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Revista RN Econômico - Junho de 1979

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FORD F-7.000

GRANORTE VEÍCULOS E PEÇAS LTDA.

MATRIZ: Av. Salgado Filho, 2810 - Fones: 231-4586, 231-3097 e 231-4272. FILIAL: Rua Presidente Bandeira, 656 Fones: 231-4586.

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fftj ECONÔMICO

Revista mensal para homens de negócios

Expediente Sumário

Diretores-Editores M a r c o s A u r é l i o de Sá M a r c e l o Fernandes de O l i v e i r a G e r e n t e Administrativo M a u r í c i o F e r n a n d e s Redatores A d e r s o n França José A r i L u c i a n o H e r b e r t P a u l o de Souza L i m a P e t i t das V i r g e n s S á v i o X i m e n e s Correspondente e m Mossoró E m e r y Costa Diagramaçáo e Páginaçáo F e r n a n d o F e r n a n d e s Fotografias

João Garcia de Lucena Fotocomposição e M o n t a g e m

A n t ô n i o José D. B a r b a l h o F o r t u n a t o Gonçalves F r a n c i s c o das C. M a r t i n s

Consultores

P e d r o Simões Neto, A l c i r Veras da S i l v a , A l v a m a r F u r t a d o , D o m A n t ô n i o Costa, Cortez Pereira, D a l t o n M e l o , Dantas Guedes, D i ó g e n e s d a C u n h a L i m a , F e r n a n d o P a i v a , Genário Fonseca, Hélio A r a ú j o , J a y m e Santa Rosa, Janilson d e P a u l a Rego, João Frederico A b b o t t Galvão J r . , João W i l s o n M e n d e s M e l o , J o r g e Ivan Cascudo R o d r i g u e s , M a n o e l Leão Filho, M a r c o A n t ô n i o Rocha, M o a c y r D u a r t e , N e y Lopes d e Souza, D o m N i v a l d o M o n t e , O t t o de B r i t o G u e r r a , Paulo Gonçalves, Severino R a m o s d e B r i t o , T ú l i o Fernandes F i l h o , U b i r a t a n Galvão.

R N / E C O N Ô M I C O — Revista mensal especia-lizáda em assuntos econômico-financeiros do Rio Grande do Norte, é d e propriedade de R N / E C O N Ô M I C O E M P R E S A J O R N A L Í S T I CA L T D A . CGC n ° 08286320/000161 -Endereço: Rua Dr. José Gonçalves, 687 — Natal-RN — Telefone: 231-3576. Composição e impressão: E D I T O R A R N / E C O N Ô M I C O L T D A . — CGC n ° 08423279/0001-28 — Insc. Est. 20012932-5 - Endereço: Rua Dr. José Gonçalves, 687 — Natal-RN — Telefone: 231-1873. É p r o i b i d a a reprodução total ou parcial de matérias, salvo quando seja citada a f o n t e Preço do e x e m p l a r : Cr» 35,00. Preço da assinatura anual: C r t 280,00. Preço de n ú m e r o atrasado: C r t 40,00.

Reportagens

T u d o certo: D i s t r i t o Industrial S t p i u t B l B L i O T E C A A « R o d o v i a d o Sal» vai ter q u e esperar IBÍetáV 13 Planos de emergência: uma

h e r a n ç a do paternalismo 18

A remarcação de preços,

s e g u n d o os supermercados 24

T r a n s p o r t e s urbanos: um grande

p r o b l e m a chega às manchetes 28

U m novo t i p o de capim pode

. r e v o l u c i o n a r a pecuária do RN 33 M e r c a d o i m o b i l i á r i o em retração à e s p e r a da nova política do B N H 36 A ascensão e a queda do P r o g r a m a de Artesanato 41 A e s t a t í s t i c a do desemprego no RN:

p a r a cada vaga, 3 candidatos 50

C o m é r c i o natalense precisa de

i n c e n t i v o do Governo do Estado 54 U n i v e r s i d a d e cria fundação para

p r o m o v e r a pesquisa e a c u l t u r a 57 C i d a d e H o r t i g r a n j e i r a : u m projeto p a r a m e l h o r a r o abastecimento 59 RN e x p o r t a essências para as g r a n d e s p e r f u m a r i a s 62

S ecções

4 / 4 H o m e n s & Empresas 4 / 4 P á g i n a do E d i t o r 6 A g e n d a do E m p r e s á r i o 44' D i r e t o Econômico 66

Artigos

Pedro Simões Neto

U F R N : depois da maioridade, a m a t u r i d a d e Otomar Lopes Cardoso

F r o n t e i r a s do Desenvolvimento (2)

46

(4)

HOMENS & EMPRESAS

S H O P P I N G C E N T E R

L A G O A N O V A V E M A l

José

C E R T A —^Construções Civis triais Ltdajf anijjafia .que a suá

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- ^ , mpresâ e s t á u l t i m ^ n d o ^ a s ^Providências.pára fa?'

zer o lançanrt«,cit<!y4o Shopping Center La-goa Nova, um >f*açJe'rnobejjifíciq com loj$S jm

e salas comerciais' sitii'ádt)^:nr 'flijfenir"'**' K S a l g a d o Filho, nas p r o x i m i d a d e s do Su- * permercado Nordestão, n u m a das áreas d e m a i o r f u t u r o da cidade. Serão 28 lojas c o m 30 metros quadrados cada, e mais 24 salas com 36 metros de área ú t i l , além d e oferecer garagens, área verde, pas-seios, j a r d i n s internos, lanchonete e boa-te no subsolo. O e m p r e e n d i m e n t o vai c o r r e s p o n d e r , a preços de hoje, a um in-v e s t i m e n t o de Cr$ 30 milhões.

SPERB JÁ E X P O R T A FIOS PARA E U R O P A N E Y L O P E S E S T U D A A

C R I A Ç Ã O D E T R A D E C O M P A N Y

O a d v o g a d o e colaborador de R N / E C O N Ô M I C O , Ney Lopes de Souza, en-c o n t r a - s e em v i a g e m a P o r t u g a l e Espa-n h a , com o o b j e t i v o de m a Espa-n t e r coEspa-ntato c o m cooperativas artesanais e com em-presas comerciais ligadas ao comércio de a r t e s a n a t o , recolhendo subsídios para a f u t ú r a constituição de u m a trade com-pany, da qual participarão maioritaria-m e n t e emaioritaria-mpresários do Rio Grande do N o r t e . Ney levou consigo inúmeras a m o s t r a s de produtos artesanais da C O P A L A , cooperativa ligada à A r q u i d i o -cese de Natal, visando iniciar alguns ne-gócios. O regresso de Ney ocorrerá até o d i a 20 de j u l h o , e a p a r t i r daí ele inicia-rá u m a série de reuniões e de análises s o b r e a v i a b i l i d a d e da criação da trade company. F R I G O N O R T E L A N Ç A P R O D U T O S NO M E R C A D O Salomão Borges, d i r e t o r - p r e s i d e n t e do F R I G O N O R T E , d e m o n s t r a o maior e n t u s i a s m o pela receptividade que o m e r c a d o c o n s u m i d o r natalense t e m dado aos novos produtos da empresa. Já está s e n d o p r o d u z i d a uma tonelada diária de s a l s i c h a s , p r e s u n t o , f i a m b r e , salsicha pa-ra hot d o g , salsichão, bacon, paio, mor-t a d e l a , linguiças calabresa, popular, por-t u g u e s a , p e r n a m b u c a n a e gaúcha, e gra-ças à boa aceitação, logo a produção de-v e r á ser elede-vada para 3 toneladas. A frota d e c a m i n h õ e s de d i s t r i b u i ç ã o do F R I G O N O R T E está a t e n d e n d o normal-m e n t e não só a região do g r a n d e Natal, m a s já começa a abastecer t a m b é m a ci-d a ci-d e s ci-d o eixo N a t a l - M o s s o r ó e Natal-Cai-có. A aquisição da m a q u i n a r i a para bene-f i c i a m e n t o de carnes custou ao F R I G O N O R T E mais de Cr$ 2 milhões. P a r t e do i n v e s t i m e n t o foi coberta pelos l u c r o s da e m p r e s a no exercício de 1978: C r $ 1,6 m i l h ã o .

A Sperb do Nordeste S / A — Indústria T ê x t i l , e m b o r a a i n d a esteja em fase de i m p l a n t a ç ã o do seu projeto, já v e m pro-p o r c i o n a n d o 700 empro-pregos diretos no m u n i c í p i o de E d u a r d o Gomes e em maio ú l t i m o alcançou um f a t u r a m e n t o da or-d e m or-de Cr$ 37 milhões, p r o or-d u z i n or-d o em m é d i a 400 toneladas de fios finos de algo-d ã o , por mês. Nos p r i m e i r o s seis meses d e s t e ano, a Sperb já realizou exporta-ções para a Europa e para a A m é r i c a C e n t r a l no valor de Cr$ 10 milhões. So-m e n t e eSo-m d e z e So-m b r o p r ó x i So-m o ocorrerá a i n a u g u r a ç ã o da i n d ú s t r i a que ocupará

Q U E I R O Z O L I V E I R A R E P R E S E N T A I N V I C T A

Queiroz Oliveira — Material para Construção Ltda., empresa que lidera o c o m é r c i o de m a d e i r a no Rio Grande do N o r t e , visando atender a i n d a melhor a s u a c l i e n t e l a , passa agora a representar u m a c o m p l e t a l i n h a de m á q u i n a s para s e r r a r i a s e marcenarias. Contrato nesse s e n t i d o foi f i r m a d o por Miguel Oliveira, d i r e t o r da e m p r e s a , com a Indústria de M á q u i n a s Invicta S / A , considerada a m e l h o r fabricante de serras circulares, l i x a d e i r a s de fita, f u r a d e i r a s automáticas e t o r n o s do País.

u m a área coberta de 30 m i l metros qua-d r a qua-d o s e que chegará a proqua-duzir 600 to-n e l a d a s / m ê s . O g r u p o Sperb ceto-ntraliza as suas atividades no Estado do Rio G r a n d e do Sul, onde possui a Tecelagem Sperb S / A , a Sperb Corretora de Seguros e a Comercial Tecidos Sperb, esta ú l t i m a c o m p o s t a por uma rede de 11 lojas. No R N , os negócios do g r u p o serão d i r i g i d o s por Irineu Osvaldo Sperb, Roberto Quiri-no Sperb e Egydio Zilles. A nível de ge-r ê n c i a , ficage-rão José Moge-raes Oliveige-ra, Carlos Henrique Graehs e Alexandre Costa Varela.

B A N C O C O M I N D I N S T A L A F I L I A L E M N A T A L

A n t e s do dia 15 de agosto p r ó x i m o N a t a l estará incluída no rol das cidades alcançadas pelo Banco Comércio e Indús-tria de São Paulo S / A — C O M I N D . Os s e r v i ç o s de instalação da sua agência es-tão adiantados e a esta a l t u r a já foi defi-n i d o o defi-nome do seu geredefi-nte e defi-n t r e defi-nós: Péricles Wanderley. O C O M I N D chega a N a t a l graças ao empenho de Clóvis Pa-checo nesse sentido.

N O V A F Á B R I C A D E R . G U R G E L

D e n t r o das próximas semanas será i n i c i a d a a construção da nova f á b r i c a de lajes pré-moldadas Volterrana e dos mo-saicos Saci, e m Natal, q u e ocupará u m a á r e a c o b e r t a de 10 m i l metros quadrados e p o s s u i r á u m pátio para estoques de m a i s 30 m i l metros. O engenheiro Ronald G u r g e l , d i r e t o r do e m p r e e n d i m e n t o , i n f o r m a q u e a f á b r i c a ficará localizada no b a i r r o de Nazaré, p r ó x i m o à C i d a d e d a E s p e r a n ç a .

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HOMENS & EMPRESAS

R I O N O R T E - A M E T A

É O P R I M E I R O LUGAR

A Cia. Norte-riograndense de Crédi-to, Financiamento e Investimento — R I O N O R T E , financeira vinculada ao Go-v e r n o do Estado, tem como meta até o f i n a l deste exercício assumir a liderança e n t r e as instituições de crédito que a t u a m no seu setor em Natal. De acordo c o m as estatísticas da R I O N O R T E , o seu v o l u m e de operações em j u n h o triplica-r a m , com triplica-relação ao mês de maio. No m o m e n t o , as financeiras mais atuantes da praça são a F I N A S A e a F I N I N V E S T .

GRUPO P A U L I R M Ã O S SE D E S F A Z

U m a das sociedades mais tradicionais do Rio G r a n d e do Norte, Paula, Irmãos — Comercial Ltda., atuando no comércio de t r a t o r e s , máquinas agrícolas e eletro-d o m é s t i c o s nas cieletro-daeletro-des eletro-de Natal e Mos-s o r ó , acaba de Mos-ser deMos-sfeita, com a retira-d a retira-dos sócios Álvaro Paula retira-da Costa e seu f i l h o Francisco Cipriano de Paula Neto, a m b o s com funções gerenciais na orga-nização. Depois de se desligarem do gru-po, eles f u n d a r a m uma nova sociedade: Paula, Filhos — Comercial Ltda., que c o n t i n u a r á dedicada ao mesmo ramo, e o c u p a n d o em Natal o mesmo endereço e m q u e funcionava Paulirmãos. Todas as representações da empresa anterior se-rão m a n t i d a s pela nova. Ã frente de Paula, Filhos ficará Francisco Cipriano de Paula Neto.

E S C R I T Ó R I O D E A D V O C A C I A : M A R C O S S U B S T I T U I D I Ó G E N E S

C o m a escolha do advogado Diógenes da Cunha Lima para reitor da U F R N e seu consequente afastamento da ativida-de advocaticia, a chefia do seu escritório foi c o n f i a d a ao advogado Marcos Aurélio de Sá, q u e há três anos já v i n h a integran-do a e q u i p e de Diógenes. Continuam fa-z e n d o parte do escritório os advogados Itan Pereira, Delmita Zimmermann, Flávio Siminéa e Rosália Alves, que for-m a r a for-m u for-m a sociedade c i v i l de trabalho.

R. R. S U P E R M E R C A D O S JÁ C O M D U A S LOJAS

Ronaldo Méllo, d i r e t o r da empresa R R . Méllo Comércio e Representações Ltda., d e m o n s t r a g r a n d e entusiasmo ao c o m e n t a r os resultados experimentados pelas duas lojas dos seus R. R. Super-mercados, ambas localizadas no bairro do A l e c r i m . E m b o r a não possuam o porte de a l g u n s concorrentes, essas lojas ofere-c e m g r a n d e variedade de produtos e m a i o r c o m o d i d a d e á clientela.

A P E R N F E C H A S E M E S T R E C O M LUCRO DE 21 M I L H Õ E S

A Associação de Poupança e Emprés-timo Riograndense do Norte — A P E R N , e n c e r r o u o seu balanço do p r i m e i r o se-m e s t r e cose-m use-m lucro superior a Cr® 21 m i l h õ e s . Este ó t i m o resultado lhe permi-t i u c r e d i permi-t a r rendimenpermi-tos de 13,483 por c e n t o aos saldos das cadernetas de ppança no ú l t i m o t r i m e s t r e , quando as ou-tras instituições do setor ofereceram ape-nas 1 2 , 9 2 % . A A P E R N , em 30 de j u n h o ú l t i m o , m a n t i n h a u m v o l u m e de depósi-tos da ordem de Cr$ 330 milhões, e um v o l u m e de aplicações superior a Cr$... 800 m i l h õ e s .

C O M E Ç O U C O N S T R U Ç Ã O DO E D F . L U C I A N O BARROS

A ECOCIL — Empresa de Constru-ções Civis Ltda. já iniciou a construção do Edifício Engenheiro Luciano Barros, no c e n t r o de Natal, com frentes para as ruas João Pessoa, José de Alencar e General O s ó r i o . Este será o p r i m e i r o edificio-ga-r a g e m da cidade. Sua comeedificio-ga-rcialização se-rá i n i c i a d a nas próximas semanas. A d e n o m i n a ç ã o do prédio é uma homena-g e m que a ECOCIL presta ao seu ex-dire-t o r , falecido no inicio desex-dire-ta década.

C O M S E R V I N A U G U R A U M A N O V A LOJA

A C O M S E R V — Comércio, Repre-sentações e Serviços Ltda., empresa es-p e c i a l i z a d a no comércio de móveis, má-q u i n a s e materiais para escritórios em g e r a l , está i n a u g u r a n d o u m a nova loja em N a t a l , e através dela parte para con-q u i s t a r u m a nova faixa do mercado, ofe-r e c e n d o móveis e eletofe-rodomésticos, além de p r o d u t o s de decoração para o lar.

D U C A M P O E M N O V A S I N S T A L A Ç Õ E S

A D U C A M P O Agro Industrial e Co-mercial Ltda. concretizou a c o m p r a de u m edifício de três pavimentos na praça A u g u s t o Severo, bairro da Ribeira, e já i n i c i o u serviços de r e f o r m a para instalar n e l e sua loja matriz e todos os seus seto-res a d m i n i s t r a t i v o s . A c r e d i t a Sidney Fonseca, diretor da empresa, que até o f i n a l de agosto acontecerá a mudança da loja da rua Frei M i g u e l i n h o para o novo e n d e r e ç o . Por outro lado, o prédio onde f u n c i o n o u a f i r m a Nóbrega & Dantas, na r u a J u n q u e i r a A i r e s , está sendo ocupado pelos depósitos da D U C A M P O , e ali a e m p r e s a m a n t é m uma exposição perma-n e perma-n t e de máquiperma-nas e i m p l e m e perma-n t o s agrí-colas.

LOJISTAS DO NORDESTE SE R E Ú N E M E M N A T A L

P r o m o v i d o e patrocinado pela Fede-ração dos Lojistas do Rio Grande do Nor-te e pelo Clube de Diretores Lojistas de Natal, o 3° Encontro de Diretores Lojis-tas do Nordeste — de 12 a 14 de ju-lho — r e u n i r á nesta Capital nada menos de 350 empresários do comércio da re-gião c o m p r e e n d i d a entre os Estados da B a h i a ao M a r a n h ã o . Durante o conclave, a u t o r i d a d e s em economia e finanças do País, d e n t r e as quais Maurício Cibulares, Júlio Casoy e Camilo Calazans, farão c o n f e r ê n c i a s para os participantes. No d i a do encerramento, o presidente da Confederação Nacional dos Diretores Lo-jistas, Luiz Antônio Pereira da Silva, de-b a t e r á com os empresários nordestinos os p r o b l e m a s da c o n j u n t u r a e do comér-cio varejista brasileiro. Airton Costa e Zildamir Soares de Maria, presidentes dos órgãos de classe dos lojistas potigua-res, estão à f r e n t e das providências que g a r a n t i r ã o total sucesso à convenção.

D A T A N O R T E A C A M I N H O D A R E N T A B I L I D A D E

A Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Norte — D A T A N O R T E , empresa de economia m i s t a para atender aos órgãos da a d m i -n i s t r a ç ã o d i r e t a e i-ndireta do Estado, vi-nha f u n c i o n a n d o até o ano passado com g r a n d e s prejuízos. A partir deste ano, p o r é m , graças ao apoio que o governador L a v o i s i e r M a i a passou a emprestar à e m p r e s a , seguramente a D A T A N O R T E a t i n g i r á o ponto de e q u i l í b r i o e possivel-m e n t e terá lucro. Por deterpossivel-minação go-v e r n a m e n t a l , órgãos como a COSERN, C A E R N e Banco do Estado, que apesar de p e r t e n c e r e m à administração entrega-v a m os serentrega-viços de computação a f i r m a s p a r t i c u l a r e s , estão contratando estes ser-viços com a D A T A N O R T E , que por sinal j á v e m atendendo m u i t o bem ao

D E T R A N , Secretarias da Fazenda e da Administração, Banco Nacional do Norte e Banco do Estado de São Paulo.

M u r i l o Diniz, d i r e t o r - p r e s i d e n t e da Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Norte, assinala a

im-p o r t â n c i a de u m a decisão a d m i n i s t r a t i v a q u e p e r m i t i r á redução de custos e maior e f i c i ê n c i a para a empresa: a partir de a g o s t o , a D A T A N O R T E passará a funcio-nar n u m único prédio, à rua general João M o n t e i r o , onde até recentemente estava i n s t a l a d a a PLANOSA. No m o m e n t o , os setores a d m i n i s t r a t i v o s e técnicos da em-presa ocupam três residências na rua J u n d i a í , e n q u a n t o os seus computadores estão instalados no Centro Administrati-vo do Estado, n u m a distância em torno de 5 q u i l ô m e t r o s , o q u e tem provocado i n ú m e r o s c o n t r a t e m p o s .

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E por que não

N o s 20 anos de SUDENE, o aparato burocrá-tico, a tentativa de subordinar a economia ao arti-ficialismo de uma tecnocracia comandada por je-junos em prática econômica, fizeram do Nordeste uma região cada dia mais distanciada dos ideais do desenvolvimento nacional uniforme, defendi-dos pelo Governo brasileiro. Enquanto o Centro-Sul continua crescendo em índices altos, se indus-trializando cada dia mais, mecanizando e raciona-lizando sua agricultura, sofisticando o setor ter-ciário, consumindo sempre mais energia e bens de capital, a nossa região continua marcando o passo, sempre à espera de uma nova medida pa-ternalista do Governo Federal para não entrar em colapso. O Rio Grande do Norte, por exemplo, tem hoje perto de cem mil trabalhadores rurais subsistindo miseravelmente graças a um «plano de emergência», através do qual o poder público dá de-mão-beijada um salário mínimo a cada um. Não fosse assim, a população do interior estaria enfrentando um estado de calamidade pública, pois a estrutura econômica existente não tem ca-pacidade de gerar sequer a alimentação do povo.

N

I uma análise fria, descompromissada, pode-mos dizer que a SUDENE tem feito muito mal ao Nordeste nos seus controvertidos 20 anos de exis-tência, a partir da imposição de uma politica de desenvolvimento formulada nos gabinetes refri-gerados, pela qual se empresta ênfase e impor-tância ao crescimento industrial e se deixa de lado a necessidade evidente de mudança da estrutura do setor primário. Qualquer iniciado em economia sabe que o crescimento industrial não acontece

por decreto ou por portaria, ou pela doação pura e simples de capital para que se construam fábri-cas e usinas. Sem infra-estrutura, vocação natu-ral, condições de competitividade, nenhum em-preendimento industrial pode ter êxito. Mas os técnicos da SUDENE parecem ter esquecido repe-tidamente esse princípio, aprovando projetos que mesmo depois de uma década de implantados continuam na dependência de novos subsídios ofi-ciais, sendo «reformulados», «ampliados» e «mo-dernizados», sob pena de falirem. Isto, é claro, sem falar num grande número de empreendimen-tos que a sábia imaginação popular batizou de «projetos-caveiras», porque pararam nas funda-ções, colunas e vigas de cimento armado, depois de consumirem o dinheiro-fácil do 34/18 e do FINOR.

N a maioria dos casos, a indústria nordestina continua se abastecendo de matéria-prima pro-cedente do Centro-Sul. E como o Nordeste não se constitui em bom mercado consumidor, por conta de pobreza da sua população, a maior parte dos produtos aqui industrializados voltam para a co-mercialização no Centro-Sul. Por outro lado, em-bora exista disponibilidade de mão-de-obra mais barata nos Estados nordestinos, ela aqui é menos qualificada, o que quase sempre impossibilita a nossa indústria de fabricar produtos com um bom padrão de qualidade. Assim, onerando os custos dos seus produtos com o frete cada dia mais caro, tendo que mobilizar a um custo alto os seus depar-tamentos de compra e de venda para adquirir ma-téria-prima e comercializar produtos acabados em

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Página do Editor

extinguir a SUDENE ?

»

áreas muito distantes, a indústria nordesti-na — salvo exceções — vem definhando, traba-lhando sem lucros, pagando um preço alto pela ousadia de concorrer com os grandes parques in-dustriais de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Hori-zonte.

A SUDENE continua, por seu lado,

divulgan-do estatísticas otimistas, dizendivulgan-do ao Brasil que implantou mais de mil indústrias no Nordeste e que já criou cerca de 300 mil empregos. Mas não mostra que o povo da região perde cada vez mais o seu poder aquisitivo, que a agricultura e a pe-cuária estagnaram e que as indústrias, situadas nos grandes centros, longe de representarem be-nefício social, estão servindo para provocar a «inchação» das cidades, cada vez mais atingidas pela insegurança, pelo desemprego, pela fome, pela falta de escolas e de hospitais. São exatamen-te as indústrias, sem vagas nos seus quadros, que estão atraindo a população rural para a zona urba-na.

Q u a n d o o Governo dos Estados Unidos quis desenvolver Porto Rico não montou organismos oficiais nem estabeleceu critérios intervencionis-tas na sua economia. Procurou solução lógica, de acordo com as regras econômicas: assegurou van-tagens reais para que os investidores americanos que ali aplicassem não saíssem perdendo. Por exemplo: deu isenção de Imposto de Renda e de todos os outros tributos federais a qualquer

indús-tria que se instalasse naquela ilha do Caribe in-cluída no mapa dos Estados Unidos. Não coube ao Governo destinar um centavo dos seus recursos para implantar projetos. Pelo contrário, essa ini-ciativa foi espontânea e inteiramente financiada por milhares de investidores particulares que, certamente, fizeram ótimo negócio, pois todos prosperaram e o padrão de vida de Porto Rico hoje é tão elevado quanto o das mais ricas regiões nor-te-americanas. E o Governo americano também deve estar ganhando muito pois a renda da

popu-lação é alta, o que significa que agora tem muita gente pagando impostos.

E por que não se extingue a SUDENE no

Nordeste? Se ela fracassou nos seus primeiros 20 anos, não será nos próximos 20 que ela vai ter su-cesso. O dinheiro que se gasta na manutenção da sua máquina administrativa — que não é pou-co — poderia ser, por exemplo, investido na pou- cons-trução de hospitais infantis para que as crianças do Nordeste não continuem morrendo em número tão alarmante. E se o Governo quer mesmo ajudar a região, se quer mesmo promover o nosso pro-gresso, conceda 20 anos de total isenção de im-postos federais aos investidores que aplicarem aqui os seus recursos em projetos econômicos de qualquer natureza. E vamos acabar de vez com a «indústria» dos projetos e com o paternalismo que insulta a honra e a inteligência dos nordestinos.

M a r c o s A u r é l i o de Sá

(8)

Na hora em que o

pessoal que tem

dinheiro na Poupança

está rindo à toa com

os seus rendimentos,

a APERN oferece

um motivo a mais

para seus depositantes

aumentarem o sorriso:

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MELHOR APLICAÇÃO

Mais uma vez a Poupança foi o papel que ren-deu mais. No último trimestre, os seus rendimentos foram de 12.926%. Nenhuma outra aplicação ren-deu tanto.

VEJA COMO A POUPANÇA

NA APERN REND&MAIS

As outras cadernetas pagam juros e só a APERN paga dividendos. Em todas as Cadernetas o valor do dinheiro é reajustado trimestralmente, todas tem a mesma correção monetárià. Os juros são limitados em 6% ao ano; os dividendos são limitados apenas no mínimo de 6%, mas, ilimitados no máximo. O que a APERN paga a mais do' que as outras Cadernetas é nos dividendos, a RENDA EX-TRA . A caderneta de Poupança APERN é diferen-te apenas porque paga mais, oferecendo a mesma segurança e todas as mesmas vantagens das outras Cadernetas.

POUPANÇA NA APERN

RENDE MAIS AINDA

A Poupança na APERN rendeu ainda mais. Porque oferece todas as vantagensdás outras Cader-netas de Poupança e mais RENDA EXTRA, a Poupança na APERN rendeu 13.483% no trimestre.

GANHE INTEGRALMENTE A RENDA

EXTRA QUE SÓ A APERN PAGA

Agora, a APERN estabeleceu a RENDA EX-TRA sobre os depósitos no primeiro semestre do ano. Essa RENDA EXTRA será creditada na sua conta em outubro, sobre o seu saldo médio do primeiro semestre. A RENDA EXTRA do segundo semestre, será paga em abril. Por Isso não mexa na sua poupança. Poupe na APERN. Com RENDA EXTRA um dia o seu TOSTÃO

vai virar BARÃO.

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A Caderneta de Poupança do Rio Grande do Norte rende mais porque * a única que paga RENDA EXTRA.

(9)

PLANEJAMENTO

TUDO CERTO: DISTRITO INDUSTRIAL

FICARÁ MESMO EM EXTREMOZ

Finalmente, estão chegando ao fim os estudos para implantação do

Distrito Industria! de Natal, depois de quase 20 anos de discussões. Já se

sabe que ele ficará localizado nas proximidades da Lagoa de Extremoz e

várias indústrias já começam a convergir para aquela área.

A fase mais otimista de cresci-m e n t o do setor industrial no Nordes-te foi superada. Acreditavam os go-v e r n a n t e s dos anos sessenta e da primeira metade desta década que bastariam os benefícios dos artigos 3 4 / 1 8 da SUDENE e o trabalho de relações públicas dos escritórios de representação dos Estados nordesti-nos no Sul do País, para que os seus Estados se enchessem de chaminés. M a s logo o 34/18 confundiu-se com corrupção e o empresariado passou a procurar motivos mais convincentes para investir na industrialização do Nordeste.

Assim, passou a ser necessário aos Governos dos Estados da região construir um sistema de atração, com vantagens efetivas a oferecer, tais como a isenção parcial de im-postos (ICM), participações acioná-rias, financiamentos a juros subsi-diados pelos bancos de desenvolvi-mento, doação de terrenos para construção de fábricas em locais atendidos com toda a infra-estrutura necessária, etc. Çs Governos mais dinâmicos e com maiores recursos, como Pernambuco, Bahia, Ceará e Paraíba, conseguiram maior êxito n e s s e trabalho, atraindo maior nú-m e r o de indústrias .-Os outros, conú-mo ó do Rio Grande do Norte, tiveram de se limitar a encomendar projetos

e a criar sociedades de economia

mista para atuar no setor industrial, g e r a l m e n t e fracassando nesse inten-to. No Governo Tarcísio Maia, por exemplo, não deu para se contar, em q u a t r o anos, nem quatro indústrias novas, implantadas no Estado com

R N / E C O N Ô M I C O - J u n h o / 7 9

alguma forma de apoio oficial.

DISTRITO INDUSTRIAL — Uma

das necessidades básicas para que o Rio Grande do Norte possa oferecer algum tipo de vantagem ao empre-sário que aqui planeja investir em industrialização, é um distrito indus-trial dotado de infra-estrutura. Esta idéia é mais ou menos aceita por todos os governantes, desde os últi-mos 20 anos, mas nenhum conse-guiu executá-la. Aluízio Alves, que governou de 1961 a 1966, já acredi-tava na possibilidade da industriali-zação do Rio Grande do Norte, e che-gou a discutir com os técnicos a im-plantação de um distrito industrial em Natal. No quadriénio seguinte, o governador Walfredo Gurgel, sen-tindo a irreversibilidade da expan-são industrial nordestina (estava-se na fase áurea do 34/18), chegou m e s m o a criar uma empresa de eco-nomia mista para dar apoio aos in-vestidores que viessem para o Rio G r a n d e do Norte e também para, en-tre outras coisas, cuidar da implan-tação de uma área própria para lo-calizar as indústrias. Era a COFERN (Companhia de Fomento Econômico do Rio Grande do Norte), que mais t a r d e se transformou no atual Banco de Desenvolvimento do Estado. O distrito industrial ficou somente nos d e b a t e s e a COFERN, realmente, não pôde fazer mais do que promo-ver algumas campanhas publicitá-rias no Sul do País, tentando mostrar q u e investir no RN seria um bom ne-gócio. De fato, algumas indústrias foram atraídas, mas se instalaram

desordenadamente em Natal e mu-nicípios vizinhos.

OS PRIMEIROS PASSOS — Foi

no Governo de Cortez Pereira (1971 a 1'975) que o velho projeto do distrito industrial deu seus primei-ros passos rumo à implantação. Nes-se Governo, foi firmado convênio e n t r e o BDRN, a Universidade Fede-ral de Pernambuco (UFPE) e a SUDENE, para realização de estu-dos preliminares e escolha da região i que reunisse condições favoráveis

para a instalação de indústrias. Os técnicos recrutados pelo convênio escolheram o município de Extre-moz, considerando — entre outros aspectos — a solução rodoviária, o sistema de energia elétrica, a dispo-nibilidade de recursos naturais, a localização na área de projetos de conjuntos habitacionais, e até a dire-ção e velocidade dos ventos. O es-tudo ainda foi apresentado à Com-panhia de Distritos Industriais de Minas Gerais (CDI/MG) que o ratifi-cou, considerando-o satisfatório.

A Tarcísio Maia, sucessor de Cortez, caberia executar o projeto, visto que sira viabilidade já fora a t e s t a d a . Apesar disto, por excessi-va cautela, ele mandou proceder a novos estudos de pré-implantação, em que foram consumidos alguns milhões de cruzeiros oriundos de recursos do Ministério da Indústria e Comércio, Plano de Integração Na-cional (PIN) e SUDENE. E, ao final de quatro^anos, tudo continuou no papel, aliás como a quase totalidade dos projetos do Governo de Tarcísio

9

(10)

PLANEJAMENTO

Maia. No mesmo período foi criada u m a empresa de economia mista, a Companhia de Distritos Industriais (CDI), com a responsabilidade de implantar e dirigir as obras.

0 DISTRITO, TEORICAMENTE

— O distrito industrial ocupará, teoricamente, uma área de 562 hec-t a r e s no município de Exhec-tremoz. Tomando-se como referência o eixo da estrada que liga o tronco Natal-Ceará Mirim àquele município, a área destinada ao D. I. tem 500 me-tros de cada lado, e termina na linha ferroviária. Representa uma área de aproximadamente 5 milhões de me-tros quadrados.

Dois grupos empresariais já pre-t e n d e m se inspre-talar na região, embo-ra não exatamente no distrito indus-trial, mas, nas cercanias: a SIDERNOR (Siderúrgica JOSSAN S/A), empreendimento que deverá reunir capital de várias fontes, in-clusive externas; e a CERMA (Cer-vejarias Maranhenses), que preten-de instalar mais uma fábrica na re-gião: a Cervejaria Nordeste S. A.

O primeiro projeto será instalado a 5 quilômetros de distância do dis-trito, numa área de 110 hectares. O segundo, ocupará 30 hectares, em á r e a também marginal ao D. I. Am-bos os projetos, todavia, serão bene-ficiados pelas obras de infra-estrutu-ra que o Governo executará na re-gião, bem como serão beneficiados pelos projetos de construção de conjuntos residenciais que já estão s e n d o executados nas proximidades da á r e a .

OS OBJETIVOS — S e g u i d o José

P e g a d o , diretor da CDI, a preocupa-ção do atual Governo Estadual é po-d e r , a curto prazo, oferecer às em-p r e s a s que em-pretendam se instalar no Rio Grande do Norte subsídios e condições infra-estruturais, tais co-mo terrenos apropriados, servidos de á g u a e energia, "capazes de

sen-sibilizar o investidor e decidí-lo pela implantação de sua indústria, no nosso Estado". Todavia, assegura

q u e com a criação do distrito indus-trial em Natal "não significa que o

Governo venha a impor condições de localização a qualquer grupo que

de-10

José Pegado: " O Governo oferecerá vantagens às indústrias que optarem pela

localização no Distrito I n d u s t r i a l " .

seje investir no Estado e sim, disci-plinar essa localização, oferecendo maiores vantagens, a partir de uma infra-estrutura já instalada". Se o

empreendedor optar pela alternativa de se instalar nas margens da BR-101, no município de Eduardo Gomes, "terá, evidentemente,

liber-dade para escolher" — continua o

diretor da CDI — "mas terá

aumen-tados os custos de implantação, uma vez que não encontrará ali os recur-sos necessários à instalação de sua indústria". Informa, finalmente,

que ' 'dentro do Dl/Natal, as

indús-trias terão despesas apenas com a extensão, da rede principal até sua sede, de água, esgotos e energia elé-trica — já que o Estado oferecerá esses insumos através de uma rede que circundará todo o distrito''.

OS TERRENOS — José Pegado

informa que os terrenos serão co-mercializados da seguinte forma:

' 'Por aquisição direta do interes-sado, a baixo custo; ou o valor do terreno poderá ser transformado em ações da indústria, passando a CDI a participar acionariamente da em-presa ''.

Ressalva, entretanto, que esta participação "poderá reverter ao

grupo dominante depois de dez anos, de acordo com regulamento do DI".

Os proprietários de terras na área delimitada para o distrito industrial serão indenizados, posto

que o Governo considerará a região como de interesse público. O diretor da CDI acrescenta que "o Governo

já está realizando o cadastramento dos proprietários, para depois proce-der às avaliações''. Quanto aos

pre-ços, ainda não pode estimá-los, mas tem a referência do preço recente-m e n t e pago, por recente-metro quadrado, pelo Governo da Paraíba, ao desa-propriar terras para o distrito indus.-trial de João Pessoa: CrS 4,00. "O

preço será o mais viável, não se dis-tanciando muito dos preços verifica-dos em outros Estaverifica-dos, levando-se em conta que o Governo ainda irá investir nas obras de infra-estrutura. Não poderá ser alto o valor das desa-propriações, pois nossa oferta de condições aos investidores terá de ser inferior à dos Estados vizinhos, que são os nossos competidores na captação de projetos industriais".

HABITAÇÃO — A Companhia

de Habitação Popular do Rio Grande do Norte (COHAB-RN) dará suporte ao DI, realizando projetos de cons-trução de novos conjuntos residen-ciais nas proximidades de sua área. O plano de expansão da COHAB, por sinal, já prevê a construção de mais 8 mil casas populares em Natal, nos próximos anos, das quais cerca de 4 mil poderão ser localiza-das nas proximidades do distrito industrial. Com esta possibilidade e mais com a existência de 4 mil uni-d a uni-d e s já construíuni-das na região, nos últimos anos, o DI teria mais um da-do positivo na seleção de alternati-vas oferecida ao investidor: a fixação da mão-de-obra nas proximidades das indústrias.

A CERVEJARIA — Sérgio

Al-verga, distribuidor da CERMA em Natal, explica porque o grupo pre-t e n d e implanpre-tar a indúspre-tria em Ex-tremoz:

' 'O que decidiu favoravelmente a Extremoz foram as características de nivelamento do terreno e a proxi-midade da lagoa, de cuja água a indústria irá se utilizar e que é de boa qualidade".

O grupo CERMA se compõe atualmente de três cervejarias: CERPASA (Cervejaria Paraense

(11)

PLANEJAMENTO

S. A.); CERVEMAR (Cervejaria do Maranhão) e CERPI (Cervejaria Piauiense). O novo empreendimen-to, localizado em Natal, terá para atender toda a região: Cervejaria do Nordeste S. A. Segundo Alverga, o terreno adquirido pelo grupo (30 hectares) custou cerca de Cr$ 8 mi-lhões e, nos estudos de viabilidade econômica, o projeto contou com o apoio da Secretaria de Indústria e Comércio "que além disto, colocou à

disposição da empresa os incentivos próprios do distrito industrial, de-vendo com isto a Cervejaria se bene-ficiar de toda a estrutura dotada pelo

D. ]., apesar de não se encontrar dentro dos seus limites". Embora

não faça parte da empresa como acionista, Sérgio colabora com o em-preendimento como distribuidor, participando, portanto, dos anda-mentos das negociações. "O projeto

da fábrica deverá ser iniciado ainda este ano, em ritmo acelerado, pois sua conclusão está prevista para 1981, quando deverá — na primeira etapa de fabricação — produzir 500 mil hectolitros/ano''. O projeto

rece-be incentivos da SUDENE; embora a construção das instalações se faça com recursos próprios. Acrescenta o distribuidor da CERMA que a Cer-vejaria oferecerá 800 empregos dire-tos e 4 mil indiredire-tos.

A SIDERÚRGICA — A

SIDER-NOR (Siderúrgica JOSSAN S. A.) t a m b é m ocupará uma grande área nas proximidades da lagoa de Extre-moz, embora, tanto quanto a CERMA, não integrando os limites do distrito industrial. A Indústria JOSSAN S/A, de Natal, divide com um grupo paulista a composição acionária da SIDERNOR. O empre-endimento é definido por Abelírio Rocha, diretor da JOSSAN, como "a

locomotiva que vai despertar o polo metal-mecânico do Rio Grande do Norte". Explica o diretor da

JOSSAN que a indústria não se lo-calizará na área do D. I. por não se adaptar às dimensões do próprio dis-trito. Só a área ocupada pela SIDERNOR será de 110 hectares, ou seja, quase 20% de todo o D. I. mas, se localiza nas suas proximidades.

' A SIDERNOR — segundo

Abe-R N / E C O N Ô M I C O — J u n h o / 7 9

Sérgio Alverga: " A fábrica de cerveja será iniciada ainda

este a n o " . \

lírio — contou com o apoio efetivo do

governador Tarcísio Maia, que foi vitorioso na disputa com outros Es-tados, inclusive o Ceará, e já rece-bemos do CONSIDER a resolução que concede ao Rio Grande do Norte sua siderúrgica, considerada de grande porte não só pela sua capaci-dade de produção de 120 mil tonela-das de aço/ano, mas pelo valor do investimento, orçado em 48 milhões cle dólares".

Para se ter uma idéia do porte da SIDERNOR, basta que se acrescente um indicativo do consumo de ener-gia: "Teremos energia própria,

re-presentada por uma entrada de 230 mil volts, recebidos diretamente da CHESF" — informa o diretor da

JOSSAN.

Apesar de não se instalar nos limites do D. I., a SIDERNOR rece-berá incentivos indiretos do sistema distrital: acesso rodoviário, água, esgotos, rede telefônica, conjuntos residenciais, nas proximidades, além da participação acionária do Estado, representada pela subscri-ção de suas ações pelo BDRN.

Abelírio Rocha acha que o DI de Natal é um projeto importante, mas se arrasta morosamente em sua defi-nição. Ainda assim, encontra uma razão para isso: ' 'No meu entender a

tendência à lentidão das obras do DL está explicada pela dependência às iniciativas do Governo Federal, que é quem fornece recursos. Mas, no Governo Lavoisier Maia, tenho certeza, de que ele será definido e

Abelírio Rocha: " N o Governo de Lavoisier Maia, o Distrito

Industrial s a i " .

terá sucesso, pois esse Governo tem por característica a ação de conti-nuar a dinamizar as obras deixadas por seu antecessor".

POLO METAL-MECÂNICO —

Abelírio Rocha acredita que a SIDERNOR será, ela própria, fator de influência para localização de ou-tras indústrias no DI pois esta ini-ciará o polo metal-mecânico do Esta-do, capaz de interessar a inúmeras indústrias do setor, considerando-se o suprimento de base oferecido pela SIDERNOR. Declara ele:

"Com o polo metal-mecânico, outras indústrias se instalarão aqui e o Estado terá condições de aumentar sua arrecadação ao ponto de se des-tacar nacionalmente, além de ficar definitivamente estabelecida a voca-ção mineral do Rio Grande do Nor-te".

A SIDERNOR estará funcionan-do com toda sua capacidade produti-va a partir de 1984. Entretanto, a primeira fase de funcionamento está prevista para 1982. Inicialmente, sua matéria-prima básica será a sucata de ferro e aço. Depois, utili-zará o ferro guza das jazidas de ferro já descobertas na zona Seridó do

Estado. Oferecerá 1.100 empregos diretos, além de importar tecnologia do Sul e Centro-Sul do País, o que certamente modernizará e especiali-zará o nosso setor industrial.

As obras de construção civil da SIDERNOR deverão ser iniciadas entre julho e agosto próximos.

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(13)

1

TRANSPORTES

A «RODOVIA DO SAL» VAI

TER QUE ESPERAR

Apesar de definida como essencial à economia do Rio Grande do Norte, a

Rodovia BR-406, conhecida como «Estrada do Sal», vai ter que esperar,

muito embora sua conclusão dependa apenas do recapeamento do trecho

Natal-Ceará Mirim e do asfaltamento de João Câmara-Macau.

O projeto de pavimentação da es-t r a d a João Câmara-Macau eses-tá pronto desde 1976. O ex-Presidente Geisel, há cinco anos atrás, já havia determinado prioridade na conclu-são da BR-406. Macau se afirma co-mo o maior produtor de sal do País e •como futuro produtor de barrilha,

sem contar com o excelente poten-cial de calcário da sua região. Como a indústria de base, a fábrica de bar-rilha possibilitará a implantação de inúmeras atividades-satélites, tais como a indústria vidreira, que de-p e n d e m de matérias-de-primas básicas produzidas em Macau e cercanias.

Entretanto, todos estes motivos não foram suficientes para determi-nar a prioridade na construção do trecho João Câmara-Macau, pois a execução do projeto não consta do programa de obras do DNER para este ano. Enquanto isso, a BR-406 continua em barro batido, chegando a ficar intransitável em algumas épocas do ano, com visível prejuízo para o escoamento e abastecimento de produtos necessários à região.

DEFINIÇÃO DE PRIORIDADE

— Afinal, qual é o critério de priori-d a priori-d e no tocante à construção priori-de es-t r a d a s , para os Governos? O Gover-no do Estado, através do DER, pavi-mentou nos últimos quatro anos mais de 500 quilômetros de estradas

co m asfalto, interligando, na

maio-ria dos casos, pequenos povoados

s em maior importância econômica. R N / E C O N Ô M I C O — Junho/79

Ubiratan Galvão: " S e a estrada não sair, a barrilha será transportada pela via férrea''.

E verdade que a BR-406 é de jurisdi-ção federal. Mas, o trecho João Câmara-Macau tem pouco mais de 100 quilômetros e é de vital impor-tância para o desenvolvimento eco-nômico estadual. A burocracia ofi-cial, porém, parece não ter se sensi-bilizado com o argumento econômi-co.

O diretor-geral do DER, enge-nheiro Hélio Rocha, revela que no Governo passado acompanhou Tar-císio Maia, o recém-eleito Lavoisier Maia e o chefe do 14° Distrito

Rodo-viário do DNER, engenheiro Janduí Leite, para uma reunião com a dire-toria do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, em que dis-cutiriam a possibilidade de ser dele-gado ao Governo Estadual a conclu-são da rodovia. A idéia do então governador Tarcísio Maia era a de recuperar a estrada e dar manuten-ção permanente até que o Governo Federal tivesse condições de realizar definitivamente a obra. A proposta não foi aceita, segundo Hélio, "por

motivo de desentendimentos",

ape-sar do projeto se mostrar viável co-mo obra imediata. Informa ainda o diretor do DER que os serviços cons-tariam basicamente de "grade

(ni-velamento da estrada) com constru-ção de taludes e calçamento asfálti-co de forma definitiva, que não acar-retariam empecilhos à execução do projeto global, pois em nada afeta-riam o traçado da estrada''.

PROMESSAS — Formou-se,

d e s d e então, uma frente ampla in-formal para a conclusão da Rodovia do Sal. O diretor-geral do DER, o chefe do 14° DR do DNER e o enge-nheiro Ubiratan Galvão, assistente de implantação da ALCANORTE, capitaneados pelo ex-governador Tarcísio Maia e governador Lavoi-sier Maia, são os integrantes dessa «frente». Ouvidos pela reportagem de RN/ECONÔMICO, garantiram que terão uma reunião com o minis-tro dos Transportes, Elizeu Resen-de, para estudarem senão a possibi-lidade de construir toda a BR-406,

(14)

TRANSPORTES

pelo menos o trecho que liga João Câmara a Macau ser objeto de me-lhoramentos básicos até a obra defi-nitiva.

A alternativa de apenas melhorar o trecho não satisfaz e é temerária, desde que não haja o comprometi-mento formal do ministro de inclu-são da obra no próximo programa de execução do DNER. A explicação é lógica e simples: se todos os esforços realizados até agora não consegui-ram sequer uma solução provisória, por quê exatamente agora, na épo-ca em que o Governo Federal pre-t e n d e desacelerar os programas de investimentos públicos, a solicita-ção sensibilizaria os órgãos compe-t e n compe-t e s ?

O CUSTO DA RODOVIA — Em

1976, o orçamento da obra se aproxi-mava dos Cr$ 900 milhões. Conside-rando-se os índices inflacionários d e s s e último triénio, não é difícil ad-mitir-se uma duplicação desse valor. Esta realidade de preços talvez torne a obra senão descartada dos planos do Governo Federal, pelo menos adiada em função de outras priorida-des, tais como o discutível projeto da Barragem Engenheiro Armando Ri-beiro Gonçalves, no Baixo-Açu — e a própria parcimônia nos gastos pú-blicos definida como política anti-inflacionária. Não obstante, o secre-tário de Transportes, Vauban Faria, ataca em outra frente, pleiteando junto ao DNER recursos para a re-cuperação da estrada Natal-Ceará Mirim, integrante do complexo da BR-406 e tão carente quanto o tre-cho João Câmara-Macau. O deputa-do Antônio Florêncio informou à im-p r e n s a que este im-pleito já havia sido atendido. O trecho Natal-Ceará Mi-rim é também importante, não só por integrar a rodovia em termos globais, mas também por permitir o escoamento da produção agrícola dos municípios de Taipu e João Câ-m a r a , coCâ-mo das agroindústrias loca-lizadas no município de Ceará Mi-rim.

Jandui Leite não sabe explicar a razão de tanta demora na

construção da rodovia.

A rodovia BR-406 se inicia logo após a ponte de Igapó e se estende até a cidade de Macau, passando por Ceará Mirim, Taipu e João Câmara. As obras necessárias à conclusão da rodovia começam pelo trecho Natal-Ceará Mirim, segundo o engenheiro Marcelo Cabral, chefe de Planeja-mento do 14° DR/DNER: "A faixa

que liga Natal a Ceará Mirim será ampliada nas laterais para 70 me-tros. A faixa atual será alargada com mais 40 metros a partir do meio-fio da direita e 30 metros do lado es-querdo". Os terrenos e construções

atingidos por esta ampliação serão desapropriados e indenizados. "De

Ceará Mirim em diante —

prosse-g u e Marcelo Cabral — a larprosse-gura

compreenderá os 7,20 m. com calça-mento asfaltado, mais 2,50 m. de acostamentos laterais ".

NÃO HÁ EXPLICAÇÃO —

Quando o ex-Presidente Geisel este-ve em Natal, há quatro anos atrás, para participar da assembléia de constituição da ALCANORTE (Álca-lis do Rio Grande do Norte S. A.),

re-conheceu a importância da estrada e determinou os estudos para sua con-clusão. Informa o chefe do 14° DR/DNER engenheiro Jandui Leite, que a partir da disposição do Presi-d e n t e Presi-da República, o DNER iniciou um projeto vultoso, que foi concluído em 1976. Jandui Leite não sabe in-formar "a razão da paralisação, da

própria demora na autorização para execução do projeto. Só sei que não será pura este ano, pois ele não fez parte do programa de execução do DNER '.

O chefe do 14° DR não se adianta nas explicações por ser o órgão que administra apenas de execução, con-forme explica. Contudo, ainda tenta uma explicação: "Falta de

dinhei-ro — pois quanto à importância da estrada não há mais dúvida, é clara e irreversível; é prioritária e vital para o crescimento da região salineira do Estado, não bastasse ò que repre-senta a fábrica de barrilha para o País, considerando que o mercado interno vive na dependência da im-portação ''.

De resto, não há explicação con-vincente para ninguém. Principal-m e n t e quando se sabe que o projeto do Baixo-Açu, cujo produto social e econômico é posto em dúvida, con-sumirá pelo menos três vezes mais recursos que o necessário para con-clusão da estrada. Pelo menos é assim que pensam os proprietários açuenses, os moradores de São Ra-fael e setores significativos da eco-nomia e da política local. Então, cer-t a m e n cer-t e , não será por falcer-ta de di-nheiro. Talvez, por indefinição de critérios de prioridades.

VOLUME DE TRÁFEGO — O

projeto, para efeito de aplicação de recursos, está dividido em três lotes: o primeiro, compreendendo Natal-João Câmara, com 73 quilômetros, está orçado — a preços de

1976 — em 250 milhões de

(15)

TRANSPORTES

ros; o segundo, que vai de João Câ-mara até 53 quilômetros à frente, consumiria Cr$ 200 milhões; o ter-ceiro e último chegaria até Macau, cobrindo um percurso de 50 quilô-metros e foi orçado em Cr$ 230 mi-lhões.

Para aferir a importância da ro-dovia em termos de utilização, o DNER realizou um serviço de levan-t a m e n levan-t o do volume de levan-tráfego, cuja contagem foi fçita entre os meses de janeiro a dezembro do ano passado. Os resultados médios registrados fo-ram os seguintes: no primeiro tre-cho — de Igapó ao entroncamento com a RN-160 — trafegaram 2.500 veículos diariamente; no segun-do — segun-do entroncamento até Ceará Mirim — registrou-se a média de 1.000 veículos; no terceiro tre-cho — de Ceará Mirim a João Câma-r a — o movimento caiu paCâma-ra 500 veí-culos/dia; finalmente, de João Câ-m a r a até Macau, o Câ-moviCâ-mento de t r á f e g o diário é de apenas 200 veícu-los.

Talvez estes números tenham es-friado o projeto. Afinal, um investi-mento tão vultoso para uma utiliza-ção tão precária — de apenas 200 veículos, no trecho João Câma-ra-Macau. Todavia, este resultado é uma consequência do péssimo esta-do de conservação da estrada, em al-g u n s pontos cheal-gando a ser intran-sitável, situação que se agrava mais ainda durante o inverno. Por isso, o DNER fez uma projeção — modes-ta — considerando o progresso da região e as condições de tráfego da estrada, em que considerava um au-mento de volume em cerca de 20% sobre a média verificada.

A ESPERANÇA E AS ALTER-NATIVAS — Agora, que o

ex-gover-nador Tarcísio Maia assumiu a pre-sidência da ALCANORTE, aumen-taram as expectativas — e as espe-ranças — de que a conclusão seja afinal decidida pelo Governo Fede-ral. Os que acalentam esta esperan-ça, contam com o prestígio do

ex-go-15 R N / E C O N Ô M I C O - J u n h o / 7 9

vernador junto a determinados esca-lões do Governo Federal e o seu in-teresse direto na obra que beneficia-ria a própbeneficia-ria fábrica de barrilha. Entretanto, não é demais lembrar do insucesso da primeira tentativa rea-lizada pelo presidente da ALCANORTE à época em que era governador do Estado.

Ubiratan Galvão, encarregado da implantação da fábrica de barrilha, acredita que o projeto de comple-mentação da estrada será realizado até 1981 e fundamenta esta certeza pela coincidência do prazo: 1981 é a data prevista para inauguração da fábrica de barrilha. Todavia, Ubi-ratan se previne: "Se por qualquer

motivo a estrada não sair até 1981, existe a alternativa do uso da ferro-via que fará, ao mesmo tempo, dois trabalhos: o de transporte de óleo combustível para a fábrica e o de es-coamento da produção de 200 mil to-neladas de barrilha por ano, com um custo muito menor que o transporte rodoviário".

Poroutro lado, comenta-se que o Governo Estadual teria autorizado a construção da estrada que liga Açu a Macau — uma alternativa bastante onerosa pois aumentará o percurso Macau-Natal em cerca de 100 quilô-metros, mas bastante interessante para a fábrica de barrilha pois facili-taria o transporte do calcário neces-sário à produção da barrilha. Ubira-tan Galvão não considera esta alter-nativa capaz de obstacular o projeto da BR-406:

' 'Esta ligação (Açu-MacauJ já faz parte do complexo da fábrica, uma vez que na cidade de Pendências es-tão localizadas as jazidas de calcário onde a fábrica, por via rodoviária, fará conexão para receber o

produ-to".

Adianta o engenheiro Ubiratan Galvão que "a obra já está

adjudica-da a uma firma construtora de estra-das e os serviços preliminares já fo-ram iniciados ' '.

mostra porque

está sempre

na vanguarda.

a i p S í f J É e •

'ëmÊBÊSÊiRm^mm

Q u e m constrói e m Natal desde 1962, conhece m u i t o bem a S A C I . P o r q u e a SACI está sempre na vanguarda, revendendo os melhores materiais de construção produzidos no RN ou no Pais. A l é m disso, a S A C I n ã o é s o m e n t e u m a loja de alto n í v e l . É t a m b é m u m a indústria, p r o d u z i n d o lajes pré-moldadas, combogós, mosaicos e artefatos de c i m e n t o em g e r a l . Pensou em construir Pensou na SACI.

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(16)

EMPRESA

DISTRIBUIDORA POTIGUAR INAUGURA

NOVOS DEPÓSITOS E APERFEIÇOA

SISTEMA DE ATENDIMENTO AO MERCADO

Com novos e modernos depósitos nas principais cidades do Estado, a

Distribuidora de Bebidas Potiguar Ltda. já detém quase 80% do mercado

de cerveja do Rio Grande do Norte.

A Distribuidora de Bebidas Poti-g u a r Ltda., representante da Cia. Cervejaria Brahma — Filial Nordes-te, no Rio Grande do NorNordes-te, instala-da há 16 anos no Estado como Dis-tribuidora exclusiva dos produtos B r a h m a , encontra-se hoje numa po-sição invejável dentro do mercado consumidor da linha de bebidas, c h e g a n d o a ter uma participação de aproximadamente 78% no mercado p o t i g u a r . Com a recente inaugura-ção de seu depósito principal no Es-t a d o , localizado na BR-101, Km 13, no trecho Natal-Eduardo Gomes, a Distribuidora de Bebidas Potiguar L t d a . , deu mais um avanço, demons-t r a n d o sua consdemons-tandemons-te preocupação com o aperfeiçoamento dos seus sis-t e m a s de asis-tendimensis-to do mercado.

Atualmente, a Distribuidora Po-t i g u a r Po-também já inaugurou novas instalações e escritórios nas cidades de Mossoró e Currais Novos, e no início de agosto em Ceará Mirim, Os novos depósitos possuem amplas instalações, construídas dentro das m a i s modernas linhas. O depósito de Natal tem 1.500 metros quadrados de á r e a coberta, enquanto os das ci-d a ci-d e s ci-do interior têm 800 metros q u a d r a d o s cada um.

HÁ 16 ANOS — Toda a direção

da Distribuidora Potiguar é de uma família, que d e s d e 1918 entrou no mercado de distribuição dos produ-tos da Brahma, com exclusividade, e no Rio Grande do Norte a partir de 1963. Em princípio, era um pequeno negócio. No entanto, a partir de 1973

16

m n o m e da Cia. Cervejaria Brahma, Filial Nordeste, falou o Dr. J a i m e da Silveira

I

A à W k J J

O advogado do grupo Jaime Peixoto, D r . Eider Furtado, falou em nome da D i s t r i b u i d o r a Potiguar.

F a l a n d o em nome do prefeito de Natal, o secretário Laércio Segundo de Oliveira.

a e m p r e s a começou a dar os seus to ao mercado consumidor. A partir primeiros passos largos, em termos d e s s e ano foram iniciadas as cons-de ampliação das instalações e cons-de t r u ç õ e s dos novos prédios e hoje só a t u a ç ã o com maior objetividade jun- falta ser concluído o depósito da

(17)

EMPRESA

d a d e de Ceará Mirim, que deverá

ser i n a u g u r a d o dentro dos próximos 40 d i a s , s e g u n d o o e n g e n h e i r o Val-d e r Peixoto, um Val-dos Val-diretores Val-da em-p r e s a . "A construção dos novos

de-pósitos da empresa — diz

ele — . deu-se em função da

necessi-dade da ampliação que houve no mercado consumidor com o cresci-mento das vendas nesta região".

N e s s e s 16 anos no Estado, am-p l i a n d o sua am-p e n e t r a ç ã o no mercado c o n s u m i d o r , é de se destacar a par-ticipação de J a i m e Peixoto, diretor da e m p r e s a , porque s e g u n d o seus p r ó p r i o s familiares que compõem j u n t a m e n t e com ele a direção da Distribuidora de Bebidas Potiguar L t d a . , J a i m e Peixoto representa "a

garra de uma família que se uniu pa-ra investir numa empresa ". Dessa

m a n e i r a , os diretores definem o es-f o r ç o , trabalho e iniciativa de um dos d i r e t o r e s que hoje r e p r e s e n t a o no-m e no-maior da organização.

100 MIL VOLUMES — Além dos

g r a n d e s depósitos de Natal, Mosso-ró, Currais Novos e de Ceará Mirim, a Distribuidora de Bebidas Potiguar L t d a . dispõe de outros dois depósi-t o s — esses m e n o r e s —, em Nadepósi-tal, p a r a a t e n d e r ao público consumidor. E s s e s dois depósitos estão localiza-d o s nos bairros localiza-da Ribeira e Ale-c r i m .

S e g u n d o Solon de Castro, dire-tor-comercial da e m p r e s a ,

"atual-mente nós vendemos cerca de 100 mil volumes por mês entre todas as marcas dos produtos da Brahma .

E s s e s números poderão ser amplia-dos m a s , salienta no e n t a n t o Solon de Castro, q u e "Natal está bem

abastecida dos produtos Brahma por causa da ampliação da fábrica e é provável que não falte nenhum pro-duto ''.

Os produtos vendidos pela Dis-t r i b u i d o r a de Bebidas PoDis-tiguar L t d a . • vêm da Cia. Cervejaria B r a h m a — Filial Nordeste, localiza-da na cilocaliza-dade do Cabo, no Estado de P e r n a m b u c o .

D e s t a forma, a Cia. Cervejaria B r a h m a — Filial Nordeste, e a Dis-t r i b u i d o r a de Bebidas PoDis-tiguar L t d a . , juntas, participam do desen-volvimento do Rio G r a n d e do Norte. 17 R N / E C O N Ô M I C O - J u n h o / 7 9

Na foto acima, três diretores da Distribuidora Potiguar: Jaime Peixoto, Valder Peixoto e Geraldo Peixoto.

Diretores, convidados especiais e funcionários p a r t i c i p a m de churrasco c o m e m o r a t i v o da inauguração do novo depósito e escritório da D i s t r i b u i d o r a

Potiguar, nas margens da Rodovia BR-101.

....„xj

r j t w s K d f s y i ^ i

Vista parcial do depósito da Brahma, em Eduardo Gomes.

V i s t a parcial do depósito da Distribuidora Potiguar em Mossoró. As cidades de Ceará M i r i m e Currais Novos t a m b é m possuem prédios semelhantes.

(18)

-CONJUNTURA

PLANOS DE EMERGÊNCIA:

UMA HERANÇA DO PATERNALISMO

Um novo plano de emergência foi arquitetado pelo Governo, para acudir

a agricultura nordestina. A fórmula, proposta pela alquimia oficial, não é

mais tradicionalista — agora, não se abre mais estradas «daqui» até

«lugar nenhum». Os trabalhadores são recrutados ao acaso e são

mandados às propriedades rurais para executarem obras... de pouco ou

nenhum alcance econômico, sendo pagos com dinheiro público. Há os

que acreditam que o plano, ainda assim, é útil. Outros, entendem que a

emergência deveria ser permanente. Alguns ainda, entendem que o

plano foi desperdiçado pelo «casuísmo» do Governo. De todas as

opiniões, entretanto, ficou patenteada uma conclusão: a de que os

governantes devem voltar seu arsenal tecnocrata para uma solução de

caráter definitivo: afinal, as secas não são «emergências», mas um

fenômeno cíclico, previsível — não comportando,

por isso mesmo, soluções improvisadas.

O deputado Roberto Furtado, do MDB estadual, já pensa até em sis-tematizar as reclamações dos agri-cultores que o procuram. O tema das reclamações é apenas um: o «plano de emergência» posto em prática pe-lo Governo para assistir à agricultu-ra, setor mais intensamente vitima-do pela seca.

Da aplicação do plano, resulta-ram duas conclusões que, a nível po-lítico/econômico, em nada auxiliam na formação de uma imagem res-ponsável para o Governo: os traba-lhadores, mais uma vez, foram as-sistidos pelo abominável «paterna-lismo», uma herança jacente do sis-t e m a agrário feudalissis-ta; os efeisis-tos d e s t a herança serão reivindicados pelos próprios trabalhadores, passa-da a temporapassa-da de «emergência», q u a n d o se virem às voltas com o de-semprego ou com a possibilidade de e m p r e s t a r e m sua força de trabalho a serviços que requeiram maior pro-dutividade — e consequentemente mais trabalho, mais esforço, prática inteiramente marginalizada nesse período de «emergência».

Do ponto de vista do proprietário

18

Roberto Furtado critica o plano de emergência, apontando

injustiças e aberrações.

rural, a subvenção parcial ou total da remuneração dos trabalhadores, em q u a s e nada tem adiantado. Os ser-viços executados — quando são exe-cutados — em nada somam com re-lação às necessidades do

empreendi-mento agrícola, a despeito da obri-gatoriedade de participarem — as propriedades com mais de 500 hec-t a r e s — com mehec-tade da remunera-ção dos trabalhadores.

BUROCRACIA NA LIBERAÇÃO

— Os desacertos do plano de emer-gência começaram pela mecânica de liberação dos recursos —- a contra-partida oficial. Roberto Furtado tam-b é m classifica esta reclamação:

' Da parte dos proprietários que têm mais de 500 hectares de terras, as queixas são maiores quanto à de-mora na liberação dos financiamen-tos para cobertura dos percentuais de complementação a que estão obrigados. A grande maioria dos proprietários rurais está, hoje, em estado de miserabilidade — igual à dos agricultores sem terras, isto por-que não existe uma política agrícola consentânea com a nossa realidade. Os juros cobrados são elevados, não existe assistência técnica, nem orientação ao nosso homem do cam-po".

Manuel Cipriano de Alencar, proprietário de uma gleba no

(19)

CONJUNTURA

cípio de Carnaúbas, quando consta-tou a dificuldade de alguns proprie-tários para receber os recursos, sim-plesmente desistiu da ajuda ofereci-da pelo «plano». Novamente Rober-to Furtado intervém:

' A causa da demora na liberação dos financiamentos decorre do ex-cesso de burocracia que não respeita nem mesmo o estado de emergência porque estamos passando. Sem esse financiamento, os proprietários não

têm condições de atender à sua par-ticipação no salário dos trabalhado-res. Além do mais. os pequenos pro-prietários — possuidores de peque-nas glebas e sem condições de se ha-bilitarem a receber ajuda do Gover-no — para não passarem fome. são obrigados a se inscreverem como trabalhadores rurais de outras fa-zendas. abandonando suas peque-nas propriedades e vivendo na de-pendência de míseros rendimen-tos ".

A inclusão de apenas 85 municí-pios no plano de emergência, tam-bém gerou um descontentamento

Paulo Gonçalves acha que as coisas foram piores antes do

plano de emergência.

generalizado entre os agricultores dos municípios que não foram bene-ficiados. Alguns chegaram a aban-donar suas terras. O deputado are-nista Paulo Gonçalves, prefere en-carar o lado positivo do «plano»:

"Não existem reclamações de maior importância, pois este plano que foi utilizado é o ideal para com-bater as secas, fixando os trabalha-dores rurais nas propriedades, junto de suas famílias. Não existe, nesse plano, a chamada «divisão das pane-las» que era comum nos planos ante-riores de combate às secas, quando ia para a margem de uma estrada trabalhar em uma «frente de traba-lho», deixando toda a sua família em casa e tendo que dividir o que conse-guia, para levar parte para sua famí-lia e parte para sua própria sobrevi-vência. Agora, nós temos um plano de seca que realmente interessa ao trabalhador rural e este plano está sendo muito bem executado pelo Go-verno, com plena satisfação de todos que participam dele''.

INCONVENIENTES —

Francis-co Canindé de Oliveira é proprietá-rio de terras no município de Bento Fernandes. Em princípio, acha váli-da a ajuváli-da prestaváli-da pelo Governo, mas faz algumas ressalvas:

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Referências

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