Prof. Me. Rafael Amorim de Amorim
Aula 06 - 06/03/12
ii
1)
1) Melhoramentos e AcréscimosMelhoramentos e Acréscimos – o dev. poderá exigir aumento do – o dev. poderá exigir aumento do preço; se o credor não concordar, a obrigação se resolverá
preço; se o credor não concordar, a obrigação se resolverá (art. 237). (art. 237). 2)
2) FrutosFrutos – os percebidos são do devedor; os pendentes são do – os percebidos são do devedor; os pendentes são do credor (Art. 237, Parágrafo Único).
credor (Art. 237, Parágrafo Único). 3)
3) Perda da CoisaPerda da Coisa
3.1) 3.1) Sem culpa do devedorSem culpa do devedor: resolve-se a obrigação (art. 234). : resolve-se a obrigação (art. 234).
- Exceção: se o devedor: a) estiver em mora (salvo se provar ausência total de culpa
- Exceção: se o devedor: a) estiver em mora (salvo se provar ausência total de culpa
ou que a perda da coisa ocorreria mesmo não havendo mora – art. 399); b) houver
ou que a perda da coisa ocorreria mesmo não havendo mora – art. 399); b) houver
previsão no contrato (art. 393 CC); c) houver previsão legal.
previsão no contrato (art. 393 CC); c) houver previsão legal.
3.2) Com culpa do devedor3.2) Com culpa do devedor: este responderá pelo valor da : este responderá pelo valor da obrigação, mais perdas e danos (art. 234).
obrigação, mais perdas e danos (art. 234).
– –
1.a) Obrigação de Dar Coisa Certa - Específica
1.a) Obrigação de Dar Coisa Certa - Específica
(arts. 233 a 237 CC) - Características
ii
4)
4) Deterioração da CoisaDeterioração da Coisa
4.1) 4.1) Sem culpa do devedorSem culpa do devedor: a) resolve-se a obrigação : a) resolve-se a obrigação ouou b) o b) o credor aceita a coisa, abatido do preço o valor perdido (art. 235). credor aceita a coisa, abatido do preço o valor perdido (art. 235).
4.2) 4.2) Com culpa do devedorCom culpa do devedor: a) valor equivalente mais perdas e : a) valor equivalente mais perdas e danos ou b) o credor aceita a coisa, abatido o valor perdido, mais danos ou b) o credor aceita a coisa, abatido o valor perdido, mais perdas e danos (art. 234).
perdas e danos (art. 234). 5)
5) Princípio da AcessoriedadePrincípio da Acessoriedade: a obrig. de dar coisa certa abrange os : a obrig. de dar coisa certa abrange os acessórios (salvo se o contrário constar no título ou provier das
acessórios (salvo se o contrário constar no título ou provier das circunstâncias – art. 233))
circunstâncias – art. 233))
6) O credor não está obrigado a receber prestação diversa da que 6) O credor não está obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida (art. 313).
lhe é devida (art. 313). LembrarLembrar: as obrig. devem, em regra, ser : as obrig. devem, em regra, ser cumpridas conforme ajustadas (pacta sunt servanda).
cumpridas conforme ajustadas (pacta sunt servanda).
– –
1.a) Obrigação de Dar Coisa Certa - Específica
1.a) Obrigação de Dar Coisa Certa - Específica
(arts. 233 a 237 CC) - Características
ii
1 )
1 ) Melhoramentos e AcréscimosMelhoramentos e Acréscimos: : 1.1)
1.1) Sem despesa do devedorSem despesa do devedor: o credor lucrará (art. 241);: o credor lucrará (art. 241);
1.2) 1.2) Com despesa ou trabalho do devedorCom despesa ou trabalho do devedor (art. 242): (art. 242):
a) Boa-fé do devedor: este terá direito à indenização dos a) Boa-fé do devedor: este terá direito à indenização dos úteis e necessários (quanto aos voluptuários, se o credor
úteis e necessários (quanto aos voluptuários, se o credor
não pagar, o devedor pode levantá-los);
não pagar, o devedor pode levantá-los);
Obs.: Obs.: devedor de boa-fé tem direito de retençãodevedor de boa-fé tem direito de retenção..
•
b) Má-fé do devedor: este só terá direito à indenização dos b) Má-fé do devedor: este só terá direito à indenização dos necessários, não sendo ressarcido pelos úteis e não
necessários, não sendo ressarcido pelos úteis e não
podendo levantar os voluptuários.
podendo levantar os voluptuários.
2) Frutos (art. 242, § único) –
2) Frutos (art. 242, § único) – dev. tem direito às desp. de produção/ custeio.dev. tem direito às desp. de produção/ custeio.
2.1) Boa-fé do devedor: este tem direito aos frutos percebidos;2.1) Boa-fé do devedor: este tem direito aos frutos percebidos;
2.2) Má-fé do devedor: este responde por todos os frutos colhidos 2.2) Má-fé do devedor: este responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que deixou de perceber.
e percebidos, bem como pelos que deixou de perceber.
1.b) Obrigação de Restituir Coisa Certa
1.b) Obrigação de Restituir Coisa Certa
(arts. 238 a 242 CC) - Características
ii
3)
3) Perda da CoisaPerda da Coisa
3.1) 3.1) SeSem culpa do devedorm culpa do devedor: resolve-se a obrigação (art. 238): resolve-se a obrigação (art. 238)
Obs.: Ressalvam-se os direitos do credor até o dia da perda (art. 238 CC). Obs.: Ressalvam-se os direitos do credor até o dia da perda (art. 238 CC).
3.2) 3.2) Com culpa do devedorCom culpa do devedor: este responderá pelo valor da : este responderá pelo valor da obrigação, mais perdas e danos (art. 239 CC).
obrigação, mais perdas e danos (art. 239 CC).
4)
4) Deterioração da CoisaDeterioração da Coisa
4.1) 4.1) Sem culpa do devedorSem culpa do devedor: o credor receberá a coisa no estado : o credor receberá a coisa no estado que se encontrar, sem direito a qualquer indenização.
que se encontrar, sem direito a qualquer indenização.
4.2) 4.2) Com culpa do devedorCom culpa do devedor: a) o credor pode ficar com a coisa no : a) o credor pode ficar com a coisa no estado em que se encontrar mais perdas e danos ou b) exigir o estado em que se encontrar mais perdas e danos ou b) exigir o seu equivalente, mais perdas e danos.
seu equivalente, mais perdas e danos.
1.b) Obrigação de Restituir Coisa Certa
1.b) Obrigação de Restituir Coisa Certa
(arts. 238 a 242 CC) - Características
ii
Resumo (arts. 234 a 236 e 238 a 240 CC)
Resumo (arts. 234 a 236 e 238 a 240 CC)
SEM CULPA
SEM CULPA COM CULPACOM CULPA
PERDA PERDA DETERIORAÇÃO DETERIORAÇÃO DAR Resolve-se a obrigação.
Resolve-se a obrigação. Responde pelo valor equiva-Responde pelo valor equiva-lente mais perdas e danos. lente mais perdas e danos.
RES TITU TUIR PERDA PERDA DETERIORAÇÃO DETERIORAÇÃO
Resolve-se a obrigação Resolve-se a obrigação (res-salvados os créditos do salvados os créditos do cre-dor até a perda).
dor até a perda).
Responde pelo valor Responde pelo valor equiva-lente mais perdas e danos. lente mais perdas e danos.
a ) Responde pelo valor
a ) Responde pelo valor equiva-
equiva-lente mais perdas e danos.
lente mais perdas e danos.
b) Credor pode aceitar o bem,
b) Credor pode aceitar o bem,
Mais perdas e danos.
Mais perdas e danos.
a) Resolve-se a obrigação; a) Resolve-se a obrigação; b) Credor pode aceitar o bem, b) Credor pode aceitar o bem, abatido o preço.
abatido o preço.
Credor recebe o bem no Credor recebe o bem no es-tado em que se encontrar tado em que se encontrar. .
a ) Responde pelo valor
a ) Responde pelo valor equiva-
equiva-lente mais perdas e danos.
lente mais perdas e danos.
b) Credor pode aceitar o bem,
b) Credor pode aceitar o bem,
Mais perdas e danos.
ii
i) Coisa incerta não quer dizer qualquer coisa, mas coisa indeterminada
i) Coisa incerta não quer dizer qualquer coisa, mas coisa indeterminada
(indicada pelo gênero e pela quantidade), suscetível de determinação
(indicada pelo gênero e pela quantidade), suscetível de determinação
futura. Art. 243 CC.
futura. Art. 243 CC.
ii) Atenção – O gênero nunca perece! Assim, antes da escolha
ii) Atenção – O gênero nunca perece! Assim, antes da escolha
(concentração), não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
(concentração), não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
coisa (nota-se que a responsabilidade do devedor é maior - art. 246).
coisa (nota-se que a responsabilidade do devedor é maior - art. 246).
iii) Se o contrário não resultar do título da obrigação, a escolha cabe ao
iii) Se o contrário não resultar do título da obrigação, a escolha cabe ao
devedor. O devedor não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a
devedor. O devedor não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a
prestar a melhor. (art. 244)
prestar a melhor. (art. 244)
iv)
iv) Após a escolhaApós a escolha feita pelo devedor, e tendo sido cientificado o feita pelo devedor, e tendo sido cientificado o credor, a obrig. genérica converte-se em específica (art. 245),
credor, a obrig. genérica converte-se em específica (art. 245),
aplicando-se as regras da obrig. de dar coisa certa (arts. 233 a 242).
aplicando-se as regras da obrig. de dar coisa certa (arts. 233 a 242).
2) Obrigação de Dar Coisa
2) Obrigação de Dar Coisa IncertaIncerta – Genérica – Genérica (arts. 243 a 246 CC)
ii
Obrigação de Fazer: o sujeito passivo compromete-se a
Obrigação de Fazer: o sujeito passivo compromete-se a
desempenhar alguma tarefa ou atribuição.
desempenhar alguma tarefa ou atribuição.
- Se a prestação do fato tornar-se impossível (art. 248):
- Se a prestação do fato tornar-se impossível (art. 248):
a) sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação;
a) sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação;
b) por culpa dele, responderá por perdas e danos.
b) por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Obs.: se o devedor estiver em mora, ele responderá,
Obs.: se o devedor estiver em mora, ele responderá,
mesmo sem culpa, se a prestação se tornar impossível.
mesmo sem culpa, se a prestação se tornar impossível.
3) Obrigação de Fazer
ii
3.a) Infungível – tem natureza personalíssima ou intuitu
3.a) Infungível – tem natureza personalíssima ou intuitu
personae, devido à regra estabelecida no instrumento
personae, devido à regra estabelecida no instrumento
obrigacional
obrigacional ouou à própria natureza da obrigação. à própria natureza da obrigação.
- negando-se o devedor a adimplir, a obrig. de fazer, esta
- negando-se o devedor a adimplir, a obrig. de fazer, esta
converte-se em obrig. de dar, devendo o sujeito passivo
converte-se em obrig. de dar, devendo o sujeito passivo
arcar com perdas e danos (art. 247 CC).
arcar com perdas e danos (art. 247 CC).
- atente-se, porém, que, antes de pleitear a indenização, o
- atente-se, porém, que, antes de pleitear a indenização, o
credor poderá requerer o cumprimento da obrig. de fazer
credor poderá requerer o cumprimento da obrig. de fazer
(art. 464 CPC), sempre por meios indiretos.
(art. 464 CPC), sempre por meios indiretos.
3) Obrigação de Fazer
ii
3.b) Fungível – pode ser cumprida por outra pessoa, à custa
3.b) Fungível – pode ser cumprida por outra pessoa, à custa
do devedor originário (arts. 633 e 634 CPC).
do devedor originário (arts. 633 e 634 CPC).
- Será livre ao credor mandar executar o objeto à custa do
- Será livre ao credor mandar executar o objeto à custa do
devedor (sem prejuízo da indenização cabível) quando
devedor (sem prejuízo da indenização cabível) quando
presentes os seguintes requisitos (art. 249):
presentes os seguintes requisitos (art. 249):
a) havendo recusa ou mora do devedor; e
a) havendo recusa ou mora do devedor; e
b) o fato puder ser executado por terceiro;
b) o fato puder ser executado por terceiro;
- Em caso de urgência (o credor deve se resguardar com a
- Em caso de urgência (o credor deve se resguardar com a
documentação necessária), pode o credor,
documentação necessária), pode o credor,
independentemente de autorização judicial, executar ou
independentemente de autorização judicial, executar ou
mandar executar o fato, sendo depois ressarcido pelo
mandar executar o fato, sendo depois ressarcido pelo
devedor (art. 249, § único).
devedor (art. 249, § único).
3) Obrigação de Fazer
4) Obrigação de Não Fazer
4) Obrigação de Não Fazer
4) Obrigação de Não Fazer: o sujeito passivo
4) Obrigação de Não Fazer: o sujeito passivo
compromete-se a compromete-se abster de uma conduta (geralmente, é infungível).
se a se abster de uma conduta (geralmente, é infungível).
- Decorre de lei (ex. regras de construção arts. 1299 e
- Decorre de lei (ex. regras de construção arts. 1299 e
seguintes) ou de convenção.
seguintes) ou de convenção.
- O devedor cumpre a obrigação com a simples abstenção
- O devedor cumpre a obrigação com a simples abstenção
de um ato jurídico (por tempo limitado ou ilimitado).
de um ato jurídico (por tempo limitado ou ilimitado).
- O devedor não cumpre a obrigação desde o dia em que
- O devedor não cumpre a obrigação desde o dia em que
executar o ato de que deve se abster (Art. 390).
4) Obrigação de Não Fazer
4) Obrigação de Não Fazer
- Extingue-se a obrigação: sem culpa do devedor, desde o
- Extingue-se a obrigação: sem culpa do devedor, desde o
momento que se tornar impossível para o devedor se
momento que se tornar impossível para o devedor se
abster (art. 250).
abster (art. 250).
- Com culpa do devedor, praticado o ato, o credor poderá:
- Com culpa do devedor, praticado o ato, o credor poderá:
exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua
exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua
custa, ressarcindo o culpado as perdas e danos
custa, ressarcindo o culpado as perdas e danos (art. 251). (art. 251).
- Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou
- Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou
mandar desfazer, independentemente de autorização
mandar desfazer, independentemente de autorização
judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido (art. 251, §
judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido (art. 251, §
único).