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A “seção colonial” do arquivo público do estado da Bahia e os professores de ensino mútuo

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Guaramiranga – Ceará

A “SEÇÃO COLONIAL” DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA E OS

PROFESSORES DE ENSINO MÚTUO

José Carlos de Araujo Silva*

Universidade Federal da Bahia O objetivo deste trabalho é, através da variada docu-mentação disposta na série documental intitulada colonial” do Arquivo Público do Estado da Bahia, caracterizar, o tra-balho docente, a vida dos professores e o funcionamento cotidiano de duas escolas de primeiras letras que utiliza-ram o método do ensino mútuo no recôncavo baiano, após a decretação da lei imperial de 1827 que oficializou este mé-todo nas escolas do império recém criado.

A princípio devemos salientar que o pouco que ainda se sabe sobre este período e sobre o próprio método do en-sino mútuo, ainda sofre uma espécie de “preconceito historiográfico”, oriundo de algumas análises da história da educação e da cultura brasileira influenciadas por Sérgio Buarque de Hollanda e, principalmente, por Fernando de Azevedo em sua obra máxima A Cultura Brasileira que ao buscarem explicar a sociedade brasileira e as razões do seu atraso, consideraram a despreocupação com a educação desde o período colonial e que continuara após a separação política de Portugal, era expressada na escolha do método do ensino mútuo como oficial para ser utilizada nas novas “aulas nacionais”, o mais nítido do exemplo desse descaso. Ainda hoje, no âmbito da produção acadêmica, a maioria dos estudos sobre o método do ensino mútuo prima pela análise da legislação imperial e/ou provinciais, e em poucos casos, de algumas instituições consideradas como represen-tantes das práticas escolares do período.

Posto isso, a partir da pesquisa na documentação da seção Colonial do Arquivo Público do Estado da Bahia, e den-tro desta, aquela das sub-séries: Pessoal do Magistério; Ins-trução Pública; Ensino Elementar; Câmaras e Compêndios Didáticos, pretende-se demonstrar as potencialidades de tais fontes para uma melhor compreensão de um período tão pouco conhecido da história da educação baiana e brasileira.

No que se refere ao período abarcado pelo presente artigo cabe destacar as dificuldades que são a tônica da pesquisa documental sobre um período cronologicamente tão distante, o mais elementar desses problemas se configu-ra no péssimo estado de conservação de boa parte do acer-vo, fruto do descaso dos poderes públicos para com a memória e o patrimônio cultural, nesse sentido, também se constitui em dificuldade, a falta de uma seriação mais

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criteriosa, resultado da ausência de funcionários qualificados para a execução dessas tarefas. Por fim, as dificuldades natu-rais de uma pesquisa documental, cujas fontes se perdem no tempo ocasionando a incidência de “lacunas” na seriação que, se por um lado prejudica a concatenação da organização espaço-temporal, em contrapartida, aguça a criatividade do pesquisador na busca por outros elementos que possam ser adensados à pesquisa por meio da “garimpagem” e forne-çam novos indícios que permitam inteligibilidade ao estudo. No decorrer da pesquisa nas sub-séries da seção co-lonial nos deparamos com uma gama de documentos como: solicitações de professores por gratificação para aluguel de imóvel; mapas escolares informando sobre o funcionamen-to das aulas; queixas sobre os baixos salários e/ou sobre o atraso deles; além de toda sorte de documentos que se re-portavam a problemas específicos e pessoais da vida priva-da de alguns professores. Todo esse corpus documental nos serviu de suporte para uma melhor compreensão da dinâ-mica cotidiana das “aulas nacionais” que funcionaram pe-los métodos de ensino mútuo e simultâneo, especialmente quanto ao conhecimento de quem eram seus mestres, como viviam, como e aplicavam esses métodos.

Dois Exemplos do Magistério no Ensino Mútuo Baiano

As fontes por nós pesquisadas nos permitiram esta-belecer contato com a documentação produzida por vários dos mestres do recôncavo baiano durante o período de 1826 a 1850. Mas como nosso foco se deteve na aplicação do método do ensino mútuo e dado limite de abrangência des-ta comunicação, elencamos apenas dois desses profissio-nais do magistério público, que singularizados pelo volume, variedade e riqueza dos documentos por eles produzidos e a que tivemos acesso, pudemos chegamos por meio de tais indícios produzir um conhecimento mais substanciado da vida, do pensamento e do trabalho de Lázaro Muniz da Cos-ta e Pe. Manoel Joaquim d’Azevedo.

Conferimos destaque a esses professores deixando claro que não pretendemos cair na “armadilha” de uma tra-dicional história intelectual que postulava realizar estudos sobre intelectuais e homens de letras, na maioria das vezes, distanciados dos seus contemporâneos, como que isolados no espaço e no tempo. Em nossa concepção, estes profes-sores que ora apresentamos e que são frutos da pesquisa documental. nos serviram de “guia” pelos emaranhados das demandas cotidianas daquilo do que era ser professor na Bahia imperial.

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O primeiro contato que tivemos com o nome do pro-fessor Lázaro Muniz da Costa já ilustrava, com muita clare-za, algo que foi muito comum a todos esses professores, a dificuldade em se conseguir um local para realizar o seu tra-balho, situação que justificava a indefinição do espaço es-colar e doméstico e que perdurava desde a colônia e, por esse motivo, os pátios de quartéis e adros de igrejas con-verteram-se nos locais mais utilizados para o funcionamen-to das aulas.

Diz Lázaro Muniz da Costa, Professor Nacional de Primeiras Letras da Aula do Ensino Mutuo da Freguezia de S. Pedro, que ontem recebeo hum officio da Meza dos Órfãos em que o aviza, para quanto antes evacuar a Aula, que tem no Sallão do Hospicio de Jeruzalem por ordem do governo que o que se não tem arrendado por cauza da Escola, quando parece não ser só a Aula esse motivo, porque ainda todos os cubiculos estão cheios de immensos, e di-versos volumes inventariados, que ainda se não eva-cuarão, além disso ainda existe o Donato com tres escravos, fora 8 ou 9, que o tezoureiro levou para os órfãos; más como a Meza manda, que o Supplicante evacue a Aula parece justo que este leve como leva ao conhecimento de V.Exa., para que haja de lhe

de-terminar para onde deve conduzir e firmar [ ] Esta-belecimento, bem como respeitosamente lembrou a V. Exa. hum dos salloens, que há no Quartel que foi

do Bm 10, que tudo ali foi feito a custa da Fazenda

Publica, que conforme a lei de 15 de outubro de 1827 deve dar caza idonea para as Aulas do Ensino Mú-tuo. (APEB, Ensino Elementar, 4006, 04/12/1831).

Como descrito no documento acima, este professor deveria evacuar sua aula e procurar um outro local para estabelecê-la. Sim, mas quem foi Lázaro Muniz da Costa?

O nome deste professor aparece juntamente com uma controvérsia. Como os professores nacionais estabeleceram contato e conheceram o método de ensino mútuo? Segundo a historiadora Maria Thetis Nunes na sua História da Edu-cação em Sergipe, teria sido através do professor Eusébio Vanério que vivera e o estabelecera tanto na Bahia como em Sergipe. Por outro lado, sabemos da tradução do Manual das Escolas Elementares D’Ensino Mutuo realizada pelo advo-gado baiano João Alves Portella que fora enviado para esse fim à Escola Normal de Paris e que após o seu retorno foi nomeado professor da cadeira de métodos da recém

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funda-Guaramiranga – Ceará

da Escola Normal da Bahia. Nesse caso, como esta tradu-ção só chegou à Bahia em 1842 e possuímos uma série de informações sobre a utilização do ensino mútuo na Bahia desde o início da década de 20 do século XIX, os nossos professores já o conheciam e o aplicavam antes da criação da fundação da Escola Normal e da cadeira de métodos.

É nesse ínterim que destacamos o até então “desco-nhecido” Lázaro Muniz da Costa que afirmava em 1828 que havia recebido a incumbência da presidência da Província de ensinar aos outros professores baianos a prática do mé-todo do ensino mútuo e, ainda segundo ele, quando anos mais tarde estes mesmos professores foram cobrados pelas autoridades sobre o conhecimento dos fundamentos do método de ensino, argumentaram terem aprendido com o professor Costa, justificativa plenamente aceita.

Esse, entre outros aspectos nos permite considerar esse professor numa posição de destaque entre os membros do magistério baiano, pois em um documento de caráter autobi-ográfico relatava ter recebido em sua aula a visita do Impera-dor, um privilégio que não era concedido a qualquer um:

Em 1826 no dia 13 de março pelas 4 horas da tarde inesperadamente [...] pela Aula S.S.M.M. o Impera-dor Sr. D. Pedro Primeiro, a Imperatriz, a Rainha hoje de Portugal, e a Viscondesa de Santos. Examinou elle mesmo a Aula, Fes elle mesmo trabalhar em to-dos os tres exercicios, escripta, leitura e Arithmetica, para que lhe pedio o feito que a inda conserva. Das 5 ½ horas da tarde Fês cessar o serviço, e dispedio os meninos em nº de cento e tantos (APEB, Ensino de Elementar, 4006, 11/11/1850).

Nesse mesmo documento, o professor que foi jubila-do (aposentajubila-do) em 12/11/1841, após dezenove anos de magistério, afirmava continuar nove anos depois, já atuan-do no magistério privaatuan-do, na distante povoação atuan-do rio Ver-melho, de onde desabafava com notável tristeza sobre, ”[...]o prejuízo q teve tirado da boca de seus filhos a beneficio da mocidade, attenta a sua pobreza depois de tanto ter servi-do a Nação sem premio algum” (APEB, Ensino de Elemen-tar, 4006, 11/11/1850).

Esse discurso pesaroso quanto à falta de compensa-ção para quem vivera longos anos do exercício do magisté-rio, destoa do pensamento sobre a educação e o trabalho pedagógico de outro professor constituído de importância pela documentação pesquisada: O padre-mestre Manoel Joaquim d’Azevedo.

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Notabilizado através dos discursos de várias autori-dades, inclusive de presidentes de província, salientando a eficiência, o denodo e a responsabilidade de um professor que manteve por duas décadas uma aula de primeiras le-tras pelo método de ensino mútuo “puro”1 no adro do

Con-vento do Carmo situado na cidade de Cachoeira, a segunda maior aglomeração urbana da província.

dando Aula duas vezes ao dia sendo de manhã das 8 as 11 e a tarde das duas as 5 onde esta frequente-mente ainda mesmo nas 5as. Feiras dexando de o fazer somente nos dias feriados de Festas Nacionaes, e em todo anno rezidido constantemente dentro da mesma Villa”. (APEB, Ensino Elementar, 4002, 22/ 01/1834).

No seu trabalho docente repleto de dificuldades, quan-do as necessidades mais elementares não eram satisfeitas, o Pe. Azevedo buscava solucioná-las de uma maneira bem típica de um professor que incorporava a concepção binominal do magistério-sacerdócio, como visto na sua pos-tura quanto ao recebimento de uma gratificação, ao que afir-mou não procurar “[...]tal emprego para ambicionar o ordenado, e sim, por genio particular de instruir a mocidade fazendo com isso serviços proprios de um clerigo a sua patria.”(APEB, Câmaras, 1269, 16/11/1832).

Dessa maneira, considerava que a tarefa de promo-ção da educapromo-ção tratava-se de um desdobramento da fun-ção sacerdotal que seria de livrar a mocidade do “inferno” da ignorância, por isso orgulhava-se de:

sem o mais pequeno dispendio a Nação; e que abrin-do Aula pelo Scistema (lancasteriano), em dia 13 de julho do mesmo anno (1829), convidou a Camara res-pectiva, e autoridades para hirem observar, cuja mobilha e utensilios offereceo gratuitamente, sendo que os demais Professores só principiarão a ensinar pelo Scistema depois de serem fornecidos com gran-de gran-despendio ao Thesouro Publico; e tem todos os anos a renovar as [mobílias] estragadas pela tenra Mocidade e suprido sua Aula de todo o necessario a custa do seu Ordenado. (APEB, Ensino Elementar, 4006, 04/10/1834).

Na ampla e diversificada comunicação mantida pelo Pe. Azevedo e as autoridades provinciais ao longo de duas décadas, ressaltamos um tipo determinado, que demonstra a aplicação do método do ensino mútuo como prescrito no

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manual citado anteriormente, mesmo antes de sua tradu-ção para uso nas escolas da Bahia, tratava-se da elabora-ção e envio dos mapas escolares2 para a Presidência da

Província, prática tão incomum da maior parte dos profes-sores que motivou a suspensão do pagamento daqueles que não cumpriam tal determinação.

Esses mapas escolares mostraram-se de suma impor-tância pela riqueza de possibilidades de interpretações, além de permitirem o acompanhamento quantitativo da escola deste professor durante vários anos, também permitiram uma série de informações que qualificaram a análise dos alunos que freqüentavam a sua aula, especialmente, quan-to à cor da pele, legitimidade, idade de ingresso e saída das aulas, profissão dos pais e progresso dos seus filhos.

Aplicando o método de ensino mútuo de acordo com o estabelecido no manual indicado pela Presidência da Pro-víncia e cumprindo todas as obrigações expressas nessa obra, principalmente acerca dos registros solicitados para o controle do funcionamento da escola, esse professor teve a freqüência de sua aula ao longo dos seus 20 anos de magis-tério entre as maiores, e não em poucos anos, a maior da província. Mesmo nos anos anteriores à retenção salarial dos professores pelo não envio de tais mapas (1842), este mestre já os enviava com freqüência e seguindo um modelo idêntico ao indicado por Sarazin, em seu Manual das Esco-las Elementares D’Ensino Mutuo.

O número dos alunos nessa aula de primeiras letras chegou ao máximo de 160 alunos no ano de 1830 (APEB, Ensino Elementar, 4010, 20/06/1830), e apesar da tônica dessas escolas demonstrar ser grande a oscilação anual entre o número de estudantes, e até mesmo da quantidade de aulas na província. No caso da ministrada pelo Pe. Aze-vedo encontramo-la sempre uma quantidade de moços dig-na de registro, como nos anos que nos serviram de amostra, no caso: 1840, 1842, 1846 e 1847.

Naqueles anos, esta aula foi freqüentada por 101, 68, 108 e 96 alunos respectivamente, o que exemplifica duas afirmações feitas anteriormente, quanto à oscilação do nú-mero de alunos, e também quanto à significativa freqüência de alunos nessa aula, já que, em todos esses anos, a média dessa escola foi superior à da capital da província e da pró-pria vila de Cachoeira. Podemos inferir sem receio de cometer um exagero que, em alguns anos, essa aula correspondeu sozinha a aproximadamente 30% dos alunos do sexo mascu-lino da vila, o que demonstra que apesar de ser uma única amostra, em termos percentuais, ela é bastante significati-va em números absolutos.

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Enquanto análise quantitativa, os mapas possibilita-ram a caracterização dos índices de evasão escolar e de re-novação de alunos em duas situações distintas: em anos intervalados, como na comparação do ano de 1842 em rela-ção ao de 1840, e também em anos imediatamente subse-qüentes, como no ano de 1847 em relação ao de 1846. Essas comparações nos levaram, em um primeiro momento, a ques-tionar se esses índices sofreriam mudança significativa em duas situações distintas, partindo-se da premissa que um aluno concluir as oito classes em que era dividida a escola de primeiras letras pelo método do ensino mútuo em tempo inferior a dois anos era uma possibilidade bastante rara.

Tabela 1 – Alunos que continuaram na aula X aluno novos 1842 1847 Nº % Nº % Continuaram 23 33,82 57 59,37 Novos 43 63,23 37 38,54 Prontos 02 2,94 02 2,08 Total 68 99,99 96 99,99

Pela tabela acima, pudemos considerar que um dos grandes problemas de permanência dos alunos na escola estava diretamente relacionado com o tempo necessário para a conclusão dos estudos, uma vez que, o percentual de alu-nos que continuaram na escola durante o período de dois aalu-nos, foi significativamente menor do que quando analisamos o mesmo fenômeno, detendo-nos apenas a anos subseqüentes. A categoria descrita na tabela como “continuaram” também nos serviu para o estabelecimento de um índice de evasão escolar nos anos estudados, o que mais uma vez comprovou a nossa afirmação anterior, de que a evasão re-almente era diretamente proporcional ao aumento do tem-po necessário para a conclusão dos estudos nessa escola.

Quanto aos concluintes, os chamados “prontos”, du-rante os quatro anos que estudamos esta aula, encontramos além dos citados na tabela acima, dois em 1842 e dois em 1847, foram em número de quatro em 1840 e dois em 1846. Os índices de conclusão dos alunos nesses mapas oscilaram, durante o período estudado, entre 3,9% e 1,85% dos alunos que saíram “prontos”, percentuais realmente baixíssimos.

Com relação aos alunos que fizeram seus primeiros contatos com a leitura, a escrita e a aritmética nessa escola, pudemos também através dos mapas escolares, caracterizá-los conforme aspectos outros, como o da legitimidade.

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bre esse aspecto, postulamos conhecer qual a estrutura fami-liar desses meninos, ou seja, qual a sua relação com as famí-lias, se enjeitados, legítimos, ilegítimos ou mesmo órfãos. Nesse ponto, encontramos variações bastante interessan-tes que se alternaram quanto a um maior número de alunos, definidos como filhos legítimos nos anos de 1840 e 1842. Sendo por sua vez, os alunos ilegítimos em maior número nos outros dois anos estudados.

A análise das informações contidas nos mapas do pa-dre Azevedo oferecem uma gama de possibilidades para a realização de análises muito mais vastas e ricas, como a com-posição étnica das classes, as idades de ingresso e de saída dos alunos, os destinos após a conclusão das primeiras le-tras e até o controle de vacinação, entre outros aspectos, mas que infelizmente, extrapolam os limites deste trabalho. Com isso, concluímos na expectativa de podermos em outra opor-tunidade continuar na caracterização não só do trabalho deste mestre, mas principalmente das possibilidades do acervo da seção colonial do APEB, não apenas sobre o método do ensi-no mútuo, mas principalmente sobre o cotidiaensi-no escolar du-rante os períodos colonial e imperial na Bahia.

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NOTAS

* Professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) –

DCH IV. Mestre em Educação pela UFBA (Filosofia e Histó-ria da Educação), Doutorando em Educação pela UFRN (Cul-tura e História da Educação).

1 Este termo é utilizado na documentação para diferenciar

aqueles que utilizavam exclusivamente o método de ensino mútuo, da grande maioria dos outros professores que utili-zavam uma espécie “híbrida” de método de ensino, conju-gando o mútuo e o simultâneo.

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