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As particularidades da gestão de trânsito numa empreitada

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Academic year: 2021

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(1)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Departamento de Engenharias

As Particularidades da Gestão de Trânsito numa Empreitada

Por

Filipa Andreia Abobeleira Vieira

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia

Civil pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

(2)

II

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Departamento de Engenharias

As Particularidades da Gestão de Trânsito numa Empreitada

Mestrado em Engenharia Civil

Filipa Andreia Abobeleira Vieira

Orientado por

Prof.ª Dr.ª Cristina Madureira dos Reis

Profº Dr.º Luís Filipe Sanches

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia

Civil pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

(3)

III Gostaria de mostrar o meu profundo agradecimento a todas as pessoas que de um modo geral, com o seu contributo, permitiram a realização deste trabalho. De um modo particular, devo ainda expressar a minha gratidão às seguintes pessoas:

 À Prof.ª Dr.ª Cristina Madureira dos Reis, orientadora desta dissertação, pelas palavras de apoio e de incentivo que me dirigiu, como também por toda a sua disponibilidade e amizade.

 Ao Co-orientador Prof.º Dr.º Luís Filipe Sanches, por todo o seu apoio, como também sua disponibilidade e amizade.

 À empresa CAET XXI, mais concretamente ao Eng.º Jorge Príncipe, Engª Marta Neto, Eng.º Patrique Alves e ao Carlos Santos, pelo seu vasto conhecimento e pela disponibilidade, pela transmissão de conhecimentos, amizade e companheirismo durante todo o processo de investigação.

 A todos os meus amigos, pela companhia e amizade demonstrada ao longo de todo o meu processo de formação académica.

 Ao meu namorado por estar sempre presente.

 Por último, mas não menos importante, gostaria de expressar o meu profundo agradecimento aos meus pais, irmão pelos esforços feitos ao longo destes anos, como também pelas palavras de incentivo.

(4)

IV

Resumo

O Decreto – Lei nº 273/2003 de 29 de Outubro procede à revisão da regulamentação das condições de segurança e saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis, constante no Decreto – Lei 155/95, de 1 de Julho, mantendo as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho estabelecidas pela directiva nº 92/57 CEE, do Conselho, de 24 de Junho. Este define novos actores no acto de construir, surgindo a necessidade de nomear coordenadores de segurança na fase de obra, sempre que existam duas ou mais empresas a laborar em obra. Tendo estes um papel fundamental na gestão do trânsito durante a execução de uma empreitada.

A sinalização em obra é uma questão cada vez mais importante no combate aos acidentes de trabalho. Numa obra rodoviária, onde existe a circulação em simultâneo de automobilistas, os riscos de acidente são muito elevados, havendo assim um especial cuidado no combate dos mesmos, onde um dos meios de prevenção passa pela sinalização temporária, regulamentada pelo Decreto-Regulamentar 22-A/98. O objectivo deste trabalho de investigação consiste na gestão do trânsito numa obra. A obra em estudo é a auto-estrada transmontana, onde se irão analisar os condicionalismos existentes entre a execução da via e a passagem do trânsito automóvel, como é feita essa gestão.

Quando, devido à envergadura da obra, é necessário interromper as vias de circulação, num ou nos dois sentidos, tem que haver desvio do trânsito por estradas alternativas como estradas nacionais, municipais ou até construir uma via de desvio. Estes desvios devem ser devidamente sinalizados para que os automobilistas tomem conhecimento das novas condições da via em que passam a circular. Estes desvios levantam uma questão sobre qual a melhor maneira de lidar com o trafego automóvel e pesado e o estudo da viabilidade económica, associados aos custos gerais da obra.

Com este estudo pretende-se fazer uma abordagem às particulares da gestão do trânsito na execução de uma empreitada, de maneira a sugerir melhorias ao nível da segurança tendo em vista a redução dos acidentes rodoviários e de trabalho.

Palavras-chave: Coordenação de Segurança, Desvios de trânsito, Sinalização temporária,

(5)

V

Abstract

The Decree-Law n. 273/2003 of 29th October, revises the regulation of Safety and health at work at temporary or mobile construction sites as set on Decree-Law 155/95 of 1st July, maintaining the minimum safety and health at work established by Directive n. 92/57 CEE of the Council of 24th June. This first refereed Decree-Law, sets new actors in the act of building, resulting in the need to appoint safety coordinators during the construction phase, whenever exists two or more companies laboring in construction. The safety coordinators in construction have an important role in the management of traffic during the execution of a contract.

The signaling it’s an important factor to help to reduce the workplace accidents. In a road construction, where there’s a simultaneous movement of car drivers, the accident risk is very high. To reduce this risk or, avoid completely, there should be prevention using the temporary signaling regulated by Decree-Regulatory 22-A/98. The purpose of this research work, is to manage the traffic on the construction site. The work in question is the Transmontana Highway, which will be analyze the constraints existing between the implementation of the road and the passage of car traffic.

Due to the magnitude of the construction work, it’s necessary to interrupt the traffic routes, in one or both directions, diverting the traffic to alternative roads, such as national, municipal roads or even building a detour road. This detours must be properly signalized so that the drivers be aware of the new road conditions. Such detours raises some questions about the best way to deal with car traffic and the study of economic viability, associated with the overall costs of the construction.

This study aims to make an approach to the particular traffic management in the execution of a contract, in order to suggest new improvements in safety, aiming the reduction of road and work accidents.

(6)

VI

Índice Geral

Resumo ... IV Abstract ... V Índice de Figuras ... VIII Índice de Tabelas ... IX Abreviaturas ... X 1 Introdução ...2 1.1 Contexto geral ...2 1.2 Objectivos ...2 1.3 Estrutura do trabalho ...3

2 Operacionalização dos conceitos das obras rodoviárias ...5

2.1 Classificação vias de comunicação rodoviária ...5

2.2 Conceitos ...8

3 Coordenação de segurança em projecto e em obra ... 11

3.1 Coordenador de segurança ... 11

3.1.1 Coordenador de segurança em fase de projecto ... 12

3.1.2 Funções... 12

3.2 Coordenador de segurança em obra ... 12

3.2.1 Obrigações ... 13

3.3 Exercício da coordenação de segurança e saúde ... 14

3.4 Incompatibilidades ... 14

3.5 Instrumentos de prevenção ... 14

3.5.1 Comunicação Prévia ... 15

3.5.2 Plano de Segurança e Saúde ... 16

3.5.3 Fichas de Procedimento de Segurança ... 17

3.5.4 Compilação técnica da obra ... 18

3.6 Equipamentos de Protecção ... 19

3.6.1 Equipamentos de Protecção Individual ... 19

3.6.2 Equipamento do Protecção Colectiva ... 21

4 Sinalização em obra ... 23

4.1 Tipo de sinalização ... 23

4.2 Meios e dispositivos de sinalização ... 32

4.3 Condições de utilização de sinais ... 32

4.4 Sinalização temporária ... 33

(7)

VII

4.6 Características da sinalização ... 34

4.7 Colocação da sinalização ... 39

5 Subconcessão Auto-estrada transmontana ... 41

5.1 Enquadramento do IP4 ... 42

5.2 Caracterização da obra ... 43

5.2.1 Descrição dos Lotes ... 43

6 Metodologia de investigação e análise de resultados ... 49

6.1 Análise dos Resultados ... 50

6.1.1 Desvio de trânsito/Condicionamentos ... 50

6.1.2 Qualidade de manutenção e implementação da sinalização ... 66

7 Conclusões ... 95

7.1 Conclusões Gerais ... 95

7.2 Perspectivas e desenvolvimentos futuros ... 96

Referências Bibliográficas ... 97

ANEXOS ... 99

Anexo I ... 101

Anexo II ... 107

(8)

VIII

Índice de Figuras

FIGURA 3.1-UTILIZAÇÃO DE EPI'S[13] ... 20

FIGURA 4.1-ESQUEMA DE COLOCAÇÃO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA [22] ... 33

FIGURA 5.1-FUTURO TRAÇADO DA A4[25] ... 41

FIGURA 5.2-NÚMERO DE VÍTIMAS MORTAIS E FERIDOS GRAVES DO IP4,FONTE:ANSR ... 42

FIGURA 5.3-DIVISÃO DOS LOTES DE CONSTRUÇÃO [25] ... 43

FIGURA 6.1-PERCENTAGEM DE DESVIOS E CONDICIONAMENTOS APLICADOS ... 56

FIGURA 6.2-NÚMERO DE DESVIOS E CONDICIONAMENTO APLICADOS ... 56

FIGURA 6.3-EXEMPLO DE SUPRESSÃO DE VIA E BERMA [22] ... 57

FIGURA 6.4-TIPOLOGIA DOS DESVIOS E/OU CONDICIONAMENTOS APLICADOS ... 58

FIGURA 6.5-PERCENTAGEM CORRESPONDENTE À TIPOLOGIA DOS DESVIOS E/OU CONDICIONAMENTOS .... 58

FIGURA 6.6-CAUSAS DO LOTE 1 ... 59

FIGURA 6.7-CAUSAS DO LOTE 2 ... 59

FIGURA 6.8-CAUSAS DO LOTE 3 ... 60

FIGURA 6.9-CAUSAS DO LOTE 4 ... 61

FIGURA 6.11-CAUSAS DO LOTE 6 ... 62

FIGURA 6.12-CAUSAS DO LOTE 7 ... 62

FIGURA 6.13-CAUSAS DO LOTE 8 ... 63

FIGURA 6.14-CAUSAS DO LOTE 9 ... 63

FIGURA 6.15-CAUSAS DO LOTE 10 ... 64

FIGURA 6.16-CAUSAS DO LOTE 11 ... 64

FIGURA 6.17-CAUSAS DO LOTE 12 ... 65

FIGURA 6.18-CAUSAS DO LOTE 13 ... 65

FIGURA 6.19-PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DO LOTE 3 ... 66

FIGURA 6.20-DESVIO IMPLEMENTADO NO NÓ DE PALHEIROS,LOTE 4 ... 73

FIGURA 6.21-DESVIO IMPLEMENTADO NO LOTE 9 AO PK 202+050 DO IP4... 79

FIGURA 6.22-DESVIO IMPLEMENTADO NO LOTE 9 AO PK 203+850 DO IP4 ... 79

(9)

IX

Índice de Tabelas

QUADRO 2.1-CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE COMUNICAÇÃO RODOVIÁRIA, EM 1945[1] ... 6

QUADRO 2.2-CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE COMUNICAÇÃO RODOVIÁRIAS, EM 1985[5] ... 7

QUADRO 2.3-CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE COMUNICAÇÃO RODOVIÁRIAS, EM 2000[8] ... 7

QUADRO 4.1-CORES UTILIZADAS NA SINALIZAÇÃO DENTRO DE OBRA [13] ... 23

QUADRO 4.2-EXEMPLOS DE SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO [20] ... 24

QUADRO 4.3-EXEMPLOS DE SINALIZAÇÃO DE AVISO OU PERIGO [20] ... 25

QUADRO 4.4-EXEMPLO DE SINAIS DE OBRIGAÇÃO [20] ... 27

QUADRO 4.5-EXEMPLO DE SINAIS DE SALVAMENTO E SOCORRO [20] ... 28

QUADRO 4.6-EXEMPLO DE SINAIS DE COMBATE A INCÊNDIOS [20] ... 29

QUADRO 4.7-EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE OBSTÁCULOS [20] ... 30

QUADRO 4.8-SINALIZAÇÃO GESTUAL [19] ... 30

QUADRO 4.9-SINALIZAÇÃO DE APROXIMAÇÃO (SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO)[21] ... 34

QUADRO 4.10-SINALIZAÇÃO DE APROXIMAÇÃO (SINALIZAÇÃO AVANÇADA E INTERMÉDIA)[21] ... 36

QUADRO 4.11-SINALIZAÇÃO DE POSIÇÃO [21] ... 36

QUADRO 4.12-SINALIZAÇÃO FINAL [21] ... 36

QUADRO 4.13-COMPLEMENTO À SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA [21] ... 37

QUADRO 4.14-DISTANCIAS ENTRE SINAIS MEDIANTE OS LIMITES DE VELOCIDADE [22] ... 39

QUADRO 6.1.TABELA RESUMO DOS DESVIOS APLICADOS ATÉ JUNHO DE 2012 ... 51

QUADRO 6.2-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DO CONDICIONAMENTO DE ABERTURA DO LOTE 3, SENTIDO VILA REAL-BRAGANÇA ... 67

QUADRO 6. 3-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DO CONDICIONAMENTO DE ABERTURA DO LOTE 3, SENTIDO BRAGANÇA-VILA REAL ... 71

QUADRO 6.4-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DO DESVIO DO LOTE 4, SENTIDO VILA REAL-BRAGANÇA ... 74

QUADRO 6.5-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DO DESVIO DO LOTE 4, SENTIDO BRAGANÇA-VILA REAL ... 75

QUADRO 6.6-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA IMPLEMENTADA NO DESVIO NO IP4 AO PK 202+050, SENTIDO VILA REAL -BRAGANÇA ... 80

QUADRO 6.7-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA IMPLEMENTADA NO DESVIO NA EN15 AO PK 202+050, SENTIDO BRAGANÇA-VILA REAL ... 83

QUADRO 6.8-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA IMPLEMENTADA NO DESVIO NA EN15 AO PK 202+050, SENTIDO VILA REAL -BRAGANÇA ... 85

QUADRO 6. 9-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA IMPLEMENTADA NO DESVIO NO IP4 AO PK 203+580, SENTIDO BRAGANÇA-VILA REAL ... 87

QUADRO 6.10-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA IMPLEMENTADA NO DESVIO NA EN15AO PK 203+580, SENTIDO BRAGANÇA-VILA REAL ... 90

QUADRO 6.11-SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA IMPLEMENTADA NO DESVIO NA EN15, SENTIDO VILA REAL BRAGANÇA. ... 92

(10)

X

Abreviaturas

ACT →Autoridade para as condições do trabalho ANSR →Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária AE →Auto-estrada

CP →Comunicação Prévia

CSP →Coordenador de Segurança em Projecto CSO →Coordenador de segurança em Obra CT →Compilação Técnica DL →Decreto-lei DR →Decreto Regulamentar EM →Estrada Municipal EN →Estrada Nacional ER →Estrada Regional

EP →Estradas de Portugal, S.A

EPC →Equipamento de protecção Colectiva EPI →Equipamento de protecção individual FPS →Fichas de Procedimento de segurança JAE →Junta Autónoma de Estradas

IC →Itinerário Complementar

InIR →Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias IP →Itinerário Principal

PA →Passagem Agrícola

PGP →Princípios Gerais de Prevenção PH →Passagem Hidráulica

PI →Passagem Inferior PMB →Perfil Móvel de Betão

(11)

XI

PMP →Perfil Móvel de Plástico PRN →Plano Rodoviário Nacional PS →Passagem Superior

PSS →Plano de saúde e segurança

SHST →Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho SST →Segurança e Saúde no Trabalho

(12)

1

CAPÍTULO 1

(13)

2

1 Introdução

1.1

Contexto geral

O sector rodoviário, nas últimas décadas tem vindo a evoluir acompanhando o desenvolvimento da sociedade, recorrendo ao aumento do número de estradas existentes assim como ao tipo de estrada a construir e à qualidade da construção.

No sector da construção civil existe um grande problema, que são os acidentes em obra. Para travar o flagelo, em Portugal já se tem feito muito nesta matéria, não sendo no entanto suficiente. Tem-se aplicado o exposto no Decreto – Lei nº 273/2003 de 29 de Outubro que procede à revisão da regulamentação das condições de segurança e saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis, constante no Decreto – Lei n.º 155/95, de 1 de Julho, mantendo as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho estabelecidas pela directiva nº 92/57 CEE, do Conselho, de 24 de Junho, definindo novos actores no acto de construir, surgindo a necessidade de nomear coordenadores de segurança na fase de obra, sempre que existam duas ou mais empresas a laborar em obra. Também se tem evoluído muito relativamente aos processos construtivos e tendo em conta a evolução tecnológica, sobretudo através da aplicação de medidas preventivas necessárias.

Numa obra rodoviária, onde existe a circulação em simultâneo de automobilistas, os riscos de acidente são muito elevados, para além do DL nº 237/2003 de 29 de Outubro, a sinalização temporária tem um papel fundamental na questão da segurança não só rodoviária com em obra, sendo esta regulada pelo Decreto-Regulamentar 22-A/98.

1.2

Objectivos

O objectivo deste trabalho consistiu na gestão do trânsito numa obra, tendo em vista a segurança dos trabalhadores e dos automobilistas. Escolheu-se a obra da auto-estrada transmontana entre Vila Real e Bragança, dada a sua complexidade, analisando individualmente os lotes em toda a sua extensão. Pretendeu-se caracterizar a forma de actuação em obra da gestão de trânsito, passando pelo controle da sinalização, de modo a contribuir para uma melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores e dos automobilistas.

(14)

3

1.3

Estrutura do trabalho

O presente trabalho divide-se em 7 capítulos. O primeiro capítulo diz respeito à introdução na qual se realiza uma abordagem ao tema e um breve resumo aos capítulos seguintes.

No segundo capítulo, aborda-se o tema das vias de comunicação rodoviárias existentes em Portugal e alguns conceitos que foram utilizados no decorrer do presente trabalho.

No terceiro capítulo refere-se a uma descrição detalhada da coordenação de segurança, as suas obrigações, requisitos e seus instrumentos de prevenção.

No quarto capítulo refere-se à sinalização utilizada em obras rodoviárias, denominada sinalização temporária, os tipos de sinalização e as suas características.

No quinto capítulo diz respeito a uma descrição pormenorizada da obra em estudo, Auto-estada Transmontana.

No sexto capítulo diz respeito a metodologia do trabalho de investigação e análise de resultados obtidos.

No sétimo capítulo diz respeito as conclusões finais e perspectivas de desenvolvimentos futuros.

(15)

4

CAPÍTULO 2

(16)

5

2 Operacionalização dos conceitos das obras rodoviárias

As formas de se comunicar com os outros têm evoluído ao longo dos anos, principalmente em termos rodoviários. As vias de comunicação não passam apenas pelas estradas, incluem também as vias ferroviárias, as náuticas e ainda as aeroportuárias.

Em Portugal o sector rodoviário tem evoluído muito ao longo dos tempos. Devido a isso foi necessário a criação de um Plano Rodoviário Nacional (PRN), inicialmente regulamentado pelo DL nº 34:593, de 11 de Maio de 1945 [1], que em 1985 foi revogado e melhorado pelo DL nº 380/85, de 26 de Setembro de 1985 [5], que por sua vez deu lugar ao DL nº 222/98 de 17 Julho de 1998, tendo este sofrido alterações com a Lei nº 98/99, de 26 de Julho de 1999 e pelo DL nº 182/2003 de 16 de Agosto, tendo por base as alterações verificadas no país ao nível socioeconómico após a entrada de Portugal no espaço europeu.

2.1

Classificação vias de comunicação rodoviária

Em 1945 houve uma necessidade de rectificar a classificação até então existente regulada pelo DL nº 23:239, de 20 de Novembro de 1933: estradas nacionais de 1.ª e 2ªClasse, estradas municipais e caminhos vicinais, pois entendeu-se que as estradas classificadas não correspondiam de uma forma perfeita aos interesses gerais do país [1]. As vias de comunicação terrestes, passaram assim a ser agrupadas em três novas categorias: categoria de Estrada Nacional, que constituía a rede principal do país, estabelecendo ligações rápidas entre os centros mais importantes, categoria de Estradas Municipais, que servem de ligação entre as sedes de conselho às respectivas freguesias e povoações e às estradas nacionais, e por fim a categoria de caminhos públicos, que podem ser caminhos municipais ou caminhos vicinais. [1]

No quadro 2.1 apresenta-se um resumo das classificações das vias de comunicação, em 1945.

(17)

6

Quadro 2. 1- Classificação das vias de comunicação rodoviária, em 1945 [1]

Classificação Classe Descrição

Estrada Nacional (EN)

1ª Classe

“Constituem a rede principal do país, estabelecendo ligações fáceis e rápidas entre os centros mais importantes, entre os portos ou fronteiras e com as sedes de distrito”

“…São ainda consideradas itinerários principais as que constituem as linhas de comunicação de maior interesse nacional e que servem de base de apoio a toda a rede de estradas nacionais.” [2]

2ªClasse Estabelecem a ligação entre os principais centros de cada distrito e com as estradas de 1ªclasse

3ª Classe

Estabelecem as ligações entre as estradas de 1ª e 2ª classe, “ligam os conselhos entre si e servem regiões ricas, portos, estações de caminhos-de-ferro e zonas de turismo”. [2]

Estrada Municipal (EM)

“São estradas que, não estando classificadas como nacionais, são julgadas de interesse para um ou mais conselhos, ligando as respectivas sedes às diferentes freguesias e povoações e estas entre si ou às estradas nacionais”. [3]

Caminhos Públicos

Caminhos Municipais

“São as ligações de interesse secundário e local…que se destinam a permitir o trânsito automóvel.” [4]

Caminhos Vicinais

“São as ligações de interesse secundário e local…que se destinam a permitir o trânsito rural.” [4]

Com a insatisfação dos factores socioeconómicos dos transportes houve a necessidade de requalificar a classificação das vias rodoviárias, procedendo à revisão do PRN em 1985 através do DL nº380/85, de 26 de Setembro [5], em que passa a haver duas categorias a rede nacional fundamental e a rede nacional complementar, como se pode verificar no quadro 2.2 seguidamente apresentada.

(18)

7

Quadro 2. 2-Classificação das vias de comunicação rodoviárias, em 1985 [5]

Classificação Descrição

Rede Nacional Fundamental

“…É constituída pelos itinerários principais (IP) … são as vias de comunicação de maior interesse nacional, que serve de base de apoio a todas as estradas nacionais, os quais asseguram a ligação entre os centros urbanos…com os principais portos, aeroportos e fronteiras.” [6]

Rede Nacional Complementar

“…É constituída pelas estradas que asseguram a ligação entre a rede nacional fundamental os centros urbanos de influências concelhias ou supraconcelhia, mas infra distrital.…Integram-se na rede nacional complementar os itinerários complementares (IC) e outras estradas. Os IC são as vias que estabelecem as ligações de maior interesse regional bem como as principais vias envolventes e de acesso às áreas metropolitanas Lisboa e Porto.” [7]

Após dez anos da entrada em vigor do PRN de 1985 foi necessário preceder a uma nova revisão do mesmo, pois com a entrada de Portugal na União Europeia (UE) foram” introduzidas significativas inovações, potenciando o correcto e articulado funcionamento do sistema de transportes rodoviários”, como indica o DL nº 222/98 de 17 de Julho [8], revogando o DL nº 380/85 de 26 de Setembro, sofrendo este duas alterações através da Lei 98/99 de 26 de Julho, e pelo DL nº 182/2003,de 16 de Agosto. Assim dá-se continuidade à rede nacional fundamental, a rede nacional complementar passa a abranger apenas os IC e EN, de salientar que nos IC alguns troços podem ser de diferentes tipologias: auto-estrada, via rápida ou estrada. Criação de uma nova categoria que abrange as auto-estradas designada por rede nacional de auto-estradas (AE). Existe uma nova designação para antigas estradas nacionais que passam a ser designadas por Estradas Regionais (ER). Esta nova classificação apresenta-se no quadro 2.3.

Quadro 2. 3- Classificação das vias de comunicação rodoviárias, em 2000 [8]

Classificação Descrição

Rede Nacional Fundamental

Integra os itinerários principais (IP)

Rede Nacional Complementar Integra os IC e EN Rede Nacional de Auto-estradas

“…é formada pelos elementos da rede rodoviária nacional especificamente projectados e constituídos para o tráfego motorizado” [9]

(19)

8

Estradas Regionais

“ As comunicações públicas rodoviárias do continente com interesse supramunicipal e complementar à rede rodoviária nacional são asseguradas por estradas regionais (ER).

…Asseguram uma ou varias das seguintes funções:

→Desenvolvimento e serventia das zonas fronteiriças, costeiras e outras de interesse turístico;

→Ligação entre agrupamentos de conselhos constituindo unidades territoriais;

→Continuidade de estradas regionais nas mesmas condições de circulação e segurança.” [10]

2.2

Conceitos

Na construção de uma estrada, qualquer que seja a sua tipologia, tem de ser ter em conta os obstáculos que a natureza nos apresenta, que podem passar por elevados desníveis topográficos, assim como atravessamentos de linhas de água, etc.

Para colmatar esses obstáculos tem-se as seguintes opções:

 Obra de arte- “Designação tradicional das construções, tais como pontes, viadutos, túneis, muros de suporte, necessárias ao estabelecimento de uma via de comunicação.” [11]

 Ponte- “Obra destinada a dar continuidade a uma via de comunicação ou canalização, que por norma, atravessa um curso de água.” [11]

 Viaduto-“ Ponte que tem o principal obstáculo transposto não por um curso de água, mas por exemplo a ligação de dois lados de uma serra.” [11]

 Terraplanagens- “conjunto de escavação, transporte, deposito e compactação das terras necessárias para a realização de uma obra.” [11]

Nas vias já construídas apresentam-se as seguintes definições:

 Tráfego- “Conjunto dos veículos, passageiros e de mercadorias que circulam numa via de comunicação.” [11]

 Trânsito- “Movimento das pessoas, animais e veículos que utilizam uma via de comunicação.” [11]

 Faixa de rodagem-“ Parte da via pública destinada ao trânsito de veículo”. [12]

 Via de tráfego- zona longitudinal da faixa de rodagem destinada ao trânsito de uma fila única de veículos.” [11]

(20)

9  Desvio de trânsito-consiste num percurso formado por um ou vários troços de outras vias públicas que, no conjunto, evitam o troço vedado ao trânsito, devendo ser devidamente sinalizado [12]. Ou pode-se dizer que também uma “estrada que desvia o trânsito de determinada zona, ladeando-a de modo a facilitar o trânsito.” [11]

 Condicionamento de trânsito- consiste numa restrição, que é ordenada por motivos de segurança, de emergência grave, obras de conservação dos pavimentos, instalações e obras de arte [12].

 Estrada- “Via de comunicação terrestre especialmente destinada ao trânsito de veículos.” [11]

 Auto-estrada (AE) – Estrada destinada a veículos motorizados, dotada de separador de correntes de trafego de sentidos opostos, sem cruzamento de nível com quaisquer tipo de vias e cujo acesso só é permitido em nós de ligação especialmente concebido, como referido no artº.5º do DL nº 222/98 [12].

 Via Rápida (VR) - Estrada destinada a veículos motorizados, dotada de separador das correntes de trânsito, geralmente sem cruzamentos de nível e os acessos são parcialmente condicionados [12]

 Itinerário Principal (IP) – Via de comunicação de maior interesse nacional, que servem de apoio a toda a rede das estradas nacionais, e asseguram a ligação entre os principais centros urbanos (por norma capitais de distrito) com os principais portos, aeroportos e fronteiras [1].

 Itinerário Complementar (IC) – “Estradas que integram a rede nacional complementar que estabelecem a ligação entre a rede nacional fundamental e os centros urbanos de influência concelhia ou supraconcelhia infra distrital.” [1]

(21)

10

CAPÍTULO 3

COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA RM PROJECTO DE OBRA

(22)

11

3 Coordenação de segurança em projecto e em obra

“O envolvimento do homem com a segurança remonta aos tempos em que começou a utilizar instrumentos para trabalhar.”[13] Ao longo da história da evolução do Homem, este teve sempre a preocupação de proceder segundo regras, caso contrário a espécie teria sido dizimada. Criou-se também a necessidade de adaptação às mudanças do meio envolvente, adoptando o comportamento às situações que se iam e vão encontrando.

A área da segurança sofreu bastantes alterações a quando da Revolução Industrial no fim do século XVIII, onde alguns sectores produtivos começam a exigir uma crescente concentração de mão-de-obra, seguindo-se a 2ª Guerra Mundial onde houve a consciencialização da necessidade de diminuir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais promovendo uma estrutura de segurança nas empresas, aliadas à produção, para a prevenção dos riscos profissionais. [13]

Nos dias de hoje, em Portugal, existe uma vasta legislação refente à segurança do trabalho. Neste caso em concreto de obras de construção civil, onde se integram as obras rodoviárias, a legislação prevê a prevenção desde a fase de projecto sendo continuada em fase de obra.

3.1

Coordenador de segurança

O papel do coordenador é fundamental para o aconselhamento e apoio técnico relativos às decisões do dono de obra e das acções dos diversos intervenientes, no que refere ao compromisso dos Princípios Gerais de Prevenção (PGP) nas fases de elaboração de projecto, de contratualização das empreitadas, de execução dos trabalhos da contrição e até quanto à consideração das intervenções subsequentes à fase de conclusão da obra. Os PGP são enunciados no art. 6º, ponto 2, da Directiva 89/391/CEE [14],que são:

1. Evitar os riscos

2. Avaliar os riscos que não possam ser evitados 3. Combater os riscos na origem

4. Adaptar o trabalho ao homem

5. Ter em conta o estádio de evolução técnica

6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso 7. Planificar a prevenção

8. Dar prioridade à prevenção colectiva invés à individual 9. Dar instruções adequadas aos trabalhadores

(23)

12

3.1.1 Coordenador de segurança em fase de projecto

Como indica o art. 9º do Decreto-lei nº 273/2003 de 29 de Outubro [15] um coordenador de segurança em fase de projecto é nomeado pelo dono de obra sempre que o projecto tenha sido elaborado por mais que uma pessoa, desde que as opções arquitectónicas e técnicas impliquem complexidade para a integração dos princípios gerais de prevenção, quando os trabalhos a executar envolvam riscos especiais, como descritos no art. 7º do presente decreto-lei, ou quando existe a previsão da intervenção de duas ou mais empresas. Caso não se aplique nenhumas das condições referidas anteriormente o próprio autor do projecto pode garantir a coordenação na fase de projecto.

3.1.2 Funções

O coordenador tem como função elaborar o PSS tendo em conta a prevenção de riscos em estaleiro, integrar os PGP das opções arquitectónicas e escolhas técnicas utilizadas em projecto e ainda organizar a compilação técnica da obra. Este deve ainda informar o dono de obra sobre as suas responsabilidades no âmbito da segurança, higiene e saúde no trabalho e colaborar na preparação do processo de negociação da empreitada ou outros actos preparatórios da execução da obra na parte respeitante à higiene, segurança e saúde. [13]

3.2

Coordenador de segurança em obra

O coordenador de segurança em obra deve ser nomeado pelo dono de obra quando existe a intervenção de duas ou mais empresas para a fase de obra, com referido no art.9º, ponto 2. No caso de haver somente uma empresa em fase de obra é aplicado somente o regime geral do SHST [15].

(24)

13

3.2.1 Obrigações

Ao CSO compete estabelecer a cooperação e compatibilização da intervenção no estaleiro dos diversos intervenientes assegurando o desenvolvimento da SST nos trabalhos de construção, de uma forma resumida o CSO tem por função [13]:

 Apoiar o dono de obra na elaboração e actualização da comunicação prévia;  Avaliar o desenvolvimento e as alterações do plano de segurança e saúde para a

execução da obra e caso necessário propor à entidade executante as alterações necessárias para a validação técnica;

 Analisar a adequabilidade da ficha de procedimentos de segurança e caso necessário proceder alterações;

 Verificar a coordenação das actividades das empresas e dos trabalhadores independentes que intervém no estaleiro, tendo em conta a prevenção dos riscos profissionais;

 Promover e verificar o cumprimento do plano de segurança e saúde, bem como a actividade das entidades executantes, dos subempreiteiros, trabalhadores independentes, nomeadamente no que diz respeito à organização do estaleiro, ao sistema de emergência, às condicionantes existentes no estaleiro e na área envolvente, aos trabalhos que envolvam riscos especiais, aos processos construtivos especiais, às actividades que possam ser incompatíveis no tempo ou no espaço e no sistema de comunicação entre os intervenientes na obra;  Coordenar o controlo da correcta aplicação dos métodos de trabalho, na medida

que tenham influência na segurança e saúde no trabalho;

 Coordenar o controlo da correcta aplicação dos métodos de trabalho na medida em que tenham influência na segurança na segurança e saúde no trabalho;  Promover a divulgação reciproca entre todos os intervenientes no estaleiro de

informações sobre riscos profissionais e a sua prevenção;

 Coordenar o controlo da correcta aplicação dos métodos de trabalho, de modo a criar influencias na segurança e saúde no trabalho;

 Promover a divulgação recíproca entre todos os intervenientes no estaleiro de informações sobre riscos profissionais e a sua prevenção;

 Registar as actividades de coordenação em matéria de segurança e saúde no livro de obra, nos termos de regime jurídico aplicável ou na sua falta de acordo com um sistema de registo apropriado que deve ser estabelecido para cada obra;  Assegurar que a entidade executante tome as medidas necessárias para que o

(25)

14  Informar o dono de obra sobre o resultado da avaliação da segurança e saúde existente no estaleiro assim como as suas responsabilidades no âmbito do decreto-lei;

 Analisar as causas de acidentes graves que ocorram no estaleiro;

 Integrar na compilação técnica da obra os elementos decorrentes da execução dos trabalhos que dela não constem.

3.3

Exercício da coordenação de segurança e saúde

O exercício da actividade de coordenador de segurança em fase de projecto e obra deve ser contratualizado pelo dono de obra, declarado por escrito. Para este assumir o cargo deve ter habilitações escolares relacionado com este tipo de actividades, como descrito no ponto 2, art.9ºdo DL nº 273/2003 de 29 de Outubro [15].

3.4

Incompatibilidades

Um coordenador de segurança não pode ser uma entidade executante, subempreiteiro, trabalhador independente, trabalhador por conta da entidade executante, como é referido no ponto6, art.9º do DL nº 273 /2003 de 29 de Outubro [15].

3.5

Instrumentos de prevenção

A prevenção é fundamental para a redução de acidentes de trabalho graves e/ou mortais. Para tal acontecer devem ser aplicados instrumentos de prevenção, que passam por [13]:

 Comunicação prévia da abertura de estaleiro  Plano de segurança e saúde (PSS)

 Fichas de procedimento  Compilação técnica

(26)

15

3.5.1 Comunicação Prévia

A comunicação prévia de abertura de estaleiro deve ser efectuada à entidade Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), mais próxima do local de obra, quando a obra tem um prazo de execução superior a trinta dias e, utilização de vinte trabalhadores em simultâneo a qualquer momento ou quando a soma dos dias de trabalho prestado por cada trabalhador perfaz um total de quinhentos dias de trabalho, como descrito no ponto 1do art.15º, do DL nº 273/2003 de 29 de Outubro [15].

Em conformidade com o ponto 2 do artigo 15º do DL nº 273/2003 de 29 de Outubro, a comunicação prévia da abertura do estaleiro deve conter os seguintes elementos:

 Endereço completo do estaleiro;  A natureza e tipo de utilização da obra;

 A identificação do dono de obra, autor/autores de projecto bem como a entidade executante;

 A identificação do fiscal/ficais da obra, o coordenador de segurança de projecto e de obra, director técnico da empreitada e o representante da entidade executante caso a obra seja publica ou o director de obra em caso particular;  A data prevista para o início e o fim da obra;

 Uma estimativa do número máximo de trabalhadores que serão necessários, em simultâneo no estaleiro ou o somatório dos dias de trabalho prestado por cada um dos trabalhadores;

 Uma estimativa do número de empresas e trabalhadores independentes a operar no estaleiro;

 Identificação dos subempreiteiros já seleccionados.

A Comunicação Prévia deve ainda conter uma declaração do autor /autores de projecto e do coordenador de segurança em projecto, identificando a obra, e uma declaração da entidade executante, do CSO, do fiscal/fiscais de obra, do director técnico da empreitada, do representante da entidade executante e do dono de obra identificando o estaleiro e as datas previstas para o inicio e fim dos trabalhos, como indica o ponto 3 do art.15º do DL nº 273/2003 de 29 de Outubro [15].

Caso haja necessidades em realizar alterações nos dados da comunicação prévia, realizada pelo dono de obra, esta deve ser comunicada à ACT e ao coordenador de segurança em obra e à entidade executante. É de salientar que a comunicação prévia deve ser colocada em local bem visível no estaleiro, bem como as suas alterações.

(27)

16

3.5.2 Plano de Segurança e Saúde

O plano de segurança e saúde (PSS) é um dos documentos mais importantes que deve conter todas as informações e indicações relevantes em matéria de segurança e saúde durante a fase de construção e de utilização. Segundo o ponto 4 do art.5º do DL nº273/2003 de 29 de Outubro, o PSS é obrigatório em obras sujeitas a projecto e que envolvam riscos especiais ou quando existe a comunicação prévia de abertura do estaleiro, caso contrário não é necessário a sua elaboração. Este plano deve ser iniciado obrigatoriamente pelo dono de obra durante a fase de projecto, sendo a entidade executante a desenvolve-lo e especificar a avaliação, a hierarquização dos riscos e a implementação das respectivas medidas de prevenção [15].

O PSS é um instrumento fundamental em relação ao planeamento e organização da segurança em estaleiros temporários ou móveis. O planeamento é feito através de recolha de informações e indicações relevantes em matéria de segurança e saúde, que ajudem a reduzir ou até eliminar o risco e consequentemente a ocorrência de acidentes de trabalho, na fase de construção.

Como referido anteriormente, segundo o ponto 1 do art.12.º do DL nº 273/2003 de 29 de Outubro, o desenvolvimento do PSS é da responsabilidade da entidade executante, sendo depois enviado para o dono da obra para aprovação, com base num parecer técnico do CSO. Pode ser aprovado parcialmente se não estiverem disponíveis todas as informações necessárias à avaliação dos riscos, como também à identificação das correspondentes medidas preventivas, devendo o plano posteriormente ser completado antes do início dos trabalhos, de acordo com o ponto 2 do art.12º do nº DL 273/2003 de 29 de Outubro [15]. O ponto 3 do artigo referido anteriormente indica que o dono da obra deve dar conhecimento por escrito do PSS aprovado à entidade executante, que por sua vez, divulgará aos subempreiteiros e trabalhadores independentes por si contratados, antes de qualquer intervenção no estaleiro, a totalidade ou parte do plano que devam ter conhecimento por razões de prevenção [15]. De salientar o ponto 4 do mesmo artigo, na qual refere que o prazo estipulado no contrato relativamente à execução da obra não começa a correr antes que o dono da obra faça o comunicado à entidade executante em relação à aprovação do PSS. Qualquer modificação do PSS deve ter em conta o art.11.º, relativamente ao desenvolvimento do PSS para a execução da obra, e os pontos 1 a 3 do art.12.º do DL nº 273/2003 de 29 de Outubro [15].

A implantação do estaleiro é condicionada pela aprovação do dono da obra do PSS para a execução da obra. O PSS deverá estar acessível no estaleiro, devidamente actualizado, a qualquer dos intervenientes, nomeadamente os subempreiteiros, trabalhadores independentes, como também aos representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde que nele trabalhem. De salientar que, aquando da contratação de subempreiteiros e trabalhadores

(28)

17 independentes, regem-se de igual forma pelo PSS para a execução da obra, como indica o ponto 1 do art.13º do DL nº 273/2003 de 29 de Outubro [15].

O PSS deve ser elaborado segundo as especificações do art. 11º do DL 273/2003. Como referido anteriormente cabe à entidade executante à execução da obra e desenvolver e especificar o PSS, através da avaliação de riscos associados à obra. Esta avaliação de riscos é feita a partir das definições e desenvolvimento do projecto.

O PSS deve conter os seguintes aspectos:

 Definições do projecto e outros elementos resultantes do contrato entre o dono de obra e a entidade executante, que influenciem a segurança e saúde dos trabalhadores;

 As actividades simultâneas ou incompatíveis que decorram no estaleiro ou na sua proximidade;

 Os métodos construtivos, incluindo os que necessitam de uma planificação detalhada das medidas de segurança;

 Os equipamentos, materiais e produtos a usar;

 A programação dos trabalhos a realizar com a intervenção dos subempreiteiros e dos trabalhadores independentes, com os respectivos prazos de execução  As medidas especificas em relação aos ricos especiais;

 O projecto de estaleiro com descrição dos acessos, das circulações, a movimentação de cargas, o armazenamento de materiais, produtos e equipamentos, as instalações fixas, as redes técnicas provisórias, a remoção de resíduos, a sinalização e as instalações sociais;

 A formação e informação dos trabalhadores;

 O sistema de emergência, que inclua o combate a incêndios, de socorro e evacuação de trabalhadores.

3.5.3 Fichas de Procedimento de Segurança

As fichas de procedimento de segurança (FPS) são sempre necessárias quando a obra não tem de ser submetida a projecto ou a comunicação prévia e consequentemente, à não elaboração do PSS, mas está sujeita a riscos especais, sendo a entidade executante responsável pela realização das mesmas, como refere o art.14º do DL nº 273/2003 de 29 de Outubro [15], em caso da inexistência de ricos especiais, remete-se para o regime geral da SHST.

Após a realização das FPS e de estas serem aprovadas pelo CSO (em caso exista a sua nomeação) a entidade executante pode dar início à obra, podendo haver alteração às mesmas desde que não diminua o nível de segurança definida na FPS. De salientar, que estas devem

(29)

18 estar no estaleiro, em local acessível, para todos os intervenientes, com indica o ponto 5 do art.14º, do presente decreto-lei.

Segundo o ponto 2 do art.14º do presente DL [15], uma FPS deve conter os seguintes aspectos:

 A identificação, caracterização e duração da obra;  Identificação dos intervenientes da obra;

 As medidas de prevenção a adoptar tendo em conta os trabalhos a realizar;  Condicionalismo existente no estaleiro e na área envolvente e os seus riscos

associados;

 Planeamento e procedimento de segurança e saúde (SST) a adoptar para as actividades de controlo;

 Lista de equipamentos de protecção individual;  Procedimentos a adoptar em caso de emergência.

3.5.4 Compilação técnica da obra

Compilação técnica (CT) da obra reúne toda a informação da estrutura edificada, os elementos úteis a ter em conta na sua utilização futura bem como em trabalhos posteriores à sua conclusão. Esta deve ser realizada através do acompanhamento da obra, pelo dono de obra ou pelo CSO ou mesmo pelo projectista, no caso de não haver CSP, como indica o ponto 1 do art.16º do DL nº 273/2003, de 29 de Outubro [15]. A CT deve basear-se nos elementos referidos no ponto 2 do presente DL [15]:

 Informação do dono de obra, do projectista, da entidade executante, coordenadores de segurança, subempreiteiros e trabalhadores independentes;  Informação técnica relativa ao projecto geral e aos projectos das variadas

especialidades que integrem os aspectos estruturais, técnicos e materiais importantes para a prevenção de riscos;

 Informação relativa aos equipamentos instalados que sejam relevantes para a prevenção de riscos da sua utilização, conservação e manutenção;

 Informação sobre a planificação dos sistemas de segurança e saúde na realização de trabalhos em locais da obra edificada que apresentem riscos. Quando em intervenções posteriores onde as características e as condições de execução de trabalhos o dono de obra deve actualizar a CT com os elementos relevantes, como indica o ponto 4 do art.º 16 do presente DL [15].Em caso de apenas se realizar operações de conservação, reparação e limpeza da obra não é necessário a actualização da CT.

Conforme o ponto 3 do art. 16.º do DL nº273/2003 de 29 de Outubro [15], no caso de haver operações de conservação, reparação e limpeza de obra, não é necessário (geralmente) a

(30)

19 actualização da CT, pois, estas operações não afectam a configuração de situações de risco [4]. O dono da obra deverá de proceder à actualização da CT, no que toca a intervenções, depois da conclusão da obra, mesmo se estas intervenções não constem anteriormente no documento [16].

O dono da obra reserva-se no direito de recusar a recepção provisória da obra, se na eventualidade, a entidade executante não tiver elaborado/actualizado a CT. É de destacar a importância da posse da CT para os sucessivos proprietários da edificação [16], visto ser este um documento de prevenção para posteriores obras de conservação ou manutenção.

3.6

Equipamentos de Protecção

Hoje em dia é muito importante zelar pela segurança de todos os trabalhadores para isso não basta elaborar os planos de segurança mas também investir nos equipamentos de segurança, a fim de o implementar em obra. Os equipamentos de segurança dividem-se em duas classes: Equipamentos de Protecção individual e Equipamentos de Protecção colectiva.

3.6.1 Equipamentos de Protecção Individual

Define-se como equipamento de protecção individual (EPI) todo o equipamento, ou acessório, destinado a ser utilizado pelos trabalhadores que proteja dos riscos, quando estes não podem ser eliminados por meios de protecção colectiva ou por medidas de organização do trabalho. Os EPI funcionam como um suplemento para o combate ao risco não passível de ser evitado, denominado por risco residual [13].

Os EPI são fundamentais, quando os planos de segurança e saúde não são suficientemente eficazes para a protecção dos trabalhadores. A sua classificação é feita de acordo com os seguintes aspectos [13]:

 O tipo de agressor, isto é, se o trabalhador está em presença de poeiras, gases tóxicos, produtos químicos, electricidade, etc.;

 A parte do corpo a proteger como a cabeça, as mãos e braços, os olhos e face, ouvidos, vias respiratórias, pés e pernas, pele tronco e abdómen e corpo inteiro;  O tipo de risco a evitar passando pela protecção contra os riscos físicos,

químicos e biológicos.

Este tipo de equipamento regulamentado através da directiva 89/686 de 21 de Dezembro de 1989 [17], modificada pelas directivas 93/68/CEE, 93/95/CEE e 96/58/CE, transpostas para o direito interno através dos diplomas Decreto-Lei nº 128/93, de 22 de Abril; Portaria nº 1131/93, de 4 de Novembro; Decreto-Lei nº 139/95, de 14 de Junho; Portaria nº 109/96, de 10 de Abril; Portaria nº 695/97, de 19 de Agosto; Decreto-Lei nº 374/98, de 24 de Novembro, que indica que os EPI’s devem obedecer a regras para poderem ser comercializados e utilizados pelos trabalhadores.

(31)

20 Para os EPI’s serem eficazes devem satisfazer os requisitos técnicos impostos pela Portaria nº 1131/93, de 4 de Novembro [18], que passam pelos princípios de concepção, onde deve respeitar os procedimentos adequados de fabricação e exibir a certificação e a marcação CE, ter ainda em atenção aos factores de conforto e eficácia e a inocuidade dos EPI’s, como indica o Anexo I da presente portaria [18].

As necessidades de utilizar EPI dependem essencialmente de três factores: gravidade do risco, da frequência da exposição e das características do tipo de trabalho. Para cada zona do corpo e em função dos agentes agressores existe um EPI específico com se pode ver na figura 3.1.

(32)

21

3.6.1.1

Principais EPI’s na construção civil

Os EPI’s mais utilizados ou os mais indicados para a construção são o capacete, que é o elemento básico de segurança em qualquer tipo de obra, onde a sua concepção serve para amortecer o impacto de material em queda, evitando assim lesões graves no trabalhador a nível da cabeça. O calçado apropriado, que podem ser botas ou sapatos, com biqueira de aço para proteger da queda de materiais pesados nos pés dos trabalhadores e também com palmilha de aço para evitar as perfurações com pregos. Em caso de obras onde haja inundação ou locas húmidos devem-se usar calçado feito de PVC e com uma sola antiaderente.

O uso de luvas, óculos, as máscaras ou respiradores apenas é necessário utilizar em algumas situações com por exemplo em serviços eléctricos, manuseamento de materiais químicos, em caso de haver poeiras em suspensão, etc. Os protectores auriculares devem ser usados a quando de uma exposição prolongada ao ruído acima do limite de 87 dB (A). O arnês /cinturão é importante para prevenir a queda em altura embora não substitua o cinturão pára-quedas. O colecte reflector é essencial para evitar atropelamentos dentro de estaleiro, porque permite uma boa visibilidade do trabalhador.

3.6.2 Equipamento do Protecção Colectiva

Equipamento de protecção colectiva define-se como todo o equipamento que visa a segurança à equipa de trabalhadores, com risco de queda dos mesmos ou de materiais. Os EPC’s devem ser feitos com material de qualidade e devidamente montados nos locais de risco. Os EPC’s mais usuais em obra são os guarda-corpos, que devem ser colocados a pelo menos 1m de altura e a 0,45m, o rodapé, para evitar o risco de queda, as telas de sinalização para evitar a entrada de estranhos à obra, bem como a criação de uma barreira protectora contra a queda de material ou ferramentas. Existe ainda a protecção contra incêndios, onde por norma se utiliza extintores de pó químico do tipo ABC.

(33)

22

CAPÍTULO 4

SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA

(34)

23

4 Sinalização em obra

A sinalização de segurança é um dos meios de combate aos riscos presentes numa obra. Esta tem por objectivo indicar situações ou objectos que podem provocar perigo, sempre que os riscos correspondentes não possam ser eliminados ou reduzidos com as medidas preventivas e /ou equipamentos de protecção colectiva/ individual [13].

A sinalização pode ser de caracter obrigatório, em obra, a quando de proibições, avisos, obrigações, risco de queda ou choque, meios de socorro, equipamento de combate a incêndios, vias de comunicação, assinalar recipientes e tubagens. Pode ainda ser apenas provisória ou ocasional a quando de evacuações de emergência, orientações dos trabalhadores que estejam a efectuar manobras, acontecimentos perigosos, etc. Este tipo de sinalização é regulamentado pela Portaria nº 1456-A/95 de 11 de Dezembro [19], onde se descreve detalhadamente as suas características.

4.1

Tipo de sinalização

A forma e as cores constituintes da sinalização são uma forma de aviso para os trabalhadores, com por exemplo um sinal circular com fundo azul indica a obrigatoriedade de algo, assim como os de fundo vermelho, amarelo, verde tem significados diferentes, como se pode verificar pelo quadro 4.1 [13].

Quadro 4. 1-Cores utilizadas na sinalização dentro de obra [13]

Cor Significado Indicações

Vermelho

Sinal de Proibição Atitudes perigosas

Perigo Stop, pausa, dispositivos de corte

de emergência. Evacuação. Material e equipamento de

combate a incêndios Identificação e localização.

Amarelo Sinal de aviso Atenção, precaução, verificação.

Azul Sinal de obrigação Comportamento ou acção

específicos.

Verde

Sinal de salvamento ou de socorro

Portas, saídas, material, postos, locais específicos.

(35)

24  Sinais de proibição

Os sinais de proibição devem ter uma forma circular com um pictograma negro sobre o fundo branco, e uma faixa em diagonal vermelha, devendo esta cor ocupar pelo menos 35% da superfície do sinal. A faixa deve ser colocada com uma inclinação de 45o no sentido descente da esquerda para a direita, como indica o ponto 5 do atr.5º da Portaria 1456-A/95 de 11 de Dezembro [19]. Este tipo de sinalização tem como função impedir comportamentos de risco dos trabalhadores.

Quadro 4. 2-Exemplos de sinalização de proibição [20]

Simbologia Descrição

Proibido fumar Sinal exposto em locais onde estejam

armazenados produtos inflamáveis, prevenindo o risco de incêndio, explosão.

Proibido fazer lume e fumar

Sinal exposto em locais onde estejam armazenados produtos inflamáveis, prevenindo o risco de incêndio, explosão

.

Proibido a passagem a peões

Alerta perigo evidente para os peões. Deve estar previsto passagens para os mesmos

.

Proibido apagar com água

Há certas situações onde não se deve utilizar água para apagar incêndios. Deverá estar previsto outros meios adequados de extinção.

Agua não potável Colocado em locais onde a água não seja potável.

Proibida a entrada a pessoas não autorizadas

Colocado em locais onde seja proibido o acesso a pessoas estranhas ao serviço.

Proibida a

passagem a veiculos

de movimento de

cargas

Proibição de equipamentos de carga, estando previstas outras passagens para os mesmos

.

Proibido tocar

Deve ser colocado junto de materiais ou equipamentos sensíveis ao toque podendo alterar a sua qualidade e/ou constituam perigo

.

(36)

25  Sinais de aviso ou perigo

Os sinais de aviso ou perigo são caracterizados pelo fundo de cor amarela de modo a advertir para uma situação ou um objecto capaz de originar danos ou lesões. A sua forma deve ser triangular com um pictograma negro que deve cobrir, pelo menos 50% da superfície do sinal, como indica o ponto 6 do art.5º da Portaria 1456-A/95 [19].

Quadro 4. 3-Exemplos de sinalização de aviso ou perigo [20]

Simbologia Descrição Substâncias

inflamáveis ou altas temperaturas

Normalmente situado junto a locais de

armazenamento de produtos

inflamáveis, por exemplo

combustíveis.

Substâncias explosivas

Encontra-se sobretudo em locais onde haja rebentamentos com recurso a

explosivos, ou locais de

armazenamento de substâncias

explosivas.

Substâncias tóxicas Sinalizado em produtos químicos, que por inalação, ingestão ou absorção cutânea, poderá trazer graves problemas para a saúde.

Substâncias radioactivas

Sinalizado em produtos químicos, que por inalação, ingestão ou absorção cutânea, poderá trazer graves problemas para a saúde.

Substâncias nocivas ou irritantes

Normalmente indicado em produtos químicos.

Cargas suspensas Sinalizado em locais onde se efectue trabalhos de cargas suspensas.

Veículos de movimentação de

cargas

Sinaliza o perigo de circulação de equipamentos com carga, minimizando assim o risco de atropelamento.

Perigo de electocussão

Situado essencialmente em quadros eléctricos ou onde haja riscos de contacto com linhas eléctricas.

(37)

26

Simbologia Descrição

Perigos vários Para variados perigos.

Forte campo magnético

Sinalizado em locais onde tenha um grande campo electromagnético.

Tropeçamento Sinalizado para prevenir o risco de queda ao mesmo nível.

Queda com desnível Sinalizado para prevenir o risco de queda em altura.

Baixa temperatura Sinalização destinada a locais de baixas temperaturas, minimizando por

exemplo o risco de acidente

rodoviário.

Substâncias corrosivas

Sinalizado em substâncias/preparados ou de locais onde estejam armazenados os mesmos, que, no contacto com a pele, poderá exercer uma acção destrutiva.

Risco Biológicos Por exemplo, sinalizado em resíduos hospitalares.

Raios Laser Sinalizado nos locais e acessos aos mesmos, onde estejam a ser utilizadas radiações laser.

Substancias comburentes

Os comburentes em contacto com substâncias inflamáveis produzem

reacções exotérmicas, podendo

desencadear incêndios. É portanto necessário sinalizar este tipo de substâncias.

Radiaçoes não-ionizantes

Sinalizado em locais onde exista grande concentração de radiações deste tipo.

(38)

27  Sinais de Obrigação

A sinalização de obrigação tem como função a utilização de equipamentos de protecção. Estes devem ter uma forma circular de fundo azul, com o pictograma branco, que deve cobrir pelo menos 50%, da superfície do sinal, como indica o ponto 7 do art.5º da Portaria 1456-A/95 [19].

Quadro 4. 4-Exemplo de sinais de obrigação [20]

Sinalização Descrição

Protecção obrigatória dos olhos

Informa o carácter obrigatório de utilizar óculos de protecção em determinado local.

Protecção obrigatória da cabeça

Informa o carácter obrigatório de utilizar capacete de protecção em locais onde existe, o risco de queda de matérias nas mais diversas actividades.

Protecção obrigatória dos ouvidos

Informa o carácter obrigatório de utilizar abafadores em locais ruidosos.

Protecção obrigatória das vias respiratórias

Informa o carácter obrigatório de utilizar máscara de protecção em locais com excesso de gases, vapores, fumos e neblinas tóxicas.

Protecção obrigatória dos pés

Informa o carácter obrigatório de utilizar botas de protecção mecânica em determinado local.

Protecção obrigatória das mãos

Informa o carácter obrigatório de utilizar luvas de protecção mecânica em determinado local.

Protecção obrigatória do corpo

Informa o carácter obrigatório de utilizar vestuário ou fato de protecção do corpo sempre que existir a possibilidade de ocorrerem agressões químicas, térmicas, radioactivas e dos raios infravermelhos e do material em fusão

.

Protecção obrigatória do rosto

Informa o carácter obrigatório de utilizar viseira em determinado local.

Protecção individual obrigatória contra quedas

Informa o carácter obrigatório de utilizar arnês de segurança e um cabo “linha de vida” em determinado local.

(39)

28

Sinalização Descrição

Passagem Obrigatória para Peões

Informa o carácter obrigatório do peão utilizar o acesso próprio em determinado local.

Obrigações Várias Deve ser utilizado quando se pretende

impor um determinado

comportamento para o qual não existe um sinal específico. Quando colocado deve conter uma placa adicional informando quais as obrigações a cumprir.

 Sinais de salvamento ou de socorro

Este tipo de sinalização tem por objectivo, em caso de emergência, dar indicação do local dos primeiros socorros ou do local onde haja dispositivos de salvação e ainda dar a indicação do caminho e saídas em caso de emergência. Os sinais devem ter uma forma rectangular ou quadrada e um pictograma branco sobre o fundo verde, que deve cobrir pelo menos 50% da superfície do sinal, como indica o ponto 8 do art 5º da Portaria 1456-A/95 [19].

Quadro 4. 5-Exemplo de sinais de salvamento e socorro [20]

Sinalização Descrição

Primeiros socorros Indica onde se localiza o posto de primeiros socorros.

Maca Indica o local onde existem macas de emergência disponíveis.

Telefone para salvamento e primeiros socorros

Indica a localização do telefone de salvamento. Que só deve ser utilizado em emergência.

Lavagem dos olhos Indica o local onde estão instalados os chuveiros com água à temperatura adequada para a lavagem dos olhos, sempre que no local de trabalho exista risco de projecção de líquidos corrosivos.

Duche de segurança Indica o local dos chuveiros para duche de segurança. Estes são instalados nos locais de trabalho onde o tipo de actividade ou a salubridade do local de trabalho o exija.

(40)

29

Sinalização Descrição

Direcção a seguir Indicam qual a direcção a seguir em caso de emergência.

Saidas de emergência Indica o caminho a seguir em

direcção aos primeiros socorros, macas, duche de segurança e as saídas de emergência.

 Sinalização de combate a incêndios

A sinalização para o combate a incêndios deve ser rectangular ou quadrada, com um pictograma branco sobre um fundo vermelho, onde este deve ocupar pelo menos 50% da superfície do sinal, como indica o ponto 9 do art 5º da Portaria 1456-A/95 [19]. De salientar, que em caso de incêndio deve-se proceder a uma primeira intervenção com os meios disponíveis, como por exemplo extintores, e depois deixar actuar os bombeiros.

Quadro 4. 6- Exemplo de sinais de combate a incêndios [20]

Sinalização Descrição

Agulheta de incêndio Sinaliza a localização de uma agulheta ou carretel.

Escada de incêndio Sinaliza a localização da escada de incêndio.

Telefone de emergência Sinaliza a localização do telefone de

emergência, em caso de incêndio.

(41)

30  Sinalização de obstáculos e locais perigosos

De acordo com o ponto 1, art. 9.º da Portaria n.º 1456-A/95 de 11 de Dezembro de 1995 [19], utiliza-se este tipo de sinalética quando o local apresenta risco de queda em altura para os trabalhadores, ou queda de objectos. Esta sinalização pode se apresentar com cor amarela e negra alternada, ou com as cores vermelha e branca, alternadas [11].

Quadro 4. 7-Exemplo de sinalização de obstáculos [20]

Sinalização Descrição

Sinaliza obstáculos e locais perigoso.

 Sinalização gestual

De acordo com o art 14º da Portaria 1456-A/95 de 11 de Dezembro [19], os sinais gestuais devem ser precisos, de fácil execução e de compreensão para quem os executa e para quem os visiona. O responsável pela emissão dos sinais gestuais não pode ser encarregado de outras tarefas em simultâneo. No quadro 4.8 apresenta-se os códigos gestuais e o seu significado, de salientar que estes não impedem a utilização de outros sinais aplicáveis às mesmas manobras, com indica o ponto 8 do art 14º da presente portaria [19].

Quadro 4. 8-Sinalização gestual [19]

Significado Descrição Ilustração

Início

Ambos os braços abertos horizontalmente, com as palmas das mãos voltadas para a frente.

Stop

Braço direito levantado com a palma da mão direita para a frente.

(42)

31

Significado Descrição Ilustração

Subir

Braço direito estendido para cima com a palma da mão

virada para a frente

descrevendo um círculo.

Descer

Braço direito estendido para baixo com a palma da mão

virada para dentro

descrevendo um círculo.

Distância vertical Mãos colocadas de modo a

indicar a distância.

Avançar

Ambos os braços dobrados com as palmas das mãos voltadas para dentro e os

antebraços fazem

movimentos lentos em

direcção ao corpo.

Recuar

Ambos os braços dobrados com as palmas das mãos voltadas para fora e os

antebraços fazem

movimentos lentos afastando-se do corpo.

Para a direita

Braço direito estendido horizontalmente com a palma da mão direita voltada para baixo, fazendo pequenos movimentos na direcção pretendida.

Para a esquerda

Braço esquerdo estendido horizontalmente com a palma da mão esquerda voltada para baixo, fazendo pequenos movimentos na direcção pretendida.

Distância horizontal Mãos colocadas de modo a

(43)

32

Significado Descrição Ilustração

Perigo

Ambos os braços estendidos para cima, com as palmas das mãos voltadas para a frente

Movimento rápido

Gestos codificados a

comandar o movimento, são efectuados com rapidez

N/D

Movimento lento

Gestos codificados a

comandar o movimento, são efectuados lentamente

N/D

4.2

Meios e dispositivos de sinalização

Com base na Portaria nº 1456-A/95 de 11 de Dezembro [19] deve-se ter em atenção que os meios e os dispositivos de sinalização devem ser habitualmente limpos, conservados, verificados e quando necessário reparados ou substituídos. Para haver um bom funcionamento da sinalização luminosa e acústica devem ser verificados antes da sua entrada em serviço e devem ainda ser alvo de verificações periódicas. Deve-se ter em conta que o número e a localização dos meios ou dispositivos de sinalização dependem da importância dos ricos, dos perigos e da extensão da zona a cobrir. No caso de haver dispositivos de sinalização que funcionem através de fonte de energia deve ser assegurada uma alimentação alternativa de emergência. Quando existe sinal luminoso ou acústico a indicar o início de determinada acção, deve prolongar-se durante o tempo qua a situação o exigir e após cada utilização deve ser rearmado. E por fim as zonas, salas ou recintos que armazenem substâncias perigosas devem ser assinaladas com os sinais de aviso, expecto no caso onde a rotulagem das embalagens por si só é suficiente para o efeito.

4.3

Condições de utilização de sinais

Segundo a art.º 6 da Portaria nº 1456-A/95 de 11 de Dezembro [19] deve ser ter em atenção se a sinalização está colocada num local iluminado, na posição e altura adequada, tendo em atenção eventuais impedimentos de visibilidade dos mesmos. Quando houver iluminação insuficiente deve utilizar-se cores fosforescentes, materiais reflectores ou iluminação artificial na sinalização de segurança. Os sinais devem ser retirados sempre que a situação que os justificava deixe de se verificar.

Imagem

Figura 3. 1-Utilização de EPI'S [13]
Figura 4. 1-Esquema de colocação de  sinalização temporária [22]
Figura 5. 1-Futuro traçado da A4 [25]
Figura 5. 2-Número de vítimas mortais e feridos graves do IP4, Fonte: ANSR
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Referências

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