ft§
ü'v
DEPARTA]\{ENTO DE
PEDAGOGTA
E
EDUCAÇAO
MESTRAD6
EM
EDUCAçÃo:
VARTANTE
ADMIMSTRAÇAO
ESCOLAR
ATITUDE
DOS
PROF'ESSORES
FACE À
vsnrrCALrZAÇÃO
Do
ENSINO
BÁSICo
DATEORIAAS TNÁUCAS
Águeda
Maria tnácio
Caleiras Madeira
Orientação
doProfessor
Doutor
JoséLopes
CortesVerdasca
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
E
EDUCAÇAO
MESTRAD9
EM
EDUCAÇÃo: VARIANTE ADMIMSTRAÇÃO
ESCOLAR
ATITUDE
DOS PROFESSORES
FACE
À
vsnrrcAr,tz,AÇÃo
DO ENSINO
BÁSICO
DATEORIAÀS
PNÁUCAS
Águeda
Maria
Inácio
Caleiras Madeira
)1,2.
qb3
Orientação
doProfessor
Doutor
JoséLopes
CortesVerdasca
Agradecimentos
Gostaria de
deixar
o
meu mais grato reconhecimento ao ProfessorDoutor
JoséLopes
Cortes Verdasca,pois
o
seu
incentivo
foi
essencialpaÍa
a
rcahzação deste frabalho.A
todosos
professores quecomigo
colaboraram, nas escolas ondeapliquei
oinsürunento de recolha de dados, o meu muito
obrigada
Gostaria,
para
frnalizan, de manifestar a minha gratidão a todos aqueles que me apoiaram neste percurso.Atitude
dos Professores Face à
Verticalização
do
Ensino
Básico
Da
Teoria
às
Práticas
Resumo
O
presente estudo insere-senum
campode
investigaçãocujo
enfoque se situanuma nnidade orgarmrzasional: O Agrupamento
Vertical
de Escolas.Este
modelo
organrzasional, onde para cadaulna das crianças se desenvolvení aescolaridade
básicq é a
estnrttra
coerentecom
essa escolaridade, Dâ perspectiva deconshrirmos
uma equipa educativa coesacom o
propósito de acompanhar as crianças nas suas dificuldades e transições,de forma que
aprendam maise
deum
modo maissignificativo.
A
prática
pedagógicados
professoresdo
Ensino Btísico, oom
vista
àconstnrção
do
caminho
de
sucessode todos os
alunos, torna-semais viável,
pelasoportunidades de formação e socialização em contexto de
túalho.
Face
ao
pressulpsto
referenciado,foi
nosso objectivo
verificar
se
esta novaculfira
organi-acional,intoduzida
pelo Decreto-I-ein"ll5-A/98,
de4
deMaio,
estiâ aser conzubstanciada
nos
agrupamentosde
escolas,ou
se,pelo
conüiário as mudançaspretendidas ainda se situam ao nível das intenções.
De
umaforma
geral, podemosconcluir
que os professores concordamcom
ospressupostos
definidos
no
decreto zupracitado:
ffiâs
quando
questionadossobre
asituaçâo
real
vivenciada
no
seu
agrupamento
de
escolas,
os
resultados
sãocontraditórios.
Em
nosso entender,a
investigação desenvolvidacontribuiu
parauma
melhorcompreensão desta realidade orgauzastonal, mas tendo em conta as implicações desta
problemática
no todo
sistémicoda
profissão
doce,nte, estepodefií ser
um ponto
de partida para investigações futuras.Palawas chaves: modelo
organizacional; cultura/mudanga
organiz"acional; atitudedocente; pratica pedagógica
Teachers
Atittude
towards the
verticaliza6so
of the
basic
academic teaching
Abstract
The
following
study
appears
in
an
investigation
area
which
consisls
in
anorganizatiel's
unit
theVertical
Groupingof
Schools.This
organizational
model, where
each
child
will
develop
its
basic
academic studies,is the
coherent süucture accordingto
that
academiclevel.
Its goal is
búlding
asfiong educational team,
with
the purposeof
accompanying thechildren
in its difficulties
and
tansitions,
sothey
will
learnmore
and better.The
educaüonalpractice
of
úe
First
School Base teachers,
with the
objective
of
building a way
of
successfor all
students, becomes moreüable
through the opportunitiesof
learning e socializationuihile
on thejob.
In the
faceof
this,
it
was our
objectiveto
veriff
if
this new culture
organization,intoduced
by Law
Decreen. "115-A/98,
of 4 of
May, is
being relatedto by
theVertical
Grouping
of
Schools,or
if
on theoúer
han{
the wanted changes arestill in
theintention
fields.
Generally, we can conclude that teachers agrer-
with
the assumptions definedin
thepreviously referred decree,
but
when questioned about the reallive
situation
in their
own
Vertical
Grouprngof
Schools, the results are contradictory.It
is
our
belief
that
the
investigation
developed
has contibuted
to
a
betterunderstanding
of
this organizationalreality,
considering the systemicuàole in
the teachingprofession this could be a starting point
for
future investigations.Keywords: organizational
model;
organizational cultwe/change;
teaching
attitude;educational practice.
Íw»rcp
cERAL
Índice de Tabelas. Índice de Figrras.... Índice de Anexos.... ...x ..xTNTRODUÇÃO...
1CAPÍTI'LO
I
-AGRUPAMENTO
DE ESCOI,AS:
IIMA
NOVA
ITTIIDADE
ORGANIZACIONAL
l.l.Introdução
.-..-...41..2.lJmaimagem normativa dos agrupamentos de
escolas
-...41.3.
A
Evolução das Teorias dasOrganizações...--
...-....61.4. As Teorias das Organizações e a
Orgaúza§ÃoEscolar----.
...-....10CApÍTTILO
11-
CULTSRA
E
MI]DANÇA OR6AI\SZACIONAL
2.2. Cultura OrgúizÀsiona1...t4
2.3. Cultura e ValoresOrganizacionais...-...
.'."'16
2.4. O Agrupamento de Escolas como um Agente deMudança"
.-..."""""18
2.5. ResistênciaàMudança
.-..."""""20
CAPTNJLO
III
-
SER PROFESSOR É VTVEN
EM
GRTIPO
3.l.Intodução
...233.2.
AFormação de umGnrpo...
""""'23
3.3. Tipos de Grupos... .24
3.4. O Grupo e as suas características. .25 3.5. Três grupos de docentes (1o,2o e 3o
ciclos)
.--...-29CAPÍTULO
IV
-
DO
MAPA
CONCEPTUAL AO
MODELO
E)PLICATTVO TEÓRICO
4.1. Delimitação do campo deestudo..
..-.--.324.2.O Modelo
ExplicativoTeórico...
.----..344.3. Tipologra de
observação
----...-.-...-.354.4.
Metodologq
estratégia e instrumento a ...374.5. Processo de constução do instnrmento de recolha de
dados..-.
....--.--...374.6. Fomrulação das
hipóteses...
...-...384.7. Descrição do processo de recolha de
dados...
..--..394.8. O
questionário...
---.-..-.---.-...40CAPÍTI]LO
V
-
A ANÁLISE
DOS DADOS
OBTIDOS
5.1. Caracterização dosrespondentes
---...425.1.1.
Idade...
---...425.1,.2.Nível de
ensino..
-...----....--425.1.3. Situação
Profissional
.--.--...435.l.4.Actiüdade
que exerce naescola..
.-.-.--.435.2. Retação educativa
ente
os professores dos trêsciclos
deensino..
...445.3. Assuntos tratados nas reuniões relativas à articulação
ente
ciclos
...49 .53 5.4. Projecto curricular da escola-..5.5. Projectos conjuntos enüe os diferentes ciclos de
ensino..
...545.6. Recursos materiais mais
úi1i2ados...
...565.7. Arentabilização dos recursos no
agrupamento
...585.8. Beneficios/dewantagens da integração dos recursos educaÍivos...58
5.9. Estabelecimento de comrmicação
formal...
...595.10.
Contibutos
do agrupamento vertical deescolas.
...625.1l.
Melhoria da qualidade das práticaseducativas
...63CoNCLUSÔES
E TMPLTCAÇÕBS...
.69BIBLIOGRAFIA...
73AI\IEXOS..
78Íxorcp
DE
TABELAS
Tabela
I
- Os factores de coesão. .27Tabela
2
-MapaConceptual
...32Tabela 3 - Tabela referente à média e desvio padrão da variável idade...42
Tabela
4 - Tabela referente à frequência eprcentagem
da variávelnível de ensino a que se enconÍra
vinculado(a)
...42Tabela
5 - Tabela referente à frequência e percentagem da variávelsituação
profissional
...43Tabela
6 - Tabela referente à frequência e perceirtagem da variávelactiüdade que exerse na
escola.
...43Tabela 7
-Taklareferente
à frequência e percentagem da variávelcomunicação entre os professores dos três ciclos de ensino
relativamente aos itens
indicados..
...MTabela
8 - Tabela referenÍe as correlações e valores de significância da varávelcomunicação entre os professores dos três ciclos de
ensino..
...46Tabela
9 - Tabela referente à frequência e perc€,ntagem da variável na^s reuniõesque particrpa, trata-se de assuntos relativos aos ite,ns indir.gdoq ...49
Tabela
10-
Tabela refereirte às conelações e valores de significáncia da variávelnas reuniões em que participa trata-se de assuntos relativos a...51
Tabela
11 - Tabela referente à frequência e percentagem da variável em que medidao Projecto Curricular de Escola fomenta a comunicat'ao dos professores
dos três ciclos de
ensino..
...53Tabela
12 - Tabela refererúe à frequência e percentagem da variávelcoúecimento
de projectos conjuntos entre os diferentes ciclos de
ensino..
...54Tabela
13 -Túela
refere,lrte à frequência e percentagem da variável quais osprojectos conjuntos enüe os diferentes ciclos de ensino que coúece...54
Tabela
14 - Tabela referente à frequência e percentagem da variável entre queciclos conhece projectos
conjuntos..
...55Tabela
15 - Tabela referente à frequência e percentage,m da variávelespaço mais utilizado naEscola Sede do
Agrupamento
...56Tabela
16 - Tabela referelrte à frequência e percentagem davriável
2o espaçomais
uülizado
na Escola Sede doAgnrpamento
....-.56Tabela
17-Tablareferente
à frequência e percentagem da variável 3o espaçomais
trtilizado
na Escola Sede doAgrupamento
-....-57Tabela
18 - Tabela referente à frequência e percentagem da variável o agrupâmento1sfialilioa
de umaforma
efre,az os Íecursos materiais existelrtes...58Tabela
19 - Tabeta referente à@uência
eprcentagem
da variável a integração dosrecursos educativos para os diferentes níveis
de ensino trouxe
beneficioídewantagens...
...58Tabela
20 - Tabela referente à frequência e percentage,m da variável indique afrequência com que comunica
formalmente
...59Tabela
2l
-Taklareferente
àscorrelaçfu
evalorc
de significância davariável
indique a frequência com que comunica
formalmente
...61Tabela
?ji2-Tablarefere,lrte
à frequência e percentagem da variável Agrupame,ntoVertical
de Escolascontribuiq
relativamente aos iteirs indicados.. ...62Tabela
23 - Tabela referente à frequência e percentagem da variável a implementaçãodo Agrupamento
Vertical
contribuiu para uma meloria das relaçõesinterpessoais entre os professores dos vários níveis de ensino...63
Tabela 24
-Tabelareferente à frequência e perce,ntagem da variávelprquê,
relativame,nte àtabelaanterior...
...63Tabela
25 - Tabela referente à frequência e percentagem da variável em quemedida considera que leccionar num Agnryamento Vertical melhorou
a sua forma de estar na escola relativamente aos ite,lrs
indicados...«
Tabela 26
-Tablareferente
às correlações e valores de significância davariável
em que medida considera que
lecciona
num Agrupame,ntoV€rticat
melhorou a sua forma de estar na escola relativamente. ...66
Íuorcs
DE
FrcrIRAs
Figura
1-
ModeloExplicativo
Teorico... ....35Íxorcr
DE
Ar[Exos
Anexo
I
-
Questionário sujeito à pÉ-testagem... 1Anexo
II
-
Questões colocadas aos zujeitos respondentes aopré-tesüe
...6 AnexoIII
-Versão
definitiva
doquestionário...
-.-..-...-8Introdução
Os Agrupamentos
de
Escola preten{emcriar
um
ambiente escolar mais enriquecidoquer do ponto de vista dos alunos que têm possibilidades de ter contactos oom os colegas de diferentes idades e diferentes experiências educativas quer do ponto de
üsta
dos professoresque
enconhamtaniUem
um
conjunto mais diversificado
de
colegaspara
permuta
deexperi&rcias
e
estabelecimentode
diálogo
pedagógico essencialpara
a
auto-formação erg31litaçâo pessoal e profissiônal. No entanto, qualquer processo de mudança gera dificuldades
e, nem sempre
a
acção pedagógrca desejada resulta, ficando-se ap€naspor
umpartilhar
damesma fuea
geográfica
É
esta a problemática emergente da integração dos üêsciclos
quevamos desenvolver no nosso estrrdo.
Impo@
portanto, promover o debatg formar opiniões e posições sobre a Escola que se.quer, capaz de dar resposta as realidades do Sistema Educativo. Neste sentido, p€nsamos que
este estudo
é
pertinente,
pois possibilita
um
conhecimentomais
abrangentesobre
a consequente adequaçfo da relação pedagógica enüe os docentes dos diferentesciclos
nesta nova culfura de Escola. Sendo a necessidade de continuidade entne os três ciclosrecoúecida
erecomendada
por
todos,
é
aúavésda
acção pedagógica conjuntaque
os
professores dosAgrupamentos
de
Escola podem
alcançar essa continuidade
entre
os
três ciclos
de escolaridade.Surge, pois, neste contexto a nossa questão de investigação: Em que medida o Modelo
de
Organizaçãodo
AgrupamentoVertical de
Escolasinfluencia
a
relação edu'cativa dosprofessores
dos
diferentesciclos
do
Ensino Básico? Contudo,e
em
conformidadeoom
oçampo
de
pesquisa ondenos
situamos,uma
ouEa questão secoloca:
Seráque
a rçlaÉo
educativa que os professores estóelecem
no
AgrupamentoVertical
de Escolas influencia aqualidade das práticas educativas?
É
esta dupla perqpectiva que servirá defio
condutor nainvestigação
que nos
propomos desenvolver.O
presente estudointitulado:
"Atitude
dospiofessores Face à Verticalização do Ensino Básico: da Teoria às Práticas", desenvolve-se no
âmbito das Organizações Educativas
e
revestiua
forma de um
estudode
casode
índoleeducativa Consideramos esrc estudo de caso organizacional pertinente, pois possibilita «...una descripción intensiva, holística y un análisis de una entidade singular, un fenómeno o unidade
social»> (Serrano, 1994: 85).
Com
vista a
enquadrar commais
clareza a problemática ern análise, esüuturamos o presente estudo em vários capítulos.No
que
diz
respeito
ao
capítulo
I,
abordaremoso
Modelo
de
Organização doAgrupamento
Vertical
de
Escolas,
enquadrado
na
filosofia
dos
documentos
legais.Abordaremos também, ainda que sucintamente, alguns referenciais teóricos sobre a evolução
do conceito de organização
à luz
de diferentes teorias ea
identificação desses princípios naOrganização
Educativa
No
capífulo
II,
apresentamosuma
abordagem
breve
sobre
o
conceito
de culfura/mudançaorganizacional,
procuramos salientar alguns factores
de
resistência àmudança e
por
fim
perspectivamoso
AgrupamentoVertical
de Escolas comoum
agente demudança.
No
capítulo
III,
atendendoa
que ser
professoré
viver em giupo,
focaremos aproblemática dos grupos
por
considerármos que ela toma, ooma
integração dos diferentesgrupos
de
professores(lo,
2
e
3"
ciclos),
um
interesseparticular nnma
nova
unidade organizacional : Agrupamento Vertical deEscolas-No
capítulo
fV,
apresentaÍnoso
Modelo
Expliccativo Teórico
por
nós
elaborado,baseado
no
métodohipotéticodedutivo,
isto é,
as hipóteses definidasforam
constnrídas apartjr
das relações entre os conceitos, constituindoum
quadrol@co e
articuladoe
que deacordo
com
euivy
e
Campeúoudt
(1992:l5l)
corresponde ao'lrolongamento
natural
daproblemática,'.
Seguidamente caructeizamos as frrnçõese
atipologia
da
investigação eapresentaÍnos
todo
o
percurso metodológico'seguido até à validaçãodo
modelode
análiseteórico.
No
capítuloV,
procedemos à análise dos dados recolhidos ataves da aplicação de umquestionário aos docentes dos
üês
ciclos de
Ensino Básico,a
leccionarno
AgrupamentoVertical de F.scolas *São Pedro do Mar de
Quarteira''
ConcluÍmos o presente estudo, salie,ntando os aspectos considerados mais relevantes e
sistematizando as principais conclusões, decorrentes da investigagão e,da revisão da literatura
levada
a
cabo,referindo,
igualmente, algumas limitações,bem como
a
mais valia'desta
investigagão.
CAPITTILO
I
AGRUPAMENTO
DB ESCOLAS:
1.l.Introdução
Nas
últimas
décadas,as
organizações escolarestêm
sido palco
de
mudanças. OsAgrupamentos
de
Escolas,numa logística
de verticalizaçlo do
ensinO,cohstituem
urnainovação
no
modode
estare
concebera Escola
Nestetabalho
pretendemos compreendermelhor
esta
nova
unidade
organizacional,sendo importante
analisarmos a.evqlução
eperspectiva da legislação
e
identificarmosalguns
princípios das teorias das organizações naorganização.escolar.
À
tuz dos
referenciaisteóricos
e
articulando-secom
a
experiência profissional, esperÍtmos, como na deÍinição do conceito de metáfora de Raul Ricouer: «<falar de uma coisa nos termos de umaoutr,
(...) perceber, peÍlsar ou sentir' a propósito de umacoisa nos termos de uma
outp)
(citado por Sarmento,1994,p'87)'1.2.
Uma imagem
normativA
dOSagrupamentos
de
escolas
A
emergência de novas maneiras de ver e p€nsara
organizae$o escolar é fruto de uma pressãosocial
cada.vezmais exigente em terrnos de democraticidadee
de participação daspopulações
e do olhar invesigativo
das ciências da Edrrcação' Apesar do papel fortementesocializador
de uma
tradiçãoadminisfativa
burocráticae
cenmlizadora' mais
preocupadacom a busca da uniformidade do que com a diversidade, cremos estarem criadas as condições
mínimas paÍa a mudança
Da assungão dos princípios estabelecidos no Decreto-Lei no
ll5-A/98'
sobre o regimede autonomia, adminishação e gestão dos estabelecime,ntos públicos da educação pÉ-escolar
e
dos ensinos básico e secundfuio, 6pm como dos respectivos Agrupamentos, poderão resultar
mudanças significativas nas
púticas
degetão
da organização escolar e' em consequ&rciq na sua própria cultura organizacional'A
IÉi
no46lg6de 14 deoúubro
(Lei de Bases do sistema Educativo), veio introduziruma
grandeflexibilidade de
agrupamentode níveis
e de
escolas'A
separaçãopor
níveismantida nesse diploma é o que se refere ao Ensino Básico por um lado e Ensino secundário por outro.
A
unidade subjacente à escolaridade básica não se compadece com uma situação em 4que
o
total
dos
anos
só
pode
atingir-se
pelo
peÍcurso
de
sucessivos sectores qua§eincomunicáveis, cada um deles com seu espaço diferente e o seu tempo definido'
Numa
perspectivade
análisehistórica as
reformasdo
SistemaEducativo
têm-sefocalizado, sobrefudo, nos aspectos estnrturais
do
sistema, sendo frequente,lnente justificadasem
funçãode princípios
e
objectivos
gerais.Através da
análise dccumçntal das medidaslegislativas produzidas pelo poder cenEal verificam-se mudanças estnrturais, as quais serão
adequadas, desde que ajustadas aos factores de contingência
No
artigo
5odo
RegimeJurídico
da
Autonomia,
AdminisEaçãoe
Gestão das Escolas(Decreto
Lei
n"ll5-A/9g
de
4
de Maio),
foi
prevista
a
possibilidadede
associação de estabelecime,ntos da educação pre-escolar e dos ensinos básico e secundário-A
sua aplicaçãofoi
no anolectivo
lgggllggg
e de acordo como
artigo 9" desse Decreto-Lei consideravam-sej á Agrupamentos de. Escolas:
a
o
As
Escolas Básicas Integradas constituídasao
abrigo
do
DespachoConjunto
noI9I5ERBSEAIÚ90,
de 6 de Março. Este despacho lança no ano lectivo de 1990/91 omodelo de
EscolaBásica
Integrada. Estetipo
de
escolasurgiu como
a
estruturacoerente para possibilitar aos jovens a frequência de todo o Ensino Básico no mesmo
edificio e
contibuir
para o seu enraizamento culturalAs
areas escolares criadasna
sequ&rciado
Decreto-I/Ji n"172191'de
l0
de Maio'
integrando conjuntos de Jardins de Infância e Escolasdo
lo Ciclo'
que funcionariamcom
estruturasde
direcção, administraçãoe
gestâo integradas'Esta
legislaçãofoi
implementada com o objectivo de proporcionar trma gestão articulada dos recursos, de reduzir os problemas decorrentes do isolamento, em particular do
l"
Ciclo'
Os Territórios Educativos de Intervenção Prioritária
CIEP)
constituídos aoúrigo
do Despachon"
147-BtMEt96,de
I
de
Julho. Estalegislação
perspectivou, através deuma
experi&rciafocalizadq
a
autonomiageral das
escolase
a
§ua formação emassociações educativas com vista a lutar contra o insucesso escolare contra o problema
da exclusão social (marginalid adet pbrezatrliscriminação).
a
Na
sequência destas difere,lrtes experiências,o
artigo
5"
do
Regime
de
AÚonomia,Administração
e
Gest2íodas
Escolas, anexo
ao
Decreto-Lei
no ll5-A/98,
consagraformalmente o Agrupamento de Escolas.
.Analiúmos o Dêcreto Regulamentar n"1212000, de29 de Agosto, que define as condições necessárias à constituição e
à
instalação dos agrupamentos de escolaNo
seuArtigo
2o, Iefeteo
conceito de agrupamento de escolas oomo olrma unidade organizacional, dotada de órgãospróprios
de
adminisração
e
gestão, podendointegrar
estabelecimentosde
educação pré-escolar e de um ou mais.ciclos do ensino básico, a partir de um projecto@agógico
comum",tendo em
vista
arealizaqãode várias finalidades, eÍltre as quais destacamos:a)
Favorecer um percurso escolar sequericial e articulado dos alunos (...);b)
Superar situa@es de isolamento de estabelecimentos(");
c)
Reforçar
a
capacidade pedagógica
dos
estabelecimentosque
o
integram aproveitamento racional dos recursos;13.
A
Evolução
das
Teorias
da§
Olganizàções
eo
A
sociedade actual é formada por inúmeras organizações que cada um de nósÚiliza
e é ao rnesmo tempo parte integrartte.As
organiTÀfies sâo apanrágio da vida,tal
como nos dizEtzioni:
.hascemos em organizaçõe, qua§s todos os momentos de cadaum
dos nossos diassão vividos em organizações, os serviços que utilizamos são-nqs fornecidos
pr
organizagõese
no
momento
da
morte
é,
ainda,
uma
organizaçãg
que
há de autorizar o nosso .enteÍro" (citado por Teixeira, 1995,p.4).Vários autores deb.ruçaram-se sobre a problemática das organizações, procurando um
conhecimento
mais
aprofundadosobre esta
temática.As
concepções teórica.s relativas aoconceito de organização têm evoluído de acordo com diferentes teorias.
Frederick Taylor, fundador da Teoria da Adminisraçâo Científica, debruçou-se sobre a
análise das organizrções indusriais. Os seus trabalhos constituíram uma revelaçpo, pois foram
os primeiros
estudos sobre esta problemáticaTaylor
colocavao
ênfaseda
sua teoria nas 6tarefas
e
como principal
enfoque
consideravaa
racionalizaqáodo
trabalho
no
níveloperacional.
Esta
teoria tinha
como pressupostosa
harmonia, nãoa
discórdia;a
substituição dotrabalho à peçu
pelo fiabalho
à tarefa, pretendia obter rendimentomârimo
emvez de
umaprodução restrita. Enfaúzavao papel do administrador e as tarefas dos trabalhadores, que eram consideradas simples
e
repetitivas.No
entanto achava queos
interesses dospafões
e
dos empregados andavarn aliados: 'o o principal objectivo da administação deve ser o de asseguraro
máximo de
prosperidadeao
patrãoe,
ao
mesmotempo,
o
mârimo
de
prosperidade ao empregado" (Chiavenato, 1993263)-Taylor tinha uma perppectiva
da qrganizjl$o
oomo '1rm sistemafechado',
em que os elementos da organização estabelecem relações enüe si mas estão fechados às relações com o exterior, ignorando o meio circundante e as suas influências.Na
gestão Tayloriana a proiluçâo eravista
somo expressãocientíficq
ou
seja, era a cientificação do processo de produção e a cientificação da direcção da empresa'Um
dos
efeitosdo positivismo
é a
separação entre concepçãoe
execução' Para osÍayloristas
a
ciência nãoé
contesüável.Hoje a
concepção de ciência mudoue
para alguns cientistas as grandes teorias não são mais quemer.s
hipóteses.os
cientistas são da opinião que a ciência é contestrível,stá
em constaÍÉe mutação'A
Teoria Clássica da Adminisüação, suÍge em Frarrça etal
corho a teoria de Taylor, pretendia a eficiência das organizações.No
entanto, o &tfase desta teoria centrava-se não nastaréfas, mas
sim
na
estruhrradaorgariz.a$o,
como nos refere Chiavenalo(1993:ll0):
*a
Teoria clássica concebe
a
otganização somo se fosse uma estruturàr"' Da mesma forma queTaylor
ignorou aspectos fundamentais davida
das organizações' também Fayol não aÍribuiu qualquer importância às atitudes informaise
às influênciasdo
meio' Estas primeiras teoriasorganizacionais
(Fayol
e
Taylor)
situam-seno
determinismo'E$avam
interessados em cientificar otabalho-NadécadadetrintatendoporbaseaExperi&rciadeHaurthorne'surgeaTeoriadas
RelaçõesHumanas.omovimentodasrelaçõeshumanasnascenosprimeirosestudossobreas
condições de
trúatho
de uma fábrica-
a produtividade não diminuia como
enfraquecimentoda iluminação. Esta teoria teÍn como grande preocupação mostrar que
o
homem não é umamáquina, dando por isso uma relevância fundamental aos factores emocionais'
Em oposição à Teoria Clássica que enfatizava as tarefas ou a
tecnologq
a Teoria dasRelações Humanas, enfatizava as pessoas. Referia que o nível de produção.estava dependente
da
satisfaçãodo
pessoale
decorriada
integraçãosocial
obtidana
empre§a-A
ptissoa era motivada pela necessidade de "estarjunto",
de receber comunicações e interagir com o outro.O operário era
üsto
como um ser social, integrado num grupo, pelo que as sanções sociais emorais
do
grqpo exerciamuma influência decisiva
sobrea
motivaçãoe a
satisfação.As
nonnas
do
grup.o funcionavam oomo reguladorasdo
comportamento.A
organização estavalonge de ser um conjunto de mecânicas.
As
organizações são assim um cor{rmto de relaçõeshumanas
-
movimento de humanização.Com
a
Teoria das
Relações Humanas
terÍnos
ômo:
motivação,
liderança,comunicaçáo,
organizaqÍíoinformal,
dinâmica
de
grupos
surgemem
substituição
dosconceitos clássicos de autoridade,
hierarquiq racionaliza$§
dotabalho,
departamentação' Ohomem económico de Taylor é substituído pelo homem social de Mayo.
O movimento das rela@es humanas, na §ua visão modema, chama a atenção para que as organizções são
um
conjunto de pessoas ao conFário dos funcionalistas e estruturalistas para os quais as organizações são um conjunto de estruturas. Este movimento diz que não lhe interessam as estruturas porque sem :!§Fssoas
elas não existiam e que deve-se aproveitar opotencial que cada pessoa tern, a energia inovadora e criativa de cada um. Na perspectiva do
movimento das relações humanas as Pessoas são uma riqueza
e
as orgaÍlizaç'õestêm
queinvestir
no
envolvimento das mesmas. Consideravam que as organizações bem organizadastêm que ser flexíveis, estando a qualidade do desempenho,
a
alie'nação e a apatia ligados ao conceito de satisfação no üabalho.Tentando dar resposta aos problemas que se colocavam às organizações e que, quer a
Teoria da Administração
Científicq
quer aTôria
das Relações Humana§i, ainda não tinhamconseguido resolver, surge a Teoria da Burocracia, ba§eada nos trabalhos de
Max
Weber' ComWeber há uma visão muito negativa das pessoas, para ele as pessoas
ú
trabalhavam porqueera mesmo necesúrio.
chiavenato
(1993:4ll),
considera a burocracia como'1tma forma de organização humana quese baseia na racionalidade, isto é, na adequagão dos meios aos objectivos pretendidos, a
fim
dePara esta teoria, os funcionários são individualmente considerados e estão integrados
numa
hierarquiafirmemente
estabelecidaTodas as
suas compet&rcias estão solidamenteregulamentadas, são recrutados por concurso e selecção, seguem uma carreira por antiguidade
ou poÍ
desempenho, segundo avaliação zuperior, exeroemas
suas funções separados dasfunções da administação e são sujeitos a uma disciplina
ríSda
e homogénea Para Iúan Webera
burocraciaé
a
orguúzaçáo eÍicientepor
excelênciae
enquantomodelo
organizacional aburocracia
foi
teorizada Por ele.No entanto, várias foram as críticas que se levantararn a esta teoria: não dá relevância
às influências ambientais, os membros da organização são vistos oomo seguidores de regras e,
tal
como as organizações anteriores não considera a organi?ÀÉo informal. Para alguns autoresWeber nunca definiu burocracia e burocracia em Weber não é propriamente uma teoria ou um
modelo,
masum tipo ideal.
Segundo Costa(1996:
42),a
burocraciaé
uma
"construção conceptual, despida de intenções prescritivas e servindo de medida à realidade"..
podemos ainda percepcionarmelhor
a
ideiade
burocracia nestateoriq
observandoalgumas características, .funções e disfunções do modelo Weberiano de burocracia:
Característica burocratica- divisão do úabalho, orientação impessoal, hierarquia de autoridade, regras e regulamentos e promoção na carreira
Função- especialização, racionalidade, concordância disciplinar e coordenação, continuidade e uniformidade e incentivo.
Disfunção- desinteresse,
moral baixo,
blocosde
comunicaÇão,ngdez e
deslocamentos de Íinalidades e conflito entre realização e tempo detabalho
.
Nesta teoria prevaleceo
mecanicismo, $rrgea
ideia
da aculmulaçãode
riqurezae
aexpansão do liberalismo económico. Hoje fala-se em
no-liberalismo,
aparecendo a efici&rciae a
eficácia oomo valores. A. eficiência tem aver com
a relação custo/beneÍicio-Hoje
nãoficamos pela eficácia mas procuramos a excelência
Na
década de cinque,lrta, como
aparecime,nto da Teoria da Conting&rcia, surge umaoutra visão das organizações. Lawrence
&
Lorsch consideravam que nâo havia uma melhor maneira de orientm as organizações, mas sim que cada caso estava dependehte das tecnologiasutilizadas
e
principalmentedo
ambiente."A
visão
continge,ncialprocura
compreender as relaçõesdento e
e,lrtreos
subsisternas, bem oomo entrea
organiza$o
e
o
seu ambiente" (Chiavenato, l993z 7 99).porénr,
é
importante referirmos quenão
foi
a
Teoriada
Contingênciaa primeira
arealçar
o
papeldo
ambientena
vida
das organizações;a
Teoria Estnrturalistajá
o
havia corisiderado um factor de relevo,tal
comodii
Chiavenato (1993: 487) apropósito desta teoria:o.cada organização interage com
o
seu ambiente externo e oom as demais organizações nelecontidas".
Um
outro
conceitoque
a
Teoria
da
Contingência consideramuito
importanteé
atecnologia
Teixeira (1995: 24) define-a como"o
acerbo decoúecimentos,
equipamentos e técnicasutilizados
que
permitem
à
empresaprestar
determinadosserviços
ou
produzirdeterminados produtos"
-No
princípio dos anos oitenta surge a TeoriaZ
de Ouchi, que comoo próprio
afirmaoosupõe, simplesmente
que
trabalhadores
felizes
e
implicados §ão
s
chave
de
umaprodutividade acrescida" (Citado por
Teixeira,
1995,p'27}
Estas organizações caÍagte-rwm-sepelo
desenvolvimento de umafilosofia
ou cultura
da empresa'As
decisões são tomadas colectivamente por pro@ssos participativos, depois de consulta formal de todos' O emprego é pelo período de vida mas o§ processos de avaliação e promoção são lentos'Todas
estas teoriasmosgram-nos
várias perspectivasde
encararas
organizações'Propomo-nos estudar
a
organizaqÃoEducativa, salientando as influências das várias Teoriasmas
teldo
consciênciaque
nenhumapor
si
só, explica
o
que se
passana
organizaçãoEducativa
As várias perspectivas é que nos definem esta organi?ação tão importante navida
de todos nós.
1.4.
As Teorias
das
Oryanizações
ea
Organiza.pro
Escolar
Uma
das organizações que deum
modoou
deoufo
afecta todosos indiüduos
é
aorganização escolar. Este é o lugar *onde as interac@es comunioativas e simMlicas têm como
pretexto e fundamento ordenar,
legitimar
e garantir as interacções comunicativas de toda a sociedade,, (Sarmento, 1994:|l).
A
Escola tempor
objecüvotaÍlsÍnitir
a todos os cidadãos uma cultura indispenúvel à vida em sociedade-É
caaa vez mais' encarada como um espaçointegrador
que
possibilita
aosjovens
uma
evoluçãoharmoniosa
No
entanto'
apesar daorganizagão escolar
ser uma
realidademuito
complexaa exigr
uma
cuidadosa reflexão,poucos são os autores que se têm debruçado sobre esta organizaçãoespecífica
Alves-Pinto
(
1995: 146), apresenta-nos uma definição em que a escola é vista comoum
campo de acções:"a
escolaé um
determinado conjunto de acções levadasa
cabopor
pessoas situadas num sistema de interacção crasterizado por determinados es'tahrtos, papéis e
regras de funcionamento
(formal
einformal)". De
um modo geral, as definições estabelecem um. paralelismoente
o
conceitode
Escolae
o
conoeitode
Organização.No
entanto, aespecificidade da organização escolar torna-a
numa
organização únicapois
'lossui
marcasirredutíveis que a sin§ulfrizzrn'nos universos
organizacionais'(Alves,
1995: 60).Tal
como em
todas
as
outas
organizações, tambémna
Escola,
apesarda
suaespecificidade podemos encontrar os
princípios
das teorias explicativas. Figueiredo (1995: Il),
fazendo suasas
palavrasde Lima
refere que
'oa escolacopo
organiacrãotem
sidoconsiderada a,través
de
dux
perspectivas antagónicas:por um lado
é
encaradacomo
umaorganização burocrática, por outro lado, é visüa como uma pequ€,Íla anarquia
orgutizadd'.
Vários
autores explicama
organizaqão escolarà
luz
da Teoria da Burocracia.
Estateoriq
segundoLima
(Citadopr
Figueiredo,lggs,p.ll),
"quando aplicada ao estudo das escolas, ace1rfua a importância das noÍrnas absfactas e das çsütrturas formais, dos processos de planeamento e de tomada de decisões, a consistência dosobjwtivos
eo
caracter preditivodas
acções".Manuela
Teixeira (1995:
7),
citando Alves-Pinto,
rcfere que
a
Teoria
daBurocracia é
visível
"no.que'é proposto comoÍim
do acto escolar, nos métodos seguidos, na avaliação da eficácia do acto de aprender,na
otganização do sistemaescolaf. A
autora cita tambémFormosiúo,
qug ao
analisara
legisla@oidentifica
algunsprincípios
do
modeloburocrático: 'trniformidade
e
rigidez nas
tomadasde
decisão,as
regtas
adminisfativasprevalecem sobre as regras pedagógicas, existe um elevado grau de cerfializaqÃo'.
PaÍa além da Teoria da Burocracia, outras teorias explicam
tamHm
esta organizaçãoescolar. Encontramos na Escola comportamentos organizacionais
póximos
da AdministraçãoCientífica: os toques de
campaiúa
que marcam oriüno
de trabalho; o calendfuio escolar, como
número de dias do ano lectivo, intemrpgões, férias, momentos de arnaliação; os programasescolares
definidos
pelo
Ministério
e
desenvolüdos
ao
ponnenor,
oom
objectivos
emetodologias; os horários das turrnas e dos professores
"instnttotes';
a ligaçâo constante entre instrução e controlo.Há
outros autores que enfatizama
importfurciado
modelo de relações humanas naorgafiza$o
escolar. Esta teoriavalonzaa
estrutura informal nasorganizaçõc:
quantas vezes não assistimos tras nossas escolasà
resolução de situações em conversas informais, após seterem
realiz-ado várias reuniões parao
efeito? Também na sala de professores, nas salas deaula,
nas
reuniõesé
fácil
identificarmos
os
"recoúecime,lrtos sociais",
reguladores docomportamento dos membros: as sanções positivas, como Por exemplo a aceitação social, o
recoúecimento
e as suas sanções negativas,o
cinismoe
as
relaçõesfrias.
Outro aspecto importante da Teoria das RelaçõesHumanas que enconmÍnos
nesta
organira$o é a
exist&rcia devários
subgrupos (gruposdisciplinares, Conselho Pedagógico, clubes escolares,
ATL's,...) dento
do grande$upo
que é a organização escolar.Certos autores consideram que ao analisar esta organizacfio,o modelo de contingência ou o da anarquia orgarizadapodem dar contributos mais adequados.
A
Teoria da Conting&rcia pode ser aplicada a vários aspectosda
organização escolar pois está aberta ao exterior, nela.
participam os encarregados de educação, os representantes das autarquias e a comunidade em geral. Ou seja, recebe influ&rcias do ambiente que arodeia ma§, ao me§mo tempo,coirdiciona-o.
A. organizafio
escolar mantémuma
interacção contínua oomo
ambie,lrteem que
estáinserida.
Neste
sentido,
é
vista
somo
um
sistema
aberto, onde
inevitavelmente
hâ relacionamentos complexos deprspectivas
e papéis.A
organização escolar pode também ser encarada*-:
uma anarquia organizada, ouseja
como'trma
orgariacfio
ambígua, em que as metas e as prioridades não estão claras e a participação dos actoresé
dispersa, não tendendoa
reforçara
coesãointerna"
(Figueiredo1995:
ll).
Aplicando a Teoria
Z
à escola, podemos verificar que as decisões são tomadas através de processos participativos. Se forem dadaÀ possibilidades aos professores de se organizanemem
..círculos
de
qualidade'?,por
exemplo
nos
Conselhosde Anos
ou
nos
Conselhos Pedagógicos, a qualidade de ensino será maispositiva
A
organizacrâoescolar,
tal
como
as
ouhas
organizaçõesteÍn
por
base
váriospressupostos (tecnologia,
objectivos,
nornas,
esEufura, tarefas,....),contudo
é
importante realçarmos "que as escolas são instituições de umtipo
muito
particular, que não podem serpensadas como uma qualquer fábrica ou
oficina"
§óvoa,
1992: 16)'c,lpÍrur,o
II
2.l.Introdução
«Mudam-se Õs tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se aconfiança;
Todo o mundo é comPosto de mudança,
Tomando seÍnpre novas qualidades.»>
Já Camões se referia
à
mudança,oomo'algo
queé
inerentea
todas as pessoas' O homem éum
ser dinâmico quefaz
oomo constantes da sua vida, aprocurq
a descoberta e a inovação.A
visão
que temosdo
mundo,
os
nossos modosde
vida, opiniões
e
valores vãosofrendo alterações.
A
sociedade tenta adaptar-se a esta permanente mutação, transformandoos
contextos organizacionais.e
escolaresque
cada
vez mais se
caracterizampela
suaheterogeneidade.
..o
indivíduo,
o
grupo,
a
organiza4o
e a
comunidadesão
sistemasdinâÍricos
e vivos de
adaptação, ajustamentoe
reorganização,somo
condição básica desobrevivência em um ambiente em contínua mudança" (Chiavenato,1993:62o)'
podemos então
dizer qua
a
mudança organizacional serefere
a um
processo que propõe alterar os comportamentos, os procedim€ntos, tendo ern vistaa efiúcia
e a efici&rciadas organizações. É neste sentido que §urge o Agrupame'lrto de Escolas' um novo modelo
de
organização escolar, oom
o qual
se pretendea
integraçãoe
oooperação entre os professores dos diferentes níveis de ensino, tendo emüsta
o §ucesso educativo'2.2.'
Caltura Olganizacional
A
cultura é um termomuito
utilizado para algo de que toda a gentefazpute
e para o qual cada um tem a sua própria definição. Asdefiniçõc
de cultura são numerosas e é semprediÍicil
saber de que é que se fala quando se faladt
cultura
DesdehámaisoumenosumadezenadeanosqueotennooocultuÍa,,.temvindoasofrer
uma renovação itnportante por Gau§a de estudos que incidem sobre as organizações'A
noçãode cultura
estáhoje
a
experimentarum
acentuado desç,lrvolvime'lrto, tantoteórico como prático
e
importa determinaro
interesse que ela tem Paraa
compreensão dosaspectos humanos e organizativos.
A
cultura
envolve-nos, determinando
os
nossos
movimentos,
permitindo-nos sobreviver. É uma condição natural que nãq requ€r um pensame,nto consciênte,"em
se'lrtidolato,
podemosdizer que
a
cultura
é a
socializaefio
dos
membrosde uma
determinadacolectividade desde
o
seu nascimento. Neste contexto, nós podernos identificar a socializaçãode um determinado gtupo que repres€nta uma comunidade específicar nas quais se incluem as
organizações económicas e s@iais" (Fálima Jorge
&
Paulosilvq
2000).O
modo oomo os diversos autoÍes se situam faceà
organizaSo determina diferentes perspectivas sobre a problemática cultural.O primeiro
conceiô
de cultura foi-nos dado por Taylor em 1871 e significava *culturaou
civilização,
no
sentido etimológico
mais lato do termo,
é
essetodo
complexo
que compreende O COnheCimentO, aS cl]enças,a
Üle, a moral, Odireito,
OS cOStUmeSe
aSoutas
capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem quando membro da sociedade" (Cuche' 1999: 38). Nesse sentido, para Taylor, a culürra é a expressão da totalidade da
üda
social do homema qual se adquire ç se herda socialmente, mas não é geneticamente
tansmitida:
o homem nãonasoe com a
cultura,
rcaliza-aatravés das suas relações sociais e vai sofrendo ao longo da vidaum processo de endoculturação
ou
interculturação que inconscientementevai
integrando noseu todo social e cultural, ou
dito
de ou6o modo, é um processo permanente de construção'desconcenfiação e reconstrução que
vai
permitindo ao homem adaptar-se ao meio, adaptar-sea si próprio,
às suas necessidades, aos seus projectos, sendo que e§tas relações sociais são sempre inigualitárias.ouüos
autoÍes, vão sucessivamente precisando este conceito:ParaBernoux(dd:169),*aanáliseorganizacional(...)constataaexistêrrciade
sistemas de acção" e analisa as culturas *como a permanência de sistemas de acção''
Bertand
e Guillemet (1994: 12+125), consideram que a cultura organizacional pode,,canaliz,ar os comportaÍnentOs à volta de um certo núrnero de normaS de acções"' Para estes autores, cultura organizacional *é o lago onde nadam o§ valorrcs, as inte'nções e os objectivos
deuma
organizaSd'.
Para F.Schein, a cultura organizacional é
'trm
conjunto de pressuposições inventado'descoberto
ou
desenvolvidonum
dado grupo,
quando aprendea
regUlaros
problemas daadaptgção ao seu.meio externo e a integração interna; este conjunto é bastante efrcaz para ser
considerado como
válido
e su§cePtívelde
ser ensinado aos novo§ membros cQmo a maneiracorrecta
de
aprender, pensafe sentir em
função destes problema§' (citadopor
Bertrand eGuillemet, 1994:120\.
Pam Chiavenato (1993: 609), a cultura
organizacional
'tepousa sobre um sisüema decrenças
e
valores, tradiçõose
hábitos,
uma forma
aceite
e
estávelde
interacçõese
dereracionamentos sociais típicos de cada
org*iz,,#o''.
Este autor considera que só é possivel mudar uma organi 7açáomudando a sua cultura, ousejq
os siStemas entre os quais as pessoasvivem e trabalham.
Para Sarmento (1994: 71) cultura organizacional "é
o
conjunto de assunções' crenças' valores e dispositivos simMlicos partilhados pela totalidade ou por parte dos membros de umaorganizarflo.
A
cultura organizacional decorre e exprime relações de interacção que existem no interior de uma organização concreta"'Em
todas
as
definiçõesen«)nfiamos
momentos oomuns:valores' ideias'
crenças'hábitos, modos de actuar e símbolos partilhados por todos os membros da organização'
Um
estudo sobre a cultura organizacional de um Agrupame'lrto de Escolas supõe umaanálise destes momentos, análise que não estamos em condições de fazer' Nesüe capítulo
as
nossas intenções são associar a explicitação dos conceitos e úordagens
tóricas
à organização escolar.2.3.
Cultura
eValores Organizacionais
Dadefiniçãoganéíreadecultura:somovalorts,cre'nçasetradiçõespartilhadas'emerge
o
conceito
de
valores.O valor
"é
uma
maneirade
serou
agir
quegma
p6§oa ou
uma colectividade recoúecem como ideal e que faz com que os seres ou as condutas aos quaisé
anibuído sejam desejáveis ou estimáveis' (Rocher, 1989: 689)' Nesta medida o valor situa-se
na
ordemideal e
não na dos objeotos concretosou
dos acurtecimentos. Enquantoideal,
ovalor implica
a ideia duma qualidade deser
ou
de
agir zuperior'a
que
se aspiraou
em quem nos inspiramos.
A
este título o valor não é menos real que as condutas ou os objectos emque se concretiza
ou por
que se exprim€. Os valores não constifuemum
mundo à parte do mundo das coisas ou dos actos.Andrade
(1992
66)fua
distinção entre oaalores pessoais" e 'Aalores sociais"- Estes,também designados valores éticos, reflectem a orientação geral da sociedade em que se
vive,
tendopor
issoum
significado geralmente aceitepor
todos. Podem ser exemplo dos valorês sociais ou éticos ajustiça
social, a liberdade, etc. Os valores pessoais são os que se aplicamnas decisões da vida pessoal de cada
um
e podem ser considerados oomo interpretações dos valores socias ou simplesmente como preferências pessoais.O
valor moral
é
pessoal, embora situado
num
contexto
especialmente social;acreditamo§
que valem, num dado
momento histórico.
É
universal,
vale
na§
mesmascondições, para qualquer
outo,
embora percebidoe
a§fiali7Âdo segundoos
determinanteshistóricos locais.
os
valores têm natureza racional, mas isso nãosignifica
que sejam sempre conscientes. "Os valotes condicionam edirigem
a
ac*fio humana, quer sejam consçientes Ounão" (Andrade, 1992: 49).
Os valores organizam-se hierarquicamente- As pessoas consideram que certos valores
são
mais
importantesque outros
e
estâopor
issomais
dispostas,em
casode
conflito
a sacrificar unsem favor
dos outros.Numa
Sociedade surgem efectivamente poucos valores novos. Acontece que certos enfraquecem e são substituídospor
uma das suas variantes'A
mudança nos valores não passa de uma alteração na hierarquia dos valores'Refere Rocher (1989:
8l)
que*os
valotps devem ser partilhados pelos membros deuma colectividade; a adesão avalores oomun§ é condição de participagão na
colectiüdade''
No
que se refere àorganizzçãoecolar,
a partilha de valoles Pelos diferentes actores dacomunidade educativa passa
por
se estabelecerem pontes de comünieacfioo de continuidadeenüe a cultura do Agrupamento de Escolas e acultura do contexto'
Os
valores ôrganizacionaissó
são valores quando são partilhados pelos diferentesactores. Assim, percepcionamos alguns
valom
organizacionais:.
Sentido ético subjacente às decisões.
Serrtido dejustiça
tolerârrcia, solidariedade, oooperação e civismo..
Empenhamento em relação à profissão e à Escola..Comprometimentocomobem.estardosalrmoseobemestarsocial.
.Respeitopelasdiferençasculturais,raciaiseéuricas'
A
profissão docente envolve problemas complexose
delicados sobo ponto
de vistaéfico. Os aspectos deontológicos revestem um cariz particular na profissão docente, uma vez que se úaÍa de uma profissão que
I.
por objrcto a formação e o desenvolvimento de pessoas,especialmente cdanças
e jovens.
A
inexistênciade um
código
deontológicodeixa
cadaprofessor
entegue aos
ditamesda
sua consci&rcia,tendo
que e,ncontrarpor
si
mesmo a orientação e os limites da sua conduta profissional.Como consequência desta *liberdade", permitimo-nos destacar a importfuicia da ética
na vida
profissional,em paúicular
nas decisões que diariame,nte, o§ professores,têm
que tomar.2.4.
O
AgrupamenÍo
de Escolas como
um Agente
de
Mudança
Considerando
a
escola como'hm filüo
quedá forma
às mudanças prove'nientes doexterior, que as bloqueia ou as anima"
§óvoa,
1990:2),
identificamos, por um lado, algUnsfactores de resistência à mudança e por ouüo, de que modo é que a escola pode ser
üsta
comoum agénte de mudança
A
visão que temos
do
mundo,os
nossos modosde
vida'
opiniõese
valores vãosofrendo alterações.
A
sociedade tenta adaptar-se awta
permanente mutação, tansformandoos
contextos
organizacionaise
escolarc que
cada
vez mais se
caracterizampela
suaheterogeneidade.
*O
indivíduo,
o
grupo,
a
oryanizacfioe a
oomunidadesão
sistemasdinâmicos
ç
vivos de
adaptação, ajustamentoe
,eorgaDi'açÃo,, oomo condição básica desobrevivência em um ambiente em contínua mudança (Chiave,nato,1993:620)'
Podemos então
dizer
quaa
mudança organizacional serefere
a um
proces§o quepropõe alterár os comportaÍnentos, os procedimentos, te,ndo em vista
a
eficácia e a efici&rcia das organizações.É
neste sentido. que surge o Agrupamento de Escolas, um novo modelo deorganiação
escolar, como
qual se prete,nde a integraçãoe
cooperaçãoente
os professoresdos diferentes
níveis de
ensino, tendo emvista
o
sucesso educativo'os professorestêm
apossibilidade de
coúecer
experiências Írovas, metodologiase
materiais adequados que vãopotenciáJos
oomo
agentesde
mudançana
organiz'acfioescolar'
Ao
leccionÍlrem numAgrupamento de Escolas, os professores defrontam-se oom uma série de novas experi&rcias,
para asi quais deverão ser capazes de responder
da melhor forma.
Sabemos que mudançasdeste
tipo
vão
sendo construídas poucoa
pouco pois
a
integração das diferentes culturasprofissionais, não é, à primeira
üst4
empreendimentofrácil-Durante muito tempo analisou-se a inovação educacional em dois pólos distintps. Ou
se centava nos
aspctos
micro-
sociológicos (ao nível da sala deaul4
professot€s e alunos)ou
nos
aspectos macro-
sociológicos(políticas
educativas, sindicatos,...). Actualmente, a inovação educacionalé
vista
aonível da
orguização
escolar,pois
'larece
evidenteque
éjustamente ao nível
da
organizagão escolar que ÍN inovações educacionias podem implantar-see desenvolver-sÊ" (Nóvoa, 1990: 2).
Hoje em dia,
na
orgarizaqfu escolar encontraÍnos uma população escolar,social
eculfuralmente diferenciada:'ensinar é confrontar-se com um grupo heterogéneo, do ponto de
vista
das atitudes,do
capital escolar,do capital
cultural, dos prq!rctos, das personalidades"@errenoud,1993:28).
Há
cadavezmais uma miscege,nação de raças e culturas, o que torna a escolaum
palco
de
diversidade.A
instituição
escolar,como
agente dinamizadorque
sepretetde que sej4 deverá promover a interacção
e,
agir no rneio, de forma própria e educativa,investindo nas eshatégias de intervenção, na planificação de actiüdades inovadores, que. vão uo
"rr*nt
à
dos interesses e motivação dos alunos, tornandoa
organiz-afio escolarcadavez
mais eficaz
A
implementação de um projecto de escola pode implicartoda a comuÍlidade educativae
desencadearum
processode mudança
O
Projecto Educativopossibilita
o
fabalho
emequipa e é fundamental na melhoria dos processos qomunicativos. Represe,nta a possibilidade
de, como
diz
António Nóvoa
(190:
3) *levar à
práticao
conceitoce,lrtal
da
autonomiarelativa do
estabelecimentode
ensino". Esta aúonomia
rcfere-seaos
aspectos culturais, pedagógicos, administativosI
financeiros.Um factor que contribui significativamente paru aimplementação do projecto de escola é a necessidade de *coragem
o'iúivd',
gue oomo nosdiz
R.
May
(19922lg)
"éproporcional ao grau de mudança' e as organizações educaÍivas que seenconfram neste proc€sso
de
inovaçâoe
mudança precisam de"indivíduos
oorajosos quevalorizem e dirijam essamudança'.
Considerando
a
escola como'hm
filtro
que dáforma
às mudanças provenientes doexterior, que as bloqueia ou as anima''
§óvo4
1990:2),
identiÍicámos, porum
lado, algunsfactores de resistência à mudança e poÍ outro, de que modo é que a escola pode ser
üsta
como um agente de mudança2.5. Resistência
à
Mudança
Há
diferentestipos
de
mudanga.Pode ser
espontâneEe
nesse
caso
surge
decircunstâncias naturais, não havendo qualquer esforço deliberado para que
ocorra
Tambémpode ser
evolutivq ou
seja,uma
mudançaa longo
pfitzo, que resultade várias
situagõesponfuais que vão acontecendo na oÍganizaeÃo.A mudança pode, ainda, ser planeada e então é
consciente
e visa
determinados objectivos.Os
Agrupamentos de Escolas inserem-se numamudança evolutiva, resultado das várias experiências que foram expostas, no capítulo
I-Porém ..desde
que
é
implementadq uma
mudança,não
é
simplesmente posta em prâtic;,'(Hall,
1984: 150), pois muitas vezes surgem, nas organizações, forças de resistência.Qualquer mudançq sob o ponto de vista organizacional, geranormalme,lrte forças que
vão
resistir. Kaufrnan, (citado
por
Hall,
1984,p.149) refere que
a
mudança*é'
sanpreconfrontada
com
forças intensas que3
colocam em xequee
que restringem agudamente acapacidade
das
organi?:rçixl,sde
reagirema
novas
condições". Este
aúor
identifica
osseguintes factores de resistência
à
mudanç;a: 'oos beneÍícios oolectivosou
estabilidad€', a..oposição calculada à mudança' ou ainda a "incapacidade para a mudanga''. Já Stoner (1982:
261)
consideratrês
'Tontes geraisde
reistência à
mudanf
:
o'a incetleza--',
o'afalla
de disposiçãopara
úrir
mão de
benefícios existentes"e
a
"consciênciadas
fraquezas dasmudanças propostas'..
Katu
eKún
identificaram seis factores de resistência à mudança: 'oas organizações sãosobredeterminadas", *cometem o erro(...) de acreditar que a mudançá em
ún
único ponto nãocausará impacto na amplitude da organi
za$D","inércia
individual egrupal',
'a
mudança pode ameaçar o sistema de poder estabelecido" efinalmelte'a
mudanga pode ameaçar aqueles que beneficiam da alocaçâo actual de recompensas e rocuÍÍios' (citado porHall,
1984,p.149).Kurt
Lewin,
pertencenteà
Escolada
Dinâmicade
Grupo,
definiu a
resistência àmudança o.como um fenómeno geral dos organismos sociais" e esquematizou-o "como uma lei de acção e reacção: toda a acção tende a provocar uma reacção que visa anular os seus efeitos" (Citado