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Avaliação da viabilidade econômica da recria de bovinos de corte em sistema de pastagem irrigada

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Academic year: 2021

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CAMPUS DOIS VIZINHOS

CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

ADRIANO MOREIRA UMEZAKI

AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA RECRIA DE

BOVINOS DE CORTE EM SISTEMA DE PASTAGEM IRRIGADA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DOIS VIZINHOS 2018

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ADRIANO MOREIRA UMEZAKI

AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA RECRIA DE

BOVINOS DE CORTE EM SISTEMA DE PASTAGEM IRRIGADA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Zootecnia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Dois Vizinhos, como requisito parcial à obtenção do título de Zootecnista.

Orientador: Prof. Dr. Luís Fernando Glasenapp de Menezes

DOIS VIZINHOS 2018

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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Dois Vizinhos Gerência de Ensino e Pesquisa

Curso de Zootecnia

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

TERMO DE APROVAÇÃO TCC

AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA RECRIA DE

BOVINOS DE CORTE EM SISTEMA DE PASTAGEM IRRIGADA

Autor: Adriano Moreira Umezaki

Orientador: Prof. Dr. Luís Fernando Glasenapp de Menezes

TITULAÇÃO: Zootecnista

APROVADO em de Novembro de 2018.

Prof. Marco Antônio Possenti Prof. Marcelo Montagner

Prof. Dr. Luís Fernando Glasenapp de Menezes (Orientador)

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Aos meus pais, minha família, em especial minha avó (in memoriam) que sonhava me ver onde hoje estou.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me guiado e me dado forças em todos os momentos de minha vida.

Aos meus pais, pela confiança depositada em mim. A toda minha família, pelo apoio em todas as horas.

Aos amigos que estiveram comigo nessa jornada acadêmica, compartilhando experiências, dando forças e me ajudando.

Aos orientadores que tive durante a graduação, Luís Fernando Glasenapp de Menezes e Wagner Paris, sou grato por toda a ajuda e conhecimento repassado.

Ao grupo NEPRU, pelo convívio, aprendizado e trabalho realizado. A todos os professores que contribuíram para minha graduação.

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Umezaki, A M. Avaliação da viabilidade econômica da recria de bovinos de corte em sistema de pastagem irrigada. Trabalho (Conclusão de Curso)- Programa de graduação em Bacharelado em Zootecnia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Dois Vizinhos, 2018.

No Brasil, a principal fonte de produção de carne bovina é a pastagem, essa por sua vez necessita da utilização de técnicas que permitam a melhoria e potencialização do seu uso para tornar-se mais efetiva, deste modo, a utilização da irrigação de pastagens entra como uma importante ferramenta a ser utilizada durante a estacionalidade de produção. A análise da atividade relacionada ao seu custo de produção e seus indicadores técnicos e econômicos é uma forma de definir as tomadas de decisões em um sistema de produção. O trabalho tem como objetivo analisar a viabilidade econômica do sistema de irrigação de pastagem com novilhos em recria. O levantamento de dados para os cálculos e análises desse trabalho foi realizado a partir de um experimento que foi conduzido a campo no período de junho de 2016 a abril de 2018, no município de Dois Vizinhos, na Unidade de Ensino e Pesquisa (UNEPE) de Bovinocultura de corte, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, onde os indicadores de desempenho foram processados em uma planilha do Microsoft Excel. O ganho de peso vivo diário teve uma média para os dois anos de GPD 0,84 kg/dia. A taxa interna de retorno para o capital investido por hectare foi de 21%. O ponto de equilíbrio em unidades físicas foi de 29,19 @/ha. O uso da irrigação aumentou os índices produtivos do sistema e mostrou-se viável economicamente. Isso garante uma estabilidade na produção final, fazendo com que o fator pluviosidade não seja limitante no sistema.

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UMEZAKI, A M. Evaluation of the economic feasibility of the rearing of beef cattle in an irrigated pasture system. Work (Course Completion) - Graduation Program in Bachelor of Science in Animal Science, Federal Technological University of Paraná. Dois Vizinhos, 2018. In Brazil, the main source of beef production is pasture, which in turn requires the use of techniques that allow the improvement and potentialization of its use to become more effective, thus, the use of irrigation of pastures enters as an important tool to be used during the seasonality of production. The analysis of the activity related to its cost of production and its technical and economic indicators is a way of defining the decision making in a production system. The objective of this work is to analyze the economical viability of the pasture irrigation system with steers in recreat. The data collection for the calculations and analyzes of this work was carried out from an experiment that was conducted in the field from June 2016 to April 2018, in the county of Dois Vizinhos, at the Teaching and Research Unit (UNEPE) of Bovinocultura de Corte, from the Universidade Tecnológica Federal do Paraná, where performance indicators were processed in a Microsoft Excel spreadsheet. The daily live weight gain had an average of two years of GPD 0.84 kg / day. The internal rate of return on invested capital per hectare was 21%. The equilibrium point in physical units was 29.19@ / ha. The use of irrigation increased the productive indices of the system and proved to be economically viable. This ensures a stability in the final production, making the rainfall factor not be limiting in the system

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 1

2.1 OBJETIVO GERAL ... 3

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 3

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 4

3.1 PRODUÇÃO DE BOVINOS EM PASTAGEM ... 4

3.2 IRRIGAÇÃO DE PASTAGENS ... 5

3.3 AVALIAÇÃO ECONÔMICA NA BOVINOCULTURA ... 6

3.3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO ... 7

3.3.2 INDICADORES DE RESULTADOS ECONÔMICOS ... 7

4 MATERIAL E MÉTODOS ... 9

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1 INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos, a bovinocultura de corte vem aumentando cada vez mais seu potencial produtivo, isso se deve principalmente à intensificação do uso de tecnologias nessa atividade. No Brasil a principal fonte de produção de carne bovina é a pastagem, essa por sua vez necessita da utilização de técnicas que permitam a melhoria e potencialização do seu uso para tornar-se mais efetiva (SOARES et al., 2015). Segundo Nogueira (2010), a intensificação do sistema de produção deverá ser feita após o levantamento de um diagnóstico para tomada de decisões, por isso, é fundamental o uso e entendimento dos processos administrativos em uma propriedade. Como a pastagem é o principal meio de produção na bovinocultura, um dos principais motivos para um correto e eficiente manejo na sua utilização se refere a busca por um maior desempenho animal e maior produção por hectare (GOMIDE, GOMIDE, 2001).

Segundo Figueredo et al., (2007) as pastagens apresentam uma estacionalidade de produção, fator que é o principal causador de baixos índices produtivos nessa atividade. Desse modo, a utilização da irrigação de pastagens entra como uma importante ferramenta a ser utilizada durante a estacionalidade de produção, que ocorre devido a fatores climáticos, causando um estresse hídrico na pastagem, com isso, a irrigação tem por objetivo minimizar esse efeito, melhorando o desempenho da pastagem e permitindo que a taxa de lotação animal não sofra variação durante o ano, isso faz com que a pluviosidade não interfira na produção (AZEVEDO; SAAD, 2009).

Com o avanço da agricultura brasileira e mundial, a irrigação tem ganhado espaço no cenário agrícola por apresentar resultados que aumentam a produção, produtividade e rentabilidade do sistema (VOLTOLINI et al., 2009). Segundo Pires et al., (2008) a irrigação de pastagens perenes tem capacidade de aumentar a sua produção e o tempo de utilização, além de proporcionar um maior ganho de peso animal por área. Porém, o entendimento do seu uso é um importante fator para a sua eficácia, Alencar et al., (2009) ressalta que um dos problemas no sistema de irrigação é o uso abusivo de água, que causa danos ao ambiente, um maior consumo de energia elétrica e um aumento da compactação do solo, diminuindo a produtividade do sistema.

A implantação de novas tecnologias tem por consequência um aumento no custo de produção. Segundo Barcellos et al., (2009) a formação do custo vai depender da estrutura da

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propriedade, da conjuntura de mercado de insumos e da forma em que essa tecnologia será utilizada. A análise da atividade relacionada ao seu custo de produção e seus indicadores técnicos e econômicos é uma forma de definir as tomadas de decisões na propriedade (LOPES & CARVALHO, 2002). Portanto, através da mensuração e análise dos custos, é possível saber se o uso de uma nova tecnologia é viável ou não.

Ainda são escassos os trabalhos voltados para os índices econômicos de intensificação usando irrigação de pastagem na região sul do país, visto que quando em épocas de sequeiro em outras regiões, a região sul consegue produzir pastagens de inverno, mantendo sua produção anual constante, portanto, a irrigação se faz pouco presente.

Diante disso, o trabalho tem como objetivo analisar a viabilidade econômica do sistema de irrigação de pastagem com novilhos em recria.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

 Analisar se o sistema de irrigação mostra-se viável economicamente na fase de recria de bovinos de corte

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Calcular a produtividade no sistema de irrigação;

 Mensurar os custos de produção da atividade;

 Analisar os índices econômicos da produção;

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 PRODUÇÃO DE BOVINOS EM PASTAGEM

Nos últimos anos, com o passar do crescimento e desenvolvimento da pecuária de corte, a atividade se consolidou no mercado interno e externo, sendo um dos principais itens da cadeia do agronegócio, esse fato contribui significativamente com a economia brasileira (MAPA, 2011). Apesar de uma melhoria na pecuária com o passar dos anos, essa ainda está muito abaixo de seu potencial, que pode ser alcançado com as mesmas condições que o país oferece (AZEVEDO & SAAD, 2009).

A grande extensão das áreas de pastagem no Brasil faz com que maior parte da produção de carne bovina seja proveniente desse sistema, contudo, é necessário adotar técnicas que permitam a otimização do uso dessas pastagens através de tecnologias em que se possa ter um aumento da produtividade pecuária. A produtividade desse sistema está relacionada à quantidade animal produzida por área, dentre os fatores que afetam a produtividade na bovinocultura, pode-se destacar a taxa de lotação (número de animais por área), por esse ser um dos fatores mais limitantes no resultado final da propriedade (MAYA, 2003). Segundo Beretta et al., (2002) a maior produção de peso vivo por hectare está diretamente relacionada ao aumento de carga por unidade de pastejo.

Mesmo com a produção de carne no país sendo em maior parte a pasto, a atividade tem certa ineficiência no uso dessas pastagens, que se dá normalmente pela falta de conhecimento das condições fisiológicas da planta, as principais ou mais adotadas estratégias para melhorar essa eficiência na pastagem são o uso de um sistema de pastejo rotacionado, adubação de pastagem e um adequado sistema de irrigação. A busca por melhores resultados na bovinocultura é uma extrema necessidade na atividade, onde o mercado exige cada vez mais um grau de competitividade entre empresas rurais, que por sua vez precisam ser produtivas e com um menor custo possível (DRUMOND & AGUIAR, 2005).

Para atingir resultados positivos com as novas tecnologias adotadas na bovinocultura a fim de melhorar a produtividade, é necessário não só conhecer a atividade em questão, mas sim ter um controle operacional e gerencial, para ter em mãos o custo de produção da propriedade, que é fundamental para as tomadas de decisões. Porém, a dificuldade de

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implantação de um sistema de controle, assim como a coleta de dados de custo, é um fator que restringe a administração das empresas rurais no Brasil (SOARES, 2012).

3.2 IRRIGAÇÃO DE PASTAGENS

As condições ambientais do Brasil oferecem um bom desenvolvimento de pastagem em grande parte de sua extensão territorial, porém, a sazonalidade de produção gera um grande impacto negativo sobre a produção, que está relacionada a fatores como a diminuição da precipitação, queda de temperaturas e fotoperíodo reduzido (VITOR et al., 2009). O uso da irrigação é uma forma de diminuir o efeito causado pela sazonalidade, contribuindo com a produtividade e substituindo outras técnicas que seriam adotadas para manter a produção na pastagem (BARBOSA et al., 2008). A irrigação permite uma distribuição de água de maneira artificial que faz com que a falta de chuva nos períodos de estresse hídrico não sejam um problema, com isso é possível manter os índices de produtividade e rentabilidade pré-estabelecidos sem que haja tanta oscilação (RASSINI, 2003).

Os resultados obtidos através do uso da irrigação mostram um aumento considerável na produção de forragem nos períodos de seca, porém essa é uma tecnologia que ameniza apenas o efeito da falta de água na pastagem, e para que sua utilização seja economicamente viável, o produtor já deve ter estabelecido o controle sobre outros fatores como a adubação e manejo dos animais (AZEVEDO & SAAD, 2009). Para um correto manejo do sistema de irrigação, um dos principais fatores que precisa ser levado em consideração é o volume de vazão de água necessária, que pode variar de 1.400 a 4.200 L h-1 ha-1. Quando a vazão de água ocorre de maneira excessiva, poderá causar problemas que refletirão na vida útil da pastagem (ALENCAR et al., 2009).

Segundo Andrade & Brito (2010), existem variados sistemas de irrigação, onde cada sistema adotado vai depender da cultura utilizada, do tipo de solo presente e das condições econômicas e climáticas de cada região. Os principais sistemas de irrigação são o de aspersão, superfície, irrigação localizada e sub irrigação.

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3.2.1 IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

O sistema de irrigação por aspersão é constituído por um conjunto de moto-bomba, tubulação e aspersores, que torna o sistema pressurizado, onde a água é lançada semelhante à chuva caindo sobre o solo. Esse sistema se adapta aos mais diversos tipos de topografia, faz uma distribuição da água de forma uniforme e pode ser automatizado totalmente. Porém, a irrigação por aspersão tem um elevado custo de implantação, quando comparado aos outros sistemas. Nesse sistema, as tubulações e os aspersores permanecem fixos, subterrâneos ou móveis, e podem ser mudados conforme necessário, no entanto o custo com a mão de obra e manutenção se torna mais caro. Outro método de aspersão é na forma autopropelido onde um canhão é fixado sobre um carrinho que percorre na forma longitudinal a área a ser irrigada. (ANDRADE & BRITO, 2010).

A irrigação por aspersão é o método mais adotado em pequenas propriedades, pois as áreas a serem irrigadas são menores, sendo assim o sistema por aspersão apresenta maior praticidade e facilidade de manejo (MENDONÇA et al., 2007; DRUMOND, 2008).

3.3 AVALIAÇÃO ECONÔMICA NA BOVINOCULTURA

A intensificação de um sistema de produção geralmente mostra respostas econômicas muito variáveis, pois são múltiplos os fatores que envolvem a determinação econômica do produto final. A intensificação refere-se a qualquer estratégia adotada que tenha por objetivo gerar um aumento da produtividade. As razões de se buscar a adoção de uma intensificação podem ser motivadas por circunstâncias sociais, econômicas ou ambientais (MAYA, 2003).

A avaliação econômica tem por objetivo mensurar os índices de desempenho de uma propriedade, que são obtidos através de indicadores econômicos relacionados aos custos de produção. Os principais indicadores voltados aos custos de produção são a lucratividade e rentabilidade (VIANA & SILVEIRA, 2008). Segundo Lopes e Magalhães (2005), a análise econômica na pecuária de corte é importante para que o produtor consiga entender melhor os fatores de produção que estão ligados a terra, trabalho e capital.

Um investimento ou a adoção de uma nova tecnologia deve ser representado através de um fluxo de caixa, para que se possa analisar de forma mais precisa os resultados obtidos ou

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esperados. Para esse investimento, é necessário traçar um planejamento, que serve para analisar a imobilização do capital investido na atividade durante um período de tempo, o objetivo é que no final desse período a atividade retorne ao sistema todo o capital imobilizado (DE AVILA, 2015). De acordo com Pacheco et al., (2006) a forma como a propriedade analisa economicamente uma atividade é de extrema importância, pois caso se tenha mudanças no setor da atividade é possível fazer alterações dos valores conforme a realidade local.

Segundo Lopes e Carvalho (2002), somente através da analise econômica é que o produtor passa a observar os resultados obtidos na empresa rural, e diante disso, conseguirá fazer as tomadas de decisões na propriedade. O processo de avaliação econômica permite também analisar os impactos gerados pela adoção de novas tecnologias na propriedade (LEMES, 2001). Dessa forma, a análise econômica na bovinocultura de corte permite um crescimento viável da propriedade, fazendo com que essa consiga se manter diante das crises e tenha condições de aproveitar as oportunidades (OIAGEN et al., 2006).

3.3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO

Os custos de produção são a soma de todos os recursos (insumos) e operações (serviços) utilizados na atividade agropecuária (BONACCINI, 2000). Para uma atividade do setor pecuário se manter competitiva, deve ser constantemente avaliada seus processos econômicos (SILVA et al., 2010). Os custos de produção são classificados de acordo com sua natureza ou função no processo produtivo. O primeiro critério de avaliação é a divisão de custo direto ou indireto, o segundo é a identificação quanto ao custo fixo ou variável (BONACCINI, 2000). A redução dos custos em uma propriedade e/ou aumento da receita podem gerar um aumento na lucratividade, que será consequência do aumento da produtividade (GOTTSCHALL, 2001).

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Para uma análise mais profunda da economia de uma atividade em uma empresa rural, é preciso construir medidas de desempenho através da renda bruta da propriedade, pois a receita bruta calculada de forma isolada não permite um real indicador da eficiência produtiva (FEIDEN, 2001). O cálculo dos indicadores é fundamental, pois através de seus resultados, facilita as tomadas de decisões a curto, médio e longo prazo em uma propriedade (LOPES & CARVALHO, 2002).

Dentre os indicadores, os que mais se destacam são a margem bruta, margem líquida, lucratividade e rentabilidade. A margem bruta segundo Lopes & Carvalho (2002), quando analisada de forma isolada, mostra a sobrevivência da atividade em curto prazo, e se os resultados forem negativos, mostra uma inviabilidade econômica da atividade. A margem líquida, segundo Feiden (2001) serve para mostrar se a atividade conseguiu ou não cobrir os custos operacionais e de oportunidade. A lucratividade, de acordo com Nogueira (2007) é a percentagem da receita que representa o lucro. E a rentabilidade, serve para calcular a capacidade que a atividade tem de gerar rendimentos em relação ao seu capital disponível (NOGUEIRA, 2007).

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4 MATERIAL E MÉTODOS

O levantamento de dados para os cálculos e análises desse trabalho foi realizado a partir de um experimento conduzido no período de junho de 2016 a abril de 2018, sendo as avaliações realizadas na safra de animais da recria de 2016/2017 e 2017/2018. O trabalho se realizou no município de Dois Vizinhos, na Unidade de Ensino e Pesquisa (UNEPE) de Bovinocultura de corte, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos, situada na região fisiográfica, denominada terceiro planalto Paranaense. A altitude média é de 520 m, latitude de 25°44’ Sul e longitude de 53°04’ Oeste. O solo é caracterizado como Nitossolo vermelho distroférrico de textura argilosa (BHERING; SANTOS, 2008). O clima do local é classificado como Cfa, subtropical úmido, mesotérmico sem estação de seca definida, com médias de temperatura de 22°C (ALVARES et al., 2013). A precipitação pluvial média anual na região segundo o IAPAR (2018) é de 1800 a 2000 mm/ano.

Foram utilizados 24 novilhos por ano, inseridos no sistema após a desmama, com idade aproximada de 10 meses e permanecendo até o momento da terminação. A pastagem utilizada foi de Estrela Africana (Cynodon nlemfuensis Vanderyst) que foi implantada em 2014, porém, para os cálculos foi considerado o custo de implantação corrigido para o momento atual. Durante o período de inverno, foi realizada a sobressemeadura a lanço do azevém diplóide (Lolium multiflorum L.) cv. Fepagro São Gabriel com densidade de semeadura de 55 kg ha-1 e em seguida, sobressemeado em toda área, pelo sistema de plantio direto, aveia preta (Avena strigosa schreb) cv. BRS139 com densidade de semeadura de 60 kg ha-1 utilizando espaçamento entre linhas de 17 cm e a ervilhaca comum (Vicia sativa L.) cv. Ametista com 30 kg ha-1 ambas misturadas na semeadora. A adubação nitrogenada foi dividida em seis aplicações, totalizando 150 kg de N via ureia em cada estação (primavera, inverno e verão).

O sistema de irrigação utilizado na área experimental é o de aspersão convencional enterrado (Figura 1). O sistema de bombeamento é composto por motobomba CentrifugaFamac (FMG-2215), com potência de 15 CV, vazão de 46,5 a 14,4 m³ h-1 e pressão manométrica de 50 a 90 mca.

O manejo da irrigação é realizado quando o potencial de água no solo atinge o valor de 10kPa. A quantidade de água a ser aplicada é determinada com base na curva de retenção da água no solo, e através da obtenção de leituras em tensiômetros com vacuômetro digital. Para a obtenção da curva de retenção de água no solo foram coletadas amostras representativas da

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área irrigada, que posteriormente foram enviadas ao laboratório de Física do Solo do Departamento de Biossistemas da ESALQ-USP. O manejo de irrigação foi realizado pelo método da tensiometria, com o monitoramento do potencial de água no solo por meio de tênsiometros instalados a 0,20 m de profundidade.

A avaliação econômica foi realizada após um diagnóstico do experimento realizado a campo, onde os indicadores de desempenho (Tabela 1 e 2) foram processados em uma planilha do Microsoft Excel. Os custos foram calculados a partir dos reais valores gastos no sistema com insumos, benfeitorias, implantação da pastagem, manutenção das instalações, energia elétrica, implantação do sistema de irrigação e custos de sobressemeadura de inverno (Tabela 3). Os custos com operações que envolvem o uso de maquinários foram calculados a partir dos valores praticados na região para tais atividades, o custo com mão de obra foi estimado em um salário mínimo diluído para a atividade, visto que os dados foram coletados de um projeto que foi conduzido dentro de uma universidade. O valor de construção do reservatório de água não foi mensurado neste trabalho, pois a captação de água é feita de um açude já existente no local.

A mensuração dos parâmetros econômicos foi realizada a partir da metodologia descrita por Bonaccini (2000) e Flores et al (2006), dentre os parâmetros que foram calculados pode se destacar a receita total, depreciação, custos fixos e variáveis, custo total, e indicadores de desempenho como ganho médio diário, taxa de lotação e carga animal que se obteve no sistema. A partir da mensuração desses parâmetros, foram calculados os indicadores financeiros como a margem bruta, margem líquida, produtividade, lucratividade e rentabilidade do sistema de irrigação, onde esses valores foram divididos pela área e pela quantidade de arrobas produzidas.

Após a mensuração de custos para a safra da recria dos animais do ano 2016/2017 e 2017/2018 foi feita uma simulação de como seriam os resultados obtidos no sistema irrigado após o pagamento do capital investido.

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Tabela 1: Dados produtivos obtidos na recria dos animais em sistema irrigado e não irrigado da safra 2016/2017 (média anual).

Dados produtivos Safra 2016/2017 (média anual)

Descrição Irrigado Não irrigado

GMD (kg/animal/dia) 0,85 0,85

Lotação (UA/há) 5,5 5,6

Carga animal (Kg/pv/há) 2.489 2.541

Produção total forragem (kg/ms/há) 7.278,70 5.826

Média de peso inicial (kg) 162 162

Média de peso final (kg) 372 365

Média de peso no período 267 263,5

Animais/há 9 9

Total de animais 24 24

Valor da @ (2016/2017) R$ 145,00 R$ 145,00

Total (@) produzidas 168,00 162,40

(@) produzidas/há 65 61

Fonte: Adaptado de Molinete, M.L (2016).

Tabela 2: Dados produtivos obtidos na recria de animais em sistema irrigado e não irrigado da safra 2017/2018 (média anual).

Dados produtivos safra 2017/2018 (média anual)

Descrição Irrigado Não irrigado

GMD (kg/animal/dia) 0,835 0,83

Lotação (UA/há) 5,6 6

Carga animal (Kg/pv/há) 2.539 2.799

Produção total forragem (kg/ms/há) 7.278,70 5.826

Média de peso inicial (kg) 229,33 240,75

Média de peso final (kg) 400,17 402,58

Média de peso no período 314,75 321,66

Animais/há 9 9

Total de animais 24 24

Valor da @ (2017/2018) R$ 145,00 R$ 145,00

Total (@) produzidas 145,60 119,60

(@) produzidas/há 56 46

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Tabela 3: Custos anuais de produção para os diferentes sistemas em uma área de 2,6 hectares.

Custos anuais de produção

Irrigado Não irrigado

R$ % R$ %

Insumos anuais R$ 240,00 2% R$ 240,00 3%

Manutenção prev. das

instalações R$ 367,64 3% R$ 150,90 2% Depreciação R$ 660,80 6% R$ 460,80 5% Mão de obra R$ 4.000,00 37% R$ 4.000,00 47% Adubação R$ 1.092,00 10% R$ 1.092,00 13% Energia elétrica R$ 2.719,98 25% R$ 810,00 10% Sobressemeadura de inverno R$ 1.723,80 16% R$ 1.723,80 20% Total R$ 10.804,22 100% R$ 8.477,50 100% TOTAL/HÁ R$ 4.155,47 R$ 3.260,58

Total Custos Fixos R$ 7.748,42 72% R$ 5.421,70 64%

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.

Resultados da produção.

Os índices produtivos aumentaram conforme a intensificação do sistema através do uso da irrigação (Figura 2), tais valores de produção foram maiores que os encontrados por Soares, (2012), que ao avaliar a terminação de animais em sistemas irrigados encontrou uma produção de 26 arrobas no período, e de Tosi, (1999) e Aguiar et al. (2001) em sistemas intensivos de produção a pasto, obtendo uma produtividade de 45,6 @/ha e 39,2 @/ha respectivamente. A diferença pode ser explicada pelo fato de que os trabalhos comparados foram realizados em regiões de seca definida, onde por consequência, as características nutricionais da pastagem diminuem, mesmo com processos de intensificação.

O ganho de peso vivo diário encontrado no trabalho teve uma média para os dois anos de GPD 0,84 kg/dia, valores acima dos encontrados por Maya, (2003) que obteve 0,492 kg/dia de GPD ao avaliar a recria e terminação de animais em pastagem irrigada, e Penati, (2002) ao encontrar um GPD de 0,541 kg/dia em pastagem de capim Tanzânia irrigado.

Houve pouca diferença na taxa de lotação para ambos os sistemas avaliados, ficando na faixa de 5,6 UA/ha, (1 UA = 450kg de PV), valores muito semelhantes aos de Maya, (2003) que obteve em pastagens adubadas, uma taxa de lotação de 5,6 UA/ha para o não irrigado e 5,9 para o sistema irrigado. Marcelino et al., (2001), Alvim et al., (1993) e alguns outros autores comentam sobre a pequena resposta da irrigação em forrageiras tropicais nas regiões onde se tem os fatores de temperatura e fotoperíodo limitantes para o desenvolvimento da planta nos períodos de seca, pois nesse período as condições de temperatura são inferiores do que a planta necessita para se desenvolver. No presente trabalho, o fato da taxa de lotação e da produção ter sido semelhante é explicada pela uniformidade na distribuição de chuvas durante o ano (Figura 3), e pelo fato de que no inverno, se teve a presença das gramíneas temperadas, que contribuíram para manter a taxa de lotação quando a estrela africana teve uma queda em seu desempenho.

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Figura 2: Produtividade da recria de novilhos em sistema irrigado e não irrigado, dado em arrobas/ha.

Figura 3: Precipitação pluviométrica e temperatura média no município de Dois Vizinhos, Paraná, no período de Março de 2016 a Março de 2017, GEBIOMET (2017).

65

61

56

46

Irrigado Não irrigado Irrigado Não irrigado

Ano 2016/2017 Ano 2017/2018

Produtividade @/há

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Resultados econômicos.

O uso da irrigação de pastagem se mostrou viável economicamente, com uma taxa interna de retorno para o capital investido por hectare de 21%, usando a média de produção no sistema irrigado obtida nos dois anos avaliados. Pinheiro (2002) verificou uma máxima taxa interna de retorno de 9,37%, em Porto Nacional – TO, ao avaliar através de modelos de simulações econômicas como seriam os resultados esperados para sistemas de irrigação em diferentes regiões do país.

O valor presente líquido (VPL) encontrado nesse trabalho para o sistema de irrigação foi de R$/há 16.458,76, diferente do valor encontrado por Maya (2003), que obteve um valor presente líquido negativo, resultando em uma inviabilidade econômica para o uso da irrigação, com uma taxa interna de retorno de -6,1%. Isso ocorreu devido ao alto valor investido, com um baixo retorno econômico em sua avaliação.

Os resultados econômicos obtidos no período de avaliação foram menores para o sistema irrigado, onde os custos de produção por animal se apresentaram elevados comparados ao sistema não irrigado, fazendo que consequentemente o lucro por animal ficasse menor (Figura 4), para esses cálculos foi usado 9 animais por hectare em ambos os sistemas, já que não houve alteração na taxa de lotação para ambos os tratamentos em ambos os anos.

Os custos por arroba produzida foram elevados (Figura 5) devido ao valor de investimento, onde é pago uma taxa de 5% ao ano do valor inicial de R$/ha 7.180,00 que engloba a instalação das benfeitorias, implantação da pastagem e implantação do sistema irrigado, além disso, os custos anuais de produção e manutenção são maiores para o sistema irrigado.

Através do fluxo de caixa obtido com os indicadores de produção do período avaliado, calculando o saldo acumulado em um período de 10 anos, nota-se que o tempo para o investimento ser pago e começar a dar retorno (Pay-back) é de aproximadamente três anos. Weigand et al., (1998) ao usar uma simulação para determinar o Pay-back encontrou um tempo de retorno de 2 anos e 9 meses para região nordeste, 5 anos e 4 meses para a região centro oeste e 11 anos e 7 meses para a região do sudeste do Brasil

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Figura 4: Custo e lucro por animal (R$/animal) da recria de novilhos em sistema irrigado e não irrigado nos diferentes anos avaliados.

Figura 5: Custo e lucro por arroba produzida (R$/@) da recria de novilhos em sistema irrigado e não irrigado nos diferentes anos avaliados.

R$461,72 R$366,56 R$461,72 R$366,56 R$545,61 R$616,22 R$346,26 R$374,55

Irrigado Não irrigado Irrigado Não irrigado

Ano 2016/2017 Ano 2017/2018

Custo e lucro por animal

Custo por animal Lucro por animal

R$63,93 R$54,08 R$74,20 R$71,72 R$75,55 R$90,92 R$55,65 R$73,28

Irrigado Não irrigado Irrigado Não irrigado

Ano 2016/2017 Ano 2017/2018

Custo e lucro por @ produzida

Custo da @ produzida Lucro por @ produzida

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O resultado líquido analisado é inferior para o sistema irrigado (Figura 6), pois os custos de produção são mais elevados. No entanto, ao analisar a situação após o pagamento do investimento inicial, o resultado líquido para o sistema irrigado já apresenta um maior valor que o não irrigado (Figura 7). O menor resultado para o segundo período avaliado está relacionado à menor produção obtida, visto que os custos de produção se mantiveram iguais.

Figura 6: Lucro final/hectare (R$/ha) da recria de novilhos em sistemas de produção irrigado e não irrigado.

Figura 7: Lucro final/hectare (R$/ha) da recria de novilhos em sistema irrigado e não irrigado, em uma situação após o pagamento do capital investido.

R$4.910,53

R$5.545,96

R$3.116,30 R$3.370,96

Irrigado Não irrigado Irrigado Não irrigado

Ano 2016/2017 Ano 2017/2018

Resultado final/há

Resultado final/há R$4.544,53 R$3.554,42 Lucro final/há

Lucro final - pós investimento

Irrigado Não irrigado

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Após o investimento ser pago, o custo por animal ainda é maior no sistema irrigado, pois os custos totais são maiores devido as manutenções e energia elétrica, no entanto, o lucro por animal já se mostra um pouco maior para o sistema irrigado (Figura 8).

A lucratividade da produção após o pagamento do investimento foi menor para o sistema irrigado, que apresentou um valor de 41%, contra 49% no não irrigado. A lucratividade é obtida através da divisão do resultado líquido pelo faturamento bruto da produção. Isso explica o fato dessa lucratividade ter sido menor, pois o resultado líquido dos dois sistemas foi muito semelhante, e quando dividido pelo faturamento bruto, o sistema não irrigado possui um valor inferior ao irrigado.

O ponto de equilíbrio monetário da produção, ou seja, o momento em que os custos operacionais fixos se igualam a receita, ou, o faturamento necessário para a atividade não ter prejuízo foi de R$/ha 3.422,76 e o ponto de equilíbrio em unidades físicas, ou seja, arrobas necessárias para cobrir os custos foi de 23,61@/ha. Esse valor é de muita importância para que o produtor possa saber quanto exatamente ele deve produzir em seu sistema para que não venha a ter prejuízo e possa começar a dar lucro.

Figura 8: Custo e lucro por animal (R$/animal) da recria de novilhos em sistema irrigado e não irrigado, em uma situação após o pagamento do capital investido.

Analisando um custo de oportunidade para o valor do capital investido por hectare na atividade voltado para uma aplicação financeira com uma taxa de poupança de 6% a.a (Tabela 2), ou seja, se caso o dinheiro do investimento para a produção de bovinos em sistema irrigado fosse aplicado em uma poupança, o valor resultante, em um espaço de 10 anos, seria

R$461,72

R$504,95

R$362,29

R$394,94

Custo por animal Lucro por animal

Situação após pagamento do investimento

Irrigado Não irrigado

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inferior ao montante acumulado com a atividade pecuária. Para Bonaccini (2000) o custo de oportunidade serve verificar a viabilidade do sistema, comparando com outras oportunidades de investimento.

Tabela 4: Resultado líquido acumulado da atividade de recria de animais em sistema irrigado comparado com uma aplicação financeira para o valor do capital investido.

Montante líquido acumulado

Recria Poupança (6%) Ano 1 R$ 3.847,10 R$ 7.610,80 Ano 2 R$ 7.694,20 R$ 8.067,45 Ano 3 R$ 11.541,30 R$ 8.551,49 Ano 4 R$ 15.388,40 R$ 9.064,58 Ano 5 R$ 19.235,50 R$ 9.608,46 Ano 6 R$ 23.082,60 R$ 10.184,97 Ano 7 R$ 26.929,70 R$ 10.796,07 Ano 8 R$ 30.776,80 R$ 11.443,83 Ano 9 R$ 34.623,90 R$ 12.130,46 Ano 10 R$ 38.471,00 R$ 12.858,29 Fonte: Autor, 2018.

Ao fazer uma simulação em uma propriedade de 100 hectares destinados a recria de animais, adotando a intensificação através do uso da irrigação em 20% da área é possível ter um aumento de 6% do faturamento obtido na propriedade. Onde no sistema convencional não irrigado, a produção de 46 @/ha resulta em 4.600@ no total dos 100 ha, isso gera uma receita bruta de R$ 667.000,00. Ao irrigar 20 dos 100 hectares, obtendo uma produção de 60@/ha, e considerando a produção de 46@/ha nos 80 hectares restantes, obtêm-se a receita bruta de R$ 707.600,00, ou seja, é possível aumentar R$ 40.600,00 do faturamento bruto, e uma diferença líquida de R$ 22.700,00 a mais, intensificando apenas 20% da área total. Isso faz com que a irrigação se torne uma importante ferramenta dentro de uma propriedade, podendo ser uma boa alternativa pra quem visa maximizar os lucros da atividade.

(29)

6 CONCLUSÃO

O uso da irrigação aumentou os índices produtivos do sistema e mostrou-se viável economicamente. Isso garante uma estabilidade na produção final, fazendo com que o fator pluviosidade não seja limitante no sistema.

Como se trata de um sistema de produção onde os preços estão diretamente ligados as situações de mercado e aos fatores de oferta e demanda, estes estão sujeitos a variações, que pode causar uma oscilação no resultado final da atividade. O uso da irrigação minimiza apenas o fator da pluviosidade, mantendo uma produção constante, porém, em casos de uma queda significativa do preço da arroba pago pelo mercado, a atividade pode correr risco, devido seus custos fixos serem elevados.

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