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A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

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Academic year: 2020

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¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF

²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF. Mestranda em Ensino-UNIVATES A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

THE PRECARISATION OF THE WORK OF THE SOCIAL worker

¹Leonarda Batista de Miranda Saraiva ²Glauce Barros Santos

RESUMO

INTRODUÇÃO: Segundo Iamamoto (2008), no decorrer histórico da profissão tem sido encontrados e enfrentados grandes desafios no que tange os conflitos de interesse das classes burguesas e do proletariado. Dessa forma, abordar a precarização do trabalho é de fundamental importância porque se trata de desafios e de um processo em curso para melhoria no desempenho da profissão, pois no cotidiano do assistente social surgem várias formas de precarização de diversas formas dificultando assim o desenvolvimento de suas atividades profissionais. OBJETIVO: Descrever os desafios existentes quanto a escassez do trabalho do assistente social. METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, utilizando-se da técnica bibliográfica CONSIDERAÇÕES FINAIS: O assistente social tem seu campo do fazer profissional, as políticas sociais, mas no atual contexto de fragilização do seu trabalho a falta de autonomia para exercer as atividades que compreende o currículo do profissional é considerada uma das principais formas de precarização, uma vez que as classes vulneráveis podem não ter seu atendimento adequadamente. Outro aspecto que tem sido colocado em debate é a falta da aplicação do princípio do direito de isonomia salarial, onde o profissional assistente social vê seu trabalho desvalorizado com baixos salários, talvez ainda arraigados culturalmente no que tange a uma profissão dita como antes de caráter caridosa e assistencialista.

Palavras –Chave: Precarização, Trabalho. Assistente Social

ABSTRACT

INTRODUCTION: According to Iamamoto (2008), in the course of the history of the profession, great challenges have been found and faced in the conflicts of interest of the bourgeois classes and the proletariat. Thus, addressing the precariousness of work is of

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¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF

²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF. Mestranda em Ensino-UNIVATES fundamental importance because it is about challenges and an ongoing process for improvement in the performance of the profession, since in the day to day of the social worker arise several forms of precarization in various ways, thus hindering the development of their Professional activities. OBJECTIVE:Describe the existing challenges regarding the shortage of social worker. METHODOLOGY: This was an exploratory and descriptive research, using the bibliographical technique. FINAL CONSIDERATIONS: The social worker has its field of professional doing, social policies, but in the current context of fragilization of his work the lack of autonomy to carry out the activities which comprises the professional's curriculum is considered one of the main forms of precariousness, since vulnerable classes may not have their care adequately. Another aspect that has been debated is the lack of application of the principle of the right of wage isonomy, where the social work professional sees his work devalued with low salaries, perhaps still culturally rooted in what refers to a profession said as before charitable and assistance.

Palabras -Chave: Precarization, Work. Social Worker

INTRODUÇÃO

Desde a sua inserção na divisão sóciotécnica do trabalho o assistente social tem travado constantes lutas, segundo Iamamoto (2008), no decorrer histórico da profissão tem sido encontrados e enfrentados grandes desafios no que tange os conflitos de interesse das classes burguesas e do proletariado. Com a publicação da Constituição Federal do Brasil (Brasil,1988) onde relata que todos cidadãos devem ser assegurados em seus direitos sociais para que estes possam exercer a cidadania de forma plena, como também, estabelecendo diversos meios para a garantia do cumprimento desses direitos preconizados na constituição, contudo, a força da precarização do trabalho deste profissional se faz contrária, tornando dessa relação um verdadeiro cabo de guerra.

Abordar a precarização do trabalho é de fundamental importância porque se trata de desafios e de um processo em curso para melhoria no desempenho da profissão. No cotidiano do assistente social surgem várias formas de precarização de diversas formas dificultando assim o desenvolvimento de suas atividades profissionais.

O interesse por esse tema surgiu pela atual expansão acadêmica que o curso vem tendo, pelas várias expressões das questões sociais que vem se desenvolvendo ao longo do ano 2000 e por se tratar de uma profissão ainda estereotipada e não valorizada. Dessa forma este artigo tem como objetivo descrever os desafios existentes quanto a escassez do trabalho do assistente social.

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¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF

²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF. Mestranda em Ensino-UNIVATES Com o aparecimento da profissão do assistente social na década de 30, em virtude do crescimento econômico surgindo assim uma sociedade capitalista, onde a classe burguesa detinha o poder, fazendo com que as classes trabalhadoras tornassem pessoas insatisfeitas. Dessa forma o assistente social surgiu como forma de deter as manifestações desses grupos de pessoas. De acordo com Martinelli (2005) o surgimento do capitalismo cria um mundo de separações e explorações das camadas mais pobres, fazendo com que as constantes lutas de classes se transforma no direito de viver e superar a classe burguesa.

Segundo Estevão (1985) Diante de tantas injustiças quanto as separações de classes eram necessárias a criação de instituições que pudessem qualificar profissionais para que estes prestassem assistência as pessoas marginalizadas e oprimidas, apresentando assim a importância de se instituir o serviço social.

De acordo com Iamamoto (2008) Era nítido a exploração do trabalho com a classe trabalhadora, fazendo com que houvesse escassez quanto as condições de trabalho e prejuízos tanto na vida como no trabalho desta população marginalizada. Nesse sentido, a classe trabalhadora lutava contra a classe dominante para que assim pudessem garantir melhorias de vida e melhores condições de trabalho para eles, fazendo com que a classe burguesa olhasse para a classe trabalhadora como uma população que infringe a ordem, como também, os valores morais, sociais e políticos.

A profissão de serviço social foi oficializada pela lei de nº 1889 no ano de 1953. Esta profissão até hoje manteve uma tendência conservadora, controlando a classe trabalhadora desde seu advento até a década de 1970, através das lutas contra a ditadura e, nessa época, por acesso a melhorias de vida para a classe subjugada pela burguesia. Com a promulgação da Constituição de 1988, os cidadãos passam a ser assistidos pelo tripé da Seguridade Social constituído pela Saúde, Previdência e Assistência Social sendo esta última o pilar do Serviço Social garantindo direitos aos que comprovadamente necessitasse dessa assistência.

No entanto, esta política não se mantém constante ,pois ao longo dos anos vem passando por grandes transformações, desta forma legislações especificas vão surgindo como leis regulamentadoras da profissão dentre estas, podemos citar o (LOAS) que é a Lei Orgânica da Assistência Social, o( PNAS) que é a Política Nacional de Assistência Social, o (NOB-SUAS) intitulada de Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social dentre outras leis que regem a profissão do assistente social (PAZ, 2015).

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¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF

²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF. Mestranda em Ensino-UNIVATES O SERVIÇO SOCIAL INSCRITO NA DIVISÃO DO TRABALHO

O assistente social, agora reconhecido como profissional assalariado, posto no mercado de trabalho iria expandir suas ações a partir da execução das políticas assistenciais disponibilizadas pelo Estado e setores empresariais, tendo como público alvo os grandes setores do proletariado (IAMAMOTO, 2010).

Para Iamamoto (2010), o assistente social ao entrar em uma sociedade exercendo atividades coletivas, faz com que este exponha seus esforços em atividades remuneradas. A mesma autora relata que o profissional de serviço social é um profissional qualificado e habilitado para atuar em diversos segmentos da sociedade, no intuito de planejar e executar as políticas públicas sociais em prol da população.

Segundo Paz (2015), a categoria de trabalho dos assistentes sociais também se encontra no quadro das classes trabalhadoras a qual está no bojo das relações de luta e poder. A precarização do trabalho do assistente social tem uma ligação intrínseca com as formas de contratação temporária onde o profissional do serviço social não é efetivo e tem seu trabalho subjugado pelo seu empregador.

METODOLOGIA

Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, utilizando-se da técnica bibliográfica a partir dos seguintes elementos: Para o estudo deste artigo foi utilizado um levantamento bibliográfico através de publicações cientificas. A busca de estudo foi realizada a partir de um buscador “Google Acadêmico” e de uma base de dados, “Scielo” (Scientific Eletronic Librery Online). Tendo como descritores: Precarização, Trabalho. Assistente Social Foi abordada a expressão “AND” no cruzamento das palavras. Os critérios de inclusão foram os artigos publicados de maneira integral em português disponibilizados online.

De acordo com Cervo e Silva(2006) a pesquisa exploratória tem como intuito apresentar informações sobre um determinado assunto. Segundo Barros e Lehfeld(2007) a pesquisa descritiva tem como intuito estudar, analisar registrar e interpretar os fatos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A profissão de assistente social ao longo dos tempos passou por várias transformações quanto a sua atuação, como também, a forma de efetivação, pois esta profissão surgiu para

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¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF

²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF. Mestranda em Ensino-UNIVATES atender a uma classe dominante em favor das classes trabalhadoras, no intuito de que os mesmos pudessem abrir espaços de diálogos, conversas e lutas a fim de suprir os desejos e anseios das minorias.

Esta profissão foi tornando uma atividade indispensável na sociedade em virtude das constantes transformações sociais existentes, fazendo com este profissional pudessem implementar as políticas públicas, desenvolvendo atividades quando ao planejamento acompanhamento e execução de ações de melhorias para a população.

De acordo com os estudos percebemos que o assistente social tem seu campo do fazer profissional, as políticas sociais, mas no atual contexto de fragilização do seu trabalho a falta de autonomia para exercer as atividades que compreende o currículo do profissional é considerada uma das principais formas de precarização, uma vez que as classes vulneráveis podem não ter seu atendimento adequadamente. Outro aspecto que tem sido colocado em debate é a falta da aplicação do princípio do direito de isonomia salarial, onde o profissional assistente social vê seu trabalho desvalorizado com baixos salários, talvez ainda arraigados culturalmente no que tange a uma profissão dita como antes de caráter caridosa e assistencialista.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BARROS, Aidil Jesus Paes; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia: um guia para iniciação cientifica.3 ed.Editora Makron,2007

CERVO, A.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson, 2006.

ESTEVÃO, Ana Maria Ramos. O que é Serviço Social.3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1985 IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 14 ed. São Paulo, Cortez, 2008.

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¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF

²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF. Mestranda em Ensino-UNIVATES PAZ, Fernanda Alves Ribeiro. A precarização no trabalho do assistente social na política de assistência social. VII Jornada Internacional de Políticas Públicas, São Luís – MA, nº 2, p. 1-11, 2015.

PEREIRA, Rosemery Medeiros. O trabalho do Assistente Social em tempos de Capital Fetiche: trabalho, exploração e precarização do trabalho. Dissertação de Mestrado em Serviço Social, UFRN, Natal, p. 57-71, 2012.

MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MOURA, Jackeline da Silva. A precarização do trabalho do Assistente Social no Suas: condições de trabalho e saúde do profissional. Dissertação de Mestrado em Serviço Social, UFPE, Recife, p. 13-119, 2016.

SODRÉ, Janice Realina. Precarização do Trabalho do Assistente Social: uma análise preliminar a partir dos trabalhadores da SASDH Niterói. II Congresso de Assistentes Sociais, Rio de Janeiro, p. 1-11, 2016.

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