• Nenhum resultado encontrado

A INFLUÊNCIA DA LEI 3028 NA IDADE DE INGRESSO DA CRIANÇA SURDA NO INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS DO RIO DE JANEIRO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "A INFLUÊNCIA DA LEI 3028 NA IDADE DE INGRESSO DA CRIANÇA SURDA NO INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS DO RIO DE JANEIRO"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

MESTRADO PROFISSIONAL EM FONOAUDIOLOGIA

VANDA CARNEVALE

A INFLUÊNCIA DA LEI 3028 NA IDADE DE INGRESSO DA CRIANÇA SURDA NO INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS DO RIO DE JANEIRO

(2)

VANDA CARNEVALE

A INFLUÊNCIA DA LEI 3028 NA IDADE DE INGRESSO DA CRIANÇA SURDA NO INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS DO RIO DE JANEIRO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Fonoaudiologia da Universidade Veiga de Almeida, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Fonoaudiologia. Área de concentração – Linguagem.

Orientadora: Profª. Drª. Mônica Medeiros de Britto Pereira Co-orientador: Prof. Dr. John Van Borsel

(3)

PESQUISA

Rua Ibituruna, 108 – Maracanã 20271-020 Rio de Janeiro RJ

Tel.: (21) 2574-8834 Fax.: (21) 2574-8871

FICHA CATALOGRÁFICA FICHA CATALOGRÁFICA

Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Setorial Tijucal/UVA

C289i Carnevale, Vanda.

A Influência da lei 3028 na idade de ingresso da criança surda no Instituto Nacional de Educação de Surdos do Rio de Janeiro / Vanda Carnevale, 2013.

40 f.: 30 cm.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga de Almeida, Mestrado

Profissionalizante em Fonoaudiologia, Rio de Janeiro, 2013.

Orientação: Profª. Drª.Mônica Medeiros de Britto Pereira.

1. Fonoaudiologia. 2. Criança. 3. Surdez. 4. Intervenção Precoce. I. Pereira, Mônica Medeiros de Britto. II. Universidade Veiga de Almeida, Mestrado Profissional em Fonoaudiologia. III. Título.

CDD – 616.855

(4)

VANDA CARNEVALE

A INFLUÊNCIA DA LEI 3028 NA IDADE DE INGRESSO DA CRIANÇA SURDA NO INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS DO RIO DE JANEIRO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Fonoaudiologia da Universidade Veiga de Almeida, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Fonoaudiologia. Área de concentração – Linguagem.

Aprovada em: __20__ / _08____ / 2013

Banca Examinadora

____________________________________________________ Profª. Drª. Mônica Medeiros de Britto Pereira

Universidade Veiga de Almeida

___________________________________________________ Profº. Dr. John Van Borsel

Universidade Veiga de Almeida

____________________________________________________ Profª. Drª. Lilian Felipe

Universidade Veiga de Almeida

____________________________________________________ Profª. Drª. Solange Maria da Rocha – Banca Externa

(5)

AGRADECIMENTOS

À Deus por todas as conquistas e vitórias alcançadas. Ao meu filho pelo seu incentivo.

Aos amigos, em especial Renice e Andrea pela infinita paciência.

Aos colegas da DIFON, em especial Simone, Regina, Laurinda, Bety, Cristiane pelo apoio e conforto.

Ao INES, em especial a Divisão de Registro Escolar e Divisão de Audiologia pela oportunidade da realização da pesquisa.

Aos professores da UVA, pelos ensinamentos e evolução.

(6)
(7)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

1 REVISÃO DA LITERATURA... 14

1.1 AUDIÇÃO/ PERDA AUDITIVA... 14

1.2 AUDIÇÃO/LINGUAGEM... 15

1.3 AUDIÇÃO/TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL... 16

1.4 SURDEZ / INTERVENÇÃO PRECOCE... 18

1.5 ESTUDOS CORRELATOS... 19

1.6 ESTUDOS INTERNACIONAIS... 20

2 METODOLOGIA... 21

2.1 PARTICIPANTES... 21

2.2 MATERIAL/AQUISIÇÃO DE DADOS... 21

2.3 PROCEDIMENTO... 22

3 RESULTADOS... 23

3.1 ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS... 23

4 DISCUSSÃO... 26

CONCLUSÃO... 28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 29

APÊNDICE A – Carta para obtenção do consentimento livre e esclarecido.... 34

APÊNDICE B – Termo de consentimento livre e esclarecido... 35

APÊNDICE C – Ficha utilizada no início da coleta de dados, por ano de ingresso... 36

APÊNDICE D - Ficha individual para coleta de dados... 37

ANEXO A – Solicitação da UVA... 38

ANEXO B – Folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos... 39

(8)

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos DIFON - Divisão de Fonoaudiologia

DIRE - Divisão de Registro Escolar DIAU - Divisão de Audiologia

CBPAI - Conselho Brasileiro de Perdas auditivas na Infância OMS - Organização Mundial de Saúde

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PEATE - Potencial Auditivo do tronco encefálico TAN - Triagem Auditiva Neonatal

TANU -Triagem Auditiva Neonatal Universal

GATANU - Grupo de apoio e triagem auditivo neonato universal. IRA - indicadores de risco para deficiência auditiva

(9)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Mostra a distribuição para a variável qualitativa “gênero”...

Tabela 2 - Mostra a prevalência do sexo masculino na amostra de participantes (p=0,018)...

Tabela 3 – Foram levantados os prontuários de dois momentos: Crianças nascidas depois da lei Municipal RJ (2001)...

Tabela 4 – Crianças nascidas antes da lei Municipal RJ (2001)... 24

24

24

(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Idade de início da intervenção fonoaudiológica... Quadro 2 - Comparação dos dois grupos: antes e após a lei municipal RJ...

20

25 Quadro 3 – A seguir estão expostos os achados da análise, que verificou a comparação entre os dois grupos...

Quadro 4 – (p< 0.001) - Houve significância estatística, entre os dois grupos pesquisados...

26

(11)

RESUMO

Introdução: O diagnóstico precoce da deficiência auditiva e a intervenção precoce devem ocorrer nos primeiros seis meses de vida da criança, tendo em vista as graves consequências que a surdez pode ocasionar no processo linguístico e na comunicação. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar a idade de ingresso das crianças matriculadas na estimulação precoce do Instituto Nacional de Educação de Surdos, INES/MEC, antes e após a criação da Lei 3028 – (Teste da Orelhinha) de 17 de maio de 2000, a qual tornou obrigatório o diagnóstico da audição dos bebês imediatamente após o nascimento nas maternidades e hospitais da rede municipal de saúde do Rio de Janeiro. Método: Foi realizado um levantamento na Divisão de Registro Escolar do INES retrospectivo à idade de ingresso de 161 crianças, sendo 96 do sexo masculino e 65 do sexo feminino, matriculadas na estimulação precoce nos anos de 1995 a 2012, antes e depois da lei. Resultados: Os resultados obtidos comprovaram que a idade média de ingresso a qual antes da lei era de 35 meses passou para 27 meses após a lei. Houve significância estatística entre os dois grupos pesquisados (p< 0.001). A análise dos dados apontou a prevalência do sexo masculino (p= 0.018). Conclusão: Após a promulgação da lei municipal 3028 (Teste da Orelhinha), houve uma redução significativa na idade de ingresso das crianças matriculadas na estimulação precoce do INES, no entanto, constata-se que há um descompromisso da saúde pública na execução dessa lei, uma vez que não há fiscalização nos hospitais e nas maternidades públicas ou privadas em prol do cumprimento efetivo da lei.

(12)

ABSTRACT

Introduction: Early diagnosis of hearing loss and its intervention should occur in the first six months of life, given the serious consequences deafness can cause to the language process and communication. Objective: The present study aimed at investigating the age of children at school admission who were enrolled at early stimulation course at Instituto Nacional de Educação de Surdos, INES/MEC [National Institute of Deaf Education], before and after the Municipal Law number 3028 – (OAE test, aka Teste da Orelhinha) of May 17, 2000, which made compulsory the neonatal hearing screening, immediately after birth in maternities and general hospitals at the municipality of Rio de Janeiro. Method: A retrospective survey at Divisão de Registro Escolar do INES [INES School Registry Department] on the age of 161 students at admission, 96 males and 65 females, enrolled in early stimulation from 1995 to 2012, before and after the Law. Results: The results obtained showed that average age of entry used to be 35 months before the Law and 27 months after it. There was statistical significance between the two groups researched (p<0,001). Data analysis mentioned the prevalence of males (p= 0,018) Conclusion: After the enactment of the municipal law 3028 (Ear Test), there was a significant reduction in the age for admission of children enrolled in early stimulation at INES, however, it is observed that there is a disengagement of public health in the execution of this law, once there is no inspection in hospitals and maternity hospitals and private in support of effective law enforcement.

(13)

INTRODUÇÃO

A intervenção precoce destina-se a crianças que manifestam deficiências ou necessidades educativas especiais e que demonstram risco de atraso no seu desenvolvimento. Esta consiste na prestação de serviços educativos, terapêuticos e sociais a estas crianças e suas famílias, tendo como objetivo minimizar efeitos nefastos ao seu desenvolvimento. A intervenção precoce pode ter uma natureza preventiva secundária ou primária, ou seja, procurando contrariar a manifestação de problemas de desenvolvimento ou prevenindo a sua ocorrência.

Estima-se que no Brasil, 3 a 5 em 1000 crianças nascem surdas. Esse valor aumenta para cerca de 2 a 4 em cada 100 nascimentos provenientes de Unidades de Terapia Intensiva (CBPAI, 01/99).

No município do Rio de Janeiro, a partir de 17 de maio de 2000, o Teste da Orelhinha tornou-se obrigatório através da lei 3028. O mesmo ocorreu em Duque de Caxias, Rio de Janeiro com a lei n. 1660 de 06/11/2002 e em Niterói, Rio de Janeiro com a lei 2664 de 03/09/2004, com a finalidade de prevenir a deficiência auditiva ou até mesmo de remedia-la (nos casos de surdez congênita). Recentemente, foi sancionada pelo presidente da República, a lei federal, número 12.303 de 02 de agosto de 2010, que prevê a obrigatoriedade da realização gratuita do exame de emissões otoacústicas evocadas, popularmente conhecido como “teste da orelhinha”, em todos os hospitais e maternidades. Assim, com a obrigatoriedade do diagnóstico precoce previsto em lei Federal, as intervenções realizadas com as crianças surdas, poderão ser feitas cada vez mais cedo, apontando para uma intervenção o mais precoce possível, resultando em um melhor desenvolvimento da fala e linguagem, de habilidades cognitivas, do desenvolvimento sócio-emocional e do sucesso acadêmico (NORTHEN; DOWNS, 2005).

Na maioria das vezes, a surdez era descoberta aos três ou quatro anos de idade, ou seja, quando a família percebia a dificuldade de comunicação da criança. Com isso, gerava-se um atraso cognitivo difícil de ser recuperado.

(14)

Os autores Carney (1998), Yoshinaga Itano et al (1998), Moeller (2000), Ferro, Gonçalves e Cieri (2002), Bevilácqua e Formigoni (2003), Heck e Raymann (2003) enfatizam a necessidade da detecção e intervenção precoce como fator essencial para que as crianças surdas consigam adquirir a linguagem de maneira eficiente e na idade adequada.

É fundamental que todos os profissionais de saúde envolvidos no período pré e pós-gestacional tenham conhecimento e valorizem a necessidade do diagnóstico precoce para que haja efetividade nos triagem auditiva, tendo em vista a detecção precoce da perda auditiva por meio do teste da orelhinha. O trabalho só é válido se existir a consciência imediata dos profissionais que atuam diretamente com os bebês, com o intuito de dar início ao processo de (re) habilitação.

O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) foi fundado em 1857. Fica localizado na Rua das Laranjeiras, 232 – RJ. O INES é reconhecido na estrutura do Ministério da Educação e Cultura (MEC) como Centro de Referência Nacional na Área da Surdez, exercendo o papel de subsidiar a formulação de políticas públicas e de apoiar a sua implementação pelas esferas subnacionais de Governo.

O INES, único em âmbito federal, atua na construção e difusão do conhecimento através de estudos, de pesquisas, de fóruns, de debates, de publicações, de seminários, de congressos, de cursos de extensão, de assessorias. A atuação do INES é em todo o território brasileiro.

O presente trabalho teve como objetivo investigar a idade de ingresso das crianças matriculadas na estimulação precoce do INES, antes e após a criação da lei

3028 (Teste da Orelhinha), no Município do Rio de Janeiro, no ano de 2000. Levando-se em consideração a importância da detecção e intervenção precoce da

surdez no desenvolvimento linguístico, social e cognitivo dos sujeitos e a alta incidência de neonatos surdos.

1 REVISÃO DE LITERATURA

(15)

surdas e seus pais. Corvera e Gonzalez (2000) relatam que a privação auditiva interfere no desenvolvimento linguístico da criança, prejudicando a sua inserção na sociedade e produzindo consequências cognitivas e emocionais. É importante que a criança seja inserida em um programa educacional que leve em consideração a surdez e suas particularidades.

Para os autores Carney (1998), Yoshinaga Itano et al (1998), Moeller (2000), Ferro, Gonçalves e Cieri (2002), Bevilácqua e Formigoni (2003), Heck e Raymann (2003) os primeiros anos de vida são ideais para a estimulação auditiva, pois é considerado o período de maturação neurológica, época em que as habilidades auditivas podem ser adquiridas mais eficientemente.

Os estudos dos últimos anos vêm comprovando que a detecção e a intervenção precoce das alterações na audição garantem à criança o desenvolvimento da compreensão e da expressão da linguagem, compatíveis com as crianças ouvintes da mesma faixa etária (NIELSEN et al, 2007).

1.1 AUDIÇÃO/ PERDA AUDITIVA

De acordo com Granato et al (1997), a deficiência auditiva é a forma mais comum de desordem sensorial no homem, sendo que aproximadamente 50% das deficiências auditivas profundas possuem etiologia genética.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2000), existem mais de 120 milhões de pessoas no mundo com perda auditiva, sendo que 8,7 milhões têm idade variando de 0 a 19 anos, mostrando que crianças nascem surdas ou tem perda auditiva muito cedo. Logo, baseados nas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2001), na população Brasileira de 168.288.748 habitantes, teríamos 8.414.437 de deficientes. Com base na estimativa de que 15% da população é deficiente, sejam de deficientes auditivos ou outras deficiências seriam então 1.262.166 indivíduos portadores de alguma perda auditiva, não considerando o grau e tipo de perda (BRASIL, 2001).

(16)

Os fatores genéticos são considerados como a causa de mais de 60% dos casos de surdez congênita ou precoce equivalentes às formas não sindrômicas, e na maioria das vezes estão associados a uma única mutação gênica (HEARING LOSS ORGANIZATION, 2004).

Estima-se que cerca de 75% dos casos são de herança autossômica recessiva, 15% de herança autossômica dominante, 2 a 3 % de herança ligada ao cromossomo X e ainda, nessa mesma proporção encontram-se os casos de herança mitocondrial (MARAZITA et al, 1993).

Segundo Silva et al (2007), os primeiros genes associados à surdez não sindrômica só foram descobertos a partir de 1996, estando ainda longe da nossa realidade a possibilidade de exames biomoleculares precisos que corroborem o processo de diagnose e ofereçam diretrizes mais seguras para a realização do aconselhamento genético.

1.2 AUDIÇÃO/LINGUAGEM

A linguagem desempenha um papel essencial na organização perceptual, na recepção, na estruturação das informações, na aprendizagem e nas interações sociais do ser humano. A audição constitui-se em um pré-requisito para a aquisição e desenvolvimento da linguagem. Audição e Linguagem são funções correlacionadas e interdependentes (GATTO E TOCHETTO, 2007, p.110).

Segundo Hilú e Zeigelboim (2007, p. 563), a audição é essencial para a aquisição da linguagem oral, uma vez que é pela interação com o outro que a linguagem é apreendida. Através da audição a criança consegue entender seu universo, compreender seus semelhantes, desenvolver, organizar pensamentos e/ou sentimentos e também adquirir conhecimento.

. No final do sexto mês gestacional, o aparelho auditivo está completamente formado e funcionando adequadamente, o que vem confirmar a sua importância para o desenvolvimento neuro-psicomotor da criança (NÓBREGA, 1999).

(17)

três anos de idade, o que prejudicava e muito o prognóstico. Pois é nos primeiros anos de vida que a criança necessita de informações para adquirir a linguagem oral.

Segundo Russo e Santos (2007) prevenir a perda auditiva é uma forma de proteger e impedir que a criança sofra os efeitos nocivos provocados pela falta de estimulação auditiva sobre a função da linguagem.

Lichitig et al (2001) salientam que o primeiro ano de vida é considerado como o período crítico para o desenvolvimento auditivo e da linguagem. Para que a linguagem oral se desenvolva adequadamente é necessário que a criança possua a capacidade de atenção, reconhecimento, identificação, discriminação, localização e memória das experiências sonoras que a cerca.

Para uma criança, a capacidade de ouvir é necessária ao desenvolvimento da linguagem, podendo a deficiência auditiva exercer um profundo impacto negativo e interferir na fala e na aprendizagem (MONDELLI e BEVILACQUA, 2002).

1.3 AUDIÇÃO/TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL

Em 1969, nos Estados Unidos, foi criado o Comitê denominado de Joint Committee on Infant Hearing (JCIH), e, a partir de então começou a se publicar diversas recomendações em relação à identificação da perda auditiva. No mesmo ano, este Comitê recomendou a utilização do registro de alto risco para a perda auditiva e a realização da triagem auditiva, preferencialmente utilizando-se Potenciais Auditivos do Tronco Encefálico (PEATE), nos recém-nascidos de alto risco.

No ano de 1991, o Comitê recomendou dez critérios de alto risco para a perda auditiva, que são chamados de indicadores de alto risco para deficiência auditiva.

A partir de 1994, surgiram os programas de Triagem Auditiva Neonatal (TANU), preconizando que todos os bebês sejam avaliados. É sugerido que a (TANU) seja realizada por medidas objetivas (Emissões Otoacústicas, ou Potencial Auditivo do tronco encefálico-PEATE), no primeiro mês de vida, no qual o diagnóstico deve ser realizado até os três meses de idade e a intervenção iniciada até os seis meses (SOARES et al, 2008).

(18)

uma organização não governamental que tem como objetivo divulgar, operacionalizar e cadastrar os serviços da (TANU), no Brasil.

O termo triagem refere-se ao processo de aplicar a um grande número de indivíduos determinadas medidas rápidas e simples que identificarão alta probabilidade de doença na função testada. A triagem não é um procedimento de diagnóstico, mas, sim uma forma de identificar, entre indivíduos assintomáticos, aqueles que são suspeitos de possuírem doenças e que requerem procedimentos de diagnósticos mais elaborados (NORTHERN e DOWS, 2005).

Se somente as crianças que apresentam indicadores de risco para deficiência auditiva (IRDA), forem triadas, então em apenas cerca de 50% a deficiência auditiva será identificada. Por esse motivo é que recomenda-se a realização universal (JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING, 2000).

A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) compreende a realização de procedimentos comportamentais e eletrofisiológicos para a identificação da perda auditiva (AZEVEDO et al, 2004).

Estudo de Massoud et al. (2006) relata que dos países em desenvolvimento o Brasil é o que possui maior número de serviços que disponibilizam a TAN (237 locais).

O caráter universal e obrigatório da TAN tem sido ressaltado exaustivamente para que nenhuma criança com deficiência auditiva deixe de ser diagnosticada e receba a intervenção necessária para um adequado desenvolvimento social, psíquico, educacional e linguístico.

As consequências da perda auditiva e a relevância da TAN, ainda são assuntos pouco conhecidos pela população em geral (AURÉLIO e TOCHETTO, 2010).

(19)

1.4 SURDEZ / INTERVENÇÃO PRECOCE

Segundo Isaac e Manfredi (2005, p. 235), o diagnóstico precoce de deficiência auditiva permite a intervenção, e o ideal é que ambos ocorram nos primeiros seis meses de vida.

Em 1999, foi elaborada a resolução 01/99 pelo Comitê Brasileiro sobre Perdas Auditivas na Infância (CBPAI). Segundo essa resolução, “todas as crianças devem ser testadas ao nascimento ou no máximo até os três meses de idade e em caso de deficiência auditiva confirmada, devem receber intervenção educacional até os seis meses”. Para garantir o acesso da maioria das crianças à intervenção precoce o Comitê recomenda avaliá-las antes da alta da maternidade.

Atualmente Gatto e Tochetto (2007) relatam que os programas de triagem auditiva neonatal estão amplamente difundidos e aplicados com características específicas em cada país. resultados já podem ser identificados por meio da redução da idade média de detecção da deficiência auditiva em muitos locais. Apesar desses avanços a triagem auditiva neonatal ainda não representa uma realidade universal totalmente efetiva, principalmente nos países em desenvolvimento.

Borges et al (2006) enfatizam que a identificação precoce das alterações auditivas possibilita a intervenção ainda no “período crítico” e ideal da estimulação de linguagem e audição, uma vez que o processo de maturação do sistema auditivo central ocorre durante os primeiros anos de vida. A experiência auditiva neste período de maior plasticidade cerebral, onde novas conexões neurais se estabelecem, é imprescindível para garantir o desenvolvimento da audição e linguagem.

(20)

1.5 ESTUDOS CORRELATOS

Estudos realizados por Zocoli et al (2006), Barros (2002), apontaram que há necessidade de mais informações sobre a importância do diagnóstico precoce, dos métodos para sua realização e que o conhecimento é restrito no que diz respeito à deficiência auditiva, por toda a equipe envolvida no período pré e pós-gestacional.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), as deficiências auditivas, que poderiam ser reversíveis se constadas até os 06 meses de idade, no Brasil, apesar da obrigatoriedade do teste da orelhinha, são constadas a partir de 04 anos, idade considerada tardia pelos médicos (WINAUDIO NEWS, 2013).

O estudo realizado por Barros (2002) revelou que os pediatras obtiveram seus conhecimentos sobre deficiência auditiva durante a formação acadêmica.

A implantação e a manutenção de programas de TAN tem despertado o interesse e preocupação de fonoaudiólogos, otorrinolaringologistas e pediatras, dada a relevância de garantir o diagnóstico e a intervenção precoce da deficiência auditiva (PÁDUA et al, 2005).

Em um estudo realizado no Rio Grande do Sul - Brasil, o diagnóstico da surdez foi realizado aos 26 meses, e o início da reabilitação aos 41 meses (HECK, 2003).

Em um outro estudo realizado na Bahia - Brasil (CARVALHO, 2009), a média de idade das crianças no início do atendimento terapêutico foi de 3,5 anos (quarenta e um meses), comparando-se com a idade preconizada pelo CBPAI, para o início do processo terapêutico, o atraso é de 2,8 meses.

Em Campo Grande/MS - Brasil, em estudo realizado por (FERRO, GONÇALVES E CIERI, 2002), a idade média do início da terapia fonoaudiológica foi de 04 anose 05 meses.

(21)

1.6 ESTUDOS INTERNACIONAIS

Quadro 1 – Idade de início da intervenção fonoaudiológica.

Cidade/ País Idade Fonte /ano

LEIRIA - PORTUGAL 33 MESES Silvia et al (2010)

CUBA 10 MESES Perez et al (2005)

SINGAPURA 42,4 MESES Low et al (2005)

MISSISSIPI - EEUU 6.1 MESES Connoly et al (2005) SICÍLIA - ITALIA 6 MESES Martines et al (2007)

AUSTRIA 6 MESES Weichbold et al (2005)

Segundo a American Academy of Pediatrics - AAP (1999), e o Joint Commitee on Infant Hering (JCIH, 1995), a intervenção deve ser feita antes dos seis meses de idade.

Das publicações que se referem a época em que foi feita à intervenção, a conduta sugerida foi adotada somente na Itália (Sicília) (MARTINES et al ,2007), e , na Áustria (WEICHBOLD et al, 2005).

(22)

METODOLOGIA

A presente pesquisa refere-se a um estudo documental retrospectivo realizado no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Centro de Referência Nacional da surdez, especializado no atendimento de indivíduos portadores de deficiência auditiva severa à profunda, oriundos da cidade do Rio de Janeiro e municípios vizinhos.

Esta pesquisa foi realizada após procedimentos éticos pertinentes: análise e aprovação pela Plataforma Brasil, Ministério da Saúde, parecer Consubstanciado do CEP 31984, Universidade Veiga de Almeida, CAAE: 01485212.0.0000.5291.

A pesquisa foi ainda aprovada pelo Departamento de Desenvolvimento Humano, Científico e Tecnológico e pela Divisão de Estudos e Pesquisas, Divisões responsáveis pelos projetos de pesquisa desenvolvidos no INES.

2.1 PARTICIPANTES

161 alunos matriculados na Estimulação precoce, do Instituto Nacional de Educação de Surdos, com idade de 06 meses a 53 meses.

Foi assinado o termo de consentimento livre, pelos responsáveis (APÊNDICE B, p. 36).

2.2 MATERIAL/AQUISIÇÃO DE DADOS

(23)

Carta da coordenadora do Mestrado da UVA, Profª. Drª. Mônica Medeiros Britto Pereira, solicitando autorização à Diretora do DDHCT (INES); Srª. Maria Inês Barbosa Ramos, para desenvolver a pesquisa: A influência da lei 3028 na idade de ingresso da criança surda no Instituto Nacional de Educação de Surdos do Rio de Janeiro. Carta de aceite, INES, mediante documento 001026 2011-36.

As informações foram coletadas na Divisão de Registro Escolar (DIRE), mediante listagem completa dos alunos matriculados no INES, na Estimulação precoce, onde foi verificado mediante a data de nascimento e ano de ingresso, a idade em meses da criança, desde o ano de 1995, até o ano de 2012, perfazendo um total de 161 alunos, de ambos os sexos.

Os dados de interesse da presente pesquisa referem-se ao ano de nascimento, data de ingresso, idade em meses da criança, sexo.

2.3 PROCEDIMENTO

Foram coletados os dados catalogados em fichas por ano de ingresso entre abril e novembro de 2012 (APÊNDICE C, p.37). Os dados referentes aos ingressos das crianças na estimulação precoce, nos anos de 1995 a 2000, foram coletados no arquivo morto, estando apenas informatizados, os que ingressaram à partir de 2001, após isso os dados de todos os 161 alunos matriculados, foram tabulados.

(24)

3 RESULTADOS

3.1 ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO DOS DADOS

Tabela 1 - Mostra a distribuição para a variável qualitativa “gênero”.

sexo

frequência Percentual

gênero masculino 96 59,6

feminino 65 40,4

Total 161 100,0

Tabela 2 - Mostra a prevalência do sexo masculino na amostra de participantes (p=0,018).

Binomial Teste

categoria N Observação

proporcional

Teste proporcional

Significância estatística

sexo Grupo 1 96,00 96 ,60 ,50 ,018

Grupo 2 65,00 65 ,40

Total 161 1,00

(25)

Tabela 3 - Foram levantados os prontuários de dois momentos: Crianças nascidas depois da lei Municipal RJ (2001).

sexo

Frequência % Percentual

válido

Percentual cumulativo

Gênero masculino 53 65,4 65,4 65,4

feminino 28 34,6 34,6 100,0

Total 81 100,0 100,0

Tabela 4 - Crianças nascidas antes da lei Municipal RJ (2001).

sexo Frequência Percentual Percentual

válido Percentual cumulativo

Gênero masculino 43 53,8 53,8 53,8

feminino 37 46,3 46,3 100,0

(26)

Quadro 2 – Comparação dos dois grupos: antes e após a lei municipal RJ.

ESTATÍSTICA

idade

Antes da lei municipal RJ N válido 80

Não válido 0

Média 35,6375

Mediana 35,5000

Desvio padrão 8,93612

Mínimo 16,00

Máximo 55,00

Depois da lei municipal RJ N válido 81

Não válido 0

Média 27,3333

Mediana 28,0000

Desvio padrão 9,82599

Mínimo 6,00

Máximo 45,00

Obs: Referente aos anos de 1995 até 2000, quando não existia lei Municipal RJ, “teste da orelhinha”, nos

hospitais Municipais, a idade média de ingresso na intervenção precoce em uma população de oitenta crianças, era de trinta e cinco meses. Depois da criação da lei Municipal, à partir de 2001, em uma população de oitenta e uma crianças, a idade media de ingresso, foi de vinte e sete meses.

Quadro 3 - A seguir estão expostos os achados da análise, que verificou a comparação entre os dois grupos.

Test Statisticsa

idade

Mann-Whitney U 1781,500

Wilcoxon W 5102,500

Z -4,935

Asymp. Sig. (2-tailed) ,000

(27)
(28)

4 DISCUSSÃO

A surdez neurossensorial é a que tem mais repercussões no futuro da criança, estimando-se que cerca de 50% dos casos são de origem genética.

As causas de surdez neurossensorial tem se alterado nos últimos anos, sendo cada vez mais rara a surdez provocada por rubéola, meningite, devido a existência de vacinas para prevenção dessas doenças.

Não obstante, o número de casos de surdez, permanece ainda elevado, sobretudo à custa de situações que envolvem prematuros, recém nascidos de baixo peso, restrições de crescimento intra-uterino, fatores de risco para surdez ,como .citomegalovírus, toxoplasmose,sífilis,herpes,AIDS,também o uso de drogas ototóxicas pela mãe durante a gestação.

Verificou-se que com a criação em maio de 2000, no município do Rio de Janeiro da lei 3028, houve em relação aos anos anteriores, um maior número de crianças surdas matriculadas na estimulação precoce, também apresentando nesse mesmo ano, uma redução na idade média de ingresso das crianças para o início da intervenção fonoaudiológica, com diagnóstico de surdez neurossensorial bilateral severa/profunda. Após a lei, dez crianças que ingressaram na estimulação precoce apresentaram idade de 16 meses, o mesmo não ocorrendo nos anos anteriores; quando a média da idade de ingresso das crianças, no INES, era de 35 meses, sendo a maioria em torno dos 40 meses de idade. Após a lei, o início da intervenção passou para os 27 meses, (média). Ressalta-se que a grande maioria das crianças matriculadas na intervenção precoce do INES são oriundas do Grande Rio e municípios vizinhos, como a baixada Fluminense e Niterói.

(29)

As crianças que fazem parte da pesquisa são matriculadas quando ingressam na Instituição, onde fica registrado, além da idade, outros dados que não são objetos desse estudo, não importando se estivesse a criança protetizada, ou mesmo outros dados que não pudessem ser confirmados através dos documentos.

As crianças que realizaram o ”teste da orelhinha”, logo após o nascimento, e, que ingressaram na intervenção precoce aos 06 meses de idade, foram somente 4 crianças, consideradas de risco, sendo uma com Síndrome de Waardenburg, uma com prematuridade, e, duas, filhos de pais surdos, com histórico de surdez. Porém ainda estamos aquém do preconizado, o qual seria que todos os bebês, mesmo os que não apresentem fatores de risco sejam avaliados até os três meses de idade e dando inicio à intervenção precoce, até os seis meses de idade.

De acordo com a portaria GM 2073/04, deve-se promover a ampla cobertura no atendimento aos portadores de deficiência auditiva no Brasil, garantindo a universalidade, a equidade, a integralidade e o controle social da saúde auditiva (BRASIL, 2001).

(30)

CONCLUSÃO

A criação da lei 3028 no município do Rio de Janeiro, (teste da orelhinha), no ano de 2000, favoreceu o diagnóstico e intervenção precoce, como apontado na pesquisa pelo ingresso mais precoce das crianças na terapia fonoaudiológica. No entanto, ainda encontra-se distante do preconizado pelo Conselho Brasileiro de Perdas Auditivas na Infância (CBPAI). Para alcançar tal resultado precisamos divulgar aos profissionais de saúde, educadores, familiares e à população em geral, sobre a necessidade da realização do teste da orelhinha e o encaminhamento aos serviços especializados, enfatizando aos profissionais responsáveis sobre a importância do diagnóstico da surdez, antes dos três meses de idade. O encaminhamento à intervenção precoce, deverá ser feito se possível até os seis meses de idade, sinalizando que o custo financeiro e social de uma deficiência auditiva pode ser minimizado, se houver uma intervenção efetiva e precoce.

Na pesquisa realizada constata-se que apesar da redução da idade média de ingresso na intervenção precoce do INES, ainda existe lentidão no processo e apresenta falhas no encaminhamento aos serviços especializados. Essas dificuldades acarretam demora nas intervenções terapêuticas eficazes. A intervenção precoce diminuiria os custos financeiros e sociais que ocasionam a perda auditiva no âmbito da Educação e Saúde.

(31)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AURÉLIO, F. S.; TOCHETO, T.M. Triagem Auditiva Neonatal: Experiências de Diferentes Países. Rev. CEFAC, São Paulo, v.14,n.3, jul-set, 2010. Disponível em:<http//www.arquivosdeorl.org.br/conteúdo/acervo_port.asp?id=711>. Acesso em 21 de dez 2012.

AZEVEDO MF. Triagem auditiva neonatal. In:FerreiraLP, Befi-Lopes DM, Limongi SCO. Tratado de fonoaudiologia. São Paulo: Roca;2004, p.604-15. Rev. Cefac. vol10no1 São Paulo Jan/mar 2008. Aceito em 21/06/2011.

BARROS ACT,Galindo MAC,Jacob RTS. Conhecimento e conduta de pediatras frente à deficiência auditiva,Pediatria( São Paulo),2002;24(1/2):25-31.

BEVILÁCQUA, M.C.; FORMIGONI, G.M. Audiologia Educacional: Uma opção Terapêutica para a criança Deficiente Auditiva. Pró-Fono, 2003.

BORGES,C.A.B.; MOREIRA,O.L.M.; PENA,G.M.; FERNANDES, R.F.; BORGES,B.C.B.; OTANI,B.H. Triagem Auditiva Neonatal Universal. Arq.Int. Otorrinolaringol/Intl.Arch.Otorhinolaryngol. São Paulo,v.10, n1, p. 28-34, 2006. Disponível em:<http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/pdfForl/352.pdf>. Acesso em 21 de dez 2012.

BRASIL. DATASUS - Banco de Dados do Sistema Único de Saúde - Disponível em: <htpp:www.datasus.gov.br/CGI/labcgi.exe?popsp.def.{2001 ago 03}>. Acesso em 11 dez 2012.

`_______. Ministério da Saúde. Portaria no 2073/GM em 28/09/2004. Disponível

em: <htpp://drt2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2004/GM-2073.htm.>. Acesso em 11 dez 2012.

_______. Lei Federal n. 12.303. 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br.>. Acesso em 16 jul. 2012.

CARNEY, A.E.; MOELLER, M.P. Treatment Efficacy,Hearing Loss in Children.Journal of Speech and hearing research, v. 41, n.1, p. 61-84, 1998.

CARVALHO Lavínia Santos de, Laura Giotto Cavalheiro- Detecção precoce e Intervenção em crianças surdas congênitas inseridas em escolas especiais da cidade de Salvador/BA. Arquivo Int.Otorrinolaringol/Intl. Arch. Otorrinolaryngol, São Paulo,v.13,n.2,p.189-194,2009.

(32)

FERRO, L.; GONÇALVES, I.; CIERI, C.C. Tempo de latência entre suspeita, Diagnóstico e Intervenção em Crianças Portadoras de Deficiência Auditiva na cidade de Campo Grande/MS. Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia, v.3, n.11, p. 108-13, 2002.

GATTO, C.I.; TOCHETTO, T.M. Deficiência auditiva infantil: implicações e soluções. Rev. CEFAC, São Paulo,v.9, n.1, p.110-15, jan-mar ,2007. Disponível em: <htpp;//www.scielo.br/pdf/rcefac/v9n1a12.pdf >. Acesso em 21 de dez 2012.

GRANATO, L.; PINTO, C.F.; RIBEIRO, M.Q. Perda Auditiva de origem genética. In:Lopes Filho, O. Tratado de fonoaudiologia, São Paulo:Roca;1997. p.25-58.

HEARING LOSS ORGANIZATION. Facts on Hearing Loss. Disponível em: <htpp;/ www.shhh.org/html/hearing loss fact sheets.html>. Acesso em 19 de abril 2012.

HECK, F.; RAYMANN, B.C.W. Tempo decorrido entre a suspeita da surdez, a primeira ida ao médico e/ou fonoaudiólogo, o Diagnóstico e o início da reabilitação com crianças surdas. Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia, v. 4, n.16, p.175-85,

2003. Disponível em: <http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=613>. Acesso em 19

de abril 2012.

HILÚ, M. R. P. B.; ZEIGELBOIM, B. S. O conhecimento, a Valorização da Triagem Auditiva Neonatal e a Intervenção Precoce da Perda Auditiva. Rev CEFAC, São Paulo, v.9, n.4, p.563-570, out-dez, 2007.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Anuário Estatístico da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:<http/www.ibge.gov.br [2001 ago 03} >. Acesso em 20 dez. 2012.

ISAAC, M.L.; MANFREDI, A.K.S. Diagnóstico Precoce da Surdez na Infância. Medicina, Ribeirão Preto; v. 38, n.3/4, p. 235-244, 2005. Disponível em:<http://www.fmrp.usp.br/auditivo/diagnóstico_precoce.php>. Acesso em 21 de dez 2012.

JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING,Year 2000 position statement. Principles and guidelines for early detection and intervention programs. Am J Audiol. v. 9, n.1, p. 9-29, 2000.

LICHITIG, I; MONTEIRO, S.R.G.; COUTO, M.I.V.; DE HARO,F.M.B.; CAMPOS, M.S.C; VAZ, F.A.C.; OKAY, Y. Avaliação do comportamento auditivo e neuropsicomotor em lactentes de baixo peso ao nascimento. Rev.Assoc Med Bras, v.47, n.1, p.52-8, 2001.

(33)

MARTINES F,Porrello M, Ferrara M,Martines M,MartinesE- Newborn hearing screening Project using transient evoked otoacoustic emissions:Western Sicily experience. Int.Pediatr Otorhinolaryingol.2007,71:107-12.

MARAZITA, M.L.; PLOUGHMAM, L.M.; RAWLINGS, B.; REMINGTON, E.; ARNOS, K.S.; NANCE, W.E. et al. Genetic epidemiological studies of early-onset deafness in the U.S.school-age population. Am J Med Genet, v.46, p.486-91, 1993.

MASOUD, A.D.; MOHSEN, F.; BEHZAD, M.; ROSHNANAK, V.; NIKTA, H.; SHAHRZAD, M. Preliminary report of newborn hearing screening in Iran {abstract}. In: Procedings of NHS 2006 Conference: Beyond newborn hearing sceening: Infant and childhood hearing in science and clinical practice; 2006 31 May- 3 June; Edites by: Grandori F, Hayes D. Lake Como, Italy; 2006;43. Disponível em:<http;// www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=711>. Acesso em 20 dez. 2012.

MOELLER, M.P. Early intervention and Language Development in Children Who Are Deaf and Hard of Hearing. Pediatrics, v.106, n. 3, ed. 43, 2000.

MONDELLI, MFCG; Bevilacqua, MC. Estudo da deficiência auditiva das crianças do HRAC-USP,Bauru-SP: subsídios para uma política de intervenção. RBM-Revista Brasileira de Medicina, Moreira Jr. (São Paulo) São Paulo,pg 51 a 62. 2002 Disponível

em:<htpp:/www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=0038&id_materia=2074>. Acesso em 11 dez 2012

NAKAMURA HY,Lima MC,Gonçalves VM.Ambulatório de neurodiagnóstico da surdez: papel da equipe multidisciplinar. In: Lacerda CB,Nakamura HY, Lima MC. Fonoaudiologia; surdez abordagem bilíngüe. São Paulo:Plexus; 2000.p.103-22.

NIELSEN, C.B; FUTURO NETO, H.A.; GATTAZ, G. Processo de implantação de programa de saúde auditiva em duas maternidades públicas. Rev.Soc.Bras.Fonoaudiologia, v.12, n.2, p. 99-105, 2007.

NÓBREGA M. Triagem audiológica universal,In: Caldas Neto S, Sih T.Otologia e audiologia em pediatria.Rio de Janeiro: Revinter,1999,p.208-10. Rev.Cefac. São Paulo,v.9,n4,563-570,out-dez.2007.

NORTHERN, J.L.; DOWNS, M.P. Audição na Infância. 5.ed. Rio de Janeiro: Artmed; 2005. Disponível

em:<http;//www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-184620080015&script=sci_arttext>. Acesso em 20 dez. 2012.

OMS - Organização Mundial da saúde. Retardamento mental: enfrentando o desafio. Washington DC: Organização Mundial da Saúde, 2000 Hearing Loss

Organization. Facts on hearing loss. Disponível em:<http:/www.shhh.org/html/hearing loss fact sheets.html>. Acesso em 20 dez.

2012.

(34)

Arq.Otorrinolaringol, 2005, 9(3):190-4. Disponível em: <htpp:/www.arquivosdeorl.org.br/conteúdo/acervo_port.asp?id=711>. Acesso em 21/06/2011.

PEREZ-ABALO MC, Gaya JA, Savio G, Ponce De Leon M, Perera M, Reigosa V. Early detection and intervention of hearing impairment in Cuba: outcome after 20 years. Rev Neurol. 2005, 41(9):556-63.

RUSSO, I.C.P.; Santos, T.M.M. Audiologia Infantil.São Paulo: Cortez;1994. HILÚ, M. P. B.; ZEIGELBOIM, B.S. conhecimento, a Valorização da triagem auditiva neonatal e a intervenção precoce da infância. Rev. CEFAC, v.9, n.4, p.563-570, out-dez, 2007.

SIGOLO Cássia, Cristina Broglia Feitosa de Lacerda- Da suspeita à intervenção em Surdez: Caracterização deste processo na região de Campinas/SP. Jornal Sociedade Bras Fonoaudiologia,2011:23(1):32-7 Aceito em : 18/08/2010.

SILVA Eduardo Jorge Custodio da, Juan clinton Lerena Jr, Maria Helena Cabral Almeida Cardoso. Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, RJ- Brasil. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 23 n.3 Rio de Janeiro mar. 2007.

SILVIA Batalha, Maria MANUEL Zarcos,2010- LeiriA/Portugal. Sociedade Portuguesa de Pediatria. Aceito em 28/01/2010.

SOARES et al. Triagem auditiva neonatal-aplicabilidade clínica na rotina dos médicos pediatras neonatologistas - Revista Cefac. vol10 no1-São Paulo Jan/mar, 2008.Disponível em: <htpp:/www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-100015&script=sei-_arttext> 18462008000>. Aceito em 21/06/2011. Acesso em 11 dez 2012.

VIEIRA, A.B.C.; MACEDO, L.R. O diagnóstico da perda auditiva na infância.Pediatria, São Paulo, v.29, n.1, p 43-9, 2007.

WEICHBOLD V, Nekahm-Heis D, Weizi-Muller K. Evaluation of the Austrian Newborn Hearing Screening program/Zehn Jahre Neugeborenen-Horscreening in Osterreich. Wien Klin Wochenschr, (2005) ;117(18);641-6. Aceito em: 30./08/2011.

WINAUDIO NEWS. Produtos-e-servicos / noticias-emaudiologia. Disponível em:<htpp:/www.winaudio.com.br / produtos-e-servicos/noticias-emaudiologia / 3740-deficientes. 06/03/2013>. Acesso em 20 dez. 2012.

YOSHINAGA-ITANO, C. et al. Language of early-and later identified children with hearing loss.Pediatrics, v.102, n. 5, p. 1161-71, 1998.

YOSHINAGA-ITANO C. Levels of evidence: universal newborn hearing screening: (UNHS) and early hearing detection and intervention systems(EHD). J Commun Disord, v.37, n.5, p.451-65, 2004.

(35)

APÊNDICE

APÊNDICE A Carta para obtenção do consentimento livre e esclarecido.

Caro(a) Senhor(a)

Eu, Vanda Carnevale portador(a) do CPF 41599004704, RG 2308835, estabelecido(a) na rua pinheiro machado,99ap.1708 CEP 22231090, na cidade Rio de Janeiro, cujo telefone de contato é 25537556, vou desenvolver uma pesquisa cujo título é: A idade do surdo no ingresso da intervenção fonoaudiológica, no INES. (estimulação precoce).

Este estudo tem como objetivo: Investigar a idade de ingresso das crianças naDivisão de Fonoaudiologia do INES, Investigar a idade e a influência do ‘teste da orelhinha” na idade de ingresso.

Necessito que o Sr(a). permita os seguintes procedimentos: “investigar a idade da criança, no ato matrícula, na DIRE (divisão de registro escolar), e investigar na DIAU (divisão de fonoaudiologia)e Difon (divisão de fonoaudiologia), se, o teste da orelhinha, foi realizado, antes da alta hospitalar.

A participação de seu filho (a) nesta pesquisa é voluntária e não determinará qualquer risco nem trará desconfortos. Além disso, a participação de seu filho(a) é importante para o aumento do conhecimento a respeito do surdo na idade de ingresso da intervenção fonoaudiológica. Com relação ao procedimento em questão, não existe melhor forma de obter.

Informo que o Sr(a). tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, sobre qualquer esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Veiga de Almeida, situado na Rua Ibituruna 108 – Tijuca, fone (21) 2574-8871 ou 2574-8849 e comunique-se com o Prof. Dr. Alexandre Felip S. Corrêa.

Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo.

Garanto que as informações obtidas serão analisadas em conjunto com outras pessoas, não sendo divulgada a identificação de nenhum dos participantes.

O Sr(a). tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das pesquisas e, caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar.

Não existirão despesas ou compensações pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.

Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa, e os resultados serão veiculados através de artigos científicos em revistas especializadas e/ou em encontros científicos e congressos, sem nunca tornar possível a sua identificação.

(36)

APÊNDICE B Termo de consentimento livre e esclarecido.

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito do estudo A idade do surdo no ingresso da intervenção fonoaudiológica, no INES. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.

Ficou claro, também, que a participação de meu filho(a) é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo. Concordo voluntariamente na participação de meu filho (a) neste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.

___________________________________ Data_______/______/______ Assinatura do informante

Nome: Endereço: RG. Fone: ( )

__________________________________ Data _______/______/______

(37)

APÊNDICE C Ficha utilizada no início da coleta de dados, por ano de ingresso.

Nome/ Ano de --- NASCIMENTO DATA DE

DATA DE INGRESSO

NA

ESTIMULAÇÃO

(38)

APÊNDICE D - Ficha individual para coleta de dados.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS

COORDENAÇÃO DE AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO AO EDUCANDO DIVISÃO DE FONOAUDIOLOGIA - DIFON

Aluno: ________________________________________

Local de Nascimento: ___________________________________

Nome do Hospital: _______________________________________________

O primeiro teste da orelhinha, foi realizado antes da saída da maternidade? Logo após?

Não ( ) sim ( )

__________________________________________ Vanda Carnevale

CRFA – 2670.

(39)

ANEXO

(40)
(41)

Imagem

Tabela 2 - Mostra a prevalência do sexo masculino na amostra de participantes  (p=0,018)
Tabela 3 - Foram levantados os prontuários de dois momentos: Crianças nascidas  depois da lei Municipal RJ (2001)

Referências

Documentos relacionados

Neste sentido, é evidente calcular o grau de sensibilidade atribuída ao indivíduo no que diz respeito à condição de ser racional operante às práticas de seu cotidiano e, no que

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

Neste capítulo foram descritas: a composição e a abrangência da Rede Estadual de Ensino do Estado do Rio de Janeiro; o Programa Estadual de Educação e em especial as

O capítulo I apresenta a política implantada pelo Choque de Gestão em Minas Gerais para a gestão do desempenho na Administração Pública estadual, descreve os tipos de

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

Com a mudança de gestão da SRE Ubá em 2015, o presidente do CME de 2012 e também Analista Educacional foi nomeado Diretor Educacional da SRE Ubá e o projeto começou a ganhar

Por fim, na terceira parte, o artigo se propõe a apresentar uma perspectiva para o ensino de agroecologia, com aporte no marco teórico e epistemológico da abordagem

A realização desta dissertação tem como principal objectivo o melhoramento de um sistema protótipo já existente utilizando para isso tecnologia de reconhecimento