A História do Impresso
https://www.youtube.com/watch?v=IaRHGN4Ejpo&list=PL1BCED4212CF417CE
Em 13 de maio de 1808 nascia o impresso no Brasil, a partir da instalação da Imprensa Régia (D. João VI);
Em 10 de setembro de 1808, depois da publicação dos primeiros papéis impressos no Brasil, a Coroa
decidiu publicar o primeiro jornal da América portuguesa, a Gazeta do Rio de Janeiro;
Obs.: O Correio Braziliense é criado por Hipólito da
Costa em Londres (junho), livre da censura praticada no Brasil.
Em 1813, a Imprensa Régia publicava a primeira revista brasileira, O Patriota, de Manuel Ferreira de Araújo.
Também nesse ano surgia, na Bahia, a Idade d´Ouro do Brasil, que defendia o absolutismo.
(https://www.youtube.com/watch?v=z9bTjoPsEV8&list=PL1BCED4212CF417CE) Ele nascia para neutralizar o material contrário a
Portugal, que chegava ao Brasil a partir da abertura dos portos;
A censura prévia, que teve fim em 1821;
Em 1821, nascia o Diário do Rio de Janeiro, precursor dos
atuais jornais informativos, o primeiro a publicar notícias do cotidiano, deixando de lado a tendência de doutrinar seus leitores (mas ainda censurado). Circulou até 1878. Ainda em 1821, é criado o primeiro jornal
Em outubro de 1822, um mês depois da proclamação da Independência, a liberdade de imprensa voltou a ser cerceada. O clima agitado da época provocou a
criação dos pasquins, com linguagem violenta, que chegavam à calúnia e ao insulto pessoal. Seu
conteúdo refletia os ideais de liberais e
conservadores em uma verdadeira guerra de palavras;
(http://www.exposicoesvirtuais.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=224)
Em abril de 1823, Cipriano Barata lança o jornal
Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco
que defendia a Independência com mudanças radicais e era contra a escravatura;
Em 1829, João Batista Líbero Badaró funda o jornal
o Observador Constitucional. Em novembro de 1830,
ele é assassinado. Defensor da ideia de que a
imprensa deveria ser livre mas também responsável,
era também contrário ao governo português (“Morre
um liberal, mas não morre a liberdade”).
(https://www.youtube.com/watch?v=gdnvpG29GA8&list=PL1BCED4212CF417CE)
Começava a predominar o jornalismo mais conservador, representado pelo Jornal do Comércio, criado em
1827;
As publicações atraíam o leitor com os folhetins de escritores da época, como José de Alencar. A
imprensa abolicionista também cresce e afloram os primeiros jornais com ideias republicanas;
Em 1827, sai o jornal Espelho Diamantino voltado para o público feminino;
https://www.youtube.com/watch?v=kE-CRAoLUSM
https://www.youtube.com/watch?v=Ho16Y7ODJOA (primeiras jornalistas - opcional)
Em 1831, D. Pedro II assume o trono.
A partir de 1837 a imprensa começou a utilizar a ilustração
(caricatura – Jornal do Comércio) e alguns anos depois
começa a circular A Lanterna Mágica (RJ), que marca o início
das publicações ilustradas (propaganda)(A Revista da
Semana – 1900 – Álvaro Teffé);
Em torno de 1840, o Império se consolida e a imprensa política, representada principalmente pelos pasquins, enfraquece. Com a organização urbana, a imprensa reflete as
transformações da época;
Em 1875, nascia A Província de São Paulo, que mais
tarde passou a chamar-se O Estado de S. Paulo;
Proclamação da República: novembro de 1889;
Em 9 de abril de 1891, Rodolfo de Souza funda o Jornal do Brasil, com ideais monarquistas apesar do
cuidado em informar de maneira imparcial para não sofrer repressão política. Desde o princípio, adotou uma postura empresarial inovadora (foi montado como empresa), enviando correspondentes ao estrangeiro e trazendo inovações como a
distribuição em carroças;
Em 1900, a República e a imprensa estavam
consolidadas. A evolução da imprensa aconteceu junto com o progresso do mundo ocidental. A
imprensa torna-se empresa. O jornalismo individual ou familiar estava superado;
Foi na Primeira República (1908) a fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que participou ativamente na luta pela liberdade de imprensa e pelos direitos dos jornalistas, sendo contra o formato empresa (lucro x serviço social);
A partir de 1888, depois da Abolição, chegam os
As redações recebiam farto material sobre o movimento operário, incluindo cartas, relatórios de sindicatos, denúncias etc. Seu conteúdo não era apenas
noticioso, também reproduziam na íntegra textos e conferências, além de caricaturas reforçando o
editorial;
Na metade do século 19, a popularização do telégrafo favoreceu a transmissão rápida das informações. O telégrafo elétrico facilitou o trabalho das agências de notícias e agilizou ainda mais a informação a longa distância;
Os jornais se multiplicaram, aumentando as tiragens. Causas: generalização da instrução, democratização
Esses fatores levaram o jornal a tornar-se produto de consumo;
Em paralelo, o progresso das técnicas foi fundamental para a imprensa, como a invenção de tinta para impressão com secagem mais rápida e a substituição do papel de madeira por outro de fabricação mais barata. Além disso, houve a mecanização do sistema de composição com a invenção da estereotipia, reduzindo o número de
prensas, e a invenção de novas impressoras, que ampliaram o número de exemplares;
Obs.:
1º Revolução Industrial: 1760 a 1840 – Inglaterra (indústria têxtil e máquina a vapor);
2º Revolução Industrial: 1840 a 1900 – Europa (petróleo, eletricidade, produtos químicos etc.); 3º Revolução Industrial: 1940 – Mundial
Durante a Primeira República (1889-1930) o jornalismo brasileiro passa por um processo de transição e
perde seu caráter opinativo, sendo substituído pelo jornalismo de informação;
A imprensa periódica passa a se desenvolver
mundialmente e começa a atingir a grande massa da população. Surgem as agências de notícias,
responsáveis por suprir o noticiário internacional dos jornais;
Do ponto de vista técnico, durante esse período a imprensa viu surgir o primeiro desafiante ao seu
Após o fim da Primeira Guerra Mundial (1918), o
monopólio de agências passa a ser dos Estados Unidos e seu modelo de produção jornalístico
difunde-se mundialmente, com ideologias voltadas para a liberdade de imprensa e objetividade.
Estabelecem-se padrões de produção como o lead
(parágrafo inicial com as principais informações da matéria), o uso da pauta e a padronização gráfica;
Em 1925 é fundado o jornal O Globo;
A revista “O Cruzeiro” foi fundada pelo empresário
Da Revolução de 1930 (fim da política café-com-leite) até o fim do Estado Novo, em 1945 (militares e
Getúlio Vargas), o quadro político brasileiro esteve muito instável. A imprensa se adaptou em função dos acontecimentos, com alguns jornais apoiando declaradamente um lado ou outro.
O espaço para o exercício da liberdade de imprensa
desapareceu especialmente a partir de 1937 (fecha o Congresso e assume o poder de forma ditatorial);
Em 1939, o Estado reformulou seu organismo de
propaganda criando o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Suas funções incluíam a censura de todos os meios de comunicação e expressão,
O fim da II Guerra Mundial (1939 a 1945) significou para a imprensa o início de um novo ciclo de
modernização tecnológica, embora modesto se comparado com a revolução tecnológica que
ocorreria no final do mesmo século (CSN em 1940 e CVRD em 1942, com apoio financeiro dos EUA –
necessidade de indústrias no país no período de guerra);
O período 1945-1964 foi um tempo de transição do Brasil e de sua imprensa, com total liberdade e aumento da receita publicitária;
Em 1954, Getúlio Vargas (reeleito) suicidou-se em meio a uma crise política desencadeada pelo atentado
contra o jornalista Carlos Lacerda, causando
Em 1961, Jânio Quadros, eleito em janeiro, renunciou à presidência e seu vice, João Goulart, só assumiu depois de aceitar a adoção do regime
parlamentarista, que diminuía seu poder (ele estava fora do país na ocasião da renúncia);
Estes dois eventos contribuíram para tornar a política o tema central da imprensa brasileira;
Em 1964, acontece o golpe militar que deporia o
presidente João Goulart, dando início ao ciclo de governos militares que duraria até março de 1985, tendo o apoio editorial da maioria dos jornais
brasileiros;
na medida em que este se tornava politicamente mais autoritário e moralmente mais frágil;
Diante das restrições ao noticiário político e social e da expansão econômica do País, os jornais reforçaram suas editorias de economia. Esse conhecimento foi de grande utilidade para a imprensa e para a
população nas décadas de 1980 e 1990, quando o Brasil, em menos de dez anos, passou por três presidentes (General Figueiredo, José Sarney e Fernando Collor de Mello);
da impressão offset (anos 70) e com a informatização, já na fase de transição do regime militar para a
redemocratização;
O Brasil sob os governos militares viu surgir uma
“imprensa alternativa”, composta por veículos
independentes em relação às empresas jornalísticas e ao mercado publicitário. A maioria teve vida curta devido à censura ou à falta de sustentação
financeira;
O endurecimento do regime militar, com a edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968,
Em agosto de 1974, o presidente general Ernesto Geisel anunciou um lento afrouxar no regime. Entretanto os atentados aos direitos humanos e à liberdade de
imprensa prosseguiram. O caso de maior
repercussão foi a morte – suicídio por enforcamento, segundo a versão oficial – do jornalista Vladimir
Herzog, em outubro de 1975;
Os jornais brasileiros não se resignaram com as promessas e passaram a buscar a ampliação da abertura, repercutindo as manifestações de uma
Para alguns historiadores, o restabelecimento da
democracia completou-se com a primeira eleição direta para Presidente da República, em 1989
(Fernando Collor de Mello) e não com a posse de
José Sarney como o primeiro presidente civil após o regime militar (após a morte de Tancredo Neves), em 1985;
A promulgação da Constituição de 1988 consolidou o princípio da liberdade de imprensa como nenhuma outra antes. Ao longo desse período, a imprensa
teve condições de exercitar efetivamente seu papel;
A partir da década de 1990 a internet passa a ganhar popularidade no Brasil e nessa época surge a
Em 1992, acontece o impeachment de Fernando Collor
de Mello, exemplo da forte influência exercida pelos meios de comunicação: dar visibilidade à campanha de um candidato à presidência da República e, mais tarde, de acelerar seu processo de impeachment;
Os jornais brasileiros souberam se adaptar ao cenário de concorrência de outras mídias, buscando maior eficiência técnica e gerencial. As edições impressas seguiram inovando e novos títulos, principalmente voltados para a leitura rápida, surgiram nas
Fontes:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/uma_historia_marcada_por_censura_e_resistencia
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/download/488MCH002.pdf
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0610429_08_cap_02.pdf
http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/historianobrasil/arquivos-em-pdf/Imprensa_Brasileira_dois_seculos_de_historia.pdf
http://comunicacaopublicaufes.wordpress.com/2012/02/10/historia-do-jornalismo-no-brasil/
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoriaimprensa_edicoesanteriores3/pdf/colaboracao_memoria_da_impren sa.pdf
http://historiadojornalismo.br21.com/
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/EstadoNovo
http://www.cartacapital.com.br/politica/a-grande-impressa-apoiou-o-golpe-e-a-ditadura-e-nao-teve-papel-relevante-para-o-fim-do-regime-1979.html
https://www.youtube.com/watch?v=2wPoQ7sHljk&list=PL134714B58185A903 – Fazendo um jornal antigamente
http://www.slideshare.net/olguete/jornalismo-impresso-vs-jornalismo-on-line