• Nenhum resultado encontrado

Avaliação da força muscular respiratória e periférica em pacientes hemodialíticos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação da força muscular respiratória e periférica em pacientes hemodialíticos"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E PERIFÉRICA EM PACIENTES HEMODIALÍTICOS

Daniela Gibson Cunha

NATAL – RN

(2)

2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Fisioterapia

AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E PERIFÉRICA EM PACIENTES HEMODIALÍTICOS

Daniela Gibson Cunha

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

Departamento de

Fisioterapia da UFRN, como pré requisito para obtenção de título de ESPECIALISTA

em fisioterapia

cardiorrespiratória.

Orientador: Illia Nadinne Florentino Lima

NATAL – RN

(3)

3 LISTA DE SIGLAS

CEP Comitê de Ética em Pesquisa CIS Centro Integrado de Saúde DRC Doença Renal Crônica FMR Força Muscular Respiratória HD Hemodiálise

IMC Índice de Massa Corporal PEMÁX Pressão Expiratória Máxima PIMÁX Pressão Inspiratória Máxima PMM Perda de Massa Muscular PP Preensão Palmar

TCLE Termo de Consentimento Livre Esclarecido TR Transplantado Renal

(4)

4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...7 2. METOLOGIA 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA...7 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA...8 2.4PROCEDIMENTOS...8

2.4.1 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA...9

2.4.2 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA...10

3.5 ANALISE DE DADOS...11

4 RESULTADOS...11

5.DISCUSSÃO...15

6.CONCLUSÃO...17

(5)

5 RESUMO

A crônica renal crônica (DRC) é uma doença cardíaca e endócrina glomerular. Por sua vez, a rins é capaz de manter uma homeostase corporal, sendo esta chamada chamada de Insuficiência Renal Crônica (IRC), que leva o paciente a receber terapia dialítica, como hemodiálise (HD) e diálise peritoneal (DP). O objetivo deste estudo foi analisar os valores da força muscular respiratória e periférica. Trata-se de um estudo observacional analítico de forma transversal, com uma tentativa de obter resultados probabilísticos, tendo sido realizada por DRC que realizou HD, com idade entre 18 a 80 anos, de ambos os sexos, que possuíam registro no Centro. Integrado da Saúde (CIS) da UnP. Foi exausta muscular respiratória e periférica. A coleta de dados foi realizada no CIS da Universidade Potiguar, no período de julho de 2017, em único encontro. All as foram foram realizadas pelo mesmo avaliador, individual e em local reservado. Os dados foram evidenciados em tabelas e gráficos. Os pacientes da amostra de pacientes com a força muscular respiratória, embora não tenham sido mais favorecidos quando comparados com os padrões de normalidade de Neder et al. (1999). Além disso, também terão a força de preensão palmar quando estiverem em um tempo prolongado de tratamento dialítico. No entanto, vale salientar que, com o número reduzido de participantes na pesquisa, os resultados não podem ser aplicados em todos os casos, tendo em vista a existência de variáveis clínicas e de dias entre cada paciente.

Palavras-chave: Diálise renal; Fisioterapia; Força Muscular; Insuficiência Renal Crônica.

SUMMARY

Chronic renal failure (CKD) is a glomerular heart and endocrine disease. In turn, the kidneys are able to maintain a body homeostasis, this so-called chronic renal insufficiency (CRF), which leads the patient to receive dialysis therapy, such as hemodialysis (HD) and peritoneal dialysis (PD). The objective of this study was to analyze the values of respiratory and peripheral muscle strength. It is an observational, cross-sectional, analytical study with an attempt to obtain probabilistic results. It was performed by CRD who performed HD, with ages between 18 and 80 years, of both sexes, who had a registry at the Center. Integrated Health Program (CIS) of UnP. Respiratory and peripheral muscle was exhausted. Data collection was done at the CIS of the Potiguar University, in July 2017, in a single meeting. All were carried out by the same evaluator, individual and in a reserved place. The data were evidenced in tables and graphs. The patients in the sample

(6)

6 of patients with respiratory muscle strength, although they were not more favored when compared with the standards of normality of Neder et al. (1999). In addition, they will also have palmar grip strength when in prolonged dialysis treatment. However, it is worth noting that, with the reduced number of participants in the research, the results can not be applied in all cases, considering the existence of clinical and day variables between each patient.

(7)

7 1. INTRODUÇÃO

A doença renal crônica (DRC) é definida como a perda lenta, gradual, progressiva e irreversível das funções excretora, endócrina ou metabólica do sistema renal em um período igual ou superior a três meses. Esta perda se dar a partir de alterações estruturais dos rins com ou sem redução da filtração glomerular (inferior a 60 mL/ min/1,73 m²). A DRC tem causa multifatorial, tendo como principais fatores de risco a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a diabetes. (BARBOSA, SALOMON., 2012; MEDINA et al., 2017; SILVA et al., 2013; GUYTON et al., 2011).

A DRC é considerada um problema de saúde pública global devido à alta taxa de mortalidade, além das incapacidades decorrentes ao período de tratamento. Dados apresentados em 2016 pela Sociedade Brasileira de Nefrologia desmonstraram que houve um aumento de 6,3% dos casos no Brasil; Além disso, cerca de 36 mil pacientes fizeram tratamento dialítico no ano de 2014 apresentando um aumento de 20 mil casos quando comparado aos dados de 2010. (MARTINS et al., 2017; SESSO et al., 2016).

A hemodiálise (HD) e a diálise peritoneal (DP) são intervenções padrão para a DRC com objetivo de manter o homeostase corporal enquanto o paciente aguarda o transplante renal. (PALANOVA, PETRA., 2019; OTTAVIANI et al., 2016; FASSBINDER et al., 2015).

Com o tempo a DRC inicia um processo de alterações crônicas patológicas que irá trazer uma série de alterações funcionais e estruturais ao organismos dos pacientes. Dentre essas alterações ocorre uma inflamação crônica, estresse oxidativo e uma sobrecarga hemodinâmica corroborando para anormalidades musculares e esqueléticas, além da diminuição da massa muscular. (PALANOVA, PETRA., 2019, WORKENEH, MITCH., 2010)

Dentre as complicações ocasionadas pelas alterações crônicas da DRC, temos a diminuição da força e resistência dos músculos do sistema respiratório e periférico, devido a perda da massa muscular. (MEDEIROS et al., 2018; FIGUEIREDO et al., 2018). Diante disso, surgiu o interesse em se realizar um estudo para analisar a força muscular respiratória e periférica dos pacientes submetidos à diálise renal.

2. METODOLOGIA

(8)

8 A pesquisa caracteriza-se como um estudo observacional analítico e transversal. Foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Potiguar (Protocolo número 2.137.951)

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população deste estudo foi composta por todos os pacientes com diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica (IRC), submetidos à hemodiálise, atendidos no Centro Integrado de Saúde (CIS) da UNP. A amostra foi composta por vinte e nove indivíduos, com idade entre 18 a 80 anos, sendo oito mulheres e vinte e um homens, residentes no estado do Rio Grande do Norte, que realizaram acompanhamento clínico regular no Centro Integrado de Saúde (CIS) da UnP, no período de setembro a outubro de 2017.

Todos os indivíduos com IRC, identificados nos registros do Centro Integrado de Saúde (CIS) da Universidade Potiguar, que atenderam aos critérios de inclusão e concordaram em participar do estudo, foram selecionados e inseridos na amostra. Na sequência foram esclarecidos os objetivos e os procedimentos do estudo, e solicitado a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE – APÊNDICE A) pelo paciente.

Foram considerados critérios para inclusão neste estudo: idade ≥ 30 ou ≤ 80 anos, diagnóstico de DRC de qualquer etiologia, em tratamento de hemodiálise há mais de um mês, que estavam dispostos a colaborar com os testes para medida da força muscular respiratória e periférica; Que não apresentem histórico de neoplasia, infecção aguda por pelo menos um mês, doença pulmonar prévia nos últimos seis meses e hábito tabágico; que não apresentavam enfermidades ortopédicas ou reumatológicas de tronco que prejudicassem a realização das medidas de força muscular respiratória; e que não fizessem uso de medicamentos da classe dos opióides ou relaxantes musculares (NEDER et al., 1999). Foram excluídos aqueles que não conseguiram realizar todos os procedimentos de avaliação ou que por algum motivo não quiseram concluir a avaliação.

2.3 PROCEDIMENTOS

Após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa, foi realizado um levantamento dos pacientes com DRC em HD, submetidos a qualquer tipo de serviço oferecido pelo Centro de Saúde Integrada (CIS) da Universidade Potiguar. Logo após foi feito o contato telefônico e o convite para que os participantes comparecerem a avaliação e esclarecimento a respeito dos procedimentos da pesquisa, seus benefícios, possíveis riscos e desconforto, duração e também a garantia de preservação de sua privacidade e do

(9)

9 livre arbítrio para aceitarem participar ou não da pesquisa a qualquer tempo. Para os que concordaram em participar e que atenderam aos critérios de inclusão, foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A) e em seguida, o início das avaliações. A coleta ocorreu em um único encontro, com um tempo médio de duração de 90 minutos, sem nenhum custo para os avaliados.

Inicialmente foi preenchida a Ficha de Avaliação Respiratória (Apêndice B) utilizada no CIS, baseada em perguntas padronizadas relacionadas aos hábitos de vida e história de moléstias prévia e/ou atuais, além das diretrizes para a realização de testes de função pulmonar e periférica.

2.3.1 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA Para a realização do teste de força muscular respiratória, através dos valores da Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e Pressão Expiratória Máxima (PEmáx), foi utilizado o manôvacuometro digital, associado a um tubo de 10 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro interno, com um orifício de 2mm. Durante o procedimento os voluntários permaneceram sentados (tronco a 90º em relação ao quadril, mãos apoiadas sobre as coxas e pés no chão), e os voluntários foram orientados a utilizar o clipe nasal e pressionar os lábios firmemente ao redor do bucal durante todas as manobras a fim de prevenir o escape de ar (BLACK; HYATT., 1969; COSTA et al., 2010; BESSA; LOPES; RUFINO., 2015).

A PImáx foi realizada colocando-se o bucal e a pinça nasal, solicitando ao indivíduo que realizasse uma expiração máxima, até o nível do volume residual e, em seguida, um esforço inspiratório máximo, sustentando por aproximadamente um a dois segundos. A PEmáx foi realizada solicitando-se ao indivíduo que inspirasse até a capacidade pulmonar total e, em seguida, que realizasse uma expiração forçada, sustentando a pressão máxima por aproximadamente um a dois segundos (BLACK; HYATT, 1969; CAMELO et al., 1985; SOUZA et al., 2002).

Durante a realização da medida da PEmáx, foi evitado um tempo de sustentação superior a três segundos, pois poderia haver elevação da pressão intratorácica, redução do débito cardíaco e síncope. Além disso, as regiões das bochechas e dos lábios dos sujeitos foram comprimidas com as mãos, a fim de evitar a obtenção de uma pressão extra, resultante da atividade do músculo bucinador e, também, extravasamento de ar pelo bucal (NEDER et al., 1999; PARREIRA et al., 2007).

No processo de avaliação da PImáx e PEmáx foram obedecidos os seguintes critérios: realização de estímulos verbais, para que o participante atingisse seu potencial máximo; e treinamento prévio, para eliminar o efeito do aprendizado. Foi estipulado que

(10)

10 o número máximo de manobras executadas seriam cinco, sendo três manobras aceitáveis, ou seja, sem vazamento de ar, sustentada por, no mínimo, um a dois segundos, e ao menos duas reprodutíveis (diferença menor ou igual a 10% entre os valores). Para a realização das manobras, foi respeitado um minuto de intervalo entre elas, utilizando-se para registro a maior medida. O último valor encontrado não poderá ser superior aos demais (NEDER et al., 1999; SOUZA et al., 2002; GONÇALVES et al., 2006; PARREIRA et al., 2007). Todas as medidas foram realizadas pelo mesmo avaliador, em horário previamente determinado, individualmente, em local reservado. Neste estudo, os valores de PImáx e PEmáx encontrados foram comparados com os valores preditos pelas equações de Neder et al. (1999).

Para cada parâmetro, os limiares inferior e superior da normalidade foram obtidos subtraindo-se ou somando, respectivamente, do valor predito pela equação, o produto (1,645 x erro-padrão da estimativa), descrito por PARREIRA et al., 2007.

2.3.2 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA

Para avaliação da força muscular periférica foi realizada a preensão palmar, os voluntários do estudo permaneceram sentados em uma cadeira, sem apoio para os braços, com os pés totalmente apoiados no chão e o quadril junto ao encosto da cadeira. Além disso, os braços foram posicionados paralelamente ao corpo, ombro aduzido, cotovelo fletido a 90º e antebraço em posição neutra, punho entre 0º a 30º de extensão e 0º a 15º de desvio ulnar, enquanto o examinador sustentou o dinamômetro (MOREIRA; ALVAREZ, 2002; DIAS et al., 2010).

Antes de iniciar a dinamometria foram removidos os adornos (relógios, pulseiras, anéis e braceletes) e realizado um momento de familiarização e adaptação do participante ao teste. Além disso, também foi feita uma avaliação físico-funcional com inspeção, palpação e movimentação ativa dos membros superiores para identificação da integridade do sistema musculoesquelético e neurofuncional (DREWIN, 2008; REIS; ARANTES, 2011)

Os participantes foram orientados a não olhar para o mostrador do dinamômetro para evitar qualquer tipo de influência visual, foi solicitada uma contração máxima de 3 segundos em cada medida. O comando verbal foi padronizado e não houve nenhum tipo de estímulo durante a dinamometria (JOHANSSON; KENT; SHEPARD, 1983; REIS; ARANTES, 2011).

Após a adoção do posicionamento correto, foram realizadas três avaliações na mão direita (MD), sendo considerada a maior entre as três medidas em kilogramas-força

(11)

11 (Kg/f). A mão direita é significativamente mais forte (em média 10%) quando comparada com a esquerda em pessoas que apresentam dominância direita; e como somos direcionados a utilizar a mão direita, quando a dominância é esquerda não há diferença significativa (CRISPIN; RESENDE, 2013; GODOY et al., 2004).

3. ANÁLISE ESTATISTICA

Os dados são apresentados em medidas de tendência central e dispersão (média e desvio padrão), além de frequência relativa e absoluta. O teste de qui quadrado (X²) foi utilizado para verificar diferenças nas distribuições das variáveis categóricas de sexo, estado nutricional e fatores de risco.

4. RESULTADOS

De um total de 38 pacientes que participaram da pesquisa, 29 hemodialíticos foram incluídos. Os nove restantes não atendiam os critérios de inclusão da pesquisa ou não conseguiram concluir a avaliação por compromissos pessoais.

Neste estudo foram avaliados trinta e oito pacientes de 18 a 80 anos, sendo oito (27,50%) do sexo feminino e vinte e um (72,41%) do sexo masculino. Tendo eles média de idade de 48,86 anos (±15,98), tempo de hemodiálise de 3,6 anos (±3,07) e IMC 25,32 kg/m2 (±5,48), conforme dados distribuídos na tabela 1.

Tabela 1 - Características da amostra

Variável Média Desvio Padrão IC 95%

Idade (anos) 48,86 ±15,98 54,68 - 43,05

Tempo em tratamento hemodialítico (anos)

3,64 ±3,07 4,76 - 2,52

IMC (Kg/m²) 25,32 ±5,48 27,32 - 23,32

Legenda: IMC – índice de massa corporal; IC 95% - Intervalo de confiança de 95%

Na tabela 2 estão distribuídos os dados referentes ao estado nutricional e os fatores de riscos observados na população estudada. Foi observado que quatorze (48%) dos hemodialíticos encontrava-se eutróficos, oito (28%) estavam sobrepeso, seis (21%) com obesidade grau I e um (3%) estava com obesidade grau II. Já em relação aos fatores de risco foi observado que vinte e dois (76%) relataram sedentarismo, vinte e um (72%) hipertensão, onze (38%) diabéticos, dois (7%) apresentaram história de alcoolismo e um (1%) hábito tabágico.

(12)

12 Variável n (29) % Estado Nutricional Eutrófico 14 48% Sobrepeso 8 28% 0,999 Obesidade grau I 6 21% Obesidade grau II 1 3% Fatores de risco Sedentarismo 22 76% Hipertensão 21 72% Diabetes 11 38% 0,931* Alcoolismo 2 7% Tabagismo 1 3%

Legenda: X² - qui quadrado; * p < 0,05.

A força muscular inspiratória e expiratória pode ser observada na Tabela 3, onde foi distribuído os valores obtidos por cada paciente, como também o percentual dos valores previstos por Neder et al. (1999). Na tabela 4, pode-se observar a média dos valores obtidos no sexo feminino e masculino, além do total dos pacientes avaliados, sendo também comparados com os valores de referência previstos por Neder et al (1999). Quando observado os valores expostos na tabela 5, nota-se que não houve diferença significativa entre eles, mas pode se observar uma pequena diminuição da força muscular inspiratória e expiratória, tendo em vista que 59% e 66% da amostra tiveram diminuição da força descrita respectivamente.

Tabela 3 – Distribuição dos valores obtidos e previstos de PImáx e PEMmáx.

Pacientes PE Máx (Obtido) PE Máx (PN) PI Máx (Obtido) PI Máx (PN) P1 171 91,2 255 90,8 P2 67 83,88 146 84,92 P3 58 64,97 45 69,73 P4 91 82,05 51 83,45 P5 175 95,47 204 94,23 P6 67 77,17 84 79,23 P7 69 83,27 160 79,53 P8 36 70,46 29 84,43 P9 171 126,42 226 74,14

(13)

13 P10 131 129,66 87 116,9 P11 29 151,53 67 120,1 P12 113 127,23 209 141,7 P13 111 134,52 109 117,7 P14 80 107,79 58 124,9 P15 135 128,04 135 98,5 P16 62 118,32 55 118,5 P17 115 120,75 100 108,9 P18 82 140,19 125 111,3 P19 131 123,99 142 130,5 P20 129 102,12 55 114,5 P21 129 112.65 142 92,9 P22 87 122,37 64 103,3 P23 102 115,08 102 112,9 P24 107 129,66 131 105,7 P25 62 123,99 109 120,1 P26 67 144,24 55 114,5 P27 135 123,99 189 134,5 P28 120 149,1 124 114,5 P29 95 128,85 64 119,3

Legenda: PN (Previsto por Neder)

Tabela 4 – Distribuição da média dos valores obtidos e previstos de PImáx e PEmáx

Masculino Feminino Total

n Média Desvio Padrão n Média Desvio Padrão n Média Desvio Padrão Idade PI (Valor obtido) PI (PN) PE (Valor Obtido) PE (PN) 21 21 21 21 21 47,66 111,81 117,16 104,942 126,69 ±15,45 ±50,75 ±12,36 ±32,85 ±12,51 8 8 8 8 8 56,62 121,75 82,65 91,75 81,05 ±16,51 ±83,37 ±8,09 ±52,37 ±10,07 29 29 29 29 29 50,14 114,55 107,646 100,93 114,10 ±15,98 ±53,63 ±19,28 ±38,60 ±23,83

Legenda: PN (Previsto por Neder)

Tabela 5 – Distribuição absoluta e relativa quanto a força muscular respiratória

(14)

14

Pressão Inspiratória Normal 12 41% 0,966

Diminuída 17 59%

Pressão Expiratória Normal 10 34% 0,974*

Diminuída 19 66%

Legenda: X² - qui quadrado; * p < 0,05.

A partir do dados apresentados na Tabela 6, pode-se observar que ao início da hemodiálise os pacientes apesentam uma força de preensão palmar considerada mediana, quando comparada aos pacientes com tempo de diálise maior, que ao ser analisado apresentam um aumento da força, seguido de uma diminuição no anos seguintes, como representado no Gráfico 1.

Tabela 6 – Distribuição dos valores de força de preensão palmar com base nas variáveis sexo, idade e tempo de diálise

Pacientes Sexo Idade (anos) Tempo de diálise (anos) PP (KgF) P1 M 26 11 26 P2 2 51 10 18 P3 M 47 9 28 P4 F 53 8 16 P5 F 33 8 26 P6 F 55 6 28 P7 M 48 6 30 P8 F 40 4,8 30 P9 M 31 4,6 24 P10 F 74 4 12 P11 M 53 4 30 P12 M 38 3,6 34 P13 M 78 3 20 P14 M 65 3 32 P15 F 63 3 18 P16 M 44 3 23 P17 M 45 2,7 25 P18 F 83 2 9 P19 M 17 2 18 P20 M 46 1,3 28

(15)

15 P21 M 44 1,2 82 P22 M 62 1 34 P23 M 55 1 20 P24 M 51 0,8 44 P25 M 51 0,7 17 P26 M 20 0,7 45 P27 M 58 0,5 18 P28 M 71 0,4 16 P29 F 52 0,3 18

Legenda – PP – Preensão Palmar

Gráfico 1 – Representação gráfica do Tempo de HD x Força de Preensão Palmar

Legenda – PP – Preensão Palmar; HD – Hemodiálise.

5. DISCUSSÃO

A partir dos dados relatados pelos pacientes quanto aos fatores de risco e composição corporal (medição do peso em balança antropométrica e altura) foi criado uma distribuição absoluta dos itens, sendo observado que 72% da amostra apresentavam como fator pré-existente a hipertensão arterial. Fato este que corrobora com os resultados de Nunes (2007), que em seu estudo observou que a hipertensão não controlada acelera o processo de perda da função renal com o passar dos anos, tendo em vista que este fator pode ocasionar o desenvolvimento de alterações estruturais e progressivas nas artérias e arteríolas renais, levando assim o indivíduo a desenvolver danos glomerulares e tubulointersticiais. 0 2 4 6 8 10 12 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Tempo d e H D PP

(16)

16 Considerando ainda a hipertensão arterial como fator de risco para o desenvolvimento de DRC, em estudo realizado por Ribeiro (2008), foram analisados 217 pacientes em terapia dialítica e foi observado que 42,5% da amostra apresentavam hipertensão arterial, o que pode ter levado ao desenvolvimento da nefrosclerose hipertensiva como doença de base, sendo este presente em 68 pacientes (31,3%).

Quanto a distribuição absoluta do estado nutricional, foi identificado que 28% dos indivíduos encontravam-se sobrepeso, enquanto 21% com obesidade grau I. A obesidade e o sobrepeso estão associados a alterações renais hemodinâmicas, estruturais e histológicas, bem como são fatores pré-existentes para o desenvolvimento de hipertensão, diabetes de mellitus (DM), resistência a insulina, hiperlipidemia e aterosclerose, sendo estes fatores que podem levar ao desenvolvimento da DRC (JUNIOR, et al., 2017).

Em relação aos valores encontrados para as pressões respiratórias máximas dos pacientes dialíticos foi realizado uma comparação dos valores obtidos da PImáx e PEmáx com os previstos para a população brasileira (NEDER et al., 1999). As médias dos dados obtidos foram comparadas com as médias propostas por fórmulas validadas de normalidade. Os valores da força muscular respiratória não apresentaram correlação estatisticamente significante. Dado este também aparecem em outros estudos, como o realizado por Kovelis et al. (2008), que 30 avaliou as pressões respiratórias máximas durante a sessão de hemodiálise em 17 pacientes com DRC, escolhidos por conveniência; E teve como resultado a PImáx e PEmáx sem alterações estatísticas significantes, entretanto concluíram ao comparar com outros estudos que apesar de não haver grandes mudanças na função muscular respiratória durante a sessão de hemodiálise, com a evolução da doença e com o longo período de tratamento os pacientes apresentam diminuição progressiva da força dos músculos respiratórios.

Vale ressaltar que em estudo realizado por Posser et al (2016), em que foram avaliados 23 pacientes com DRC em tratamento dialítico, foi observado alterações da força muscular respiratória, com diminuição dos valores previstos para sexo e idade. Rocha e Araújo (2010), também realizaram a avaliação da força muscular respiratória em 35 pacientes com diagnóstico de DRC, e teve como resultado diminuição dos valores da PImáx e PEmáx quando comparados aos valores preditos de normalidade para uma população brasileira saudável.

Neste estudo, também foi possível observar que a força de preensão palmar está relacionada com o tempo de hemodiálise, tendo em vista que quanto maior o tempo que o paciente estiver submetido a tratamento dialítico menor será a sua força de preensão.

(17)

17 Pereira (2013), avaliou 73 pacientes em hemodiálise, com o objetivo de observar a espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) como preditor da força de preensão manual nos pacientes. Teve como conclusão que a EMAP está diretamente ligada ao estado nutricional do dialítico, e que quanto mais tempo de HD, pior é seu estado nutricional, consequentemente menor é a sua força.

Como limitações do presente estudo podem ser verificadas o número amostral, pois o grupo (n=9) pode ser considerado pequeno, sendo possivelmente um fator de interferência nos resultados obtidos. Entretanto, esse estudo será ampliado em um prazo de dois anos para ampliar o número da amostra.

6. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados apresentados, os pacientes da amostra apresentaram comprometimento não significativo da força muscular respiratória quando comparado aos padrões de normalidade para a população brasileira. Além disso, apresentaram diminuição da força muscular periférica com o aumento do tempo que está em terapia dialítica. Também foi observado, que a maior parte da amostra apresentava hipertensão como fator de risco (dado com diferença significativa). No entanto, o número reduzido de pacientes faz com que os resultados obtidos não possam ser transpostos para todos os casos, tendo em vista que cada indivíduo possui suas condições clínicas e funcionais individuais.

(18)

18 7. REFERÊNCIAS

BARBOSA, A.C.S.C.S., SALOMON, A.L.R., Resposta inflamatória de pacientes com doença renal crônica em fase pré-dialítica e sua relação com a ingestão proteica. Com. Ciências Saúde, v.22, n.4, p. 111-125. 2013.

BESSA, E.J.C.; LOPES, A.J.; RUFINO, R.A. Importância da medida de força muscular respiratória na prática da pneumologia. Revista Pulmão RJ, v.24, n.1, p.37-41, 2015.

BLACK, L.; HYATT, R. Maximal respiratory pressures: normal values and relationship to age and sex. American Revist Respiratory, New York, v.99, n.3, p.696-701, 1969.

CAMELO JR. et al. Pressões respiratórias máximas em adultos normais. Jornal de Pneumologia. Vol. 11, Nº. 4, p. 181-4, 1985.

COSTA, D.; GONÇALVES, H.A.; LIMA, L.P.; IKE, D.; CANCELLIERO, K.M.; MONTEBELO, M.I.L.; Novos valores de referência para pressões respiratórias máximas na população brasileira. Jornal Brasileiro Pneumologia, v.36, n.3, p.306-312, 2010.

DIAS, J.A.; OVANDO, A.C.; KULKAMP, W.; JUNIOR, N.G.B. Força de preensão palmar: métodos de avaliação e fatores que influenciam a medida. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v.12, n.3, p.209-216, 2010.

FASSBINDER, T.R.C.; WINKELMAN, E.R.; SCHNEIDER, J.; WENDLAND, J.; OLIVEIRA, O.B. Capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica pré-dialítica e em hemodiálise – Um estudo transversal. Jornal Brasileiro de Nefrologia. v.37, n.1, p. 47-54, 2015.

GUYTON; HALL TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA. 11. Ed. Rio de Janeiro: Futura, 2011.

Johansson, C.A., Kent, B.E. and Shepard, K.F. (1983) Relationship between verbal command volume and magnitude of muscle contraction. Physical Therapy, v.63, n.8, p.12601265, 1983.

MEDINA, M.M., ZUBERO, E.E., JIMÉNEZ, E.A.A., BARRAGAN, S.A.A., GARCIA, C.A.L., RAMOS, J.J.G., GUTIERREZ, J.F.S., CASTILLO, Z.G., Polimorfismos NOS3 e Insuficiência Renal Crônica. Jornal brasileiro de nefrologia, v. 40, n.3, p.273-277. 2018

(19)

19 MOREIRA, D.; ALVAREZ, R.R.A.; Avaliação da força de preensão palmar com o uso do dinamômetro Jamar® em pacientes portadores de hanseníase atendidos em nível ambulatorial no Distrito Federal. Hansen Int., V.27, n.2, p.61-69, 2002

OTTAVIANI, A.C, ORLANDI, F.S. Tradução, adaptação cultural e validação do Kidney Disease Loss Scale para o contexto brasileiro. Revista Brasileira de Nefrologia. v. 38, n. 3, p. 296-301, 2016.

PARREIRA, V.F.; FRANÇA, D.C.; ZAMPA, C.C.; FONSECA, M.M.; TOMICH, G.M.; BRITTO, R.R. Pressões respiratórias máximas: valores encontrados e preditos em indivíduos saudáveis. Revista Brasileira de Fisioterapia, V.11, n.5, p. 361-368, 2007

PARREIRA, V.F.; FRANÇA, D.C.; ZAMPA, C.C.; FONSECA, M.M.; TOMICH, G.M.; BRITTO, R.R. Pressões respiratórias máximas: valores encontrados e preditos em indivíduos saudáveis. Revista Brasileira de Fisioterapia, V.11, n.5, p. 361-368, 2007

REIS, M.M.; ARANTES, P.M.M. Medida da força de preensão manual – validade e confiabilidade do dinamômetro saehan. Fisioterapia e pesquisa, São Paulo, v.18, n.2, p.176-181, 2011.

SESSO, R.C.; LOPES, A.A.; THOMÉ, F.S.; LUGON, J.R.; MARTINS, C.T. Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica 2014. Jornal Brasileiro de Nefrologia. v.38, n.1, p.54-61, 2016.

SILVA, S.F.; PEREIRA, A.A.; SILVA, W.A.H.; SIMOES, R.; NETO, J.R.B.; Fisioterapia durante hemodiálise de pacientes com doença renal crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia. v.35, n.3, p.170-176, 2013.

SOUZA, R.B. Pressões Respiratórias estáticas máximas. Jornal de Pneumologia. v. 28, n. 31, p.155-165, 2002.

WORKENEH, B.T.; MITCH, W.E. Review of muscle wasting associated with chronic kidney disease. The American Journal of clinical nutrition. v.91, n.4, p.1128-1132, 2010.

Referências

Documentos relacionados

Para a extrac¸˜ao de caracter´ısticas foram utilizadas as t´ecnicas LIWC para obter a informac¸˜ao de at´e que ponto diferentes assuntos s˜ao usados por pessoas em conversas,

Os escores de sintomas depressivos na amostra estudada foram bastante elevados, indicando que, provavelmente, as rupturas familiares e os eventos estressores vivenciados

Para além do encaminhamento, cabe à equipe do programa oferecer espaços de reflexão sobre o trabalho, as aspirações, os dilemas, as limitações e as repercussões

UNIDADE II: Movimentos artísticos em artes audiovisuais em diferentes épocas e diferentes culturas: Relações entre as artes audiovisuais, seu contexto na história

esse nullum sequitur inconveniens, sed possibile est nullum hominem esse», concedo bene quod haec est vera «possibile est nullum hominem esse», sed non sequitur «nullus homo est,

É fundamental que você siga corretamente a orientação de seu médico (ou dentista). Caso você tenha alguma dúvida contate seu médico para esclarecimento adequado. Para minimizar

Metodologia: Foram estudados pacientes com diferentes doenças neuromusculares através da força muscular respiratória, avaliação nutricional de massa muscular, índice de

Discussão - - Quadro 3 Taxa de incidên- cia de doença diarreica Salubri- dade do ambiente da área de residên- cia Salubri- dade do ambiente domésti- co Higiene