UNIJUÍ
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
Fernanda Knopp dos Santos
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA MENOPAUSA E DIABETES MELLITUS TIPO 2
SOBRE A FUNÇÃO RENAL
3 O presente artigo segue as normas da Revista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, conforme Anexo I.
Autora: Fernanda Knopp dos Santos Email: knoppfe@gmail.com
Título: Avaliação dos efeitos da menopausa e diabetes mellitus tipo 2 sobre a função renal Orientador: Dr. Matias Nunes Frizzo
Departamento de Ciências da Vida – Ciências Biológicas Ijuí, Brasil, 2018.
Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; Taxa de Filtração Glomerular Estimada; Climatério; Pós-menopausa; Função Renal; Perfil Glicêmico no Diabetes.
Contagem de Palavras: 2914 palavras
4 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA MENOPAUSA E DIABETES MELLITUS TIPO 2 SOBRE A
FUNÇÃO RENAL
Resumo
Introdução: O período do climatério é dividido em pré e pós-menopausa, sendo caracterizado pela redução do hormônio estrogênio circulante, provocando alterações metabólicas no organismo feminino. Esse estado é capaz de induzir o risco de desenvolvimento de comorbidades, como obesidade, diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e redução da função renal.
Materiais e Métodos: Foram analisadas 33 mulheres não diabéticas, sendo 13 na pré-menopausa e 20 na pós-menopausa, e 28 mulheres com DM2, sendo 9 pacientes na pré-menopausa e 19 na pós-pós-menopausa, sendo todas pacientes atendidas pelas Estratégias da Saúde da Família de Santo Ângelo, RS, Brasil. Foram analisados parâmetros antropométricos, glicêmicos e bioquímicos renais.
Resultados: As pacientes com DM2 apresentaram aumento do IMC (P=0,0464) e da glicemia de jejum (P<0,0001), bem como elevação da hemoglobina glicada nas diabéticas (P<0,0001) em pós-menopausa (P=0,002). Os níveis de ureia sérica mostraram-se elevados nas pós-menopáusicas (P=0,003), assim como a taxa de filtração glomerular estimada apresentou-se diminuída nessa fase (P<0,0001).
Considerações Finais: Nesse estudo as mulheres com DM2 na pós-menopausa, apresentaram risco elevado de sobrepeso e metabolismo glicêmico prejudicado. Essa condição também é capaz de provocar mudanças prejudiciais no sistema renal, sendo que essa pacientes apresentaram elevação dos níveis de ureia na circulação e diminuição da taxa de filtração glomerular estimada, agravando cada vez mais o quadro clínico dessas mulheres.
Abstract:
Introduction: The climacteric period is divided into pre and post menopause, being characterized by the reduction of the hormone circulating estrogen, causing metabolic changes in the female organism. This state is capable of inducing the risk of developing comorbidities, such as obesity, type 2 diabetes mellitus (DM2) and reduced renal function.
Materials and Methods: Thirty-three non-diabetic women, 13 pre-menopausal women and 20 postmenopausal women, and 28 women with DM2, 9 premenopausal and 19 postmenopausal women were analyzed, all of whom were attended by the Family Health Strategies of Santo Ângelo, RS, Brazil. Anthropometric, glycemic and renal biochemical parameters were analyzed.
Results: Patients with DM2 had an increase in BMI (P = 0.0464) and fasting glycemia (P <0.0001), as well as elevated glycated hemoglobin in postmenopausal (P <0.001) diabetic patients ( P = 0.002). Serum urea levels were elevated in postmenopausal women (P = 0.003), as did the estimated glomerular filtration rate (P <0.0001).
Final Considerations: In this study, women with postmenopausal DM2 presented a high risk of overweight and impaired glycemic metabolism. This condition is also capable of causing harmful changes in the renal system, and these patients have elevated levels of urea in the circulation and decrease the estimated glomerular filtration rate, worsening the clinical picture of these women.
5 INTRODUÇÃO
1
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (1), em um número cada vez maior de países, mais 2
de 1 em cada 5 pessoas têm mais de 60 anos, constituindo um envelhecimento populacional predominante e 3
crescente. Em particular, as mulheres permanecem cerca de um terço da vida em condição de menopausa, 4
passando pelas complicações geradas nessa fase. O climatério é o período de transição para a fase não-5
reprodutiva da vida feminina, e é marcado pela menopausa, sendo essa dividida em pré e pós-menopausa. Este 6
processo é caracterizado pela diminuição gradual da secreção do hormônio estrogênio (E2) (2). 7
A redução do metabolismo, induzida pela falta de estrogênio, produz um aumento de tecido adiposo, 8
especialmente na região abdominal/visceral, contribuindo para o maior risco de obesidade e resistência 9
insulínica. As mudanças metabólicas decorrentes da menopausa, e suas repercussões vasculares, podem gerar 10
complicações na homeostase do organismo, podendo induzir diversas patologias, como o diabetes mellitus 11
tipo 2 (DM2), e também atuam no início e progressão de doenças cardiovasculares (DCV), aumentando sua 12
incidência nas mulheres após o climatério (3;4). 13
Recentemente, a obesidade tem sido considerada uma epidemia mundial devido a relação direta entre 14
excesso de tecido adiposo, inflamação sistêmica e desenvolvimento de doenças cardiovasculares e 15
metabólicas, envolvendo uma infinidade de moléculas que predispõem o organismo ao quadro clínico 16
prejudicado (5;6). No processo de envelhecimento das mulheres, ocorrem alterações no perfil metabólico que 17
resultam em modificações na composição e distribuição do tecido adiposo, favorecendo o aumento e a 18
progressão de eventuais processos ateroscleróticos, além de outras comorbidades (7). 19
O quadro de obesidade pode ser determinante no desenvolvimento da resistência insulínica, 20
característica do DM2 (8). De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) (9), 21
diabetes mellitus é um importante e crescente problema de saúde para todos os países, sendo uma das doenças 22
que mais crescem no mundo. Estima-se que em 2040 o número de pessoas com diabetes seja superior a 642 23
milhões (10). O DM2 é uma doença marcada pelo comprometimento do metabolismo glicídico, o qual resulta 24
em hiperglicemia crônica (11). 25
As alterações fisiológicas induzidas pela hiperglicemia e a desregulação metabólica no DM2 resultam 26
em inflamação crônica associada à resistência insulínica e ao metabolismo prejudicado. A hiperglicemia causa 27
danos, disfunções e até falência de vários órgãos, envolvendo severas alterações na micro e na 28
macrovasculatura, e essas complicações são comumente mediadas por inflamação (8;12). 29
O período de climatério, juntamente com DM2 provoca diversas complicações ao organismo feminino. 30
Dentre os órgãos e sistemas afetados está o sistema renal, estando o diabetes fortemente relacionado à 31
disfunções nesse sistema. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (13), o diabetes é a principal 32
causa de falência renal no mundo, uma vez que, aproximadamente, 5 a 10% de portadores de DM2 33
desenvolvem insuficiência renal. 34
O papel primordial dos rins é a manutenção da homeostasia, regulando o meio interno 35
predominantemente pela reabsorção de substâncias e íons filtrados nos glomérulos e excreção de outras 36
moléculas (14). A função renal é avaliada pela filtração glomerular e quando esta atinge valores reduzidos, 37
sinaliza para uma perda progressiva da função (15), a qual é caracterizada pelo acúmulo de metabólitos tóxicos 38
na circulação sanguínea. 39
O DM é considerado como um dos principais fatores associados à doença renal crônica (DRC) em 40
pacientes que estão ingressando em hemodiálise nos países desenvolvidos (16). Além do DM2, a idade também 41
contribui positivamente como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças renais, uma vez que a 42
capacidade de filtração diminui com o avanço da idade. Estudos descrevem uma prevalência de DRC associada 43
não só ao diabetes e hipertensão, mas também ao aumento da idade (15). 44
O avanço da idade nas mulheres, o hipoestrogenismo e o desbalanço no metabolismo glicídico são 45
fortes elementos para o desenvolvimento de doenças renais em mulheres, sendo a detecção precoce de lesões 46
6 renais, mais eficiente para a prevenção do desenvolvimento da doença. Dentre os parâmetros que podem ser 47
avaliados no perfil renal, estão a creatinina, ácido úrico e ureia séricos e a taxa de filtração glomerular estimada 48
(TFG), que são substâncias produzidas naturalmente no organismo, mas que precisam ser eliminadas através 49
da filtração glomerular. 50
Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos da menopausa associada ao 51
diabetes mellitus tipo 2 sobre o perfil bioquímico renal. 52
MATERIAIS E MÉTODOS 53
Delineamento do estudo 54
O estudo é do tipo transversal para determinação de parâmetros clinico-laboratoriais a fim de descrever 55
as relações com a menopausa e diabetes mellitus tipo 2. 56
População e Amostra 57
A população é constituída de 61 pacientes do sexo feminino, com diagnóstico confirmado de diabetes 58
mellitus tipo 2, em acompanhamento nos programas de pacientes diabéticos atendidos pelas equipes das 59
Estratégias da Saúde da Família (ESFs) do município de Santo Ângelo, no estado do Rio Grande do Sul. 60
Abaixo o fluxograma de organização dos indivíduos e respectivos grupos de análise: 61
62
O projeto de pesquisa foi apresentado às pacientes e as voluntárias assinaram o Termo de 63
Consentimento Livre e Esclarecido. Todas as pacientes foram avaliadas nos parâmetros clínico-laboratoriais, 64
e para fins de análise do estudo, a população foi selecionada com base nos critérios de inclusão e exclusão. 65
- Critérios de inclusão 66
Foram incluídas na pesquisa mulheres de 30 anos ou mais; com diagnóstico de DM2 de no máximo 67
10 anos; em período pré ou pós-menopausa, neste último caso, de no mínimo 12 e máximo 120 meses; e que 68
estão em acompanhamento médico nas Estratégias da Saúde da Família do município de Santo Ângelo, no 69
estado do Rio Grande do Sul. 70
Também foram incluídas mulheres de 30 anos ou mais, sem o diagnóstico de diabetes do tipo 2 e sem 71
estar nos períodos de pré e pós-menopausa, constituindo assim, o grupo controle saudável da pesquisa. 72
- Critérios de Exclusão 73
Foram excluídas pacientes que não desejaram participar do estudo, ou que aceitaram, mas não 74
realizaram a avaliação laboratorial. Também, foram excluídas as que possuíam doenças auto-imunes, infecções 75
agudas, câncer, diagnosticadas antes do início do estudo, que estão em quimioterapia ou em terapia de 76
reposição hormonal. 77
Procedimentos 78
7 Antes de qualquer procedimento com as pacientes, estas receberam todas as informações sobre a 79
pesquisa e, em caso de consentimento de participação, assinaram o Termo de Consentimento Livre e 80
esclarecido. Todos os procedimentos foram realizados junto ao Laboratório Escola de Biomedicina da 81
Faculdade Cenecista de Santo Ângelo, RS. 82
- Coleta de sangue para realização da avaliação laboratorial 83
Foram coletadas amostras de sangue venoso periférico de cada paciente, distribuídas em diferentes 84
recipientes para realização das análises. Para realização de coleta sanguínea, foi recomendado previamente às 85
pacientes a realização de jejum de 8-12 horas. Após a coleta através de punção venosa, o material foi 86
distribuído em alíquotas com diferentes regentes, divididos em: uma amostra de 2 mL com fluoreto de sódio 87
para avaliação da glicemia, uma com 8 mL com anticoagulante EDTA para análise de hemoglobina glicada e 88
uma amostra de 4 mL de sangue em tubo ativador de coágulo, para obtenção de soro através de centrifugação 89
(15 minutos a 3.500 rpm) para avaliação dos parâmetros bioquímicos renais. 90
- Medidas Antropométricas 91
- Índice de Massa Corporal (IMC): Para avaliação desse índice foram mensurados o peso (Kg) e altura 92
(cm): IMC = Peso (kg) / Altura² (m) (17). 93
- Circunferência abdominal: (CA: cm), definida como a medida no ponto médio entre a última costela 94
e a crista ilíaca, no sentido horizontal, ao final de uma expiração normal, sem compressão da pele (18; 19), 95
avaliada por fita métrica padrão não elástica. 96
- Circunferência do quadril: (CQ: cm) é a medida tomada pelo ponto de maior circunferência sobre a 97
região glútea, com a fita mantida em plano horizontal, sem pressionar os tecidos moles (19), avaliada também, 98
por fita métrica padrão, não elástica. 99
- Circunferência da Cintura: (CC: cm) é a medida da região do abdômen, no ponto médio entre a borda 100
inferior da última costela e a borda superior da crista ilíaca (17). 101
- Parâmetros laboratoriais 102
- Hemoglobina Glicada (HbA1c): Mensurada através de cromatografia líquida de alta eficiência 103
(HPLC-High performance liquid chromatography) (20). 104
- Dosagem de Glicose: através de método colorimétrico, com dosagens diretas. Para realização destas 105
análises foram utilizados kits da Bioclin – Quibasa através da automação BS200 – Mindray. 106
- Dosagens de Uréia, Ácido Úrico e Creatinina, correspondentes à função renal, foram realizadas por 107
método cinético utilizando kits da Bioclin – Quibasa através da automação BS200- Mindray. 108
Análise Estatística 109
A análise descritiva foi apresentada como média ± desvio padrão. Os grupos foram comparados quanto 110
aos valores das variáveis bioquímicas pelo Teste T (dados paramétricos). Foi realizada ANOVA de duas vias 111
e foi considerado significativo nível de 5% (p ≤ 0,05). 112
Considerações Éticas 113
O Estudo foi projetado e realizado de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de 114
Pesquisas Envolvendo Seres Humanos segundo a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº. 115
466/2012 e foi aprovado pela Comissão de Ética da UNIJUÍ, conforme PARECER CONSUBSTANCIADO 116
DO CEP N° 1.173.158. 117
RESULTADOS E DISCUSSÃO 118
8 Foram analisadas 61 mulheres nas fases de pré e pós-menopausa, sendo 28 delas, portadoras de DM2. 119
De acordo com a tabela 1, as pacientes diabéticas apresentaram aumento significativo no índice de massa 120
corporal (IMC) em relação às sem DM2 (P=0,0464). Esse índice avalia o grau de sobrepeso e obesidade, com 121
base na relação peso-altura da paciente. 122
As pacientes DM2 desse estudo apresentam um IMC maior, o que demonstra uma predisposição ao 123
DM2 pelo excesso de peso. O excesso de peso corporal, resultado do desequilíbrio entre oferta e demanda 124
energética, está associado ao aumento do risco de várias doenças, dentre elas, o diabetes, evidenciando uma 125
predisposição dessas mulheres ao desenvolvimento dessa doença (21). A prevalência de mulheres com excesso 126
de peso em 2013 aumentou para 38%, sendo que o excesso de peso ou obesidade é mais comum entre as 127
mulheres com mais de 45 anos, estando estas, geralmente, no período climatérico (22). 128
O processo de envelhecimento é acompanhado por alteração na composição corporal, caracterizada 129
pelo aumento no peso e na massa gordurosa, além de diminuição da massa muscular, e na fase da menopausa, 130
são frequentes o ganho de peso e as modificações na distribuição da gordura, havendo também aumento no 131
depósito de gordura abdominal influenciado pelo hipoestrogenismo. A obesidade, principalmente a gordura 132
visceral, está diretamente associada com o desenvolvimento de um grupo de doenças crônicas não 133
transmissíveis, entre elas a resistência à insulina, diabetes e a doença cardiovascular. Esta se constitui na 134
primeira causa de mortalidade em mulheres na pós-menopausa. (23). 135
Entre os indicadores antropométricos, IMC tornou-se a primeira ferramenta para o diagnóstico de 136
obesidade, amplamente adotado por ser de fácil aplicação e baixo custo. Em estudos o IMC mostrou-se mais 137
capaz de indicar como negativos aqueles que verdadeiramente não são doentes, porém a associação da análise 138
de IMC com outro indicador, como a circunferência abdominal, demonstra maior eficiência para o adequado 139
diagnóstico de obesidade relacionada à alterações metabólicas em mulheres na pós-menopausa (23). 140
É conhecido que não apenas o IMC mas também o ganho de peso durante a vida adulta associam-se 141
ao risco elevado de DM e doenças cardiovasculares (24). Um estudo demonstrou que o IMC elevado, 142
juntamente ao sedentarismo, é um fator de risco associado ao diabetes, tanto em homens como em mulheres, 143
independentemente da idade (25). Como evidenciado nesse estudo, em que as mulheres com DM2 e com IMC 144
elevado, demonstram um maior risco de agravo dessa doença metabólica. 145
Mesmo não significativamente, essas mulheres apresentaram uma elevação na circunferência 146
abdominal e da cintura, quando comparadas às sem DM2. Após a menopausa, são frequentes o aumento de 147
peso corporal e modificações na distribuição de gordura. Associado ao sedentarismo e à diminuição do gasto 148
energético do metabolismo, o hipoestrogenismo influencia no aumento do depósito de gordura abdominal, 149
elevando o risco de hiperglicemia crônica (26). 150
A figura 1 representa o perfil glicídico dessas pacientes, evidenciando a elevação da glicemia de jejum 151
(A) nas mulheres com DM2 (P<0,0001) e nos níveis séricos de HbA1c (B) nas diabéticas (P<0,0001) que estão 152
em pós-menopausa (P=0,002). A obesidade e o sobrepeso estão presentes na maioria dos pacientes diabéticos 153
tipo 2, marcados pela elevação glicídica predominantemente (21). A hiperglicemia dessas pacientes, confirma 154
o quadro de DM2 na pós-menopausa, demonstrando o elevado risco de agravo da doença nesse estado 155
climatérico. 156
A hiperglicemia prolongada instaura um processo lento e silencioso de alterações estruturais e 157
funcionais, podendo causar a glicação de proteínas, como a hemoglobina, sendo esse processo um grande 158
contribuinte para patogênese de complicações no diabetes (8). O hipoestrogenismo associado ao 159
envelhecimento gera um metabolismo prejudicado, o que dificulta a normalização da glicemia nas mulheres 160
pós-menopáusicas, agravando cada vez mais o quadro clínico. 161
A deficiência estrogênica relaciona-se com o início de novo padrão de distribuição de gordura 162
corporal, preferencialmente na região abdominal/visceral, o que se reverte na elevação dos níveis glicêmicos 163
(27). A presença da hiperglicemia sugere a influência do avanço da idade na distribuição de gordura central, 164
9 bem como no aumentos das concentrações plasmáticas de glicose em jejum, sendo que as mudanças físicas e 165
biológicas acontecem em função das condições hormonais no período do climatério (28). 166
O controle da glicemia, juntamente com outros parâmetros metabólicos, representa um importante 167
fator de redução da morbidade associada ao diabetes. A redução da glicemia diminui os riscos micro e 168
macrovasculares no diabetes, bem como reduz em 33% o risco para doença renovascular, entre outras 169
comorbidades (26). Dentre outras complicações, o risco de doença renal crônica aumenta se as concentrações 170
plasmáticas de glicose são persistentes, mesmo que moderadamente elevadas (29). 171
O perfil renal (Figura 2) desse grupo de mulheres apresentou modificações, sendo que o nível de ureia 172
sérica (H) na pós-menopausa mostrou-se elevada em comparação às pré-menopausa (P=0,003). A taxa de 173
filtração glomerular estimada (J) apresentou-se diminuída nas pacientes pós-menopáusicas (P<0,0001). Os 174
níveis de creatinina (G) e ácido úrico (I) não demonstraram alterações (P>0,05). A creatinina e ureia são os 175
marcadores endógenos mais extensamente usados e estudados para a avaliação clínica da Filtração Glomerular 176
(FG), mas sofrem a influência de uma série de fatores na sua produção, como a massa muscular e ingestão de 177
proteínas (30). 178
A creatinina é um produto residual da creatina, e sua conversão acontece no tecido muscular. A 179
creatinina é filtrada livremente no glomérulo e, ao contrário da ureia, esta é ativamente secretada em uma 180
pequena parcela, mas a quantidade secretada não é constante e depende do indivíduo e da concentração 181
plasmática desse componente (14). Essa substância é considerada pouco sensível, pois apenas detecta quedas 182
na FG superiores a 50% e, além disso, não identifica alterações rápidas na função renal (30). 183
A ureia é o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas pelo organismo, 184
sendo 90% excretada pelos rins e correspondendo a aproximadamente 75% do nitrogênio não-proteico 185
excretado (14). A ureia é um marcador mais sensível que a creatinina e o ácido úrico, pois é um produto mais 186
tóxico e solúvel em água, sendo o primeiro a sofrer elevações em função da redução na filtração glomerular. 187
O ácido úrico é o produto final do metabolismo da purina em seres humanos, e cerca de 70% dele é 188
eliminado pelos rins. O estrogênio é conhecido por promover a excreção desse analito, de modo a reduzir a 189
prevalência de hiperuricemia em mulheres no período climatérico (31). Nesse estudo não foi observada uma 190
elevação desse elemento, assim como a creatinina, sendo necessária uma maior perda da função renal para que 191
tais elementos sejam detectados. 192
A diminuição da filtração glomerular vai influenciar todo metabolismo, pois além do acúmulo de ureia 193
na circulação sanguínea, essas mulheres irão acumular outras substâncias tóxicas a longo prazo, prejudicando 194
cada vez mais sua saúde. Cada vez mais aumenta o número de casos de doença renal crônica, principalmente 195
na presença de DM2, provocando o desenvolvimento de nefropatia diabética, outra doença relacionada a esses 196
aspectos. O estado estabelecido de sobrepeso, hiperglicemia e disfunção renal, colabora para diversas outras 197
enfermidades, como por exemplo, doenças cardiovasculares. 198
O avanço da idade associado à menopausa é capaz de reduzir a filtração glomerular, interferindo na 199
capacidade renal de eliminar substâncias, como evidenciado pela redução da filtração glomerular nessas 200
mulheres, e consequente aumento da concentração plasmática de ureia nas pós-menopáusicas. Esse declínio 201
das funções renais predispõe o risco de agravo de outras comorbidades, sabe-se que mulheres na pós-202
menopausa têm alto risco de desenvolver DCV. Um estudo mostrou que a TFG estimada reduzida, de leve a 203
moderada, é um fator de risco independente para aterosclerose subclínica em pacientes pós-menopáusicas (32). 204
Uma pesquisa demonstrou que há redução da FG em idosos, independente do sexo (33). Assim, 205
evidenciamos que a menopausa tem influência sobre a capacidade de filtração glomerular renal, prejudicando 206
ainda mais o metabolismo dessas pacientes, acumulando metabólitos tóxicos ao organismo, como a ureia. Uma 207
vez prejudicado, o sistema renal perde seu controle homeostático, desregulando o meio interno e 208
desfavorecendo o equilíbrio do metabolismo. 209
CONSIDERAÇÕES FINAIS 210
10 Nesse estudo as mulheres com DM2 apresentaram risco elevado de sobrepeso e metabolismo 211
glicêmico prejudicado, demonstrados através da mensuração do IMC e dos níveis de glicemia de jejum. 212
Associada ao diabetes, a pós-menopausa também induz alterações no perfil glicêmico, evidenciado pelo 213
aumento das concentrações de hemoglobina glicada. Esses achados confirmam que mulheres diabéticas na 214
pós-menopausa possuem maiores chances de desenvolver obesidade, acarretando à hiperglicemia, e piorando 215
o estado metabólico do organismo. 216
Essa condição também é capaz de provocar mudanças prejudiciais no sistema renal, sendo que essas 217
pacientes apresentaram elevação dos níveis de ureia na circulação e diminuição da taxa de filtração glomerular 218
estimada, agravando cada vez mais o quadro clínico dessas mulheres. Assim, confirma-se os efeitos 219
prejudiciais causados pelo DM2 e o período menopausal sobre a função dos rins, ocasionando lesões em suas 220
células e contribuindo para o declínio da capacidade renal em eliminar substâncias tóxicas do organismo . 221
11 Sem DM2 Com DM2 p Média DP Média DP Idade (anos) 59 14 59 11 >0,050 Peso (Kg) 72,6 13,7 79,1 14,6 0,0769 Altura (m) 1,6 0,1 1,6 0,1 0,9728 IMC (Kg/m2) 29,7 4,2 32,4 6,1 0,0464* CQ (cm) 106,1 8,6 107,1 11,0 0,7027 CC (cm) 98,0 11,0 103,2 12,2 0,0886 CA (cm) 99,5 10,6 103,2 12,1 0,2006
Tabela 1: Medidas antropométricas das mulheres sem e com DM2. Dados expressos em Média±DP, com nível significativo de P≤0,05. *Grupo com DM2 diferente do grupo sem DM2 em relação a medida de IMC.
Figura 1: Mulheres nas fases de pré e pós-menopausa, com e sem DM2, sendo em A glicemia de jejum (fator de coluna P<0,0001) e em B hemoglobina glicada (fator de coluna P<0,0001, fator de linha P=0,002). ANOVA de duas vias, com nível significativo de P≤0,05. *Grupo com DM2 diferente do grupo sem DM2. #Grupo pós-menopausa diferente do grupo pré-pós-menopausa.
Figura 2: Perfil renal em mulheres nas fases de pré e pós-menopausa, com e sem DM2, sendo em C a creatinina (P>0,05), em D a ureia (fator de linha P=0,003), em E o ácido úrico (P>0,05) e em F a TFG (fator de coluna e de linha P<0,0001). ANOVA de duas vias, com nível significativo de P≤0,05. *Grupo com DM2 diferente do grupo sem DM2. #Grupo pós-menopausa diferente do grupo pré-menopausa.
12
Agradecimentos
Gostaria de agradecer primeiramente aos meus pais, pelo apoio durante estes seis anos de
graduação, principalmente à minha mãe que é minha fortaleza, agradeço também ao meu namorado
Cristiano pelo apoio e carinho em todos os momentos, da mesma forma à minha querida amiga
Jaqueline, pela amizade e apoio, me acompanhando durante todo curso Agradeço ao meu orientador
Dr. Matias Nunes Frizzo, pela dedicação e os inúmeros ensinamentos, agradeço ao Programa
Universidade para Todos (PROUNI) pela bolsa de estudos, ao Grupo de Pesquisa em Fisiologia
(GPeF) e aos demais colegas e amigos pelo apoio e ajuda durante esta jornada.
13 BOLSAS DE AUXÍLIO À PESQUISA
Agradeço à FAPERGS e ao CNPq pela concessão da bolsa de iniciação científica, que possibilitou a realização dessa pesquisa.
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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9. DIRETRIZES SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Epidemiologia e impacto global do diabetes mellitus. Editora Clannad. 2017-2018. p. 12.
10. INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION. IDF Atlas. 7th ed. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation; 2015.
11. PETERMANN, X. B. et al. Epidemiologia e cuidado à diabetes mellitus praticado na Atenção Primária à Saúde: uma revisão narrativa. Revista Saúde, Santa Maria, v. 41, n. 1, 2015. p. 49-56.
12. HERRERA, Bruno S, et al. Impact of Resolvin E1 on Murine Neutrophil Phagocytosis in Type 2 Diabetes. Infection and Immunity, February, Volume 83. 2015. Number 2.
13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Diabetes mellitus. Disponível em <https://sbn.org.br/publico/doencas-comuns/diabetes-mellitus/>. Acessado em: 24 de junho de 2017. 14. SODRÉ, F. L., et al. Avaliação da função e da lesão renal: um desafio laboratorial. J. Bras. Patol.
Med. Lab. v. 43, n. 5, outubro 2007. p. 329-337.
15. BASTOS, M.G.; BREGMAN, R.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Revista da Associação Médica Brasileira, v.56, n.2, 2010. p. 248-253. 16. BURMEISTER, J. E.; MOSMANN, C. B.; BAU, R.; ROSITO, G. A. Prevalência de diabetes mellitus em pacientes renais crônicos sob hemodiálise em Porto Alegre, Brasil. J. Bras. Nefrol. 2012. 34(2):117-121.
17. MINISTÉRIO DA SAÚDE - BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Ministério da Saúde, 2011. 76 p.: il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde).
18. WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a World Health Organization Consultation. Geneva: World Health Organization, WHO Obesity Technical Report Series, n. 284, p. 256. 2000.
19. VIEBIG, R.F.; NACIF, M.A.L. Nutrição aplicada à atividade física. In: Silva SMCS, Mura JDP. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Roca. p.215-133. 2007.
20. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. et al. Atualização sobre hemoglobina glicada (a1c) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo, agosto de 2017.
15 21. ESCOBAR, F. A. Relação entre Obesidade e Diabete Mellitus Tipo II em Adultos. Cadernos
UniFOA. Edição nº 11, dezembro/2009.
22. TADIC, M., et al. Cardiovascular Implications of Diabetes, Metabolic Syndrome, Thyroid Disease, and Cardio-Oncology in Women. Sex-Specific Analysis of Cardiovascular Function. Springer International Publishing. 2018. p. 471-488.
23. ORSATTI, F. L. et al. Indicadores antropométricos e as doenças crônicas não transmissíveis em mulheres na pós-menopausa da região Sudeste do Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008; 30(4):182-9.
24. LERARIO, D. D. G. et al. Excesso de peso e gordura abdominal para a síndrome metabólica em nipo-brasileiros. Rev Saúde Pública 2002;36(1):4-11.
25. MAZZINI, M. C. R. et al. Rastreamento do risco de desenvolvimento de diabetes mellitus em pais de estudantes de uma escola privada na cidade de Jundiaí, São Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2013;59(2):136–142.
26. FREITAS, A. K. M. S. O. Terapêutica com tibolona em mulheres diabéticas na pós-menopausa: parâmetros clínicos e laboratoriais de segurança. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2002.
27. BRUINSMA, F. et al. Valores de glicemia em mulheres pós-menopausa segundo a reposição hormonal. Revista Contexto & Saúde, Ijuí. v. 10. n. 20. Jan./Jun. 2011.
28. RASKIN, D. B. F. et al. Perfil antropométrico, estado menopausal e alterações metabólicas associadas à doença cardiovascular. Rev. Ciênc. Med. Campinas, 12(3):215-226, jul./set., 2003.
29. KASICHAYANULA, S., et al. The influence of kidney function on dapagliflozin exposure, metabolism and pharmacodynamics in healthy subjects and in patients with type 2 diabetes mellitus. Br J Clin Pharmacol. 2012. 76:3 / 432–444.
30. PRATES, A. B., AMARAL, F. B., VACARO, M. Z., GROSS, J. L. SILVEIRO, S. P. Avaliação da Filtração Glomerular Através da Medida da Cistatina C Sérica. J Bras Nefrol Volume XXIX - nº 1 - Março de 2007.
31. FOUAD, M.; FATHY, H.; ZIDAN, A. Ácido úrico sérico e sua associação com hipertensão, nefropatia precoce e doença renal crônica em pacientes diabéticos tipo 2. J. Bras. Nefrol. 38(4):403-410, 2016. 32. PARV, F., et al. Association of Mild-to-Moderate Reduction in Glomerular Filtration Rate with
Subclinical Atherosclerosis in Postmenopausal Women. Journal of Women’s Health. Volume 00, Number 00, 2017.
33. DUTRA, M. C., et al., Avaliação da função renal em idosos: um estudo de base populacional. J Bras Nefrol 2014;36(3):297-303.
16 ANEXO I
Instruções para autores
Os manuscritos devem ser submetidos exclusivamente ao AE & M e não devem ter sido publicados ou estar sob consideração para publicação em qualquer forma substancial, em outro periódico - profissional ou leigo. Os manuscritos devem ser submetidos em inglês.
Artigos Originais
O Artigo Original é um relatório científico dos resultados da pesquisa original que não foi publicada ou submetida para publicação em outro lugar (impresso ou eletronicamente). Representa um corpo substancial de trabalho laboratorial ou clínico. Em geral, os Artigos Originais não devem exceder 3.600 palavras no texto principal, incluir mais de seis figuras e tabelas, ou mais de 35 referências.
Formato Geral
O Journal exige que todos os manuscritos sejam submetidos em um formato de coluna única que siga estas diretrizes:
• O manuscrito deve ser submetido no formato MS-Word.
• Todo o texto deve ter espaço duplo com margens de 2 cm em ambos os lados, usando fonte Times Roman ou Arial tipo 11 pontos.
• Todas as linhas devem ser numeradas ao longo de todo o manuscrito e todo o documento deve ser paginado. • Todas as tabelas e figuras devem ser colocadas após o texto e devem ser rotuladas.
Os trabalhos enviados devem ser completos, incluindo a página de título, resumo, figuras e tabelas. Artigos enviados sem todos esses componentes serão colocados em espera até que o manuscrito esteja completo.
Todas as submissões devem incluir:
• Uma carta de apresentação solicitando a avaliação do manuscrito para publicação em AE & M, e qualquer informação relevante ao manuscrito. Em outro lugar no formulário de inscrição, os autores podem sugerir até três revisores específicos e / ou solicitar a exclusão de até três outros.
O manuscrito deve ser apresentado na seguinte ordem: 1. Página de título.
2. Resumo Estruturado (ou resumo para relatos de casos). 3. Texto principal.
4. Tabelas e Figuras. Eles devem ser citados no texto principal em ordem numérica. 5. Agradecimentos
6. Declaração de financiamento, interesses conflitantes e quaisquer subsídios ou bolsas de estudo que apóiem a redação do artigo.
7. Lista de referências. Folha de rosto
A página de título deve conter as seguintes informações:
17 2. Nomes completos, departamentos, instituições, cidade e país de todos os co-autores.
3. Nome completo, endereço postal, e-mail, números de telefone e fax do autor correspondente. 4. Título abreviado de, no máximo, 40 caracteres para cabeçalhos de página.
5. Até cinco palavras-chave ou frases adequadas para uso em um índice (recomenda-se o uso de termos MeSH). 6. Contagem de palavras - excluindo página de título, resumo, referências, figuras / tabelas e suas legendas. 7. tipo de artigo
Resumos Estruturados
Todos os Artigos Originais, Relatórios Resumidos, Revisões, Relatos de Casos devem ser submetidos com resumos estruturados de no máximo 250 palavras. O resumo deve ser auto-suficiente e claro, sem referência ao texto, e deve ser escrito para leitores em geral. O formato abstrato deve incluir quatro seções que refletem os títulos das seções no texto principal. Todas as informações relatadas no resumo devem aparecer no manuscrito. Por favor, use frases completas para todas as seções do resumo.
Introdução
O artigo deve começar com uma breve declaração introdutória que coloque o estudo em perspectiva histórica e explique seu objetivo e significado.
Materiais e métodos
Estes devem ser descritos e referenciados em detalhes suficientes para que outros pesquisadores possam repetir o estudo. A fonte de hormônios, produtos químicos e reagentes incomuns e peças especiais do aparelho devem ser declaradas. Para métodos modificados, apenas as modificações precisam ser descritas. Resultados e discussão
A seção Resultados deve apresentar brevemente os dados experimentais em texto, tabelas e / ou figuras. Para detalhes sobre a preparação de tabelas e figuras, veja abaixo.
A discussão deve enfocar a interpretação e a significância dos resultados, com comentários objetivos concisos que descrevem sua relação com outros estudos nessa área. A discussão não deve reiterar os resultados. Autoria
A AE & M atribui as diretrizes de autoria e contribuição definida pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (www.ICMJE.org). Autoria conjunta irrestrita é permitida. Um máximo de dois autores correspondentes é permitido.
Os requisitos uniformes para manuscritos submetidos a revistas médicas afirmam que o crédito de autoria deve ser baseado apenas em contribuição substancial para:
1. A concepção e design, ou análise e interpretação de dados.
2. A redação do artigo ou sua revisão crítica para conteúdo intelectual importante. 3. A aprovação final da versão a ser publicada.
Todas essas condições devem ser atendidas. O autor correspondente é responsável por garantir que todos os colaboradores apropriados sejam listados como autores e que todos os autores tenham concordado com o conteúdo do manuscrito e sua submissão ao AE & M.
18 Uma declaração de conflito de interesse para todos os autores deve ser incluída no documento principal, seguindo o texto, na seção Agradecimentos. Se os autores não tiverem conflitos de interesse relevantes para divulgar, isso deve ser indicado na seção Agradecimentos.
Agradecimentos
A seção Agradecimentos deve incluir os nomes das pessoas que contribuíram para um estudo, mas não atenderam aos requisitos de autoria. O autor correspondente é responsável por informar cada pessoa listada na seção de reconhecimento de que foi incluída e fornecer uma descrição de sua contribuição para que ela conheça a atividade pela qual é considerada responsável. Cada pessoa listada nos agradecimentos deve dar permissão - por escrito, se possível - para o uso de seu nome. É de responsabilidade do autor correspondente fornece essas informações.
Referências
As referências à literatura devem ser citadas em ordem numérica (entre parênteses) no texto e listadas na mesma ordem numérica no final do manuscrito, em página ou páginas separadas. O autor é responsável pela precisão das referências. O número de referências citadas é limitado para cada categoria de submissão, conforme indicado acima.
Tabelas
As tabelas devem ser enviadas no mesmo formato do artigo (Word) e não em outro formato. Por favor note: não podemos aceitar tabelas como arquivos Excel dentro do manuscrito. As tabelas devem ser auto-explicativas e os dados que contêm não devem ser duplicados no texto ou nas figuras. As tabelas devem ser construídas da forma mais simples possível e ser inteligíveis sem referência ao texto. Cada tabela deve ter um cabeçalho conciso. Uma descrição das condições experimentais pode aparecer junto com notas de rodapé ao pé da mesa. Tabelas não devem simplesmente duplicar o texto ou figuras.
Figuras e Legendas
Todas as figuras devem exibir o número da figura. Dimensionando a figura: o autor é responsável por fornecer arte digital que tenha sido dimensionada corretamente, recortada e tenha espaço adequado entre as imagens. Todas as figuras coloridas serão reproduzidas em cores na edição on-line da revista, sem nenhum custo para os autores. Solicita-se aos autores que paguem o custo de reproduzir os números coloridos impressos (a editora fornecerá cotações de preços após a aceitação do manuscrito).
Abreviações Padrão
Todas as abreviaturas devem ser imediatamente definidas após serem usadas pela primeira vez no texto.
Assuntos Experimentais
Para ser considerado para publicação, todas as investigações clínicas descritas nos manuscritos submetidos devem ter sido conduzidas de acordo com as diretrizes da Declaração de Helsinque, e devem ter sido formalmente aprovadas pelos comitês de revisão institucional apropriados ou seus equivalentes.
As populações do estudo devem ser descritas em detalhes. Os assuntos devem ser identificados apenas por número ou letra, não por iniciais ou nomes. Fotografias de rostos de pacientes devem ser incluídas somente se cientificamente relevantes. Os autores devem obter o consentimento por escrito do paciente para o uso de tais fotografias. Para mais detalhes, consulte as Diretrizes Éticas.
Os investigadores devem divulgar potenciais conflitos de interesse aos participantes do estudo e devem indicar no manuscrito que o fizeram.