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Produção de carne ovina sob a ótica bem-estar animal / Sheep meat production from the perspective of animal welfare

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Academic year: 2020

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Produção de carne ovina sob a ótica bem-estar animal

Sheep meat production from the perspective of animal welfare

DOI:10.34117/bjdv6n4-382

Recebimento dos originais: 10/03/2020 Aceitação para publicação: 29/04/2020

Renata Espíndola de Moraes

Mestre em Zootecnia, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Rua das palmas, 56, Germânia – Nova Petrópolis, RS, CEP: 95150-000 E-mail: renataespindolademoraes@hotmail.com

Mauricio Fornalski Soares

Mestre em recursos hídricos, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Praça 20 de setembro , 708, Centro - Pelotas, RS, CEP: 96015-360 E-mail: mauriciofornaski@gmail.com

Joana Piagetti Noschang

Mestre em Zootecnia, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Rua Ribeiro de Almeida, 55, Hamburgo velho – Novo Hamburgo, RS, CEP: 93510-2010 E-mail: joana.piagetti@hotmail.com

Diulia Saraiva Rodrigues

Graduanda em Zootecnia, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Rua XV de novembro, 466, Centro - Herval, RS, CEP: 96310-000 E-mail: diulia_rodrigues@hotmail.com

Damásia Souza Caetano da Silva

Graduação em Zootecnia, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Rua São Pedro, 46, Centro – São Lourenço, RS, CEP: 96170-000 E-mail: damasia_souza@hotmail.com

Sabrina Kommling

Graduanda em Zootecnia, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Avenida Fernando Osório, 2552, Três vendas - Pelotas, RS, CEP: 96065-110 E-mail: sabrina14k@hotmail.com

Victória de Lima Borges

Graduanda em Zootecnia, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Rua Victor Russumano, 370, Areal - Pelotas, RS, CEP: 96077-620 E-mail: victoria.zootecnia@gmail.com

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Isabella Dias Barbosa Silveira

Doutora em Zootecnia, pela Universidade Federal de Pelotas Instituição: Universidade Federal de Pelotas

Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, 162, Centro - Pelotas, RS, CEP: 96015-010 E-mail: barbosa-isabella@hotmail.com

RESUMO

A ovinocultura é uma importante atividade pecuária, com sua produção se estendendo em todo o território nacional, sendo uma elementar fonte de renda tanto para pequenos, médios e grandes produtores. Porém a cadeia da carne ovina ainda apresenta pontos a serem melhorados, principalmente em relação à qualidade da carne e ao bem-estar animal. A preocupação com o bem- estar animal é crescente, contudo para que o mesmo seja aplicado na produção de ovinos é necessário que haja demanda dos consumidores por um produto com selo de certificação. Através dessa problemática foi elaborada uma revisão bibliográfica com o objetivo de avaliar a cadeia da carne ovina, bem como identificar a demanda dos consumidores por produtos que obtenham selo de certificação de bem-estar animal. Observa-se que existe uma tendência da população em optar por produtos que atendam as normas de bem-estar, e, diante disso, produtores e indústrias vêm buscando estratégias que garantam a demanda do mercado consumidor.

Palavras-chave: alimento seguro, ética, ovinocultura, qualidade, cordeiro ABSTRACT

Sheep farming is an important livestock activity, with its production extending throughout the Brazilian territory, being an major source of revenues for both small, medium and big farmers. However, the sheep meat productive chain still has points to be improved, especially in relation to meat quality and animal welfare. The increased concerns about animal welfare is coming up, however, to be applied in sheep production at farm scale, the costumers should demand products with a certification seal. Through this problem, a bibliographic review paper was developed with the objective of evaluating the sheep meat chain, as well as identifying consumer demand for products that obtain animal welfare certification seal. Was observed a tendency of the population to choose products that follow the standards of animal welfare and that in view of this, producers and industries have been looking for strategies that meet the demand of the consumer market.

Keywords: safe food, ethic, sheep farming, quality, lamb

1 INTRODUÇÃO

A criação de ovinos é uma atividade de destaque no agronegócio brasileiro, demonstrando ser uma potencialidade para abertura de novos mercados. Segundo Bankuti et al. (2013), apesar de ainda não haver uma estruturação na comercialização da carne ovina, assim como foi com a comercialização da lã, percebe-se a acessão da ovinocultura, uma vez que é crescente o número de consumidores que apreciam este produto.

Embora o consumo desta proteína não seja expressivo Barreto Neto (2010) destaca a importância de a carne ovina ter penetrado em novos de mercado, evidenciando uma ampla gama de oportunidades que necessitam ser melhor compreendidas e exploradas para que essa atividade atinja seu maior potencial.

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Segundo Queiroz et al., (2014) os consumidores vêm demonstrando mudanças nos hábitos alimentares, havendo maior apreciação pela carne ovina, bem como maior preocupação em relação ao modo como os animais são criados e abatidos. Tal fato gera interesse de produtores e indústrias para produzir alimentos seguros, com ética, respeitando as normas de bem-estar animal. Nesse contexto, devido ao aumento da preocupação dos consumidores em relação ao bem-estar, surge uma nova possibilidade de mercado com a criação de selos de certificação de bem-estar animal (SCHALY et al.,2010).

As práticas de criação humanitária estão diretamente relacionadas com a qualidade do produto final, pois de acordo com Oliveira, De Bortoli e Barcellos (2008) animais criados sob normas de bem- estar originarão produtos de melhor qualidade, apresentando melhor aspecto, maciez textura e sabor, podendo este produto obter valor agregado. Nesse âmbito, a criação de marcas de qualidade pode ser uma boa opção para melhorar a comercialização da carne ovina, uma vez que estas diferenciam produtos e fidelizam os consumidores (SAÑUDO, 2008).

Deste modo, este trabalho tem como objetivo avaliar a cadeia da carne ovina sob a ótica do bem-estar animal, buscando identificar a demanda dos consumidores por produtos que obtenham selo de certificação de bem-estar animal.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PANORAMAS DA OVINOCULTURA

A criação de ovinos teve início nos primórdios da civilização, sendo uma das primeiras espécies de animais a serem domesticadas pelo homem, principalmente devido à utilização de seus subprodutos para o consumo, tais como carne e leite e também a utilização da fibra da lã para vestimentas (ZEN, SANTOS e MONTEIRO, 2014).

O estabelecimento da atividade através da exploração econômica se deu no começo do século XX, com a valorização da lã no mercado internacional e a partir da década de 1940, com o incremento tecnológico da produção (VIANA e SILVEIRA, 2009).

Porém, durante as décadas de 1980 e 1990, houve o surgimento de uma crise, em consequência dos grandes estoques de lã australianos, e também da comercialização de produtos sintéticos, fazendo com que produtores desistissem da atividade, levando a uma desestruturação em toda a cadeia produtiva (VIANA, 2008). Segundo Ávila et al. (2013) o agravamento da crise levou a uma transição no mercado da ovinocultura, tornando a carne seu principal produto.

O aumento do número de abates de animais jovens e do poder aquisitivo da população acarretou na ascensão da comercialização da carne ovina, a qual vem se mostrando uma nova potencialidade de mercado para os ovinocultores (VIANA e SILVEIRA, 2009).

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Apesar do crescimento da produção de carne ovina nos últimos anos, o Brasil ainda importa o produto para abastecer o mercado consumidor, visto que a oferta ainda é insuficiente. De acordo com os dados da Estatística de Comercio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AGROSTAT, 2019) as importações de carne ovina e caprina, cresceram 7% entre os anos de 2017 e 2018, sendo o Uruguai o principal país exportador, ainda assim, entre os mesmos anos 77% do produto importado foi proveniente do país vizinho.

As tendências para o mercado da carne ovina são promissoras já que as estimativas da FAO (2015) para 2024 mostram que o consumo dessa carne aumentará anualmente 1,9%. Segundo estudo conduzido por Barreto Neto (2010) a carne ovina deixou de ser um produto apreciado exclusivamente no meio rural, conquistando assim consumidores de grandes centros urbanos.

O mercado para a carne ovina possui duas frentes bem definidas, uma com caráter regionalizado, associado a produtos mais simples e de baixo valor agregado, e outra caracterizada pelo consumo gourmet por parte de grandes centros urbanos, onde a população detém um maior poder de compra (MARTINS et al., 2016).

Segundo Padilha (2008) um dos maiores entraves da comercialização da carne ovina está na falta de padronização do produto e na informalidade do abate e, ainda assim, estima-se que 90% da carne consumida é de origem clandestina. Para Martins et al., (2016) questões culturais necessitam ser superadas e processos de coordenação da cadeia produtiva devem ser adotados, visando resolver a formalização do abate e a fiscalização sanitária.

A ovinocultura brasileira apresenta grande potencial de crescimento, e esse aumento na produção e no consumo dos produtos é algo que deve ocorrer, seja pelo crescimento populacional, aumento de renda, ou ainda pela organização do setor (CARRER, 2009). Com isso, é importante entender que a produção de carne deverá atender tanto os interesses dos produtores, quanto dos consumidores, maximizando a produção e ofertando um produto de qualidade (SEPÚLVEDA, 2010).

2.2 POTENCIALIDADES DO MERCADO DA CARNE OVINA

A criação de ovinos no Brasil vem demonstrando um grande potencial para tornar-se economicamente sustentável e significativa no agronegócio brasileiro, pois é uma atividade que se apresenta como uma alternativa de exploração tanto para pequenos, médios ou grandes produtores (PEREZ et al, 2008). Segundo Lara et al. (2009) as tendências para o mercado da carne ovina, bem como sua comercialização tem se mostrado promissoras, uma vez que as pessoas estão se adaptando a novos hábitos de consumo, inclusive com maior apreciação pela carne ovina.

De acordo com dados da (FAO), embora tenha ocorrido um aumento no consumo de carne ovina de 0,55 kg/habitante/ano em 2003 para 0,62 kg/habitante/ano em 2013, o mercado para esse

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produto ainda é bastante reduzido, uma vez que a oferta é sazonal, sem padronização, e com excesso de gordura nas carcaças (FERRÃO et al.,2009).

Pinheiro et al. (2009) ressalta que o grande desafio da ovinocultura é a produção de carnes com alto padrão de qualidade, sendo necessário entender primeiramente o que produzir e para quem produzir; O mesmo autor destaca a preferência dos consumidores pela carne de cordeiro, por apresentar maciez e sabor mais suave quando comparado a carne de animais mais velhos.

Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO, 2018) a carne ovina possui um grande potencial a ser explorado, e, além disso, vem sendo muito requisitada por boutiques de carnes, chefes de cozinha, e restaurantes de alta gastronomia. Viana et al. (2013) enfatiza que é necessário a adoção de estratégias competitivas, assim como a criação de marcas de qualidade, levando a diferenciação dos produtos para atender a diferentes nichos de mercado.

Além da criação de certificação de qualidade da carne ovina a industrialização é uma possível estratégia para agregar valor ao produto, principalmente quando se trata da carne de animais mais velhos que já não se enquadram nos padrões de abate para a produção de cortes padronizados (MATOS et al., 2007).

A difusão da certificação de produtos de alta qualidade adaptado aos requisitos dos consumidores representa uma boa opção para melhorar o sistema agroindustrial da ovinocultura, porém, para essa compreensão, torna-se necessário o estudo sobre a percepção dos consumidores para identificar possíveis oportunidades de mercado (FONT-I-FURNOLS e GUERRERO, 2014).

2.3 PERFIL DO CONSUMIDOR DE CARNE OVINA

A escolha do que comer ou beber está entre os comportamentos humanos mais frequentes. Para Koster (2009), entender o comportamento do consumidor é compreender como as pessoas pesquisam e consomem produtos e serviços, buscando identificar os fatores que pesam na escolha do produto.

No processo de escolha do alimento, os consumidores cogitam diferentes atributos antes da compra, sendo esses divididos em fatores intrínsecos e extrínsecos (ARES, 2014). Grunert et al. (2000) propõem uma classificação alternativa que inclui uma categoria chamada de “atributo de pesquisa” (preço, aparência e cor), “atributo de experiência” (sabor) e “atributos de credibilidade” (consideração de saúde e segurança alimentar).

Se tratando da carne ovina um problema bastante comum para os consumidores é a falta de diferenciação entre a carne de cordeiro e carneiro (COSTA et al., 2009). Segundo Panea et al. (2013) há uma grande queixa por parte dos consumidores quanto a textura, odor forte e deposição de gordura da carne de animais mais velhos.

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Neste contexto a carne de animais jovens (cordeiros), vem sendo bastante requisitada por consumidores com maior nível de exigência, devido as suas características nutricionais e organolépticas especificas, colocando o produto em destaque no cenário de carnes (OSÓRIO, 2012). Em pesquisa desenvolvida com consumidores de carne ovina Gonçalves et al. (2011) verificaram que, após provar a carne de cordeiro, 92% da população estudada faria aquisição da mesma, ainda assim, quando indagados sobre qual característica marcante no produto, 45% atribuíram à maciez e 36% ao sabor característico, demonstrando o grande potencial da carne ovina no mercado.

Em análise sobre o comportamento do consumidor na cidade de Porto Alegre/RS Mercio (2013) verificou que há uma maior tendência no consumo da carne ovina pelo sexo masculino, além disso, 54% dos indivíduos possuem renda elevada e 60% possuem ensino superior completo.

Firreti et al. (2013) afirma haver possibilidade de expansão na frequência de consumo de carne ovina, desde que, aspectos negativos como: falta de disponibilidade do produto, falta de padronização e preço altos, sejam contornados. Viana et al. (2013) relatam que um dos maiores entraves no setor produtivo da carne ovina consiste na incapacidade de oferta de produtos para diferentes mercados, sem uma imagem de proteção que identifique e garanta a qualidade do produto. Constantino et al. (2018) ressaltam que o conhecimento do comportamento do apreciador da carne ovina é um fator crucial para o desenvolvimento da ovinocultura, uma vez que esses indivíduos são potenciais consumidores, determinando nichos de mercado. Ao avaliarem a inovação como estratégia de produção e comercialização da carne de ovinos Argenta et al. (2013), constataram que mesmo com o estabelecimento de um produto com padrão de qualidade, faz-se necessário uma pesquisa de opinião com consumidores, visando entender melhor o perfil dos clientes.

2.4 BEM-ESTAR ANIMAL E A PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES

Questões ligadas ao bem-estar animal (BEA) vêm sendo discutidas mundialmente, tanto no meio acadêmico quando no setor produtivo. No Brasil essas pesquisas trazem avanços notáveis e ganham visibilidade, devido às muitas exigências por parte dos países importadores de produtos de origem animal (OLIVEIRA; BORTOLI; BARCELLOS, 2008).

Segundo Paranhos da Costa (2000) o conceito de BEA teve sua implantação a partir da definição de protocolos de boas práticas de manejo, com o intuito de melhorar o BEA e oferecer produtos com garantia de qualidade atendendo as exigências do mercado internacional.

Ludtke et al. (2012) destaca que a preocupação dos consumidores com o modo como os animais são criados e abatidos é crescente, pressionando a indústria a tratar os animais com cuidado, respeitando sua capacidade de senciência, melhorando não só a ética da produção, mas também a

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qualidade dos produtos de origem animal. Essa preocupação corrobora Blokhuis et al. (2003), que destacaram a importância da adoção de práticas de bem-estar animal refletir na qualidade dos produtos para os consumidores.

Bonamigo (2012), avaliando as atribuições da carne de frango relevantes ao consumidor com foco em bem-estar, constatou que 94,4% dos consumidores acreditam que o sistema de produção provoca alterações na qualidade da carne e 88,9% atribuem que sistemas alternativos de criação extensiva podem melhorar a qualidade de vida dos animais, bem como a qualidade da carne.

Em pesquisa realizada sobre a visão do consumidor em relação ao BEA Gozzi (2018) destacou que 69,2% dos entrevistados sabem da existência de leis que garantem e definem o BEA, e, quando questionados, 93,2% relataram estas normas agregam valor ao produto, e 86,2% estariam dispostos a pagar mais por um produto que obtenha a certificação de bem-estar. Segundo Raineri et al. (2012) consumidores mais conscientes adquirem produtos diferenciados, que atendam as normas de criação ética.

De acordo com resultados obtidos por Queiroz et al. (2014) consumidores com renda acima de 10 salários mínimos, considerados de classe A, são os que obtêm maior conhecimento sobre BEA, quando comparado a outras classes sociais, visto que estas últimas se mostraram mais céticas sobre a melhoria da qualidade dos produtos oriundos de animais criados sob tais normas; Além disso, consumidores da classe A relataram que passariam a escolher produtos com selo de certificação caso fosse fiscalizado por agências controladoras de BEA.

Em estudo conduzido por Viegas (2015) sobre a percepção e cenário de escolha de consumidores de carne bovina em Portugal, a maioria dos entrevistados declaram que questões ligadas ao BEA não são preocupações relevantes no momento da aquisição da carne, diferentemente de resultados encontrados em pesquisas realizadas no Brasil.

Verbeke (2009) destaca que, tendo em vista o aumento nos custos de produção, o acréscimo nos padrões de BEA só será viável quando o consumidor for capaz de perceber a diferença na qualidade dos produtos e estiver preparado para pagar mais por um produto que atenda tais normas.

2.5 DEFINIÇÕES DE BEM-ESTAR E ESTRATÉGIAS PARA A DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO

São muitas as definições de BEA, porém uma das mais aceitas foi descrita por Broom (1986), a qual o “bem-estar de um indivíduo é seu estado em relação às suas tentativas de se adaptar ao seu ambiente”. De acordo com Hurnik (1992) o BEA é o "estado de harmonia entre o animal e seu ambiente, caracterizado por condições físicas e fisiológicas ótimas e alta qualidade de vida do animal".

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Com o intuito de regulamentar e nortear as condições de BEA o Farm Animal Welfare Council (FAWC, 1979) criou um documento que preconiza o princípio das cinco liberdades, onde os animais devem estar: 1)livre de fome e sede, 2) Livre de desconforto, 3) livre de dor, doença e injúria, 4) liberdade para expressar seu comportamento natural, 5) livre de medo e estresse.

A relação entre o BEA e o desempenho produtivo é bastante estreita, diante disso, o conhecimento sobre a biologia dos animais propicia melhores resultados econômicos através do aumento da eficiência do sistema de produção, bem como a melhoria na qualidade do produto final (HOCQUETTE et al., 2012). Para Miranda (2013) o BEA além de ser uma questão ética, está relacionado com fatores econômicos, visto que aumenta a lucratividade do rebanho, e influencia na quantidade e qualidade da carne produzida.

Dentre os principais quesitos valorizados pelo consumidor na escolha da carne estão a qualidade e a procedência do produto, demonstrando cada vez mais o desejo de saber como e onde os animais foram criados e abatidos (Angulo e Gil, 2007). De acordo com Siqueira (2006) o processo de certificação e rastreabilidade não são apenas quesitos para agregar valor ao produto, tratando-se de uma exigência de mercado através da demanda do consumidor por ética, segurança alimentar e diferenciação do produto.

Malafaia et al. (2011) destacaram que o processo de diferenciação da carne, quando alcançado, se mostrou como uma boa estratégia para a obtenção de rendimentos acima da média, pois a identificação e o reconhecimento do produto criam elos de fidelidade aos consumidores, proporcionando um diferencial competitivo.

Estudos demonstram que além da certificação da carne, a industrialização vem se mostrando uma importante estratégia para agregar valor acárneos produtos de animais mais velhos, que estão fora dos padrões de abate (GUERRA et al.,2012; SAÑUDO, 2016). Em pesquisa recente realizada pela Embrapa, foram desenvolvidos produtos processados como: copa, presunto e bacon de carne ovina, com o intuito de levar novas alternativas para o mercado consumidor bem como, alavancar a comercialização de animais mais velhos (NALÉRIO, 2018).

Visando atender a demanda dos consumidores por produtos diferenciados, produtores e indústrias vêm adotando diversas estratégias, como: certificação de qualidade e procedência, diferenciação de cortes especializados e também, a criação de produtos processados, porém pouco se fala sobre certificação de BEA (GUERRA, 2012; SILVA, 2012; QUEIROZ et al., 2014; SAÑUDO, 2016). Entretanto Martins (2013) declara que existem atrativos comerciais para produtos oriundos de propriedades que adotam padrões de BEA e colocar esses preceitos em prática é uma forma de fazer com que os produtores atendam a necessidade do mercado consumidor, principalmente pela maior preocupação com a origem dos produtos que consomem.

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