais a ser feito, sendo q_ue um trabalho de certe./ forma complementar seria o de se fazer um acomp2.r...ham.en­ to das variações S8.zonais dessas populações, visando /

- , , I

nao so determinar os ciclos e sucessoes das especies,, co�o ta.D.bém o estudo dess�s espécies em diferentes é�o­ cas do ano e em anos seguintes, a fim de se constatar/

-.

?:?.riações que.li tati -vas e qusnt:i t:;.ti-vas (_ue venham so.

(7)

II) ÁREA DE ESTUDO:

1)- Caracterização da área:

A Baía de Sepetiba faz parte da chamada Baixada de Sepetiba, que compreende terrenos que se estendem pelos Municípios de Rio de Janeiro, ItaguaÍ, Nova Iguaçu , r.1angara ti ba e Paracambi.

Representa uma área de cerca de 510 km2, com uma linha de costa de aproximadamente 125 km. Apresenta /· por limites: ao sul, o reverso da Restinga de Marambaia,­ a leste e nordeste os baixios dos cursos dos rios que drenam a baixada e a norte e nordeste a Serra do Mar.

Como principais ilhas, encontramos nessa região Itacuruçá ( 9 km2 ) , 1Jladeira ( 3, 7 km2 ) , Jaguanum ( 2, 7 km.2 ), Martins ( 0, 4 km.2 ), Furtado ( 0, 24 lon2 e GuaÍba ( 2, 3 km2 ).

. .

/

) Apresenta águas calmas devido principalmente ao po sicionamento da Restinga de Marambaia,que é formada por u::1 cordão de areia paralelo

à

costa, atuando assim como barreira natural. Citando Lamego ( 1940 ): " A Restin­ ga de Marambaia protege dos vagalhÕes do Atlântico a calmíssima Baía de Sepe�iba, em frente

à

planície de / Santa Cruz "•

Segundo Marques ( 19 76 ), encontra.mos os seguintes tipos de costas na Baía de Sepetiba: - ( "ana 2) - ·

a)- Trecho Barra de Guaratiba- Ilha da Madeira

a. l - Subtrecho Barra de Guarat.iba - Foz do rio Piraquê: 04336W/230Í3ÓS.

Predominam terrenos baixos com fo:rr;iações de nanguezais, de pisos constituídos _por lamas de alto te­ or orgânico recobrindo areias.

(8)

a.2 - Subtrecho Pedra de Guaratiba:

o t o • "

0433 8W/230030S

Constitui-se em terrenos maia elevados, cor­ respondendo ao prolonea.r.1ento da Serra de Capoeira Gran­ de; sendo que em certos pontos da linha de costa, aflo­ ram terrenos cristalinos de onde se originam , pelo me­ nos e� parte, os aedi�entos grosseiros encontrados na Pedra de Guaratiba.

o •• o •

a. 3 Subtrecho Saco do Pia!: 0434030W/2259S

Constitui-se em terrenos baixos que sofreram grandes modificações a partir de aterros. Apresenta / ta�bém manguezaia.

a.4 - Subtrecho Saco do Pia! - Ilha da Pescaria: 04342W/2259S

Aparecem terrenos mais elevados com embasa 1�.ento de gnaisse, alcançando o litoral. Da mesma :for

,

�a que em Pedra de Guaratiba, a pra.ia de Sepetiba e de

areia grosseira, quartzosa, pouco trabalhada, sendo en­ contrados com freqüência, grãos de feldspato e de mica. Pouco abaixo do nível de maré de baixa.mar o piso é cons tituÍdo de lama, podendo ocorrer cascalho.

a.5 - Subtrecho Ilha da Pescaria - Ilha da Madei-

.

-

.

. .

' ra: 0434 6W/2256S

Corresponde ao trecho onde desembocam os / principais rios da baixada, nele voltando a predominar/ os manguezais.

b)- Trecho Ilha da Madeira - Itacuruça:

.

,

'

.

'

.

04353W/225530S

Neste trecho, a Serra do Mar encontra-se próxima/

,

.

da linha da costa, encontrandose ai sedimentos areno

(9)

Ocorre uma intensa movimentação de sedimentos na á rea,conforme atesta a imigração de bancos de areia sur­ gidos durante a baixamar, sendo esta movimentação, pelo menos em parte, motivada pela circulação de água

trazi-,

da pela mare.

c)-

• 1 • •

Trecho Itacuruçá - Mangaratiba: 0435 8W/2256S

Neste trecho o tipo de costa é bastante distinto , sendo que a Serra do Mar passa a tangenciar o 1itora1.

As ilhas que ocorrem nesta região, principalmente/ as de Itacuruçá e Jaguanum, constituem-se em autênticas barreiras às ondas do mar alto, fazendo com que a leste as ondas raramente ultrapassem os 0,30 metros de a1tu -ra, em·contraste com as que ocorrem no setor oeste, que podem alcançar 1 ne�ro.

As praias da região ( Itacuruçá, Muriqui, Praia / Grande e Sa{ ), apresentam areias com presença freqüen­ te de mica, indicando relação com o material do conti -nente.

d)- Trecho neverao da Restinga de Marambaia: o ' • '

04349W/2256S

Numa extensão de cerca de 30 lan que vai do canal / do Pau Torto à Pont� da Pombeba, encontramos uma faixa/ essencialmente arenosa, exceção· feita à uma estreita / faixa a leste em que encontramos raanguezais.

O extremo oeste desta região está representado pe­ la Ponta da Pombeba, cuja margem leste apresenta marcas de ondulações de até 250 metros de extensão, as quai& /

são visíveis em fotografias aéreas ( Marques

/

-1976 ) atestando a movimentação de sedimentos arenosos/ na direção noroeste •.

• • •

(10)

Corresp9nde a uma área razoavelmente grande, apre­ sentando seqüência de praias de substrato arenoso, 1imi tadas por áreas rochosas.

A Ba{a de Mararnbaia apresenta um piso bastante ra­ so, sendo coberto de lama em sua porção central.

0bs: As coordenadas geográficas citadas para cada/ trecho correspondem a um ponto �édío do trecho em ques­ tão.

2)-

Inf'ormações de Sensoriamento Remoto

Foram utilizadas neste trabalho, imagens orbitais/ da área de estudo definida anteriormente no item 1 ( Ca racterização da Área ), obtidas pelo imageador multies­ pectral (MSS) do satélite LANDSAT-1 ( ex-ERTS-1 ) lanç�

do em julho de 1972 e atualmente fora de operação, as /

quais foram cedidas pelo INPE ( Instituto de Pesquisas/ Espaciais ) de São José doa Campos, São Paulo.(Estam pa 1 ).

Essas imagens foram process�das em branco e preto, originaria.oente na escala de 1: 250. 000 a� quais foram utilizadas para obtenção de reproduções fotográficas / com finalidade de proporcionar uma idéia roais exata da/ linha de costa'e

da

distribuição de sedimentos relati -vos

à

área de estudo.

As técnicas usadas na obtenção dessas imagens ba -seiam-se em princípios de radiometria, estando portanto ligadas a fenômenos que ocorrem com a luz no curso de /

sua propagaçao.

Para facilitar a compreensão do processo de obten­ ção das imagens através das técnicas de Sensoriamento /. Remoto, apresentamos abaixo alguns aspectos referentes/

(11)

ao assunto:

a) O aparelho sensor.

O imageador multiespectral (MSS) é um doe subsiste­ mas ao satélite LANDSAT e consiste de um espelho oscila­ tório e um sistema Óptico que ref�ete a radiância vinda/ da cena, num conjunto de 24 detectores divididos em 4 / faixas ou canais, cada um com 6 detectores. Cada canal é sensível a uma de�erminada faixa do espectro eletromagné tico, a saber:

CANAL 4 0. 5

º·GJ-}

CANAL

5 -

0. 6 0.1;- VIS:fVEL

CANAL 6 0.7 -

o.BJ-7

o.a

l. 1/�} JNFRAVERMELHO PRÓXIMO

CANAL

b) Interação do sistema sensor com a radiação eletromag­ nética natural.

A radiação que está presente na atmosfera pode ser/ radiação direta ou difusa. A radiação é dita direta / quando no trajeto fonte-alvo não sofre nenhum processo / intermediário que modifique o seu curso. Já a radiação/ difusa é-aquela que é espalhada por partículas ou molécu las contidas na atmosfera, tendo assim seu curso modifi­ cado.

Existem d�is _processos mais importantes de atenua -ção atmosférica: a ABSORÇÃO da energia eletromagnética / por componentes atmosféricos, na qual há uma mudança da radiação de tipo energia luminosa para energia calorífi­ ca e que resulta numa energia emitida pelo componente / atmosférico, diferente da energia que foi absorvida por/ ele. Temo� também como atenuação atmosférica, o proces­ so de DIFUSÃO ou ESPALHAMENTO no qual

apenas reflexão da radiação emitida pela fonte ( natural ou artificial) pelos componentes atmosféricos, ocasionando mudanças no curso da radiação.

(12)

No mar também ocorrem processos de atenuação, os / quais vão limitar faixas do espectro que irão penetrar/ mais em relação a outras faixas.

c) Imagens utilizadas.

A escolha da imagem obtida pelos diferentes canais/ é feita em função do objetivo do trabalho que está sendo desenvolvido.

Neste trabalho foram utilizados dois tipos de ima gene: uma obtida no canal 5,que proporciona urna boa vi são da distribuição de sedimentos sob a água do mar (Es­ tampa 2 - Fig. 1) e outra no canal 7, que nos dá uma / idéia melhor do limite terra-água (Estampa 2 - Fig. 2) . Isso pode ser explicado pelo fato da radiação solar so frer diferentes intensidaàes de atenuação na água do / mar, nas diferentes faixas espectrais.

A interação da radiação solar através de suas for

-( radiação direta e radiação difusa )

,

do

/

mas com agua

mar já foi bem estudada por diversos autores, e um fato/

bem conhecido é a existência de uma região de maior

/

transmissão ou menor atenuação na região do verde-azul , com pequenas variações, dependendo do tipo de água. Um / outro fato, também conhecido, é a forte absorção sofrida pela radiação inf'ravermelha logo na camada superficial /

,

da agua.

t

importante então ressaltar que a absorção e o es­ palhamento determinam a propagação da radiação na água , havendo maior penetração da radiação na faixa de 0. 5 0.1 ,..._ que corresponde aos canais 4 e 5 • Por outro 1a

do, a radiação in:fravermellm-prÓxima, correspondente

à

faixa de o. 8 - 1 . 1 )'---,

é

fortemente absorvida pela água

e, como consequência, pouca ou nenhuma radiação nesta_/ faixa

é

captada pelos detectores do canal 7.

(13)

. .

As tonalidades de cinza que aparecem na imagem estão relacionadas com a quantidade de radiação, limitada por / uma faixa de espectro que chega ao detector. Pode-se no­ tar que a imagem obtida no canal 5 apresenta tonalidades/

mais claras de cinza -referentes

à

água do mar que a ima

-gem obtida no canal 7.

A Estampa 3 representa uma panorâmica da Baía de Se­ petiba, evidenciando a localização dos rios e ilhas bem / como o contorno da costa.

Obs: Maiores detalhes sobre o assunto poderão ser en contrados em Herz

(1977),

Meirelles

(1979)

e Maluf

(1978).

(14)

III) PEQUENO HIS'l'ÓRieO DA SISTE-,1ÁTieA Dd GRUPO: Apesar de serem conhecidas desde épocas remotas, / tanto que Homero .( séc. IX a.e.) em suas clássicas obras Ilíada e Odisséia, a elas faz referência ressaltando / seu principal aspecto, 11 cheias de poros 11, muito tempo

,

se passou ate que se :firmasse o grupo no reino animal.

Aristóteles ( séc. IV a.e.), dizia serem " animais/ que n�is tinham de plantas 11, baseado em observações /

feitas em " esponjas-de-banho " •

Além da aceitável hipótese de serem as esponjas ve

getais, muitas outras foram aventadas, algumas das

/

quais d_esti tu!das de qualquer fundamento, como a de / Gérarde, surgida em 1633 e que dizia serem as esponjas/ " resultados de modificações da espuma do mar 11• Tal /

hipótese foi iL1ediatamente combatida na obra de Nieremberg ( 1635 ) que afirmava serem as esponjas

mais. Por outro lado, alguns, como Donati ( 175 0 )

/

ani-tilhavam a idéia de serem organismos intermediários en­ tre estes dois reinos.

Em 17 0 6,Leeuwenhoek fala sobre a penetração da / água no interior da esponja. Um ano após, Geoffrey / ( 17 0 7) analis� a composição da espongina,

comparando-...

-a a seda.

,

Contudo, apesar do grande numero de trabalhos que se ocupavam da posição dos Poríferos, somente em 1 825 foram definitivamente finiados no reino animai, ao ser/

, , , l fl

levantada por Grant a hipotese de possuirem celu as a geladas, fato confirmado por Dujardin ( 1 838 ).

No que se refere

à

posição das esponjas no reino /

8:llimal, muitas divergências ocorreram entre autóree. As_ sim, já foram consideradas como Protozoa, como

(15)

diários entre Protozoa e Metazoa, como Metnzoa, como

e�

lenterndos ( dentre os Metazoa·: ) e como Parazoa; Esta/ Última é a tendência mais moderna e maia aceita, baeean do-se seus defensores no fato de haver uma fraca organi zação tiesular ( segundo alguns não ocorreria a forma -ção de tecidos ) e por detalhes de sua embriologia. Con quanto a questão de apresentar ou não tecidos possa ser discutível, não bá dÚvida de que as esponjas não os / apresentam_ semelhantes aos dos verdadeiros metazoárioe.

A criação do sub-reino Parazoa é devido a Sollas /

( 1884 ),

que se baseou na semelhança entre os coanÓci­ tos das esponjas e certos protozoários flagelados ( coa ncflagelados ), dos quais o gênero Proterospongia, uma forma coanoflagelada colonial, é vista co�o modelo •

. Um outro sub-reino, proposto por Delage (

189 2) ,

Enanthio�oa, baseia-se em que durante o desenvolvimento -larvar de algumas esponjas, por época da_fixação, as cé lulas responsáveis pela locomoção da larva sofrem migr� ção para o seu interior ( o que· é conhecido por inver -são dos folhetos ) , dando origem aos coanÓci tos, ·sendo/ .

portanto as células do interior da larva que produzi

riam a pinacoderme da esponja. Entretanto, Meewis /

( 1938 ),

estudando a embriologia de Oscarella lo�u

laris , não constatou qualquer fenômeno semelhante nes ta espécie, embora deva ser dito que Oscàrella é consi-derado um gênero bastante primitivo.

Fazendo um resumo das hipóteses mais aceitas

à

res peito da filogenia doe poríferos, Tuzet (

1973 )

diz / que as esponjas, assim como os Celenterados, são meta zoários diploblásticos que representam linhagens ·distin­

tas de un ancestral comum desconhecido.: (Ber�<J.Ü:i_-st , / eppud Tuzet, 1978 ).

(16)

Se as esponjas são Metazoários ou Par�zofrio� é/ algo que não in:flui no estudo da sistemática desse gru­

po. De fato, o maior problema para sua classificação /

�ão é sua posição filogenética no reino anilll.2.1, e sim/ o estudo das inter-relações entre as diversas categori­

as desse ramo.

Dentre as inÚ!!l.eras classificações seguidas por a� tores antigos ( quadros 1 e 2 ), a de Topsent (1928) / tem sido considerada como ponto de partida para as mo -dernas classifica,;Ões, tendo até em certos aspectos, / servido de base para a classificação de de Laubenfels / (1936) e mesmo refletindo nas de Levi e· Bergc;_uist (q_Ué: -dro 3).

Atualmente se dá grande importê...nci& a dados bion2

micos para a sistemática. Tanto �ue Bergquist (1978)

�o se referir

à

classe Deoospongiae, a �u.al comporta / cerca de 95� das espécies atuais, diz: " Na categoria/ de subclasse, a enfase é dada aos padrões de reprodução (se ovíparos ou vivíparos) e ao tipo de larva produzi

-tla. As ordens são definidas pelos tipos de megascleras/

R microscleras presentes, pela o::-ga.11.ização e composição "i!) �sc...ueleto e po::- det3.lhes no padre.o de reprodução. P.§.

�n �s famílias, várias características podem·ser

(17)

IV) CAHAC1'ERES DE DftPOTITÂNCIA SISTEr,1Á'rICA:

O elemento maia importante na classificação das es ponjas é, se� dúvida alguma,a constitu.iç?io.de,seu e.sq_ue-­

leto.Já na separação em classes - CALCAREA, HEXACTINEL­ -LIDA, DEM_OSPONGIAE. e mais recentemente a classe SCLE

-ROSPONGIAE - podemos notar esse fato.

As calcárias são caracterizadas principalmente por suas esp{culas calcárias; as Hexactinélidas por suas es pÍculas siÍicosas hexa.ctinais e as Desmosponjas por não· apresentarem nenhun desses caracteres, er!!bora suas esp{ culas sejam também silicosas. As Esclerosponjas, com / represe.nt?,D.tes atuais recente:oente descobertos::, / ( Hartma.n & Goreau , 1972 ) apresentam.espÍculas silico sas e uma matriz calcária, além de fibras de espongina.

A estrutura e coDposição do corpo da esponja assu­ mem destaque na separação das famílias, uma vez que tan to naquelas que apresentara o esqueleto formado por esp{ culas,quanto nas que o apresentar.1.apenas de espongina / ( ordem Kera.tosa ), ocorrem variações peculiares na dis tribuição do material esquelético, possibilitando assim a separação em grupos distintos que podem ser diferen -ciados e colocados nas diversas famílias. Seguindo es­ sa idéia, notamos que os gêneros são geralfilente separa.­ dos pela combinação dos elementos esqueléticos, havendo tanto os que apresentam uma espiculação simples, com / quantidade variável- de espongina, quanto os que apreseg tam uma espiculação complexa, tanto e:::a_tipos de elemen­ tos quanto na disposição geral dos mesmos.

A separação em espécies

é

geralmente baseada em di ferenças na forma e dinensões das espÍculas, bem como / e� variações morfológicas e anatômicas.

(18)

Cor, forma, consistência, aspecto e variações da / superl!cie, formato e distribuição de Ósculos, são mui­ tas vezes de grande auxílio na sistemática.

Caracteres citológicos e effibriolÓgicos estão sendo

estudados com grande ênfase, também visando ll!!l apoio na

sistemática do grupo. Análises bioquímicas procuram / ele�entos que relacionem filogeneticamente as espécies/ deixando antever observações interessantes relacionadas a esse aspecto, notadamente em espécies de posição sis­

tenática duvidosa. Interessantes estudos referentes

à

morfologia e comportamento da larva estão sendo também/ desenvolvidos.

Apesar da gama de aspectos que podem ser conside�

dos na classificação e ide�tificação dos espécimes,

é/

:L--:-,portante notar que uma sistemática baseada apenas em/ elementos �orfolÓgicos, conquanto possa ser de valor /

discutido e até certo ponto se revele UI:1 tanto artifici

al, � até o momento o procedi=ento mais criterioso, po� to que está relacionado a elementos facilnente compará­ veis e mensuráveis e que de certa forma refletem toda/ 'tll:.a progrrunação genética das espécies.

Pesquisas bioquímicas e aspectos da estrutura e ul tra-estrutura celular também têm fornecido apoio

à

elas sificação; entretanto� estes,como vários dos acima re­ lacionados, são ele�entos que se encontram ém fase ini­ cial: de estudo e que só poderão vir a ter peso na sis­ temática se forem mais 8.I:!pla.rnente estudados,de forma que possam ser correlacionados a outros dados para que se / crie uma sistemática fundamentada em dados ma.is natu: .. -raie e,portanto, menos sujeita a críticas que a de que/ atualmente dispomos.

(19)

V) :.:.i.TERIAL E :.1;TODO: 1) Llaterial

O material a�ui apresentado, foi coletaco durante

o período de 1975 a 1979 (inclusive).

For2...m. visitados um total de 36 locais, em 30 �uais foram encontrados exemplares de esponjas, dos

dos I

quais fizemos um estudo �ualitativo viscndo su� identifj_

ca�ão e distribuição na área em �uestão.

Foram estudados um total de 175 espécimes, 02

quais foram numerados por local de origem, a partir do/ nº 1. Este material encontra-se depositado na coleç�o de Poríferos do Departa!Ilento de Zoologia do Instituto de / Biologia da U.F.R.J.

Do estudo desse material, resuitou a identifica

-ção de um total de 22 espécies, pertencentes a 14 fam..íli

as da classe Demospongiae, das �uais 8 spp. não haviam./

sido citadas para o Rio de JêJ'leiro e 3 par3 o Brasil. I

/ Acrescente-se q_ue não foram co:isider�dos os casos em q_ue o material foi jogado à praia, por _ão se poder afir!!l2:::/ com precisão a loc2.lizaç�o desse m�terial antes de ser/

z.r::::-anca.do.

Fizemos ,:_uestão de efetl.4.2..r a colet2. :_)essoalmente-, � fim de que houvesse unifo::::-:rrid�de nos critérios utiliz_

�os, procedendo-se assin com todo o mEterial dos bordoe/ da Baía de Sepetibt:.. No aue se re:f ere a-:> mate::::-ial colet2.

.

-e.o em i.Jl2is, em alg.llD.é-_s ocasiões particip8Dos de. colet2.;

e� outras a nes:na fico� à Cér50 de lU:l est3.6iário do De

-pa:?:�tamento de Zoologia, po::::- nós orie:1.tr1do neste se_t .. do/

e :;.o q_ual Il:)S referinoF n3. :pe.:--te dos �çadeci:neutos.

A coleta do �teris.l foi reali3a.d:::. em períodos de

b:..i:;.;:·t=::.:r e em horários de se:1 :::.- i.s b::ü:;-:o nível. Trata-se

(20)

17 portanto de material coletado em ur1a estre_i ta faixa de /

profundidade, exceção feita ao material coletado em / ilhas para o qual não foi seguido o critério acina, u...�a/ vez que dependÍaI!l.os nais das facilidades de se poder cLe gar aos locais do que do cumprimento de un rígido calen­ dário de excursões.

2) Metodologia

Nas anotações de campo observamos dados que �ulga mos importantes, tais como! habitat, tipo de substrato e sedimentos do local, bem como a êor do animal " in vi

vo ". Para o registro da cor, utilizaBos o CÓdigo Univer

sal de Cores (Code Universel des Couleurs) de Séguy /

(1936), anotando-se a cor do exenplar logo que retirado/ da água, evitando-se assim possíveis alterações em decor

rência de uma exposição prolongada ao ar. Apresenta�os / também a cor do exenplar quando fixado en álcool.

Utilizou-se como fixador o álcool a 70%, tendo-se

tomado o cuidado de trocá-lo após 24 horas e con isso /

restabelecer a concentração inicial, uma vez que esta / tende a cair �uando en contato com a grande Quantidade /

,

de agua noroalnente existente no interior da esponja.

O material foi conservado e� álcool a 70%, o qual de há muito utilizamos em material de coleção, nos pare­ cendo o mais apropriado por conservar a esponja com ne -Thor aspecto. A utilização de formol foi evitada porque/ en alguns casos não preserva be� o naterial, produzindo/ assim a Sv.a decoLposição. Alé= disso, é be� conhecida a

• • A • •

sua 1nconven1enc1a ao manuseio.

2. a - Preparo de lâ�inas:

(21)

18

através d o estudo d o seu esquelet o, razão pela qual faz­

-se necessário reconhecer o s tipos de esp{culas que O /

forma�. Para tanto , proc ede-se da seguinte forma: ( nodi­ ficado de-Mello-Leit�o, 195 0 , 1971) .

- Retira- se um pequeno frag:1.ento de mais ou menos o ta _ manha de Uiil grão de arroz .

Coloca-se o mesmo em uma placa e scavada.

Cobre-se o material com ácido forte ( no caso foi uti­ lizado o ácido nítrico ) .

- Após a dissociação do material e squelétic o ( tempo vari ável pois depende do tipo de esponj a) , substitui-se o á­ cido por água , utilizando-se uma pipeta.

- Retira-se o material c om um pincel de ponta fina , colo cando-o em lâmina, que a seguir é transportada para a e e tufa , devendo ficar a{ por um período d e no mínimo 1 ho­ ra , a uma temperatura de c erca de 80 grau s c entígrados . Findo e ste tenpo , o material se apresenta sec o e

portan-,.., , ,

to em c ondiç oes de ser montado com balsamo-do-Canada.

- Após a colocação do bálsa!!lo e da la�Ínula, leva-se a lâmina à estufa , aí devendo perm.anec er de um dia para o

outro a 80 graus c entígrados aproximada.I!l.ente. Ne stas con. diç Õe s , obtem-se uma lâmina co�pletanente seca. Esta é /

então anali sada ao microscópio , procurando-se determinar

os tipos de e spÍculas e as diferenças de tamanhos das /

mesmas.

t

observado então , en cada caso , o valor médio e

os extremos de stas nedidas , entendendo-se aqui por média o valor nai s frequeLte de stas.

Utilizou-se na nicro�etria , una ocular micronétri ca Reichert c o3 au:cento de seis veze s , obtendo- se previ� nente a tabela de corre spondência de traç os para cada /

A ,

/ obj etiva utilizada , a partir de u::a la�ina micronetrica

(22)

(nicrô�etro-objeto).

2.b - Preparo de cortes " histológicos 11 •

Foi utilizada a técnica básica de histologia, com pequenas modificações , mais de ordem prática que de or den técnica (1'Iello-Lei tão, 1971) . A realizaç ão de tais / cortes é justificada pelo fato de na separação de order.s e fam{lias ser geralmente fundamental o reconheci.I!lento /

da disposição do esqueleto no corpo da esponja. Com a in

clusão em parafina, consegue-se certa rigidez para que / não haj a modificação desta disposição por ocasião do cor te.

, Após ser cortado o bloco em um micróto�o manual /

de Ranvier, utilizando-se para tanto UDa navalha conu.m,/

os cortes obtidos são colocados em placa-de-Petri, com / xilol , que assim dissolve a parafina e clarifica o Eate-· rial , t ornandoo portanto mais apropriado para observa

-,.., . , .

çao ao nicroscopio.

Resumindo a técnica histológica, ter{amos :

lº) Retira-se um. fragmento de aproximadamente 1 cm3 , do material em estudo.

2º) Passa-se o mesmo pela série de álcoois (70, 80, 90 e 100 G.L) , devendo ficar cerca de 10 minutos em cada á1 cool da série.

3 º ) Passase o naterial para um recipiente cont endo xi -lol (xileno) , para a retirada do álcool e clarificação /

( 10 minutos).

4º) Passa-se o �aterial para outro recipiente conte�do / xilol, que co�pleta a ação do prineiro ( 10 �inutoR).

5 º) Leva-se o naterial à estufa, �ergulhando-se o mesDo/ em parafina previamente derretida. !�esta etapa deve fi -car un �{nino de 24 horas " anÓ!ê= o a,, e é f'e · +o o nl nc o , /

que rece�e e+iq eta co� o ���ero do eye�nlar na col e� io.

(23)

VI) DESCRIÇÃO DO MATERIAL ESTUDADO :

Fam. TETILLIDAE Sollas,

1886

Sollas,

1886: 178

A estrutura

é

radiada e as espÍculae são Óxeas / longas, anatrienes e. protr:ienes· , estes Últimos cara-2_ ter!eticoe da família e localizados na superfície da esponja. As microsclerae, quando existentes ,são / sigmas.

Gên. Tetilla Schmidt,

1868

Schmidt,

1868:

40

Sin. :Poliurella Gray,

1870: 312

Psetalia Gray,

1873 : 234

Tethyopsilla Lendenf'eld,

1887: 583

Gênero caracterizado por não apresentar córtex de finida. Na maioria dos casos sem microscle:ras.

Tetilla :radiata Selenka,

1879

Selenka,

1879: 467

-Local: Ponta da Pombeba (Maram baia)

Material: Exemplar n2 l Coletado em

29. 07 . 76

vários exemplares de forma ovalada, lembrando a forma de urr.a pera e apresentando na base um pedúnculo/ para fixação em substrato arenoso.

A superfície apresenta-se de aspecto aveludado

'

em decorrência da disposição das espÍculas que se apre sentam ligeiramente proeminentes.

A cor do material " in vivo " é alaranjada na par te superior ( cor

324 )

e amarelada ( cor

199 )

na

ba-,

- '

se, com o pedunculo de color&çao escura devido a inclu são de sedimentos. Quando fixado em álcool, o material

(24)

apresent� coloração amarelada, sendo que em exe�plares

antigos pertencentes

à

mesma espécie ( coletados . eri

1 966 na Praia de Itacuruçá ), a coloração do material/ é vermelho-forte.

O Ósculo é um pequeno orifício que aparece na su perf!cie superior, fornando uma ligeira depressão. EspÍculas:

6xeas - 320/1 1 ,4 a 2. 400/1 6, 6

y--

.

Média: 81 5, 6 /

15 ,lf ""' ·

Obs: Os protrienes e anat��enes ' . não têm medidas men

cionadas por se apresentarem extremamente longos e ema ranhados, sendo assim difícil de se determinar as medi das, as quais não são citadas nem mesmo na descrição / original.

Discussão:

..,, ,

.

,

Para o Brasil sao citadas duas especies muito prQ

ximas: T. euploca.mus Scbmidt, 1 868 e T. radiata Selen

ka, 1 879. Identificamos nosso material como T. radia­

ta, pela coloração e pela espessura das Óxeaa, que são oe caracteres utilizados na separação das duas · espé

-cies.

Acrescente-se que T. radiata foi descrita origi nalmente para 0 Brasil ( Baía de Guanaba:r;a ) e que

segundo o autor, apresentava-se bastante abundante

águas lodosas, ficando

à

descoberto por ocasião da

, b . re- ai:xa.

,

em ma Encontramos T. radiata em Ponta da Pombeba e Ilha Jardim.

Fam. GEODIIDAE Gray, J. 867 Gray, J. 867: 547

- Nomen correctum Sollas, 1 888 ( pro GEODIADAE Gray

(25)

Esponjas com urra espiculação cortical essencial -mente formada por esterásteres. As megascleras são /

trieneª e oxeas. Microscleras astrosas.

,

Gên. Geodia Lamarck, 1815 Lamarck, 1815: 332

Apresenta microsc1eras do tipo esterásteres e es­ ferásteres, além das megasclera.s cara.cter!sticas da fa

,

milia.

Geodia gibberosa Lamarck, 1815

Lamarck, 1815: 334

Local: João Manuel (Marambaia) Material: Exemplar n2 2

Coletado em 30. 0 7. 76

Esponja incrustante, apresentando a superfície / bastante áspera., com uma nÍtida diferenciação cortical de cerca de 240.f-- de espessura.

Apresenta coloração branca, com a região interna/ ligeiramente mais escura.

O exemplar estudado corresponde a um fragmento de cerca de 30 x 20 x 1, 5 mm. que se encontrava preso a uma concha de molusco ..

EspÍculas:

Óxeas - 740/30 a l. 080/45

y,.,..,.

• Média: 1. 020/45 Ortotrienes --- 650/38 a l. 040/45

J--,..,._·

Méd;i.a: 815/

38/�· Esterásteres - 45, 5 a 83, 5

y,.,,... .

Média: 75, 5

y--

-Esferásteres - 3, 8 a 5, 7

f-/W\ .

Média: 5, 7f� · Oxiásteres 22, 8 a 38 / . Média: 34, 2/� -Região cortiçal:

O córtex

é

formad0 peía · aglutinação de esteráste­ res, em alguns pontos sendo atravessada por hrrtotrienes.

(26)

Apresenta pequenas elevações sendo que logo abaixo

aa

córtex encontramos ·ortotriénes ' e Óxeas, dispostos/ de forma radiada, além de esterásteres distribuídos ir regularmente.

Discussão:

G. gibberosa é a espécie-tipo da fam{lia e

segun-6 , , /

do de Laubenfels, 193 : 1 71 , e provavel que apresente as seguintes sinon!mias: Isops pachydermata Sollas /

( 188 6: 198 ); Geodia tuberculosa Bowerbank { 18 72 : 626 ); G. media Bowerbank ( 18 73: 13 ); G. reticulata/ Bowerbank ( 18 74: 71 ) e G. -thomsoni Schmidt ( 18 70 :

70 ).

Para o Brasil, G. gibberosa já foi citada para / Pernambuco { de Laubenfe1s_, 1956: 2 ) e Rio de Janeiro

( de Laubenfe1e, 1956: 4 ). Geodia sp .

Local: Praia do Sino ( Maram -baia )

Material: Exemplar n2 13 Coletado em 28. 0 7. 76

Esponja de forma globosa, apresentando nítida di­

ferenciação corti�a1 de cerca de 1

mm

de espessura.

A superfície mostra-se de aspecto granuloso, com/ grande quantidade de grãos de areia nela encravados, / além de fragmentos de conchas de moluscos a ela aderi­ dos.

A cor " in vivo "

é

cinza-claro ( cor 522 ) e /

branco-sujo, ligeiramente rosado, quando fixado em

ál­

cool.

Esp!culas:

(27)

6xeaa 2 - 300/15 a 400/15

JJ..-

• Média: 375/15/--- • Ortotrienes -: -

755/15

a

1. 585/3:f� •

Média: , Eateraetere e Oxiásteres 1 1. 2 83/3 7,f AM 30, 4 a

72,1)1-- .

Média:

64, o/'" ..- •

8 a

12 /-� .

Média: 8/- • 22, a � 30, 2/,_ • ?lédia: 30, 21.- • Oxiásteree 2 Região cortical:

t

bastante consp{cua e destacada da região inter­

na. Mede cerca de 2 mm de espessura, oferecendo bastan te resistência ao corte devido às impregnações da su -perf!cie.

Discussão:

Despertou-nos at�nção o fato ClÔ córtex ser bem / destacado da medula, assim como a quantidade de grãos/ de areia encravados na superf!cie dessa esponja.

Embora tenhamos um exemplar completo dessa espon­ ja, não nos foi possível ainda identificá-la a n!vel / de espécie por razão de ser escassa a bibliografia de

A

que dispomos, referente ao genero. Fam. ANCORINIDAE Scbmidt, 1 870

Schmidt, 1870: 6�

Os gêneros dessa família apre senta� eatrutura radi

ada e , :protr:i:enes e �anatrienes · c::omo megaacleras. Pla

·giotrienes · são comuns e as micros'cleraa sempre inclu­ em ásteres. O grupo é dividido em duas subfa.mÍlias : An. corininae, que apre senta estreptásterea e às vezes eu­ ásterea e Stelletinae, que apresenta apenas euásteres/ como microscleras.

Gên. Myriastra Sollas,

1886

Sollas, 1886: 187

Este gênero foi também descrito originalmente com o no�e Uyriaster, mas a grafia �yriastr� foi

(28)

menciona-da primeiro , no tra�al�o ori�iral.

As megascle:ras são triênios e Óxeas grandes e a / estrutura é

radiada_-i

muito próximo do gênero Ste11eta do qual difere

praticamente apenas por apresentar um único tipo de eu áster, enquanto Stelleta apresenta dois.

Urr:___córtex conspícuo é freqüente mas não mui to im

portante

na

caracterização do gênero.

Myriastra sp.

Local: Praia do Sino Material: Exemplar n2 li Coletado em 2 8. 0 7. 76

Pequeno fragmento de esponja incrustante, de for­ ma ovalada, medindo 3 0 x 1 0 x 5 mm. Apresenta a

super-, , , A

ficie aspera, alem de se notar uma tenue membrana re

-vestindo esta superf!cie, dando-lhe aspecto mais ela

ro.

O material é de consistência pouco elástica, sen­ do facilmente friável. Apresenta coloração laranja-ela ro ( cor 25 0 ) • in vivo " e rosada quando fixada em álcool.

Esp!culas:

6:xeas - 68 0/22 a 8 0 0/22

f'""

Média: 68 0/22

)A

#V'

Plagio�rie�es 2 7 0/15 a 59 0/22/� . Média: mais/ ou menos em igual fraquência.

Ana trier..es - 211, 4/7,5 a 709, 7/1,5r. Média: s2.o/7,5)-'-J.M. •

Esferásteres 15 ,1 a 22, P

f-N-/1 ._ ..

édia : 22, A

y

,..,.

.

Superf:!cie:

Sem córtex evidente. Pla��oLri e� e s e A�aLrie�es /

com clados voltados para a superfície, dando-lhe um -as pecto plumoso, embora o esqueleto sej a decididamente � diado. A região interna lembra pela disposição das esp!

,

(29)

culas, o esqueleto dos A.xinelÍdeoe, send.o formada

prin-,

cipalmente por oxeae. Discussão:

Para o Brasil não havia ainda sido citada a ocor

-rência do gênero. ·Achamos, entretanto, que o fragmento/

de que dispomos

é

mui to pequeno para que se chegue a /

uma conclusão quanto

à

espécie. Aguardaremos portanto a

coleta de outro exemplar para então tentarmos ·a determi

nação do material;

Fam. CHONDRILLIDAE Gray, 1 872

Gray, 1 872: 446

- Nomen correctu.m Lenden.fe1d, 1 887 ( pro CHONDRILLADAE/

Gray, 1 872, nomen imperfectum. · Wiedenmayer.

-Família caracterizada por não apresentar megasc1e­ ras, sendo as esp:!cu1as, quando presentes, microsclera.s/

astrosas. A superf:!cie

é

lisa, apresenta nítida diferen

ciação cortical. e a consistência do corpo

é

dada por co

lágeno.

Inicialmente esta famÍ1ia foi colocada na ordem / Sphaerospongia por seu autor ( Gray, 1 872 ) e posterior mente na ordem Carnosa ( de Lauben.fe1s, 193 6 ). Atual

-,

mente e classificada na ordem Hadromerida, segundo

evi-dências bioquímicas e morfologia das microsc1eras /

( Bergquist, 19 78 ).

Gên. Chondrilla Scbmidt, 1 862 Schmidt, 1 862: 3 8

,

- ,

As espiculas sao do tipo euasteres, usualmente es-feráateres. A forma

é

achatada, apresentando-se a supe� fÍcie lisa •.

Chondrilla nucula Schmidt, 1 862 Schmidt, 1 862: 39

(30)

Local: Ilba Jardim

Material: Exemplar n2 9 Coletado em 13 . 06 . 76

Esponja de con�istência ngida, pouco compress{vel, apresentando a superfície lisa.

O material estudado mede cerca de 2 x 1 x 0, 3 cm Apresenta coloração marron-escuro ( cor 641 ) , a qual

/

passa a ligeiramente rosada quando fixada em álcool a /

Apresenta uma ligeira diferenciação cortical, com a região interna maia clara que a externa.

Esp!culas:

Esferásteres - 15 a 30

JA-"""

• Média: 22f-· Discussão:

c.

nucula é a espécietipo da família e a de ocor

-rência mais generalizada.

Para o Brasil, já foi citada para Fernando de Noro­ nha ( Carter, 1890: 564 ) , Pernambuco ( de Laubenfels ,

1956 : 2 ) , Bahia ( Boury-Esnault, 1973 : 272 ) e Litoral/ Paulista ( de Laubenfels, 1956: 4 ) .

t

considerada uma espécie cosmopolita, em alguns lo cais sendo encontrada em grande quantidade.

Encontramos

e.

nucula em : Ilha Jardim ( cor 686 ) ,

Praia do Sino ( cor 116 ) , Pontal ( cores 217 e 250 ) , Ilha Bonita ( cor marron ) e Praia do Calhau ( cor :mar -ron-e acuro ) •

Fam. CHONDROSIIDA.E Schulze, 1877

Schulze, 1877 : 87

- Nomen correctum Sollas, 1887 ( pro CHONDROSIDAE, 1877 ,) nomen imperfectum. Wiedenmayer.

-As esponjas reunidas nessa família, não apresentam/

(31)

esqueleto I!'Ú.Ileral nem orgânico, tendo apenas colágeno / com função de sustentação, tal como ocorre em Chon

drillidae , da qual difere j ustamente por não apresentar ��pÍculas.

Gên. Chondrosia Nardo, 1 84 7

Nardo, 1 84 7: 267

Sin. : Cellulophana Scmidt, 1 8 62: 41 Gu.mmina Schmidt, 1 8 62: 38

Este gênero, que � o único válido da família, reú­ ne as características básicas da mesma.

Chondrosia reni�on:iis Nardo, 1 84 7

Nardo, 1 84 7: 267

Local: Ibicu:!

Material: Exemplar n2. 20

Coletado em 26. 09. 76

Esponj a de consistência �irme, apresentando super­ fície um tanto corrugada, na qual se nota uma pequena / ele�ção onde se situa um Ósculo de cerca de 1 mm de di âmetro.

O material mede 3 x 1 , 5 x 0, 3 cm. e apresenta colo :ração marron-médio quando fixado em álcool.

Tii.scussão:

, ,

Esta especie e facilmente confundida com Chon

drilla nucula , e mesmo com ascÍdias composta�, disti!!: er1indo-se da primeira por não apresentar espÍculas e / das Últimas por estruturas anatômicas.

Nosso material foi dissecado pela pesquisadora. / Marlene de Barros Simões, a quem enviamos, pensando tra tar-se de ascÍdia e que, após dissecção, negou essa po_:! sibilidade.

Acrescente-se que o gênero Chondrosia não havia / ainda sido citado para o Brasil, sendo este o primei�o/

(32)

registro de sua ocorrência. Fam. TETHYIDAE Gray, 1 867

Gray, 1 867:

Nomen correctum Vosmaer, 1 885 ( pro Tethyadae Gray 1 867 ), nomen imper�ectum. Wiedenmayer. -

,

Megascleras são frequentemente diactinais. Estrutu ra radiada. Microscleras, quando presente, astrosas.

Gên. Tethya Lamarck, 1 815

Lamarck, 1 815 :

69

Sin. :Donatia Nardo, 1 833: 522 Lyncuria Nardo, 1 834: 715 Tethea Johnston, 1 842: 81

Tethium Blainville, 1 830: 507 A!:miscos Gray, 1 867: 542

Alemo Wright, 1 881:

13

Esponj as de formato mais ou ffienos esférico, apre -sentando estrutura nitida.mente radiada e cujas �egascle

"•

:ra.s spredominantemente estrongilÓxeas.

Tethya maza Selenka,

1879

Selenka,

\879:

472

Local: Praia do Calhau ( I. Ja -guanum)

Material: Exemplar n2 2 Coletado

em

25. 05. 7 8

Esponja globosa medindo cerca de 2, 5 x 2 x 1,5 cm, apresentando

à

superfície numerosos brotos de reprodu -çao.

Apresenta n!tida diferenciação

córtex,com cer

-,:. ca de 1 mm de espessura e mostra nítido arranjo radial/ das esp{culas principais que são estrongilÓxeas.

A coloração

é

ama�elo-forte ( cor 24 6 ), passando/

(33)

A córtex apresenta 1 mm de espessura e está difereL ciada em uma camada externa e outra interna.

Esp:Ícu1as:

EstrongilÓxeas - 415/7, 5 a 1. 510/22, 6

fl-- •

Média

. .

1. 065/22, 6

J-1.-

Esferásteres - 60, 4 a 45 ,3µ""' • Média: 45 ,3

f�

Quiásteres corticais - 7, 6 a ll, 4 µ ... . Média: 11, 41-A.."""

Quiásteres coanosomais - 11, 4 a 19

f"""

• Média: /

15 , 2 1-� •

Discussão:

-Esta espécie é muito prÓx:i.ma de !- seychellensis (

Wright, 1 881 ), que é também citada para o Brasil, dife­ rindo pela morfologia dos ásteres coanosomais.

T. � foi descrita originalmente para o Brasil / ( Selenka, 1 879 ) que encontrou esta esponj a na Baía de Guanabara.

Encontramos T. � também em Praia de Itacuruçá Ibicu!, Ilha de J aguanum e Ilha de Ma.rambaia.

Fam. SUBERITIDAE Schmidt, 1 870

Schmidt, 1 870: 46

Compreende gêneros que apresentam espiculação por/ ti1Óstilos ou subti1Ósti1os e que não apresentam micros­ cleras. Em geral os indivíduos desta família apresentam/ estrutura radiada ou subradiada, o que é bastante evi -denciado na supérf!cie. Como é característico da ordem/ Hadromerida, ocorre uma visível diferenciação cortical/ no ectosoma. De forma análoga

à

família Axine1lidae, há esp!culas dérmicas proeminentes, implantadas verticalmen te

à

superfície do corpo.

Gên. Suberites Nardo, 1 833 Nardo, 1 833: 523

Sin. :Hymeniacidon, pars, Bowerbank, 1 864: 191

(34)

Caracterizado por urna espiculação simples de subti 1Óstilos� sendo os do endosoma maiores que os do ectoeo ma. Não apresenta microscleras.

Suberites carnoaua Ridley, 1884

a.a.

Ridley, 1884: 4 65

Local: Praia do Recôncavo (Sepe ­

�iba)

Material: Exemplar n2 2 Coletado em 12. 05. 78

Sin. : Ha1ichondria carnosa Johnston, 1842: 14 6 Hymeniacidon carnosa Bowerbank, 18 66: 203 Esponja lobular, de superfície ligeiramente enruga A coloração " in vivo "

é

marron na superf!cie : / (cor 1 76) e alaranjada ( cor 193) nas partes internas�

O exemplar apresenta consistência rija, sendo pou­

co coIBpressível e bastante resistente

à

fragoentação.

Mede cerca de 10 x 6 x 5 cm, com ramificações irre gulares de cerca de 3 cm de comprimento.

,

Espicu1as:

TilÓstiloa (do ectosoma)

TilÓstil0a (do endosoma) Discussão:

125/3,8 a 645/15,2){.- . Média: 525/9, 5

)A- 1\/"\

720/8,2 a 1. 0 8 0/15, 3/� · Média: 840/11, 4-f...- . Esta espécie apresentou distribuição bastante am -pla e mesmo sendo a única encontrada em locais cobertos

de lama, nos quais a água se apresentava bastante

turva

como no caso da �ra.;La. do Re�Ôncavo (S�petiba) e Praia de Coroa Grande.

/

O aspecto que mais nos chamou a atenção foi o da /

,

(35)

oesmo em um �es�o local, como foi o caso do I:!aterial en contrado em Coroa Grande.

s.

carnosus foi encontrada taI!lbém em Ilha de Itacu ruçá ( ·cores: lilás, rosa e alaranjada ) , Ilha Jardim/ ( cores: vermelho·, verde e marron ) , Coroa Grande ( co­ res: verde-oliva, lilás, marron, vermelho e verde-cla:·­ ro ) , Ibicu! ( cor lilás ) , Ilha Jaguanum ( cor amare la ) , Marambaia ( cor 71 - vermelho ) e Ilha do Bicho / Grande.

Para o Brasil,

s.

carnosus já Ioi citada de Fernan

do de Noronha ( Carter, 1 890 ) , e Rio de Janeiro /

( Mello-Leitão, 1950; Eoury-Esnault, 19 73 ).

Fan. AXIHELLIDAE Carter, 1 875 Carter, 1 875: 320

Ex-Axinnellinae Lenden:feld, 1 889; ex-Axinellidae /

Ridley & Dendy, 1 886, nomen correctum; ex-Axinellida/ Carter, 1 875, nomen imperf'ectu.m. Wiedenmayer.

-As espécies t{picas desta Iam{lia não apresentam / �icroscleras. As megascleras são Irequentemente curvas. A caracter{stica mais marcante entretanto é a presença/ de um ectosoma bastante h:Íspido. A estrutura é plumosa. havendo geralmente especialização da região central da esponja que assim passa a se chamar região axial, na / qual o arranjo das esp{culas promove contraste entre es sa região e a região periiérica.

Gên. Axinella Schinidt,1 862 Schni.dt,1 862: 61

Apresenta uma n{tida diferenciação axial devido 'a disposição peculiar das esp{culas que são estilos e / Óxeas. A estrutura é plumosa.

(36)

Loca1: Praia �o Sino Ma teria1: Exe::plar n2 2 Coleta.do em 25. 07.76

Dois fragmentos de esponja bastw:.te consistente e r:iaciça , o maior medindo cerca de 6 x 2 x 3 cm.

A coloração n in vivo " é vermelho-forte ( cor 91) tornanclo-se esbranquiçada quando :f i.Xad.z.. em álcool. EspÍculas: Estilos

6:x:eas

Discnssão: - 256/15 ,1. a 310/22,:Jl"'"' • Méclia: 256 / 15,

1/µ..·

423/22,5 a 430/22,5.)l- . Média:

423/22,��-Esta e sponja só foi encontrada na Pra.ia do Sino , não coincidindo com a di�ose das outras espécies de Axinella descritas para o :Brasil que são: A. echidnaea e A. reticuJ.ata, · citadas por Ridley & Dendy ( 1887 ) /

para a :Bahia, principalmente no que se refere

à

morlo­

logia geral.

Gên. Pseudaxinella Scbmidt, 1875

Schmidt, 1875 : 120

Gênero muito prÓtimo de Arjnella; porém. não apre­ sentando a di:ferenciação axial peculiar àquele gênero. Pseu.da.ti.nella J.1Jn�echP.,..t.�(Ridley & Dendy, 1886)

Ridley & Dendy, 188 6: 481 - Estampá

8-.,

Sin. :Arjne11.a 1.unaecb.nrta Ridley & Dencly, 1886: : 481. Local: Ilha do Vigia Pequena Material: Exer:.plar n� 1

Coletado em lE . 05 . 79

Esponja de consistência bastante rija, pouco com­

presSÍve1.p apresentand� na superlÍcie inÚmeros Ósculos

(37)

riando en diâr.etro de 0, 5 a 3 l!lI11.

O exeop1ar coletado corresponde a um fragree-nto de/ cerca de ·4 x 2, 5 x 2 cm, de coloração -vermelho vivo que passa a amarelo-esbranquiçado quando fixado em álcool. Esp:!cu1aá:

Estilos - 226, 5/22, 5 a 272/30, 2)1-.,.,, . Média: .255. / 22, 5

)1-6xeas - 250/1� a 2 87/30, 2)).,,, . Média: 28 7/22,5}'-,..,. · Discussão:

Esta espécie já havia sido citada para Pernambuco/ por Hechte1 ( 1976 ) como Axine1la 1unaecharta.

Encontramos P. 1unaecharta em Ilha do Vigia Peque­ no, Ilha Gua{ba e Ilha do Bicho Grande.

Fam. MYCALIDAE Lundbeck, 1905

Lundb�ck, 1905: 15

Sin. : �"ilPHILEC.!I'-IDAE de Laubenf'e1s, 1936: 123

Esponjas com uma espicu1ação p1umo-reticu1ada dif-g_ sa e esqueleto fibroso no qual as megasc1eras são esti­ los ou subti1Óstilos. As microsclera.s são anisoque1aa /

as

quais podem somar-se sigmas, to:xas, ráfides e isoqú� ­ las de muitos tipos.

Gên. Mycale G:ray, 1 867 Gray, 1867: 533

Este gênero apresenta fibras com monaxons lisos / que são freqüentemente subti1Ósti1os e que dão

à

super­ f{cie aspecto eriçado. As microscleras sempre incluem' /

,.

anisoque1as espalmadas, usual.I:lente de dois ou tres ta-::J!anhos e sigma.a. A arquitetura

é

um tanto a1veo1ar.

Sin. : Corybas Gray, 1 867: 537

Esperel1a Vosmaer, 1 885: 353-354 Esperia Nardo, 1 833: 522

(38)

r,:ycale êenegalensis Levi , 1952

Levi, 1952: 46

Local: Ilha Jardim

Material: Exemplar n2 6 Coletado em 13. 06. 76

vários fragmentos de esponjas incrustantes, um dos

quais medindo 2 x 1, 5 x 0, 3 cm. A esponja é extremamen­

te :macia e pouco elástica.

A coloração " in vivo " é marron-médio (cor 131) e

,

branco-sujo quando fixado em a1coo1 .

,

Esp:i.cu.las:

Subti1Ósti1os - 256/7, 5 a 2 87/7 , 5

)J.J.ui .

Média: 2 87/

7

,51� .

Sigr;ias - 41,8 a 45, 6jl---

Média: 41,8

jl--' •

Anisoquelas · ·espalmadas - 19 a 23

f-

.

Média: 231� · Discussão:

Encontramos M.sene�alensis }em Ilha Jardim ( cor /

131 ), Ilha de Itacuruçá ( cores 131 e 336 ) e Ilha de J aguanum ( cor amarronzada ) •

de

Difere de M. guadripartita Boury-Esnault (1973) citada para o Rio de Janeiro, que apresenta 2 tipos

sign;.as e 2 tipos de anisoquelas, além de r#ides.

Difere também de M. fusca e M. nuda, citadas por /

Ridley & Dendy para a Bahia porque a primeira apresenta além das espÍculas encontradas em M. sB�egalensis ,ta

bém feixes de ráfides ( tricodrág;:r:.as ) e a Última por /

apresentar sigmas bem maiores e ligeiras diferenças mor

folÓgicas.

oên.

Zy�orn.ycale Topsel\t , 1930

Topsent, 1930: 431

Megascleras são su.btilÓstilos e as microecleras /

estão representadas por sigmas, isoquelas e anisoquelas•

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