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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Associação de Beneficência Popular de Gouveia (Gouveia)

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Academic year: 2021

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Instituto Politécnico da Guarda

Aluno: Avelino Zacarias Sequeira Tente

Nº. 5006931

Local de Estágio:

A B P G – Associação de Beneficência Popular de Gouveia

Unidade de Cuidados Continuados Integrados Avenida Boto Machado,

Apartado 52 6290-325 Gouveia Telefone: 238 490 015 Fax: 238 490 019 ucc@abpg.pt www.abpg.pt

Data de inicio de estágio: 20 de Setembro de 2010 Data de fim de estágio: 31 de Maio de 2011

Tutor de Estágio na Instituição Nome: Dra. Vânia Araújo

Cargo que ocupa: Directora Técnica e Psicóloga

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Agradecimentos

Pretendo, em primeiro lugar, agradecer à Dr.ª Filomena Carrilho por me ter proporcionado a realização do estágio na Unidade de Cuidados Continuados. À minha orientadora de estágio, Dr.ª Rosário Martins e à Dr.ª Vânia Araújo, tutora de estágio na Instituição, pela atenção, dedicação e apoio prestado, estando sempre receptiva a todas as solicitações. Ao pessoal de enfermagem, pessoal auxiliar, que se mostraram disponíveis e me transmitiram alguns dos seus conhecimentos, contribuindo assim, para um maior enriquecimento pessoal, científico, mas mais importante, o humanitário. E, principalmente, à minha família que, durante o tempo de estágio, não dediquei o tempo disponível, mas pelo contrário me viram ausentar durante todas as noites e parte dos fins-de-semana.

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Índice

Ficha de identificação pág.1

Agradecimentos pág. 2

Introdução pág.4

1.Caracterização orgânica-funcional da instituição de acolhimento pág. 5 1.1.Estrutura física, divisão da instituição nas suas diferentes valências pág. 5 1.2.Caracterização e conhecimentos dos recursos humanos, definidos por

uma hierarquia (organograma) pág. 8

1.2.1. Recursos humanos pág. 10

1.3. Caracterização da rede dos cuidados continuados integrados na instituição pág. 11 1.3.1.Serviços disponíveis na unidade de cuidados continuados pág. 12 1.4. Caracterização das instalações da unidade de cuidados continuados

Integrados pág. 12

1.4.1. Regras da unidade pág. 15

1.4.2. Tipologia de respostas pág. 15

2. Caracterização e avaliação dos utentes pág. 19

2.1. Facha etária dos utentes pág. 19

2.2. Proveniência dos utentes pág. 19

2.3.Patologias frequente quer físicas ou psicológicas pág. 19

2.3.1 Diagnóstico principal pág.19

2.3.2 Categoria: Diagnóstico de entrada pág. 20 2.4. Grau de autonomia e independência dos utentes pág. 22

2.4.1. Doentes acamados pág. 23

2.4.2. Posicionamentos pág. 25

2.4.3. Transporte e manipulação pág. 28

3. Caracterização das rotinas diárias da instituição pág. 29 3.1. Caracterização das instalações no âmbito da higiene e segurança pág. 31 3.1.1. Higiene e desinfecção das instalações pág. 31

3.1.2. Segurança das instalações pág.34

3.2. Descrição das tarefas realizadas diariamente pág. 36 4. Caracterização da interacção entre”diversos sistemas” pág. 37

4.1. Processo de elaboração das ementas pág. 37

4.2. Tipos de dietas pág. 37

4.3. Fisioterapia dos utentes de acordo com o grau de incapacidade pág. 39

4.3.1. Recursos fisioterapêuticos pág. 40

4.3.2. Áreas da Fisioterapia pág. 41

4.3.3. Terapia ocupacional pág. 42

5. Plano de actividades pág. 43

5.1. Decoração da árvore de Natal pág. 45

5.2. Actividades físicas que promovem a terapêutica e a reabilitação dos utentes pág. 46

5.3. Actividades lúdicas pág. 53

6- Materiais de Regulação pág. 56

Conclusão pág. 57

Referências Bibliográficas pág. 58

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Introdução

Fundada em 1880, a Associação de Beneficência Popular de Gouveia pretende ser uma referência no apoio ao desenvolvimento regional, estimulando a criatividade, o crescimento e a excelência, com um único objectivo: o indivíduo em todas as suas vertentes.

Foi nesta instituição que apliquei a componente teórica do Curso de Especialização Tecnológica (CET), Técnicas em Gerontologia, do Instituto Politécnico da Guarda. Este decorreu no ano lectivo 2009/2010, de 9 de Novembro de 2009 a 24 de Julho de 2010, e pressupunha um estágio de 600 horas para implementação das diferentes técnicas leccionadas. Neste âmbito optei por um estágio na instituição já referida, na Unidade de Cuidados Continuados Integrados, Internamentos Média duração, Reabilitação, Internamento de Longa Duração e Manutenção.

O presente relatório, revela todas as actividades desenvolvidas, indo de encontro aos objectivos que me propus atingir.

O relatório apresentado seguiu as linhas orientadoras do Instituto Politécnico da Guarda, do Professor Orientador, da Direcção e Tutor da Instituição de Acolhimento, complementado com a aprendizagem e formação recebidas ao longo do ano lectivo.

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1. Caracterização orgânica-funcional da instituição de acolhimento

1.1. Estrutura física, divisão da instituição nas suas diferentes valências

A ABPG é uma instituição que apresenta uma multidisciplinaridade de valências que, de forma integrada, tem como missão contribuir para a promoção e desenvolvimento integrado da população do Concelho de Gouveia nas áreas cultural, social e económica. O contributo das valências que se integram o âmbito do SGQ, é apresentado de seguida, através da explicitação do objectivo da actividade desenvolvida:

Clínica de Medicina Física e de Reabilitação (CMFR) é uma valência que tem como principal objectivo prestar serviços médicos ao nível da medicina física e da reabilitação;

Creche, Jardim de Infância e ATL, valência que recebe crianças a partir dos três meses de idade, compreendendo múltiplas actividades pedagógicas (orientação curricular do ministério da educação) e lúdico-expressivas (ginástica, natação, musica, inglês e modelagem);

Centro de Actividades Ocupacionais (CAO), trata-se de uma valência para a população portadora de deficiência (nível cognitivo), onde são realizadas actividades pedagógico-ocpacionais, lúdico-desportivas e actividades terapêuticas adaptadas às características desta população;

Núcleo de Reabilitação Profissional (NRP) também, orientada para a população portadora de deficiência, garante a sua formação, informação, avaliação e orientação profissional, assim como a sua integração no mercado de trabalho e o seu acompanhamento;

Lar residencial, trata-se de um centro de acolhimento para pessoas com deficiência, que temporariamente, ou prolongadamente não possam viver no seu meio familiar. Esta valência presta todos os cuidados básicos, principalmente os relacionados com a alimentação, higiene, saúde e vigilância;

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Lar de Apoio acolhe pessoas portadoras de deficiência, prestando todos os cuidados necessários. Sendo o alojamento temporário (de segunda a sexta-feira) e durante o tempo em que o utente frequenta os cursos de formação profissional ou o Centro de Actividades Ocupacionais (C.A.O.);

Casa de repouso S. Julião é uma unidade residencial para idosos onde são proporcionados cuidados de alojamento, higiene, supervisão médica, de enfermagem e actividades lúdicas. Tem capacidade para 24 utentes em 16 quartos duplos ou individuais com casa de banho privativa. Dispõem ainda, de sala de convívio, sala de leitura, serviço de bar e cabeleireiro;

Lar de Rio Torto unidade residencial para 17 utentes idosos com 9 quartos com casa de banho e uma outra equipada, para utentes com graves debilidades físicas. Proporciona cuidados de alojamento, higiene e actividades lúdicas, incluindo um jardim onde os utentes podem desfrutar da paisagem serrana. Possui ainda um centro de dia com capacidade para 15 utentes;

Lar de Cativelos é uma unidade residencial com capacidade para 15 idosos com 7 quartos duplos e um triplo com W.C. e uma sala de banho equipada para utentes com graves debilidades físicas. Proporciona cuidados de alojamento, higiene e actividades lúdicas tem ainda uma área de campo e um jardim. Nestas instalações funciona ainda um centro de dia com capacidade para 15 utentes;

Unidade de Cuidados Continuados de Media Duração e Reabilitação é uma unidade de internamento com 30 camas, adequadas as necessidade clínicas, reabilitativas e psicossociais dos utentes. O internamento tem uma duração compreendida entre 30 e 90 dias consecutivos;

Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção é uma unidade de internamento, com 23 camas, destinada a utentes com

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doenças ou processos crónicos a diferentes níveis de dependência, que não possam ser prestados no domicílio. Este internamento tem duração superior a 90 dias consecutivos, sendo o processo reanalisado ao fim de 6 meses, para avaliar, se existe a necessidade de continuar o internamento;

Health Club é uma valência destinada á população em geral, onde se pode praticar diversas modalidades desportivas, tais como Cardiofitness, Aeróbica, Ballet, Judo, Tai Ji Quan, Natação, Hidroginástica, Hidromassagem, Sauna, Yinásio, yoga, Pilates;

Parque Senhora dos Verdes é um parque lúdico desportivo inserido no Monte Aljão com 21 hectares de terreno, composto por várias espécies de plantas e terreno de cultivo. Existe uma capela em honra de Nossa Senhora Dos Verdes, associada a uma tradicional romaria, no mês de Junho. Neste local podemos encontrar espaços de lazer e desporto, compreendendo um restaurante, uma piscina, um parque de merendas, parque de estacionamento, percursos de pedestrianismo e de BTT e circuitos de manutenção. A animação deste espaço está a cargo da Empresa Vivaventura, que proporciona os mais variados desportos radicais;

Jornal “Noticias de Gouveia” é o jornal do concelho de Gouveia com 3

edições mensais, que aborda as principais notícias de interesse da região e do desporto regional.

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1.2. Caracterização e conhecimentos dos recursos humanos, definidos por uma hierarquia (organograma);

Organigrama das Valências

ABPG Infância e Juventude - Creche - Jardim de Infância - ATL Idosos

- Casa de Repouso S. Julião - Lar Rio Torto

- Lar Cativelos

- Centro de Dia Cativelos - Centro de Dia Rio Torto - Apoio Domiciliário População Portadora de deficiência - Núcleo de Reabilitação Profissional - Lar Residencial - Centro de Actividades Ocupacionais - Lar de Apoio Saúde - Clínica de Medicina Física e Reabilitação - Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação - Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração Desporto/ Lazer

- Parque Senhora dos Verdes

- Health Club

Cultura - Jornal "Notícias de

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Organigrama da Unidade de cuidados Continuados N.ª Senhora da Piedade

Administrador

Directores Financeiros

Director Clínico Director Técnico

Serviço Psicossocial Serviços de Terapêutica Serviços de Enfermagem Auxiliares de Acção Médica Auxiliares de Serviços Gerais

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1.2.1 Recursos humanos

Ao nível dos Recursos Humanos a Instituição e constituída pelos seguintes profissionais:

 Sociólogos;

 Psicólogos;

 Técnico de Serviço Social;

 Médicos;

 Educadores de Infância;

 Professores;

 Técnico Oficial de Contas

 Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas e Terapeutas da Fala;

 Enfermeiros;

 Contabilistas;

 Monitores;

 Administrativo;

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1.3. Caracterização da rede dos cuidados continuados integrados na instituição

O estágio realizou-se na Unidade de Cuidados Continuados Integrados. Os cuidados Continuados, não são mais do que um conjunto de intervenções integradas de saúde e apoio social, decorrente da avaliação conjunta. Visa a recuperação global da pessoa, em situação de dependência através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social.

Quem são os destinatários dos cuidados continuados integrados?

São todos os cidadãos que deles necessitem, nomeadamente:

 Pessoas de todas as idades com dependência funcional;

 Pessoas com doença crónica;

 Pessoas com doença incurável em estado avançado e em fase final de vida. Os objectivos, daquela unidade, consistem na prestação individualizada de cuidados, na continuidade dos cuidados entre os diferentes serviços, promoção e recuperação contínua da funcionalidade, da autonomia, participação das famílias e dos cuidadores principais na prestação de cuidados e apoio Psico-Social aos familiares ou prestadores de cuidados informais. Nesta unidade existem dois tipos de Internamento, distribuído por dois pisos, o piso 0 e o piso 1. No piso 0, encontram-se os

Internamentos Média Duração e Reabilitação, que consiste numa unidade de

internamento, com espaço físico próprio, para a prestação de cuidados clínicos, de reabilitação e de apoio psicossocial por uma situação clínica decorrente da recuperação de um processo agudo ou descompensação do processo patológico crónico, a pessoas com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável. O seu período de internamento tem uma previsibilidade superior a 30 dias e inferior a 90 dias consecutivos, por cada admissão, possuindo 30 camas. No piso 1, encontram-se os

Internamentos longa Duração e Manutenção. Aqui existe um espaço físico próprio,

para a prestação de apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e que reúnem condições para serem cuidados no domicílio. O período de internamento nesta unidade tem uma previsibilidade superior a 90 dias consecutivos, havendo uma reavaliação

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clínica e social dos utentes ao fim de 6 meses, para avaliação da existência ou inexistência das necessidades de continuidade na prestação de cuidados, possuindo 23 camas. A unidade de Longa Duração e Manutenção pode proporcionar o internamento por um período inferior ao previsto, em relação ao ponto anterior, mas só em situações temporárias, decorrentes de dificuldades de apoio familiar ou necessidade de descanso do cuidador principal, até 90 dias por ano.

1.3.1 Serviços disponíveis na Unidade de Cuidados Continuados Integrados

São vários os serviços disponíveis nesta unidade. Aqui podemos encontrar:

 Cuidados Médicos;

 Cuidados de Enfermagem diários;

 Cuidados de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da fala;

 Controlo Fisiátrico periódico;

 Prescrição e administração de fármacos;

 Actividades de manutenção de estimulação;

 Apoio Psicossocial;

 Higiene, conforto e alimentação;

 Animação Sociocultural;

 Apoio no desempenho das actividades da vida diária;

 Apoio nas actividades instrumentais da vida diária.

1.4. Caracterização das Instalações da Unidade de Cuidados Continuados Integrados

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados, é referente apenas a um único edifício, que engloba vários pisos. Em cada um deles existe:

a) Piso -2, é constituído por uma lavandaria, cozinha, uma despensa e uma casa de banho;

b) Piso -1, nível onde funciona um ginásio, duas casas de banho para utentes, a sala de terapia ocupacional, os gabinetes médicos, uma sala de trabalhos multidisciplinares, a sala de espera para as consultas externas, uma capela, dois balneários para funcionários e enfermeiros, (estando equipados com uma zona para duches, cacifos e casa de banho), uma farmácia, a sala de esterilização, a morgue e uma sala para os serviços de limpeza e manutenção;

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c) Piso 0, é onde se situam os internamentos de média duração e reabilitação, aqui encontram-se a recepção, a secretaria, o gabinete do administrador e do director técnico, um gabinete de enfermagem, uma sala de tratamento, um gabinete médico, uma sala de convívio, uma sala de refeições, a copa, WC para visitas, WC para utentes e WC para funcionários;

d) Piso 1, existem os internamentos de longa duração e manutenção, que é constituído por, um gabinete de enfermagem, uma sala de tratamento, um gabinete médico, uma sala de convívio, uma sala de refeições, a copa, WC para visitas, WC para utentes e WC para funcionários.

As figuras que se seguem ilustram algumas dependências, atrás mencionadas:

Figura 1 - Copa

Figura 2 – Cozinha

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Figura 4 - Sala de Convívio

Figura 5 - Sala de Tratamentos

Figura 6 – Quartos

Figura 7 – Ginásio

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Figura 10 - Zona e Sujos

Figura 11 - Gabinete de Enfermagem 1.4.1. Regras da Unidade

Como em qualquer unidade, existem regras a cumprir. No caso das visitas, para evitar que perturbem o sossego dos utentes, é recomendado que o seu número, por quarto, seja de três pessoas. É-lhes solicitado que falem baixo, não tragam géneros alimentares, sem autorização prévia da equipa médica/enfermagem, e que cumpram os horários de visita. Uma vez que o horário do Cuidador Principal é das 11:30 h – 18:30 h, sendo o das visitas, das 14:00 h – 17:00 h.

Os horários das diversas refeições são:

 8:30 H - Pequeno-almoço;

 12:30 H – Almoço;

 16:00 H – Lanche;

 19:00 H – Jantar;

 Ceia (quando solicitado pelo utente).

Embora a unidade, em causa, tenha regras, não implica que o utente se sinta num ambiente familiar e acolhedor, sendo-lhe permitido trazer, para a unidade, objectos de uso pessoal e/ou outros que a eles se sintam emocionalmente ligados.

1.4.2. Tipologia de respostas

A prestação de cuidados de saúde e de apoio social é assegurada pela RNCCI (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados) através de quatro tipos de apoio:

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UNIDADES DE INTERNAMENTO Convalescença;

Média Duração e Reabilitação; Longa Duração e Manutenção; Cuidados Paliativos.

UNIDADES DE AMBULATÓRIO

Unidade de dia e de promoção da autonomia.

EQUIPA HOSPITALAR

Equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos.

EQUIPAS DOMICILIÁRIAS

Equipas de cuidados continuados integrados;

Equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos.

Neste sentido, importa caracterizar as várias tipologias de cuidados continuados: Constituem unidades de internamento, as Unidades de Convalescença; Unidades de Média Duração e Reabilitação, Unidades de Longa Duração e Manutenção e Unidades de Cuidados Paliativos. Constituem Equipas Hospitalares, as Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos e as Equipas de Gestão de Altas. A nível domiciliário, as Equipas Comunitárias de Cuidados Continuados Integrados e as Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos. Por último, ao nível de ambulatório, temos as Unidades de Dia e Promoção de Autonomia.

A Unidade de Convalescença tem por finalidade a estabilização clínica e funcional,

devendo para esta tipologia serem referenciadas pessoas que se encontrem em fase de recuperação de um processo agudo ou recorrência de um processo crónico, com elevado potencial de reabilitação com previsibilidade até 30 dias consecutivos.

As Unidades de Média Duração e Reabilitação visam responder a necessidades

transitórias, promovendo a reabilitação e a independência, em situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou descompensação de processo crónico, cuja previsibilidade de dias de internamento se situe entre os 30 dias e os 90 dias.

As Unidades de Longa Duração e Manutenção têm por finalidade proporcionar

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optimizando o status do estado de saúde, num período de internamento em regra superior a 90 dias. Visam responder a doentes com processos crónicos que apresentem diferentes níveis de dependência e graus de complexidade e que não possam, ou não devam, ser cuidados no domicílio.

As Unidades de Cuidados Paliativos, tal como são definidas no âmbito da RNCCI,

destinam-se a doentes com doenças complexas em estado avançado, com evidência de falha da terapêutica dirigida à doença de base ou em fase terminal e que requerem cuidados para orientação ou prestação de um plano terapêutico paliativo.

Constituem também, resposta da RNCCI, as equipas domiciliárias, designadamente, as equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos e as equipas de cuidados continuados integrados. As Equipas de Cuidados Continuados Integrados, da responsabilidade das Unidades de Cuidados na Comunidade dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), cfr. nº 4 do art. 11º do DL nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, direccionam a sua intervenção multidisciplinar a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal, ou em processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não requer internamento. O seu desenvolvimento, para além dos Cuidados de Saúde Primários, contempla também a intervenção da Rede Social, no apoio social domiciliário. Esta equipa da RNCCI, deve, desejavelmente, incluir um núcleo especializado de profissionais de saúde, com formação específica em cuidados paliativos, de forma a assegurar o apoio e aconselhamento diferenciado em cuidados paliativos, às unidades de internamento de Reabilitação e de Manutenção, assumindo-se assim, para além das atribuições descritas, como uma Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos. De salientar também, o papel relevante das Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos e das Equipas de Gestão de Altas. As Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos, que como o nome indica, estão sedeadas nos hospitais de agudos, têm por finalidade prestar assessoria técnica diferenciada nesta área, transversalmente nos diferentes serviços do hospital. Constituem-se como recurso hospitalar uma vez que integram elementos dos diferentes grupos profissionais, com formação em cuidados paliativos. As Equipas de

Gestão de Altas, são equipas hospitalares multidisciplinares, cuja actividade consiste

na preparação e gestão de altas hospitalares com outros serviços para os utentes que requerem suporte de continuidade dos seus problemas de saúde e sociais, quer em

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regime de internamento, quer em regime de ambulatório. Constituem ainda unidades de ambulatório da RNCCI, as Unidades de Dia e de Promoção de Autonomia, que se destinam a promover a autonomia de pessoas em situação de dependência, cujas condições clínicas e sócio-familiares lhes permitem a permanência no domicílio. Os cuidados de reabilitação e/ou manutenção são facultados em regime de dia.

Cuidados

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2.Caracterização e avaliação dos utentes

2.1. Facha etária dos utentes

Na unidade de cuidados continuados integrados existe uma grande diversidade de idades dos utentes, as idades estão compreendidas entre os 30 e os 90 anos.

Na Unidade de Média Duração e Reabilitação, é onde se encontram os utentes com uma facha etária mais reduzida, sendo esta também, mais diversificada. Contudo podemos concluir que a média de idades deste tipo de utentes situa-se, sensivelmente, entre os 50/ 60 anos.

Por sua vez na Unidade de Longa Duração e Manutenção já não existe tanta diversidade de idades, sendo os utentes um pouco mais velhos, correspondendo entre os 60/70 anos.

2.2. Proveniência dos utentes

A proveniência dos utentes não se limita a uma determinada região, abarcando todas as regiões nacionais. Assim podem ser oriundos de várias regiões, o que permite ter, nesta unidade, uma grande diversidade regional de utentes. Os utentes podem ser enviados de outras instituições, como hospitais ou de outras Unidades de Cuidados Continuados, ou mesmo do seu domicílio, essencialmente, para descanso do cuidador. Embora, a grande percentagem, dos utentes institucionalizados nesta unidade, sejam oriundos dos distritos da Guarda e de Castelo Branco.

2.3. Patologias frequentes quer físicos ou psicológicas 2.3.1. Diagnóstico Principal

O diagnóstico principal inerente ao internamento dos indivíduos na RNCCI, foi registado segundo a International Classification of Diseases versão 9 (ICD9). Pela análise da tabela 1, salienta-se que 45,60% da amostra encontra-se na UMDR devido a doenças do aparelho circulatório, essencialmente do foro de acidentes vasculares cerebrais, seguem-se os inquiridos com doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo que englobam maioritariamente fracturas e artroses, com 34,80%.

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Tabela 1 - Distribuição dos inquiridos segundo o Diagnóstico Principal

2.3.2.CATEGORIA: Diagnóstico de entrada

No momento da entrada do utente, é de destacar, entre muitos dados importantes, o diagnóstico de cada doente, pois este vai de forma directa ou indirecta influenciar a prestação de cuidados. Assim, podemos constatar que a diversidade de patologias que surgem em particular na Unidade de Cuidados Continuados do ABPG, faz com que exista uma diversidade de cuidados que são prestados individualmente a cada doente, de forma a individualizar o processo de reabilitação ou manutenção.

Tabela 2 – Diagnóstico de Entradas

Diagnósticos de entrada Nº de utentes

Reabilitação/ Dependência em AVC's 26

Reabilitação / Fisioterapia 6

Reabilitação / Terapia da Fala 4

Descanso do cuidador 3

Outros 5

Diagnóstico Principal (ICD9) N.º %

Doenças do aparelho circulatório

Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo Doenças do sistema nervoso

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas Algumas doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias (Tumores)

Doenças do aparelho respiratório

21 16 04 02 01 01 01 45.60 34.80 09.70 04.30 02.20 02.20 02.20 Total 46 100.0 0

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Os diagnósticos de entrada dos utentes que, passaram por esta unidade, desde o início do ano de 2010, são muito variados, dentro das vertentes integradas na Unidade de Longa duração ou na Unidade de Média duração. Desta forma, os diagnósticos, fornecem-nos também, de forma indirecta, as necessidades que se encontram afectadas em cada caso, influenciando assim, a prestação de cuidados tendo em conta o grau de dependência de cada utente.

Gráfico 1 – Diagnóstico de entrada dos utentes na unidade

A partir da análise do gráfico, que esquematiza os dados anteriormente mencionados, podemos concluir que, o diagnóstico de entrada que apresenta um maior número de utentes, é a “Reabilitação/Dependência em AVC’s”, constituindo cerca de 59% dos utentes internados nesta unidade. Em conclusão, verifica-se que existem muitos doentes que apresentam um nível elevado de dependência, na satisfação das suas necessidades, exigindo assim, uma exigência diferenciada da parte dos prestadores de cuidados.

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2.4. Grau de autonomia e independência dos utentes

O envelhecimento é um processo biológico complexo. Mudanças aos níveis molecular, celular e orgânico resultam num progressivo, inevitável e inexorável declínio na capacidade do organismo para responder adequadamente às agressões internas e/ou externas.

Podemos encontrar dois tipos distintos de envelhecimento:

a) Fisiológico ou Natural (Senescência) – trata-se de um envelhecimento natural e

gradual. O envelhecimento do organismo, como um todo, está relacionado com o facto das células somáticas do corpo irem morrendo, não sendo substituídas por novas como ocorre na juventude. Numa situação normal (juventude) a substituição das células somáticas deve-se à capacidade das células se dividirem, dando lugar à substituição das que vão morrendo. As múltiplas divisões celulares que a célula regista, ao longo do tempo, em virtude do telomero (extensão de ADN que serve para a sua protecção) vai diminuindo, até que chega ao limite crítico de comprimento, ponto em que a célula deixa de se poder dividir, envelhece e morre, com a, consequente diminuição do número de células do organismo. Esta situação verifica-se nas funções dos tecidos, nas funções dos órgãos e nas funções do próprio organismo. O resultado é o aparecimento das chamadas doenças associadas ao envelhecimento.

b)Patológico (Senilidade) - é o processo patológico de envelhecimento, que se refere à

fase do envelhecer em que o declínio físico é mais acentuado e é acompanhado da desorganização mental. Caracteriza-se por um declínio acelerado no funcionamento de todos os sistemas do organismo: cardiovascular, respiratório, genital, urinário, endócrino e imunológico, entre outros. Pode ser provocado por doenças como, AVC, acidentes, doenças neuro-musculares, entre outras, deixando a pessoa dependente e em muitos casos sem autonomia.

Esta autonomia pode-se dar em quatro formas diferentes:

Autónomo e independente – não necessita da ajuda de terceiros na realização das tarefas básicas da vida diária. Por exemplo, pessoas que entram para a unidade com vista ao controlo da glicemia (Diabetes);

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Dependente e autónomo – aqui temos pessoas que necessitam de ajuda para a realização das tarefas diárias, no entanto, mantêm a sua sanidade mental. Como exemplo, a recuperação de fracturas.

Independente e não autónomo – não necessitam de ajuda para a realização das tarefas diárias, mas necessitam de terceiros para tomar decisões por eles, quer por incapacidade mental ou por estar institucionalizado.

Dependentes e não autónomos – estão completamente dependentes de terceiros. São disso exemplo as pessoas vítimas de AVC, acamados resultantes de outros tipos de acidentes.

2.4.1. Doentes acamados (dependentes e não autónomos)

Em certas situações, há doenças que obrigam à permanência no leito por semanas ou meses. Este acamamento envolve alguns riscos e obriga a cuidados especiais, de modo a prevenir complicações inerentes à imobilidade do corpo. Nestes casos é prioritário atender aos cuidados de higiene e alimentação, bem como à necessidade de mudanças periódicas de posição e à vigilância na toma da medicação. Neste domínio existem regras a respeitar:

Cuidados no quarto - O quarto onde está instalado um doente acamado deve ser diariamente arejado, evitando-se as correntes de ar. A limpeza deste espaço é indispensável assim como a mudança frequente da roupa da cama, que deve ser efectuada após o banho do doente.

Cuidados de higiene - A higiene pessoal é uma das medidas que pode evitar as lesões associadas ao acamamento e por isso deve realizar-se diariamente. O doente deve ser lavado com uma esponja embebida em água e sabão, ou com um gel de banho enriquecido em emolientes. Após a lavagem, o doente deve ser bem enxuto, utilizando uma toalha macia e sem esfregar. Não esquecer a secagem dos espaços entre os dedos, das pregas do corpo, axilas e virilhas. Após o banho, o corpo deve ser massajado com um creme hidratante, tendo em especial atenção as zonas mais susceptíveis ao aparecimento de úlceras. Para doentes com pele seca, ou regiões do corpo mais secas, deve hidratar-se ou lubrificar-se mais intensamente. As unhas devem ser mantidas curtas e limpas. A higiene da cabeça deve ser feita com regularidade. A higiene da boca

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é de importância vital, uma vez que no caso de doentes acamados deve ser efectuada de lado, evitando que o mesmo se engasgue.

Existem lesões que estão associadas a acamados, tais como as escaras (Figura12).

Figura 12 – Escaras de diferentes graus

Desta forma, são vitais os cuidados para a prevenção da ocorrência de escaras, também chamadas “úlceras de decúbito”. Estas úlceras formam-se devido ao peso do corpo em determinadas, incidindo em determinadas zonas da pele. As regiões mais propensas ao desenvolvimento destas úlceras são: Calcanhares; Tornozelos; Nádegas; Cotovelos e Ombros (Figura 13).

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As escaras são favorecidas pela imobilidade do doente, isto é, quanto mais tempo se mantiver na mesma posição maior é a probabilidade de as desenvolver.

Cuidados a ter para minimizar o surgimento de úlceras de pressão:

- Os doentes com incontinência fecal ou urinária devem ser imediatamente limpos e enxutos;

- As mudanças de posição devem ser feitas de 2em2h ou de 3em3h;

- O uso de camas articuladas não substitui os cuidados, mas proporciona um bem-estar ao doente;

- Estar atento a indícios de escaras, através da observação diária e regular da pele. Os primeiros sinais podem ser apenas um ponto vermelho na pele ou uma pequena bolha. No caso de aparecimento de bolha evitar a todo o custo que rebente.

- A alimentação do acamado deve ser sempre saudável. Dispor de um equilíbrio de nutrientes, ser diversificada e apetitosa, fornecer quantidade suficiente e ingestão de muitos líquidos.

Cuidados específicos na toma de medicamentos:

- Devem ser tomados com a regularidade habitual;

- Quando o doente não consegue degluti-los, podem ser diluídos em água, ou o médico pode substituir os comprimidos ou cápsulas por medicamentos sob a forma de xarope; - Tentar que o doente mude de posição, preferencialmente, adoptando a posição sentado.

2.4.2. Posicionamentos

A mudança de decúbito consiste em fazer variar a posição do paciente acamado, afim de proporcionar maior conforto e evitar as complicações devido à imobilidade prolongada, como as contracções musculares e úlceras de pressão. Deve-se realizar o procedimento de mudança de decúbito e o posicionamento adequado em pacientes acamados.

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Procedimento:

1. Retirar travesseiros e coxins que possam estar com o paciente;

2. Movimentar o paciente pelo lençol, em bloco, coordenando o movimento do esforço, como ilustrado na figura 14.

Figura 14 – Modo de movimentar um acamado.

3. Após mobilização, utilizar coxins ou travesseiros para auxiliar o posicionamento; 4. Inspeccionar as condições da pele do paciente;

5. Proteger os pontos de apoio com os materiais disponíveis, conforme prescrição de enfermagem;

6. Manter lençóis esticados, evitando rugas sob o paciente.

Orientações nos posicionamentos específicos:

DDH – Decúbito Dorsal Horizontal

a) Manter a cabeça em posição anatómica, alinhada com o tronco, evitando flexão, extensão e rotação lateral;

b) Manter membros superiores (MMSS) ao longo do corpo, evitando o apoio sobre o peito ou abdómen;

c) Manter membros inferiores (MMII) estendidos ou levemente flectidos, evitando rotações laterais;

d) Evitar equino dos pés (queda plantar), mantendo o apoio na região plantar, de modo a que os pés fiquem num ângulo de 90º.

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Figura 15 - DDH – Decúbito Dorsal Horizontal

Semi-sentado

a) Manter a cabeça em posição anatómica;

b) Manter MMSS laterais ao corpo, com apoio nos antebraços e mãos, tendo em atenção à dobra da cama (até 45º), sempre na altura dos trocânteres e nunca na altura da cintura;

c) Manter MMII semi-fletidos, evitando grandes rotações laterais e pés apoiados.

DL – Decúbito Lateral

a) Manter cabeça em posição anatómica;

b) Posicionar o ombro mais à frente, apoio anterior para o membro superior de cima;

c) Manter os joelhos semi-fletidos, sempre com o travesseiro entre eles, evitando a pressão entre as proeminências ósseas;

d) Apoiar o dorso com travesseiro ou coxim num ângulo de 30º;

Figura 16 - DL – Decúbito Lateral

7. O enfermeiro deverá prescrever a mudança de decúbito, avaliando as condições clínicas do paciente;

8. Quando o procedimento não for realizado, deverá ser justificado na anotação de enfermagem;

9. Observar a tolerância do paciente e sinais de desconforto;

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Para os indivíduos que ficam sentados em cadeiras é recomendado o uso de equipamentos para reduzir a pressão como os constituídos à base de espuma, gel, ar ou uma combinação destes. Não se deve usar almofadas redondas em forma de anel ou argola. O posicionamento dos pacientes, em cadeira, deve ter em conta o alinhamento postural, a distribuição do peso, o balanço e a estabilidade e o alívio da pressão.

2.4.3. Transporte e manipulação

O transporte e mobilização deve ser realizado como mostra a figura 17. Transferência da cama para a cadeira

Figura 17 - Transferência da cama para a cadeira.

Figura 18 – Transferência da cadeira para a cama.

A figura 17 Transferência da cama para a cadeira Técnica de uma pessoa e figura 18 -Transferência da cadeira para a cama - Técnica de duas pessoas, é importante efectuar

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estes posicionamentos de acordo como se exemplifica nas figuras, afim de evitarem lesões nos utentes e na(s) própria(s) pessoa(s) que transfere(m) o utente.

Assim, é importante:

 Manter o alinhamento corporal.

 Apoiar bem os pés no chão.

 Manter a coluna direita.

 Apoiar o corpo do utente no corpo de quem o transfere.

 É preferível fazer transferências com duas pessoas

3. Caracterização das rotinas diárias da Instituição

As rotinas diárias na instituição dividem-se por três turnos:

- O turno das 7:00h às 15:00h a primeira tarefa consiste em levantar os utentes, seguindo-se a sua higiene pessoal. Dado que os banhos não são efectuados a todos os utentes, no mesmo dia, existe um plano que prevê quais os utentes que, nesse dia necessitam de uma higiene completa. Em conformidade com a escala, e com o auxílio de cadeiras de banho, ou caso necessário utilizando macas próprias para banho, os utentes são encaminhados para as casas de banho existentes nos quartos, onde lhes é prestada a sua higiene, se algum utente estiver acamado, a sua higiene é feita na cama, utilizando as técnicas necessárias para o efeito.

Depois das higienes prestadas, os utentes são encaminhados para a sala de refeições. Neste âmbito, uma auxiliar de acção médica já preparou a refeição a ser servida. – o Pequeno-almoço. Este terá de ter em consideração a dieta alimentar apropriada a cada utente, prevendo de igual forma, a medicação prescrita para cada um. Após a refeição matinal, os utentes são encaminhados para a sala de convívio. Com todos os utentes, devidamente, instalados, cabe aos auxiliares de acção médica a limpeza e o arrumo do espaço do refeitório. Outra função associada à rotina matinal é levantar a roupa dos utentes, devidamente preparada, que se encontra na lavandaria, e já separada por pisos.

Por volta das 9:30h, os utentes são direccionados para o ginásio, embora apenas os que têm fisioterapia.

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Entretanto, existem outras funções que se seguem, tais como: limpeza dos carrinhos de higiene, recolocar todo o material que esteja em falta nos mesmos, a desinfecção de todo o material - macas, bacias, cadeiras urinóis, entre outros. Na desinfecção de algum material existem máquinas apropriadas para a esterilização. Feita a desinfecção fazem-se as camas, fazem-seguindo, de igual forma uma escala: no piso 1, às fazem-segundas-feiras; no piso 0 às quartas-feiras. Procedimento semelhante para a substituição das toalhas e das luvas de banho. Depois de separada a roupa, visto que esta se encontra numerada, é arrumada nos roupeiros dos quartos.

Para ser servida a refeição seguinte – o almoço, a louça lavada é trazida da cozinha, em carros próprios, seguindo-se a preparação da mesa de refeição. Durante esta fase nunca é descorada a vigilância dos utentes, já que são diversas vezes visitados na tentativa de identificar as necessidades, tais como: beber água, ir a casa de banho, dores, reposiciona-los, ou dar-lhes a atenção que necessitam.

Às 12:15h, os funcionários dividem tarefas: um dirige-se à cozinha com a finalidade de trazer os almoços; o outro, reencaminha os utentes que se encontram na sala de convívio, para o refeitório. Fazem, ainda parte das tarefas, trazer os utentes que se encontravam na fisioterapia. O almoço é servido, bem como a medicação. Após terminada a refeição, são novamente levados para a sala de convívio. Procedendo-se de igual forma à semelhança do pequeno – almoço.

A higiene dos utentes também é salvaguardada, como seja a mudança de fraudas, efectuam-se os registos das diureses e reposicionam-se os acamados.

Às 14:00h dirigem-se para o ginásio os utentes que têm fisioterapia, à tarde. Limpam-se, novamente, os carros das higienes, repõe-se o material em falta, vai-se buscar a louça lavada, arruma-se e preparam-se as mesas dos lanches. Depois das tarefas atrás mencionadas, há a oportunidade de convívio com os utentes.

- No turno das 15:00h às 23:00h, inicia-se com a passagem do turno anterior, ou seja, relatar aos colegas tudo o que se passou durante o turno anterior. De seguida são servidos os lanches, trazendo os utentes para o refeitório. No fim do mesmo, encaminham-se os utentes para a terapia ocupacional, ao mesmo tempo que, se trazem os que finalizaram a fisioterapia. Os restantes utentes são direccionados para a sala de convívio. Arrumando-se as instalações que foram desocupadas.

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efectuados, são análogos aos já descritos, como arrumar a sala de refeições e prepara-la para a refeição seguinte, bem como dar apoio aos utentes que permanecem na sala de convívio.

Por volta das 18:30h o jantar é servindo, preparando-se os tabuleiros com as refeições destinadas aos utentes acamados. É dado o jantar e medicação, aos restantes que, entretanto, regressaram ao refeitório. Por fim, os utentes, antes de se dirigirem para os respectivos quartos, passam pela sala de convívio, onde aguardam, antes de se deitarem. No fim das tarefas de rotina dos funcionários (preparação da sala de refeições) estes, acompanham os utentes aos quartos onde lhes é prestada a higiene, deitando-os e posicionando-os.

São anotados os valores das diureses. Quando todos os utentes estiverem devidamente deitados e reposicionados, limpam-se os carros das higienes, repõe-se o material em falta, concluindo-se a limpeza dos diferentes espaços e material.

Sempre que exista entrada de um novo utente, faz-se o espólio e marca-se a roupa, e/ou dispõem-se os medicamentos em uni doses.

- O turno das 23:00h às 7:00h, inicia-se com a passagem de turno, nos moldes já descritos, pode fazer-se o espólio, marcar ou desmarcar a roupa dos utentes ou cortar a medicação em uni doses. Por volta da 00:30h é feita a primeira ronda pelos utentes, durante a qual é feita a mudança das fraldas, o posicionamento. São fornecidas pequenas refeições como: iogurte aos utentes diabéticos, e fruta passada aos utentes com sonda nasogástrica.

As 05:30h efectua-se a segunda ronda, mudando as fraldas necessitadas, posicionam-se novamente os utentes, despejam-se e anotam-se a diureses.

Ainda deste turno, faz parte a limpeza dos carros das higienes e repõem-se o material necessário. Este turno termina com a chegada dos colegas às 7:00h, sendo-lhes fornecido relatório ocorrido durante a noite.

3.1. Caracterização das instalações no âmbito da higiene e segurança

3.1.1. Higiene e desinfecção das Instalações

Os auxiliares dos serviços gerais são os responsáveis pela higiene das instalações. Iniciam a limpeza pela recepção, seguida das salas dos enfermeiros, salas de tratamentos, salas de convívio, copas e casas de banho gerais. Após o pequeno-almoço,

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procede-se á limpeza do refeitório, seguindo-se a dos quartos dos utentes e respectivas casas de banho e por fim os corredores. Depois dos almoços, voltam a limpar-se os refeitórios e as casas de banho gerais. Seguem-se as escadas, o elevador, sala de espera e gabinetes médicos do piso -1. No final da tarde são limpas as casas de banho gerais e refeitório, rotina que se repete após o jantar. Na copa e no refeitório existe um plano mensal de higiene e limpeza, bem como nas casa de banhos gerais. Plano que é assinado por quem efectua a limpeza. Todos os dias, à noite, os cadeirões e mesas da sala de convívio são desinfectados e arrumados. Sempre que um utente tem alta, a cama, o colchão, a mesa-de-cabeceira, o roupeiro e cadeira de rodas são desinfectados.

Para haver uma melhor higiene e desinfecção existem as seguintes normas gerais:

 Panos verdes para limpar as copas e refeitórios;

 Panos amarelos para limpar as bacias das casas de banho;

 Pano cor-de-rosa para limpar as sanitas das casas de banho;

 Panos azul-escuro para limpar o pó dos quartos e gabinetes;

 Pano azul-claro para limpar os vidros;

 Detergente para chão cerâmico;

 Detergente para chão plastificado;

 Detergente para vidros;

 Detergente para inox;

 Detergente para materiais gerais;

 Uma mopa de limpeza para cada dois quartos e outra para cada corredor;

 Sacos do lixo pretos para lixo geral;

 Sacos do lixo brancos para lixo contaminado;

Os materiais que constituem as instalações são materiais que permitem uma limpeza mais profunda, permitindo assim uma maior higiene.

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Figura 20 - Máquina de esterilização.

Figura 21 - Carrinho das higienes.

Figura 22 - Desinfectante das mãos.

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Figura 24 - Plano de higienização casas de banho.

3.1-2-Segurança das Instalações

A unidade deve ter em conta a segurança das instalações e a segurança do funcionamento e manuseamento dos equipamentos, todo o equipamento deve estar adequado de maneira que proporcione um auxílio aos utentes, uma vez que apresentam muitas limitações.

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Figura 26 - Casas de banho equipadas.

Figura 27 - Planta de emergência.

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Figura 29 – Elevadores.

Figura 30 - Portas corta-fogo.

Figura 31 – Extintor de Pó Químico. Figura 32 – Extintor dióxido de carbono.

3.2.Decrição das tarefas realizadas diariamente

Todos os utentes têm um plano semanal individual de actividades diárias afixado ao fundo da cama, onde constam todas as actividades diárias, como, a higiene pessoal, as refeições, a fisioterapia, a animação sociocultural e as actividades de reabilitação. Nos anexos estão alguns exemplares destes planos semanais (Plano 1, 2 e 3);

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4.Caracterização da interacção entre “os diversos sistemas”

4.1.Processo de elaboração das ementas;

As ementas são elaboradas semanalmente por uma nutricionista. É a nutricionista que é responsável pela elaboração do plano alimentar dos doentes que apresentam características especiais, como, perda ou ganho de peso, com escaras, hemofílicos, entre outros. Neste plano está explícito o número de horas e de refeições feitas diariamente, assim como, a quantidade e os alimentos que os utentes podem ou não ingerir. Como por exemplo: o prato principal deve conter ¼ de carne ou peixe, ¼ hidratos de carbono e ½ de legumes e 2 a 3 peças de fruta diariamente. Os fritos também estão presentes, embora em apenas, duas refeições semanais e as sobremesas apenas devem constar, uma vez por semana. Para os doentes com diversas patologias, deve constar diferentes dietas a aplicar, dado que as mesmas variam. Para este planeamento clínico, o utente é examinado individualmente onde são observados diferentes aspectos: situação fisiopatológica, história clínica pregressa actual e familiar (anamnese), estado nutricional, físico e bioquímico, podendo assim, ser formulado o diagnóstico nutricional e conduta nutricional. Para cada tipo de patologia existe uma prescrição dietoterápica específica, cabe ao nutricionista fazer a selecção dos alimentos que irão compor o cardápio, pois, este é o único profissional credenciado para tal. Para evitar alguns contratempos, é enviado para a cozinha uma grelha em que vai discriminado o nome do utente, o tipo de dieta associado ou outras informações complementares.

4.2. Tipos de dietas

Existem vários tipos de dietas terapêuticas que serão adoptadas de acordo com a patologia dos utentes, e que se passam a citar:

- Dieta Hipo sódica: Dieta pobre no electrólito/mineral Sódio (Na), presente em todos

os alimentos, mais elevada quantidade, em especial, no Cloreto de Sódio (NaCl), o tradicional sal de cozinha. É indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), entre outros.

- Dieta Hipercalórica: Dieta rica em energia, que tem como objectivo a prevenção e

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- Dieta Hiperproteíca: Dieta rica em proteínas, usada também nos casos de

desnutrição, oferecendo, principalmente, proteínas de alto valor biológico como a albumina. Também, é administrada em pacientes traumatizados como os queimados, para o desenvolvimento da hiperplasia de novas células, principalmente para reconstituição do tecido lesionado.

- Dieta Hipoproteíca: Dieta pobre em proteínas, indicada para pacientes que possuam

ingestão controlada de proteínas, como os portadores de insuficiência renal, cirrose hepática.

- Dieta Hipoglicidica: Dieta pobre em glícidos (carbohidratos ou açúcares), e que têm

como principal objectivo diminuir a quantidade destes, sem contudo, diminuir necessariamente, as calorias. Um exemplo é a dieta para o diabético, que é pobre em glícidos simples, com destaque para a sacarose, o tradicional açúcar de mesa.

- Dieta Hipo lipídica: Dieta pobre em gorduras, principalmente saturadas, indicada para

pacientes com hipercolesterolemia e obesos.

- Dieta Hiperlipídica: Dieta com uma boa quantidade de gorduras, principalmente de

Triglicerídeos de Cadeia média (TCMs), geralmente indicada para tratamento de desnutrição grave. Nem sempre pode ser associada a hipercalórica, pois, pode ser ajustada de acordo com as necessidades do paciente, invocando apenas a maior oferta de gorduras de boa qualidade.

O estado mental do utente, também é um factor tido em consideração, pois, muitas vezes, o sistema digestivo não se encontra fisiologicamente normal.

- Dieta Normal: Comummente associada a dieta terapêutica livre, trata-se de uma

refeição normal, indicada para pacientes sem indicações dietoterápicas especificas.

- Dieta Branda: Nesta dieta encontramos alimentos mais cozidos, fibras abrandadas por

cocção ou subdivisão; de consistência mais mole, normal em calorias e nutrientes; moderada em resíduos. É fácil de se mastigar, de deglutir e também, de digerir. Indicada para pacientes com enfermidades leves e usada como transição para dieta livre.

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- Dieta Pastosa: Indicada geralmente para pacientes com disfagia, dificuldades de

mastigação (ausência de dentes ou problemas motores), alterações gastrointestinais ou outras manifestações clínicas como pós-cirurgia. É composta por alimentos bem macios, bem cozidos, em forma de puré e papas.

- Dieta Líquida: Tem o objectivo de ser facilmente deglutida e digerida e indicada

também, para problemas na mastigação. É usada, normalmente, no pré e pós-operatório, tem um curto tempo de uso e pode ser dividida em dieta líquida clara (fornece líquidos, electrólitos, possuem pequenas quantidades de energia, como chás, sumos de frutas e gelatinas) e dieta líquida completa que é constituída por líquidos e semi-líquidos à temperatura corporal, com o mesmo objectivo da anterior. Trata-se de uma dieta que deve ser complementada nutricionalmente para atingir a satisfação, pois, é pobre por exemplo, em fibras, pode ser usada para pacientes com diabetes, doença renal ou outros distúrbios.

- Dietas terapêuticas podem ser usadas de forma isolada ou mista, dependendo do objectivo da terapia. Temos como exemplo: Paciente diabético, hipertenso, com disfagia: Dieta hipoglicídica simples, hipo sódica e pastosa.

4.3. Fisioterapia dos utentes de acordo com o grau de incapacidade

A Fisioterapia pode ser definida como uma ciência aplicada à prevenção e tratamento da saúde por meio de recursos físicos. A sua aplicação necessita do entendimento das estruturas e funções do corpo humano. Ela estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios, entre outros, cinético-funcionais (da biomecânica e funcionalidade humana) decorrentes de alterações de órgãos e sistemas humanos. Além disso, a Fisioterapia estuda os efeitos benéficos dos recursos físicos, como o movimento corporal, as irradiações e correntes electromagnéticas, o ultra-som, entre outros recursos, sobre o organismo humano. É a área de actuação do profissional com uma formação superior em fisioterapia. O fisioterapeuta é capacitado para avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento fitoterapêutico), atribuir um diagnóstico cinético-funcional, prognóstico, medidas de intervenção e alta fitoterapêutica.

A Fisioterapia actua nas mais diversas áreas com procedimentos, técnicas, metodologias e abordagens específicas que têm como objectivo avaliar, tratar, minimizar problemas,

(41)

prevenir e curar as mais variadas disfunções. A atenção fitoterapêutica propicia o desenvolvimento de acções preventivas primárias, secundárias e terciárias. Mesmo antes da doença atingir o horizonte clínico, ou seja, de exibir sinais e sintomas, podem ser desenvolvidas intervenções preventivas. Em indivíduos vigiados pelo Fisioterapeuta, para recuperação funcional de lesões e/ou disfunções, acções preventivas mais complexas, podem ser desenvolvidas, por exemplo, a prevenção de incapacidade respiratória numa vítima com um dado quadro neurológico.

Trata-se de um processo multiprofissional visando a reinserção bio-psico-social do paciente. O fisioterapeuta tem por objectivo restaurar os movimentos e funções comprometidas depois de uma doença ou acidente. Nesse momento, é o Terapeuta Ocupacional que irá actuar com esse paciente, para que o mesmo se possa reinserir na sociedade, ou o mais aproximado dessa realidade (mais funcional/autónomo possível).

4.3.1.Recursos fisioterapeuticos

Os procedimentos da Fisioterapia contribuem para a prevenção, cura e recuperação da saúde. Para que o fisioterapeuta eleja os procedimentos que serão utilizados, ele terá de proceder à elaboração do diagnóstico Cinesiológico Funcional identificando a abrangência da disfunção, assim como, acompanhar a resposta terapêutica dos procedimentos indicados pelo próprio profissional. Aqui se mostram os mais conhecidos e utilizados recursos fitoterapêuticos:

Cinesióterapia - Terapia pelo movimento. São procedimentos onde se usa o

movimento com os músculos, articulações, ligamentos, tendões e estruturas do sistema nervoso central e periférico, que têm como objectivo recuperar a função dos mesmos. A reeducação da postural é um princípio da cinesioterapia: como tratar deformações da coluna ou problemas de postura com exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular.

Electroterapia - Recurso que utiliza a electricidade em inúmeros tratamentos e

estimulação.

Termoterapia - Terapia que utiliza o calor como forma de tratamento de diversas

patologias.

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Mecanoterapia - Procedimento com aparelhos mecânicos com vista a fortalecer,

alongar, repotencializar a musculatura e reeducar movimentos comprometidos.

Massoterapia Conjunto de abordagens terapêuticas que visa a

mobilização/manipulação de segmentos articulares, músculos, nervos e fáscias e tracções segmentares e axiais. Os procedimentos manipulativos estimulam a dinâmica circulatória e a mobilidade dos tecidos e segmentos.

Hidroterapia – A Cinesioterapia é realizada em ambiente aquático.

Crioterapia - Emprego de gelo como procedimento terapêutico, geralmente em

segmentos, para tratamento de contusões e torções.

4.3.2.Áreas da fisioterapia

Fisioterapia geriátrica e gerontológica - Estuda, previne e trata as disfunções

decorrentes do processo de envelhecimento, mediante a administração de condutas fitoterapêuticas, prevenindo problemas funcionais e promovendo a recuperação funcional global de pessoas idosas.

Fisioterapia dermatofuncional - Especialidade da Fisioterapia que diagnostica,

estuda e trata as afecções dermatológicas e intertegumentares.

Fisioterapia neurofuncional - Área da Fisioterapia que visa ao estudo,

diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos que envolvam ou não disfunções motoras; por exemplo, pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico (AVE). A fisioterapia neurofuncional induz acções terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação. A terapêutica em Fisioterapia neurológica baseia-se em exercícios que promovam a restauração de funções motoras, de forma a resolver deficiências motoras, aperfeiçoar padrões motores, com importante fundamentação nos princípios neurofisiológicos da facilitação neuromuscular proprioceptiva.

Fisioterapia traumato-ortopédico-funcional - Estuda, diagnostica e trata as

disfunções músculo esqueléticas, de origem ortopédica ou decorrente de traumatismos, além de doenças de origem reumatologia. Utiliza os recursos terapêuticos para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminui as dores de pacientes com fracturas, traumas musculares e entorses.

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Fisioterapia respiratória - Conjunto de procedimentos fisioterapêuticos que

visam melhorar a dinâmica respiratória e a distribuição do ar inalado no pulmão, remover secreções brônquicas, obtendo assim melhor função respiratória. Além das técnicas manuais, existem diversos equipamentos que auxiliam na obtenção destes resultados.

Fisioterapia oro facial - Actua principalmente na saúde bucal em conjunto com

a Odontologia e Fonoaudiologia, tratando disfunções da articulação temporomandibular, além de tratar disfunções relacionadas com problemas oculares de pré e pós-operatório de cirurgias plásticas faciais.

Fisioterapia oncofuncional - A Fisioterapia Oncofuncional tem como objectivo

preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.

4.3.3. Terapia Ocupacional

O objectivo da fisioterapia é restaurar os movimentos e funções comprometidas depois de acidente ou doença, é neste momento que se integra a terapia ocupacional para que o utente possa ser reinserido na sociedade. O terapeuta ocupacional actua em três níveis:

Na pessoa: avalia as capacidades, limitações e riscos que existam a nível físico, cognitivo, afectivo e social. Com o objectivo de desenvolver competências, restaurar funções e prevenir disfunções com o auxílio de técnicas e procedimentos específicos e produtos ou tecnologias de apoio.

Na ocupação: Intervém na graduação da ocupação através de procedimentos e equipamentos específicos, adaptando-se às necessidades do utente.

No ambiente – avalia a interacção (facilitadora ou inibidora) ambiental no utente, identificando o efeito que os suportes e exigências que os equipamentos, pessoas e cultura têm para o utente. Modifica as barreiras existentes para facilitar a ocupação do utente traumatizado.

A interacção entre estes três factores faz com que os terapeutas ocupacionais acompanhem as mudanças socioculturais e tecnológicas da sociedade, tendo um impacto positivo na saúde e tornando-se uma mais-valia para o dia-a-dia e qualidade de vida dos utentes que apoiam. O terapeuta ocupacional tem também uma participação

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activa no planeamento e gestão do pessoal, equipamento, material e politicas de desenvolvimento na organização onde se encontra integrado

5.Plano de actividades

O portefólio que a seguir se apresenta, não é mais do que um álbum fotográfico onde se colocaram fotografias das actividades lúdico-recreativas, jogos e brincadeiras.

Todas as actividades e jogos desenvolvidos tiveram um enquadramento na vertente recreativa, mas também na acção socializadora (interacção em grupo), no domínio técnico-motor (são desenvolvidos gestos e movimentos) e de controlo da ansiedade (trabalha-se a respiração).

É importante notar que, qualquer gesto ou ultrapassagem de uma dificuldade, é uma vitória ganha para vencer as nossas limitações. Foi este o intuito das actividades desenvolvidas.

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5.1.Decoração da árvore de Natal

As actividades aqui apresentadas, ilustram algumas tarefas realizadas pelos utentes, não descurando as limitações individuais. O importante era que os mesmos se sentissem úteis, por menor que fosse a contribuição (Figuras 33, 34,35,36, 37, 38,39 e 40). Figura - 33 Figura - 34 Figura - 35 Figura - 36 Figura -37 Figura - 38

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Figura - 39 Figura - 40

5.2. Actividades físicas que promovem a terapêutica e a reabilitação dos utentes

Este tipo de actividade tem como objectivo assegurar as condições de bem-estar dos utentes, promovendo a sua saúde, combater o sedentarismo e desenvolver as suas capacidades físicas e intelectuais através de tarefas simples que elevem a sua auto-estima e possibilitem melhorar a qualidade de vida, combater o sedentarismo e prevenir o aparecimento de outras patologias. Estes exercícios terão sempre em conta as limitações de cada um e requerem sempre a presença de um técnico especializado da instituição. Apresentam-se seguidamente, algumas fotografias de actividades efectuadas, bem como uma sumária explicação.

Actividade n.º1 – Exercitar as articulações dos pulsos e dos dedos

O objectivo desta actividade é mobilizar o pulso e dedos, alongar e fortalecer a musculatura do antebraço. Para isso, realizaram-se exercícios feitos com as mãos, servindo a mesa de suporte onde se apoiavam os antebraços e as mãos sobre, servindo ao mesmo tempo de socialização, dado estarmos sentados à volta de uma mesa. Os exercícios tiveram a sequência que abaixo que expõe:

Exercício n.º 1 – levantar as mãos sem mover os antebraços.

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Exercício n.º3 – Fazer flexões e extensões da mão.

Exercício n.º4 – Separar os dedos.

Exercício n.º5 – Fazer flexão e extensão dos dedos.

Exercício n.º6 – Com o antebraço e mão apoiados, sobre a mesa pretende-se

desenvolver a agilidade manual, tendo a mão aberta, promover o movimento dos dedos um a um a ter a ter completamente fechada. Exercício que se iniciava no dedo polegar, terminando no dedo mindinho (Figuras 41,42, 43 e 44).

Figura - 41 Figura - 42

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Seguiram-se outros exercícios, com igual objectivo que estão representados nas fotografias abaixo ilustrativas (Fotografias da 45 à 52).

Figura - 45 Figura - 46 Figura - 47 Figura - 48 Figura - 49 Figura - 50

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Figura - 51 Figura - 52

Actividade n.º2 – Treinar o controlo da respiração

Com esta actividade pretende-se treinar o controlo da respiração, em caso situações de ansiedade, e em simultâneo treinar a mobilidade dos braços, utilizando, para o efeito, um objecto (o balão). Os balões utilizados foram marcados de forma a poderem ser identificados por cada elemento. Actividade que se realizou, com os utentes sentados, à volta de uma mesa. Esta actividade foi efectuada seguindo vários passos:

Exercício n.º1- Encher o balão, ao ritmo da respiração (encher depressa

expirando com mais força, ou então, devagar expirando mais lentamente). Depois de cheios, os balões foram identificados com o nome.

Exercício n.º2 – Pegar no balão com as duas mãos e mover para cima e para

baixo.

Exercício n.º3 – Pegar no balão com uma mão (alternando a direita e a

esquerda) e mover para cima e para baixo.

Exercício n.º 4 – Com o balão em cima da mesa, sopra-se para fazer mover o

balão ao ritmo da respiração.

Exercício n.º5 – simulação de uma “guerra” de balões em que se atiram os

balões uns aos outros.

As figuras que a seguir se apresentam dão a ideia da actividade e da sua sequência (Figuras 44, 45, 46, 47, 48 e 49)

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Figura – 44 Figura - 45 Figura - 46 Figura – 47 Figura - 48 Figura - 49

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Actividade n.º3 – Marcar o ritmo com as palmas e o pé

Esta actividade tem por objectivo treinar a coordenação motora, o ritmo e a memória, envolvendo os utentes à volta de uma mesa. Utilizou-se uma cartolina escrita com a seguinte sequência: “ Palma, pé, palma, palma, pé, palma, palma, pé, pé”.

Exercício n.º1 – Treina-se o ritmo batendo uma palma ou com um pé, em

conjunto.

Exercício n.º2 – Treina-se a sequência acima descrita, em conjunto.

Exercício n.º3 – Começando pelo elemento orientador, que exemplifica os

exercícios, cada utente, na sua vez e em sequência, desenvolve o mesmo conjunto de exercícios, passando a vez ao colega do lado, e assim sucessivamente.

Figura - 50 Figura – 51

Figura 52 Figura - 53

A actividade acima descrita encontra-se exemplificada nas figuras 50, 51, 52 e 53.

Referências

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