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Academic year: 2021

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(1)ˆ LIMITADOR ELETRONICO DE CORRENTE DE CURTO–CIRCUITO BASEADO EM CIRCUITO RESSONANTE CONTROLADO POR ˆ DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DE POTENCIA. Disserta¸c˜ao de Mestrado. Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Engenharia Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Engenharia El´etrica. Autor: Matusal´em Martins Lanes Orientador: Prof. Pedro Gomes Barbosa. JUIZ DE FORA, MG - BRASIL AGOSTO 2006.

(2) ˆ LIMITADOR ELETRONICO DE CORRENTE DE CURTO–CIRCUITO BASEADO EM CIRCUITO RESSONANTE CONTROLADO POR ˆ DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DE POTENCIA. ´ MARTINS LANES MATUSALEM. ˜ DE MESTRADO SUBMETIDA AO PROGRAMA DE POS–GRA´ DISSERTAC ¸ AO ˜ EM ENGENHARIA ELETRICA ´ DUAC ¸ AO DA FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA COMO PARTE DOS REQ´ ˜ DO GRAU DE MESTRE EM ENUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENC ¸ AO ´ GENHARIA ELETRICA.. Aprovada por:. Prof. Pedro Gomes Barbosa, D.Sc. (Orientador). Prof. Edimar Jos´e de Oliveira, D.Sc.. Prof. Paulo Augusto Nepomuceno Garcia, D.Sc.. Prof. Antonio Carlos Siqueira de Lima, D.Sc.. JUIZ DE FORA, MG - BRASIL AGOSTO DE 2006..

(3) i. Dedico este trabalho `a minha esposa, Renata Cristina, pela compreens˜ ao, paciˆencia, apoio e dedica¸c˜ ao oferecidos. ` minha filha, Lu´ıza Helena, por se tornar A uma das grandes motiva¸c˜ oes para a conclus˜ ao deste trabalho. ` meus pais Celso Lanes e Zilma Martins Lanes A pela confian¸ca e total apoio que sempre tem demonstrado no curso de toda minha vida..

(4) Agradecimentos. Ao meu orientador, Prof. Pedro Gomes Barbosa, pela oportunidade de desenvolver uma pesquisa t˜ao interessante e motivadora e que me possibilitou visualizar uma rela¸c˜ao muito importante entre a pesquisa e o ensino. Pela amizade e oportunidades de troca de informa¸co˜es e pelas observa¸c˜oes e conselhos a mim oferecidos durante todo o tempo em que este trabalho foi desenvolvido. Aos professores da ´area de Instrumenta¸c˜ao & Controle do Curso de Mestrado em Engenharia El´etrica da Universidade Federal de Juiz de Fora que de forma direta e indireta contribu´ıram para fortalecer minha forma¸c˜ao cient´ıfica. Ao Centro Federal de Educa¸c˜ao Tecnol´ogica de Minas Gerais (CEFET-MG), Unidade de Leopoldina, pela licen¸ca concedida para a realiza¸ca˜o desse trabalho. ` colega Profa . Olga M. Toledo pelo incentivo e aos meus demais colegas do A Departamento de Eletricidade do CEFET que se sacrificaram para compensar minha ausˆencia nas atividades acadˆemicas. Aos meus colegas do Curso de Mestrado em Engenharia El´etrica Marlom Jos´e do Carmo, Luiz Cl´audio G. Lopes e Jucil´eia Filomena B. Severino pelo companheirismo e esfor¸cos m´ utuos nos mesmos objetivos. ` CAPES pelo apoio financeiro recebido. A. ii.

(5) iii. ´ em v˜ao; achas o que buscas; “Na tua longa viagem te cansas, mas n˜ao dizes: E por isso, n˜ao te enfraqueces.” Isa´ıas 57:10.

(6) iv Resumo da Disserta¸ca˜o apresentada ao Programa de P´os-Gradua¸ca˜o em Engenharia El´etrica da UFJF como parte dos requisitos necess´arios para obten¸ca˜o do grau de Mestre em Engenharia El´etrica (M.S.). ˆ LIMITADOR ELETRONICO DE CORRENTE DE CURTO–CIRCUITO BASEADO EM CIRCUITO RESSONANTE CONTROLADO POR ˆ DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DE POTENCIA. Matusal´em Martins Lanes Agosto / 2006. Orientador: Prof. Pedro Gomes Barbosa ´ Area de Concentra¸ca˜o: Instrumenta¸c˜ao e Controle. Esta disserta¸ca˜o apresenta estudos sobre um limitador eletrˆonico de corrente de curto-circuito (FCL - Fault Current Limiter ) ressonante controlado por dispositivos semicondutores de potˆencia. Inicialmente s˜ao discutidas a opera¸ca˜o de duas topologias de circuitos ressonantes ideais como limitadores de corrente de curto–circuito. A an´alise desses circuitos ´e usada para derivar uma topologia alternativa para o limitador baseada da conex˜ao de um circuito ressonante s´erie e outro paralelo. Modelos digitais implementados no pacote de simula¸c˜ao SimPowerSystem/Matlab s˜ao usados para investigar o desempenho do limitador proposto para proteger um sistema el´etrico contra correntes de curto–circuito. Fun¸co˜es de transferˆencia dos modelos linearizados dos limitadores s˜ao utilizadas para identificar o efeito de cada elemento do FCL sobre sua estabilidade e resposta transit´oria. Os resultados obtidos s˜ao usados para modificar a topologia do FCL com objetivo melhorar sua resposta dinˆamica. S˜ao investigados tamb´em sistemas para detec¸ca˜o de falhas e falsas falhas e tamb´em um sistema de sincronismo e disparo para os tiristores de potˆencia robusto mediante varia¸c˜oes de amplitude e freq¨ uˆencia..

(7) v Abstract of the Dissertation presented to the Program of Electrical Engineering of UFJF as a partial fulfillment of the requirements for Master of Electrical Engineer Degree (M.S.). ELECTRONIC FAULT CURRENT LIMITER BASED ON RESONANT CIRCUIT CONTROLLED BY POWER SEMICONDUCTOR DEVICES. Matusal´em Martins Lanes August / 2006. Advisor: Prof. Pedro Gomes Barbosa Concentration Area: Instrumentation and Control. This dissertation presents a study of a resonant fault current limiter (FCL) controlled by power semiconductor devices. Initially the operation of two ideal resonant circuit topologies as fault current limiter are discussed. The analysis of these circuits is used to derive an alternative topology to the fault current limiter based on the connection of a series and a parallel resonant circuit. Digital models are implemented in the SimPowerSystem/Matlab simulation package to investigate the performance of the proposed FCL to protect transmission and distribution electric networks against short circuit currents. Transfer functions of the linear limiter models are used to identify the effect of each element of the FCL over its stability and its transient response. The developed analysis will be used to derive modifications in the FCL topology in such a way to improve their dynamic response. Systems for failures and false failures also are investigated as well as a synchronism and shot system for thyristors of robust power by means of amplitude and frequency variations..

(8) Sum´ ario. 1 Introdu¸c˜ ao. 1. 1.1. Identifica¸ca˜o do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2. 1.2. Motiva¸c˜ao do Estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. 1.2.1. Estat´ısticas de falhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. 1.2.2. Solu¸co˜es gerais e dispositivos limitadores de curto–circuito . . .. 6. 1.2.3. Aspectos gerais de um limitador . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 13. 1.2.4. Limitadores ressonantes de corrente de curto–circuito . . . . . .. 14. 1.3. Objetivos e principais contribui¸co˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 16. 1.4. Estrutura do Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18. 1.5. Lista de publica¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 19. 2 Princ´ıpios B´ asicos do Funcionamento dos FCLs Ressonantes 2.1. 20. An´alise das topologias s´erie e paralela ressonantes . . . . . . . . . . . .. 22. 2.1.1. 26. Topologia ressonante s´erie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. vi.

(9) ´ SUMARIO. 2.2. 2.3. vii. 2.1.2. Topologia paralela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 29. 2.1.3. Considera¸co˜es parciais sobre a opera¸ca˜o de circuitos ressonantes como FCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 32. Considera¸co˜es sobre a escolha dos elementos reativos vari´aveis . . . . .. 34. 2.2.1. Topologia FCL–s´erie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35. 2.2.2. Topologia FCL–paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 37. 2.2.3. Custo de conversores eletrˆonicos destinados a aplica¸c˜oes em sistemas de potˆencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 39. Conclus˜oes parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 41. 3 Proposta de topologia s´ erie-paralela ressonante. 43. 3.1. Topologia FCL S´erie-Paralela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 43. 3.2. Modifica¸ca˜o da topologia proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 47. 3.3. Dimensionamento da resistˆencia RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 50. 3.4. Aspectos positivos da topologia s´erie–paralela . . . . . . . . . . . . . .. 52. 3.4.1. 3.5. Estabilidade do FCL h´ıbrido e sintonia fina da freq¨ uˆencia de ressonˆancia s´erie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 52. 3.4.2. Contribui¸ca˜o de LS e RP na opera¸ca˜o do FCL . . . . . . . . . .. 53. 3.4.3. Problema da componente cont´ınua na corrente pelo FCL . . . .. 54. 3.4.4. Ressonˆancia subs´ıncrona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 55. Conclus˜oes parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 56. 4 Implementa¸ c˜ ao digital do FCL s´ erie–paralelo ressonante 4.1. Detec¸c˜ao de falhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 58 58.

(10) ´ SUMARIO 4.2. 4.3. 4.4. viii. Sincroniza¸c˜ao dos pulsos dos tiristores do FCL . . . . . . . . . . . . . .. 62. 4.2.1. Erros devido `as varia¸co˜es da freq¨ uˆencia . . . . . . . . . . . . . .. 64. 4.2.2. Erros devido as varia¸c˜oes da amplitude . . . . . . . . . . . . . .. 65. 4.2.3. Sistema de sincronismo h´ıbrido . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 67. Simula¸co˜es digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 68. 4.3.1. Falha pr´oxima do FCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 70. 4.3.2. Falha distante do FCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 75. Conclus˜oes parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 78. 5 Disparo gradual dos tiristores do FCL. 80. 5.1. Modifica¸ca˜o do controle de disparo dos tiristores . . . . . . . . . . . . .. 81. 5.2. Simula¸co˜es digitais com o algoritmo modificado . . . . . . . . . . . . .. 83. 5.2.1. Falha pr´oxima ao FCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 83. 5.2.2. Falha distante do FCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 86. Comportamento do FCL para a aplica¸ca˜o do curto–circuito em diferentes instantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 89. 5.3.1. Falhas pr´oximas ao FCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 89. 5.3.2. Falhas pr´oximas `a carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 93. Desempenho do FCL para diferentes atrasos na detec¸ca˜o da falha . . .. 96. 5.3. 5.4. 5.4.1. Desempenho do FCL conectado a sistemas com distor¸c˜ao harmˆonica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 98. 5.5. Desempenho do FCL para curto–circuito quilom´etrico . . . . . . . . . . 100. 5.6. Desempenho do FCL na presen¸ca de erros de sincronismo e disparo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103.

(11) ´ SUMARIO. ix. 5.7. Considera¸co˜es sobre o dimensionamento dos elementos do FCL . . . . . 106. 5.8. Conclus˜oes parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107. 6 Conclus˜ oes e trabalhos futuros. 108. 6.1. Conclus˜oes finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108. 6.2. Sugest˜oes de trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110. A Reatˆ ancia vari´ avel controlada por tiristor. 118. B Correntes de curto–circuito. 125. C Instabilidade do circuito RCL ressonante quando R ´ e nulo. 128.

(12) Lista de Figuras. 1.1. P´olo de um disjuntor PVO danificado. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3. 1.2. Reator limitador da subesta¸ca˜o de Tucuru´ı . . . . . . . . . . . . . . . .. 7. 1.3. Alguns componentes do dispositivo pirot´ecnico da ABB . . . . . . . . .. 8. 1.4. Diagrama esquem´atico do IPC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 10. 1.5. Estrutura b´asica de SLCC resistivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11. 1.6. Composi¸ca˜o b´asica de SLCC indutivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12. 1.7. Exemplos de estruturas de LTT - Siemens . . . . . . . . . . . . . . . .. 15. 1.8. Diagrama unifilar de um sistema de potˆencia com m´ ultiplos transformadores, um sistema de gera¸ca˜o disperso e diversos dispositivos FCL. .. 15. Topologias de FCLs baseados em circuitos ressonantes: (a) s´erie e (b) paralela. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 22. 2.2. Exemplo da a¸ca˜o de prote¸co˜es em uma falha t´ıpica. . . . . . . . . . . .. 23. 2.3. TPSCs 500 kV instalados na subesta¸c˜ao em Vincent/USA . . . . . . .. 24. 2.4. Ilustra¸ca˜o da instala¸ca˜o de um SCCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 25. 2.1. x.

(13) LISTA DE FIGURAS 2.5. xi. TCSCs instalados na subesta¸c˜ao de BPA’s C.J.Slatt na linha SlattBuckley de 500 kV em Northern Oregon . . . . . . . . . . . . . . . . .. 25. 2.6. TCSCs instalados na subesta¸c˜ao de Imperatriz . . . . . . . . . . . . . .. 26. 2.7. TCSCs instalados na subesta¸c˜ao de Serra da Mesa - FURNAS . . . . .. 26. 2.8. Resposta em freq¨ uˆencia da impedˆancia do FCL s´erie para ω◦ = ω1 : (a) magnitude e (b) fase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 28. Resposta em freq¨ uˆencia da impedˆancia do FCL s´erie para ω◦ < ω1 : (a) magnitude e (b) fase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 29. 2.10 Resposta em freq¨ uˆencia da impedˆancia do FCL s´erie para ω◦ > ω1 : (a) magnitude e (b) fase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 29. 2.11 Resposta em freq¨ uˆencia da impedˆancia do FCL paralelo para ω◦ = ω1 : (a) magnitude e (b) fase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 31. 2.12 Resposta em freq¨ uˆencia da impedˆancia do FCL paralelo para ω◦ < ω1 : (a) magnitude e (b) fase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 32. 2.13 Resposta em freq¨ uˆencia da impedˆancia do FCL paralelo para ω◦ > ω1 : (a) magnitude e (b) fase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 33. 2.14 Resposta em freq¨ uˆencia das impedˆancias dos FCLs s´erie e paralelo para os trˆes casos da compara¸ca˜o de ω◦ com ω1 : (a) magnitude e (b) fase. .. 34. 2.15 Impedˆancia do FCL–s´erie (ZF CL ) em fun¸ca˜o de Lv e Cv para ω1 = 120π rad/s. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35. 2.16 Topologia de FCL baseado na conex˜ao de um indutor fixo em s´erie com um TSSC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 36. 2.17 Topologia de FCL baseado na conex˜ao de um capacitor em s´erie com um indutor fixo em paralelo com um TCR. . . . . . . . . . . . . . . . .. 37. 2.18 Impedˆancia do FCL–paralelo (ZF CL ) em fun¸c˜ao de Lv e Cv para ω1 = 120π rad/s. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 37. 2.19 Topologia de FCL baseado em um TCSC. . . . . . . . . . . . . . . . .. 38. 2.20 Topologia de FCL baseado na conex˜ao de um indutor fixo em paralelo com um capacitor fixo e dois TSSCs. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 39. 2.9.

(14) LISTA DE FIGURAS. xii. 2.21 Investimento t´ıpico para FSC, TCSC . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 41. 3.1. Modelo da topologia s´erie-paralelo do FCL ressonante. . . . . . . . . .. 44. 3.2. Diagrama de p´olos e zeros da admitˆancia do FCL para o modo de funcionamento normal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 45. 3.3. Corrente de curto-circuito pela fonte vS . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 46. 3.4. Modelo da topologia s´erie-paralelo do FCL ressonante com amortecimento controlado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 47. 3.5. Corrente de curto-circuito iS para diferentes valores de RP . . . . . . . .. 48. 3.6. Diagrama de p´olos e zeros do FCL no modo de prote¸ca˜o. . . . . . . . .. 50. 3.7. Corrente por RP para dois valores de resistˆencia distintos (0, 1 Ω e 6, 66 Ω). 51. 3.8. Potˆencia m´edia dissipada na resistˆencia paralela em fun¸c˜ao do valor de RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 51. 4.1. Detector de curto-circuito implementado por . . . . . . . . . . . . . . .. 61. 4.2. Detector de curto-circuito utilizado neste trabalho. . . . . . . . . . . .. 61. 4.3. Sinais referente `a detec¸c˜ao da falha: (a) Corrente is pela linha; (b) corrente filtrada e amostrada; (c) sinal de detec¸ca˜o de falha (f ). . . . .. 62. Correntes nos elementos do FCL para diferentes erros ∆α no ˆangulo de disparo dos tiristores T1 e T2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 64. 4.5. Circuito de sincronismo baseado em rampa dupla de integra¸ca˜o. . . . .. 65. 4.6. Gr´aficos sobre o princ´ıpio de funcionamento do m´etodo de sincronismo baseado em rampa dupla de integra¸ca˜o: (a) tens˜ao e corrente (b) rampa dupla. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 66. 4.7. Circuito de sincronismo (PLL) e l´ogica de disparo dos tiristores. . . . .. 67. 4.8. Modelo do FCL ressonante s´erie-paralelo implementado.. . . . . . . . .. 69. 4.9. Diagrama unifilar simplificado do sistema de potˆencia estudado. . . . .. 70. 4.4.

(15) LISTA DE FIGURAS. xiii. 4.10 Corrente pela fonte vS sem o FCL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71. 4.11 Corrente iS com o FCL conectado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71. 4.12 Corrente pelo indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 72. 4.13 Corrente pelo resistor RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 72. 4.14 Tens˜ao sobre o capacitor C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 73. 4.15 Tens˜ao sobre o indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 73. 4.16 Tens˜ao sobre o indutor LS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 74. 4.17 Tens˜ao sobre o capacitor C e pulsos de disparo dos tiristores T1 e T2 . .. 74. 4.18 Corrente pela fonte vS para o sistema sem o FCL. . . . . . . . . . . . .. 75. 4.19 Corrente pela fonte vS com o FCL conectado. . . . . . . . . . . . . . .. 76. 4.20 Corrente pelo indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 76. 4.21 Corrente pelo resistor RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 76. 4.22 Tens˜ao sobre o capacitor C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 77. 4.23 Tens˜ao sobre o indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 77. 4.24 Tens˜ao sobre o indutor LS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 77. 4.25 Tens˜ao sobre o capacitor C e pulsos de disparo dos tiristores T1 e T2 . .. 78. 5.1. Circuito de sincronismo (PLL) e l´ogica de disparo dos tiristores. . . . .. 81. 5.2. Sinais principais e de controle para um caso exemplo: (a) tens˜ao no capacitor, vC , (b) corrente no capacitor, iC , (c) corrente no TCR, iT CR , (d) corrente na fonte, iS , (e) sinal de controle, f , (f) sinal de entrada brusca, EBF , (g) sinal de sa´ıda brusca, SBF , (h) sa´ıda do detector de quadrantes pares, QP , (i) raz˜ao entre a freq¨ uˆencia instantˆanea e a freq¨ uˆencia fundamental, ω/ω0 , (j) sinal da rampa gerada, SRAM P A , (k) sinal de corrente no TCR, siT CR e (l) pulsos nos gatilhos dos tiristores, T1 , T2 . .. 82. Corrente pela fonte vS com o FCL conectado. . . . . . . . . . . . . . .. 84. 5.3.

(16) LISTA DE FIGURAS. xiv. 5.4. Corrente pelo indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 84. 5.5. Corrente pelo resistor RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 84. 5.6. Tens˜ao sobre o capacitor C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 85. 5.7. Tens˜ao sobre o indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 85. 5.8. Tens˜ao sobre o indutor LS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 85. 5.9. Tens˜ao sobre o capacitor C e pulsos de disparo dos tiristores T1 e T2 . .. 86. 5.10 Corrente pela fonte vS com o FCL conectado. . . . . . . . . . . . . . .. 86. 5.11 Corrente pelo indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 87. 5.12 Corrente pelo resistor RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 87. 5.13 Tens˜ao sobre o capacitor C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 88. 5.14 Tens˜ao sobre o indutor LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 88. 5.15 Tens˜ao sobre o indutor LS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 88. 5.16 Tens˜ao sobre o capacitor C e pulsos de disparo dos tiristores T1 e T2 . .. 89. 5.17 A¸ca˜o do FCL para falhas em diversos ˆangulos (Seq¨ uencia 1 de 3): (a) Falha em 100 ms. (b) Falha em 101, 5 ms. (c) Falha em 103 ms. (d) Falha em 104, 5 ms. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 90. 5.18 A¸ca˜o do FCL para falhas em diversos ˆangulos (Seq¨ uencia 2 de 3): (a) Falha em 106 ms. (b) Falha em 107, 5 ms. (c) Falha em 109 ms. (d) Falha em 110, 5 ms. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 91. 5.19 A¸ca˜o do FCL para falhas em diversos ˆangulos (Seq¨ uencia 3 de 3): (a) Falha em 112 ms. (b) Falha em 113, 5 ms. (c) Falha em 115 ms. (d) Falha em 116, 5 ms. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 92. 5.20 A¸ca˜o do FCL para falhas em diversos ˆangulos (Seq¨ uencia 1 de 3): (a) Falha em 100 ms. (b) Falha em 101, 5 ms. (c) Falha em 103 ms. (d) Falha em 104, 5 ms. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 93.

(17) LISTA DE FIGURAS. xv. 5.21 A¸ca˜o do FCL para falhas em diversos ˆangulos (Seq¨ uencia 2 de 3): (a) Falha em 106 ms. (b) Falha em 107, 5 ms. (c) Falha em 109 ms. (d) Falha em 110, 5 ms. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 94. 5.22 A¸ca˜o do FCL para falhas em diversos ˆangulos (Seq¨ uencia 3 de 3): (a) Falha em 112 ms. (b) Falha em 113, 5 ms. (c) Falha em 115 ms. (d) Falha em 116, 5 ms. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 95. 5.23 Corrente iS para uma falha com in´ıcio em 100 ms e t´ermino em 330 ms com o FCL presente no sistema por´em n˜ao atuado. . . . . . . . . . . .. 96. 5.24 Desempenho do FCL para tempos distintos de detec¸ca˜o da falha: (a) Detec¸ca˜o com 5 ms. (b) Detec¸ca˜o com 10 ms. (c) Detec¸ca˜o com 20 ms. (d) Detec¸c˜ao com 40 ms. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 97. 5.25 Desempenho do FCL para tempo de detec¸c˜ao de falha igual a 2, 2 ms. .. 98. 5.26 Corrente iS para considerando as seguintes taxas de distor¸ca˜o harmˆonicas distintas na tens˜ao da fonte vS : (a) T HDV = 1, 8%. (b) T HDV = 7, 1%. (c) T HDV = 14, 2%. (d) T HDV = 28, 4%. . . . . . . . . . . . .. 99. 5.27 Corrente pela fonte vS para curto–circuito quilom´etrico. . . . . . . . . . 100 5.28 Corrente iLP pelo TCR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 5.29 Corrente iRP pela resistˆencia paralela. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 5.30 Tens˜ao sobre o capacitor C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 5.31 Tens˜ao sobre o indutor paralelo LP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 5.32 Tens˜ao sobre o indutor s´erie LS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 5.33 Modelo da fonte de erros de sincronismo implementada. . . . . . . . . . 103 5.34 Sinais principais e de controle para casos exemplos de erros no sincronismo e disparo: (a) corrente na fonte iS , (b) corrente no indutor paralelo, iLP , (c) corrente no indutor s´erie, iLS , (d) corrente na resistˆencia paralela, iRP , (e) tens˜ao no capacitor, vC , (f) tens˜ao no indutor paralelo, vLP , (g) tens˜ao no indutor s´erie, vLS , (h) pulsos nos gatilhos dos tiristores, T1 , T2 , (i) sinal identificador de sincronismo, Sinc . . . . . 105 A.1 Circuito t´ıpico de um gradador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119.

(18) LISTA DE FIGURAS. xvi. A.2 Formas de ondas para vS , iS (α = φ) e iS (α = γ) . . . . . . . . . . . . . 119 A.3 Formas de ondas para vS , iS e iS1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 A.4 Comparativo das amplitudes das componentes harmˆonicas de iS em fun¸ca˜o do ˆangulo de disparo α. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 A.5 Comportamento da reatˆancia XLV em fun¸ca˜o do ˆangulo de disparo α. . 123 B.1 Simetria das correntes de curto em rela¸ca˜o ao eixo do tempo. . . . . . . 126 B.2 Corrente de curto–circuito t´ıpica para falhas pr´oximas `a gera¸c˜ao. . . . . 126 B.3 Corrente de curto–circuito t´ıpica para falhas distantes da gera¸ca˜o. . . . 127 C.1 Circuito RLC ressonante alimentado por uma fonte senoidal. . . . . . . 128.

(19) Lista de Tabelas. 1.1. Taxas de faltas em linhas de transmiss˜ao CA. . . . . . . . . . . . . . .. 6. 1.2. Classifica¸c˜ao dos principais dispositivos limitadores . . . . . . . . . . .. 7. 2.1. Legendas para as ´areas do gr´afico da Figura 2.15. . . . . . . . . . . . .. 35. 2.2. Legendas para as ´areas do gr´afico da Figura 2.18. . . . . . . . . . . . .. 38. 5.1. Composi¸ca˜o harmˆonica da tens˜ao da fonte vS para testes de desempenho do FCL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 98. 5.2. Parˆametros distribu´ıdos da linha de transmiss˜ao de 230 kV. 5.3. Eventos no sistema durante testes de falta de sincronismo. . . . . . . . 104. 5.4. Elementos do FCL para ω◦S = ω◦P = 120π rad/s. . . . . . . . . . . . . 106. xvii. . . . . . . 100.

(20) Gloss´ ario. AT Alta tens˜ao ATP Alternative Transient Program FACTS Sistemas Flex´ıveis de Transmiss˜ao em Corrente Alternada (do inglˆes, “Flexible AC Transmission Systems”) FCL Limitador de Corrente de Curto-Circuito (do inglˆes, “Fault Current Limiter ”) GCT “Gate Commutated Thyristor ” GATO “Gate Turn-Off Thyristor ” GVO Grande volume de ´oleo IGBT Transistor Bipolar de Porta Isolada IPC “Interphase Power Controller ” FSC “Fixed Series Capacitors” LTT Tiristor Disparado por Laser (do inglˆes, “Light Triggered Thyristor ”) ´ MOSFET Transistor de Efeito de Campo de Metal-Oxido Semicondutor MT M´edia tens˜ao PCHs Pequenas Centrais Hidrel´etricas PLL “Phase-Locked Loop” PVO Pequeno volume de ´oleo RSS Ressonˆancia subs´ıncrona SLCC Supercondutor limitador de corrente de curto–circuito xviii.

(21) GLOSSÁRIO LISTA DE. TABELAS. SCCL “Short-Circuit Current Limiter ” SVC “Static Var compensator ” STATCOM “Synchronous Static Compensator ” TCR “Thyristor-Controlled Reactor ” TCRT Taxa de crescimento da TRT TCSC “Thyristor Controlled Series Capacitor ” THD Taxa de Distor¸c˜ao Harmˆonica (do inglˆes, “Total Harmonic Distortion”) TLCC Transformador Limitador de Corrente de Curto–Circuito TPSC “Thyristor Protected Series Compensation” TRT Tens˜ao de Restabelecimento Transit´oria UPFC “Unified Power Flow Controllers”. xix.

(22) Cap´ıtulo 1. Introdu¸c˜ ao. O. aumento do consumo e da competitividade no com´ercio de energia el´etrica tˆem levado as empresas do setor de energia el´etrica a uma mudan¸ca nas estrat´egias de planejamento e de opera¸c˜ao de suas redes el´etricas. Sistemas de gera¸ca˜o, de pequena e m´edia capacidades, baseados em centrais de hidro e termoel´etricas (Filho & Hartung 2001) e em fontes alternativas de energia, tais como usinas e´olicas, pain´eis solares fotovoltaicos, c´elulas combust´ıveis entre outras (de Camargo Salles 2004) e (Carletti, Lopes & Barbosa 2003), tem assumido um papel fundamental para atender rapidamente a sempre crescente demanda de energia. Em paralelo com a utiliza¸c˜ao dessas fontes de energia, tem-se presenciado uma busca por novas tecnologias – como por exemplo, compensadores FACTS (Flexible AC Transmission Systems) (Hingorani 1988), (Watanabe, Barbosa, Almeida & Taranto 1998) e (Paserba n.d.) e “Custom Power ” (Hingorani 1995) – com o objetivo de aumentar a controlabilidade das redes el´etricas existentes e a transferˆencia de energia el´etrica pelos sistemas de transmiss˜ao e distribui¸c˜ao, com elevados ´ındices de qualidade e de eficiˆencia.. 1.

(23) 1.1. Identifica¸ c˜ ao do Problema. 1.1. 2. Identifica¸c˜ ao do Problema. Dentro do cen´ario descrito anteriormente, os sistemas el´etricos tem sido operados pr´oximos dos limites de suas capacidades, com fluxos de potˆencia ativa e reativa elevados, os quais s˜ao muitas vezes for¸cados a fluir por v´arios caminhos em paralelo. Umas das conseq¨ uˆencias diretas desse tipo de opera¸c˜ao ´e o surgimento de correntes de curto-circuito elevadas pelas linhas de transmiss˜ao e distribui¸ca˜o durante as condi¸co˜es de falha (Monteiro 2005). Essas correntes de curto–circuito, em muitos casos, s˜ao muito superiores as capacidades dos dispositivos de prote¸c˜ao atualmente instalados (Tang & Iravani 2005), os quais apresentam limita¸co˜es quanto aos tempos de abertura dos contatos mecˆanicos e de extin¸ca˜o do arco entre os mesmos. Al´em disso, a manuten¸c˜ao de correntes de curto-circuito elevadas por longos per´ıodos pode provocar danos nos equipamentos e cabos conectados `a rede el´etrica, al´em de aumentar o risco de acidentes. A Figura 1.1 mostra uma fotografia de um p´olo de um disjuntor Pequeno volume de ´oleo (PVO) danificado devido a interrup¸c˜ao de uma corrente de curto-circuito elevada. Mamede (2004) apresenta alguns procedimentos utilizados no processo de manuten¸c˜ao do sistema el´etrico nas empresas deste setor, onde as correntes de curto–circuito s˜ao recalculadas periodicamente para verificar as condi¸co˜es dos dispositivos de manobra e prote¸c˜ao. Neste estudo os custos de manuten¸ca˜o por estrat´egias muito conservadoras s˜ao questionados a fim de se usar novas t´ecnicas para a programa¸ca˜o da manuten¸co˜es e testes das linhas. Estas medidas s˜ao cada vez mais freq¨ uentes e mais caras tendo em vista que os n´ıveis das correntes de curto–circuito tem elevado freq¨ uentemente. Os disjuntores s˜ao dispositivos mecˆanicos de manobra capazes de estabelecer, conduzir e interromper em condi¸co˜es de funcionamento regular do sistema ou mesmo durante um curto–circuito. S˜ao v´arias as caracter´ısticas pelas quais se especifica um disjuntor e dentre elas deve-se dimension´a-lo em fun¸ca˜o de suas tens˜ao, freq¨ uˆencia e corrente nominais, pelos tempos de interrup¸c˜ao de falhas, interrup¸ca˜o nominal e abertura nominal, capacidade de interrup¸c˜ao nominal (correntes de curto–circuito), sua capacidade de suportar Tens˜ao de Restabelecimento Transit´oria (TRT) e Taxa de crescimento da TRT (TCRT). Os estudos para detectar a supera¸ca˜o de disjuntores quanto a supera¸c˜ao por.

(24) 1.1. Identifica¸ c˜ ao do Problema. 3. Figura 1.1: P´olo de um disjuntor PVO danificado. (Mamede 2004). corrente de carga ´e feito comparando as correntes de carga fornecidas pelos estudos de fluxo de potˆencia para emergˆencias cr´ıticas e configura¸co˜es futuras devendo ser feita tamb´em em todos os equipamentos. Em geral n˜ao existem t´ecnicas para resolver este tipo de supera¸c˜ao podendo-se contudo realizar uma investiga¸ca˜o mais cautelosa das supera¸co˜es identificadas a fim de se verificar se elas ocorreram em condi¸co˜es de emergˆencia levando-se em conta a dura¸ca˜o das sobrecargas observadas. A supera¸c˜ao dos disjuntores por TRT e TCRT devem ser comparadas com os valores obtidos por estudos em virtude de manobras de abertura de corrente de curto– circuito tamb´em para configura¸co˜es futuras. Os estudos s˜ao realizados com modelagem dos sistemas e simula¸c˜ao por computador com ajuda, por exemplo, do Alternative Transient Program (ATP). A expans˜ao da rede el´etrica contribui com maior distor¸ca˜o e amortecimento das ondas refletidas o que corresponde a um al´ıvio das solicita¸c˜oes nos equipamentos e instala¸co˜es, por´em a eleva¸c˜ao das correntes de curto–circuito exigem maior suportabilidade `as ondas reincidentes da TRT dos disjuntores. A TCRT ´e mais freq¨ uente na supera¸c˜ao de disjuntores que a TRT. Algumas solu¸co˜es podem ser empregadas como o acr´escimo de capacitores do lado da fonte par aos casos de faltas terminais ou do outro lado da linha para as faltas quilom´etricas adicionadas tendo apenas efeito sobre a TCRT e tamb´em a inser¸c˜ao de resistores de abertura aos disjuntores superados contribuindo esta tanto na TRT quanto TCRT..

(25) 1.1. Identifica¸ c˜ ao do Problema. 4. Estudos adicionais ainda s˜ao necess´arios para melhor aplica¸ca˜o destas t´ecnicas como a exata localiza¸ca˜o para a inser¸ca˜o deste dispositivos bem como o uso de outras t´ecnicas ´ (da Silva J´ unior, de Oliveira Carvalho & Erica Maria Rodrigues Ferreira 2005). A supera¸ca˜o dos disjuntores por corrente de curto–circuito ´e estudada a partir de resultados espec´ıficos para esta situa¸c˜ao e ´e necess´ario o conhecimento de todo o conjunto de equipamentos associados ao circuito da subesta¸ca˜o. Uma etapa inicial para os estudos de supera¸ca˜o por correntes de curto–circuito considera os piores casos ainda que sejam realizadas avalia¸co˜es simplificadas. Deve-se verificar: (a) se o sistema el´etrico na condi¸c˜ao de pr´e-falta opera nas tens˜oes m´aximas operativas em cada barra; (b) todas as unidades geradoras s˜ao consideradas em opera¸c˜ao simultˆanea; (c) os sistema el´etrico e seus equipamentos operam em condi¸co˜es normais antes da falta; (d) a modelagem n˜ao necessita ser de todo os sistemas e (e) as correntes de curto–circuito a serem utilizadas s˜ao as de curto–circuito na barra onde o disjuntor est´a instalado. A norma IEEE STD C37 010-1999 fornece uma indica¸ca˜o para a corre¸c˜ao da tens˜ao m´axima operativa e fator X/R estabelecendo o limite de 70 % da capacidade sim´etrica de interrup¸c˜ao nominal de correntes de curto–circuito com X/R maior que 17 e 80 % quando X/R ´e menor que 17. Em uma an´alise mais detalhada os estudos de supera¸ca˜o por corrente de curto– circuito devem observar: (a) compara¸ca˜o da capacidade de interrup¸c˜ao sim´etrica e assim´etrica com a corrente passante; (b) a gera¸ca˜o ´e modelada para condi¸ca˜o de m´axima carga; (c) a condi¸ca˜o pr´e-falta ´e modelada para carga m´axima; (d) o sistema el´etrico ´e considerado em condi¸c˜oes normais; (e) todos os dispositivos e equipamentos devem estar representados na modelagem e (f) deve-se dar aten¸ca˜o devida aos elementos shunts, impedˆancias m´ utuas de seq¨ uencia zero e de linhas de transmiss˜ao (da Silva J´ unior et al. 2005). Segundo Monteiro (2005) as solu¸co˜es para supera¸ca˜o por correntes de curto– circuito podem ser dividas em duas categorias:. • Solu¸ co ˜es provis´ orias: S˜ao op¸c˜oes que permitem uma acomoda¸c˜ao tempor´aria das supera¸c˜oes das capacidades dos equipamentos instalados. A ado¸ca˜o destas medidas em geral est˜ao associadas a perdas de flexibilidade nas opera¸c˜oes do sistema el´etrico e tamb´em redu¸ca˜o da confiabilidade. Algumas destas medidas s˜ao: (a.1) seccionamento das barras, (a.2) radializa¸ca˜o de circuitos, (a.3) desligamen-.

(26) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 5. tos seq¨ uenciais de LTs e (a.4) desligamentos de compensadores s´ıncronos, (b.1) altera¸c˜ao do aterramento dos transformadores e (b.2) inser¸ca˜o de novos equipamentos com impedˆancias mais elevadas. As solu¸c˜oes do tipo (a) trazem restri¸co˜es operativas e do tipo (b) necessitam de modifica¸c˜oes na rede; • Solu¸ co ˜es definitivas: Necessitam de estudos mais complexos associados a um longo per´ıodo de planejamento e execu¸c˜ao o que viabiliza o uso pr´evio das solu¸co˜es provis´orias. Podem ser basicamente de dois tipos: (a) recapacita¸c˜ao ou substitui¸c˜ao dos equipamentos superados e (b) Utiliza¸ca˜o de dispositivos limitadores de corrente de curto–circuito (FCL, DLCC).. Neste trabalho a abordagem da caracter´ısticas de supera¸ca˜o focam a supera¸ca˜o por corrente de curto–circuito com a utiliza¸ca˜o dos limitadores de corrente e falhas.. 1.2. Motiva¸c˜ ao do Estudo. Na se¸ca˜o anterior foi identificado o problema alvo deste trabalho: “Sistemas el´etricos com correntes de curto–circuito com amplitudes elevadas, em muitos casos, superiores `as capacidades de interrup¸c˜ ao dos dispositivos de prote¸c˜ ao instalados”.. 1.2.1. Estat´ısticas de falhas. O curto–circuito ´e uma falha caracterizada por um caminho de baixa impedˆancia entre uma ou mais fases de um circuito el´etrico e o condutor neutro ou para terra. Existe tamb´em a possibilidade desse caminho de baixa impedˆancia ser formado pelo contato entre duas ou mais fases do circuito el´etrico sem a participa¸c˜ao do condutor neutro ou da terra. A Tabela 1.1 mostra as taxas de ocorrˆencia de falhas em linhas de transmiss˜ao CA com diferentes n´ıveis de tens˜ao (de Oliveira, de Abreu, de Carvalho Filho & Gomes 2005). Em todas as faltas apresentadas na Tabela 1.1 as correntes pelos circuitos assumem valores bem superiores aos nominais. Assim, se a falha n˜ao for isolada em um tempo curto, equipamentos e cabos do sistema el´etrico em que o defeito ocorreu podem ser danificados em conseq¨ uˆencia dos esfor¸cos e potˆencia dissipada devido a circula¸c˜ao.

(27) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 6. Tabela 1.1: Taxas de faltas em linhas de transmiss˜ao CA. Tens˜ ao 345kV 230kV 138kV. Taxas de falhas 2,31 1,68 2,98. Fase-neutro 91 % 80 % 73 %. Bif´ asica-terra 7% 17 % 17 %. Bif´ asica 1% 1,5 % 6%. Trif´ asica 1% 1,5 % 4%. Taxas de faltas = n´ umero de faltas por 100 km / ano.. de correntes de curto–circuito elevadas. Como exemplo, observe o p´olo do disjuntor da Figura 1.1 que foi danificado por operar na interrup¸ca˜o de correntes acima de sua capacidade.. 1.2.2. Solu¸co ˜es gerais e dispositivos limitadores de curto–circuito. Com objetivo de limitar e at´e interromper as correntes de curto–circuito pelos sistemas el´etricos, tem sido proposto na literatura diversas topologias de limitadores de corrente de falha baseados em diferentes tecnologias (Monteiro 2005), (Otete 2004), (Homrich 2001), (Meyer, Schroder & Doncker 2004), (Group 2003), (Vianelli 2003), (Takemoto, Vianelli, Barbosa & Watanabe 2003) e (Monteiro 2005). A associa¸c˜ao de dispositivos limitadores com os dispositivos de prote¸ca˜o convencionais (Disjuntores e Rel´es) aumentam a confiabilidade, eficiˆencia e at´e postergam a substitui¸ca˜o destes u ´ltimos. Na Tabela 1.2 s˜ao classificados alguns dos principais dispositivos de limitadores de corrente de curto–circuito. Alguns desses limitadores s˜ao usados comercialmente enquanto que outros est˜ao em fase de pesquisa e desenvolvimento (Monteiro 2005).. Reatores limitadores de curto–circuito. O uso de reatores limitadores com n´ ucleo de ar ´e uma solu¸ca˜o em que se tem boa experiˆencia no setor el´etrico. Pode-se dizer que est´a ´e uma das mais antigas tecnologias empregada na redu¸ca˜o das corrente de curto–circuito. Eles s˜ao de custo reduzido e ficam introduzidos todo o tempo no circuito. Em virtude dos campos magn´eticos elevados os reatores necessitam de espa¸co relativamente grande para sua instala¸ca˜o, bem superiores `as suas dimens˜oes f´ısicas. Seu uso pode ser invi´avel em virtude das perdas que introduzem nos sistemas que no decorrer de alguns anos podem ser superiores ao.

(28) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 7. Tabela 1.2: Classifica¸ca˜o dos principais dispositivos limitadores de corrente de curto–circuito. Item Dispositivo / Tecnologia 1 Reator com n´ ucleo de ar 2 Dispositivo pirot´ecnico 3 HVDC convencional1 4 “Interphase Power Controller ” (IPC) 5 Dispositivos com tecnologia FACTS 6 Supercondutores2 7 HVDC3 8 Supercondutores4 9 Disjuntores com abertura r´apida5. Est´ agio / Utiliza¸ c˜ ao Comercial / Experiˆencia ampla. Investiga¸ca˜o / Prot´otipos. Em fase de pesquisa. Obs.: 1 Baseado em conversor fonte de corrente, 2 Usado em circuitos de baixa e m´edia tens˜ao, 3 Baseado em conversor fonte de tens˜ao, 4 Usado em circuitos de alta tens˜ao, 5 Controlados por chaves semicondutoras de potˆencia.. custo da troca dos dispositivos superados. A Figura 1.2 mostra a foto de um RLC da subesta¸c˜ao de Tucuru´ı que ´e o maior reator do mundo com impedˆancia de 20 Ω operando na linha de 500 kV .. Figura 1.2: Reator limitador da subesta¸c˜ao de Tucuru´ı. Na referˆencia (DPT.T, DEE.O & DEL.T 2005) s˜ao apresentadas as raz˜oes que levaram a implanta¸ca˜o de um reator limitador em conjunto com o seccionamento de barras na subesta¸c˜ao de Tijuco Preto de Furnas..

(29) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 8. Dispositivos pirot´ ecnicos. Os dispositivos pirot´ecnicos podem interromper correntes de curto–circuito elevadas e em tempos bastante reduzidos. O principio b´asico de sua opera¸ca˜o ´e a interrup¸ca˜o do condutor em seu interior por meio de cargas explosivas e elementos fus´ıveis. Este dispositivo ´e amplamente utilizado desde a d´ecada de 50 mas no Brasil s´o foi adotada a partir dos anos 90. A Figura 1.3 apresenta as principais partes constituintes de um dispositivo pirot´ecnico.. Figura 1.3: Alguns componentes do dispositivo pirot´ecnico da ABB Estes elementos, de acordo com a numera¸c˜ao da figura s˜ao: 1. Cilindro isolante; 2. Carga explosiva; 3. Condutor principal; 4. Fus´ıvel; 5. Transformador de pulso. Entre as empresas que utilizam dispositivos pirot´ecnicos no Brasil pode-se citar a CSN (Companhia Sider´ urgica Nacional), CENIBRA, ARACRUZ, ACESITA, MANESMAN e a CST Steel. Seu uso nestas empresas se d´a em raz˜ao das mesmas terem introduzido em suas plantas sistemas de cogera¸c˜ao..

(30) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 9. HVDC. Existem tamb´em os limitadores baseados em elos de corrente cont´ınua como o HVDC convencional (uso de conversores de fonte de corrente) e o HVDC baseado em fontes de tens˜ao. O primeiro utiliza conversores baseados em tiristores enquanto que o segundo, ainda recente, faz uso de chave autocomutadas. Como os sistemas de corrente continua n˜ao contribuem para o aumento dos n´ıveis das correntes de curto–circuito ele s˜ao atrativos neste aspecto para realizar a interliga¸c˜ao de subsistemas el´etricos. Segundo Monteiro (2005) as principais aplica¸co˜es dos novos HVDC s˜ao:. • Conex˜ao de pequenas GDs e alimenta¸c˜ao de pequenas cargas locais; • Balan¸co de fluxos de cargas entre alimentadores e controle de carga; • Conex˜ao de redes ass´ıncronas e melhoria na estabilidade de redes interligadas; • Limita¸c˜ao de n´ıveis de curto–circuito.. Uma desvantagem desta tecnologia ainda ´e seu custo muito elevado devendo ser acrescida de funcionalidades para tornar-se vi´avel.. Disjuntores de abertura r´ apida. Os disjuntores de abertura r´apida s˜ao tamb´em solu¸c˜oes interessantes do ponto de vista de seccionamento pois s˜ao fabricados com chaves semicondutoras de potˆencia. Seu uso ainda restrito deve-se tamb´em as perdas em regime e podem ser utilizados para reduzir os n´ıveis de curto–circuito permitindo a opera¸ca˜o adequada dos dispositivos convencionais.. Interphase Power Controllers. S˜ao equipamentos desenvolvidos para controlar o fluxo de potˆencia ativa e reativa em interliga¸c˜oes CA, esta tecnologia foi desenvolvida pela ABB em conjunto com a Hydro Quebec - CITEQ. Podem ser aplicados, por exemplo:.

(31) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 10. • Interliga¸c˜oes de redes sem modifica¸c˜ao dos n´ıveis de curto–circuito; • Aumento da transferˆencia de potˆencia de instala¸co˜es dotadas de transformador defasador; • Limitadores de corrente de curto–circuito.. A Figura 1.4 ilustra o diagrama b´asico de um IPC.. Figura 1.4: Diagrama esquem´atico do IPC Ele ´e formado por susceptˆancias indutivas e capacitivas interligadas em s´erie ´ composto por elementos com elementos defasadores que podem ser transformadores. E convencionais e apresenta uma estrat´egia original podendo desacoplar as tens˜oes em seus terminais. Sua conex˜ao em s´erie com LTs permite o controle do fluxo de carga e fluxo inverso atenuando a supera¸c˜ao das correntes de curto–circuitos das subesta¸co˜es terminais e redes interligadas.. Supercondutores. Os supercondutores s˜ao alvos de intensas pesquisas no campo dos sistemas de potˆencia desde 1986 tendo evolu´ıdo r´apido. O aspecto que mais dificultava aplica¸c˜oes com supercondutores eram as temperaturas muito baixas (4 K) nas quais este fenˆomeno se evidenciava, por´em em 1986 foram obtidos resultados com supercondutores em altas temperaturas (77 K) com o uso de nitrogˆenio l´ıquido. O uso de nitrogˆenio requer instala¸co˜es mais simples, podendo ser resfriado variando-se press˜ao ao inv´es das condi¸co˜es mais rigorosas exigidas com o h´elio (Homrich 2001). Os testes para obten¸c˜ao Supercondutor limitador de corrente de curto–circuito (SLCC) tem anunciado excelentes resultados possibilitando consolida¸ca˜o desta tecnolo-.

(32) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 11. gia para os pr´oximos anos. Existem basicamente trˆes tipos de SLCC: os resistivo e o indutivo. Suas caracter´ısticas b´asicas s˜ao:. SLCC resistivo : Trabalha com temperaturas em torno de 77 K e ´e instalado em s´erie com o sistema el´etrico. Na ocorrˆencia de um curto–circuito um trˆes parˆametros que determinam a supercondutividade, temperatura densidade de corrente e campo el´etrico, e ent˜ao o elemento assume caracter´ıstica capaz de limitar a corrente pelo sistema. Um estrutura b´asica de um SLCC resistivo ´e apresentada na Figura 1.5 onde s˜ao apresentadas as partes principais que o constituem e o criostato ´e um termostato para baixas temperaturas. A falha por´em deve ser. Figura 1.5: Estrutura b´asica de SLCC resistivo.. interrompida o quanto antes pelos disjuntores para que n˜ao seja aumentada de maneira excessiva a temperatura do SLCC. SLCC indutivo : Segundo Monteiro (2005) supercondutor n´ ucleo de ferro blindado ´e basicamente um pequeno transformador. Seu acoplamento ´e magn´etico com o circuito a ser protegido. O enrolamento prim´ario possui ´e tipicamente normal e similar a um enrolamento convencional. O enrolamento secund´ario consiste quase sempre de numa u ´nica espira de material supercondutor que ´e um inv´olucro cil´ındrico. O campo magn´etico do enrolamento prim´ario ´e impedido pelo supercondutor de circular pelo n´ ucleo de ferro durante a opera¸c˜ao normal. Se a corrente ultrapassar um valor pr´e-estabelecido e o campo magn´etico cr´ıtico superado, ent˜ao uma impedˆancia elevada se estabelece no dispositivo limitando acorrente de curto-circuito. A Figura 1.5 mostra os componentes b´asicos de um SLCC indutivo..

(33) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 12. Refrigerador. Resfriamento Supercondutor Enrolamento primário. Núcleo de ferro. Criostato. Figura 1.6: Composi¸ca˜o b´asica de SLCC indutivo.. Da mesma forma que o SLCC resistivo, ap´os uma a¸c˜ao de limita¸c˜ao o SLCC indutivo necessita da a¸ca˜o do disjuntor para que o corrente de curto–circuito seja interrompida e ele possa ser novamente resfriado.. Sistemas Flex´ıveis de Transmiss˜ ao em Corrente Alternada (FACTS). Hingorani (1988) propˆos o uso intensivo de conversores eletrˆonicos de potˆencia em sistemas el´etricos. A proposta apresenta melhorias na controlabilidade e flexibilidade dos sistemas de potˆencia. Os dispositivos baseados na tecnologia FACTS ocupam espa¸cos importantes nos sistemas el´etricos permitindo melhorias com suas utiliza¸co˜es. Contudo os custos e exigˆencias para instala¸ca˜o e opera¸c˜ao destes equipamentos ainda s˜ao elevados, por´em a capacidade de um mesmo dispositivo realizar m´ ultiplas fun¸c˜oes ´e um fator motivador. Alguns dispositivos FACTS s˜ao apresentados abaixo:. • Compensadores est´aticos (SVC-Static Var Compensator ); • Reator controlado por tiristor (TCR-Thyristor Controlled Reactor ); • Capacitor chaveado por tiristor (TSC-Thyristor Switched Capacitor );.

(34) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 13. • Capacitor s´erie chaveado por tiristor (TSSC-Thyristor Switched Series Capacitor ); • Capacitor s´erie controlado por tiristor (TCSC-Thyristor Controlled Series Capacitor ); • Transformador defasador (PST-Phase Shifter Transformer ); • Compensador s´ıncrono est´atico (STATCOM-Static Synchronous Compensator ); • Compensador s´ıncrono est´atico s´erie (SSSC-Static Synchronous Series Compensator ); • Controlador universal de fluxo de potˆencia (UPFC-Unified Power Flow Controller );. As fun¸c˜oes destes equipamentos podem ser associadas `as aplica¸co˜es:. • Controle do fluxo de potˆencia ativo e reativo pelas linhas de transmiss˜ao; • Amortecimento de oscila¸co˜es eletromecˆanicas; • Aumento da capacidade de transmiss˜ao; • Limita¸c˜ao das correntes de curto–circuito.. 1.2.3. Aspectos gerais de um limitador Independente da tecnologia adotada espera-se que um dispositivo de prote¸c˜ao. de curto–circuito tenha as seguintes caracter´ısticas b´asicas (Karaday 1992):. i. Diferen¸ca de potencial nula entre seus terminais no modo de opera¸c˜ao normal (sem falhas detectadas); ii. Apresente uma alta impedˆancia no modo de prote¸c˜ao; iii. Entre em opera¸ca˜o “instantaneamente” (antes do primeiro pico da corrente de falha);.

(35) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 14. iv. Reduza a corrente de falha no regime transit´orio; v. Elimine a componente CC da corrente de falha; vi. Seja capaz de interromper a corrente de falha de regime permanente.. Este trabalho ir´a focar as topologias de dispositivos limitadores de correntes de curto–circuito (FCLs) baseados em circuitos ressonantes e controlados por dispositivos eletrˆonicos de potˆencia.. 1.2.4. Limitadores ressonantes de corrente de curto–circuito. A id´eia de usar circuitos LC ressonantes, controlados por dispositivos eletrˆonicos, atuando como dispositivos Limitador de Corrente de Curto-Circuito (FCL) na prote¸c˜ao de sistema el´etricos n˜ao ´e recente. Alguns dos princ´ıpios b´asicos deste tipo de prote¸ca˜o s˜ao encontrados em (Karaday 1991) e (Karaday 1992). A motiva¸ca˜o em utilizar circuitos ressonantes, controlados por dispositivos eletrˆonicos, ´e explicada pelo fato destes circuitos poderem ser controlados para apresentarem uma baixa impedˆancia durante o seu funcionamento em regime permanente. Contudo, quando ´e detectado um defeito no sistema, o FCL ´e for¸cado a aumentar sua impedˆancia interna, limitando a corrente de curto-circuito, protegendo o circuito el´etrico ao qual est´a conectado. Ser´a dada ˆenfase `as topologias de FCL que usam em sua estrutura tiristores de potˆencia. Esta escolha se deve ao fato destes semicondutores serem os de maior capacidade dispon´ıveis no mercado atualmente (Mohan, Undeland & Robbins 2003). Eles s˜ao tamb´em facilmente conectados em s´erie e em paralelo formando v´alvulas de maior capacidade, existindo ainda uma vers˜ao denominada de Tiristor Disparado por Laser (LTT) (Figura 1.7). Estas duas u ´ltimas caracter´ısticas s˜ao interessantes para aplica¸co˜es em alta potˆencia, onde o isolamento do circuito de disparo e as tens˜oes envolvidas s˜ao cr´ıticos sendo necess´ario garantir a independˆencia dos circuitos. Contudo, desde que os sistemas sejam compat´ıveis com suas limita¸co˜es de opera¸c˜ao, nada impede que sejam usadas chaves autocomutadas tais como: GTOs (“Gate Turn-off Thyristors”), IGCTs (“Integrate Gate Commutated Thyristors”) e IGBTs (“Insulated Gate Bipolar Transistors”) (Steimer, Gr¨ uning, Werninger & Schr¨oder 1994) e.

(36) 1.2. Motiva¸ c˜ ao do Estudo. 15. LTT. Grupo de válvula (aplicação FACTS). Light-Triggered Thyristor. Módulo Tiristor. Figura 1.7: Exemplos de estruturas de LTT - Siemens. (Takahash, Yoshikawa, Soutome, Fujii, Ichijyou & Seki 1996). Estas chaves semicondutoras tem capacidade de controlar tanto os instantes de in´ıcio de condu¸c˜ao quanto os instantes de corte atrav´es de sinais el´etricos aplicados em seus terminais de “gate”. A Figura 1.8 mostra um diagrama esquem´atico de uma subesta¸ca˜o de energia el´etrica com duas linhas de alimenta¸ca˜o (L1 e L2 ), trˆes ramais de sa´ıda (R1 , R2 e R3 ), um sistema de gera¸c˜ao disperso, diversos dispositivos FCLs e dois barramentos (B1 e B2 ) interligados atrav´es da chave S.. Figura 1.8: Diagrama unifilar de um sistema de potˆencia com m´ ultiplos transformadores, um sistema de gera¸c˜ao disperso e diversos dispositivos FCL..

(37) 1.3. Objetivos e principais contribui¸ co ˜es. 16. Nessa figura a localiza¸c˜ao dos FCLs foi escolhida de forma arbitr´aria, por´em seus tempos de opera¸ca˜o devem ser coordenados para garantir a m´axima prote¸ca˜o contra falhas (Tang & Iravani 2005). A modifica¸c˜ao da caracter´ıstica entre as condi¸co˜es de baixa e alta impedˆancia, ou seja, entre a opera¸c˜ao normal e a opera¸c˜ao como limitador, ´e conseguida variando a freq¨ uˆencia de ressonˆancia do FCL. Esse controle ´e poss´ıvel atrav´es da utiliza¸c˜ao de elementos reativos vari´aveis, sintetizados com indutores e capacitores chaveados por dispositivos semicondutores de potˆencia.. 1.3. Objetivos e principais contribui¸c˜ oes. Como discutido na se¸c˜ao anterior, a manuten¸ca˜o de correntes de curto-circuito elevadas por longos per´ıodos pode provocar danos aos equipamentos al´em de aumentar o risco de acidentes. A utiliza¸ca˜o de FCLs combinada com dispositivos de prote¸c˜ao convencionais (disjuntores e rel´es) pode reduzir os tempos de atua¸ca˜o das prote¸c˜oes, mantendo a continuidade do fornecimento de energia el´etrica e a estabilidade do sistema de potˆencia. A literatura apresenta diversas solu¸co˜es e propostas para limitadores baseados em tecnologias, materiais e topologias distintas. Dentro desta diversidade se encontram os limitadores LC ressonantes em especial baseados nas topologias b´asicas s´erie e paralela, por´em nesta disserta¸ca˜o alguns aspectos da opera¸ca˜o de limita¸ca˜o de corrente de curto–circuito s˜ao estudados e convergem para a proposta de uma nova topologia. Estes aspectos estudados levaram a resultados importantes para condu¸ca˜o da pesquisa desenvolvida sendo alguns deles apresentados como revis˜ao bibliogr´afica no decorrer do texto e outros formatados de modo a facilitar certas conclus˜oes. Desse modo, os principais objetivos deste trabalho s˜ao:. i. Estudar a opera¸c˜ao de circuitos ressonantes s´erie e paralelo, formados pela conex˜ao de indutores e capacitores (LC), como limitadores de corrente de curto–circuito; ii. Agregar informa¸co˜es para o dimensionamento otimizado dos elementos reativos dos limitadores LC ressonantes; iii. Estudar fatores associados aos limitadores de corrente de curto–circuito, baseados em topologias LC ressonantes, que retardam sua pr´opria a¸ca˜o de prote¸c˜ao e.

(38) 1.3. Objetivos e principais contribui¸ co ˜es. 17. prejudicam o sistema durante opera¸c˜ao em regime permanente, propondo solu¸co˜es para os casos analisados; iv. Apresentar uma topologia h´ıbrida, s´erie–paralela, a partir dos estudos das topologias b´asicas que combine as melhores caracter´ısticas das topologias b´asicas estudadas; v. Desenvolver modelos matem´aticos simplificados no dom´ınio da freq¨ uˆencia complexa– s para avaliar o efeito de cada elemento das topologias e tamb´em da estabilidade do limitador; vi. Implementar modelos digitais usando o pacote “SimPowerSystem/Matlab” que ser˜ao usados para testar a eficiˆencia do FCL na redu¸ca˜o de correntes de curtocircuito em um sistema de potˆencia; vii. Analisar o comportamento da topologia proposta submetidas `a presen¸ca de componentes harmˆonicas; viii. Desenvolver um circuito de sincronismo e disparo capaz de operar em condi¸co˜es onde a amplitude e a freq¨ uˆencia do sinal de referˆencia s˜ao vari´aveis; ix. Agregar ao limitador um sistema de detec¸ca˜o de falhas com fun¸ca˜o de seletiva de eventos.. As principais contribui¸co˜es deste trabalho consistem na proposta de uma topologia h´ıbrida, s´erie–paralela, acrescida de uma resistˆencia paralela com o reator s´erie. Na topologia proposta foi adicionado um bloco de controle para a detec¸ca˜o de falhas capaz classificar alguns eventos t´ıpicos de um sistema el´etrico. Tamb´em foi desenvolvido um circuito de sincronismo e disparo robusto capaz de operar adequadamente sob varia¸c˜oes na freq¨ uˆencia e amplitude do sinal de interesse. Tal circuito aproveita caracter´ısticas dos “Phase-Locked Loop” (PLL) e tamb´em da ”Dupla rampa de integra¸ca˜o”. S˜ao inseridas discuss˜oes sobre a necessidade de robustez, precis˜ao e conseq¨ uˆencias de opera¸ca˜o inadequada destes circuitos no desempenho do FCL. Foi desenvolvido um modelo matem´atico que permite avaliar o efeito da inser¸ca˜o da resistˆencia paralela com o reator s´erie. A utiliza¸ca˜o do modelo desenvolvido permite determinar o valor cr´ıtico para o resistor para obter uma melhor resposta dinˆamica do dispositivo..

(39) 1.4. Estrutura do Texto. 1.4. 18. Estrutura do Texto Este trabalho est´a estruturado da seguinte maneira: No Cap´ıtulo 2 s˜ao discutidas as caracter´ısticas b´asicas dos circuitos ressonantes. em suas topologias s´erie e paralela. S˜ao apresentados alguns aspectos referentes ao dimensionamento dos elementos reativos e algumas t´ecnicas de s´ıntese baseadas em tiristores de potˆencia. Em seguida, s˜ao feitas algumas an´alises das correntes de curto– circuito e apresentadas algumas desvantagens observadas nas topologias b´asicas. No Cap´ıtulo 3 ´e apresentada a topologia s´erie–paralela proposta neste texto e ´e desenvolvido um modelo linear para o limitador baseado em fun¸co˜es de transferˆencia. S˜ao apresentados alguns resultados de simula¸co˜es digitais cujas as an´alises permitir˜ao realizar corre¸c˜oes nos modelos de limitadores apresentados nos cap´ıtulos posteriores. No Cap´ıtulo 4 ´e implementado um modelo digital com componentes lineares e n˜ao–lineares contidos no pacote de simula¸ca˜o “SimPowerSystem/Matlab”. O FCL proposto neste cap´ıtulo se baseia em s´ıntese de reatˆancia atrav´es de tiristores de potˆencia, podendo portanto ser aplicada em sistemas el´etricos com potˆencias elevadas. O limitador ´e submetido a falhas pr´oximas e distantes do seu local de instala¸ca˜o. Neste cap´ıtulo s˜ao desenvolvidos modelos para detec¸c˜ao de falhas com a¸ca˜o classificat´oria ´ desenvolvido tamb´em um de eventos da rede, de forma a distinguir falsas falhas. E modelo de sincronismo e disparo para tiristores submetidos a varia¸co˜es na amplitude e freq¨ uˆencia do sinal de referˆencia. No Cap´ıtulo 5 s˜ao apresentadas modifica¸c˜oes na estrat´egia de disparo dos tiristores, com a finalidade de atenuar as componentes cont´ınuas das tens˜oes e das correntes nos elementos do limitador durante a ocorrˆencia de uma falha. O desempenho do limitador ´e tamb´em investigado para falhas aplicadas em diferentes pontos do per´ıodo da corrente senoidal, al´em de atrasos provocados no sistema de detec¸ca˜o da falha. O desempenho do limitador ´e tamb´em investigado quando o sistema de potˆencia tem harmˆonicos. Seu comportamento dinˆamico em casos de curto–circuito quilom´etrico e mediante erros de sincronismo e disparo s˜ao verificados neste cap´ıtulo. No Cap´ıtulo 6 ´e apresentado um comparativo final entre as topologias propostas e as topologias b´asicas ressonantes bem como as conclus˜oes observadas a partir dos resultados encontrados. Aponta para aprimoramentos e desdobramentos poss´ıveis a.

(40) 1.5. Lista de publica¸ c˜ oes. 19. curto prazo em rela¸ca˜o a pesquisa desenvolvida. No Apˆendice A ´e apresentado um resumo com as caracter´ısticas b´asicas do “Thyristor-Controlled Reactor ” (TCR), fazendo uma abordagem de como ´e realizado o controle da reatˆancia indutiva em seus terminais a partir da varia¸c˜ao do ˆangulo de disparo dos tiristores. No Apˆendice B ´e apresentado um resumo sobre os tipos de curto–circuito mais comuns e a forma da corrente el´etrica em alguns casos. No Apˆendice C ´e apresentado a demonstra¸ca˜o matem´atica da instabilidade do circuito s´erie RLC para R nulo.. 1.5. Lista de publica¸co ˜es. A seguir s˜ao apresentadas a lista das publica¸co˜es resultantes deste trabalho de pesquisa.. [1] Lanes, Matusal´em M., Henrique A. C. Braga & Pedro G. Barbosa (2006), “Limitador de corrente de curto–circuito baseado em circuito ressonante controlado por dispositivos semicondutores de potˆencia”, (IEEE Latin-America Transaction). (aceito para publica¸c˜ ao) [2] Lanes, Matusal´em M., Pedro G. Barbosa & Henrique A. C. Braga (2006), “Limitador eletrˆonico de corrente de curto–circuito baseado em circuito ressonante s´erie-paralelo”, Anais do XVI Congresso Brasileiro de Autom´atica - CBA’2006, Salvador, Bahia, Brasil..

(41) Cap´ıtulo 2. Princ´ıpios B´ asicos do Funcionamento dos FCLs Ressonantes. N. este cap´ıtulo ser˜ao analisadas as caracter´ısticas b´asicas de duas topologias de. circuitos LC ressoantes, uma s´erie e outra paralela. Ser˜ao discutidas as capacidades, em regime permanente, destes circuitos operarem como limitadores de corrente de curto–circuito, destacando as vantagens e desvantagens observadas. A utiliza¸c˜ao de reatores s´erie, a seco e imerso em ´oleo, (Nogueira & Jr. 1999) para limitar correntes de curto–circuito ´e bastante difundida nos sistemas el´etricos em Alta tens˜ao (AT) e M´edia tens˜ao (MT). Algumas empresas de energia el´etrica j´a consideram o uso de reatores uma solu¸ca˜o definitiva (DPT.T et al. 2005) e a um custo relativamente baixo. As principais desvantagens associadas a opera¸c˜ao dos reatores s´erie s˜ao: (i) perdas por efeito Joule elevadas, (ii ) queda de tens˜ao entre os terminais do reator, (iii) grande volume e (iv ) indu¸ca˜o e interferˆencia eletromagn´etica em estruturas met´alicas e equipamentos pr´oximos. Os reatores a seco e a ´oleo possuem boa eficiˆencia em geral mas algumas caracter´ısticas se evidenciam mais quando utilizados como limitadores de corrente de curto– circuito (Nogueira & Jr. 1999).. 20.

(42) 21 A vantagem que mais se destaca no reator a seco ´e sua robustez, podendo ser instalados ao tempo ou serem abrigados. Permitem inspe¸c˜ao visual, n˜ao apresentam satura¸ca˜o e s˜ao n˜ao inflam´aveis e com m´ınima necessidade de manuten¸c˜ao. Como desvantagens, destacam-se o intenso campo eletromagn´etico associado a sua opera¸c˜ao, exigem portanto maior espa¸co f´ısico para seguran¸ca e para que n˜ao haja indu¸ca˜o e interferˆencia eletromagn´etica em estruturas met´alicas e equipamentos pr´oximos e tamb´em deve ser instalado em local ventilado. Sua instala¸ca˜o deve ser refor¸cada tendo em vista os elevados esfor¸cos mecˆanicos durante um curto–circuito. Adota-se a regra geral de que seu afastamento ´e da ordem de 1/3 de seu diˆametro. Em raz˜ao do exposto, ainda que ele possua menores dimens˜oes, ele pode requerer espa¸co at´e mesmo superior a um reator a ´oleo. Os reatores a ´oleo s˜ao constru´ıdos observando a imers˜ao de seu enrolamento em ´oleo, sua montagem deve evitar a presen¸ca de ferro no circuito magn´etico. Sua principal vantagem ´e a ausˆencia de polui¸c˜ao ambiental devido `a blindagem do tanque que o comporta. Sua instala¸c˜ao pode ser feita pr´oxima a outros equipamentos no que diz respeito `as interferˆencias e indu¸c˜ao eletromagn´etica. Como desvantagem destacamse a rigorosa manuten¸ca˜o e supervis˜ao de diversas vari´aveis para garantir a opera¸ca˜o segura do equipamento, como ventila¸ca˜o, temperatura, press˜ao interna , estruturas de amostragem do ´oleo etc. Por fim, uma das maiores desvantagens tamb´em ´e seu peso muito elevado, o que dificulta sua instala¸c˜ao em subesta¸co˜es j´a existentes e tamb´em seu remanejamento. Seu custo inicial ´e menor, por´em seu peso (em torno de trˆes vezes mais que o reator a seco) e manuten¸c˜oes necess´arios o tornam uma op¸c˜ao mais cara. O uso de reatores como limitadores de corrente de curto–circuito j´a ´e uma op¸c˜ao bastante interessante, por´em ainda apresentam certas desvantagens como descrito anteriormente. Desse modo, pesquisas buscam por dispositivos de prote¸ca˜o que possam tamb´em oferecer menores exigˆencias em suas opera¸c˜oes, tanto em regime de funcionamento normal, onde suas presen¸cas n˜ao interfiram significativamente no sistema el´etrico. J´a durante uma falha eles devem promover redu¸ca˜o efetiva da corrente de falha. A opera¸ca˜o dos circuitos ressonantes como FCLs ´e baseada no fato destes circuitos poderem ter suas impedˆancias internas modificadas, desde valores muitos baixos at´e elevados, a partir da varia¸ca˜o de suas freq¨ uˆencias de ressonˆancia. Contudo, para.

(43) 2.1. An´ alise das topologias s´ erie e paralela ressonantes. 22. que esse controle seja poss´ıvel, deve-se variar as reatˆancias indutiva e capacitiva do circuito LC. Assim sendo, este cap´ıtulo ir´a discutir tamb´em as principais formas de sintetizar elementos reativos vari´aveis a partir da utiliza¸ca˜o de tiristores de potˆencia. Outro aspecto que tamb´em ser´a abordado neste cap´ıtulo diz respeito ao dimensionamento dos elementos reativos que comp˜oe o FCL ressonante. Os resultados obtidos fornecem subs´ıdios para dimensionamento dos elementos do FCL. Os resultados obtidos aqui ser˜ao usados para derivar uma topologia h´ıbrida que ser´a apresentada e discutida em detalhes do Cap´ıtulo 3 ao Cap´ıtulo 5.. 2.1. An´ alise das topologias s´ erie e paralela ressonantes A Figura 2.1 mostra dois circuitos LC ressonantes, um s´erie e outro paralelo,. conectados entre uma fonte senoidal vS , cuja freq¨ uˆencia angular fundamental ´e ω1 , e uma carga. O sub´ındice (v ) associado a indutˆancia e a capacitˆancia dos FCLs indicam que esses elementos podem ter seus valores variados. Essa nomenclatura ir´a facilitar as an´alises que ser˜ao apresentadas adiante.. iS. FCL. FCL. iS. Lv. Cv. vS. carga. (a). vS. Lv Cv carga. (b). Figura 2.1: Topologias de FCLs baseados em circuitos ressonantes: (a) s´erie e (b) paralela.. Quando um curto-circuito ´e detectado no sistema da Figura 2.1 pode-se variar a freq¨ uˆencia de ressonˆancia do circuito LC para modificar o valor da impedˆancia interna do FCL (ZF CL ) e limitar a corrente pela fonte vS . Ou seja, durante o funcionamento normal, as impedˆancias dos FCLs mostrados na Figura 2.1 (a) e (b) devem ter um valor.

Referências

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