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Desenvolvimento de uma proposta de veículo elétrico para locomoção de cadeirantes em estabelecimentos comerciais

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Academic year: 2021

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MOHAMAD NASSER HAMOUI

DESENVOLVIMENTO DE UMA PROPOSTA DE VEÍCULO ELÉTRICO PARA LOCOMOÇÃO DE CADEIRANTES EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

Ijuí 2014

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DESENVOLVIMENTO DE UMA PROPOSTA DE VEÍCULO ELÉTRICO PARA LOCOMOÇÃO DE CADEIRANTES EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Design de Produto da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, como requisito final à obtenção do título de Bacharel em Design de Produto (Designer).

Orientador: José Paulo de Medeiros Ijuí

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RESUMO

O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de uma proposta de veículo para cadeirantes utilizarem principalmente em Super Mercados. Nesta monografia foram abordados temas como a ergonomia e o Design Universal, que buscam definir medidas e normas permitem que um produto ou ambiente seja utilizado pelo maior número de pessoas. A partir dos dados apresentados das análises executadas se percebeu que para a execução das compras neste estabelecimento comercial um cadeirante necessitaria ajuda para empurrar sua cadeira de rodas ou o carrinho do supermercado, além de ajuda para pegar os produtos da gôndola que se encontra em uma posição elevada.

Portanto, o objetivo deste projeto é atender esta necessidade, com o desenvolvimento de uma proposta de veículo compacto, ao qual possuirá uma plataforma em que o cadeirante subirá em cima, com sua cadeira de rodas, sendo auxiliado por um motor elétrico (para sua locomoção), cesta acoplada ao veículo (colocação das compras) e um sistema que permitirá a elevação da base da plataforma, (permite que o cadeirante alcance os produtos da gôndola), tudo isso de forma autônoma.

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ABSTRACT

This paper presents the development of a proposal for a wheelchair vehicle for use primarily in Super Markets. This monograph form addressed topics such as ergonomics and universal design, which seek to define measures and standards that allow a product or environment to be used by more people. Therefore, from the data presented the performed analyzes are realized for the implementation of this shop premises in a wheelchair would need help to push your wheelchair or cart at the supermarket, as well as help to catch the gondola products which are an elevated position of the gondola.

Therefore, the aim of this project is to meet this need with the development of a proposal for a compact vehicle, which will have a platform on which the wheelchair will rise up with his wheelchair, being assisted by an electric motor (for locomotion ), coupled to the vehicle (place of purchase) and a system that will allow the base elevation of the platform (wheelchair allows the products reach the gondola), all autonomously basket.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Alcance Frontal do Cadeirante: ... 16

Figura 2: Alcance Lateral do Cadeirante: ... 17

Figura 3: Passagem individual e com dois cadeirantes no mesmo corredor. ... 19

Figura 4: Espaço em diâmetro para o giro da cadeira de rodas: ... 19

Figura 5: Espaço do corredor para manobras da cadeira em 180 ou “T” e dimensões de banheiro públicas inclusivos: ... 20

Figura 6: Dimensões do corredor, para um giro de 90° de uma cadeira de rodas: ... 21

Figura 7: Rampas para pessoas com necessidades especiais 1: ... 21

Figura 8: Rampas para pessoas com necessidades especiais 2: ... 22

Figura 9: Corrimões para rampas com paredes laterais ... 22

Figura 10: Dimensões dos corrimãos: ... 23

Figura 11: Representação em vaso grego do primeiro meio de locomoção para pessoas que não podiam se caminhar. ... 29

Figura 12: Fonte da Juventude. Carrinho de mão para transporte de doentes e deficientes.. ... 29

Figura 13: Rei Filipe II. ... 30

Figura 14: Cadeira de Stephan Farfler. ... 31

Figura 15: Cadeira de rodas de vime indiano.. ... 32

Figura 16: Modelo dobrável.. ... 33

Figura 17: Cadeira de rodas motorizada. ... 33

Figura 18: Kenguru, carro elétrico para cadeirante. ... 34

Figura 19: Triciclo criado a partir de uma scooter Honda. ... 36

Figura 20: Prancha Solution. ... 36

Figura 21: Quadricíclo elétrica victory 10. ... 37

Figura 22: Corredor de super mercado. ... 43

Figura 23: Corredor 2 do Supermercado... 44

Figura 24: Alternativa 1. Representação em 3d. ... 48

Figura 25: Alternativa 3. Representação em 3d. ... 49

Figura 26: Detalhes similares das alternativas geradas. ... 50

Figura 27:Alternativa 3.Render 3d. ... 51

Figura 28: Mesa elevadora, com sistema de elevação eletro hidráulico. ... 53

Figura 29: Desenho ilustrativo frontal. ... 54

Figura 30: Desenho ilustrativo lateral. ... 54

Figura 31: Desenho Ilustrativo em perspectiva frontal, com rampa compactada. ... 54

Figura 32: Desenho ilustrativo, em vista perspectiva traseira. ... 55

Figura 33 e 34: Desenho ilustrativo da cesta. ... 55

Figura 34: Imagens da confecção do modelo do veículo. ... 56

Figura 35: Mocape, vista em perspectiva frontal. ... 56

Figura 36: Mocape, vista em perspectiva traseira. ... 56

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dimensões das cadeiras de rodas: ... 15

Tabela 2: Análise estrutural e funcional. ... 39

Tabela 3: Análise Morfológica ... 40

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SUMÁRIO CAPÍTULO 1 ... 9 1.1 Contextualização ... 9 1.2 Objetivos ... 10 1.2.1 Objetivo geral... 10 1.2.2 Objetivos específicos ... 10 1.3 Justificativa ... 10 1.4 Delimitação ... 11 1.5 Estruturação ... 11

CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO ... 13

2.1 Design ... 13

2.2 Ergonomia ... 14

2.2.2 DESENHO UNIVERSAL ... 23

2.3 Desenho Universal e a Habitação de Interesse Social ... 25

2.3.1 Plano nacional de mobilidade urbana ... 28

2.4 DEFINIÇÕES DO PRODUTO ... 28

2.4.1 Análise Diacrônica ... 29

2.4.2 Análise Sincrônica ... 36

2.4.3 Analise Estrutural, Funcional e Morfológica ... 39

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA ... 41

3.1 Tipo, caráter e ferramentas ... 40

3.4 Metodologia do Projeto ... 41

CAPÍTULO 4 - RESULTADOS ... 43

4.1 Análises dos Resultados da Pesquisa de Campo ... 43

4.2 Questionário com os Cadeirantes ... 45

4.3 Lista de Requisitos ... 47

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4.4.1 Alternativa Escolhida ... 51 4.5 Desenho Técnico ... 52 4.6 Memorial Descritivo ... 52 4.7 Modelo ... 55 Capítulo 5 - Conclusão ... 59 Referências Bibliográficas ... .60 Referências...63 Apêndice 1: Questionário...65

Apêndice 2: Prancha 1.Veículo com as vistas...66

Apêndice 3: Prancha 2 Parte Interna do veículo...67

Apêndice 4: Prancha 3 Parte Externa do veículo ... .68

Apêndice 5: Prancha 4 Cesta e proteção das rodas ... .69

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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

Tendo como referência a (OMS), Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população de qualquer país é portadora de algum tipo de deficiência física, mental ou sensorial. Segundo o Censo Demográfico (2000) no Brasil possui aproximadamente 24,5 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, já no Rio Grande do Sul são 1.442.325 pessoas são deficientes aos quais destas 20% possuem deficiência física (Viebe, 2008).

Segundo Dallasta (2005) o problema da deficiência é antigo acompanhando a humanidade durante sua evolução. Por isso, deria-se buscar adequar os ambientes para que essas pessoas possam ser incluídas na sociedade. O Brasil passou a realizar esse processo de eliminar as barreiras arquitetônicas ao promulgar duas leis (Nº 10.048 e Nº 10.098). Para regulamentar essa lei, realizou o Decreto n°5296, de dezembro de 2004, ao quais todos os edifícios públicos tinham o prazo de trinta meses para se adequar a Norma Brasileira de Acessibilidade (ABNT NBR 9050/2004) torna-se obrigatória o comprimento de seus critérios técnicos.

De acordo com Dischinger et al (2005), quando se trata de pessoas com algum tipo de deficiência, estas barreiras se agravam, afetando suas condições de acesso aos lugares, a obtenção de informações e o próprio desempenho de atividades.

Em 1985, o arquiteto Ron Mace criou o conceito de Design Universal, que busca transformar o ambiente acessível para todas as pessoas, tanto aq uelas com ou sem algum tipo de deficiência. O uso deste ambiente ou produto deve fazer com que os usuários passam despercebidos, se possuem ou não deficiência, segundo BERNARD; KOWALTOWSKI, 2005. Para isso, são utilizados sete princípios: Uso eqüitativo, flexível, simples e intuitivo, informação percebível, tolerância ao erro, mínimo esforço físico, espaços e dimensões adequadas para aproximação e uso.

Portanto, a partir desta necessidade de inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais e tomando como referência os princípios do Design Universal, este trabalho tem por objetivo o estudo e desenvolvimento de uma

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proposta de veículo elétrico para a locomoção de cadeirantes em supermercados e estabelecimentos comerciais, proporcionando a sua autonomia.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Desenvolver uma proposta de veículo elétrico para a locomoção de cadeirantes em supermercados e estabelecimentos comerciais.

1.2.2 Objetivos específicos

- Realizar uma pesquisa de campo com os usuários de cadeira de roda, visando levantar as suas necessidades.

- Estudar os produtos concorrentes, verificando oportunidades de melhoria.

- Pesquisar as tecnologias e os mecanismos disponíveis atualmente para a locomoção do veículo e movimentação da base (variação de altura).

- Aplicar a ergonomia e o Plano Nacional de Mobilidade Urbana.

1.3 Justificativa

Este projeto tem por objetivo desenvolver uma proposta de produto que venha facilitar a acessibilidade de cadeirantes. A acessibilidade torna-se necessário para aplicar no produto, por esta ser um conjunto de características de como o ambiente, produto ou serviço deve dispor, para seja utilizado com conforto, segurança e autonomia, por crianças, adultos, idosos não dependendo de habilidades ou limitações (Baptista 2003).

A Organização das Nações Unidas iniciou a luta pela acessibilidade em 1980 com a apresentação da resolução n.° 31/123, ao qual tornou 1981 o Ano Internacional da Pessoa com Deficiência. Este propôs o assistencialismo, inserção

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destas pessoas em igualdade na sociedade, oferecendo equiparação de oportunidades (BRADDOCK; PARISH, 2000, p. 85).

São vários os significados de acessibilidade, que variam conforme o tempo e de um para outro autor, mas que buscam de forma segura, confortável e autônoma a inclusão, participação e pleno acesso aos mais variados lugares e atividades para todas as pessoas na sociedade, independente de suas limitações, conforme Ely2004,p.19).

Como abordado no conceito de acessibilidade acima, será esse o propósito do produto, permitir que cadeirantes possam de forma autônoma, segura e confortável, realizar as compras em estabelecimentos comerciais.

1.4 Delimitação

O projeto proposto terá como público alvo os cadeirantes, sendo que esse veículo poderá ser utilizado em calçadas, mas principalmente em supermercados e lojas. Com este meio de locomoção os usuários que podem ser deficientes físicos (cadeirantes) ou pessoas que não possuem deficiência (utilizando na posição em pé), irão solucionar principalmente o problema dos cadeirantes na utilização de estabelecimentos comerciais, o ajudando na sua locomoção, acomodação das compras e auxílio para alcançar todos os produtos da gôndola (elevação da base). O projeto foi proposto para a cidade de Santa Rosa(RS), através de pesquisas com cadeirantes de faixa etária variada e de ambos os sexos.

1.5 Estruturação

Esta monografia foi dividida em cinco capítulos que irão abordar as etapas de pesquisa até a criação de um modelo que representará o conceito da projeto. São estas:

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Capítulo 1- Nesse capítulo foram executadas as etapas de definição do tema, contextualização, objetivos, justificativas, delimitações e como este será estruturado a monografia.

Capítulo 2 – Referencial teórico: Nessa etapa foram realizados os referenciais teóricos necessários para a realização desta proposta, se utilizando de pesquisas bibliográficas que contemplam o tema proposto. Entre estes estão: Design universal, ergonomia, tecnologias de locomoção.

Capítulo 3 – Metodologia

Nessa etapa foi apresentado o tipo de pesquisa realizado, qual a metodologia utilizada para a realização do projeto, além das técnicas e ferramentas utilizadas para a realização da coleta de dados, juntamente com as demais etapas desta monografia.

Capítulo 4 – Resultados

Nessa etapa, serão definidas as escolhas dos mecanismos e proposta do veículo, a partir das pesquisas do segundo capítulo, gerar alternativas do modelo, realizar renders 3d e o modelo deste projeto.

Capítulo 5 – Conclusão

Nessa etapa será relatado se foram atingidas as expectativas do projeto, em relação a proposta final do veículo. O que poderia ser melhorado para uma possível confecção do modelo e para os demais trabalhos que possam vir a ser executados.

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CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Design

O design, segundo Charlotte e Peter Fiel (Design Século XX, 2000), é o planejamento de todos os produtos, feitos pelo homem. O design trabalha com o projeto dos mais variados produtos, até a área gráfica. Este é realizado em conjunto com diversas áreas, entre elas o marketing, ao qual se busca criar algo que atenda as necessidades do cliente, solucionando seus problemas.

Além disso, se leva em conta a ergonomia (estudo da melhor adequação do objeto aos seres vivo, variando conforme suas dimensões, e permitindo que se possa utilizar o produto de forma prática, segura, confortável, sem fadiga ou esforços repetitivos), os materiais a serem utilizados (estudo dos objetivos com relação a este, o preço, status que pode proporcionar, qualidade, durabilidade, impacto ambiental), métodos de fabricação, estética do produto, realização de protótipos (produto com material e dimensões similares ao real, em que é utilizado como teste de durabilidade, usabilidade e com relação ao seu design), para enfim ser vendido.

Conforme João Gomes Filho( 2006) o design pode ser dividido em várias áreas entre elas o design do objeto(os designers projetam objetos confeccionados por indústrias ou de forma artesanal), design de equipamento urbano (os designers criam produtos confeccionados pelas indústrias e que se encontram em ambiente urbano), design de mobiliário(produtos industriais configurados por móveis e acessórios, que são utilizados em espaços e ambientes residenciais, comerciais, culturais), design automobilístico(projeta veículos que são produzidos de forma industrial representados por categorias, classes e tipos diferenciados).

Além destes ainda há o design de máquinas e equipamentos (trata-se da concepção de aparelhos, instrumentos e acessórios diversos que compõe outros produtos), design gráfico (trabalha em conjunto com a Comunicação Visual em trabalhos sobre papel: criação de pôster, imagens de empresa e publicidade), redesign(é a releitura do visual de um produto que já existe, com a finalidade de manter este atualizado) eco design(tem por finalidade a inclusão do projeto de

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confecção de produto conceitos ecológicos e sustentáveis. Entre eles os 3Rs: Reduzir, reutilizar e reciclar) e design universal(segundo os princípios desse deve se projetar os produtos e ambientes de forma a atender todas as pessoas, pelo maior tempo possível sem que haja adaptações).

2.2 Ergonomia

Conforme (Tilley, Alvin R. 2005) a ergonomia busca realizar o estudo das dimensões médias das pessoas, tendo como objetivo auxiliar no desenvolvimento de produtos que possuam uma boa relação com o usuário, inclusive os cadeirantes, permitindo ser utilizado com segurança, praticidade, de forma anatômica, evitando fadiga e lesões por movimentos repetidos em conjunto com isso, foram definidos alguns direitos para pessoas que possuam deficiência física, através da lei (ADA) Americans Disabilities Act em 1992 nos Estados Unidos da América,.

Esta permitiu que estas pessoas pudessem frequentar locais de trabalho, edificações de uso público, além de órgãos governamentais locais e estaduais. Os cadeirantes e pessoas com necessidades especiais devem receber igualdade em produtos e devem dispor de acomodações especiais em ambientes públicos, como por exemplo:

- Hospedagem: Pousadas, hotéis, motéis. - Alimentação: Restaurantes bares.

- Entretenimento: Teatros, cinemas, auditórios.

- Shopping Centers e empresas prestadoras de serviço. - Transporte público e terminais, portos.

- Museus e ambientes culturais. - Locais de recreação.

- Escolas privadas em todos os níveis de ensino, universidades e pós graduações.

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- Locais de recreação e realização de exercícios físicos.

Convém destacar que organizações como clubes, entidades religiosas e locais de culto privado, são isentas desta lei.

2.2.1 Dimensões das cadeiras-de-rodas e alcances dos cadeirantes

A tabela 1 mostra as dimensões padrões de uma cadeira de rodas, desde o comprimento, largura, até as medidas das partes que a compõem, ajudando na definição das medidas da proposta.

Tabela 1:Dimensões das cadeiras de rodas:

Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 41.

Alcance máximo e mínimo a partir da cadeira de rodas: As figuras 1 e 2 apresentam as dimensões de uma pessoa na cadeira de rodas, com as medidas de alcance máximo das mãos, na posição lateral e frontal (Tilley, Alvin R. 2005).

- Aproximação frontal(dedos do pé tocam na parede)(Figura.1) Altura Máxima(1219mm). Altura mínima(380mm)

- Alcance lateral, com uma distância máxima de 255 mm entre a cadeira e a parede:

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Altura máxima:1370mm. Altura mínima:230mm(380 são preferíveis).

- Alcance lateral máximo, sobre com 610mm de profundidade e altura máxima de 865mm; (Figura.2)

- Altura máxima: 1170mm.

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Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 43.

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Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 43

Espaços do piso para a circulação e movimentação dos cadeirantes de roda: Segundo Tilley, Alvin R. (2005), as informações abaixo, e a figura 4, mostram as informações sobre medidas de piso desobstruídas para aproximações laterais frontais, além das medidas dos corredores para a passagem de um até dois cadeirantes.

- Piso desobstruído mínimo: 760x 1219 mm.

- Piso desobstruído para a aproximação frontal com um nicho igual ou menor a 610 mm de profundidade: 760 x 1219mm.

- Piso desobstruído para aproximação frontal em um nicho maior de 610 mm de profundidade: 915 x 1220 mm.

- Piso desobstruído para a aproximação lateral em um nicho com 380 mm ou menos: 760 x 1220 mm.

- Piso desobstruído para a aproximação lateral com nicho que tenha dimensões superiores a 380 mm.

- Largura mínima para corredores: 915 mm. (Figura 3)

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Figura 3: Passagem individual e com dois cadeirantes no mesmo corredor. Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 47.

Na imagem a seguir (figura 6), é representado espaço necessário no corredor para que um cadeirante possa realizar o giro de 360°, ao qual é equivalente a 1525 mm.

Figura 4: Espaço em diâmetro para o giro da cadeira de rodas: Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 46.

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Na figura 5 são representadas as dimensões dos corredores para a realização do movimento da cadeira em giro de 180° ou em “T” que equivale a 915 mm(largura em cada corredor) e (em cada direção), 1525 mm de profundidade.

Figura 5: Espaço do corredor para manobras da cadeira em 180 ou “T” e dimensões de banheiro públicas inclusivos:

Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 47.

Na figura 6, estão representadas as dimensões das medidas dos corredores para que os cadeirantes possam realizar o giro de 90°.

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Figura 6: Dimensões do corredor, para um giro de 90° de uma cadeira de rodas: Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 46.

2.2.1.1 Diagramas de rampas para pessoas com necessidades especiais

Rebaixo do meio-fio devem possuir no mínimo uma largura de 915 mm. O nível de inclinação das rampas, é 5% (1:20), já as laterais recortadas precisam de uma inclinação máxima de 10%. Essa regra, se modifica um pouco, caso a inclinação da calçada for inferior a 1219 mm, inclinação lateral, nas partes laterais, será de no máximo (1:12) (8%). (Figuras 7 e 8).

Figura 7: Rampas para pessoas com necessidades especiais 1:

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Figura 8: Rampas para pessoas com necessidades especiais 2: Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 45.

Na figura 9, são representadas as dimensões de alguns tipos de corrimões. Degraus são permitidos, desde que sua altura máxima seja 6,5 mm, isso se o desnível ficar entre 6,5 e 13 mm. Mas de qualquer dimensão é preferível uma rampa com inclinação de 50%.

- A inclinação da rampa simples, pode variar entre 1:12 e 1:16, caso a distância vertical for de 9 m e a inclinação entre 1:16 e 1:20, se a distância vertical for de 12 m.

- A largura mínima que uma rampa deve ser de 915 mm. - Altura dos corrimões: 865-965 mm. (Figura. 9).

Figura 9: Corrimões para rampas com paredes laterais: Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 45.

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Na figura 10, são representadas as dimensões dos corrimões para rampas, em vista lateral, para que esteja adequado aos seus usuários.

- Amplie 305 mm em cada terminação paralela ao piso, caso os corrimãos não forem contínuos.

- Dimensões de corrimões: 35-38 mm de diâmetro. Deixar um espaço entre o corrimão e a parede de 38 mm, para evitar com que a mão escape do corrimão e fique presa. (Figura.11).

- Os corrimões devem ficar estáticos e em nenhuma hipótese, deve rodar.

Figura 10: Dimensões dos corrimãos:

Fonte: As medidas do homem e da mulher. Tilley, Alvin R. (2005), página 45.

Pisos Adequados a Usuários de Cadeiras-de-Rodas: Há um fácil deslocamento das cadeiras de rodas, sobre superfícies duras, estáveis e regulares, já do contrário, em pisos argilosos, molhados e irregulares, esta fica com muita dificuldade de movimentação.

2.2.2 DESENHO UNIVERSAL

O termo Design Universal teve surgimento em 1985, criado pelo arquiteto Ron Mace (DISCHINGER et al., 2004) ao qual acreditava que os ambientes e produtos

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deveria servir a todas as pessoas independente de suas limitações (BERNARD; KOWALTOWSKI, 2005).

Nos Estados Unidos, há o Centro de Design Universal (CENTER FOR UNIVERSAL DESIGN, 2000), pertencente a Universidade do Estado da Carolina do Norte, e este diferencia os demais conceitos de acessibilidades como design Universal, por este não possuir barreiras, equipamentos ou espaços especiais, aos quais são mais caros e estigmatizam as pessoas.

Segundo o CUD(2000), o Desenho Universal busca respeitar, valorizar e tem por objetivo abranger a maior quantidade possível de pessoas no desenho de todos os produtos, ambientes e sistemas de informação.

Além disso, segundo Dischinger et al (2001a, p.24) “[...] bons exemplos de Desenho Universal atendem todos os usuários e usualmente passam despercebidos, pois somente podem ser identificados”.

O Centro de Design Universal criou princípios básicos para a aplicação do Desenho Universal, são eles: uso eqüitativo, uso flexível, uso simples e tolerância ao erro, baixo esforço físico, dimensão e espaço para aproximação e uso.

- 1. Uso eqüitativo: O projeto deve ter sua utilidade e acessibilidade equivalente para todas as pessoas, garantindo a segurança, privacidade e sendo atrativo.

- 2. Uso flexível: O projeto deve estar adequados as diferentes preferências e habilidades individuais dos usuários(destros e canhotos), ser adaptável ao ambiente ao qual se utilizará, facilitar a precisão e exatidão;

- 3. Uso simples e Intuitivo: O projeto deve possuir uma linguagem simples e de fácil entendimento dos usuários, com informações efetivas e pontuais na execução e após a tarefa.

- 4. Informação percebível: O projeto precisa mostrar as funções básicas para o seu uso, Independente das condições ambientais e capacidades sensorial dos usuários, ao empregar modalidades, verbais, táteis ou pictóricas para apresentar a informação básica; proporciona contraste adequado entre a informação e o fundo.

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- 5. Tolerância ao erro: O projeto deve possuir elementos de segurança que previnam os acidentes ou minimizam as conseqüências perigosas, desviando de ser realizadas ações involuntárias em tarefas que devem possuir vigilância.

- 6. Mínimo esforço físico: O desenho do projeto deve permitir que este seja utilizado de forma eficiente, provando o mínimo de fadiga e diminuindo os esforços repetitivos.

- 7. Espaços e dimensões adequadas para aproximação e uso:

O projeto deve possuir suas dimensões que venham a proporcionar espaço que garantam a utilização de qualquer pessoa independente do tamanho, postura, mobilidade. Com esses princípios, se mostra que é importante tornar confortável alcançar todos os componentes (sentado ou em pé), permitir que mãos de diferentes tamanhos possam ser acomodadas e tenham permitam boa empunhadura e por último implantar espaços adequados para que se apliquem as tecnologias assistiva.

Conforme BERSCH (2008), a Tecnologia Assistiva é um conjunto de recursos e serviços que promovem a inclusão das pessoas com necessidade especiais. Isto ocorre quando se proporciona ou amplia as habilidades de comunicação, mobilidade, aprendizado e trabalho promovendo a inclusão e autonomia destas pessoas.

2.3 Desenho Universal e a Habitação de Interesse Social

Segundo Tilley, Alvin R. (2005) no Brasil, há uma ausência na utilização do Desenho Universal nas propostas das habitações, devido ser mais aplicado a acessibilidade em ambientes públicos. Isso vai contra o Desenho Universal, pois este diz que devem ser projetadas habitações que poderão ser utilizadas por todas as pessoas e em qualquer etapa da vida, aliando o conforto, integração e segurança.

Conforme Story et all (1988), o perfil das pessoas vem se alterando, graças aos avanços da medicina, que permite com que pessoas vítimas de acidentes sobrevivam e possam viver mais tempo, gerando assim uma maior quantidade de

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idosos e deficientes físicos. O Desenho Universal ganhou mais força nos Estados Unidos, quando essas pessoas passaram a se mobilizar em grupos e exigir seus direitos, gerando a Architectural Barrier Act(ABA).

Conforme o portal de acessibilidade do governo dos Estados Unidos da América1, a ABA, é uma lei criada em 1968, nos Estados Unidos, que exige de projetos de edifícios, construções que utilizam de recursos públicos acessibilidade em que exigia que todos os prédios projetados, construídos, reformados e alugados com recursos federais deveriam ser acessíveis, conforme padrões do Departamento de Defesa, Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, a Administração de Serviços Gerais, e do Serviço Postal dos Estados Unidos da América, que também ajudam na fiscalização dos projetos e construções públicos.

A deficiência, Conforme a Organização Mundial de Saúde – OMS, confirmado em Ubierna (1997), Tortosa (1997) e CORDE (2001), é a perda ou anormalidade de uma estrutura, função psicológica ou anatômica. Isso pode provocar incapacidades, ao qual o impedem de realizar atividades do cotidiano. As limitações de cada tipo de usuário devem ser compreendidas e eliminadas, sendo este o papel do Design Universal.

De acordo com a OMS, cerca de 10% da população mundial são de pessoas portadoras de deficiência, dos quais, 5% são de origem mental, 2% de física, 1.5% de auditiva, 1% múltipla e 0.5% de Visual (Ubierna, 1997). Já o IBGE, realizou um senso no ano de 2000, e apontou que existem no Brasil aproximadamente 24,5 milhões de pessoas portadoras de alguma deficiência permanente, cerca de 14,5% da população.

O Design Universal busca ajudar e integrar a todo, sendo ou não deficientes. Ubierna (1997) destaca a importância de tratar à acessibilidade de maneira universal. Destaca-se que o Design Universal ajuda pessoas que não são consideradas deficientes, mas ressalta a importância de se tratar à acessibilidade de forma universal tanto em edificações, transportes, sistemas de comunicação, edificações, urbanismo e informação, fazendo com que a Acessibilidade se torne Integral. Todos devem estar acessíveis, se um faltar, a cadeia se prejudica.

1

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2.3.1 Plano nacional de mobilidade urbana

O Plano Nacional de Mobilidade, sancionado pela Presidência da República do Brasil em 2012 através da lei nº 12.587, visa contribuir as diretrizes e adotar instrumentos que venham a melhorar a mobilidade das cidades urbanas, tanto para veículos, quanto para pedestres e pessoas com necessidades físicas especiais.

Este plano possui vários princípios que devem ser seguidos, entre eles: acessibilidade universal, desenvolvimento sustentável, igualdade no acesso ao transporte público coletivo, segurança no deslocamento, igualdade no uso de espaços públicos ente os pedestres e meios de transporte.

Outro ponto importante que foi abordado por esta lei, é com relação a hierarquia de mobilidade urbana, que segue a seguinte ordem de preferência: pedestres, ciclistas, transportes públicos coletivos, transportes de carga e por fim automóveis particulares.

Além disso, são determinados direitos para usuários, que devem ser seguidos, entre eles: receber o serviço adequado poder participar de discussões que tratem do planejamento ou fiscalização da mobilidade urbana, possuir ambiente acessível e seguro para todas as pessoas, receberem as informações de tarifas, locais de embarque e desembarque de transporte, de forma gratuita.

2.4 DEFINIÇÕES DO PRODUTO

A cadeira de rodas teve uma grande evolução no decorrer da história. Nos dias atuais se percebe o aumento da preocupação de estabelecimentos comerciais em se tornar acessíveis aos cadeirante. Os locais que mais se presencia isso são os supermercados, que possuem pisos de acessos lisos ou com rampas, além de auxiliar, através de pessoas nas compras. Porém, os cadeirantes desejam realizar de forma autônoma as compras nesses estabelecimentos.

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Por isso, a proposta deste projeto é a de um veículo compacto, ao qual possuirá uma plataforma em que o cadeirante subirá em cima, com sua cadeira de rodas, sendo auxiliado por um motor elétrico (para sua locomoção), cesta acoplada ao veículo (colocação das compras) e um sistema que permitirá a elevação da base da plataforma, (permite que o cadeirante alcance os produtos da gôndola), tudo isso de forma autônoma.

Na sequência, foi realizada a análise diacrônica, ao qual busca relatar a evolução dos meios de locomoção para pessoas com deficiência física e a análise sincrônica, que irá realizar a comparação das características de alguns produtos similares a proposta deste projeto.

2.4.1 Análise Diacrônica

Segundo Souza (2011) aconteceu por volta de 4000 A.C. a criação do primeiro instrumento para auxiliar na locomoção para as pessoas que não podiam andar. Esta era leve e transportada pelos escravos, servos, soldados ou membros da família, sendo o meio ideal para suporte dos doentes e deficientes, superando os caminhos antigos, evitando os solavancos dos animais de carga e os choques das carruagens (Kamenetz, 1969). Em um vaso grego do século VII A.C. foi representado uma cama de criança com rodas, possivelmente o mais antigo veículo sobre rodas utilizado em ambientes internos (Figura 11). Este foi confeccionado na China, país onde as cadeiras foram utilizadas antes dos tempos modernos, sendo datada acerca de 525 D.C. (Kamenetz, 1969).

(29)

Figura 11: Representação em vaso grego do primeiro meio de locomoção para pessoas que não podiam se caminhar: Fonte: (Kamenetz, 1969).

Após, passou se a utilizar um veículo popular na Idade Média para essa finalidade e existente nos dias atuais, o carrinho de mão. Este presume-se ter sido inventado no século III D.C mas chegou à Europa apenas por volta do século XII na rota das Cruzadas. O veículo era útil para cargas diversas, entre elas para o transporte de idosos, doentes e deficientes físicos, podendo ser retratado na famosa obra de Lucas Cranach, pintura de 1546 (Museum Berlin-Dahlem), (Figura 12).

Figura 12: Fonte da Juventude. Carrinho de mão para transporte de doentes e deficientes. Fonte: (Veloso, 2009).

(30)

Para a utilização em residências, se adicionou rodas ou rolos em algumas peças do mobiliário, sendo uma delas a cadeira, que substituía a cama com rodas, dessa forma, foi dado conforto aos doentes e idosos. Por volta do século XVI, adicionaram ao móvel, recursos e acessórios entre eles estão: costas reclináveis, apoio de cabeça, apoio de braço e rolo pequeno para apoio de um dos pés, criando assim a “cadeira de comodidade”. Estas eram confeccionadas muitas vezes para utilização do próprio dono (Wilson, 1992). Como exemplos têm a cadeira de rodas utilizada por Filipe II, rei da Espanha (1527- 1598). Conforme relatos das memórias de Jehan Lhermite, esta foi construída em 1595, representada com desenho (Figura 13).

Este modelo possui várias similaridades com a cadeira de rodas construída três séculos mais tarde. Movia-se sobre quatro pequenas rodas, tinha as costas reclináveis e um descanso de pé elevado através de um estribo, barras metálicas curvas, com entalhes fixados nas costas e várias posições de pernas. Este modelo era coberto por um colchão de crina de cavalo e, apesar de ter sido de madeira, couro e ferro comum, valeu dez vezes seu peso em ouro e prata para que o rei tivesse mais conforto, de acordo com seu criado, o construtor da cadeira (Kamenetz, 1969; Asensio, 2007).

(31)

Para que as cadeiras tivessem maior conforto, buscou-se adaptar suas formas conforme os contornos corporais humanos, recebendo desta forma braços anatômicos. Mesmo com melhorias e modificações, a cadeira necessitava que alguém a empurrasse para sua locomoção. Na Alemanha, foi construída em 1588 por Balthasar Hacker uma cadeira de rodas que poderia ser convertida em cama. Já na Suiça, um relojoeiro paraplégico, confeccionou um veículo para uso pessoal em 1655, este utilizou uma roda dentada ligada por duas manivelas como mecanismo para movimentação das rodas se utilizando da força das mãos. (Figura 14) (Kamenetz, 1969; Asensio, 2007).

Figura 14: Cadeira de Stephan Farfler: Fonte: (Kamenetz, 1969).

Em 1655 um inventor suíço criou um triciclo engenhoso, tentando aplicar a força às rodas traseiras. Cada uma das rodas grandes estava ligada a uma roda dentada que faziam as engrenagens das jantes rodar, estas rodas eram igualmente giradas por uma manivela (Sawatzky, 2006). Mesmo com estas engenhosidades, seus usuários continuavam sendo carregados por escravos, pois ainda era o mais simples e confortável, principalmente para viagens curtas ao ar livre, o problema era a necessidade de duas pessoas para a locomoção. O inventor Dupin, buscou solucionar isso com sua invenção em 1669, ao adicionar um par de rodas a cadeira, que venho a substituir um dos homens, mudando a cadeirinha de escravo para um “carrinho de mão”. Esta mesma transformação foi aplicada por Assalini em 1800 em uma maca, e acaba por usar extensivamente no campo de batalha (Sawatzky, 2006).

Em 1798, foi apresentado por Thomas Rowlandson, um tipo de cadeira de rodas que era empurrado por um homem, mas possuía rodas grandes o suficiente para autopropulsão. O material utilizado nesta cadeira, era a madeira, juntamente

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com as rodas grandes, podendo ser considerada a cadeira de rodas ancestral do século XX (Kamenetz, 1969; Sawatzky, 2006).

A imagem abaixo (Figura. 15) mostra uma verdadeira poltrona móvel, esta com duas rodas maiores sobre o assento e os menores na frente, facilitando sua movimentação. Esta pesava menos de 25 quilos e utilizava como material vime da índia, para dar o acabamento no assento.

Figura 15: Cadeira de rodas de vime indiano. Fonte:

(http://www.deficienteciente.com.br/2012/01/cadeira-de-rodas-e-sua-evolucao-historica.html), disponível em 6/04/2014.

Passou um tempo e no último quarto do século XIX, as rodas de madeiras passaram a serem substituídas pelos raios de metais, as cadeiras de rodas seguiram a mesma tendência. Os construtores de cadeiras de rodas buscaram seguir as tendências da época, perceberam que as rodas das bicicletas foram cobertas com pneus de borracha, e as cadeiras de rodas passaram a utilizar pneus do mesmo fabricante dos utilizados em bicicletas (Sawatzky, 2006; Kamenetz, 1969). Após algumas décadas, teve o surgimento dos automóveis e a melhoria das estradas, que acompanharam o início da produção de uma cadeira de rodas leve e dobrável (Figura 16) (Sawatzky, 2006; Asensio, 2007). Quem foi bem sucedido na fabricação de cadeiras de rodas, desde 1930, foram os Estados Unidos, e serve como modelo a muitos outros países. Esse foi um importante passo, pois facilitou a mobilidade destes deficientes e permitiu um maior contato social (Kamenetz, 1969).

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Figura 16: Modelo dobrável. Fonte: (Silva & Del'Acqua).

Através do avanço industrial e com o surgimento de matéria-prima mais leves e moldáveis, houve uma grande evolução das cadeiras de rodas a partir das primeiras décadas do século XX. Um exemplo disso, é a cadeira de rodas motorizada. Esta utiliza de um motor elétrico, bateria comandos que fazem com que esta se locomova de forma fácil, deixando o cadeirante mais autônomo, representada na figura 17.

Figura 17: Cadeira de rodas motorizada.

Fonte: (http://www.deficienteciente.com.br/2012/01/cadeira-de-rodas-e-sua-evolucao-historica.html), disponível em 6/04/2014.

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A partir do século XX, surgiram outros modelos de locomoção para cadeirantes. Entre eles a scooter elétrica. Entre este tipo de modelo, será analisado na próxima etapa. (figura 19).

Surgiram, além disso, adaptações em carros, que empresas especializadas na questão de acessibilidade realizam, ou modelos especiais fabricados pelas indústrias. Estes possuem todos os comandos realizados pelas mãos, desde a troca de marchas, acelerador, freio. Porém o usuário necessita fazer a transferência da cadeira para a poltrona do veículo.

Devido esse problema, começaram a surgir veículos que permitem com que o cadeirante entre através da porta e da rampa, com a sua cadeira de rodas. Este possui cinto e todos os comandos de um carro adaptado. Representado na figura 18.

Figura 18: Kenguru, carro elétrico para cadeirante.

Fonte: (http://super.abril.com.br/blogs/planeta/kenguru-o-carro-eletrico-compacto-para-cadeirantes/), disponível em 7/03/2014.

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2.4.2 Análise Sincrônica

A análise sincrônica trata da analise dos produtos similares a proposta deste projeto. Por isso, foram escolhidos três modelos com motores e que permitissem ser utilizados por cadeirantes. Os dois primeiro modelos (triciclo da Honda e Prancha Solution) foram escolhidos por possuírem rampa de acesso aos seus usuários. No caso do modelo Victory 10, este foi escolhido por possuir apoios de braço no assento do veículo, que permite o acesso do cadeirante, além da pequena cesta, que permite colocar pequenas compras ou objetos (sendo este um dos focos do projeto, a utilização em estabelecimentos comerciais).

Aspectos analisados Scooter Honda SH 125l Fígura19 Evetech Prancha Solution Fígura 20 Pride Victory 10 Fígura 21

Tipo de veículo Scooter transformada em tricículo pela Hyper

Division

Prancha Multifuncional

Quadriciclo

Nº de rodas 3 rodas 3 rodas 4 rodas

Possui rampa Sim Sim Não

Motorização Motor a

combustão(gasolina)

Elétrico Elétrico

Possui banco Não Não Sim, giratório e

com ajuste de altura. Possui

porta-objetos

Não Não Cesto portátil com

alça. Tabela2: Análise diacrônica. Fonte: O Autor.

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Figura 19: Triciclo criado a partir de uma scooter Honda.

Fonte: (http://revista.pensecarros.com.br/especial/rs/editorial-veiculos/19,0,3598635,Hyper-Division-cria-triciclo-especial-para-cadeirantes.html), disponível em 7/03/2014.

Figura 20: Prancha Solution.

Fonte: (http://www.evetech.com.br/internas/produtos_modelo.php?id_produto=7), disponível em 7/03/2014.

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Figura 21: Quadricíclo elétrica victory 10.

Fonte: (http://www.kapra.com.br/kapramedical/det_produto.php?id_produto=231), disponível em 7/03/2014.

Com relação ao uso, forma feitas analises dos veículos com relação ao sua ergonomia. O primeiro modelo a ser analisado, foi a scooter da Honda, seu uso é semelhante com o de uma moto, através de seus comandos, se diferenciando pela rampa que permite ser acessível e utilizada por cadeirantes.

O segundo modelo a ser analisado, foi a prancha solution, que pode ser utilizado por cadeirantes e pessoas sem necessidades especiais. Este possui rampa que permite o cadeirante subir na plataforma, que de forma segura, fixa o usuário, ao qual tem braço inclinável, facilitando sua movimentação do veículo.

O terceiro modelo a ser analisado, foi o quadricículo Victory 10, que é utilizado na posição sentada. Este possui apoios de braço, ligados ao banco, permitindo o usuário se deslocar da cadeira de rodas para o assento. Este pode ser utilizado para levar pequenos objetos, devido a presença de uma cesta de plástico, localizada no guidão.

Além disso, foram relatados quais são os principais materiais utilizados nos veículos analisados. O primeiro modelo analisado foi o triciclo da Honda baseado em uma scooter, no qual se utilizou de metal (garante a resistência) e plástico (deixa o

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veículo mais leve), que são utilizados na base, junto com borracha para as rodas (permite maior aderência ao asfalto), vidro nas lanternas (material transparente, que permite a visibilidade da luz transmitida por este).

O segundo modelo a ser analisado, foi a prancha multifuncional, que tem por destaque a utilização de alumínio na chapa xadrez. Esta faz parte da base, sendo o alumino, escolhido por ser um material leve e resistente, e a parte xadrez, ajuda na melhor aderência do solo do veículo com relação as rodas da cadeira de rodas.

O terceiro modelo a ser analisado, foi o quadricículo Victory 10, que utiliza principalmente de plástico na estrutura do veículo (material de relativa resistência, e leve), além disso, se utiliza de madeira (da base para o assento), tecido(reveste e da boa aparência ao assento) e estofado (material de diferentes espessuras, macio que permite varia maciez e conforto ao usuário) na cadeira do veículo.

2.4.3 Analise Estrutural, Funcional e Morfológica

Nesta etapa foram realizadas análises das partes que compõem o veículo, suas funções, além de analisar suas respectivas formas, cores e acabamento. Estas representadas abaixo na tabela 2.

Análise Estrutural e Funcional Modelos Comparados Triciclo da Scooter

Honda

Prancha Solution (Eventch)

Quadricíclo Pride Victory 10

Estrutura de Metal e plástico, encaixada e parafusada, composta pela rampa, para lamas, rodas, guidão, descarga, motor (base que compõem o veiculo)

Estrutura de metal ou fibra, com partes de plástico, fixadas por parafusos(prancha, rodas, motor, “braço” da direção) estas compõe a base do veículo

Estrutura de plástico fixada por encaixe e com algumas partes fixadas com parafusos (braço da direção, cestinha, assoalho, estrutura que cobre o motor), compõem a base do veículo.

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3 rodas de borracha com aro de metal (peças cilíndricas que transmite o movimento do motor para o veículo)

3 rodas (peças cilíndricas que transmite o movimento do motor, movimentando o veículo)

4 rodas (peças cilíndricas que transmite o movimento do motor, movimentando o veículo)

Motor a combustão (maquina que funciona com gasolina, para tracionar as rodas)

Motor elétrico (máquina que se utiliza da energia elétrica para tracionar as rodas)

Motor elétrico (máquina que se utiliza da energia elétrica para tracionar as rodas)

Suspensão com mola

(sistema de amortecimento contra condições inadequadas da rua) Plataforma em chapa xadrez e alumino ou fibra (plataforma do veículo utilizada como base para o cadeirante )

Cadeira estofada (permite maior conforto)

Lanternas dianteiras e traseiras (iluminam o ambiente e alertam de mudanças de direção) Rebaixos cilíndricos de plástico (estruturas de plástico que tem por função segurar as rodas dianteiras da cadeira)

Cesto de plástico com alça (cesto para a colocação de pequenos objetos, pode ser

retirado do veículo e carregado através da alça)

Guidão com velocímetro e espelhos (auxilia no direcionamento do veículo, da noção de velocidade e visão do ambiente)

Braço de direção com regulagem de inclinação (realiza a mudança de direção do veículo).

Dois apoios de braço

(permitem a

transferência do cadeirante para o veículo)

Rampa de acesso ao veículo (permitir uma maior acessibilidade do cadeirante ao veículo)

Rampa de acesso ao veículo (permitir uma maior acessibilidade do cadeirante ao veículo) Pistão a ar (sistema de variação de altura da cadeira, para adequações das dimensões do usuário) Parafusos (fixar as partes do produto). Parafusos (fixar as partes do produto). Parafusos (fixar as partes do produto). Tabela 2: Análise estrutural e funcional.

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Análise Morfológica Triciclo da Scooter

Honda

Prancha Solution (Eventch)

Quadricíclo Pride Victory 10

Formas: Arredondas e com vincos

Formas: Linhas retas,

com detalhes

arredondados

Formas: Arredondas

Cores: Preto e prata Cores: Preto e prata Cores: Vermelha e preta Material: Metal e plástico Material: Metal e

Plástico

Material: Plástico

Tabela 3: Análise Morfológica

CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA

A etapa da metodologia tem por objetivo relatar e explicar qual o tipo de pesquisa, caráter, ferramentas utilizadas, além de explicar a metodologia do projeto que serviram como base para a proposta de produto. Além disso, foi justificada a escolha da metodologia, juntamente com a especificação das formas que as etapas foram executadas.

3.1 Tipo, caráter e ferramentas

Segundo (Gil, Antonio Carlos. 2002) trabalho tem como tipo ser de natureza exploratória e descritiva e como caráter ser uma pesquisa qualitativa. Essas definições ocorrem porque a monografia busca analisar uma situação ou problema e através das pesquisas encontrar soluções para serem aplicadas na proposta do projeto.

A monografia tem como ferramentas para se atingir estes objetivos o referencial teórico, a utilização de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica desenvolve-se utilizando livros e artigos científicos, como material base. Devido esse motivo neste trabalho utilizaram se artigos científicos e

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livros para contextualizar o tema proposto e buscar uma solução para o problema encontrado.

A pesquisa de campo trata-se de análises e coleta de dados com usuários, realizados em ambiente externos. São dois tipos de pesquisa, a observacional (onde é realizada a analise de uma situação na sociedade) ou através de questionário (pesquisa com os usuários para descobrir suas necessidades). O primeiro tipo será aplicado na monografia com a finalidade de observar os corredores e gôndolas (tirar as medidas da gôndola, definindo a elevação da plataforma do veículo, para o cadeirante alcançar os produtos) do supermercado se estes estão de acordo com as normas de dimensões para circulação dos cadeirantes.

A pesquisa do tipo questionário será utilizada para verificar a opinião dos cadeirantes com relação ao atendimento nestes estabelecimentos comerciais e referente a detalhes da proposta do veículo. Além disso, o questionário será do tipo aberto, pois este tem por objetivo descobrir a necessidade dos cadeirantes.

3.4 Metodologia do Projeto

Nesta etapa foi demonstrada a metodologia escolhida, sua justificativa e explicação das partes.

A metodologia escolhida foi a do Gui Bonsiepe, por esta conter os itens mais relevantes para a concepção de um produto de forma objetiva. As partes que compõem a metodologia são:

Problematização: Segundo BONSIEPE, (1986) a problematização é dividida em três partes (o que, por que e como) que buscam relatar a situação a serem resolvidos, os objetivos da pesquisa e as formas para a resolução desta.

Análise: A etapa de análise, teve por objetivo elencar os atributos e possíveis melhorias do produto (lista de verificação), realizar um aparato histórico mostrando a evolução deste produto (análise diacrônica), analisa os produtos similares existentes no mercado (análise sincrônica), em conjunto com diversos fatores como os componentes que compõe sua estrutura (análise estrutural), analisa as questões

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ergonômicas e relata as funções dos componentes pertencentes do produto (análise funcional), além explicar as formas, cores, acabamentos das projetos comparados(análise funcional).

Definição do Problema: A etapa da definição dos problemas teve por finalidade elencar os principais itens e objetivos que o produto deve possuir (lista de requisitos), organizar os requisitos para solução do problema (estrutura do problema).

Conceito do Projeto: Foram definidas características do produto como funções, configurações, cores e materiais.

Anteprojeto/Geração de Alternativa: Nessa etapa se buscou através dos requisitos, tendências e técnicas de inspiração, criar esboços do projeto. Na sequência, vem às etapas de análise e seleção da alternativa conforme os requisitos propostos.

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CAPÍTULO 4 - RESULTADOS

4.1 Análises dos Resultados da Pesquisa de Campo

Esta etapa apresenta os resultados obtidos através da pesquisa de campo, juntamente com as decisões obtidas através de estudos apresentados nos capítulos anteriores da monografia. A primeira pesquisa foi executada em um Super Mercado, da cidade de Santa Rosa, onde se buscou analisar se os corredores permitiam a movimentação do cadeirante, além de realizar a medição da gôndola, para definição da variação da altura da base do veículo.

A figura 22 mostra os corredores do supermercado, na parte dos hortigranjeiros. Nesse local do estabelecimento comercial, presenciamos corredores menores, mas em grande parte destes encontramos a medida mínima de 80 cm, além de gôndolas de altura mais adequada para os cadeirantes.

Na figura 23 percebemos a presença de corredores largos, de aproximadamente dois metros de largura e ao mesmo tempo de gôndolas altas, que variam de 30 centímetros (parte inferior) até 2 metros e trinta, para se alcançar o produto mais alto da gôndola.

Figura 22: Corredor de super mercado. Fonte: O autor

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Figura 23: Corredor 2 do Supermercado Fonte: O autor.

Conforme esses dados, e analisando o alcance máximo de 23 centímetros em relação ao solo, pode se estipular a medida máxima de 5 centímetros do assoalho do veículo em relação ao piso do mercado. Além disso, foi definida a altura de 85 centímetros para elevação da plataforma totalizando 90 centímetros do chão, aliando com o alcance máximo do cadeirante que é de 1,40m, permitem que este alcance todos os produtos da gôndola.

Além disso, haverá uma rampa com inclinação de 60 centímetros auxiliando o cadeirante na subida ao veículo, e esta possuirá um mecanismo que fará sua compactação, ao mesmo tempo em que irá trará segurança ao usuário. Em relação ao sistema de elevação ocorrerá através do motor elétrico, que irá ser alternado na utilização entre a locomoção do veículo ou a utilização para variar a altura da plataforma. Esta plataforma estará interligada com a cesta e irá subir e descer em conjunto, permitindo praticidade ao cadeirante.

O material ao qual irá se utilizar será um metal, que varia do alumínio (estrutura em chapa) e o ferro, além da utilização do plástico ABS (peças de acabamento).

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Com relação as dimensões do veículo, foram analisadas as normas com relação as medidas das cadeiras e dos corredores. Com isso, temos a variação de setenta e dois a setenta e oito centímetros para a largura (sendo setenta centímetros o máximo de uma cadeira de rodas, e o corredor no mínimo de oitenta centímetros). A proposta do veículo é de possuir uma cesta, de dimensões razoáveis, mas que mantenha o produto com medidas compactas. Por isso, a cesta será localizada próxima as mãos, poderão ser retiradas no momento do empacotamento e terá a capacidade mínima de 70 litros.

4.2 Questionário com os Cadeirantes

Além da pesquisa de campo, ao qual foi analisado os corredores e gôndolas do Super Mercado, foi criado um questionário (localizado nos apêndices) para descobrir as preferências dos cadeirantes sobre o atendimento nesse estabelecimento comercial e gostaria que quanto a proposta do novo produto. O questionário foi enviado para a ADEFISA(Associação de Deficientes Físicos de Santa Rosa), ao qual repassou para dois cadeirantes, sendo estas respostas analisadas nesta etapa.

A primeira questão abordou abordar sobre a utilização dos Super Mercados e o atendimento recebido pelos cadeirantes. A resposta do primeiro cadeirante foi de que pelo menos uma vez por mês ele utiliza o Super Mercado, mas apenas acompanhando sua esposa (ausente de deficiência física), devido o mercado não dispor de meios para que eu possa ter independência para efetuar as compras. No caso do segundo cadeirante, este eventualmente realiza compras, devido possuir também dificuldade em manusear produtos com volume e peso maior, mas que sempre recebeu auxílio dos funcionários quando necessitado.

A segunda questão refere-se às características da proposta de veículo. Foi abordado sobre a capacidade da cesta, que estes consideravam ideal, lhes dando três opções (70, de 70 a 100, de 100 a 130 litros). O primeiro cadeirante acredita que a medida de 70 a 100 litros estaria de bom tamanho, já o segundo cadeirante

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acha 70 litros, pois não atrapalharia o manuseio e se necessário faria mais vezes o transporte.

A terceira questão questionou sobre a localização deste cesto, dando como sugestão que este ficaria acima das pernas. O primeiro cadeirante achou que esta é uma boa idéia, mas questionou se esta localização não iria atrapalhar o embarque e desembarque. O segundo cadeirante acredita que uma boa localização ficaria acima dos pés estendidos, seguindo até a altura do colo, não prejudicando dessa forma a visão do usuário.

A quarta questão buscou saber a opinião dos cadeirantes, com relação ao local de utilização do veículo, se deveria ser utilizado no interior do Super Mercado, ou também em calçadas e demais ambientes externos. O primeiro cadeirante acredita que o veículo será muito útil para realizar as compras em Super Mercados, e o segundo cadeirante acredita que além de utilizar no interior desse estabelecimento comercial, poderia utilizar o veículo em muitos outros lugares, pois o deslocamento dos cadeirantes é um desafio diário em cidades que as opções de veículos acessíveis é limitadas.

A última questão solicitou aos entrevistados se estes possuíam alguma sugestão ou indicação para o desenvolvimento do veículo. Nessa questão apenas o segundo cadeirante opinou, pedindo um veículo de fácil manuseio manual, acesso a ele com cadeira de rodas, além de solicitar que esse veículo seja legalizado e possua subsídios para sua aquisição.

4.3 Lista de Requisitos

Essa etapa tem por objetivo elencar os principais itens e características da proposta abordada e definir seu importância para ser utilizado no projeto, entre indispensável, desejável ou opcional.

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Estruturação e Hierarquização de Requisitos

Classe do Problema Requisitos Valorização Assoalho Possuir altura de 5

centímetros em relação ao solo

I D O

x

Plataforma elevatória Possuir sistema elétrico que eleve a plataforma em 85 centímetros.

X

Rampa Rampa com 60 cm e

através de um mecanismo permita fechar a parte traseira, dando maior segurança.

x

Locomoção do veículo Motor elétrico para a locomoção do veículo

X

Materiais Utilizar metal como um dos materiais x Dimensões 79 centímetros de largura e 1,20m de comprimento X

Cesta Estar localizada próxima aos braços e acima das pernas

Capacidade de 70 a 80 litros.

x

X

Tabela 4: Estruturação e hierarquização dos requisitos: Fonte: O autor. Legenda:I(Indispensável), D(Desejável), O(Opcional)

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4.4 Geração de Alternativa

Nesta etapa, buscou representar, através da utilização do SketchUp(Software 3d), duas alternativas da proposta do veículo e uma terceira alternativa executada no software Solid Works.

A primeira alternativa (figura 23), além dos detalhes citados acima, tem como diferencial a predominância de linhas retas, que ligam os extremos do veículo. Outro ponto a se destaca é a estrutura vazada, que permite alcançar os produtos por entre estes espaços.

Figura 24: Alternativa 1. Representação em 3d, através do Software Sketchup.

O segundo modelo, tem a predominância de formas arredondadas, com algumas linhas retas (figura 24). Na parte frontal, já se percebe uma curvatura, e uma estrutura que recobre a cesta. Além disso, a estrutura é fechada, com a ausência de partes vazadas, mas com a estrutura central, com uma altura inferior a do primeiro modelo, permitindo poder pegar os produtos sobre essa base.

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Fígura 24: Alternativa 2. Representação em 3d, através do Software Sketchup.

A terceira alternativa, como o modelo anterior, possui a predominância de arredondamentos em suas linhas. Tendo como diferencial a frente inclinada e com um detalhe que permite encaixar a cesta. Na lateral há a predominância de linhas retas, mas com um leve filete nos extremos e um vinco na parte central. A cesta é um diferencial, além de ser de plástico possui encaixes laterais para fixar no veículo e na frente uma alça, permitindo ser retirada ao final das compras. O veículo, possui como um dos diferenciais possuir uma estrutura externa em plástico, revestindo a parte interna que é de metal (figura 25).

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As alternativas mostradas em cima, possuem detalhes similares(figura 26), com relação a cesta(localização, dimensões,), rampa para o acesso aos usuários, piso especial, assoalho baixo(acomoda motor).

Figura 26: Detalhes similares das alternativas geradas.

4.4.1 Alternativa Escolhida

A alternativa escolhida foi à terceira, pois foi a que aliou de melhor forma a funcionalidade, com um belo design, principalmente por utilizar do plástico na parte externa (figura 27).

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Figura 27:Alternativa 3.Render 3d da alternativa escolhida, através do Software Solid Works.

4.5 Desenho Técnico

O desenho técnico executado apresentou através de 5 pranchas A3(apêndices 2, 3, 4, 5 e 6) como será o veículo. Na primeira prancha foram mostradas as vistas do produto, com suas dimensões, materiais e alguns detalhes. A segunda prancha apresentou apenas a estrutura de alumínio, sem as peças de plástico e na terceira prancha se apresentou a estrutura aberta, evidenciando a estrutura externa, que é a de plástico, juntamente com seus elementos e mecanismos (eixo, motor, bateria, rodas, sistema de elevação). Na sequência foram colocadas mais duas pranchas que apresentam as peças de plástico (prancha 4, mostrando a cesta e a proteção da roda) e (prancha 5, mostrando o assoalho central e frontal).Abaixo, foi representado uma das vistas do veículo (figura 28) e em anexo se encontram as três pranchas.

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Figura 28: Vista Lateral da prancha 1(Desenho Técnico)

4.6 Memorial Descritivo

A proposta de veículo tem como diferencial uma estrutura que permite transportar um cadeirante, suas compras, além de auxiliar este com a elevação da plataforma. O modelo possui dimensões aproximadas de 1metro e 20 de comprimento e 79 centímetros de largura. Essas medidas permitem um acesso ao veículo, mas ao mesmo tempo compactas e de acordo com as normas técnicas para a circulação nos corredores. Sua plataforma é composta de duas partes principais.

A primeira se trata da estrutura externa, que tem por finalidade dar um visual atraente ao veículo, além de nesta se encontrar as partes mecânicas da proposta. Esta estrutura é de ABS, um plástico reutilizável e que tem como processo de fabricação adotado será a modelagem por injeção. Os materiais vêm no estado sólido, são fundidas e injetadas sobre alta pressão em um molde e após se deixa esfriar. Na sequência abre se o molde e retira a peça.

A segunda parte se utiliza de alumínio, em chapa, sendo esta a peça que se eleva, juntamente com o cadeirante. O alumínio se tornou nesse estado, através do processo de laminação transforma através do calor e de rolos o material de

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espessura inferior a 1 mm. Esse material foi escolhido por ser leve resistente e reciclável. Na parte frontal superior desta peça, possuem os encaixes laterais da cesta. A cesta é facilmente colocada e retirada do veículo, pois possuir também uma alça na sua parte frontal.

O sistema de elevação é hidráulico, e possuir braço de metal, do tipo sanfona em ambos os lados, aliado por um pistão a ar(sistema similar retratado na figura 28). O pistão recebe o ar e pressão do motor efetuar a elevação da plataforma e na descida não necessita utilizar a eletricidade da bateria. A bateria utilizada é a mesma que está em carros, e alimenta o motor e demais componentes elétricos.

Figura 28: Mesa elevadora, com sistema de elevação eletro hidráulico. Fonte: http://www.revestcolor.com.br/produto_franca.php?id_subcategoria=8.

O motor utilizado é elétrico, do tipo trifásico e possui 2.5 cavalos, para que possa fazer a elevação da plataforma. A roda do modelo é de borracha, e possui seu aro de plástico (ABS), este ligado com eixos e demais engrenagens de ferro.

Na sequência foram colocados os desenhos ilustrativos executados no software Solid Works, que representam o modelo, em diferentes vistas, variando do modelo com rampa no chão, rampa compactada e apresentando a cesta, juntamente com o detalhe da alça.

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Figura 29: Desenho ilustrativo frontal: Fonte: O autor.

Figura 30: Desenho ilustrativo lateral. Fonte: O autor.

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Figura 32: Desenho ilustrativo, em vista perspectiva traseira. Fonte: O autor.

Figura 33 e 34: Desenho ilustrativo da cesta. Fonte: O autor.

4.7 Modelo

Nessa etapa foi apresentado o modelo e escala reduzida de 1:5 confeccionado com papel Paraná (papel com espessura e dureza superior a diversos tipos de papéis, que vem a simbolizar as chapas de plástico que compõem a proposta do veículo). Além disso, se utilizou de papel duplex (papel com espessura similar a de cartolina) utilizada para representar as chapas de alumínio.

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A cola tenaz e instantânea foi utilizada para fixar as partes do veículo inclusive as rodas. Estas foram utilizadas de um veículo, retiraram se as partes de borracha e se deu um acabamento com fita isolante e tinta acrílica branca.

Figura 34: Imagens da confecção do modelo do veículo. Fonte: O autor.

Figura 35: Mocape, vista em perspectiva frontal. Fonte: O autor.

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Capítulo 5 - Conclusão

Este trabalho buscou desde o início buscar inserir de forma autônoma os cadeirantes na sociedade, principalmente em estabelecimentos comerciais como os Super Mercados. Foram analisadas diversas regras, medidas que abordavam o assunto e que foram utilizadas como base.

Ao fim desse projeto é percebível que o conceito geral do produto foi atingido, mas com algumas ressalvas. A elevação da estrutura permitiria uma medida aquém do esperado, de 85 centímetros, por conta das dimensões da estrutura, podendo comprometer e causar algum dano maior ao cadeirante. Por isso a elevação da plataforma, realizada com um motor acoplado a um pistão a ar, ficou em torno de 43 centímetros.

Este projeto é complexo e se percebe que necessita de o tempo mínimo de um ano para que se realize a completa realização da proposta, em conjunto com testes com os usuários e nos ambientes. Além disso surgiu a idéia de executar o a elevação através de pistão de ar e um mecanismo que serviria de alavanca na hora da subida, além de um sistema de corrente e uma manivela que fizessem a locomoção do veículo e recolhimento da rampa. Isso possibilitaria retirar a bateria e o motor, tornando a proposta mais leve, barata e consequentemente utilizada por quem necessita.

Referências

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