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A Teoria do Estado e a Eficiência da Administração Pública

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(1)

A Teoria do Estado e a Eficiência

da Administração Pública

Prof. Doutor Jacob Massuanganhe

PhD, Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local Coordenador de Programas, CPPPGL- UAN

UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE DIREITO

(2)

Administração

“Administrar” é, em geral, tomar decisões e efectuar operações com vista à satisfação de determinadas necessidades. É pois uma actividade que se concretiza na junção de meios humanos, materiais e financeiros no seio de uma organização.

Qualquer organização necessita de administração.

Mas nem todas as administrações se regem pelos mesmo princípios e regras.

Administração Pública vs Administração Privada

Descrição: Apesar de em ambos os casos se tratar de administração,

(3)

O Que é a Administração?

A

Administração

(do latim:

administratione

) é o conjunto de

atividades voltadas a direção de uma organização utilizando-se

de técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de

forma eficaz, com responsabilidade social e ambiental.

Lacombe

entende que a essência do trabalho do administrador

é obter resultados por meio das pessoas que ele coordena. A

partir desse raciocínio, temos o papel do "Gestor

Administrativo" que, com sua capacidade de gestão com as

pessoas, consegue obter os resultados esperados.

Drucker

diz que administrar é manter as organizações coesas,

fazendo-as funcionar. Este autor coloca mais ênfase nas

(4)

Funções Administrativas

As principais funções administrativas são:

Fixar objectivos (planear)

Analisar: conhecer os problemas.

Solucionar problemas

Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e

tecnológicos e as pessoas).

Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar)

Negociar

Tomar as decisões.

Mensurar e avaliar (controlar).

Fayol

foi o primeiro a definir as funções básicas do

(5)

Teoria Geral da Administração

A TGA começou com a

ênfase nas tarefas

, com a

administração científica

de Taylor. A seguir, a preocupação

básica passou para a

ênfase na estrutura

com a

teoria

clássica

de Fayol e com a

teoria burocrática

de Weber,

seguindo-se mais tarde a

teoria estruturalista

.

A reacção humanística surgiu com a

ênfase nas pessoas

, por

meio da

teoria comportamental

e pela

teoria do

desenvolvimento organizacional

. A

ênfase no ambiente

surgiu com a

teoria da contingência

. A

teoria dos sistemas

,

posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada

uma dessas cinco variáveis -

tarefas, estrutura, pessoas,

ambiente e tecnologia

- provocou a seu tempo uma diferente

(6)

Noções Básicas sobre

Administração Pública

Segundo Freitas do Amaral a Administração Pública é

O sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado,

bem como das demais pessoas colectivas públicas,

que asseguram em nome da colectividade a satisfação

regular e continua das necessidades colectivas de

(7)

Noções Básicas sobre

Administração Pública

Administração pública em sentido orgânico:

• O Estado é a entidade principal da administração pública e o Governo é o órgão administrativo mais importante do País, os ministérios, as direcções regionais e repartições públicas são serviços de maior relevância. Mas, o Estado não é só composto por serviços centrais, também compreende órgãos e serviços locais que actuam

desconcentrada funções de interesse geral adaptadas a várias

localidades (governadores civis, repartições de finanças, tesourarias, etc).

(8)

Administração pública em sentido orgânico

• O Estado é a entidade principal da administração pública e o Governo é o órgão administrativo mais importante do País, os ministérios, as

direcções regionais e repartições públicas são serviços de maior relevância. Mas, o Estado não é só composto por serviços centrais, também compreende órgãos e serviços locais que actuam

desconcentrada funções de interesse geral adaptadas a várias

localidades (governadores civis, repartições de finanças, tesourarias, etc).

• Mas a administração pública não é uma actividade desenvolvida apenas pelo Estado. Para alem do estado temos outras instituições

administrativas com personalidade jurídica (municípios, freguesias, regiões autónomas, universidades, institutos públicos, associações públicas, pessoas colectivas de utilidade pública).

(9)

Administração pública em sentido material

• Administração pública em sentido orgânico é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas

colectivas públicas, que asseguram a satisfação das necessidades colectivas,

• Administração pública em sentido material é a actividade dessas entidades e serviços públicos com vista à satisfação das

necessidades colectivas. É a actividade de administrar.

A administração pública em sentido material pode der definida como a actividade regular, permanente e continua dos poderes públicos, desenvolvida por serviços e agentes administrativos com o objectivo

(10)

A administração pública e a administração privada

• A administração pública e a administração privada distinguem-se através do seu objecto (sobre que incidem) e o seu fim que visam prosseguir, e pelos meios que utilizam.

• A actividade administrativa pública apresenta características próprias. Estas características devem-se ao facto de a administração pública ser um instrumento do poder político. Isto significa que todas as

organizações públicas se encontram dependentes da vontade política de representantes da colectividade.

(11)

Daqui decorrem certos constrangimentos especiais que atingem as organizações públicas e às quais as organizações privadas

escapam:

• Os objectivos que o poder político fixa para cada organização pública não podem ser alterados ou inviabilizados por iniciativa desta.

• As organizações públicas enfrentam usualmente restrições da falta ou insuficiência de autofinanciamento.

• A gestão dos recursos humanos e a fixação de preços dos serviços prestados ou dos bens produzidos, encontram-se limitados por vários princípios específicos do Direito Administrativo.

As organizações públicas não concorrem, nem com as privadas, nem entre si. A sua sobrevivência depende apenas, do poder político que as cria, mantém, modifica e extingue.

(12)

A administração pública e as funções do Estado

Para alem da função administrativa o Estado tem outras

funções:

Política;

Legislativa;

De Justiça.

(13)

• A função política do Estado tem como fim a definição do interesse geral da comunidade, o seu objecto são as grandes opções para o País, tem uma natureza criadora. A política tem um carácter livre e primário.

• A função administrativa tem como objectivo a realização do interesse geral da comunidade, a satisfação das necessidades colectivas, tem uma

natureza executiva consistindo em por em prática as orientações políticas, o seu carácter é condicionado e secundário, está subordinado às orientações políticas e da legislação. Assim, a função política pertence aos órgãos

superiores do Estado, enquanto a administração pública está normalmente entregue a órgãos secundários, no entanto está sujeita à fiscalização e à direcção dos órgãos superiores.

• A função legislativa também define opções, objectivos, normas. Hoje, a

administração pública é uma actividade totalmente subordinada à lei. A lei e o fundamento, o critério e o limite de toda a actividade administrativa.

• A função de justiça é tal como a função administrativa, secundária, executiva

(14)

A organização administrativa

O Estado

O Estado é uma pessoa colectiva com personalidade

jurídica, com património próprio, com funcionários que

actuam ao seu serviço.

O Presidente da República, a assembleia da

República/Nacional, o Governo e os Tribunais são órgãos

do Estado.

(15)

Elementos do Estado:

Território: base física do Estado. É o limite espacial dentro do qual o

Estado exerce o seu poder soberano sobre pessoas e bens. Abrangem as áreas circunscritas pelas fronteiras, as águas territoriais, o ar e o subsolo correspondentes.

Governo Soberano: elemento condutor do Estado que detém e

exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do povo.

Povo: corresponde ao componente humano. É o agrupamento de

(16)

As consequências da classificação do Estado como pessoa colectiva são:

• Distinção entre o Estado e outros sujeitos de direito, quer sejam pessoas físicas ou pessoas colectivas;

• Enumeração, constitucional e legal, das atribuições do Estado;

• Estabelecimento, por via constitucional ou legal, de órgãos do Estado;

• Definição das atribuições e competências a cargo dos diversos órgãos do Estado;

• Possibilidade de distinção entre órgãos e representantes, do Estado;

• Existência de funcionários do Estado;

• Previsão da prática de actos jurídicos do Estado;

• Delimitação do património do Estado;

• As restantes pessoas colectivas públicas são, para efeitos de responsabilidade civil, terceiros face ao Estado.

(17)

A Administração Central e Administração Local do Estado

• Nem todos os órgãos e serviços do Estado têm competência

extensível a todo o território, existem também órgãos e serviços cuja competência está limitada a determinadas áreas circunscritas.

• Existe administração local do Estado e existe administração local que não é da competência do Estado (a administração autárquica e a

administração regional).

• Os governadores e administradores são órgãos locais do Estado, representam o Governo no seu territorio. Os presidentes das

Câmaras são órgãos locais dos municípios, representam as populações dessa área circunscrita.

(18)

Administração directa do Estado e Administração indirecta do Estado • A administração do Estado visa o alcance da satisfação das

necessidades colectivas. Quando essa actividade é realizada por serviços integrados na pessoa colectiva Estado, estamos perante a administração directa do Estado (ministérios, secretarias, etc).

• Quando a actividade exercida para atingir os fins do Estado é realizada por pessoas colectivas públicas, distintas do Estado, estamos perante a administração indirecta do Estado.

(19)

A função administrativa é Assumida pelo Estado sob duas

formas:

Directa

através de órgãos e serviços sob a dependência

do Governo. Serviços sem autonomia / serviços com

autonomia (escolas/universidades);

Indirecta (devolução de poderes)

através da criação de

entidades com personalidade jurídica. Não pertencem ao

Estado mas prosseguem fins atribuídos ao Estado. O

Estado tem poderes de intervenção. São: institutos,

empresas públicas, associações públicas.

(20)

São exemplos de serviços pertencentes à administração directa do Estado:

• A Presidência;

• Os Ministérios;

• As Secretarias de Estado;

• As Direcções-Gerais.

São exemplos de organismos pertencentes à administração indirecta do Estado:

• Serviços autónomos;

• Os Institutos autónomos.

(21)

As principais características do Estado e a sua administração directa são as seguintes:

• Unicidade: O Estado é a única pessoa colectiva deste género;

• Carácter originário: A pessoa colectiva Estado é criada pelo poder constituído. Tem natureza originária, não derivada.

• Territorialidade: O Estado é uma pessoa colectiva de cuja natureza faz parte um certo território, o território nacional;

• Multiplicidade de atribuições: O Estado é uma pessoa colectiva de fins múltiplos, podendo e devendo prosseguir diversas atribuições.

• Pluralismo de órgãos e serviços: São numerosos os órgãos do Estado, bem como os serviços administrativos que auxiliam esses órgãos;

• Organização em ministérios: Os órgãos e serviços do Estado, a nível central, estão estruturados em departamentos, por assuntos ou

matérias.

(22)

• Personalidade jurídica una: Apesar da multiplicidade das atribuições, do

pluralismo dos órgãos e serviços, e da divisão em ministérios, o Estado mantém sempre uma personalidade jurídica una. Cada órgão do Estado, cada Ministro cada director-geral, cada Governador civil, cada chefe de repartição vincula o Estado no seu todo, e não apenas o seu ministério ou o seu serviço. O

Património do Estado também é só um.

• Instrumentalidade: A administração do Estado é subordinada, não é

independente nem autónoma. É um instrumento para o desempenho dos fins do Estado. A Constituição submete a administração directa do Estado ao poder de direcção do Governo. A administração indirecta fica apenas sujeita à

superintendência do Governo e a administração autónoma é controlada por um simples poder de tutela.

• Estrutura Hierárquica: A administração directa do Estado encontra-se

organizada por um modelo constituído por órgãos e agentes com atribuições comuns e competências diferenciadas, ligados por um vinculo de subordinação.

• Supremacia: O Estado-Administração por o seu caracter originário e

instrumental relativamente aos fins do Estado, exerce poderes de supremacia não só em relação aos sujeitos de direito privado como também sobre as outras entidades públicas.

(23)

Atribuições do Estado

É na constituição que estão enumeradas as atribuições do Estado ou seja os seus objectivos.

As principais atribuições do Estado são agrupadas em quatro grupos:

• Atribuições de soberania, incluindo defesa nacional, relações externas, policia e outras;

• Atribuições económicas, incluindo as relativas à moeda, ao crédito, ao imposto, ao comércio externo, aos preços, à produção etc;

• Atribuições sociais, incluindo a saúde, a segurança social, a habitação, o urbanismo, etc;

• Atribuições educativas e culturais, incluindo o ensino, a investigação cientifica, etc.

(24)

Mas, não é só a Constituição que fixa atribuições do

Estado, a lei ordinária também lhe comete atribuições.

Para se conhecer totalmente as atribuições do Estado

é necessário percorrer as leis orgânicas, regulamentos

dos ministérios e das direcções-gerais, ou organismos

equiparados, que integram a administração central do

Estado.

(25)

Órgãos do Estado

Para cumprir as atribuições que lhe são confiadas pela Constituição e pelas Leis, o Estado necessita de órgãos.

Os órgãos centrais do Estado estão definidos na Constituição:

• Presidente da República

• Assembleia da República

• Governo e Tribunais

Dos órgãos indicados, e definidos na Constituição, o Presidente da República, a Assembleia e os Tribunais não são órgãos

administrativos.

São órgãos de soberania o Presidente da República, o Governo e os Tribunais.”

(26)

• A Assembleia da República constitui o poder legislativo, não integra a administração, nem faz parte do poder executivo.

• Os tribunais formam o poder judicial, nada têm a ver com a administração, não pertencem ao poder executivo.

• O Presidente da República é um órgão político.

• O Governo é principalmente um órgão administrativo permanente e directo, é também um órgão político.

• O Governo é o órgão principal da administração central do Estado, incumbido do poder executivo.

(27)

• O governo não só dirige a administração do Estado, como

superintende na administração indirecta e tutela a administração autónoma, controla as entidades públicas que fazem parte da administração mas sem pertencerem ao Estado.

• Estes conceitos, “dirigir”, “superintender”, “tutelar”, resultam do facto

da administração pública ser desenvolvida pelo Estado, através de órgãos e serviços que actuam sob a dependência do Governo.

• Alguns desses serviços não tem autonomia, outros são dotados de autonomia administrativa, são exemplos as universidades.

(28)
(29)

Teorias Administrativas Principais Enfoques

Administração Científica Racionalização (divisão) do trabalho no nível operacional

Teoria Clássica Organização formal; Fixação de funções

Teoria da Burocracia Organização burocrática;

Racionalidade organizacional

Teoria Estruturalista Organização formal e informal;

Análise intra- e inter-organizacional

Teoria das Relações Humanas Organização informal; Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo

Teoria Comportamental Teoria das decisões; Integração dos objetivos organizacionais e

individuais

Teoria do Desenvolvimento Organizacional Mudança organizacional planejada; Abordagem de sistema aberto

Teoria da Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental);

(30)

Áreas da administração

Administração Financeira

Administração da Produção

Administração Pública

Administração de Materiais

Marketing Territorial

Gestão de Pessoas

Gestão Sistêmica

Administração de Sistemas de Informação

Organização, Sistemas e Métodos

(31)

Administração Pública Vs Administração Privada

Administração Pública Administração Privada

 Quanto ao Objecto

 incide sobre as necessidades colectivas assumidas como tarefa e responsabilidade da comunidade.

 incide sobre necessidades individuais ou de grupo, com ou sem fins lucrativos, mas que não dizem respeito à comunidade globalmente considerada.

 Quanto ao Fim

 prossegue sempre o interesse público, respeitando princípios rígidos de actuação legalmente previstos.

 prossegue sempre fins particulares, pois não têm uma vinculação directa ao interesse geral da colectividade, podendo ser ou não lucrativos

 Quantos aos Meios

 desigualdade entre os intervenientes, havendo poder de comando unilateral por parte das entidades públicas, de forma a prosseguirem o interesse público definido por lei (seja através de actos normativos: os regulamentos administrativos; seja através de

(32)

Os vários sentidos da expressão “administração pública”

Em sentido Orgânico

Descrição: conjunto das entidades públicas = “Administração Pública” ou

organização administrativa pública. É constituída pelo conjunto das pessoas colectivas públicas, órgãos, serviços e agentes do Estado e demais entidades públicas que asseguram a satisfação das necessidades colectivas públicas de forma regulada e continuada.

Em sentido material/formal

Descrição: actividade administrativa pública, actividade de administrar =

(33)

A função administrativa no quadro das funções do Estado

O Estado tem a seu cargo as seguintes funções:

 Função política

 Função legislativa

 Função administrativa

 Função jurisdicional

(34)

Princípios jurídicos fundamentais da actividade administrativa

 princípio da prossecução do interesse público

 princípio da legalidade

 princípio da proporcionalidade

 princípio da igualdade

 princípios da imparcialidade, da justiça e da boa-fé

 princípio da boa administração

 princípio da responsabilidade

(35)

Especificidades da Administração Pública

A actividade administrativa pública é um instrumento do poder político com constrangimentos especiais que não afectam a administração privada:

objectivos definidos pelo poder político e que não podem ser modificados pela Administração;

restrições financeiras, decorrentes do financiamento público e leis orçamentais;

limitações legais quanto à gestão dos recursos humanos e financeiros e quanto à contratação de bens e serviços.

A sobrevivência das organizações públicas, ao contrário das organizações privadas, não depende do mercado, mas antes da vontade do poder político

(36)

Especificidades da Administração Pública (Cont.)

A administração pública pauta-se pelo respeito de princípios jurídicos especialmente consagrados e que regem a sua actuação.

(37)

Organização Administrativa

Adm. Directa: composta por serviços integrados na pessoas colectiva Estado e assim directamente dependentes do Estado Poder de direcção.

 central e

 Periférica (área territorial específica)

Adm. Indirecta: composta por pessoas colectivas públicas distintas do Estado, apenas indirectamente dependentes do Estado – Poder de superintendência e de tutela.

 Institutos públicos e

 Empresas públicas

Administração Autónoma (sujeita a poder de tutela por parte do Estado)

De base territorial

regiões autónomas e

(38)

Princípios constitucionais sobre a organização administrativa

 princípio da desburocratização

 princípio da aproximação dos serviços às populações

 princípio da participação dos interessados

 princípio da descentralização administrativa

(39)

.

.

PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

(40)

.

Princípio da Legalidade

Estrita obediência a Lei

.

Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer

alguma coisa senão em virtude de lei

”.

Nenhum resultado poderá ser considerado bom,

nenhuma gestão poderá ser reconhecida como de

excelência à revelia da lei.

(41)

.

Todos os usuários ou destinatários da acção de uma

organização pública são preferenciais,

são pessoas muito importantes.

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza...”

,

logo

No sector público, o tratamento diferenciado é

discriminatório, ilegal e antidemocrático. A

Administração Pública não pode desviar-se dos fins

almejados pela lei para favorecer ou prejudicar

qualquer pessoa ou grupo. A pessoa do gestor não se

confunde com o exercício do cargo.

(42)

.

.

Princípio da Moralidade

Pautar a acção pública por um

código moral.

Não se trata de ética, no sentido de princípios

individuais, de foro íntimo, mas de princípios morais de

aceitação pública.

(43)

.

.

Princípio da Publicidade

Ser transparente, dar publicidade aos dados e

fatos. Esta é uma forma eficaz de indução do

controle social. Todos têm direito de acesso às

informações disponíveis na administração

pública, ou a ela entregues.

Se a gestão é pública, natural é que públicos

sejam todos os seus atos. A publicidade é o

(44)

.

.

Princípio da Eficiência

F

azer o que precisa ser feito com o máximo de

qualidade, ao menor custo possível.

Não se trata de redução de custo a qualquer custo,

mas de obter a melhor relação entre a qualidade

do serviço e a qualidade do gasto.

significa a busca de qualidade e produtividade, de

resultado, nas decisões e condutas da

(45)

HERMENÊUTICA E

CIBERNETICA NOS

ACTOS DA

(46)

O Conceito

Hermenêutica é um ramo da filosofia que se debate com

a compreensão humana e a

interpretação

de textos

escritos. A palavra deriva do nome do deus grego

Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos

atribuíam a origem da linguagem e da escrita e

considerado o patrono da comunicação e do

entendimento humano.

Origem do Termo:

O termo "hermenêutica" provém do

verbo grego "

hermēneuein

" e significa "declarar",

(47)

Compreesnã o Interpretaçã o Ciencia deductiva (Objectiva) Ciencia Inductiva (Subjectiva) MaTERIAL FENOMENOS

(ACTO) Compreensão Interpretação

IMATERIAL Ciência dedutiva (Objectiva) Ciência Indutiva (Subjectiva) MATERIAL RESULTADOS (FACTO) CONHECIMENTO SABEDORIA

(48)

Métodos de interpretação

A hermenêutica serve exactamente para justificar e dar

metodologia de como proceder com a interpretação

subjectiva e objectiva. Para tal, recorre a vários modelos

que tem vindo a ser desenvolvidos para este fim.

Metodo Historico: Foi Gadamer quem colocou o problema com grande clareza: Se as ciências históricas são compreensivas, ou interpretativas, como conceber através de seus enunciados, uma

validade? “não somente a história não chegou ao fim - nós mesmos,

(49)

A hermenêutica

Método Psicológico: Schleiermacher expandiu a tarefa hermenêutica ao colocar ao lado da interpretação gramatical a interpretação psicológica

(psíquica comportamental). A partir de agora, o que deve ser compreendido

não é somente a literalidade das palavras e seu sentido objectivo, mas

também a individualidade de quem fala ou do autor. Dilthey caracteriza suas

intenções ao afirmar: “A riqueza da nossa experiência permite-nos imaginar, por uma espécie de transposição, uma experiência análoga exterior a nós e

compreendê-la...”

Método Sociológico de aprendizagem: Vale ressaltar a interpretação sociológica - Que é a interpretação na visão do homem moderno, ou seja, aquela decorrente do aprimoramento das ciências sociais, de modo que a regra pode ser compreendida nos contextos de sua aplicação, quais sejam o

das relações sociais, de modo que terá um elemento necessário a mais para

(50)

Teorias de Aprendizagem

considera-se que o homem não pode ser considerado um ser passivo. Ele organiza suas experiências e procura

lhes dar significado. É um processo dinâmico, centrado nos processos

Enfatiza a importância dos processos mentais do processo de aprendizagem,

na forma com se percepciona, selecciona, organiza e atribui

(51)

A hermenêutica

Método do Direito: No caso do Direito, trata-se de técnica específica que visa a compreender a aplicabilidade de um texto legal. Em palavras mais simples: quando uma lei entra em vigor, assim como toda e qualquer

literatura, se requer uma compreensão de seu conteúdo. Se não houvesse regras específicas para tal interpretação (e é disso que trata a hermenêutica jurídica), cada qual poderia (quer juízes, quer advogados) entender a lei da maneira que melhor lhe conviesse. Logo, a Hermenêutica traz para o mundo jurídico uma maior segurança no que diz respeito à aplicação da lei, e, ao mesmo tempo, assegura ao legislador uma antevisão de como será aplicado o texto legal, antes mesmo que entre em vigor.

Metodo Logico: Dilthey se apropria da teoria hermenêutica enquanto

caminho para constituição de uma “Crítica da Razão (Logica Se A=B e

B=C, então A=C)”. A palavra proferida ou escrita, que relata o evento,

implica em uma distância em relação ao evento: uma perda entre o originário

(52)

A hermenêutica

Metodo Holistico: E ainda, a Holística- Tradado no estudo da doutrina Cibernetica- A cibernética surgiu como uma ciência interdisciplinar

destinada a estabelecer relações entre várias ciências e permitir que cada ciência utilizasse os conhecimentos desenvolvidos pelas demais ciências, centrando o objecto de investigação os fenómenos Que individualmente a ciência não tenha explorado ou desenvolvido princípios, tentando explicar o vazio encontrado no domínio da integração das varias ciências do

conhecimento.

• Quem fala de Cibernética, deve se lembrar em primeira instancia da palavra sinergias (interligações, sistemas), que abarcaria o texto a luz de um mundo transdiciplinar (filosofia, história, sociologia...) interligado e abrangente.

Inclusive, dando margem a desconsiderar certo texto em detrimento de uma justiça maior no caso concreto e não representada na norma entendida

exclusivamente e desligada dos outros elementos da realidade que lhe dão sentido.

(53)

A expressão textual pode ter diferentes interpretações (A≠B)

Pensamento originário traduzido na escrita, porém fica o teor subjectivo na fonte inspiradora do texto

Pensamento

Interpretativo traduzido na compreensão, porém a interpretação depende da objectividade, que exclui a subjectividade da fonte primária

A B

(54)

Técnica de Interpretar:

Para tal a interpretação pode recorrer a Interpretação

Gramatical ou Filológica, Interpretação Lógica,

interpretação Sistemática, Interpretação Histórica,

Interpretação Teleológica, Interpretação Sociológica,

interpretação económica, jurídica, antropológica.

Há consenso entre a generalidade dos autores de que

a interpretação, a despeito da pluralidade de elementos

que devem ser tomados em consideração, é una.

Nenhum método deve ser absolutizado

: os diferentes

meios empregados ajudam-se uns aos outros,

(55)
(56)

AS REGRAS DE ARGUMENTAÇÃO

• É importante relembrar o contexto histórico das teorias hermenêuticas, ora apresentadas. No século XIX, procura-se construir a Hermenêutica como uma Ciência da Interpretação, nos moldes das demais Ciências que utilizam parâmetros para a objetividade; e, com isso, desvaloriza-se a retórica.

Admitir-se que há uma única solução para o caso concreto exige a adoção de um critério de correção formal e/ou substancial. AAULIS ARNIO explica que existem, a grosso modo, duas teorias que procuram explicar a noção de única resposta correta. Segundo a versão mais forte (a qual pressupõe um sistema jurídico fechado), representada pelas doutrinas extremas do direito natural racionalista e pela dogmática jurídica conceitual), há de existir

sempre uma única resposta correta para cada caso em particular dentro do ordenamento jurídico, cabe ao intérprete achá-la.

A racionalidade dos discursos jurídicos é dada por sua própria discutibilidade, pois todas as suas premissas e conclusões podem

(57)

AS REGRAS DE ARGUMENTAÇÃO

FENOMENO INFORMAÇÃO CODIFICAÇÃO

OBSERVAÇÃO PROCESSAMENTO PRATICA

(58)
(59)

REFORMA DA

ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA

(60)

O que significa Reforma da Administração

Pública?

Mudanças estruturais e /ou do processo em áreas tais

como o designio organizacional, descentralização, gestão

do pessoal, finanças públicas, gestão de resultados,

reformas reguladoras, acesso à informação e interacção

com a sociedade civil e o sector público.

As reformas da Administração Pública podem ser

apontadas sobre uma questão / sector particular tais

como Estatuto de Serviço Civil, por exemplo.

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(61)

O último obejctivo da Reforma

da Administração Pública é de

melhorar a vida de todos os

cidadãos, em particular o

pobre e o vulnerável.

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(62)

Reforma da Administração Pública, Governação

Democrática e Desenvolvimento

A Administração Pública:

Desempenha uma papel importante na entrega dos

serviços e na provisão de infrastruturas.

É um dos veículos principais através do qual a relação

entre o estado e a sociedade civil e o sector privado é

realizado.

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

Reforma da Administração Pública

O apoio à Reforma da Administração Pública é um meio para o

melhoramento da governação e alcance dos obejctivos de

desenvolvimento: crescimento equitativo, redução da pobreza,

(63)

Causas do Mau Funcionamento

Sistemas da Administração Pública

Fraca vontade política

Liderança pobre

Falta de capacidade

Falta de recursos

O tamanho e o papel do governo são mal

ajustados/definidos às realidades

Transparência

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(64)

Consequências do mau funcionamento

Sistemas da Administração Pública

Redução do crescimento economico

Desencorajamento no investimento estrangeiro direito

Violação dos direitos humanos

Fraca confiança no governo

Vulnerabilidade acrescida à corrupção

Decrescimo e diversão nas receitas governamentais

Regulamentos ineficientes do governo

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(65)

Objectivos de uma Reforma da Administração Pública

Um serviço público moderno e democrático dever-se-á ser

.

Eficiente

Responsivo

Transparente

Reponsável

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(66)

Tendências na Reforma da Administração Pública

No mundo, as administrações públicas tendem a seguir os

seguintes elementos:

1.

Globalização

2.

Descentralização

3.

Parcerias públicas-privadas

4.

Governo -E

5.

Abordagem baseada em direitos ao desenvolvimento

6.

Transparência, responsabilidade e Anti-Corrupção

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(67)

Áreas da Reforma da Administração Pública

Governação

Serviço Civil

Instituições e Processos

Gestão Financeira

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

Reforma da Administração Pública

Caracteristica cruzada: Capacitação

(68)

Actores da Reforma da Administração Pública

A Reforma da Administração Pública exige sinergia entre actores políticos e não políticos.

A Reforma da Administração Pública dever-se-á ser conduzida

domesticamente, e a vários níveis (nacional, provincial, local)

A Reforma da Administração Pública é conduzida por agentes de mudança dentro da:

 Instituições governamentais  Sector Privado

 Sociedade Civil

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(69)

Exemplos de Indicadores da Reforma da

Administração Pública a Nível Local

•Grau de implementação do nível local das iniciativas de reforma da administração pública lançada e centralmente designada.

•Existência de uma visão clara e planos estratégicos/operacionais nas instituições do governo local.

•Gestão excelente dos recursos financeiros

•Público formal de contratos, propositos, orçamento e contas pelas administrações municipais e provinciais.

•Auditoria independente regular dos projectos e contas públicas

•Padrões publicados de entrega do desempenho

•Grau de profissionalização do pessoal e críterios de selecção

Fortalecimento de Instituições de Governação Eficiente

(70)
(71)

A retórica da Eficiencia Administração Pública: foco na instutição

A retórica da "

eficiencia da Administração Pública

", hoje muito

disseminada no debate público, pretende, senão de forma

aberta, pelo menos de forma dissimulada,

modernizar a

abordagem secular do modelo jurídico-administrativo

que

orienta o sector público.

Esta retorica, pode ser entendeda como forma de subterfugio

politico face a tendencia crescente da "ingovernabilidade" e

"ineficiência" do sector público. Neste contraponto entre

"modelos administrativos" costuma-se proceder a uma

dicotomização demasiado simplista e discussista, para confundir

os momentos, entre o "

velho" e o "novo

". Em linguagem mais

(72)

A falácia da profissionalização administrativa: foco no individuo

Na profissionalização administrativa há que incutir no servidor

valores morais, éticos e deontológicos

inerentes ao bem servir,

munindo-o certamente de condições que garantam a

satisfação, motivação e ambiente organizacional favorável, pelo

que se torna imperioso o investimento no capital humano, e

uma reorientação dos processos de selecção e admissão dos

servidores e gestores públicos.

Não baste se ser soldado para ser comandante

Habilidades

humanas

, comportamentais e técnicas que devem ser

integradas na faceta para se ser um bom comandante. Nasce

assim, o papel fundamental da liderança na motivação e

(73)

O discurso da desburocratização: foco nos processos

A reforma pressupõe que com a

simplificação dos

procedimentos

, a modernização e a desburocratização, há um

efeito na melhoria da qualidade do serviço público. A reforma

não tem em conta factores subjectivos como motivacionais,

comportamentais, atitudes, habilidades e consciência de

Estado por parte do servidor público, factor indispensável para

a melhoria da oferta de serviços básicos e da qualidade do

serviço público.

Factores de

moralidade e responsabilização

dos agentes

públicos não mereceram destaque devido, e como tal a

reforma na sua amplitude ignorou aspectos gerenciais do

sector publico, desde a e liderança organizacional,

(74)

O discurso da desburocratização: foco nos processos

No cenário de adaptação burocrática, o que parece estar

em relevo é a manutenção do que é essencial no modelo

tradicional de organização centrado na noção de serviço

público. Porém, ocorrem tentativas para nele introduzir

mecanismos de eficiência organizacional no âmbito da

redução das despesas.

A lógica burocrática continua a prevalecer, mas a ela são

agregados elementos da lógica

managerialista relativos

a

gestão dos recursos humanos, em particular: a redução

de efectivos, mobilidade no trabalho, modalidades de

contratualização individual, acompanhado da

(75)

O discurso da desburocratização: foco nos processos

Por outro lado, a este cenário continuam a estar

associadas narrativas dominantes que realçam a

importância dos valores éticos, deontológicos e cultura

de Estado que afectam a função pública, como por

exemplo

o tipo de atendimento

nas repartições públicas.

Em suma, a profissionalização administrativa do sector

publico implica em grande medida uma actuação virada

para a melhoramento do

desempenho individual

, onde

(76)

A Falácia reforma administrativa e o papel da Pesquisa

Criticas inerentes a inflexibilidade e excessiva

concentração nos processos, regras e procedimentos

fizeram com que o resultado destes programas não fosse

o mais desejado na medida em que foi excluindo desta

abordagem o

Homem como servidor público

, e o centro

da actividade do Estado.

A retórica da reforma da administração pública, embora

tivesse dar um passo significativo da nova consciência do

papel e acção do Estado na procura de atender as

necessidades do cidadão, a sua abordagem é

(77)

A Falácia reforma administrativa e o papel da Pesquisa

Houve uma excessiva orientação em facetas tecnocratas,

de reforço institucional e de modernização dos serviços

públicos (

hardware

) e sem ter a devida atenção o fazedor

da mudança e pilar do processo transformativo - Homem

(o

software

) para operar e fazer com que as mudanças e

as transformações tenham resultados desejados.

Não se teve em conta factores motivacionais,

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