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A mulher e o direito do trabalho

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MICHELLE FERNANDES FERREIRA LACERDA

A MULHER E O DIREITO DO TRABALHO

Ijuí (RS) 2017

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MICHELLE FERNANDES FERREIRA LACERDA

A MULHER E O DIREITO DO TRABALHO

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Direito objetivando a aprovação no componente curricular Trabalho de Curso - TC.

UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

DCJS - Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais.

Orientadora: MSc. Luiz Raul Sartori

Ijuí (RS) 2017

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Dedico este trabalho à minha família, pelo incentivo, apoio e confiança em mim

depositados durante toda a minha

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AGRADECIMENTOS

À minha mãe Raquel e ao meu pai Jairo, que sempre estiveram presentes no decorrer da graduação, me incentivando, confiando, investindo e apoiando minhas decisões, instruindo-me a superar os desafios, pois estes, nada mais são do que fortalecimento para a evolução e o desenvolvimento.

Aos meus irmãos Priscila, Jônatas e Davi, que de forma especial, me apoiaram e incentivaram constantemente desde o início desta jornada.

Ao meu orientador Luiz Raul Sartori, com quem tive o privilégio de conviver e contar com sua dedicação, me guiando pelos caminhos do conhecimento.

Em especial, a Maria Cristina, que esteve ao meu lado em todos os momentos, me dando apoio e me impulsionando a nunca desistir.

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“Justiça é consciência, não uma consciência

pessoal mas a consciência de toda a

humanidade. Aqueles que reconhecem

claramente a voz de suas próprias consciências normalmente reconhecem também a voz da justiça.” Alexander Solzhenitsyn

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso faz uma análise das primeiras noções de direito do trabalho, a fim de propiciar o conhecimento das conquistas em busca da construção e garantia de direitos a mulher feita à legislação brasileira. Analisa sua evolução histórica e o seu caráter transformador na sociedade. Aborda os direitos trabalhistas da mulher como forma de solução dos conflitos e a crise jurisdicional ocasionada pelo excesso de litigiosidade, com consequente aumento vertiginoso de demandas e, com isso, uma morosidade processual que vem provocando muitos questionamentos e busca de soluções. Estuda a igualdade de direitos do trabalhador, tanto do homem quanto da mulher, como procedimento e regra para a solução dos conflitos e não discriminação por motivo de sexo, investigando seus fundamentos, características e princípios. Investiga o avanço das conquistas da mulher até o presente momento, ante as dificuldades existentes na sociedade que insiste, em determinados casos, permanecer inerte. Faz uma breve análise das propostas legislativas e tece considerações sobre as mesmas. Finaliza concluindo que há muito ainda que se discutir em matéria protetiva à mulher trabalhadora e que o incentivo ao conhecimento das conquistas alcançadas até aqui deverão continuar como legado em busca da igualdade.

Palavras-Chave: Noções sobre direito do trabalho. Igualdade de gênero. Solução de conflitos. Incentivo ao conhecimento.

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ABSTRACT

The present work of conclusion of course examines the first notions of labor law, in order to provide knowledge of the achievements in search of the construction and guarantee of women's rights made to Brazilian legislation. It analyzes its historical evolution and its transforming character in society. It addresses women's labor rights as a way of solving conflicts and the jurisdictional crisis caused by excessive litigation, with a consequent rapid increase in demands, and with that, a procedural delays that has been causing many questions and seeking solutions. It studies the equality of the worker's rights, both men and women, as a procedure and rule for the resolution of conflicts and non-discrimination on the basis of sex, investigating its foundations, characteristics and principles. It investigates the progress of women's achievements up to the present moment, given the difficulties in society that insists, in certain cases, remain inert. It briefly reviews legislative proposals and reviews them. She concludes by concluding that there is still much to be discussed in the protection of working women, and that encouraging the knowledge of the achievements to date should continue as a legacy in search of equality.

Keywords: Notions about labor law; Gender equality; Conflict resolution. Incentive to knowledge.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 8 1 DIREITO DO TRABALHO ... 10 1.1 Histórico ... 10 1.2 A relação de emprego ...12 1.3 Principais conceitos...13 1.3.1 a pessoa física ...13 1.3.2 a pessoalidade ...14 1.3.3 a não eventualidade ...14 1.3.4 a onerosidade ...14 1.3.5 a subordinação ...15 1.4 CLT: alguns apontamentos ...15.

2 A MULHER E O DIREITO DO TRABALHO ... 18

2.1 Breve histórico ... 18

2.2 A inserção da mulher no mercado ... 19

2.3 A legislação ... 19

2.4 As desigualdades ... 22

2.5 O assédio moral: breves considerações...23

2.6 Jurisprudências: algumas posições do TST ...24

CONCLUSÃO ... 26

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8

INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta um estudo acerca das primeiras noções sobre o direito do trabalho, a fim de efetuar uma investigação da conquista da mulher ante a legislação brasileira. Essa conquista foi e ainda é necessária face à crescente insatisfação coletiva em relação à desigualdade e discriminação enfrentadas diariamente em diversas situações do cotidiano.

Para a realização deste trabalho foram efetuadas pesquisas bibliográficas e por meio eletrônico, analisando também as propostas legislativas em andamento, a fim de enriquecer a coleta de informações e permitir um aprofundamento no estudo da mulher e o direito do trabalho, revelando a importância da igualdade de gênero na construção da paz social e apontar novas perspectivas para a problemática da discriminação da mulher.

Inicialmente, no primeiro capítulo, foi feita uma abordagem da evolução histórica do Direito do Trabalho através de alguns fatos importantes ocorridos nas sociedades primitivas até os dias de hoje. Segue uma análise das principais Constituições brasileiras, onde o Estado chama para si o poder/dever de decidir as lides, as crises enfrentadas desde então por empregados e empregadores, e o acesso à justiça como mais um agente da crise para dirimi-las. Também são analisados alguns conceitos e fundamentos compositivos nesta relação de sobrevivência entre o empregador e o empregado, introduzindo a legislação vigente a solução dos conflitos, com a igualdade entre os gêneros em seus direitos trabalhistas.

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9 No segundo capítulo são analisadas mais profundamente as mudanças realizadas na legislação brasileira vigente onde estabeleceu as responsabilidades decorrentes da sociedade conjugal igualmente a ambos os cônjuges. Também são analisadas as conquistas desta ruptura de ideologia patriarcal a qual regia a estrutura jurídica anterior. A fim de demonstrar que há muito se vem buscando a conscientização e conhecimento desta conquista decorrente de muita luta pelo direito de trabalhar, preservando-a e permitindo avanços quanto à condição jurídica e social da mulher.

A partir desse estudo se verifica que através desse marco jurídico e histórico, deu início a uma nova estrutura ao ordenamento jurídico valorando uma composição de coerência apresentando características essenciais para a contribuição dessa construção, regulando especificamente a relação de emprego entre homens e mulheres onde ambos são considerados iguais perante a lei face ás suas relações de emprego, em busca da paz social.

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10 1. DIREITO DO TRABALHO

O Direito do Trabalho destina-se à pacificação do conflito social entre os detentores dos meios de produção e os trabalhadores (capital X trabalho).

A história do direito do trabalho identifica-se com a história de subordinação, ou seja, do trabalho subordinado. Verifica-se que com o passar dos tempos sempre houve uma preocupação com o hipossuficiente e com o emprego típico.

Podemos compreender com mais veemência os problemas atuais através da narrativa de alguns fatos importantes ocorridos nesta trajetória dinâmica que é o ramo do Direito do Trabalho.

1.1 Histórico

O trabalho é de fundamental importância na vida de todo ser humano, pois dele se exige dedicação, responsabilidade, honestidade, excelência e comprometimento onde quer que ele ocorra, seja em qualquer lugar do mundo.

Trabalho vem do latim tripalium, que era uma espécie de instrumento de tortura de três paus ou uma canga que pesava sobre animais. Era um instrumento usado pelos agricultores para bater, rasgar e esfiapar o trigo, espiga de milho e o linho (MARTINS, 2015, p.4).

Sabe-se que o homem sempre trabalhou para obter seus alimentos. Desenvolvia o seu trabalho de forma primitiva, com instrumentos de trabalho simples, objetivando apenas a satisfação de suas necessidades imediatas para sobreviver sem a intenção de acúmulo. Ele caça, pesca e luta contra o meio físico, contra os animais e contra os seus semelhantes. Era, portanto, uma economia apropriativa.

No entanto, não há que se falar sem antes apresentar o conceito de Direito de Trabalho:

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11 Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhes são destinadas (MARTINS, 2015, p. 18).

A enciclopédia livre Wikipédia, também faz menção ao conceito de Direito do Trabalho:

Direito do Trabalho, é o conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores, são os direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores. Estas normas, no Brasil, estão regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Constituição Federal de 1988 e várias leis esparsas (como a lei que define o trabalho do estagiário, dentre outras).

Surge como autêntica expressão do humanismo jurídico e instrumento de renovação social. Constitui atitude de intervenção jurídica em busca de um melhor relacionamento entre o homem que trabalha e aqueles para os quais o trabalho se destina. Visa também a estabelecer uma plataforma de direitos básicos. Portanto, a definição de direito do trabalho é o conjunto de normas e princípios

que regulamentam o relacionamento entre empregado e

empregadores.

O doutrinador Sergio Pinto Martins faz referência à evolução mundial da história do trabalho, com a afirmação:

Inicialmente, o trabalho foi considerado na Bíblia como castigo. Adão teve de trabalhar para comer em razão de ter comido a maçã proibida.

Posteriormente a primeira forma de trabalho foi a escravidão, em que o escravo era considerado apenas uma coisa, não tendo qualquer direito, muito menos trabalhista. O escravo, portanto, não era considerado sujeito de direito, pois era propriedade do dominus. Nesse período, constatamos que o trabalho do escravo continuava no tempo, até de modo indefinido, ou mais precisamente até o momento em que o escravo vivesse ou deixasse de ter essa condição. Entretanto, não tinha nenhum direito, apenas o de trabalhar.

Na Grécia, Platão e Aristóteles entendiam que o trabalho tinha sentido pejorativo. Envolvia apenas força física. A dignidade do homem consistia em participar dos negócios da cidade por meio da palavra. Os escravos faziam o trabalho duro, enquanto os outros poderiam ser livres [...].

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12 Com o advento da Revolução Industrial, os operários prestavam serviços em condições insalubres, sujeito a incêndios, explosões, intoxicação por gases, inundações, desmoronamentos, prestando serviços por baixos salários e sujeito a várias horas de trabalho, além de oito.

Inicialmente, as Constituições brasileiras versavam apenas sobre a forma do Estado, o sistema de governo. Posteriormente, passaram a tratar de todos os ramos do Direito e, especialmente, do Direito de Trabalho, como ocorreu com nossa Constituição atual.

1.2 A Relação de emprego

O surgimento da relação de emprego, ou o vínculo empregatício, advém da prestação de serviço de uma pessoa a outra, física ou jurídica (empregador e empregado), de forma subordinada, pessoal, não eventual e onerosa.

Empregado é conceituado no artigo 3º da CLT, afirmando que o empregado é toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual a empregador sob a dependência deste e mediante salário.

O empregado é uma pessoa que recebe salários pela prestação de serviços ao empregador (MARTINS, 2007, p. 135).

O empregador encontra-se conceituado no art.2º da CLT, “como a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal do serviço.” (BRASIL, 2015)

Todavia, para melhor entendimento da relação de emprego estudada em nossa atual Constituição e, Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), vamos fazer uso, em nossa abordagem, da classificação de Direito do Trabalho, onde este “surgiu para limitar os abusos do empregador em explorar o trabalho e para modificar condições de trabalho.” (MARTINS, 2015, p. 9)

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13 Portanto, uma boa definição dos principais e fundamentais direitos trabalhistas serão discorridos a seguir, pois foram conceituados através de um “conjunto de princípios, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhe são destinadas.” (MARTINS, 2015, p.18)

1.3 Principais conceitos

Neste tema, necessário trazer alguns conceitos básicos aplicáveis ao Direito do Trabalho compreendendo aspectos subjetivos, em que se verificam os tipos de trabalhadores, objetivos, considerando a matéria do Direito do Trabalho e não os sujeitos envolvidos e, mistos, abrangendo pessoas e objeto.

Empregado é conceituado legalmente pelo art. 3º da CLT, afirmando que o empregado é “[...] toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.” (BRASIL, 2015).

Entre o empregado e o empregador existe uma relação que engloba os seguintes elementos: pessoa física, pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, subordinação e alteridade, que serão a seguir esclarecidos.

1.3.1 A pessoa física

Para Martins (2015, p. 148), “o primeiro requisito para ser empregado é ser pessoa física. Não é possível o empregado ser pessoa jurídica ou animal.” Nesse sentido, Delgado (2007, p. 291) esclarece que a prestação de serviços será sempre por uma pessoa física ou natural, ou seja, a figura do trabalhador será sempre uma pessoa natural, ao passo que, o empregador pode ser tanto pessoa física quanto jurídica.

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14 Trata-se de um elemento com certa vinculação ao anterior sendo:

Essencial à configuração da relação de emprego que a prestação do trabalho, pela pessoa natural, tenha efetivo caráter de infungibilidade, no que tange ao trabalhador. A relação jurídica pactuada [“...] deve ser, desse modo, intuitu persona e com respeito ao prestador de

serviços, que não poderá, assim, fazer-se substituir

intermitentemente por outro trabalhador ao longo da concretização dos serviços pactuados.” (DELGADO, 2007, p. 292)

O empregado não poderá ser substituído por outro, salvo hipóteses autorizadas, a exemplo das férias, licença-gestante, afastamento para cumprir mandato sindical, entre outros. São casos em que o contrato do trabalhador se suspende ou se interrompe, podendo o empregador colocar um substituto em seu lugar, sem, no entanto, qualquer descaracterização do elemento pessoalidade (DELGADO, 2007, p. 292).

1.3.3 Não eventualidade

Conforme Martins (2015, p. 148), “o serviço prestado pelo empregado deve ser de caráter não eventual, e o trabalho deve ser de natureza contínua, não podendo ser episódico, ocasional.”

Assim, “para que haja relação empregatícia é necessário que o trabalho prestado tenha caráter de permanência [...], não se qualificando como trabalho esporádico.” (DELGADO, 2007, p. 294).

1.3.4 A onerosidade

Refere-se ao valor recebido pela prestação de serviços do trabalhador pessoa física ao empregador, sendo, para (MARTIINS 2012, p. 144):

O contrato de trabalho possui natureza onerosa, ou seja, o(a) empregado(a) presta serviços ao seu empregador, que, em contrapartida, paga um valor pelos serviços prestados, inexistindo contrato de trabalho gratuito.

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15

Para BASILE (2009, p. 21), a definição de onerosidade, para fins trabalhistas, derivará de “ônus”, fazendo-se presente sempre que o tomador dos serviços se comprometer ao cumprimento de uma obrigação, seja de pagar (dinheiro ou utilidade), de fazer ou de não fazer.

1.3.5 A subordinação

A subordinação, para o entendimento de BASILE (2009, p. 20), “advém da evolução do antigo conceito de dependência e, sendo um requisito do vínculo empregatício, não é econômica nem técnica, mas sim jurídica.”

O trabalhador cumpre as ordens que lhe são dirigidas pelo empregador em respeito ao contrato de trabalho celebrado e para que possa reivindicar a contraprestação pecuniária, bem como todos os direitos trabalhistas que o instrumento normativo e a lei lhe conferem, pois, afinal, nem sempre possui condição econômica inferior ou busca aperfeiçoar sua técnica.

1.4 CLT: alguns apontamentos

As discussões sobre direitos de trabalhadores e as formas de solução de conflitos entre patrões e empregados no Brasil, tiveram início com o fim da escravidão, em 1888.

No Brasil, desde a abolição da escravatura, a fase embrionária da consolidação dos direitos trabalhistas perdurou por quatro décadas. As primeiras normas de proteção ao trabalhador surgiram a partir da última década do século XIX. Em 1891, o Decreto nº 1.313 regulamentou o trabalho de menores.

A primeira Constituição a tratar de normas de Direito do Trabalho foi a de 1934.

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16 Tem o Direito do Trabalho inúmeras regras que versam sobre a matéria. A maioria delas está contida na CLT (MARTINS, 2015, p. 18).

A enciclopédia livre Wikipédia, traz menção ao tema:

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é lei norma legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas junto com seu segundo filho Diego Vargas, Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Alguns analistas afirmam que ela tenha sido fortemente inspirada na Carta del Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália , enquanto outros consideram este fato como uma mistificação.A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939. O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de agrária para industrial. Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o Ministro do Trabalho e Emprego Alexandre Marcondes Filho trocaram as primeiras ideias sobre a necessidade de fazer uma consolidação das leis do trabalho. A ideia primária foi de criar a "Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social". Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.

Na Constituição Federal de 88, os direitos trabalhistas encontram-se dispostos no Capítulo II, art. 7º:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço;

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável [...].

Importante destacar que a Consolidação foi resultado de intensas lutas entre formas de pensar e projetar seu conteúdo. Não têm sido poucos os embates que a CLT tem enfrentado. Apesar deles e das transformações pelas quais tem passado,

(18)

17 ela resiste. E resiste porque construída em conexão com as necessidades sociais do tempo histórico em que elaborada.

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18 2 A MULHER E O DIREITO DO TRABALHO

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu pela primeira vez que os deveres e responsabilidades decorrentes da sociedade conjugal cabem igualmente a ambos os cônjuges, marcando a mudança do padrão do Direito do Trabalho que, antes, destinava-se a proteger o lugar da mulher no lar e agora se destina a garantir a possibilidade efetiva de trabalhar.

O presente estudo pretende resgatar aspectos da ideologia patriarcal que regia a estrutura jurídica anterior para valorizar as conquista histórica que tal ruptura representou. A ideia é promover a conscientização acerca desta conquista, decorrente de muita luta pelo direito de trabalhar, para preservá-la e permitir avanços quanto à condição jurídica e social da mulher.

2.1 Breve histórico

Através desse marco jurídico que foi a Constituição Federal de 1988, iniciou-se um novo conjunto de valores direcionando a uma nova estrutura de coerência ao ordenamento jurídico. Vale ressaltar que, trata-se de um processo em fase de consolidação, pois, ainda existem perguntas sem respostas e espaços de resistência.

No momento atual, há uma necessidade imperativa ante ao conhecimento do significado dessas conquistas das gerações anteriores até os dias de hoje. A maioria das pessoas ainda não se deu conta do que realmente significam tais conquistas as quais representam os avanços sociais e jurídicos em relação à mulher e, por isso, as põem em risco, pois, para defender uma conquista, é preciso conhecer mais do que o conteúdo literal da norma jurídica, por exemplo, é certo que poucas pessoas saberiam explicar quais as razões que justificariam os direitos das mulheres se aposentarem com cinco anos a menos que a contribuição para a previdência social que os homens.

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19

2.2 A inserção da mulher no mercado

O trabalho da mulher foi muito utilizado, principalmente para operação de máquinas, no decorrer da Revolução Industrial (século XIX). Neste período, os empresários preferiam o trabalho da mulher nas indústrias porque elas aceitavam salários inferiores aos dos homens, porém faziam os mesmos serviços que estes.

Segundo Martins (2015, p. 670), em razão disso, as mulheres sujeitavam-se a jornadas de 14 a 16 horas por dia, salários baixos, trabalhando em condições prejudiciais à saúde e cumprindo obrigações além das que lhes eram possíveis, só para não perder o emprego.

A partir dessa problemática é que começou a surgir uma legislação protecionista em favor da mulher.

2.3 A legislação

Em 29 de dezembro de 1917, na esfera estadual de São Paulo, surgiu a primeira lei de cunho protecionista à mulher operária. Instituindo o Serviço Sanitário do Estado, proibindo o trabalho de mulheres em estabelecimentos industriais no último mês de gravidez e no primeiro puerpério (6 a 8 semanas após o parto).

Logo, a Organização Internacional do Trabalho, OIT, em 1919, criou as convenções n.os 3 e 4, referentes à mulher trabalhadora, promovendo a igualdade das criações de trabalho como forma de diminuir as diferenças socioeconômicas existentes.

A primeira Constituição que versou sobre o tema foi a de 1934, como nos esclarece MARTINS:

A Constituição de 1934 proibia a discriminação do trabalho da mulher quanto a salários (art. 121, § 1º, a), vedava o trabalho em locais insalubres (art. 121, § 1º, d), garantia o repouso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, assegurando instituição

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20 de previdência a favor da maternidade (art. 121, § 1º, h). Previa os serviços de amparo à maternidade (art. 121, § 3º) (MARTINS, 2015, p. 672).

A Constituição de 1937, conforme MARTINS (2015, p. 672), proibia o trabalho da mulher em indústrias insalubres (art. 137, k), além de assegurar assistência médica e higiênica à gestante, prevendo um repouso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário.

Após, a Constituição de 1937, segundo MARTINS (2015, p. 672) proibia o trabalho da mulher em indústrias insalubres (art. 137, k) além de assegurar assistência médica e higiênica à gestante, prevendo um repouso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário (art. 137, l).

Em 1943, com a aprovação da CLT pelo Decreto-Lei n. 5.432, admitiu-se à mulher o direito ao trabalho noturno, apenas se ela tivesse 18 anos e em algumas atividades.

É importante que se contextualize o momento econômico e social em que a CLT foi elaborada, segundo SOUZA (2017, p. 25), tempos de profundas transformações, senão vejamos:

[...] com base tipicamente agrária e marcada herança escravocrata, patriarcal e monocultora, o Brasil iniciou seu processo de industrialização e ingressou no contexto do século XX como um país moderno, ainda que de forma tardia, foi seu capitalismo. Dessa

forma, busca-se compreender: o papel do Estado na

institucionalização das regras sociais de proteção ao trabalho; e, as razões de sua ação coordenadora. A ação coordenadora essa, aliás, decisivas para que direitos já positivados fossem consolidados em um texto e para que as instituições aptas a fiscalizar sua aplicação e a concretizá-los fossem criadas, como é o caso do sistema de fiscalização e da Justiça do Trabalho.

A Constituição de 1946 versou sobre a proibição ante a diferença salarial por motivo de sexo em seu artigo 157, II. Conforme nos esclarece MARTINS (2015, p.672) vedava o trabalho da mulher em indústrias insalubres (art. 157, IX);

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21 assegurava o direito a gestante e descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do emprego nem do salário (art. 157, X); reconhecia a assistência sanitária, inclusive hospitalar e médica à gestante; previa a previdência em favor da maternidade (art. 157, XVI).

Nesse sentido, a Constituição de 1967 proibia diferença de salários e de critérios de admissão por motivo de sexo (art. 158, III); vedava o trabalho da mulher em indústrias insalubres, assegurava o descanso remunerado à gestante, antes e depois do parto, sem prejuízo do emprego e do salário; previa a previdência social, visando à proteção à maternidade. (MARTINS, 2015, p. 673).

Posteriormente, a Constituição de 1988, não proibiu o trabalho da mulher em atividades insalubres, o que tornou permitido. Segundo MARTIS (2015, p. 673) assegurou a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias (art. 7º, XVIII), quando anteriormente era de apenas 84 dias.

Até a Constituição de 1988, verificamos que o ordenamento jurídico brasileiro tendia em proteger o trabalho da mulher, o que perpetuou a discriminação da mulher no mercado de trabalho.

As medias de proteção, segundo MARTINS (2015, p. 674) “só se justificam em relação ao período de gravidez e após o parto, de amamentação e a certas situações peculiares à mulher, como se de sua impossibilidade física de levantar pesos excessivos, que são condições inerentes à mulher.”

Nesse sentido, MARTINS (2015, p. 674) continua a nos elucidar, de que as demais formas de discriminação à mulher deveriam ser abolidas, senão vejamos:

[...] há muitos preconceitos em relação à mulher, oriundos de uma sociedade paternalista, que enxerga o pai como chefe de família e que só ele deve trabalhar. As mulheres, assim, ficam marginalizadas, aceitando salários inferiores aos homens, prestando serviços em jornadas excessivas, apenas para conseguir o emprego e obter um salário.

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22 O fato é que, as normas de proteção vieram em momento oportuno, mas ainda há muito que destinar à reversão da situação de opressão da mulher trabalhadora.

Dessa forma, MARTINS (2015, p. 674) evidencia que “os motivos de proteção ao trabalho da mulher são conservadores e, em vez de protegê-las, acabam discriminando-a.”

2.4 As desigualdades

Verificamos até aqui que, para combater a prática discriminatória à mulher trabalhadora, o direito do trabalho da mulher passou por fases com períodos marcadamente protetivos, excluindo a mulher de diversas atividades, transformações tecnológicas, econômicas e sociais culminando com a minimização, mantendo-a apenas naqueles itens de real importância para a mulher trabalhadora.

Nesse sentido, CALIL nos esclarece que:

[...] hoje em dia fala-se em um caráter promocional do direito do trabalho da mulher, em uma busca de promover a igualdade entre os gêneros e que a proteção legal à mulher trabalhadora apenas se faça presente onde diferenças, como biológicas e de tratamento assim o exigirem.

Desta forma, a Lei 9.029/95, surgiu para combater uma prática discriminatória que se tornou comum após a promulgação da Constituição de 1988, senão vejamos:

[...] após a promulgação da Constituição de 1988, a lei 9.029/95 surgiu para combater uma prática discriminatória, vez que a estabilidade à gestante foi considerada uma ameaça ao direito do empregador de demitir suas empregadas: a exigência de atestado negativo de gravidez para as ingressantes no emprego ou da comprovação de esterilização tanto das postulantes ao cargo quanto das empregadas para a manutenção de seu posto. (CALIL, 2008).

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23 Assim, conforme continua a nos esclarecer CALIL, a referida lei criminalizou a conduta do empregador que exigisse teste, exame, perícia, laudo, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou ao estado gravídico.

Destarte, constatamos que a desigualdade de gênero ainda encontra-se latente, prejudicando o desenvolvimento na formação de uma sociedade econômica sólida e igualitária.

2.5 O assédio moral: breves considerações

O tema a tratar nesse tópico vem sendo objeto de estudo não somente no mundo do Direito. Outras ciências vêm se dedicando à sua pesquisa, como a psicoterapia, a medicina e a sociologia jurídica.

Com o desenvolvimento da civilização humana em busca de sobrevivência através de trabalho, desde os primórdios, já vistos no primeiro capítulo, até o momento atual, a realidade caracteriza-se cada dia mais pela competitividade empresarial a qualquer custo, muitas vezes sem limites éticos, pelo excesso de oferta de mão de obra e pela redução dos postos de trabalho, contribuindo assim, a um cenário perfeito para a disseminação do assédio moral.

Mesmo com uma legislação existente propugnando a igualdade e impondo punições ao seu desrespeito, o paradigma criado pela globalização do homem produtivo fixou-se em ultrapassar suas metas alcançadas, mesmo que para isso tenha que lutar contra sua própria condição humana, desprezando seu semelhante.

Identificamos por esse viés a figura do assédio moral, pressupondo a pressão realizada pelo superior hierárquico em relação ao seu subordinado e entre pessoas de mesma hierarquia nas relações de emprego.

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24 O assédio moral manifesta-se de maneira diferenciada em relação ao sexo masculino e feminino. Tal fato decorre de componentes culturais que podem ser explicados sociologicamente. Em relação às mulheres, pode ocorrer em forma de intimidação, submissão, piadas grosseiras, comentários acerca de sua aparência física ou do vestuário. Quanto aos homens, é comum o seu isolamento e comentários maldosos sobre sua virilidade e capacidade de trabalho e de manter a família. Nos casos em que se caracteriza o assédio moral, identifica-se o propósito de demonstrar à vítima que se trata efetivamente de uma perseguição, de terror psicológico, com o objetivo de destruí-la, sendo que as atitudes do assediador são sempre temidas, mormente em face das dificuldades de se obter e de se manter no emprego [...].

Muitas causas têm sido apontadas para que o assunto desperte o interesse de todos, uma vez que a promulgação de leis em favor da igualdade de oportunidades tem conduzido ao avanço da legitimidade do direito ameaçado ou a injustiça do sacrifício a que a vítima deva suportar por não ceder ao assédio.

2.6 Jurisprudência: algumas posições do TST

Diversas são as discussões sobre o tema de assédio moral. Senão vejamos:

Ementa: RECURSO DE REVISTA. TRATAMENTO

GROSSEIRO E HUMILHANTE DISPENSADO PELO SUPERIOR HIERÁRQUICO. CONFIGURAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL. ÔNUS DA PROVA. O assédio moral fica configurado quando há atos reiterados e abusivos, um processo discriminatório de situações humilhantes e constrangedoras. No caso concreto, conforme consignado no acórdão do Regional, a testemunha indicada pela reclamante informou que a reclamante era sobrecarregada de trabalho em detrimento dos demais empregados, que dois superiores hierárquicos imediatos chamavam a recorrida de incompetente e burra na frente de outros colegas de trabalho e debochavam muito da recorrida em reuniões em que participavam todos os empregados da agência e ainda diziam que quem não estivesse satisfeito deveria vender picolé na praia. Tratando-se de assédio moral, o que se exige é a prova dos fatos que ensejam o pedido de indenização pelos danos à honra subjetiva (consideração da dignidade do ofendido perante si mesmo) e/ou à honra objetiva (consideração da dignidade do ofendido perante terceiros). A reclamante se desincumbiu de provar os fatos alegados, os quais configuram o inequívoco assédio moral, mas o Regional exigiu da empregada desnecessariamente prova superior à que foi robustamente apresentada, ultrapassando de maneira flagrante as regras da distribuição do ônus da prova (arts.

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25 818 da CLT e 333, I, do CPC) . Montante da condenação fixado em R$ 50.000,00. Recurso de revista a que se dá provimento. TRANSPORTE DE VALORES. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. Depreende-se do acórdão do Regional que a reclamante era bancária, mas transportava valores. Nos termos da Lei nº 7.102/83, verifica-se que a atividade relativa a transporte de valores só pode ser desempenhada por profissional habilitado, de modo que o reclamado, ao descumprir a lei (e, portanto, praticar ato ilícito), expunha a reclamante a risco, sendo cabível o ressarcimento pelo dano causado, mediante indenização, ante o que dispõe o art. 927 do Código Civil. Ressalte...

TST - RECURSO DE REVISTA RR 11655420135090001 (TST) Data de publicação: 06/03/2015 Ementa: RECURSO DE REVISTA - ASSÉDIO MORAL - CONFIGURAÇÃO O Eg. TRT concluiu pela ocorrência de assédio moral, entendendo que a Reclamante fora submetida a situações constrangedoras e excessivas quanto ao atingimento de metas , com cobranças patronais feitas de maneira desarrazoada, dentro da sistemática da empresa , e utilização de palavras de baixo calão nas reuniões diárias que realizava, ofendendo a honra da trabalhadora . A alteração do julgado implicaria o revolvimento do conjunto fático-probatório, vedado nesta instância, nos termos da Súmula nº 126. HORAS EXTRAS - REGISTROS DE FREQUÊNCIA - ÔNUS DA PROVA A Eg. Corte de origem consignou que as horas extras foram deferidas com base na jornada revelada pelas provas testemunhais. Assim, ainda que fossem acolhidos os argumentos da Reclamada quanto ao ônus da prova, persistiria o fundamento mencionado, suficiente para manter incólume o desfecho da controvérsia. Recurso de Revista não conhecido

TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR 13664220125030100 (TST) Data de publicação: 07/08/2015 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - ASSÉDIO MORAL. O Tribunal Regional, soberano no exame do conjunto fático-probatório dos autos, concluiu, com base na prova testemunhal, que o reclamante foi vítima de assédio moral por seu superior hierárquico, o qual lhe direcionava tratamento diferenciado, humilhante, com piadas sobre a sua sexualidade, submetendo-o a constrangimentos e situações ofensivas. Na forma como posto, as alegações da reclamada de que tais fatos jamais ocorreram vão de encontro à conclusão exarada pela Corte de origem, remetendo a solução da controvérsia ao reexame dos fatos e provas dos autos, procedimento vedado em sede recursal extraordinária, nos termos da Súmula nº 126 do TST. Agravo de instrumento desprovido.

Assim, o assédio moral, atenta contra a dignidade psíquica ou física do trabalhador, de modo que é indenizável, no plano patrimonial e moral.

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CONCLUSÃO

A busca da proteção à procura da igualdade tem sido um tema relevante e desafiador na conjectura do século em que vivemos. Com base na realização de leituras e aspectos constitucionais e infraconstitucionais referentes aos direitos das mulheres foi possível entender melhor a realidade em que estas enfrentam no seu dia a dia.

Em que pese às leis garantam os direitos da mulher, colocando-a em pé de igualdade perante o homem, infelizmente, a realidade no contexto atual não condiz com o estabelecido nas normas legais.

Apesar das leis e de algumas mudanças sociais positivas, constata-se que as condições estabelecidas para acabar com a desvalorização da mulher ainda são um problema sério que enfrentamos. Por todo o mundo, elas enfrentam o dilema da identidade e lutam para alcançar o delicado equilíbrio entre a atenção às necessidades da família e da carreira, a competição profissional com os homens, oscilações emocionais, dificuldades financeiras, criação dos filhos e os conflitos resultantes de mudanças culturais na maneira como se relacionam com os homens.

No entanto, necessário reconhecer que as medidas protetivas até então elaboradas visando à melhoria nas condições sociais enfrentadas pela mulher são inegavelmente merecedoras de reconhecimento, pois estão atentas a questões que, de fato, são as mais alarmantes. Porém, o maior desafio é a busca de uma

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27 consciência social de que os direitos são para todos, sem distinção de cor, sexo, raça ou convicção religiosa.

Nesse sentido, devido a complexidade enfrentada pelos direitos humanos, em especial aos direitos das mulheres, é imprescindível que haja o empenho dos poderes públicos, bem como da sociedade em geral, a fim de proporcionar a igualdade e os mecanismos de implementação do tratamento isonômico a partir das várias medidas protetivas conquistadas até aqui.

Assim, partindo do pressuposto que se consiga a promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, se pode acreditar na ponderação, onde entendemos que essa luta não implica renúncia à diferença, e sim, o reconhecimento das especificidades da condição feminina, ou seja, a mulher deverá ter direito em fazer suas escolhas. O Direito deve continuar a buscar aproximar-se deste objetivo: a tão sonhada igualdade.

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REFERÊNCIAS

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< https://trt-24.jusbrasil.com.br/noticias/100474551/historia-a-criacao-da-clt> Acesso em 10 abr 2017.

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MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho, 2015.

Origem e conceito da Consolidação das Leis Trabalhistas. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho> Acesso em: 28 abr 2017.

SILVA, Hilton. Artigos sobre Direito do Trabalho. Disponível em:

< https://sabermaisdireito.wordpress.com/2011/09/25/direito-do-trabalho/> Acesso em 10 maio 2017. .

BASILE, César Reinaldo Offa. Direito do Trabalho : teoria geral a segurança e saúde, 2. Ed. Reform. São Paulo: Saraiva, 2009.

CLT comentada: pelos juízes do trabalho da 4ª região / Rodrigo Trindade de Souza, organizador; Marcio Lima do Amaral, Rubens Fernando Clamer dos Santos Júnior, Valdete Souto Severo, coordenadores. – 2. ed. – São Paulo: LTr, 2017

CALIL, Léa Elisa Silingowschi. Direito do Trabalho da Mulher: a legislação promocional. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XI, n. 52, abr 2008.

Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em:

<http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/tst-julgou-diversos-casos-de-assedio-moral-e-sexual-em-2012> Acesso em 25 maio 2017.

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29 <https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=CONFIGURA%C3%87%C3%83 O+DE+ASS%C3%89DIO+MORAL> Acesso em 28 maio 2017

LIMA, Maria da Glória Malta Rodrigues Neiva de. Tribunal Regional do Trabalho. Rev. TRT – 9ª R. Curitiba a. 35, n 65, Jul. Dez. 2010.

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