DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
DA
ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ADMINISTRAÇÃO
DISSERTAÇÃOz
ÀPLANEJAMENTO
TURISTICO
DE
CIDADES
MESTRAN
DA:
GRACE
BATISTA
BANCA
ExAMINADORAz
ROLE
I-IERMANN
ERDMANN
NORBERTO
IIOCIIIIEIM
LUÍS
MORETTO
NETO
GRACE
BATISTA
-Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção
do
Título de Mestreem
Administração (Area de Concentração: Políticas e Gestão Institucional), e aprovada pelo Curso de Pós-Graduação
em
Administração da Universidade Federal de Santa Catarina.'
Ô
Ç
L.il
P
of.Nelson
C
ossi, Dri. Coordenador
Apresentada junto à comissão examinadora integrada pelos professores
Êé/~
Prof. Rolf
Hermann
Erdmann,
Dr.Orientador
'
1
Prof.
Norbešo
Hochheim,
Dr.Membro
A
Pro u' oretto Net
sa
deve-se dar
amor
e educação. Obrigado.sem
vocês eunão
.saberia dar o devido valoraos
Sempre
que precisamos realizarum
trabalho importante na vida, que exige esforço ededicação,
contamos
com
pessoas amigasno
decorrer da jornada. Gostaria de registrar aqui algunsnomes
importantes:Agradeço
ao professorRolf
por apostarno
meu
trabalho ainda na graduação e pela dedicaçãoe o apoio dispensados
no
mestrado.Agradeço
àminha
família,em
especial aomeus
tiosRosana
e Dionísio pela disposição.Agradeço
aomeu
amor,Wesley
pelas palavras positivas nas horasem
que tudo pareciaperdido.
Agradeço
aosmeus
superamigos
do
NIEPC:
Evelize, Claudia,Maria
Albertina, Aldo, Dionéia, Luís Daniel, Rossane, Janaina; etambém
aqueles que já passaram, assimcomo
eu,pelo ambiente maravilhoso de criação: Hivy, Marcelo, Luís Gustavo,
Magnus,
Sheila.Agradeço
aos professoresNorberto
Hochheim
e LuísMoretto Neto
por aceitarem o convite de integrar aBanca Examinadora
desta dissertação.Agradeço
aoCPGA,
na figura de seus fimcionários e professores, por fornecer as condições para a realização dessa dissertação.Agradeço
aos fimcionários da Secretaria de Turismo dos municípios de BalneárioCamboriú
e
Navegantes
por colaboraremcom
a execução deste trabalho, alémdo
Conselho Municipalde
Tunsmo
de Balneário Camboriú.Agradeço
aosamigos
daSANTUR
e daEMBRATUR
pela disponibilização das informações necessáriasSUMÁRJO
1.1NTRODUÇÃO
... ._07
1.1.PROBLEMA
DE
PESQUISA
... __08
1.2.OBJETIVOS
... __ 10 1.2.1. Objetivo geral ... _. 10 1.2.2. Objetivos especificos ... ... _. 101.3.JUsTmcAT1vA
TEÓRICO-PRÁTICA
... _. 1o 1.3.1. Justificativa teórica ... _. ll 11 13 13 1722
2326
29
32 38 1.3.2.J
ustiñcativa prática ... ._ 2.BASE
CONCEITUAL
... ._2.1.
PERSPECTIVA
HISTÓRICA
DO
TURISMO
... ._2.2.
TUR1sMOz DEFINIÇÕES
... ._2.3.
MERCADO
TURÍSTICO
... _.2.3.1.
O
produto
turístico ... _.2.3.2.
A
demanda
turística ... _.2.4.
PLANEJAMENTO
TURÍsT1cO..Í'
... ._2.4.1.
O
planejamento
integradodo
turismo ... ..2.4.2.
O
planejamento
integradono
contexto brasileiro ... _.2.5.
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO:
UM
BREVE
APANHADO
CONCEITUAL
... __40
2.6.
AS
ABORDAGEN
STEÓRICAS DE ESTRATÉGIA
... _.42
2.7.
AS
ESCOLAS DE
PENSAMENTO
DA
FORMAÇÃO
ESTRATÉGICA
... ._45
2.8.
METODOLOGLA
PARA A
FORMULAÇÃO
DA
ESTRATÉGIA DE
MICHAEL
PORTER: AS
ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS
GENÉRICAS
... ._ 573.
O
PROGRAMA
NACIONAL
DE
MUN
ICIPALIZAÇÃO
DO
TURISMO
... _. 613.1.
A
ESTRUTURA
DO
PROGRAMA
NACIONAL DE MUNICIPALIZAÇÃO
DO
TURISMO
... _. 623.1.1.
Comitê
ExecutivoNacional
do
PNMT
... _. 623.1.2.
Coordenação-Geral do
PNMT
... ._ 633.1.3..Comitê Estadual
do
PNMT
... ._ 643.3.
O
PROCESSO DE CAPACITAÇÃO
DO PNMT
... .. 7o3.4.
OS
CRITÉRIOS
DE
SELEÇÃO
DO PNMT
... .. 773.5.
O
FUNDO
MUNICIPAL
DE
TURISMO..§
... ..79
3.6.
ESTUDO
MULTICASOS DE
MUNICÍPIOS
ENGAJADOS
NO
PNMT
... .. so 3.6.1.O
casodo
municípiode
BalneárioCamboriú
... .. 813.6.2.
O
casodo
municípiode Navegantes
... ..90
4.
METODOLOGIA
... .. 954.1.
DELIMITACÃO
DA
PESQUISA
... .. 954.2.
DELINEAMENTO DA
PESQUISA
... .. 954.3.
ABORDAGEM
DO TRABALHO
... ..96
4.4.
COLETA
DE
DADOS
... ..97
4.5.
ANÁLISE
DOS
DADOS
... ..99
4.6.
LIMITAÇÓES
DA
PESQUISA
... ..99
5.
MÉTODO
PARA
O
PLANEJAMENTO
TURÍSTICO
DE
CIDADES
... .. 101õ.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... .. I39REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... .. 141FIGURA
1 _OFERTA
E
DEMANDA
DE
TURISMO
... ._ 23FIGURA
2 -ADMINISTRAÇÃO
ESTRATÉGICA
1»-ERSUSE
. ›
PLANEJAIVIENTO
ESTRATEGICO
... ._42
FIGURA
, 3-
QUADRO RESUMO
DAS
ESCOLAS
DO
PENSAMENTO
ESTRATEGICO
... .. 55FIGURA
4 -DEMONSTRATIVO GERAL
DO
DESEMPENHO
DO
PNMT/
1997... 73FIGURA
5 _FOLHA DE
DESCRIÇÃO
DAS
CARACTERISTICAS NATURAIS
DA
LOCALIDADE
... .. 105FIGURA
ó _FOLHA
DE
DESCRIÇÃO
DAS
CARACTERISTICAS
ARTIFICIAIS
DA
LOCALIDADE
... ... ._ 1oSFIGURA
7 -QUESTIONÁRIO
PARA CARACTERIZAÇÃO
DA DEMANDA
... ._ 117FIGURA
S -FICHA
DE
DESCRIÇÃO
DA
CONCORRÊNCIA
... ._ 121FIGURA
9 _FICHA
DE DETERMINAÇÃO
DA
CAPACIDADE DE
CARGA
DE
UMA
LOCALIDADE
TURÍSTICA
(METODO
LAZATO-GIOTART)
... .. 124FIGURA
1o -FICHA
DE
DESCRIÇÃO
DE
CENÁRIOS
... .. 127FIGURA
11 -FICHA
DE
DESCRIÇÃO
DOS PONTOS
FORTES
E
FRACOS,
DAS OPORTUNIDADES
E
AMEAÇAS
... .. 12sA
evoluçãodo
mundo
modemo,
que estreitou as distâncias geográficas,principalmente pela melhoria dos sistemas de transporte e comunicações, ampliou o conceito
original de turismo.
O
turismo deixou de ser sinônimo de lazerR
para assumir seu papel de__ -
agt-:rrt/e:¿o,cial,.po1itiMco_e_econômico, sendo que
em
muitg¿s__p_aíses éum
dos setoreseconômicos
mais importantes.
i
'
_--f_""'í'___í. E
Dentro deste contexto, o presente trabalho é o resultado de
um
estudo sobre o turismoe o seu planejamento,
que
resultou na elaboração deum
método
para o levantamento e análisedo
potencial turístico de localidades, objetivo geral desta pesquisa.Inicialmente apresenta-se
uma
revisão histórica e conceitualdo fenômeno
turístico,primeiro a nível mundial para depois enfocar o contexto brasileiro.
Em
seguida surge o planejamento turísticocom
as suas dimensões e conceitos.Ainda
dentro da revisão teórica, o planejamento estratégico aparececom
asabordagens teóricas de estratégia de Whittington, as escolas de posicionamento de Mintzberg
e a metodologia de formulação da estratégia de Porter e de Miles
&
Snow.
A
seguir, o trabalho procura descrever oPNMT
-
Programa
Nacional de Municipalizaçãodo Turismo
- a metodologia utilizada pelo Instituto Brasileiro deTurismo
-EMBRATUR
(antigaEmpresa
Brasileira de Turismo), para planejar o desenvolvimentoturístico
no
Brasil, e apresentatambém
um
estudo decampo
realizadoem
dois municípioscatarinenses engajados
no
programa, apontando as dificuldades e as soluções encontradas pelos administradores locais dosmesmos.
Para alcançar os objetivos propostos, a pesquisa adotou
como
tipo de estudo odescritivo exploratório,
onde
aabordagem
metodológica é predominante a qualitativa, ecomo
método
de investigação o estudo de multicasos.O
trabalho culminano método
para o planejamento de localidades turísticas, elaboradoa partir dos pontos fortes e fracos apresentados pelo
Programa
Nacional de Municipalizaçãodo
Turismo, ecom
alguma
inspiração da obra de Roberto Boullón (1991).A
fmalização éfeita através de
um
quadroonde
são colocados frente a frente ométodo
desenvolvido e o1.1.
PROBLEMA
DE
PESQUISA
O
crescimento significativo dos serviçostem aumentado
a sua grande importância na atividadeeconômica
mundial. Dentre os serviçosem
expansão, o turismo destaca-se por doismotivos: pelo fato de ser
um
fenômeno
social e estar ligado a diversas atividades, envolvendoos três setores da economia, e pelos beneficios que
um
planejamento integradodo
turismopode
trazer auma
comunidade, sendo estes deordem
econômica, sociocultural e' ambiental(Bote
Gomez,
1990).O
turismocomo
oconhecemos
atualmente éum
acontecimento recente, -que aparecepor volta da
metade
deste século,quando
melhorias significativas dos sistemas de transporte ecomunicação, associados
com
maiortempo
livre do trabalhador, fezcom
que
a atividade de lazer crescesseno mundo.
Contudo,
como afirma
Wahab
(1991, p.23), o turismo "é muito maisdo que
uma
indústria de serviços pois o "produto turistico" é a composição de
uma
base culturalcom
herança histórica,
meio
ambiente diverso, beleza natural, paisagens atraentes,boa
hospitalidade,
acomodações
confortáveis euma
boa
cozinha". Desta forma, o turismopode
ser considerado a
combinação
entre a indústria, o comércio e a prestação de vários serviços.Conforme
aWorld
Tourism
Organization e oWorld
Travel andTourism
Council -WTTC
- estima-se queem
1999 a atividade turística corresponderá a11%
do produto brutomundial, e será responsável por cerca de
200
milhões deempregos
(aproximadamente 1/3 dosempregos
serão diretos e o restante indiretos), naeconomia
mundial,ou
cerca de8%
do
totalde
empregos
mundiais.E
ainda, segundo as estimativas daWTTC
(1999), o turismo seráresponsável por 5,5 milhões dos
empregos
mundiais gerados por ano, até o ano de 2010.O
Brasil ainda participa depequena
parcela deste crescente mercado,embora
disponha deuma
ampla
e diversificada base de atrativos naturais,como
o litoral, a fauna e a flora, atopografia, e atrativos artificiais,
como
os bens histórico-culturais.Em
vista disso aEMBRATUK
lançouem
1995, a nivel nacional, oPrograma
Nacional de Municipalizaçãodo
Turismo -
PNMT,
que objetiva descentralizar as atividades de planejamento turístico a âmbitomunicipal.
O
PNMT
éum
projeto formulado pela OrganizaçãoMundial do Turismo
-OMT
-em
conjuntocom
centros de pesquisa canadenses.Boullón (1990) afirma que na
América
Latina a maior parte dos estudos são realizadospor consultorias estrangeiras
ou
então,como
é o caso doPNMT,
foram elaborados por organismos internacionais.Ainda
segundo o autor, o problema ocorre na aplicação destesprogramas,
onde
os organismos oficiais de turismo nacionaisnão
estão preparados paraimplementar as ações que estes planos propõe.
Talvez, para alcançar
um
planejamento turístico mais eficiente, deva-se partir para o planejamento dos municípios turísticos, visto que os atrativos turísticos encontram-seno
espaço municipal, e
nenhuma
entidadeextema
acomunidade
sabe mais sobre as necessidades econômicas, sociais, culturais e de preservação ambientaldo que
elamesma. Segundo
Boullón (1990), os municípios não
devem
ficar esperandoque
os organismos localizados hierarquicamente acima deles façam a sua parte, e desta forma cada município turístico deverealizar
um
planejamento que contenha as suas expectativasem
relação a atividade turística.O
desenvolvimento sustentáveltambém
deve estar presentenum
planejamentoturístico. Para Silva (1995) o conceito de turismo sustentável refere-se a
manutenção
dosvalores histórico-culturais e ecológicos presentes, para
que
as atividades turísticasmantenham-se
viáveis amédio
e longo prazos. Isto porque se ao invés de preservar omeio
ambiente e cultura locais, os empresários locais exploram estes valores
sem
realizaruma
análise prévia das conseqüências, poderá ocorrer
um
empobrecimento
desses fatores e,em
vista disso, a
queda no
nível de satisfação dos turistas.Assim, para conservar o
meio
ambiente natural, a cultura e a história é necessarioplanejar e operacionalizar centros turísticos dentro de
uma
ótica interdisciplinar.Segundo
Molina
(1994) o conhecimento ecológico, econômico, social e psicológicodevem
ser unidospara identificar os limites de crescimento dos investimentos e das estruturas turísticas,
além
da sua localização Ótima.
Desta forma, para planejar o desenvolvimento de
um
turismo sustentável e dequalidade para municípios brasileiros, propõe-se
um
método, que responda a seguintepergunta de pesquisa:
"Como
elaborarum
método
para o planejamentodo
desenvolvimento da atividade1.2.
OBJETIVOS
1.2.1. Objetivo geral
Elaborar
um
método
para levantamento e análisedo
potencial turístico de localidades.1.2.2. Objetivos específicos
0 Analisar as etapas de operacionalização do
Programa
Nacional de Municipalizaçãodo
Turismo
-PNMT.
0 Construir
um
método
de investigaçãodo
potencial turístico.1.3.
IUSTIFICATIVA
TEÓRICO-PRÁTICA
Atualmente, vive-se
numa
economia
em
que o setor de serviços estaem
destaque, sejapela sua importante participação
no
PIB
das nações desenvolvidas, seja pela sua capacidade de empregar pessoas. Porter (1993) afirma que apesar dos bens representarem maiorvolume
de transações comerciais, os serviços são parte fundamental daeconomia
nacional de diversospaises, principalmente nas nações mais desenvolvidas.
Dentro
do
setor terciário destaca-se o turismo, de natureza heterogênea, conseqüente da inter-relação da agricultura, indústria e comércio, estáem
plena expansão. Atualmente,segundo Naisbitt (1994), o turismo é o setor
econômicoque
mais prosperouem
todo omundo,
alcançando a considerável cifra de10,2%
do produto bruto mundial,além
deempregar
204
milhões de pessoasem
todo omundo, ou
um
em
cadanove
trabalhadores, totalizando10,9%
da força de trabalho, gerandoem
receitas o valor deUS$
3,4 trilhões, oque
lhe confere o titulo do_ setor
econômico que
mais gera receita.O
Brasil, apesardo
potencial turístico(um
conjunto de belezas naturais, sol na maiorparte do ano), participa
com
uma
pequena
parcelado mercado
mundial.O
governo brasileiro,do
Turismo,uma
solução para o planejamentodo
turismono
país.Ainda
não pode-se realizaruma
análise mais abrangente dos resultados doPNMT,
visto que ele ainda estaem
execução.Mesmo
assim, este trabalho procurou trazeruma
altemativa à propostado govemo,
através da elaboração de
um
método
que pudesse realizar o levantamento e análisedo
potencial turístico das localidades brasileiras.É
com
a perspectiva de trazer orientações, tantopara a iniciativa pública quanto para a iniciativa privada,
no
sentido deonde
ecomo
investiros recursos, que o
método
elaborado neste trabalho procura trazer contribuições.O
Brasil deve ampliar os seus horizontesem
relação a atividade turística,principalmente pela sua condição de país
em
desenvolvimento, que busca o desenvolvimento acelerado e sustentável, através deum
turismo planejado ecom
qualidade.1.3.1. Justificativa teórica
De
maneira geral, existeuma
grande dificuldade na obtenção, a partir da literaturadisponível
em
português, deuma
base teórica que contemple o planejamento turísticointegrado,
onde
os estudos nacionaisparecem
ainda estar engatinhando.O
que encontra-sedisponível são os princípios, conceitos e elementos da indústria turística, principalmente
no
que se refere a hotelaria.
Buscou-se as principais obras referentes ao assunto, tanto nos livros quanto nos
relatórios oficiais da
EMBRATUR. Uma
grande fonte de auxílio são os manuais e osrelatórios das ações
do Programa
Nacional de Municipalizaçãodo
Turismo, quevem
sendo desenvolvido desde 1995.A
realização deum
estudo estruturado, envolvendouma
estratégia de desenvolvimento que comporte os aspectos e efeitoseconômicos do
turismo, geradosno
seu sentido maisamplo, não apenas
como
sinônimo de lazer, envolvendotambém
os aspectos culturais,sociais, ambientais e políticos, busca contribuir, de
alguma
forma, para a literatura existente.1.3.2. Justificativa prática
Um
novo
paradigma que está surgindo é a ideia de encarar ofenômeno
turísticocomo
uma
“indústria”que
contribui para o desenvolvimento social eeconômico do
país, seja eleNo
Brasil, o Estadonão
realizaum
planejamento turístico interdependente ecoordenado
com
o planejamentoeconômico
e socialdo
pais, esquecendo-se de pontosfundamentais na infra-estrutura,
como
porexemplo
a organização do espaço urbano; amaioria das medidas para
promover
o turismo, restringem-se a divulgação das belezasnaturais.
_
Apesar
de estar sendo desenvolvidoum
programa
a nível nacional de planejamento daatividade turística, que
tem
como
objetivos principais a descentralização da atividade turísticano
pais e a formação de fundos para a captação de recursos, suas ações esbairaram na burocracia que foi instaurada pelos próprios meios que o criaram.Como
exemplo
pode-secitar a dificuldade encontrada pelo Conselho Municipal de
Turismo
de BalneárioCamboriú
de fazer valer a sua autonomia,
como
Órgão consultivo deliberativo criado pelo executivo municipal através de decreto municipal,onde
após passados quatro anos da sua instituição,ainda
clama
poruma
sede própria.Considerando estes aspectos, o
método
desenvolvido neste trabalho busca uniresforços tanto das entidades públicas competentes quanto das empresas privadas,
no que
se refere a cooperação e aplicação de recursos, a fim de mobilizar as comunidades.locais adesenvolverem
um
turismo que contribuirá para a melhoriada
qualidade de vida dos moradores.2.1.
PERsP1‹:cT1vA
HISTÓRICA
D0
TURISMO
Ao
longo da história da humanidade, a partir da Grécia Antiga, pode-se encontrarregistros de viagens realizadas por motivações variadas,
como
curiosidade e religião.Nobres
e intelectuais europeus realizavam passeios por lugares atrativos, o
que
lhes conferia grandestatus social.
Castelli (1990)
afirma
que para compreender ofenômeno do
turismo na atualidade,deve-se fazer
uma
análisedo
significado desta atividadena
históriada
humanidade.No
início a motivação das viagenseram
os interesses econômicos, políticos e militares; e só depois dealgum
tempo
surgiram outros interesses, taiscomo:
curiosidade, lazer, religião, cultura entre OUÍTOS.As
viagenscomeçaram
a muitos anos na Grécia,Roma
e na antiga Babilônia,onde
tinham
um
significado diversodo
atual.Os
gregos eromanos
possuíam diversos pólos deatração, o Circo
Romano
e as Termas, respectivamente, os jogos olímpicos e os festivaispúblicos.
Os
romanos, principalmenteem
virtudedo
seu espirito de dominação,que
expandiu seu império, possibilitaram a integração entre as cidades, e sobretudo,ampliaram
asfacilidades para o comércio e as viagens (Lage e Milone, 1996).
No
séculoXVI
com
o Renascimento, que iniciouuma
mudança
de costumes,promoveu
o gosto pelo saber,onde
artistas, músicos, poetas procuraramnovos
interesses através das viagens,também
os nobres, motivados pelo status e poder econômico, realizaram viagensdenominadas
grand-tour, a fim de aumentar os seus conhecimentos (Lage e Milone,1996).
Enquanto
a aristocracia viajava, motivada pelo desejo de educar-se e divertir-se, anova classe burguesa utilizava as viagens
como
negócio (Castelli, 1990).Segundo
Castelli (1990), a comercializaçãodo
turismo só se inicia a partirdo
séculoXIX,
devido as inovações tecnológicas trazidas pelaRevolução
Industrial(como
o trem e arnáquina a vapor), pemritindo que trabalhadores tivessem acesso às viagens,
em
conseqüência da melhoria da distribuição de riqueza e conhecimento.Trigo (1993) sugere que o fator fundamental para o crescimento dos grandes
movimentos
turisticos, foi o desenvolvimento do capitalismo que passou da fase mercantil para a fase industrial. Desta forma, as principais conseqüências desta transição foram aspesquisas tecnológicas (construção de motores a vapor), e
novos
recursos de engenharia(ferrovias e edificações).
Percebe-se então, que o surgimento
do
turismo na suaforma
atual não foium
fato isolado, poiscomo
evidencia Barretto (1995, p.5-1), "o turismosempre
esteve ligado aomodo
de produção e ao desenvolvimento tecnológico.
O
modo
de produção determinaquem
viaja, eo desenvolvimento tecnológico,
como
faze-lo". .E
foram as conquistas sociais dos trabalhadores que democratizaram o turismo para aclasse
média
nos paises desenvolvidos, pois elas ocasionaram a melhoria dos salários edireitos importantes,
como
as férias remuneradas e maiortempo
livre (Trigo, 1993).Assim,
aspessoas
podiam
decidir as atividades que gostariam de fazer nas horas de folga, e aique
seinsere o turismo. _
Na
realidade, segandoDumazedier
(1979), a reflexão sobre otempo
forado
trabalhotem
seu inicio na sociedade romana.De
Masi
(1999) afirmaque
ohomem
sempre
desejoutrabalhar pouco, ter muita riqueza e 'sofrer o
menos
possível, e graças as inovações tecnológicas e ao progresso cientifico, pode-se realizarcom
máquinas
as atividadesque
necessitavam de muitas pessoas e de muito
tempo
para realizá-las.Ou
seja, as pessoaspodem
trabalhar
menos
horas e, conseqüentemente, terão maistempo
livre para realizar atividadesque não estão associadas ao trabalho rotineiro.
Ao
contrário deDe
Masi,Veblen
(1965) acreditaem
idéiasum
pouco
diferentes,onde
o ócio sempre esteve associado a riqueza e ao poder,
onde
o trabalho era sinônimo deatividade servil na sociedade pré-industrial, e todos os
homens
que
quisessem teruma
vidasocial satisfatória deveriam ter
um
certo ócio.É
bom
acrescentarque
Veblen (1965)emprega
o termo ócio significando o
tempo
gastocom
atividades não-produtivas e não associando apreguiça
ou
ao descanso.Segundo
ele, oshomens
gastavam otempo
com
atividades não- produtivas por dois motivos:1. pelo sentimento de indignidade
do
trabalho produtivo;2. para demonstrar a riqueza que dispõe para viver
uma
vida inativa.O
homem
precisava provar que viviauma
vida de ócio longe dos olhos das pessoas, e desta forma dedicavam-se a atividades não-produtivasque
deixassem provas,como
o desenvolvimento de talentos quase-eruditosou
talentos quase-artísticos (Veblen ,1965).Dumazedier
(1979), afirma que os pensadores sociais ainda nãochegaram
auma
conclusão sobre as propriedades
do tempo
livre e a sua importância dentro da sociedade: enquanto KarlMarx
defende o trabalhocomo
a primeira necessidadedo
homem, Comte
concebe
que
oaumento do tempo
livre para o lazer só foi possível graças as inovações e aoprogresso científico
do
homem.
Deixando
o debate dos pensadores sociais sobre otempo
livreum
pouco
de lado eretomando
a históriado
crescimento da atividade turística,em
meados
do
séculoXIX, o
pastor inglês,
Thomas
Cook, abriu a primeira agência' de viagem, surgindo nesta época o conceito deviagem
como
o conhecemos
(Bonald, 1984). Desta forma conclui-se que, na realidade, ofenômeno
turístico éum
acontecimentomodemo,
geradoem
decorrência da melhoria dosmeios
decomunicação
e transporte, que facilitaram o deslocamento entre ospaíses, permitindo ao
homem
conhecer novas culturas. _`
Já
no
séculoXX,
após a 11 Guerra Mundial, os países envolvidos procuraram reorganizar as atividadescomponentes
da economia, e conseqüentemente, o turismo passou aser melhor organizado
em
diversos países.Surgem
diversas organizações, públicas e privadas,nacionais e internacionais, que passaram a preocupar-se
com
o turismo, desenvolvendo meios de transporte, hospedagem, infra-estrutura etc. (Castelli, 1990).Na
atualidade, a atividade turística deixou de ser apenasuma
atividade de produção, para tomar-se ditadora damoda
e estilo, além deuma
das formas de aprendizado educacional(Trigo, 1993).
Segundo
Barretto (1995) para que ocorra o turismo na sociedade contemporânea, é precisoque
o indivíduo tenha satisfeito todas as suas necessidades vitais.Sob
a óticaeconômica, só ocorrerá o turismo se da renda bruta, descontados os impostos e taxas, os itens obrigatórios (higiene, moradia), as necessidades
menos
importantes (carro, roupas), sobrar para os supérfluos,como
o turismo.Já sob a ótica psicológica, e de acordo
com
a escala deMaslow
(apud Barretto, 1995),primeiro
vem
as necessidades fisicas (fisiológicas e segurança), depois as necessidades sociais (afetiva e estima) e, por último, as psíquicas (autodesenvolvimento e auto-realização). Assim,o turismo
pode
ser consideradouma
necessidade social, se a busca for por status,ou
psíquica, seno
turismo a pessoa buscar a auto-realização.Segundo Lage
eMilone
(1996, p.21), "a massificaçãodo
turismopode
ser explicada por alguns fatores sócio-econômicos que contribuíram para o seu desenvolvimento, dentre os quais destacamos: a paz, a prosperidade, oaumento
da população, a urbanização, aindustrialização, a expansão
do
nível de negócios,uma
maior disponibilidade de renda, aampliação
do
tempo
livre e, porfim,
os avanços tecnológicos...".Já para Krippendorf (1989) o que impulsiona milhares de pessoas a saírem de suas
para livrar-se, temporariamente,
do
cotidiano,do
trabalho mecanizado,do empobrecimento
das relações
humanas
e da degradação da natureza.Corroborando esta idéia Fariñas (19--) coloca que o
homem
tem
dentro de sium
enorme
desejo de liberdade e necessidade de escapar das regras sociais quenormatizam
a vida.Segundo o
autor, existem várias restrições queimpedem
o
homem
de decidir o seudestino,
como:
_a) os
homens
não são livresem
suas atividades econômicas, pois o Estado regula todos os indivíduosem
todas ascamadas
sociais, desdeo médico
ao comerciante;b) os
homens
não são livres de espírito devido a permanente ação das propagandasque
inibem manifestações espontâneas dos sentimentos e pensamentos;
i
c) os
homens
não são livres na atuação politica, pois sópermitem
eleger oshomens
saídos departidos que não representam suas aspirações e interesses concretos;
d) os
homens
nãotem
o corpo livre porque existemimpedimentos
para a circulação das pessoas e o próprio serviço militar dão adeus a noção de “habeas corpus”.Na
mesma
linha de pensamento, Krippendorf '(1989, p.4l) afirma que “o que impele o indivíduo a viajar, a procurar
no
exterior o que não se encontrano
interior émenos
resultado deum
impulso pessoaldo
que a influência social...”. Para o autor, a sociedade apresenta atodos o direito à férias, e é dificil ficar
em
casa neste períodosem
que
haja perda de prestígiosocial. Para provar o seu raciocinio, Krippendorf (1989) lista
uma
série de motivos para aviagem
atribuídos pelos turistas:1. viajar é descansar, se refazer: a
viagem
ajuda a reunir forças para suportar a vidaquotidiana;
2. viajar é
compensar
e se integrar socialmente: iaviagem
compensa
as privações e adeficiência das relações pessoais
do
mundo
do trabalho;3. viajar é fugir: o ser
humano
viaja para fugir da prisãodo
universo industrial;4. viajar e comunicar: os
homens
procuram
conhecer novas pessoas etambém
procuram
dar atenção à familia, aosamigos
e ao cônjuge;5. viajar e' alargar o próprio horizonte: a necessidade de satisfazer a curiosidade,
não
propriamente a necessidade cultural, leva os
homens
a viajar;6. viajar é ser livre e autônomo: a
viagem
libera oshomens
para fazer o que quiserem,mesmo
que isso signifique não fazer nada;7. viajar e' partir à descoberta
de si
mesmo,
aviagem
proporciona a oportunidade de se8. viajar é ser feliz: segundo estudos é
bem
mais fácil atingir a felicidade viajandodo que na
vida quotidiana;Segundo Dumazedier
(1979), as três principais funçõesdo tempo
livre são o descanso,a diversão e
o
desenvolvimento pessoal eque no
turismo todas as três caracteristicasdo tempo
livre estão completas e acabadas. _
Boullón (1991), faz
no
capítulo 3 da sua obra,uma
análise das característicasdo
turismo
modemo,
onde
o autor afirma que o turismo cresceu impulsionado pelas empresas de prestação de serviços, que encontraram nessa atividadeuma
fonte de lucro.A
seguir o Estado criou órgãoscom
o objetivo de fiscalizar e orientaro
crescimentodo
setor, através dos Ministérios, das secretarias e dos institutos. Paralelamente, o setor privado continuava ainvestir,
mas
considerando cada negócio independentedo
outros.Com
o crescimentocomeçaram
a surgir oportunidades deemprego
e,conseqüentemente
a necessidade decapacitação. Assim,
surgem
os primeiros cursos de turismo e hotelaria nas escolas técnicas e universidades.Boullón (1991) afirma que segundo informações estatisticas, o turismo cresce
num
ritmo tão acelerado que
em
alguns paises já ultrapassou a receita de muitaseconomias
tradicionais.
As
pessoas envolvidascom
a atividade turística, desde os turistas até oseducadores,
também
acreditam, assimcomo
o autor, que aviagem
estará cada vez mais a disposição deum
maiornúmero
de pessoas, incrementando os recursos que circulam nos paises receptores.2.2.
rUR1sMoz DEFINIÇÕES
No
começo
do
séculoXX,
surgiram pesquisadores interessados nestanova
atividade.Com um
maior aprofiindamento nas pesquisas, o turismo deixou de ser relacionado apenascom
o lazer.Segundo
Wahab
(1991, p.23), a primeira definição de turismo que setem
conhecimento foi escrita pelo economista austríaco
Hermann
von
Schullardem
1910, e diziaque o turismo é "a
soma
das operações, principalmente de natureza econômica, que estãodiretamente relacionadas
com
a entrada, permanência e deslocamento de estrangeiros paradentro e para fora de
um
pais, cidadeou
região". Esta definição, apesar de ser consideradaEm
1929,conforme Andrade
(1995), na fasemodema
do
estudodo
turismo, surge o Centro de Pesquisas Turísticas, na Faculdade deEconomia
da Universidade de Berlim,onde
seus
membros
contribuíram para fundamentar as bases da teoria turística.E em
1930, Schwink,membro
da escola,define
turismocomo
o"movimento
depessoas
que
abandonam
temporariamente o lugar de sua residência permanente, por qualquer motivo relacionadocom
espírito, seu .corpo e sua profissão" (apud Bonald, 1984, p.45).Outro estudioso
da
Escola de Berlim,Bormann,
afirma (apud Andrade, 1995, p.35) que turismo é "o conjunto de viagens quetem
por objetivo o prazerou
motivos comerciais, profissionaisou
outros análogos, durante os quais é temporária sua ausência da residência habitual.As
viagens realizadas para locomover-se ao local de trabalho não se constituem turismo".Percebe-se
que
as definições da escola são inconsistentes e unilaterais,onde
ofenômeno
turístico não é tratadoem
sua plena forma. Entende-se por plenaforma
as relaçõesque o turismo
tem
com
outras atividades,como
a indústria e a prestação de serviços, emesmo
por suas motivações,
que não
restringem-se somente ao lazer,mas
a necessidade de conhecer novas culturas, estilo de vida, e atémesmo
necessidades espirituais e de tratamentos de saúde.A
partirda
1 Guerra, vários paisescomeçaram
a utilizar o turismocomo
fontede
captação de divisas e então,
com
o aumento
da importância comercialdo fenômeno
turístico fezcom
que
a Sociedade dasNações
(antecessora daONU),
classificassecomo
turismo toda aviagem
realizada porum
indivíduo,com uma
permanência maior de24
horas (Bonald, 1984).Em
1942, Walter Hunziker e Kurt Kraph, suíços, publicaramum
livro sobre a teoriageral
do
turismo,onde
omesmo
era definidocomo
"ocomplexo
de relações efenômenos
relacionadoscom
a permanência de estrangeirosem uma
localidade, pressupondo-seque
estes nao exerçamuma
atividade principal, permanente, temporáriaou
remunerada" (apudWahab,
1991, p.24). _
Logo
após a II Guerra, surgiram diversos estudos a respeito do turismo.Segundo
Andrade
(1995, p.3 7) a definição que melhor explicita a finalidadedo
turismo é a de Matliiot, que consideravaque
o "Turismo é o conjunto de princípios que regulam as viagens de prazerou
de utilidade, tantono que
diz respeito à ação pessoal dos viajantesou
turistascomo
no que
se refere à ação daqueles que se
ocupam
em
recebê-los e facilitam seus deslocamentos".Uma
convenção
dasNações
Unidas sobre Facilidades Alfandegárias para Turismo,realizada
em
Nova
York
em
1954,como
relataWahab
(1991, p.26), definiu turistacomo
sendo, "Qualquer pessoa que venha a
um
país poruma
razão legitima que não seja imigraçãodefinição atenta para a diferença entre turista e excursionista,
que
é aquele individuoque
permanece
num
país pormenos
de24
horas.Atualmente, a definição de turista adotada pela Organização
Mundial
deTurismo
-OMT_
-afirmaque
e'o
"Visitante temporário, proveniente de pais estrangeiro quepermanece
no
país mais de24
horas emenos
de 3 meses, por qualquer razão, exceção feita de trabalho"(apud
De
la Torre, 1992, p.l9).Na
década de 70, aOEA
consideroucomo
turismo a definição apresentada por Roberto Boullón (apud Bonald, 1984, p.47),onde
ofenômeno
é considerado:Uma
atividadeeconômica do
setor terciário, que consisteno
conjunto de serviçosvendidos ao turista. Ditos serviços estão necessariamente inter-relacionados, de
maneira que a ausência de
um
deles dificulta e atéimpede
avenda ou
a prestação de todos os outros; além dissotem
a peculiar caracteristica deque
só é possível serproduzido
em
locais rigidamente predeterminados, para os quais sedeslocam
osi
turistas, ainda que sua
venda
se realize fora dele, quer dizer,no
ponto de origem dademanda.
Difere das demais vendas, porque não háuma
distribuiçãodo
produto, vistocomo
o consumidor équem
viaja à fonte de produção.O
turismo é sinônimo da nossa sociedade deconsumo,
e desta formapode
serconsiderado
como
um
"pacote",ou
seja, acombinação
de bens e serviços. Corroborandocom
essa idéia,
Andrade
(1995, p.38), afirma que o "Turismo é ocomplexo
de atividades e serviços relacionados aos deslocamentos, transportes, alojamentos, alimentação, circulação de produtos típicos, atividades relacionadas aosmovimentos
culturais, visitas, lazer eentretenimento".
A
definição aceita formalmente pelaOMT
é aquela referenciada porDe
la Torre,onde
turismo representa
"A soma
de relações e de serviços resultantes deum
câmbio
de residênciatemporária e voluntária motivado por razões alheias a negócios
ou
profissionais".Conforme
Fuster (apud Barretto, 1995, p.1l), "Turisnio e', deum
lado, conjunto deturistas;
do
outro, osfenômenos
e as relações que estamassa produz
em
conseqüência de suasviagens.
Turismo
é todo o equipamento receptivo de hotéis, agências de viagens, transportes,espetáculos, guias-intérpretes que o núcleo deve habilitar para atender as correntes(...)
Turismo
é o conjunto das operações privadasou
públicas quesurgem
para fomentar a infra-Wahab
(1991, p.26), propõeuma
definição mais genérica,onde
enfatiza a interaçãosocial
do
homem:
O
turismo éuma
atividadehumana
intencional que servecomo
meio
decomunicação
e
como
elo da interação entre povos, tanto dentro deum
mesmo
paíscomo
fora dos limites geográficos dos paises. Envolve o deslocamento temporário de pessoas paraoutra região, pais
ou
continente, visando à satisfação de necessidades outras que não o exercício deuma
função remunerada. Para o pais receptor, o turismo éuma
indústria cujos produtos são consumidos no localformando
exportações invisíveis.Os
beneficios originários deste
fenômeno
podem
ser verificados na vida econômica,política, cultural e psicossociológica da comunidade.
Observando
as definições apresentadas, pode-se notar que os elementos exploradossão o deslocamento, o
tempo
e a ausênciado
lucro na motivação da viagem;esquecem
daprocura por lazer, geralmente o motivo maior da viagem.
A
definição que será adotada nesse trabalho é de Boullón (1991),onde
o autor afirmaque
dentre as diversas interpretações do termo turismo,uma
definição tradicional o qualificariacomo
sendo o deslocamento das pessoas do seu domicilio, por períodos maioresde
24
horas emenores
de 80 dias,quando
o motivo daviagem
não estiver relacionadocom
otrabalho
desempenhado
pelo turista.Um
novo
paradigma que está surgindo, é a idéia de encarar ofenômeno
turísticocomo
uma
“indústria”que
contribui para o desenvolvimento social eeconômico do
país, seja eledesenvolvido
ou
subdesenvolvido. Por não sernem
atividade agrícola,nem
industrial, oturismo é classificado
no
setor terciárioou
de serviços.Mas,
na realidade o turismo éuma
combinação complexa
entre as atividades industriais e comerciais.O
consumo
de produtosturísticos (bens e serviços), por sua natureza heterogênea, interliga vários setores
simultaneamente, gerando
um
aumento
dos seus efeitosem
váriosramos
econômicos.Esta
nova
concepção de “Indústriado
Turismo”pode
ser considerada estranha para os queacham
que
indústria é aquela organização clássica, caracterizada porum
processoprodutivo,
onde
à matéria-prima são agregadoscomponentes
que irão formar o produto final. Entre os que acreditam nestenovo
paradigma, que afirma que o turismo é muito mais queuma
atividade de serviços,Wahab
(1991), define o produto turísticocomo
sendo asoma
recepção.
De
acordocom
este conceito,não
importa se o produto é tangívelou
intangível; seele satisfaz as necessidades
humanas
ele é, consequentemente, produto deuma
indústria.Esta
nova
indústria é capaz de oferecerum
rápido crescimentoeconômico
em
termosde nivel de emprego, distribuição mais justa de riqueza, melhoria da qualidade de vida e
incremento de alguns setores industriais ligados à atividade turística. Estas são as razões pelas
quais países desenvolvidos investem grandes
somas
de recursosnuma
atividade quepode
tomar-seuma
força motrizno
desenvolvimentoeconômico
e social.Existem vários *critérios para distinguir as diversas formas de turismo.
Os
critériosdestacados abaixo, foram baseados nas classificações de
Andrade
(1995),Wahab
(1991) e Barretto (1995).1.
De
acordocom
o número
de pessoas:a) turismo individual, é
quando
um
indivíduoou
uma
familiaou
um
grupo de amigos, viajasem
os serviços deuma
agência de viagem.O
turista realiza toda a programação, prevê custose negocia as formas de pagamento;
b) turismo organizado
ou
de grupo, équando
um
grupo de pessoas, geralmente afins,encarrega
uma
agência de viagem,ou
um
clube,ou
uma
entidade de classe, de planejar,executar e administrar a viagem.
2.
De
acordocom
o objetivo de viagem:a) turismo cultural, busca conhecer as manifestações culturais daquele local e abrange os
hábitos, costumes e a vida cotidiana.
Nomialmente
são realizadas excursões a feiras, festas populares, museus, teatros etc.,b) turismo desportivo, são as viagens
onde
o indivíduo vai participarou
apenasacompanhar
eventos esportivos,
no
país eno
exterior;c) turismo de saúde, as pessoas
procuram
realizar tratamentos médicosou
manter obom
funcionamento
do
corpo e da mente,em
lugares próprioscomo
as estâncias hidrorninerais, as fontes sulfurosas, os banhos de lama etc.,d) turismo religioso, os individuos vinculados a
uma
religiãobuscam
locais místicosou que
promovam
a devoção, a fé e a caridade;e) turismo de negócio, são as pessoas provenientes de diversos setores da econoniia, que
visitam o local a fim de vender
ou comprar
bens e serviços, firmar convênios, treinar pessoas,promover
palestras entre outros;Í) turismo de lazer, as pessoas
procuram
diversão a fim de relaxardo
stress urbano edo
3.
De
acordocom
os meios de transporte:a) rodoviário (ônibus, automóveis);
b) hidroviário (marítimo e fluvial); c) ferroviário;
d) aéreo.
4.
De
acordocom
a localização geográfica: _a) turismo doméstico, é representado pelos cidadãos e residentes estrangeiros dentro
do
próprio país;
b) turismo intemacional, e' o
movimento
turístico entre diferentes paísesdo mundo.
5.
De
acordocom
a faixa etária: a) infanto-juvenil;b) adulto;
c) de terceira idade.
6.
De
acordocom
a classe social: a) luxo;b) classe média;
c) social.
2.3.
MERCADO
TURÍSTICO
Pode
ser consideradocomo
o espaço geográficoonde
encontram-se os produtores e os consumidoresdo
turismo.Segundo
Wahab
(1991), devido a amplitudedo mercado
turístico, elepode
ser abordado de formamacro
e micro.Confomie
o autor, o primeiropode
serconsiderado
uma
regiãodo
país vistacomo
um
produto turístico.O
segundo é a observação,ou
análise, dos setores que ocompõe,
como
transportes,hospedagem
entre outros.Desta forma,
uma
representação gráfica da oferta e dademanda
de turismo (mercadoFIGURA
1 -OFERTA
E
DEMANDA
DE
TURISMO
DEMANDA
POTENCIAL:
pessoascom
condições para viajar (tempo, dinheiroe interesse) 'REAL:
as pessoas que efetivamente viajam para determinado local_
OFERTA
NATURAL:
clima, paisagens, flora e fauna entre outros.ARTIFICIAL:
elementos que sofreram açãohumana
0 bens históricos, culturais e religiosos; 0 bens e serviços de infra-estrutura; 0 vias de acesso;
0 superestruturas;
0
comportamento
dos habitantes.\
2.3.1.
O
produto
turísticoPara existir
um
espaço turístico deve haver atrativos turísticos, pois e'como
se fosse amatéria-prima
do
turismo, visto que é a causa principal daviagem
turística (Boullón, 1990).O
produto turístico,ou
a oferta turística deuma
localidade,pode
ser considerado o conjunto derecursos, bens e serviços, à disposição
do
turista. Bonald (1984, p.l18) odefine
como
"o conjunto deBens
e de Serviços postos efetivamenteno mercado
para satisfação da necessidades materiais e espirituais, de forma singularou
numa
gama
muitoampla
decombinações, resultante das solicitações
ou
dos desejosdo consumidor
(o turista)". VConforme Ruschmann
(1995, p.l 1),"O
produto turístico écomposto
deum
conjuntode bens e serviços unidos por relações de interação e interdependência que o torna
extremamente
complexo".Corroborando
esta idéia, Angeli (1996, p.5l), acrescenta que os bens e serviçosque
encontram-se a disposiçãodo
turistapodem
ser "_..parte integrante, fundamentalou
acessória,do fenômeno
turístico".Desta forma, pode-se considerar que o produto turístico é
formado
pelosempreendimentos
de hospedagem, pelos bens de alimentação, pelos transportes, pelos bens artesanais e pela utilização de equipamentos de lazer e divertimento.O
produto turístico possui particularidades muito próprias,como
o consumo, que sópode
ser feitoonde
está situada geograficamente a atração turística.Algumas
caracteristicasdo
produto turístico, apresentadas porBonald
(1984),podem
ser apontadas:0 é baseado
no tempo
de permanência;° é perecível; ° e' inexpoitável;
0 é dinâmico e substituível.
Lage
eMilone
(1996)apontam
outras peculiaridades da oferta turística:‹› intangibilidade, o consumidor adquire
um
produto "imaginário".O
quepode
ser adiantadoao turista potencial é através de fotos, vídeos, folders e relatos verbais de pessoas que já
realizaram a viagem;
¢ competitividade, pelo fato de não ser
uma
necessidade primordialdo
homem,
esta sujeita à concorrência de outros produtos.Angeli (1996),
Andrade
(1995), Bonald (1984) eWahab
(1991), dividem a ofertaturística
em
dois grupos, quepodem
até variar denome,
mas
correspondem aosmesmos
itens:a oferta natural e a oferta artificial.
1. Oferta natural, são aquelas que encontram-se presentes
na
natureza e que nãoforam
modificadas pelo
homem.
A
oferta natural éum
fator muito importante para as localidadesque
possuem
vocação turística originadas pelas belezas naturais. Pode-se considerar oferta natural:a) o clima, é
uma
característica muito importante do núcleo receptor, poistem
influênciafundamental nas estruturas ambientais, e principalmente, na sazonalidade.
Quando
os fatoresclimáticos propiciam o turismo e' mais fácil a tarefa de planejar e executar as programações.
b) a configuração geográfica e as paisagens,
possuem
papel importante na formaçãodo
produto turístico,
onde
definirão os recursosnaturais e a densidadedemográfica
da região.Algumas
das caracteristicas fisicas quecompõe
são as planícies, as grutas, as nascentesde
águas, os riachos, os lagos e lagoas.c) os elementos silvestres, valorizam o produto turístico e
devem
ser preservados,como
pord) a flora e a fauna nativas, devido a crescente destruição da natureza, as suas riquezas,
independente das qualidades especificas de cada região,
devem
ser preservadas, pois representam pólos de atração a serem oferecidos aos turistas.e) estações de saúde, são fontes de propriedades terapêuticas,
como
as fontes naturais deáguas minerais, poços para banhos de
lama ou
areia.2. Oferta artificial: são as obras criadas pelo
homem,
a partir,ou
não, da natureza.Segundo
Andrade
(1995, p.lO7) pelo fato de ser fruto da açãohumana,
a oferta turística artificial"manifesta-se
como
fenômeno
amplo, substituível, mutável, deteriorável ea diversificado,conforme
as diferentes culturas, utilizações, necessidades e conveniências.Envolve
bens de natureza turística e não-turística(...)". Seus elementos são classificadosem
cinco categorias, a seguir:a) bens históricos, culturais e religiosos - é o conjunto de construções, celebrações religiosas
e manifestações populares que
fazem
partedo
folclore, artesanato e arte deuma
determinadasociedade,
como
por exemplo: o carnaval, as construções antigas, os museus, as procissõesentre outros;
b) bens e serviços de infra-estrutura,
podem
ser subdivididosem
dois:V
0 infra-estrutura geral - são os serviços
que
garantem as condiçõesmínimas
dentro deuma
comunidade
para que seja considerada urbana.São
equipamentos utilizados pela comunidade,mas
quetambém
são imprescindíveis aos turistas. Dentre os serviços pode-se destacar aassistência médica, bombeiros, mecânico; dentre os equipamentos estão presentesos postos de gasolina, bancos; e por fim, dentre a estrutura básica urbana estão itens importantissimos
como
água, luz, saneamento básico e telefone.0 infra-estruturaturística - são os elementos que permitem o turismo,
como
as instalações dehospedagem
(hotéis, motéis, campings), as instalações de recepção (aquelas que atendem, orientam eacompanham
os turistas).c) Vias de acesso: a infra-estrutura de acesso é aquela que permite que os turistas
cheguem
ao núcleo receptor,
como
as estradas, os aeroportos, os portos, as -linhas de ônibus entre outros.d) Superestnrturas: são os equipamentos turisticos, os locais de apoio e diversificação das opções de
programação
e lazercomo
os parques temáticos, as boates, os cassinos.e)
Comportamento
dos habitantes: são os costumes, os hábitos e a hospitalidadedo
núcleoCada
vezque
um
indivíduoempreende
uma
viagem
turística espera encontrar,alem
dos atrativos,
um
conjunto de serviços a disposição para suprir as necessidadesdo
turista,como:
transporte, alojamento, alimentação, centro de compras, entre outros. Desta forma, deacordo
com
otamanho
da concentração dos serviços turísticos, Boullón (1990), classifica oespaço turístico
em
dois grupos: as unidades turísticas, que sãopequenos
centros de serviços eos centros turísticos, que
contém
todos os serviços necessários a satisfação dos turistas.A
oferta turísticapode
ser divididaem
oferta original e oferta derivada.Segundo
Ruschmann
(1997), a oferta turística original écomposta
pelos produtosque
irão seroferecidos aos turistas.
Normalmente
está associada ao planejamento de longo prazo,que
estende-se da atualidade até
o
fimda
capacidade potencial, o que geralmente leva20
anos.A
partirda
concepçãodo
produto turístico a oferta derivada é concebida,determinando quais os equipamentos turísticos
devem
ser implementados para satisfazer asnecessidades dos turistas.
A
oferta derivada está associada ao planejamento demédio
prazo, eseu horizonte de planejamento costuma ser
ñxado
em
5 anos(Ruschmann,
1997).2.3.2.
A
demanda
turísticaSegundo
Wahab
(1991), ademanda
turísticapode
ser classificadaem
potencialou
real, sendo a primeira o
número
de pessoas quepossuem
condições de viajar(tempo
edinheiro). Já a
demanda
real são, efetivamente, as pessoasque
viajaram para determinadolocal.
Desta forma,
como
afirmaBonald
(1984), para planejar o turismodevem
ser realizados estudos dedemanda,
tanto qualitativos quanto quantitativos,com
o intuito de colher informações sobre os turistas.Segundo
Soneiro (1991), as fontes de dados a disposiçãodo
pesquisador se dividemem
dois blocos: as fontes diretas e as fontes indiretas.As
fontesdiretas
dizem
respeito as estatísticas realizadascom
dados coletados nas fronteiras dos paísese pelo controle aduaneiro.
As
fontes indiretas são, geralmente, baseadas na curva deconsumo,
que se modifica na época da temporada.
Soneiro (1991) afirma que existe grande dificuldade
em
quantificar as chegadas e as pernoites dos turistas.Bote
Gómez
(1990)também
acredita haver dificuldade ein obtenção dedados sobre a demanda, e segundo o autor, além disso, os dados que se encontram disponíveis
porque os dados estatísticos são colhidos nas fronteiras e
tem
como
objetivo fundamentalo
controle aduaneiro.
Para
Bote
Gómez
(1990),no
âmbito daAmérica
Latina,quando
falamos de turismo receptivo, existe cinco principais tipos dedemanda
turística:0 turismo comercial
ou
de negócios: o turista, geralmente, viaja de avião e sozinho, e realizavisitas
em
centros urbanos industriais e/ou comerciais, além de hospedar-seem
hotéis de luxoe gastar
um
valor relativamente elevado durante a sua estadia;0 turismo receptivo (que utiliza a via de transporte aérea): o turista, normalmente, viaja
acompanhado
dealgum
membro
da família e passeia pelos principais pontos turísticos da localidade. Geralmente integra pacotes de excursãono
periodo de férias, ficandohospedado
em
hotéis de qualidade; _0 turismo receptivo (que utiliza via terrestre): esses tipo de turista
também
viajaacompanhado
da familia e, predominantemente, residemem
paises vizinhos.A
viagem
também
ocorreno
período de fériasdo
turista e, ao contráriodo
turista que utiliza transportesaéreo, ficam hospedados
em
hotéis de categoria inferior, e seus gastos diários são menores,embora
permanecem
um
periodo relativamente longo;0 excursionistas: geralmente esta associado as compras, sendo
que
o turistapermanece
menos
de24
horas no país.Normalmente
residem nos paises vizinhos e utilizam o automóvelcomo
meio
de transporte; .0 turismo dos brasileiros que residem
em
outros paises: o turistanormalmente
viajaacompanhado
da familia e sua motivação principal é a visita a parentes e amigos.Se
hospedam
na casa dos parentesou
em
hotéis mais simples e, geralmente, não realizam toursaos pontos turísticos.
'
No
casodo
turismo intemo dos países latino-americanos,Bote
Gómez
(1990)apresenta quatro tipos de
demanda
turística.São
eles:0 turismo de
fim
de semana: o turista viajacom
a sua família e, geralmente, residemem
nucleos urbanos.
Viajam
de automóvel e ficam hospedadosem
casas deamigos
e parentes, não muito distantesdo
localonde
residem.O
gasto por pessoa é pequeno, e essas viagensrepetem-se varias vezes por ano;
0 turismo de feriados:
tem
as características semelhantes ao turismo de fim de semana,com
a diferençado
maiortempo
de estadia e oaumento
da distância da residência habitual;0 turismo de férias: a
viagem
apresenta o caráter familiar,onde
ahospedagem
também
éfeita
em
casas deamigos
e parentes que residamem
lugares distantes da residênciado
turista.O
gasto por pessoa émodesto
e principalmeio
de transporte continua sendo o automóvel;° turismo egresso (viagens ao exterior): não apresenta mais caráter familiar, e é realizado
por turistas das classes
média
alta e alta, que utilizam hotéisdo
tipo “turístico”, e os gastospor pessoa são elevados.
A
demanda
turística apresenta algumas particularidades, econforme
Wahab
(1991) eAndrade
(1995), são elas:a)_ elasticidade: segundo
Wahab
(1991, p.l53), "é o grau de sensibilidade àsmudanças
na
estrutura
de
preçoou
nas diversas condições econômicasdo
mercado". Pelo fatodo fenômeno
turístico ser dinâmico,
ocorrem
constantesmovimentações
defluxo
dedemanda
decorrentesdas
mudanças
de mercado;b) sensibilidade: é
extremamente
sensível amudanças
politicas e de moda.É
normalque
osturistas sintam-se à vontade
em
paísescom
boas relações políticas intemacional.Em
relação àmoda,
a necessidade é criada porpromoções
turísticasbem
planejadas;c) sazonalidade: as temporadas são responsáveis pelos altos e baixos
do
fluxo
turístico,principalmente por que nesses periodos as condições climáticas são mais favoráveis
do que no
resto do ano.
Além
disso, é a época reservada as férias escolares;Conforme
a classificação de Boullón (1990), os centros turisticos são de quatro tipos,baseados
em
sua localização geográfica, os atrativos que possui e de acordocom
otempo
de permanência dademanda.
:>
Centros de distribuição são aqueles quepossuem
atrativos culturaisou
naturaisque
justificam a permanência dos turistas porum
períodomédio
de duas noites, ou,em
casosexcepcionais, mais de cinco noites.
Na
estrutura desse tipo de centro encontram-se serviçosfundamentais,
como
alojamento, alimentação, agências de viagens, e até serviços considerados pelo autorcomo
complementares,como
postos de gasolina, comércio.Como
a suademanda
não é muito repetitiva, é necessáriouma
constantecampanha
promocional para manter oconsumo
elevado.:> Centros de estadia são aqueles
que possuem
apenasum
tipo de atrativo,mas
cujacaracteristica é suficiente para