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GF CAP mod8

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Academic year: 2021

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(1)FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO •. • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos.

(2) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. •• C APÍT UL O V III • REC U RS OS DI DÁCT IC OS. • Object ivos - Identificar, seleccionar, criar e utilizar os diferentes meios pedagógico-didácticos; - Diferenciar as potencialidades e as limitações dos meios audiovisuais; - Seleccionar, construir e aplicar meios pedagógico-didácticos em suporte multimédia.. • Metáf ora “Un niño medi tando en su oración concluyo: Señor, esta noche te pido algo especial…convertirme en un televisor; quisiera ocupar su lugar. Quisiera vivir lo que vive la tele de mi casa. Es decir, tener un cuarto especial para mi y reunir a todos los miembros de mi familia a mi alrededor. Ser tomado en serio cuando hablo, convertirme en el centro de atención al que todos quieren escuchar sin interrumpir ni cuestionarle. Quisiera sentir el cuidado especial que recibe la tele cuando algo no funciona… Y tener la compañía de mi papa cuando llega a casa, aunque este cansado del trabajo. Y que mi mama me busque cuando este sola y aburrida, en lugar de ignorarme y mis hermanos se peleen por estar conmigo… Y que pueda divertirlos a todos aunque a veces no les diga nada. Quisiera vivir la sensación de que lo dejen todo por pasar unos momentos a mi lado. Señor no te pido mucho. Solo vivir lo que vive cualquier televisor.” Aguaded (2004). •2 •.

(3) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. • I ntrod ução Século XXI. Olhando em frente, tentemos imaginar os meios de comunicação do futuro. Daqui a vinte anos, os nossos filhos rir-se-ão quando souberem que usávamos o DVD para assistir a filmes em casa. Provavelmente o vídeo será considerado uma espécie de aparelho préhistórico…Vale a pena imaginar. Mais interessante é recuar no tempo e constatar que há vinte anos, nem sequer se sonhava com o significado de www que hoje inunda os horizontes do nosso olhar, a todo o momento… Se a viagem no tempo fosse ainda mais longa, até aos meados do século XX, poderíamos descrever as reuniões em casa dos vizinhos, em volta da grande novidade, a caixinha mágica…a televisão. A evolução dos meios de comunicação acarretou uma mudança na forma de vida das populações. A comunicação é o pilar da Humanidade e só graças a ela pode haver progresso. Em qualquer processo comunicacional, em função dos objectivos que são traçados há que determinar o melhor modo de chegar até eles, tendo sempre em atenção a maneira como a mensagem é veiculada. No contexto de formação é crucial atender tanto aos materiais pedagógicos utilizados, como também ao seu conteúdo e configuração, para que consigam captar o mais possível a atenção e o interesse do público em questão.. • A S abe r Cita nd o … “Aquilo que oiço esqueço, Aquilo que vejo lembro, Aquilo que faço sei”. (Confúcio). 1. I mpo rtâ ncia do s med ia e s ua re lação co m a Ed ucaçã o O mundo de hoje é caracterizado por uma convulsão de sinergias que irrompem sob a forma de meios tecnológicos, cujo desenvolvimento é cada vez mais fugaz. Podemos assistir, assim, à emergência de uma “cultura mosaico”, constituída, tal como diz a própria expressão, por um conjunto de peças. Cada uma delas não possui qualquer valor, quando analisada de forma individual.. •3 •.

(4) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. A interacção entre os diferentes contributos das ditas peças do puzzle proporciona o desenvolvimento do conhecimento característico da era que atravessamos e das exigências ajustadas ao meio que nos envolve. A entrada na era da expressão absoluta através da expansão das formas de comunicação humana produzida pelos media, coloca-nos perante novos e diversificados modos de estar e interagir em sociedade. Neste sentido, e de acordo com Tornero (2000), considera-se que a relação entre comunicação e educação é um território que vale a pena estudar, uma vez que se manifesta fundamental proporcionar aos jovens de hoje o desenvolvimento de um conjunto de competências moldadas às peculiaridades do mundo actual. É, por isso, premente, perceber quais as oportunidades que surgem e em que medida podem ser aproveitadas, de modo a veicular mensagens entre os media e a educação, tendo sempre presente que a escola tem que educar, aprendendo… A integração dos media na educação revela-se uma excelente oportunidade de preparar as novas gerações para enfrentar com dignidade, consciência e liberdade o principal desafio do século XXI: alcançar um desenvolvimento equilibrado, rentabilizando as vantagens que as novas tecnologias da informação e da comunicação colocam nas suas mãos (Aguaded, 2002). Note-se que a escola tem vindo a reconhecer, simultaneamente, o importante papel que lhe cabe desempenhar, no âmbito da educação para os media (Matos, 2004). Com efeito, a promoção de uma relação vantajosa entre os meios de comunicação e o contexto educativo pode ser concretizada de diferentes formas: a Educação para os Media, a Educação nos Media e a Educação com os Media (Aguaded, 2002). •. A Educação para os Media deve ser pensada e desenvolvida mediante a integração dos meios de comunicação na escola, no currículo e nas práticas pedagógicas. Deste modo, é imprescindível promover uma literacia dos media, ou seja, o desenvolvimento de indivíduos capazes de identificar as linguagens próprias de cada medium, de interpretar o significado das mensagens por eles veiculadas e conscientes da sua própria exposição aos mesmos. Desta forma, todos os agentes educativos constituem um público destinatário de uma Educação para os Media. Assim, pretende-se com este tipo de abordagem promover o desenvolvimento dos alunos, de modo a que compreendam e sejam capazes de analisar os novos códigos de interpretação e expressão do mundo, podendo viver nele como verdadeiros cidadãos.. •. No que se refere à Educação nos Media: é aqui que a essência da Educação para os Media ganha significado, pois é ela que nos poderá colocar numa posição activa e crítica que nos permita perceber as suas mensagens e usufruir de todas as vantagens que elas nos proporcionam, ou seja, aprender nos media de forma consciente.. •4 •.

(5) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. •. Finalmente, a Educação com os media encerra inúmeros benefícios, uma vez que os media poderão funcionar como ferramentas úteis e eficazes na integração de conhecimentos, atitudes e competências, apresentando-se como formas diferentes e cativantes, pois comunicam as informações através de uma linguagem familiar aos jovens de hoje.. Os Recursos Didácticos inserem-se na Educação com os Media, pois ao serem utilizados ao serviço da Formação profissional irão possibilitar a aquisição de novas formas de conhecimento, capacidades e atitudes, que até então não eram sequer concebidas. Estas três diferentes dimensões da relação entre os media e a educação não devem, no entanto, ser pensadas como isoladas ou independentes, uma vez que é a partir da sua interacção dinâmica que se irão obter resultados positivos. Importa então explicar claramente o que se entende por Recurso Didáctico.. 2. Recurs o Did áctico : o co nce ito Material ou suporte que se utiliza com o objectivo de tornar o processo de ensinoaprendizagem mais eficaz. A título de exemplo podemos ter: • • • • • • • •. Quadro; Acetatos; Textos; Gravações; Filmes; Manuais; Apresentações multimédia; Outros…. Convém esclarecer que recurso didáctico não é o mesmo do que equipamento/material didáctico, pois este diz respeito ao meio através do qual o recurso é operacionalizado. Alguns exemplos de equipamentos/materiais podem ser: Leitor de DVD; Televisor; Projector.. 3. Recurs os D idáct icos : Obj ectivo s Para além de tentar tornar a situação de ensino-aprendizagem mais eficaz, os recursos didácticos apresentam outras finalidades, que são: -. Melhorar a fixação e integração da aprendizagem; Tornar o ensino mais objectivo e concreto, próximo da realidade; Permitir uma melhor análise e interpretação; Auxiliar a formulação de conceitos exactos; •5 •.

(6) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. -. Despertar e prender a atenção; Ajudar a melhorar e compreender as relações das partes com o todo; Ajudar a formar imagens correctas; Fortalecer o espírito crítico; Favorecer a observação e a experimentação; Melhorar a retenção da imagem visual e dos conteúdos da formação; Facilitar a apreensão intuitiva.. 4. Recurs os D idáct icos : f actores q ue i nfl ue ncia m a s ua e scol ha Tendo em conta os objectivos dos recursos didácticos, pode-se afirmar que representam um meio através do qual o formador irá melhorar significativamente a qualidade do seu ensino. Logo terão de ser adaptados ao currículo, ao nível de conhecimentos, à idade dos participantes, bem como ao tema que irá ser abordado. A sua qualidade e sucesso estão inevitavelmente ligados a três aspectos fundamentais: -. Escolha; Elaboração; Exploração.. Será então necessário identificar os factores que influenciam a sua escolha: -. Objectivos da sessão e assunto a ser transmitido; Tempo que o formador dispõe para apresentar a sessão; Local e condições onde se realiza a sessão; Custos envolvidos.. 5. Recurs os D idáct icos : Ca racte rí stic as pa ra se t orna re m eficaz es Depois da escolha criteriosa dos recursos didácticos, urge a necessidade de incluir na sua elaboração determinadas características, cruciais para a sua mais fácil compreensão: -. Simplicidade; Aplicabilidade; Interesse; Compreensão; Apresentação.. 6. Etap as de p ro duç ão d e Ma teria is D idáct icos Na produção/elaboração dos materiais/recursos didácticos há que respeitar certas etapas, sem as quais a sua utilização se torna despropositada, podendo mesmo chegar a prejudicar a mensagem que se quer transmitir.. •6 •.

(7) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Esq ue matiza ndo … Tema. Obje ctiv os. Público. Escol ha do Suporte. Elaboraç ão d o Proje cto. Realiz açã o. Fig ura I – Etapa s d e e labo raçã o do s Recurs os D i dáctico s. •. Em relação ao Tema…. O recurso deve fazer parte da comunicação, não servindo para ilustrar a exposição verbal. Desempenha uma função concreta e aplica-se especificamente ao conteúdo que se está a abordar.. •. Em relação aos Objectivos…. A definição de objectivos permite uma escolha adequada do recurso didáctico a produzir, favorecendo o enquadramento das funções a desempenhar. De acordo com os objectivos formulados, o formador selecciona os materiais que tem à sua disposição e analisa o tempo de realização.. •. Em relação ao público…. É fundamental o conhecimento do público – alvo, ou seja, da população a quem se destina a acção de formação de forma a adequar os recursos didácticos às suas características (idade, sexo, formação, actividades profissionais, etc).. •7 •.

(8) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. A partir daqui, são definidas as intenções de utilização dos recursos didácticos (motivação, demonstração, etc).. •. Em relação à escolha do suporte…. Deve ter em conta as características nomeadas anteriormente: tema, público, objectivos e meios disponíveis.. •. Em relação à Elaboração do projecto…. A produção de um recurso didáctico deverá obedecer a um plano que contemple: -. •. Pontos importantes; Tempo de execução e apresentação; Número de documentos a realizar.. Em relação à Realização…. Impõe-se então a necessidade de conhecer vários processos técnicos, que eventualmente possam necessitar de alguma aprendizagem. De igual modo, por vezes, encontram-se recursos didácticos já realizados que se adequam aos fins que temos em vista.. 7. Os se ntid os na Ap re ndiz age m Cita nd o … “Retemos: - 60% do que ouvimos; - 75% do que vemos; - 90% do que vemos e ouvimos”. Através das portas dos sentidos, entram as percepções sensoriais e com elas acedemos a determinadas realidades que passam a viver dentro de nós. Sempre que incorporamos uma percepção, esta passa a habitar-nos. Todos os nossos sentidos têm que ser mobilizados para que a informação transmitida seja convenientemente captada. O uso que se faz dos recursos didácticos influencia decisivamente a forma como os nossos órgãos sensoriais apreendem os estímulos provenientes do meio ambiente. Isto significa que a informação retida, após algumas horas de formação varia de acordo com os recursos didácticos utilizados. Ao longo de uma acção de formação existem perdas sucessivas de informação que podem estar relacionadas com: •8 •.

(9) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. -. O que o monitor quer dizer; O que diz na realidade; O que o participante ouve; O que escuta com atenção; O que o participante compreende; O que o participante retém; O que consegue reconstruir; O que consegue utilizar.. 8. A i mpo rtâ nc ia da ut ilizaç ão dos Rec urso s Did á cticos Por que motivo a utilização dos recursos didácticos se revela fundamental na situação de ensino-aprendizagem? -. Aumenta o interesse e a atenção dos formandos; Aumenta a motivação dos formandos; Facilita a troca de ideias; Facilita a actividade do formador; Provoca grande impacto no auditório; Facilita a retenção na memória;. 9. Cla ss ific ação dos rec ursos di dáctico s 9.1) Qua nto à P ro jecção : 9.1.1- Não projectáveis; 9.1.2- Projectáveis. 9.1 .1 – Recursos D idáct icos Não P roject ávei s Correspondem a todos os estímulos que não necessitam de nenhum equipamento especial (óptico ou electrónico) ao nível da observação e da análise. Esta categoria é constituída por diversos documentos, tais como: Documentos Gráficos: fotografias, cartazes, notícias Quadros: quadro preto, branco ou de aderência, de papel, flanelógrafo, electrónico.. Meio s nã o Projectá vei s. Recursos do Meio Ambiente Modelos e Maquete. Fig ura II – Meio s Nã o p roj ectáve is •9 •.

(10) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Explicando cada um dos materiais… •. Os Documentos Gráficos são utilizados para comunicar factos, ideias, mensagens (informações de carácter descritivo), de uma forma clara, simples e precisa conforme a disposição ou a utilização que se faz dos desenhos, palavras ou imagens. Quer dizer então que, para que seja assegurada a sua eficácia, estes documentos devem apresentar certas qualidades aquando da sua elaboração. As técnicas presentes podem ser várias: - Desenhos; - Letragem; - Aplicação da cor; -. Colagem; Recorte; Fotografias; Etc.. O formador ao socorrer-se destes documentos irá ter a sua tarefa facilitada em relação ao baixo orçamento destes materiais, assim como à sua fácil preparação e utilização.. •. Os Cartazes são documentos que, pelas suas características apelativas ao olhar dos espectadores, são dos meios mais vezes utilizados pelos formadores. Permitem também transmitir facilmente a mensagem desejada, pois normalmente é veiculada de forma directa e clara. Os cartazes podem ser de vários tipos: - Motivadores; - Instrutivos; - Divulgadores. Os cartazes, para serem entendidos como uma forma de comunicação e de propaganda deverão contemplar determinados elementos, sem os quais as suas funções não serão de todo atingidas: - Tema: Mensagem que se pretende transmitir de forma a que em cada cartaz seja veiculado um único tema, possibilitando uma assimilação rápida por parte do público. Neste sentido, o uso de símbolos será conveniente, uma vez que facilita a memorização do tema, ao mesmo tempo que permite uma economia de palavras do texto;. • 10 •.

(11) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. -. A ilustração corresponde às imagens, desenhos ou figuras que animam o cartaz, que podem ser desenhadas ou “montadas”, através de colagens, recortes ou fotografias.. -. A Letragem diz respeito à forma como as palavras são escritas no cartaz, onde podem ser utilizados vários instrumentos: mão livre, letra de decalque/auto-adesiva; dactilografia, computador, etc. Independentemente do tipo de processo utilizado para a elaboração da letragem de um cartaz, convém ter sempre presente que o que importa realmente é a simplicidade e clareza da mensagem a ser transmitida.. -. A Cor é outro dos elementos que tem sido alvo de inúmeros estudos quanto ao efeito que produz nas pessoas. É um dos aspectos chave, uma vez que a sua correcta ou incorrecta utilização determinará em grande escala a forma como a mensagem será percepcionada. Por este motivo há que realizar um estudo prévio sobre que cores aplicar num determinado cartaz, de modo que o conteúdo da mensagem não seja perdido. Assim, usar cores em demasia será contraproducente relativamente ao produto que se quer alcançar, pois resultará num cartaz onde só as cores se evidenciarão. Para contrariar este aspecto deve aplicar-se apenas três cores para além da cor de fundo. Outro factor decisivo para a configuração dos cartazes e que está intimamente ligado à cor é o contraste da legibilidade e o efeito que irá produzir na imagem. De seguida serão apresentadas algumas dicas sobre a correcta aplicação do contraste: - O preto é uma das cores que deve ser utilizada com mais requência, uma vez que permite a conjugação com outras cores; - As cores mais escuras devem ser utilizadas sobre um fundo claro e vice-versa; - Um cartaz para ter qualidade deve combinar cores claras com cores escuras, pois permite acentuar cada uma delas;. •. Quadro É dos meios audiovisuais mais primitivos, contudo a sua utilização tem sido prolongada ao longo dos tempos pelas propriedades que apresenta, sendo uma delas, a resposta que permite dar a um leque variadíssimo de situações.. • 11 •.

(12) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Actualmente existem vários tipos de quadros: -. Quadros Negros (ou verdes), onde é utilizado giz para a escrita;. -. Quadros brancos ou de porcelana, em que são utilizados marcadores de água, álcool ou secos para a escrita. Podem ser magnéticos, possibilitando a fixação de objectos ou de documentos recorrendo a ímans;. -. Quadros de papel, também designados de cavaletes de papel, podendo ser usados para escrever neles, marcadores, lápis de cera, etc. Como vantagem apresentam a possibilidade de preparação prévia de documentos, assim como o arquivo e acesso aos conteúdos já trabalhados.. -. Quadro de flanela ou flanelógrafo, que permite o suporte de velcro ou cola com areia, pequenos objectos ou documentos;. -. “Copyboard”, também conhecido por quadro com fotocopiadora acoplada.. Os quadros apresentam determinadas características promotoras da sua constante utilização na situação de ensino-aprendizagem:. •. -. Muito práticos, pois não requerem qualquer tipo de complexidade quanto à sua funcionalidade;. -. Material económico;. -. Não necessitam do escurecimento da sala para a sua visualização.. Cuidados a ter na sua utilização: Os cuidados aquando da utilização do quadro são os mesmos para todo o tipo de quadros. -. Regra geral, a escrita no quadro é efectuada durante a sessão, frente aos participantes, tendo sempre o cuidado de resumir o conteúdo da mensagem e de focar os seus pontos-chave;. -. Enquanto se escreve no quadro deve-se evitar quebras na comunicação com os participantes, ou estar demasiado tempo voltado de costas para o público;. -. As frases escritas devem ser o mais curtas e simples possíveis, assumindo a forma de esquemas e de exemplos, o que permitirá uma melhor retenção dos conteúdos;. • 12 •.

(13) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. -. Os detalhes mais importantes devem ser sublinhados a cores;. -. Sempre que se quiser introduzir um novo assunto ou tema, apaga-se os conteúdos anteriores e no caso de se usar o cavalete ou o quadro de papel vira-se a folha.. Esta é uma das vantagens do quadro de papel, ou seja, permitir que todos os temas transmitidos fiquem registados, não havendo necessidade de os apagar sempre que se inicie um novo assunto. Também possibilita o “voltar atrás” na matéria, sempre que se pretende recuperar um tema já dado. É um recurso que normalmente serve de complemente ao quadro branco, tornandose vantajoso para: -. •. Sumários; Registo de conclusões; Esquemas ou desenhos muito complexos e que por isso é aconselhável que sejam elaborados antes da sessão iniciar.. Instrumentos de utilização Os instrumentos utilizados para escrever nos quadros podem ser, para além dos marcadores e do giz: -. Secos (usados no quadro branco e apagáveis com um pano seco ou apagador de papel);. -. Fixos ou permanentes (de água ou álcool) utilizáveis quer no quadro branco, quer no quadro de papel.. Para uma eficaz utilização do cavalete ou do quadro de papel é aconselhável o uso de lápis de cera, uma vez que possibilita a utilização do verso da folha. •. Relativamente à Iluminação e Localização dos quadros… Para que o conteúdo constante no quadro seja devidamente percepcionado será necessário manter uma boa iluminação na sala, sempre ajustada ao número de participantes, à sua distribuição física e à dimensão da sala. A má iluminação dos quadros provoca cansaço, excesso de esforço e, consequentemente desmotivação e desinteresse dos participantes. Não existe nenhuma regra pré-estabelecida quanto à localização dos quadros, desde que permita a sua fácil visualização por parte dos participantes.. • 13 •.

(14) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Em relação à dimensão dos caracteres... O tamanho das letras irá depender da distância a que o quadro se encontra do público, porém será mais correcto não ser demasiado pequeno para evitar dificuldades de leitura. Há formadores que poderão optar pelo desenho, sendo esta uma técnica bastante producente quando se pretende realçar determinados aspectos da mensagem, no entanto será necessário algum talento que quando não possuído poderá levantar problemas de compreensão.. 9.1 .2 – Recursos D idáct icos P roject ávei s •. Retroprojector. O retroprojector surge, pela primeira vez nos Estados Unidos, por volta dos anos 30, e destinava-se a apresentar os resultados dos jogos de bowling. Durante a Segunda Guerra Mundial, o retroprojector era utilizado na preparação de grandes grupos de tropas. É nessa altura que as empresas o adoptam na formação e treino do seu pessoal.. Actualmente é nos países da Europa e da América do Norte onde é mais e melhor utilizado. O Retroprojector consiste num aparelho que permite a projecção de apoios visuais realizados em filme transparente (acetatos ou transparências). Permite que o formador, ao mesmo tempo que utiliza o aparelho continue voltado de frente para a audiência. Como apresenta um forte poder luminoso, possibilita a sua utilização em condições de luz muito próximas das normais, logo não é necessário escurecer a sala para a sua adequada visualização.. Ap res entação de T ra nspa rê nc ias As transparências podem ser apresentadas de diversas maneiras, em função dos conteúdos e da quantidade de informação a transmitir:. • 14 •.

(15) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. •. Transparências Simples:. Um assunto simples dá origem a uma transparência simples, constituída por um só acetato. O conteúdo dessas transparências raramente é mostrado de uma só vez, constituindo as máscaras, de vários tipos, sendo o recurso mais comum que o formador pode utilizar.. •. Transparências Compostas ou Técnica da Sobreposição:. Por sua vez, um assunto complexo dá origem a uma transparência com vários acetatos. A solução progressiva dos vários acetatos que formam uma transparência composta constitui o método mais adequado para expor, com eficiência, um assunto complexo. •. Máscaras:. O recurso à utilização deste tipo de máscara deslizante para desvendamento progressivo de informação contida na transparência baseia-se no carácter selectivo de preparação e, consequentemente, na necessidade de polarização da atenção. Se o formador expuser de uma só vez um acetato, não vai ser escutado quando começa a falar, pois toda atenção dos formandos está virada para a natural curiosidade de saber o que está escrito.. Existem três maneiras possíveis das transparências serem trabalhadas, elas são: -. Escrita directa no acetato; Por fotocópia; Por impressão.. Independentemente do processo escolhido para elaborar uma transparência determinados aspectos devem ser levados em consideração: A) B) C) D). Conteúdo da mensagem; Clareza da mensagem; Equilíbrio visual do material; Orientação; • 15 •.

(16) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. E) Legibilidade do Documento; F) Forma de realização. A ) Conteúdo da mensagem Pouca Informação: A transparência não deve ser a transposição, pura e simples, de uma página de um livro, nem a fotocópia de um conjunto de notas do professor ou formador. Uma boa transparência é aquela que apresenta a síntese de um assunto organizado em frases muito simples e curtas, por vezes em palavras-chave.. B ) Clareza: Costuma considerar-se a heterogeneidade do público que está numa sala, e daí a necessidade absoluta de uma correcta assimilação de uma dada informação. Compreende-se que através de um desenho simples e claro, tomará a explicação mais fácil, menos demorada, e sobretudo, mais eficaz.. C) Equilíbrio Visual: Interessa que os elementos estejam equilibradamente dispostos e não desagregados, dando a ideia que nada têm a ver uns com os outros.. • 16 •.

(17) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. D) Orientação: A escolha da orientação da transparência depende da configuração do assunto que ela vai conter. As imagens a que associamos movimento, pedem uma transparência na horizontal, para que haja espaço à frente do objecto. Mas a um conjunto de frases ou palavras-chave, destinadas a apoiar a exposição de um tema de forma progressiva com recurso ao método de máscara deslizante já convém mais a orientação ao alto (vertical).. E) ELegibilidade do Documento "A última fila vê bem?", esta é certamente uma pergunta que costumamos ouvir. Uma transparência tem que ser produzida de forma a que todos possam visionar o que está a ser apresentado.. Quer dizer que, durante a construção de um documento deve-se ter em atenção os destinatários da mensagem e para tal há que pensar na forma mais simples de a transmitir. Este aspecto está intimamente relacionado com a legibilidade do documento, sem a qual não há compreensão possível do conteúdo da mensagem.. Existem 4 aspectos que contribuem para que um documento seja legível, eles são: 1. Contraste; 2. Cor; 3. Dimensão dos Caracteres; 4. Simplicidade. 1) Contraste •. Os fundos dos acetatos devem ser claros, ao contrário dos caracteres e das linhas que devem ser escuros;. •. Deste modo, quanto maior o contraste, maior a percepção visual, logo um maior contraste é conseguido através da colocação de caracteres pretos num fundo branco;. •. Geralmente são os marcadores fixos (que se apagam com álcool) que apresentam uma maior visibilidade; • 17 •.

(18) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. 2) Cor •. As cores devem ser utilizadas como parte integrante da linguagem visual e não eleger cores porque elas são bonitas, uma vez que este critério proporciona distorção e distracção visual;. •. O traço preto sobre fundo branco é suficiente para criar uma impressão estética.. •. Em relação às cores dos traços e dos caracteres, será mais conveniente o uso de cores mais escuras (preto, azul, verde e vermelha), para permitir uma mais fácil visualização à distância;. 3) Dimensão dos Caracteres •. A dimensão dos caracteres deve ser avaliada em função da distância a que se encontra do público, de maneira a conseguir que o documento projectado seja legível. Significa que tamanho das letras quando se procede à leitura directa dos acetatos, regra geral, terá de ser maior aquando da sua projecção.. 4) Simplicidade •. A simplicidade é outras das características importantes para a devida leitura de uma transparência e que se traduz na existência de um equilíbrio entre os espaços ocupados e os espaços livres.. •. Os documentos têm que realçar aquilo que se pretende transmitir e para tal há que obedecer a certas regras: -. Seis a sete palavras por linhas; Não mais de dez linhas; Entre cada linha deixar o espaço correspondente a duas vezes a altura do tipo da letra.. F) Forma de Realização Aspecto que está relacionado com a forma de exploração visual que se faz do documento. A apresentação do material recorrendo ao uso de imagens é muito importante porque aumenta o seu impacto e eficácia. A legenda das imagens é fundamental e deve estar presente na transparência onde está inserida a figura.. • 18 •.

(19) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. •. Modo de utilização do Retroprojector:. An te s de iniciar a ses são de t rabalho: Primeiro de tudo é fundamental a Produção de um guião:. •. -. O guião permite que o autor dê de certo modo uma forma ao seu projecto antes de o executar;. -. Assim, como é inconcebível escrever um livro, realizar um videograma, um filme ou um diaporama sem primeiro escrever um guião, também não é possível preparar um tema para expor numa comunicação sem primeiro se elaborar um guião;. -. Pode-se tomar como exemplo uma formação de 50 horas, que para que seja bem distribuído o tempo tem que haver obrigatoriamente um guião.. Deve organizar-se a sala de forma a obter-se a melhor relação possível entre todos os elementos em jogo: -. Retroprojector; Formandos;. -. Ecrã; Apresentador.. •. Pretende-se que todos se vejam uns aos outros e visualizem comodamente a informação retroprojectada, tendo o formador, para o efeito, de colocar atrás de si o écran;. •. Deve proceder-se ao alinhamento e à focagem do retroprojector antes de iniciar o trabalho, devendo este formar com o ecrã um ângulo de 90º.. D ura nt e a s ess ão de t rab al ho •. Não expor a transparência mais do que o tempo necessário, e suficiente, para a sua exploração.. •. Deve desligar-se o circuito da lâmpada enquanto o retroprojector não estiver a ser utilizado, deslocando assim a atenção dos participantes para o apresentador.. •. O retroprojector permite a comunicação face-a-face. O lugar certo para o formador é junto do aparelho, voltado para o seu público.. • 19 •.

(20) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Tal posicionamento permite-lhe: -. Manusear, correcta e comodamente, as suas transparências;. -. Não perder as reacções que a sua exposição vai provocando, isto é, o feedback do processo interactivo da relação pedagógica;. -. O formador precisa por vezes de apontar para chamar a atenção dos formandos para determinada zona da transparência. Nesses casos fá-lo-á com a lapiseira na transparência.. Também há certos cuidados que se devem ter para manter o bom estado do aparelho:. •. -. Não desligar o retroprojector quando a lâmpada está ainda acesa ou quente, para que não perca a capacidade de iluminação mais rápido do que o normal;. -. Convém ter sempre uma lâmpada e um fusível de reserva, em caso de avaria;. -. Manter as superfícies operacionais sempre lisas.. Projector de Diapositivos. Curiosidades Foram os chineses que na antiguidade começaram a construir figuras opacas que ao se incidir a luz projectavam sombras. O Homem não parou por aí e foram inúmeros os eventos semelhantes, como por exemplo a lanterna mágica. Hoje em dia encontramos ao nosso dispor muita variedade de materiais projectáveis. Destacam-se aqui os diapositivos.. O que são Diapositivos? Diapositivo ou slide é uma fotografia ou desenho isolado, feito em material transparente (filme, acetato ou papel) que ao ser atravessado pela luz permite ser projectado. O projector de diapositivos (slides) é um apoio audiovisual que permite, através de uma tela, projectar uma imagem real e aumentada do objecto que está no slide. Tal como acontece com todos os meios projectáveis, a utilização deste recurso necessita da sala parcial ou totalmente escurecida, o que requer que a comunicação formador/formando seja reforçada de modo a evitar quebras de rendimento e de atenção. Mais uma vez o formador deverá preparar convenientemente a sessão, mas neste caso de uma forma redobrada pelo motivo atrás referido.. • 20 •.

(21) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Apresenta-se em seguida uma listagem dos aspectos positivos e negativos deste recurso: Algumas das vantagens são: -. Facilidade de atrair a atenção. Favorece a visibilidade. Facilitam a apresentação. Economizam tempo. Favorecem o estudo individual. Possibilitam apresentação de muitos documentos.. As desvantagens: -. •. Materiais muito frágeis. Equipamento nem sempre acessível. Para determinadas pessoas é de difícil compreensão.. Utilização De Diapositivos. Para uma correcta e adequada utilização dos diapositivos, o formador deve: 1. Definir os objectivos a alcançar, tendo em atenção as necessidades dos alunos, experiências passadas, informação que se quer transmitir. 2. Seleccionar previamente os diapositivos, de forma a seguir uma ordem lógica. 3. Planear a apresentação, na sala de aula com as melhores condições possíveis e familiarizar – se com as técnicas de projecção. 4. Preparar a projecção, chamando a atenção para uma série de imagens que se irá ver tenta-se captar a atenção. Levantar perguntas. 5. Ter cuidado na apresentação, pois o ritmo de apresentação deve ser suficiente para captar a atenção de todos. 6. Após a projecção, deve ser apresentada uma curta palestra, explicando os pontos principais.. •. Episcópio. Aparelho que projecta directamente de livros, fotografias, imagens impressas, pequenos objectos, a cores ou preto e branco. Normalmente vem equipado com duas lâmpadas frias, permitindo longos períodos de projecção sem danificar ou sobre-aquecer o material projectado. Tem um grande poder de ampliação, podendo por este motivo, ser utilizado para reproduzir num cavalete de papel ou num quadro, a imagem ampliada e com o auxílio de marcadores, decalcar a figura. • 21 •.

(22) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. É mais um aparelho que requer um grande escurecimento da sala, pela sua fraca capacidade de iluminação, é muito pesado e pouco flexível, o que por várias vezes limita as suas possibilidades de exploração.. 9.2) Qua nto ao S upo rte: 9.2.1 - Visual - Retroprojector, projector de slides; 9.2.2 - Áudio - Rádio, Gravador de som; 9.2.3 - Audiovisual - Vídeo, cinema, televisão; 9.2.4 - Scripto - Livros; 9.2.5 - Digital - Computador.. 9.2 .1 - V is ual Recurso didáctico visual é todo o meio projectável ou não projectável que faz apelo à visão para a sua devida percepção.. 9.2 .2 - O Audio •. A rádio. A rádio é um recurso áudio que contém, como qualquer outro medium de massas, os seus próprios convencionalismos e características que permitem definir a sua linguagem. A palavra é o veículo por excelência da rádio, no entanto associado a ela, encontramos outros elementos não menos importantes e que adquirem em determinados momentos um protagonismo fundamental: a música, os efeitos sonoros, o silêncio, etc. No âmbito que este manual tem vindo a considerar, que é o educativo, verifica-se, tal como acontece com os outros media, que a rádio tem permanecido distante do mundo da educação.. • 22 •.

(23) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Não obstante este aspecto, importa ressalvar que a rádio pode favorecer uma educação mais activa, democrática, crítica e solidária, isto se formos capazes de “estabelecer uma conexão” com a magia das ondas e comprovar o alcance das possibilidades das imagens acústicas para transmitir informação, conhecimento e sensações (Aguaded, I., et al., 2002). Quando se dispõe de uma emissora de rádio no centro educativo – ignorada como foi apontado anteriormente – há possibilidades de uma exploração eficaz deste recurso: - De forma individual ou colectiva, os alunos podem aceder aos conteúdos radiofónicos sobre temas que de alguma maneira estejam relacionados com a sua educação, ou simplesmente formar atitudes críticas e reflexivas como utilizadores deste medium informativo. Verifica-se porém que, não há compatibilidade em relação aos horários de transmissão de programas e os horários escolares, nem tão pouco sensibilidade das emissoras de rádio no que toca ao mundo da educação, como também dos professores relativamente ao uso educativo deste medium. (Aguaded, I., et al., 2002) IN “Jóvenes, aulas Y médios de comunicación”. São estas as principais razões que impedem a orientação da prática educativa neste sentido. No entanto, ao serviço deste recurso estão outros instrumentos/equipamentos que tornam a rádio, um meio mais acessível e de possível utilização no contexto educativo. Podemos ter como exemplo o Gravador de som.. •. O Gravador de Som: o conceito. Gravador de Som é uma ferramenta muito útil de gravação de som. Pode registar a própria música, voz ou outro som em MP3, VOX DE OGG ou WAV arquiva de microfone, cassetes de música, disco laser, LP, jogos, assim como de música através de outro programa como Jogador de Meios de comunicação de Janelas, Winamp, etc.. Um recurso áudio de qualidade pode ser passado várias vezes para análise e discussões, bem como para completar registos escritos. É uma excelente forma de registo do que o formando diz. Os comentários dos observadores podem ficar simultaneamente registados, e passados posteriormente a escrito.. 9.2 .3 . Audi ovi suai s. Met áfo ra Conta-se que certo dia, estava um cego sentado na calçada, com um boné a seus pés e um bocado de madeira escrito com giz branco que dizia: "Por favor, ajude-me, sou cego!” • 23 •.

(24) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Um publicitário da área de criação que passava em frente a ele parou e viu algumas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou no cartaz, virou-o, e com o giz escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora. À tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola, reparando que o seu boné estava agora cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as suas pisadas e perguntou-lhe se tinha sido ele quem reescrevera o seu cartaz, sobretudo querendo saber o que teria escrito. O publicitário respondeu: “Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas por outras palavras”. O cego nunca chegou a saber realmente o que tinha sido escrito pelo publicitário no seu cartaz, mas a mensagem era a seguinte: “Hoje é Primavera e não posso vê-la!”. O que esta história pretende significar é que, embora nada seja perfeito, pode ser melhorado. Na história, a palavra “cego” reproduzia um conceito; a expressão transcrita transmitia uma emoção que era portadora de um conceito, havendo potenciação da sensação, da emotividade e da intuição. A linguagem audiovisual constitui um misto de imagem, som e palavra, uma “espécie de alquimia que o receptor recebe como uma síntese unificada” (Ferronha, 2001, p.81). O que são Audiovisuais?. Vias de rete nç ão de inf orma çã o. Depois de 3 horas. Depois de 30 dias. Oral. 70%. 10%. Visual. 72%. 20%. Oral e simult aneam e nte vis ual. 85%. 65%. Inúmeros estudos científicos vêm comprovar que a forma dominante de comunicação é aquela que se processa através de meios audiovisuais, que em simultâneo conjugam dados visuais com dados orais. A era da imagem implicou um conjunto de transformações, nomeadamente na forma como o Homem se define e desenha o seu papel na sociedade.. • 24 •.

(25) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Tal como a imagem, também o som tem um papel importante, não devendo ser considerado o “parente pobre” na construção multimédia. Todas as aplicações consideradas para a imagem são válidas para o som, com uma diferença: a imaginação e a emoção são despoletadas com maior facilidade pelos elementos sonoros. Ana Augusta et.al (2004) In “E-Learning para E-Formadores”. Segundo Ferronha (2001) o audiovisual surge como um instrumento comunicativo e didáctico, devendo ser assumido como forma diferenciada de processamento de informações e não como simples meio técnico. Assim, o audiovisual deve ser encarado como uma forma diferenciada da linguagem verbal, sendo um modo de expressão capaz de estabelecer relações entre a sensibilidade, os conhecimentos e as experiências dos indivíduos. No seguimento desta perspectiva, os audiovisuais devem ser transportados para o contexto de ensino-aprendizagem, sendo o vídeo, um exemplo ilustrativo deste tipo de recurso. É um instrumento que se impõe como um modo de expressão particular, caracterizado pelo recurso à linguagem audiovisual que incorpora as mensagens por ele veiculadas. Ora, se a aprendizagem é mais produtiva quando efectuada segundo imagens, por que é que ainda se verifica tamanho desfasamento entre a escola e meios de comunicação? O Homem ainda não domina totalmente os códigos da comunicação audiovisual, sofrendo de iliteracia visual, aspecto que necessita, urgentemente, de ser colmatado.. •. O Vídeo. O Vídeo: o conceito. Atendendo ao papel que os meios de comunicação desempenham na sociedade actual é importante reconhecer o vídeo – meio audiovisual particular – como parte integrante da vida pessoal e social dos indivíduos. O vídeo constitui-se como um sistema de armazenamento de imagens e sons que utiliza os mesmos fundamentos técnicos da televisão (Cañelas et al., 1989), o vídeo oferece um rol de possibilidades a quem o utiliza que, aliadas ao interesse que o mesmo desperta, justificam uma reflexão sobre a sua utilização pedagógica.. O vídeo como Recurso Educativo O vídeo poderá funcionar como ferramenta de ensino útil e eficaz na integração de conhecimentos, atitudes e competências, apresentando-se como um meio cativante, pois comunica as informações através de uma linguagem familiar aos jovens de hoje.. • 25 •.

(26) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Ferrés (1998) considera que o vídeo didáctico “facilita a coerência entre a sensibilidade do aluno, a especificidade do meio e a evolução do sistema social”. São inúmeras as potencialidades do uso do vídeo enquanto recurso educativo. Este medium permite conhecer realidades longínquas no espaço e no tempo, possibilitando a sua análise e confrontação com as experiências dos utilizadores. Ao integrar imagem, movimento, som e cor, cativa a atenção dos alunos, o que pode promover interacção entre a turma no processo de aprendizagem. Outra das vantagens deste meio audiovisual é a sua capacidade para transmitir uma grande quantidade de informação em pouco tempo, para além de poder ser usado ao serviço de vários tipos de ensino. É também importante focar que o vídeo reforça e motiva a adopção de determinadas atitudes e competências, podendo desempenhar um papel de relevo no desenvolvimento do sentido crítico e na leitura activa dos media como representações da realidade.. Existem ainda outras vantagens na utilização deste meio em contexto pedagógico: -. Fornece um feedback imediato;. -. Manuseamento relativamente simples do equipamento, sem exigir, à priori, domínio de habilidades técnicas;. -. Possibilidade de manipulação durante a reprodução (pausa, movimento para a frente ou para trás);. -. Disponibilidade imediata dos registos;. -. Baixo custo e possibilidade de reciclagem das fitas;. -. Facilidade e rapidez de exibição;. -. Facilidade e baixo custo da edição de cópias;. -. Possibilidade de gravação de conteúdos televisivos, entre outras.. Modo de exploração na situação pedagógica: A dimensão da funcionalidade do vídeo diz respeito aos objectivos que se pretendem alcançar, aos conteúdos a que o vídeo se refere e às diferentes e possíveis formas de utilização no contexto educativo. Almenara (1989) ainda faz referência ao contexto de aplicação do vídeo, salientando, por uma lado, o papel do educador, que engloba o seu domínio técnico do medium, o controle que exerce sobre o programa e as suas características didácticas e inovadoras. Por outro, é importante ter em atenção o ambiente geral da turma e a dimensão sociocultural da instituição. • 26 •.

(27) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Todas estas dimensões são abrangidas pelo currículo, que determina as transacções que ocorrem na escola, não podendo, desta forma, ser posto de parte. Assim, a estratégia didáctica adoptada na utilização de um vídeo educativo terá de ter em consideração os seguintes aspectos (Ramos, 1996): -. Apresentação: constitui o primeiro momento da intervenção, sendo anterior à projecção do vídeo. Funciona como uma introdução, por parte do educador, ao tema que será abordado, havendo esclarecimento de alguns conceitos.. -. Condições de visionamento: diz respeito ao número de vezes, à forma e às condições de exibição do programa.. -. Actividades do aluno: conjunto de tarefas projectadas com o objectivo de acabar com a passividade do aluno durante a sessão em que é apresentado o vídeo. Para que os conteúdos sejam assimilados não basta que a audiência permaneça sentada, contemplando o filme, como se de uma sessão de cinema se tratasse. A promoção de actividades será muito produtiva, do ponto de vista da aprendizagem e da motivação.. -. Actividades do educador: o professor deverá ter bem presentes as actividades que irá desenvolver antes, durante e depois do visionamento, assim como os conceitos relacionados com cada uma delas.. -. Material complementar: a acção do educador não deve ficar limitada pela utilização do vídeo educativo. Não obstante as suas variadas potencialidades, este meio audiovisual pode ser acompanhado de outros recursos que fomentem uma aprendizagem rica e integrada.. -. Partilha de opiniões/debate: Este aspecto corresponde à partilha de ideias acerca do vídeo, assim como ao esclarecimento de dúvidas que tenham surgido. Neste momento, são acentuados os pontos mais importantes do videograma, sendo construídos esquemas que facilitem o estudo e a assimilação dos conteúdos através da apresentação das diferentes perspectivas dos alunos.. Como instrumentos/equipamentos que permitem levar a cabo o recurso do vídeo temos: O projector de vídeo/Data show Este instrumento é o que irá permitir a projecção de imagens em movimento, revelando-se uma mais valia no sentido em que possibilita a reprodução de uma mensagem viva, conferindo-lhe autenticidade e veracidade.. • 27 •.

(28) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Leitor de Cassete/Leitor de DVD/Televisor Antes de se proceder à projecção propriamente dita, é importante seleccionar o vídeo educativo mais adequado à mensagem que se pretende transmitir. -Vídeo educativo entende-se por tudo aquilo que é exibido em forma de documentário, filme ou desenho com o intuito de passar um conteúdo ajustado aos fins da formação, estimulando os formandos nas suas aprendizagens e no seu desenvolvimento. De entre as várias vantagens já analisadas, a projecção de um filme, também apresenta alguns inconvenientes: -. - Necessita do escurecimento da sala para o visionamento do filme;. -. - Durante o visionamento o formador perde o contacto com o grupo;. -. - A elaboração de um filme exige o recurso a uma técnica especializada, envolvendo altos custos;. -. Pouca flexibilidade, pelo que possíveis alterações têm que ser feitas recorrendo a técnicas sofisticadas.. Porquê utilizar um filme? -. A utilização do filme deve ser pertinente, isto é, a sua visualização só fará sentido se for adequado aos objectivos da formação;. -. As partes principais do filme devem ser previamente analisadas pelo formador, de maneira a perspectivar a sua exploração;. -. Fazer uma introdução antes da apresentação do filme, para que os formandos fiquem esclarecidos quanto às razões da sua visualização;. -. O formador só deve intervir após a projecção do filme, fazendo uma análise dos pontos-chave e terminando com uma conclusão.. • Televisão Televisão: o conceito Televisão é uma palavra que apresenta duas origens, uma do grego, outra do latim. Assim, do grego provém a palavra “tele” que significa distante, e “vision” do latim, que quer dizer visão. É um sistema electrónico de transmissão de imagens e som de forma instantânea, funcionando a partir da análise e conversão da luz e do som em ondas electromagnéticas, • 28 •.

(29) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. e da sua reconversão num aparelho que recebe o mesmo nome do sistema ou pode também ser apelidado de aparelho de T.V O aparelho de T.V capta as ondas electromagnéticas e através dos seus componentes internos converte-as novamente em imagem e som. Como se pode aplicar este medium no contexto educativo? A relação entre a televisão e a educação baseia-se tanto na integração da educação nos canais televisivos, como no processo contrário, que diz respeito ao uso didáctico deste meio no processo de ensino-aprendizagem (televisão nas aulas). Apesar da televisão requerer alguns conhecimentos técnicos, este é um meio que está muito vulgarizado. Televisão ≠ Televisor. Programa ção. Aparelho / Ecrã. 10. A Ed ucação à D ist ânc ia “O isolamento dos alunos/formandos, tantas vezes responsável pela baixa qualidade da aprendizagem e pelo abandono dos cursos de EaD pode, actualmente ser ultrapassado devido ao aumento da interactividade dos métodos pedagógicos, o que torna o processo de ensinoaprendizagem mais aliciante, motivador e prático, em suma, eficaz.” “E-Learning para E-Formadores” (2004). A flexibilidade de espaço e tempo é nos dias de hoje uma variável crucial na escolha no ambiente onde decorrerá o processo de ensino-aprendizagem. A possibilidade de aprender a um ritmo próprio sem precisar de estar em determinado local e numa determinado horário (anytime/anywhere) coaduna-se com as necessidades de formação provocadas pela globalização da informação através das tecnologias de informação e comunicação (TIC). Neste sentido, as TIC têm contribuído, decisivamente, para mudar os conceitos associados à formação. Da sua utilização têm vindo a surgir novos suportes de aprendizagem que recorrendo às TIC visam responder às necessidades exigidas pela sociedade de informação/conhecimento.. 10. 1- O co nce ito de Ea D A Educação a Distância tem origem em tempos remotos, nos quais através de cartas eram veiculadas informações científicas. Iniciou-se assim o estudo por correspondência, através de materiais impressos com tarefas e actividades que eram enviados pelo correio. • 29 •.

(30) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Em meados da década de 70 surgem as primeiras Universidades Abertas com design e implementação sistematizadas de cursos à distância, utilizando, além do material impresso, transmissões por televisão aberta, rádio e fitas de áudio e vídeo. A partir da década de 90 com o surgimento da internet, a educação à distância tem vindo a desenvolver-se cada vez mais, através de tecnologias que viabilizam mecanismos de comunicação tão eficazes capazes de suprir a distância geográfica entre aluno e professor. O surgimento da Educação à Distância (EaD) trouxe consigo muitas das funcionalidades que podemos encontrar no Ensino Presencial, com a vantagem de ser uma solução mais prática, de vencer as barreiras do tempo e da distância e, em muitos casos, aumentar a eficácia da aprendizagem, devido à evolução da multimédia e da telemática.. 10. 2- V ant age ns da Ed ucaç ão à Di stâ nci a As entidades que apostam no e-learning contam com vantagens que têm aumentado em função dos avanços tecnológicos alcançados no sector nos últimos anos: -. A economia de recursos na deslocação;. -. Melhoria da assimilação do conhecimento em função da interactividade que só as ferramentas de ensino a distância podem proporcionar.. As inúmeras vantagens que intercalam o universo acima delineado podem ser resumidas nos seguintes itens: • • • • • • •. Custo individual e global de programas de formação Padronização no ensino Maior intercâmbio de conhecimento Quebra das barreiras geográficas Gestão e medição sistematizada de programas de formação Integração com outros sistemas. 10. 3 – Obst ác ulos Contudo, o EaD encontrou algumas dificuldades para se impor num cenário dominado pela formação presencial. O ritual à volta das aulas presenciais desencadeia uma acção tripla: -. Orienta o aluno para as matérias que o professor mais valoriza, o que pode não coincidir com os reais objectivos de aprendizagem;. -. Promove a aprendizagem por absorção e modelagem, onde a personalidade do professor tem o papel central; • 30 •.

(31) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. -. Estabelece o contacto interpessoal estimulando as relações entre colegas e professores.. Deve ainda referir-se que, em Portugal, os cursos presenciais, tendem ainda a ser socialmente mais valorizados.. 10. 4 – Co nceit o d e Nov a Ap re ndiza ge m Face aos obstáculos encontrados e na tentativa de optimizar a qualidade das acções de formação contínua, o EaD tem evoluído substancialmente na forma como se realizam não só os processos de ensino-aprendizagem, como também nos meios de suporte à interacção humana entre os vários agentes envolvidos. As metodologias deixaram de ser uma cópia “digital” da formação presencial para passarem a ser modelos próprios, criados a partir das necessidades e dos contextos dos formandos. Surge, assim, uma nova forma de pensar o ensino - aprendizagem e em vez de se falar em ensino presencial ou a distância, fala-se agora do conceito de nova aprendizagem em que as pessoas voltam a ocupar o lugar central. Vivemos um tempo novo, que é simultaneamente complexo e desafiante. Este novo tempo, a exemplo do que acontece desde há pelo menos 250 anos, é dominado pela tecnologia. O e-Learning e o b-Learning são hoje poderosas ferramentas para potenciar o valor das pessoas e para acelerar a aprendizagem e a inovação no seio das organizações. Viabilizar a formação à distância não depende apenas de um bom software que permita a gestão de cursos e alunos. É necessário produzir conteúdos adaptados a novos suportes de aprendizagem que estimulem a interactividade, recorrendo a novas metodologias de formação. Os Projectos de formação em e-learning requerem o envolvimento e a participação de uma equipa multidisciplinar, da qual fazem parte: -. Pedagogos; Produtores de conteúdos; Designers instrucionais; Revisores; Coordenadores de equipa; Web designers; Webmasters; Equipa de gestão e administração de projectos; Ilustradores; Programadores e analistas. • 31 •.

(32) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Por isso, diz-se que os factores essenciais do e-learning são a tecnologia, o conteúdo e a gestão e que a ausência de qualquer um desses elementos torna incompleto um projecto de educação à distância.. Nas aplicações de e-Learning com sucesso, isto é, com resultados positivos, os três conceitos aparecem compatibilizados sob uma metodologia apropriada. Assim o e-Learning provém do desenvolvimento simultâneo e equilibrado de três factores:. Os conteúdos on-line devem estimular a aprendizagem. Este objectivo é alcançado através de uma estreita ligação entre: -. A Pedagogia que é a base para o desenho projecto de ensino/aprendizagem;. -. A tecnologia que é a base física deste modelo de ensino/aprendizagem;. -. A gestão e organização da formação/informação • 32 •.

(33) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. 10. 5- Plat afo rmas L MS ( Le arni ng Ma nag e me nt Si ste m) As plataformas LMS constituem uma parte essencial da componente tecnológica, de um sistema integrado de formação on-line. Estas plataformas disponibilizam ferramentas de gestão de conteúdos, gestão de utilizadores, gestão da comunicação, da avaliação e também da monitorização e acompanhamento da actividade da formação à distância. As aulas virtuais e os manuais de EaD, independentemente do suporte físico em que estão colocados, apresentam factores comuns na concepção e desenho, onde os objectivos a atingir no início das sessões e a auto-avaliação, no final das mesmas, completam o eixo central da maioria dos sistemas EaD.. 10. 6- Pad rõe s: S C ORM / AI CC : Com o surgimento dos padrões que uniformizam as soluções para o ensino a distância disponíveis, as empresas interessadas em adoptar o e-learning passaram a contar com parâmetros mais objectivos para a escolha de tecnologias estáveis. O governo dos Estados Unidos através do seu Departamento de Defesa, uniu-se à indústria de tecnologia, em meados de 1997 para iniciar o movimento pela adopção de um padrão único para os sistemas de educação a distância. No início de 1999, ADL (Advanced Distribuited Learning), espécie de um consórcio de pesquisa composto por órgãos do governo norte-americano e do sector privado, apresentou o SCORM (Shareable Content Object Reference Model) como o padrão ideal por reunir todos os padrões disponíveis no mercado. Desde então, o padrão SCORM tem evoluído no mercado constituindo-se hoje como a maior referência no que diz respeito às especificações de sistemas de formação a distância. O padrão SCORM define um modelo de "como fazer" e "como executar" cursos baseados na Web. As normas do padrão são uma colecção de especificações que visam permitir a interoperabilidade, a acessibilidade e a reutilização de conteúdos. O LMS em conformidade com o padrão SCORM permite que seus utilizadores tenham acesso simplificado e padronizado a cursos de alta qualidade desenvolvidos em todo o mundo seguindo este conceito.. • 33 •.

(34) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO VIII . Recursos Didácticos. Mais informações sobre SCORM na Internet: http://www.adlnet.org (em inglês). 10.7 – Mecanismos de comunicação, coordenação e cooperação 10.7.1 – Mecanismos de comunicação •. Contacto com Formadores - Permite o contacto dos formandos com os coordenadores, formadores co-autores (se houver) e mediadores do curso através de e-mail;. •. Lista de discussão - Permite a criação de um canal de comunicação entre todos os participantes da turma através de e-mail. Cada mensagem enviada é reenviada por e-mail para todos os participantes do curso. Além disso, elas ficam armazenadas no ambiente para consultas;. •. Conferências (Newsgroup) - Permite a criação de conferências textuais na forma de discussão em níveis. Na Internet este tipo de ferramenta é conhecida como fórum de discussão;. •. Conferências em grupo - Permite a criação de conferências textuais na forma de discussão em níveis e com suporte a criação e associação de grupos de usuários;. •. Chat - Permite aos participantes a realização de sessões de chat através de um chat textual;. • 34 •.

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