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Aderência e permanência de mulheres idosas no programa de atividades físicas para o grupo de terceira idade Santa Ana, no município de Catuípe-RS

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ADERÊNCIA E PERMANÊNCIA DE MULHERES IDOSAS NO

PROGRAMA DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA O GRUPO DE

TERCEIRA IDADE SANTA ANA, NO MUNICÍPIO DE CATUÍPE –

RS

Ijuí – RS 2012

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JORDANA ALEGRANZI

ADERÊNCIA E PERMANÊNCIA DE MULHERES IDOSAS NO

PROGRAMA DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA O GRUPO DE

TERCEIRA IDADE SANTA ANA, NO MUNICÍPIO DE CATUÍPE –

RS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), como requisito parcial à obtenção do Grau de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física.

Orientadora: Professora, Dr. Maria Simone Vione Schwengber

Ijuí – RS 2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, o maior dos mestres, o melhor amigo, a fonte de toda sabedoria.

Agradeço a minha tia, pela cumplicidade e ao incentivo que ela sempre me proporcionou... sem ela esse sonho não se tornaria real.

Agradeço aos meus pais pelo amor e dedicação que sempre tiveram por mim e me ensinaram o quão importante é o saber em nossa vida.

Agradeço aos meus familiares que sempre se fizeram presentes nos momentos de felicidade e angústia, e que de alguma forma me apoiaram para a realização desse trabalho, mesmo que com uma simples palavra de incentivo e carinho. Agradeço a minha orientadora Maria Simone Vione Schwengber, que foi uma pessoa essencial para conclusão deste trabalho.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO/PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA...7 1.1PROBLEMA...8 1.2. OBJETIVOS...8 1.2.1. OBJETIVO GERAL...8 1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS...8 1.3. RELEVÂNCIA OU JUSTIFICATIVA...9

1.4. O ESTADO DA ARTE: PESQUISAS SOBRE ADERÊNCIA...9

2. ENVELHECIMENTO...12

2.1. FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO...15

2.2. ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO...17

2.3. ADESÃO AS PRÁTICAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E ATIVIDADES FÍSICAS...19

2.4. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS...20

2.5. AS MULHERES E O ENVELHECIMENTO...23

2.6. DIREITOS DA MULHER...24

2.7. O CORPO FEMININO...26

3. METODOLOGIA...28

3.1. TIPO DE PESQUISA...28

3.2. UNIVERSO/POPULAÇÃO, AMOSTRA/SUJEITOS E PROCESSO DE SELEÇÃO DA AMOSTRA/SUJEITOS/GRUPOS...29

3.3. PROCEDIMENTOS...29

3.4. COLETA DE DADOS...30

3.4.1. INSTRUMENTO...30

3.4.2. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS...30

REFERÊNCIAS...35

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ANEXO 1...40 ANEXO 2...41

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Resumo

O presente estudo tem por objetivo analisar os motivos de aderência e permanência de mulheres idosas no programa de atividades físicas para terceira idade, do grupo Santa Ana, na cidade de Catuípe-RS. A pesquisa foi qualitativa utilizando de entrevistas semi-estruturadas individuais, envolvendo 12 mulheres que frequentam o grupo num período de sete anos. As entrevistadas possuem idades entre 60 e 80 anos e pertencem a classe média social. A pesquisa busca responder a seguinte pergunta “Quais motivos levam a aderência e permanência de idosas no programa de atividades físicas para o grupo de terceira idade no município de Catuípe-RS?” Os resultados que se desencadeiam das análises mostram que a dança e as caminhadas são atividades que todas realizam. Os motivos pelos quais aderiram às práticas de dança e caminhada foram principalmente a orientação médica, pois 90% das entrevistadas têm hipertensão e tomam medicamentos para a doença, o convite e influência das amigas e o prazer ao realizarem estas atividades. Jamais pensaram em desistir de realizar estas práticas, pois não conseguem ver-se longe delas. O grupo entrevistado realiza tais atividades em seu cotidiano como forma de descontração, um meio de poder reunir-se com as amigas e contribuir com sua saúde.

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1. INTRODUÇÃO/PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

As práticas de atividades físicas vêm se tornando cada vez mais presente na vida das pessoas, através dos meios de comunicação pode-se observar o quanto estas estão se tornando importantes para manutenção da saúde da população. O termo saúde, atrelado com as práticas corporais esta sendo evidenciado com maior vigor nos meios de comunicação. Basta ligarmos a televisão para nos deparamos com programações vinculadas à saúde e exercícios físicos, as pessoas comentando sobre as mudanças que ocorreram em suas vidas, diferentes métodos de realizar atividades físicas, depoimentos de médicos especialistas em várias doenças, que a todo o momento salientam que o exercício físico é o melhor remédio para tudo.

Muitas informações são dadas através dos meios de comunicação, orientações médicas, orientação dos profissionais da área de Educação Física, com isso fica claro que as práticas associadas a uma alimentação saudável contribuem significativamente para manutenção da saúde. Pessoas de todas as idades, que se encontravam de um modo geral inativas fisicamente, estão melhorando sua saúde e bem-estar ao praticar atividade física moderada regularmente. Para tanto, os resultados desta busca necessitam de certo tempo, não são imediatos, sendo assim muitos acabam por desistir antes mesmo de tentar melhorar.

Contudo, tantas informações são dadas e ainda falta conscientização por parte de algumas pessoas. O que chama mais a atenção é o público idoso crescendo cada vez mais na procura de programas de atividades físicas adequadas. Este fato certamente se da em diferentes cidades e localidades, os

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motivos que tornam o público idoso tão adepto as práticas corporais são os mesmos que a maioria das pessoas busca, mas o mais intrigante de tudo é o que os torna adeptos fiéis a estas práticas? Por que não abandonam os programas de atividades físicas tão facilmente como os demais?

Partindo desta perspectiva, na cidade de Catuípe - RS, o público mais assíduo em práticas físicas e que frequentam academia, grupos de ginásticas e pilates são em maioria absoluta mulheres idosas, o que motivou a realização desta pesquisa, na tentativa de saber quais motivos as levaram permanecer por longo período realizando atividades físicas, sem abandono, como as demais pessoas.

1.1. PROBLEMA

Quais motivos levam a aderência e permanência de idosas no programa de atividades físicas para o grupo de terceira idade no município de Catuípe-RS?

1.2. OBJETIVOS

1.2.1. OBJETIVO GERAL

O presente estudo tem por objetivo analisar os motivos pelos quais as idosas do grupo de terceira idade da cidade de Catuípe-RS aderem e permanecem por longo tempo em programas de atividades físicas.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Analisar os motivos pelos quais mulheres de terceira idade aderem a programas de atividades físicas.

* Esclarecer como as práticas de atividades físicas estão presentes na vida das pessoas idosas.

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*Buscar subsídios que vêem a influenciar na permanência de idosas em programas de atividades físicas.

1.3. RELEVÂNCIA OU JUSTIFICATIVA

A busca da pesquisa é fundamental para a contribuição da criação de conhecimentos na área da Educação Física, bem como no processo de formação profissional. O público idoso feminino, sujeitos desta pesquisa, é o mais assíduo em práticas de atividades físicas na cidade de Catuípe. Numa simples caminhada, a presença das mulheres se destaca pelo grande número de participantes, realizando tais práticas consideradas benéficas no que diz respeito à saúde e o lazer. Sendo assim, esta pesquisa surgiu com a finalidade de verificar os saberes que levam as idosas a aderirem e permanecerem realizando atividades físicas.

1.4. O ESTADO DA ARTE: PESQUISAS SOBRE ADERÊNCIA

Para melhor enfatizar a pesquisa a cerca da adesão de idosos e atividades físicas, fez-se necessária a busca por estudos já realizados na mesma perspectiva. Sendo assim, as pesquisas estudadas a seguir farão um recorte de trabalhos realizados por profissionais com problemáticas semelhantes a que me propus estudar.

As pesquisa em torno da adesão e atividades físicas, como a de Freitas et al(2007), tem como problematização os Aspectos Motivacionais que Influenciam a Adesão e Manutenção de idosos a programas de exercícios. A metodologia foi descritiva qualitativa de campo com o auxílio da qual foram entrevistados 120 usuários de dois programas de exercícios físicos no Recife. Os resultados apontaram os motivos mais importantes para adesão: melhorar a saúde, melhorar o desempenho físico, adotar estilo de vida saudável, reduzir o estresse, acatar prescrição médica, auxiliar na recuperação de lesões, melhorarem a auto-imagem, melhorar a auto-estima e relaxar. Elencam-se os

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motivos mais importantes para a permanência: melhorar a postura, promover o bem-estar, manter-se em forma, sentir prazer, ficar mais forte e receber Incentivos do professor, sentir bem-estar provocado pelo ambiente, sentir-se realizado e receber atenção do professor. Para os homens, o hábito de praticar exercícios na juventude não revelou importância para aderir à prática de exercícios. Com esses indicadores, promover programas voltados à promoção da saúde e das necessidades dos idosos fará jus a uma população que tem motivos suficientes para sair do sedentarismo.

A pesquisa de Gomes e Zazá (2009) teve como objetivo verificar os principais motivos de adesão à atividade física em um grupo de mulheres idosas. Participaram desta pesquisa 40 mulheres praticantes de atividade física há no mínimo seis meses, 20 idosas pertenciam a um grupo de convivência do município de Belo Horizonte/Minas Gerais e 20 idosas faziam parte de um grupo de convivência do município de Betim/Minas Gerais. A média de idade das voluntárias foi de 69,7 ± 7,1 anos. Para coletar os dados utilizou-se um questionário adaptado de Chagas e Samulski (1992) composto por duas partes distintas. A primeira parte estava relacionada com os dados demográficos e questões sobre a prática de atividade física. A segunda parte avaliava a importância dos motivos para a prática regular de atividade física. As maiores freqüências associadas à adesão das idosas foram: “melhorar ou manter o estado de saúde” (92,5%), “aumentar o contato social” (85%), prevenir doenças (85%), “aprender novas atividades” (82,5%) e “aumento da auto-estima” (82,5%). As menores freqüências associadas à adesão das idosas foram: “emagrecer” (37,5%), “melhorar a qualidade do sono” (20%) “e reduzir o nível de estresse” (17,5%).

O estudo feito por Santos e Knijnik (2006) teve como objetivo verificar os motivos de adesão à prática de atividade física regular por adultos entre 40 e 60 anos, na idade adulta intermediária. Para tal, foram utilizados questionários e entrevista com praticantes e concluiu-se que os motivos de interrupção e a quantidade de interrupções variam de acordo com os indivíduos e as prioridades estabelecidas por estes. Os motivos iniciais de adesão são: ordem médica; lazer e qualidade de vida; estética; saúde (ou condicionamento físico).

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Apesar da principal adesão destes indivíduos não ser de cunho estético, os mesmos demonstraram certa preocupação com a imagem corporal perante a sociedade. A soma de necessidades torna a atividade física mais significativa.

Já o estudo de Lima e Maffia (2010) teve por objetivo verificar os motivos que levaram mulheres à escolha de uma academia exclusivamente feminina, em detrimento da mista. A academia selecionada para esse estudo é a única da cidade que tem como característica atender somente o público feminino. A amostra da pesquisa foram cinqüenta mulheres com idade entre 15 a 46 anos que representa todas as participantes de atividade física em uma academia exclusivamente feminina, localizada na cidade de Ubá - MG. Utilizou-se como instrumento um questionário semi-estruturado. Constatou-se que a preferência delas por uma academia exclusivamente feminina está primeiramente relacionada à: poder usar roupas mais a vontade; não ter a presença de homens; e o tratamento ser diferenciado para mulheres. Outros motivos, também percebidos e importantes, foram: o fato de ter mulheres como profissionais; e a higiene. Verificou-se também que a procura por uma atividade física está relacionada à estética e à auto-estima, sendo que, com o avançar da idade, há uma variação desses motivos, ficando clara uma maior preocupação com a saúde e o sedentarismo.

O trabalho feito por Andreotti e Okuma (2003), teve o objetivo de descrever o perfil sócio-demográfico de 44 idosos (idade média = 69,6 anos) ingressantes no Programa Autonomia para Atividade Física (PAAF/EEFEUSP) em março de 1999, e as razões que os levaram a iniciar o programa. Como instrumento foi utilizado um questionário composto de questões abertas e fechadas, sobre aspectos sócio-demográficos (gênero, idade, grau de instrução, renda, tipo de ocupação, estado civil) e razões para iniciar o PAAF. Os resultados mostram como perfil dos sujeitos: a maior parte dos integrantes é do sexo feminino (72,7%); com predomínio de pessoas casadas (56,8%); 75% são aposentados; apresentam grande variabilidade no grau de instrução e “status”sócio-econômico, já que 52,2% dos sujeitos distribuíram-se até o grau ginasial completo e mais de 30% chegaram a freqüentar a faculdade e que a renda mensal do grupo variou entre R$0,00 e R$8.500,00. As

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principais razões apontadas pelos sujeitos para iniciarem o PAAF foram: indicação de amigos, melhora da saúde e busca de convívio social. Pode-se concluir que os sujeitos deste estudo apresentaram um perfil sócio demográfico de adesão inicial diferente da população mais jovem, havendo necessidade de mais estudos específicos com a população idosa.

A partir da Problematização do tema e após a definição do problema de pesquisa, viu-se a necessidade de desenvolver meios para chegar à resposta deste problema. Buscando estudar os motivos que levam a aderência e permanência de idosas no grupo de terceira idade de Catuípe-RS.

2. ENVELHECIMENTO

Nas concepções de Matsudo (2001) o fator comum de todas as evidências é que estamos envelhecendo a cada dia. O envelhecimento faz parte do processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano, e ao contrário do que a sociedade e nós mesmos pensamos o envelhecimento não está apenas associado a fatores negativos, mas também a uma série de aspectos positivos que enriquecem a vida do indivíduo. Desta forma o idoso não pode ser mais visto como um ser que não tem nada a oferecer, ou associado à doença, incapacidade e dependência. A pessoa que chega e ultrapassa os 60 anos de idade é um ser humano vivenciando mais uma etapa de sua vida. Precisamos pensar que o envelhecimento não distingue sexo, cor, origem ou nível socioeconômico.

O envelhecimento é mais uma das etapas que a maioria das pessoas alcança ao longo dos anos. As experiências vividas, as conquistas alcançadas ao longo da vida, acabam por tornarem-se ganhos ao se chegar na terceira idade, pois é nesta etapa da vida que as pessoas desfrutam de suas aposentadorias, aproveitam o tempo livre para viajar, ficar ao lado da família e amigos. Contudo, também é nesta fase que os idosos se deparam com as

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perdas, que vão desde a redução da eficiência física e mental até a perda dos familiares, que ocasionam um enorme choque emocional.

O envelhecimento não é um processo imediato, a cada dia de nossas vidas envelhecemos, a maioria das mudanças ocorre de forma tão gradual que quase não são notadas no dia-a-dia. Podemos classificar as mudanças decorrentes do envelhecimento em três tipos: os físicos, os psicológicos e os sociais. Ferreira (2003 apud SEIDEL 2008) relata que o processo de envelhecimento começa pelas células, passa aos tecidos e aos órgãos terminando nos processos extremamente complexos do pensamento, modifica a relação do individuo com o tempo, seu relacionamento com o mundo e com sua própria história.

Geis (2003, p.19-23), afirma que nascemos, crescemos, envelhecemos e devemos aceitar todos estes processos e se adaptar fisicamente e psicologicamente ao longo de toda a vida. O envelhecimento é uma continuação do crescimento, os fenômenos iniciais deste processo conduzem a um aperfeiçoamento das funções, tornando o indivíduo cada vez mais capaz. Os fenômenos tardios resultam na deterioração das funções, tornando o indivíduo cada vez mais incapaz.

Estas mudanças decorrentes da idade é que vão tornando as atividades diárias cada vez mais difíceis de realizar. Movimentos amplos e rápidos, por exemplo, tornam-se mais difíceis ao chegarmos a idades mais avançadas, nosso corpo vai perdendo as funções e fica cada vez mais complicado realizar, o que se fazia antes, com facilidade.

A velhice é decorrente de longos anos de luta, trabalho, vivências e aprendizados. Ao se atingir a velhice, as pessoas trazem com ela muitos resultados de processos que acontecem durante toda a vida, mas que são manifestados apenas nesta etapa. Dentre estes resultados aparentes pode-se destacar o enfraquecimento do organismo vivo, bem como das funções motoras e mentais.

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Sendo a velhice o resultado do envelhecimento, Moragas (1997) a considerada como uma realidade que afeta somente uma parte da população. Para tanto seguem três concepções de velhice para situar a variedade de seus conceitos.

a) Velhice cronológica: quando se atinge os 65 anos de idade, baseias-se principalmente ao fato do afastamento do trabalho profissional, a idade cronológica é agrupada em anos, lustros e décadas.

b) Velhice funcional: corresponde ao emprego do termo “velho” como sinônimo de “incapaz” ou “limitado”, e reflete a relação da velhice e de limitações. A velhice origina diversas reduções nas capacidades funcionais, como qualquer organismo vivo. Essas limitações não impossibilitam o ser humano de ter uma vida plena não somente com o físico, mas também com o psíquico e o social.

c) Velhice, etapa vital: é o reconhecimento de que o transcurso do tempo produz efeitos na pessoa, que entra numa etapa diferente das vividas anteriormente. A velhice constitui uma etapa a mais na experiência humana, portanto pode e deve ser uma fase positiva do desenvolvimento individual e social.

Dentre tantos meios existentes na busca de melhorias na vida dos idosos não se pode desconsiderar as práticas corporais, bem como as atividades físicas. Estas estão cada vez mais vinculadas às atividades diárias das pessoas mais velhas, pois proporcionam ao idoso a prevenção e manutenções da saúde proporcionam lazer, recreação e uma ocupação diária na vida destes.

Para Carlan, Schonardie e Panisson (2009), a adesão à atividade física regular como rotina na vida do idoso é algo muito recente. Há tempos atrás o próprio idoso criava barreiras e preconceitos em relação as atividades físicas. Hoje a adesão as práticas corporais ocorrem por várias razões: valorização do idoso e respeito pelo mesmo na sociedade, as políticas públicas, os estudos

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realizados nas universidades a cerca da saúde do idoso e a criação do estatuto do idoso.

Envelhecer é uma certeza que temos, desde o nosso nascimento pressupõem-se erros e certezas, alegrias e tristezas e sem dúvidas aprendizados. O envelhecimento é um fator biológico que perpetua. Atualmente vimos o crescimento acelerado de pessoas idosas, e este percentual vem crescendo significativamente no mundo todo.

2.1. FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento está associado a várias alterações estruturais cardíacas respiratórias. Segundo Dantas e Oliveira (2003) estas alterações tendem a ser individualizadas, levando o idoso a não ter uma vida independentemente autônoma, de certa forma, impossibilitando-o da prática de atividades físicas regulares e consequentemente, diminuindo sua qualidade de vida. As alterações ocorridas são:

● Sistema Nervoso - perdas celulares: as perdas das células cerebrais, por exemplo, são de aproximadamente 0,2% ao ano, Netto (1999, apud DANTAS e OLIVEIRA 2003), o que irá acarretar um maior tempo de reação, comprometimento da memória e da cognição.

●Sistema Muscular – Aumento do tecido conjuntivo no organismo e perda gradual de sua propriedade elástica, acúmulo de maior quantidade de massa gorda e perda de massa magra, baixa taxa de absorção de calorias, diminuição da força muscular.

●Sistema Circulatório – diminuição da quantidade de sangue que o coração bombeia em seu estado de repouso (bradicardia), rigidez das paredes dos vasos, hipertensão arterial, diminuição do consumo de O², redução da água corporal.

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●Sistema Respiratório – diminuição da mobilidade da caixa torácica, menor elasticidade pulmonar, menor número de alvéolos e capilares pulmonares, capacidade pulmonar diminuída.

●Sistema Esquelético – degeneração discal, incidência de osteoporose e osteoartrite, ligamentos e tendões mais fracos, cápsula articular com menor líquido sinovial, diminuição de a mobilidade articular.

Robert (1994), afirma que a pele é o órgão mais volumoso, segurando a proteção do organismo do meio exterior. Seu envelhecimento é muitas vezes considerado como relevador da saúde de todo organismo, sua função biológica é múltipla: isolamento físico e proteção do organismo, regulação térmica e hídrica, proteção contra as variações físicas da atmosfera e do ambiente (ventos, humidade, radiações). Com o sistema piloso que está associado às glândulas sudoríparas e sebáceas, as terminações nervosas e o sistema de irrigação sanguínea, a pele certamente está entre os mais complexos de todos os órgãos.

Com tantas funções a desempenhar, a pele, o maior órgão do nosso organismo, é através dela que se notam os primeiros sinais de envelhecimento. Segundo Robert (1994), a primeira manifestação geral do envelhecimento cutâneo é o adelgamento da pele. Estudos realizados comprovam que há uma grande variabilidade individual de espessura cutânea com a idade, cada ano que passa a espessura de nossa pele diminui ocasionando a perda de flexibilidade, de elasticidade, firmeza e de hidratação da pele, assim como o aparecimento de rugas.

Dentre tantos “problemas” ocasionados pelo envelhecimento, pode-se atribuir a incapacidade funcional como um enorme empecilho na vida do idoso. Esta leva o indivíduo a não ser mais capaz de realizar suas atividades diárias, bem como, levantar da cama, sentar, ir ao banheiro, caminhar pequenas distâncias. Okuma (1998) acrescenta que são as perdas no domínio cognitivo e as funções físicas que contribuem para a maior redução da independência do idoso, isto por sua vez também reflete nos domínios sociais e psicológicos.

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Para Shephard (2003) o envelhecimento associa-se a muitas limitações físicas e psicológicas, isso torna difícil para os indivíduos desempenhar certas ações. Dependendo de sua motivação, circunstâncias ambientais e reações à incapacidade, aqueles que são assim afetados podem também ficar inválidos. Um dos principais objetivos de um programa de atividades físicas para o cidadão idoso é aumentar a expectativa ajustada à qualidade de vida.

2.2. ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO

Atividade física é qualquer movimento do corpo produzido pelo músculo esquelético, que resulta em um incremento do gasto energético. O exercício físico é uma atividade física planejada e estruturada com propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico (Consenso Latino Americano 2000, citado por MARTUS 2001 apud PINTO 2008).

Saba (2001) classifica a atividade física como o movimento corporal humano que envolve um gasto de energia superior ao gasto energético da situação de repouso. Quando o nível do movimento humano ultrapassa patamares iniciais do corpo em repouso, intensificando-os, pode-se falar em atividade física. Realiza atividade física o corpo que anda, corre, joga...

Ao praticar atividades físicas, não trabalhamos somente com nossos corpos, mas com a mente também. Além das atividades contribuirem para a manutenção da saúde, proporcionam momentos de recreação e lazer para os praticantes nos aspectos lúdicos, sociais e afetivos.

Geis (2003) relata que uma atividade física adaptada e compensatória pode ajudar atrasar e, ou diminuir uma série de alterações e de mudanças anatômico-funcionais, produtos do envelhecimento. Mas, contudo, nem todas as pessoas envelhecem por igual, as atividades físicas não afetam da mesma maneira, nem com a mesma intensidade a todos, por isso atividade física deve

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ser personalizada e pensada em função das capacidades, das características e da disponibilidade de cada um.

Houve-se muito falar sobre os benefícios dos exercícios físicos, mas Saba (2001) esclarece que os benefícios trazidos por esta prática tiveram sua comprovação fundada na observação da vida cotidiana. No final do século XIX é que se estabeleceram as bases fisiológicas da prática de exercício corporal, que tomaram modernas teorias da química, física e da biologia, compondo o estudo do ser humano em movimento. Os especialistas da saúde, sobretudo, medicina e educação física legitimaram estudos filosóficos, psicológicos e morais a favor da atividade corporal.

O exercício físico, apesar de constituir em atividade extremamente corriqueira na vida diária, se revela do ponto de vista fisiológico, por demais complexo, uma vez que envolve interação de todos os sistemas que compõem o organismo vivo, como: sistemas neuromuscular, cardiorrespiratório, hormonal, digestório e renal. Forti e Chacon-Mikahil (2004).

Sendo assim, há um diferencial que separa os termos atividade física de exercício físico. A atividade física é qualquer movimento que realizamos com nossos membros, seja ao caminhar, lavar louça, se deslocar até determinado lugar, ou seja, quando fazemos atividades básicas através de um gasto adicional de energia comparado a um nível de repouso.

O exercício físico por sua vez, é uma atividade física estruturada. Ele necessita ser planejado, prescrito, orientado, executado de maneira a exigir um alto gasto energético do corpo comparado aos níveis de repouso, fazendo com que o corpo se adapte e fique cada vez mais resistente, se a prática for mantida de forma regular.

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2.3. ADESÃO AS PRÁTICAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E ATIVIDADES FÍSICAS

Saba afirma (2001) que aderência é a manutenção da prática de exercícios físicos por longos períodos de tempo, como parte da rotina dos indivíduos. E é somente neste estágio da prática constante que o indivíduo tem possibilidade de usufruir dos benefícios físicos, psicológicos, e sociais do exercício, elevando sua qualidade de vida e bem-estar. A aderência pode ser entendida como o ápice de uma evolução constante, rumo à prática de exercícios físicos, inserida no cotidiano do indivíduo.

Saba (2001) também acrescenta que ao aderir uma prática continuada de exercícios físicos, o indivíduo tem possibilidade de envolver-se com outras atividades. Ele adquire disciplina positiva, levando ao controle geral das atividades individuais e coletivas, por meio da adoção de princípios de saúde e bem-estar. Os fatores que levam os indivíduos a aderirem a programas de atividades físicas são:

- Fatores Pessoais: histórico pessoal, ocupação, fumo, obesidade, doenças coronárias, conhecimento dos benefícios, nível educacional, idade dos praticantes, grau de apreciação, auto motivação, auto eficácia.

- Fatores Ambientais: apoio do companheiro, facilidade de acesso ao local, reforço social, percepção.

- Características do exercício físico: percepção da intensidade, características do corpo técnico.

O que se destaca como objetivo da atividade física para a terceira idade, segundo Meirelles (1999, p.76), é o retardamento dos processos de envelhecimento, através da manutenção da saúde, procurando prevenir fatores de risco comuns na terceira idade. Os benefícios da prática de atividades físicas estão atrelados a alimentação saudável, controle no consumo de bebidas alcoólicas, isenção de hábitos ao tabagismo, sono adequado, dentre outros.

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Nosso corpo necessita de cuidados especiais, temos que trabalhar este mecanismo de forma que, com o passar dos anos ele não perca totalmente suas funções. As práticas corporais para os idosos trazem inúmeros benefícios, segundo Geis (2003), o corpo vai mudando, torna-se mais ágil, as relações com o meio também melhoram, a atividade física ajuda a superar a solidão, o estress, a depressão. É necessário que as pessoas dediquem um tempo para cuidar de seu corpo e mente.

Meirelles (1999, p. 108) finaliza apontando que estamos ficando velhos, e nem governos e famílias estão preparados para enfrentar o envelhecimento, nem mesmo os idosos estão preparados para os desafios da velhice. Para isso se torna urgente uma criação de consciência livre e transparente sobre os efeitos e causas do envelhecimento, a construção de um ambiente para que se possa usufruir deste período com prazer e dignidade plena da vida.

2.4. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS

Na linguagem popular e o que a maioria das pessoas entende por saúde é à ausência de qualquer doença, é estar de bem com o corpo e a mente. Para a população idosa ter saúde é o que possibilita o processo de envelhecimento de maneira natural, sem as limitações impostas pelas doenças cujas consequências são a exclusão do idoso das atividades previamente desempenhadas ou daquelas que tivessem interesse em se dedicar.

Muitos são os empecilhos que as capacidades motoras trazem as pessoas ao envelhecer. Sabe-se que com a flexibilidade e força diminuídas são maiores as limitações para as atividades da vida diária, a totalidade das atividades cotidianas depende da associação destas variáveis: andar em segurança, levantar-se de uma cadeira ou do vaso sanitário, subir ou descer uma escada, cuidar da casa ou fazer compras são exemplos evidentes de como a aptidão motora determina a condição funcional do idoso.

Okuma (1998) afirma que os estudos vêm evidenciando a atividade física como principal recurso para a degeneração provocada pelo

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envelhecimento. A atividade física tem potencial para estimular várias funções essenciais do organismo, ela é importante no tratamento e controle de doenças crônico-degenerativas, como diabetes, hipertensão, osteoporose, mas também é essencial na manutenção das funções do aparelho locomotor, principal responsável pelo desempenho das atividades diárias e pelo grau de independência e autonomia do idoso.

Sendo assim, as práticas de exercícios físicos surgem com o intuito de contribuir para a manutenção da saúde do idoso. Um dos aspectos que devem ser considerados, na relação atividade física doença e saúde em termos populacionais é a escolha do tipo de atividade física a ser prescrita na terceira idade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS 2011) as recomendações de atividades físicas para adultos com mais de 65 anos de idade são, atividades ocupacionais (se o indivíduo ainda está engajado no trabalho), domésticas, brincadeiras, jogos, esportes, ou exercício previstos no contexto da família, e as atividades da comunidade. Recomendam-se atividades para melhoria da capacidade cardiorrespiratória e muscular, para saúde dos ossos, reduzirem o risco de doenças não transmissíveis, depressão e declínio cognitivo. Para tanto, os idosos devem:

1. Fazer pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada durante a semana ou fazer pelo menos 75 minutos de vigorosa-atividade física aeróbia de intensidade ao longo da semana ou uma equivalente combinação de atividade física moderada e de intensidade vigorosa.

2. Atividade aeróbica deve ser realizada em “surtos” de pelo menos 10 minutos de duração.

3. Para benefícios adicionais de saúde, os idosos devem aumentar a sua moderada atividade física aeróbia de intensidade de 300 minutos por semana, ou envolver-se em 150 minutos de combinação de atividade física moderada e de intensidade vigorosa.

4. Os adultos mais velhos, com mobilidade “pobre”, devem realizar atividade física para melhorar o equilíbrio e evitar quedas em três ou mais dias por semana.

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5. Atividades de fortalecimento muscular, envolvendo grandes grupos musculares, devem ser feitas em dois ou mais dias por semana.

6. Quando o idoso não pode fazer as quantidades recomendadas de atividade física devido às condições de saúde, eles devem ser tão fisicamente ativos quanto as suas habilidades e que as condições o permitam.

Pessoas inativas devem começar com pequenas quantidades de atividade física e, gradualmente, aumentar a frequência, a duração e a intensidade ao longo do tempo. Adultos inativos e aqueles com limitações causadas por alguma doença terão benefícios adicionais de saúde quando tornarem-se mais ativos.

Matsudo (2001) acrescenta alguns componentes que nos últimos anos têm sido mencionados como parte fundamental de um programa de exercícios físicos para população idosa. São eles:

● Avaliação médica e física: antes de iniciar qualquer programa de exercício físico, todo indivíduo deveria ser submetido a uma avaliação médica cuidadosa. O programa de exercícios deve conter um período de aquecimento, uma atividade aeróbica, passando ao condicionamento muscular e terminando com a volta à calma. Os alongamentos e movimentos articulares são fundamentais tanto para evitar lesões, como para contribuir com a manutenção da mobilidade articular.

● Atividades aeróbicas: é recomendada a atividade de baixo impacto como caminhadas, natação, hidroginástica, dança... Essas atividades são preferíveis àquelas chamadas de alto impacto, pois acarretam grande incidência de lesões nessa época da vida.

● Treinamento de força muscular: o fortalecimento da musculatura procura incrementar a massa muscular e, por conseguinte, a força muscular, evitando assim, uma das principais causas de inabilidade e de quedas. Além disso, a massa muscular é o principal estímulo para incrementar a densidade óssea.

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2.5. AS MULHERES E O ENVELHECIMENTO

Para Goellner et al (1995, p.145-146) a primeira fase de vida da mulher corresponde a ser menina. O período demarcado que vai do nascimento até a menarca, quando a primeira menstruação é um fantasma da vergonha e desconhecimento. O tornar-se mulher se dá mediante a primeira relação sexual, mas, no entanto a mulher se constrói, finalmente em sua primeira gravidez, este é o fato que lhe coloca na posição social de “mãe’. As fases de vida da mulher fazem referência a sua função social: ser menina, mocinha, mulher e mãe. Estas funções são demarcadas como fenômenos biológicos.

Ser mulher, querer ser mãe, implica romper barreiras e limites, é querer trabalhar fora, mas ter tempo para ficar curtindo a sua casa. É querer ter um marido que ajuda nas tarefas de casa e que também seja um protetor, é querer ser bonita e estar sempre na moda, ser magra sem precisar fazer regime, finalmente ser mulher é uma tarefa muito difícil.

Chagas (1995, p.130-133) afirma que a beleza está na forma, à estética é aparência que seduz o olhar do outro e imprime nesse olhar uma nova suavidade. Ao padronizar o corpo, negamos a singularidade do detalhe. A mulher é tida como objeto, que nega seu corpo, que se violenta em lutas diárias pela busca do corpo perfeito.

Ser mulher nos dias de hoje é sem dúvida romper as barreiras do preconceito. Apesar de ser taxada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição, a mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada indivíduo e a importância da mudança de cada um.

Para Chagas (1995), mulheres que fazem do corpo uma máquina de guerra, são aquelas que saltitam sobre saltos altos, equilibram a vida a duas pernas e constroem formas de existência imagináveis, únicas e singulares.

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Sedutoras pelo que não dizem, mas mostram com o corpo obsceno porque disrruptor da norma, descentrador de todas as teorias que tentam explicar racionalmente a realidade esfacelada no universo feminino, traduzido no ornamento ou no detalhe.

Na definição de Dahlke, Dahlke e Volker (2005), as mulheres têm mais capacidade de adaptação às circunstâncias novas e difíceis. Isso poderia explicar por que sua expectativa de vida é maior que a dos homens. Este fato pode ter relação com o aspecto purificador da menstruação, mais ainda do que com a capacidade feminina de adaptação. Seja como for a mudança de ambiente e adaptação surgem na vida da mulher como uma prova de força, bem mais do que um sinal de fraqueza.

A mulher no contexto da sociedade atual passou a quebrar muitos paradigmas, tanto no mercado de trabalho, quanto nas mudanças sociais. O que se vê hoje em dia é o esforço redobrado da mulher que concilia o trabalho com as tarefas domésticas, o cuidar dos filhos e também do próprio corpo. A busca da beleza feminina se desdobra em muitas jornadas de trabalho, sentir-se bem consigo mesma ultrapassa os limites do cansaço e da indisposição.

2.6. DIREITOS DA MULHER

Os anos passaram e com isso cada vez mais a mulher foi conquistando seu espaço na sociedade. Perante tanta discriminação, por ser considerado o sexo frágil, muitas vezes a mulher perdeu seu espaço no mercado de trabalho para o homem, isso hoje já não é mais evidenciado, pois cada vez mais cresce o número de mulheres ocupando vagas masculinas nas empresas e indústrias.

Para que as mulheres conseguissem lutar por seus direitos foram criados vários conselhos que asseguram a mulher de seus direitos perante a sociedade e a família, assim garantindo que nenhuma mulher sofra preconceito, tanto no trabalho quanto na família.

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O apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) começou com a Carta da Organização. Entre os propósitos das Nações Unidas declarados no Artigo um da Carta estão “conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.”

O Sistema da ONU (Organização das Nações Unidas) continua a dar atenção particular para a questão da violência contra as mulheres. Em 1993 a Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres da Assembleia Geral continha uma definição clara e compreensiva da violência contra as mulheres e uma declaração clara sobre os direitos a serem aplicados para assegurar a eliminação da violência contra as mulheres em todas as formas. Ela representou um compromisso por parte dos Estados em relação às suas responsabilidades, e um compromisso da comunidade internacional em geral para a eliminação da violência contra as mulheres.

O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) foi criado em 1985, vinculado ao Ministério da Justiça, para promover políticas que visassem eliminar a discriminação contra a mulher e assegurar sua participação nas atividades políticas, econômicas e culturais do país. No período de 1985 a 2010, este mesmo conselho, teve suas funções e atribuições muito alteradas. Em 2003, passou a integrar a estrutura da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República, contando em sua composição com representantes da sociedade civil e do governo, o que amplia o processo de controle social sobre as políticas públicas para as mulheres. É também atribuição do CNDM apoiar a Secretaria na articulação com instituições da administração pública federal e com a sociedade civil.

O Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFEMEA - é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos. Sua missão é contribuir para o fortalecimento do feminismo e da democracia incidindo nos Poderes Públicos para a garantia de direitos das mulheres. Para tanto, nossa atuação está voltada à superação das desigualdades e discriminações de gênero e de

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raça/etnia, e a afirmação dos princípios da liberdade, autonomia, solidariedade e respeito à diversidade.

O CFEMEA tem como objetivos:

● Defender e promover a igualdade de direitos e a equidade de gênero na legislação, no planejamento e na implementação de políticas públicas considerando as desigualdades sociais geradas pela interseção das discriminações de sexo e de raça.

● Incidir sobre o processo orçamentário com vistas à sua democratização e transparência, bem como na incorporação da perspectiva de gênero e de raça/etnia nos gastos públicos.

● Contribuir para fortalecer os movimentos de mulheres e feministas participando das suas articulações, subsidiando diálogos com outros movimentos sociais e, ampliando canais de interlocução com o Poder Público. ● Promover a presença das mulheres e as pautas feministas nos espaços e processos de participação e de representação política.

● Desenvolver instrumentos de comunicação política para ampliar a esfera pública de debate sobre as plataformas feministas, possibilitando a articulação em torno da agenda política para a igualdade de gênero.

2.7. O CORPO FEMININO

Siebert (1995, p.21) define que as ideias sobre o corpo humano foram se modificando desde a ciência moderna. No início a ideia de corpo era fornecida pela ciência mecânica, como consequência, o corpo era pensado como uma máquina. Depois com o desenvolvimento das ciências biológicas o corpo passa a ser visto como um organismo dotado de funções próprias, capaz de realizar importantes funções como a sobrevivência.

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Okuma (1998) explica que o corpo não é simplesmente um instrumento, mas é o próprio sujeito, pois seus significados são encontrados nas estruturas do estar-junto do corpo, nas possibilidades prévias de ser corpo, naquilo que lhe possibilita ser como é. Ele é o centro e a perspectiva o mundo a partir do qual o sujeito existe. Ou seja, o corpo é a possibilidade prévia do encontro, é o ponto de vista do mundo. Não é uma coleção de órgãos justapostos, tampouco suas partes estão distribuídas uma ao lado das outras, mas interrelacionadas de forma pelicular, envolvidas umas nas outras, formando uma unidade que somos nós. Esse “nós” não é algo isolado, mas envolvido e situado no mundo, isto implica na transformação da concepção do corpo como objeto para corpo experiência.

O autor, acima citado, acrescenta que para ter vida o corpo precisa ser significativo, ser expressivo, precisa estar ligado ao contexto de que é inseparável. A tentativa de separá-lo é uma maneira deficiente de lidar com ele. Portanto, pensar em cuidar do corpo, fazer caminhadas, ginástica, jogar bola, enfim, praticar atividades físicas, não significa somente pensar em maior aptidão física, ou melhores desempenhos motores e, ou beleza física e força, como se o corpo fosse um instrumento, vai, além disso. Cuidar do corpo é um constituinte da preocupação com o ser, fazendo parte de um modo próprio de nos envolver com ele.

Tais preocupações com o cuidar do corpo, mantendo-o saudável e zelando pela boa aparência é uma característica visivelmente mantida pelo público feminino. A busca por recursos em benefício do corpo vem crescendo cada vez mais entre as mulheres, estas que por sua vem abrem mão de muitas coisas em benefício da saúde e da beleza.

Knijnik (2003, p.63-64) aponta que a preocupação com o corpo feminino tem sido constante no decorrer dos séculos, legislando, criando normas e costumes em torno do seu uso, existência de moral própria e de condutas rígidas para o corpo. As culturas sobre o corpo feminino já os trataram como “máquinas de filhos” e como “estátuas a se admirar”, mas tudo há seu tempo, cada época com seus costumes e cultura.

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A história da atividade corporal da mulher para o já referido autor deixa claro que a mulher foi, e talvez ainda seja regulada pelas concepções sociais do que seu corpo deve ser, mais do que a mulher como ser humano, seu corpo deve ser algo que contemple funções preestabelecidas. Mas o corpo não pertence somente ao sujeito falante, mas também ao sujeito ativo, pois só se é ativo devido ao corpo, só se exerce sua natureza por causa da ação corporal.

Ao longo da história, a mulher sempre foi tratada como objeto de prazer e submetida a normas políticas, religiosas e morais. Sempre quiseram legislar não só sobre seu corpo, mas até sobre a sua alma. O que vestir, dizer ou pensar sempre foi objeto da vontade não só dos homens, mas da sociedade. Tantos anos se passaram e as normas regidas sobre o corpo feminino foram se dissolvendo. Cada vez mais a mulher foi ocupando seu espaço na sociedade e desvinculando os tabus sobre as morais que existiam em torno de sua corporeidade e as suas manifestações corporais.

Segundo Dahlke et al (2005), numa sociedade patriarcal, os problemas com a aparência feminina naturalmente são numerosos. Os típicos problemas da mulher com sua figura corporal relacionam-se com muitas partes isoladas, resultado de que hoje nenhuma mulher está contente com seu corpo, o que acaba levando muitas mulheres recorrerem a procedimentos cirúrgicos arriscados.

3. METODOLOGIA

3.1. TIPO DE PESQUISA

A pesquisa é classificada como exploratória. Gil (2002, p. 41), relata que este tipo de pesquisa teve como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, seu planejamento é bastante flexível.

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O delineamento adotado foi um estudo de campo. Gil (2002, p.53), explica que o estudo de campo pode ser focalizado em uma comunidade, não necessariamente geográfica. A pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e da entrevista com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo.

3.2. UNIVERSO/POPULAÇÃO, AMOSTRA/SUJEITOS E PROCESSO DE SELEÇÃO DA AMOSTRA/SUJEITOS/GRUPOS

O trabalho de pesquisa foi realizado com 12 mulheres de 60 a 80 anos de idade, integrantes do grupo de terceira idade Santa Ana, localizado no município de Catuípe-RS. O grupo é composto por 92 sócios atuantes, estes participam de eventos, promoções e festividades no município e região. Semanalmente reúnem-se no centro comunitário onde realizam reuniões, orações, cantos, recreação, exercícios físicos orientados, dança, lanches e chimarrão. Aos domingos participam com muita animação dos bailes da região.

O grupo já faz parte da comunidade há vinte anos e tem por casal presidente Ari Haisk e Helena Haisk, e coordenadoras Cleci Dacanal, Geni Cavalheiro e Iraci Blau. A escolha dos grupos se deu pelo motivo da forte participação destes na comunidade, além de trabalhos já realizados com o grupo, também pela curiosidade da saber o porquê da forte atuação feminina dentro do grupo.

3.3. PROCEDIMENTOS

O primeiro passo foi à inserção junto ao grupo de terceira idade, com a ajuda da profissional de educação física atuante. Logo foi relato o trabalho de

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pesquisa com as participantes, explicando a importância da contribuição delas para formação dos conhecimentos acadêmicos e conclusão do trabalho proposto. Num segundo momento foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido (em anexos), através do qual foram explicitados os termos da pesquisa e o sigilo da mesma, sendo que a entrevista foi feita espontaneamente segundo a vontade de cada uma.

3.4. COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas individuais, estas transcorreram em forma de uma conversa informal com as alunas do grupo. Para a realização da entrevista foi necessária a coleta de dados de 12 integrantes do grupo em três encontros de uma hora e meia de duração, estes encontros ocorreram nos dias 31 de maio, 14 e 21 de junho de 2012.

3.4.1. INSTRUMENTO

O instrumento de coleta de dados foi à entrevista semi-estruturada aplicada individualmente a 12 integrantes do grupo de terceira idade. Ver anexos o questionário.

3.4.2. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Os dados coletados neste estudo serão apresentados por eixos temáticos, a fim de esclarecer melhor os resultados obtidos.

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Através da coleta de dados, percebe-se pouca incidência de doenças como diabetes e osteoporose, 90% das entrevistadas têm hipertensão e tomam medicamentos para a doença. Oliveira et al (2008) esclarece que a hipertensão arterial é uma doença de natureza multifatorial, com alta prevalência na população idosa, tornando-se um fator determinante nas taxas de mortabilidade nesses indivíduos, acomete cerca de 60%.

Nas mulheres a pressão arterial cresce principalmente após a menopausa. Lima (2001) relata que pós-menopausa há diminuição nos níveis do peptídeo (hormônio arterial), provocando aumento da pressão arterial, mas o efeito da menopausa sobre a pressão arterial é difícil de ser avaliado, visto que a menopausa e a pressão arterial sofrem influências de diversos fatores, tais como índice de massa corporal, classe socioeconômica e tabagismo.

• Educação física escolar:

As mulheres entrevistadas vêm de épocas semelhantes, 95% não tem ensino fundamental completo, estudaram em escolas precárias no interior do município, e não tiveram o apoio dos pais para que continuassem estudando, os pais queriam que se dedicassem mais aos afazeres da casa e do campo. Tem a Educação Física em seus tempos de escola como partes recreativas das aulas não tinham professores específicos da área e mesmo assim sempre participavam das brincadeiras que realizavam como os jogos de caçador, sapata, pular corda, rodas cantadas, dentre outros.

Mesmo não praticando a educação física na escola, ou melhor, não tendo crescido com a influência da Educação Física Escolar, ao longo de suas vidas foram introduzindo os exercícios físicos em seus cotidianos.

• Práticas que atua:

Todas as mulheres entrevistadas realizam caminhadas e danças pelo menos três vezes durante a semana, utilizam o caminhódromo municipal para

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fazer caminhadas, e as quintas-feiras durante os encontros com o grupo, além dos exercícios físicos, também dançam e ensaiam diferentes coreografias. Nos finais de semana participam dos bailes de terceira idade em toda região, sempre animadas, dançam muito e divertem-se na companhia dos amigos, como suas atividades favoritas. As entrevistadas relatam que estas práticas vêm sendo realizadas por longo tempo de duração e a maioria das delas praticam por mais de sete anos (80%).

Os motivos pelos quais aderiram às práticas de dança e caminhada foram principalmente a orientação médica. Através das palavras já utilizadas, Saba (2001) afirma que aderência é a manutenção da prática de exercícios físicos por longos períodos de tempo, como parte da rotina dos indivíduos. E é somente neste estágio da prática constante que o indivíduo tem possibilidade de usufruir dos benefícios físicos, psicológicos, e sociais do exercício, elevando sua qualidade de vida e bem-estar.

Podemos concluir que tais práticas feitas por este grupo de mulheres crescem significativamente e se tornam cada vez mais presentes na vida destas, uma vez que o profissional de educação física atuante dentro do grupo mostra-se capaz de realizar um trabalho sério e que traga resultados, sendo que as mulheres têm estas práticas como parte de suas rotinas de vida semanais, não as deixando de lado por motivo algum.

O grupo relatou que jamais pensaram em desistir de realizar estas práticas, pois não conseguem imaginar-se longe delas. As mulheres realizam tais atividades em seu cotidiano como forma de descontração, um meio de poder reunir-se com as amigas para momentos de diálogos, partilhando seus problemas e suas alegrias e contribuir com a manutenção e prevenção de doenças.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da coleta de dados, a investigação em torno da aderência mostrou que este grupo é unido, tanto para as atividades físicas que realizam, quanto para encontros festivos e momentos de descontração. A opção de cada uma em realizar atividades físicas baseia-se muito na influência das amigas, mas também pela orientação médica, devida incidência de problemas cardíacos que a grande maioria das integrantes possui.

Numa sociedade como a nossa, em que a população idosa vem crescendo significativamente, os recursos para atender esta população devem estar crescendo cada vez mais. O campo da Educação Física está cada vez mais aptos para trabalhar com estes grupos, estudos diversos vêm sendo realizados na área do envelhecimento e exercícios físicos, preparando melhor o profissional que atuará nesta área.

Para realização de trabalhos de pesquisa como este o pesquisador deve conhecer bem seu objeto de estudo, tentar descrever rigorosamente suas propriedades, investigando os condicionamentos e as pressões sociais envolvidas e discutindo as possíveis relações com a apropriação da atividade física, para daí oferecer contribuições válidas, que não vão mudar a realidade, mas pode ser uma forma honesta, embora não muito fácil e nem tampouco imediata de contribuir para que ela seja melhor.

Pode-se dizer enfim que os objetivos da entrevista foram alcançados, e que há mesma muito contribui para a formação profissional, uma vez que

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através desta foi possível obter um maior entendimento no que diz respeito aos motivos que levam o idoso a aderir às atividades físicas, capacitando-nos assim, para exercermos nossa profissão. Essa pesquisa não é dada como conclusiva, pois poderá ser aprofundada em futuras investigações, estando aberta para críticas ou sugestões.

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(40)

Anexo 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO- TCLE

Eu, Jordana Alegranzi, acadêmica do curso de Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Unijuí, estou desenvolvendo a pesquisa para o trabalho de conclusão de curso: Aderência e permanência de idosas no programa de atividades físicas para o grupo de terceira idade no município de Catuípe-RS.

O presente estudo tem por objetivo analisar os motivos pelos quais as idosas do grupo de terceira idade da cidade de Catuípe-RS aderem e permanecem por longo tempo em programas de atividades físicas.

Este estudo seguirá as normas éticas de pesquisa, onde não serão divulgados nomes das pessoas observadas e nem as instituições que a mesma faz parte. O seu anonimato está assegurado e suas informações/relatos serão tratadas com sigilo absoluto, podendo você ter acesso a elas e realizar qualquer modificação no seu conteúdo, se julgar necessário. Você tem liberdade para recusar participar da pesquisa ou afastar-se dela, em qualquer fase, sem que isso implique em danos pessoais. Pela sua participação no estudo, você não receberá qualquer valor em dinheiro, mas terá a garantia de que todas as despesas necessárias para a realização da pesquisa não serão de sua responsabilidade.

Se você tiver de acordo em participar, posso garantir que as informações fornecidas serão confidenciais e só serão utilizadas nesta pesquisa.

Eu, _________________________, li e concordo com os termos da pesquisa.

Catuípe, __/__/__

__________________________________ Jordana Alegranzi, acadêmica do curso de ED. Física

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Anexo 2 Entrevista Coleta de dados 1. Nome:_____________________________________________________ 2. Idade:_________________________________ 3. Ocupação:_________________________________________________ Dados sobre a saúde

1. Possui alguma doença?

Qual?___________________________________________ 2. Toma algum

medicamento?Qual?________________________________________ 3. Possui restrições para realizar alguns

movimentos?______________________________________________ Dados sobre a educação física escolar

1. Nos tempos da escola, como era a aula de Educação

Física?____________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ 2. Grau de escolarização:_______________________________________ 3. Como era sua participação nas

aulas?_____________________________________________________ __________________________________________________________ 4. Que atividades

realizavam?________________________________________________ __________________________________________________________ Dados atuais sobre as práticas em que atua

1. Que tipo de atividade física hoje, você

realiza?____________________________________________________ __________________________________________________________ 2. Quais os motivos que a levaram a realizar atividades

físicas?____________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________

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3. Por que escolheu esta

prática?___________________________________________________ __________________________________________________________ 4. Há quanto tempo realiza atividades

físicas?______________________________ 5. Já pensou em desistir? Por

quê?______________________________________________________ __________________________________________________________ 6. O que mantém você neste grupo ou

local?_____________________________________________________ __________________________________________________________

Referências

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