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A biblioteca escolar na formação de leitores nos anos iniciais escolares / The school library in training readers in school early years

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 1,p. 1821-1834 jan. 2020. ISSN 2525-8761

A biblioteca escolar na formação de leitores nos anos iniciais escolares

The school library in training readers in school early years

DOI:10.34117/bjdv6n1-127

Recebimento dos originais: 30/11/2019 Aceitação para publicação: 14/01/2020

Maria Solange Domingues de Souza

Mestranda em Ciências da Educação Faculdade alpha

Email: m.solangesouza66@g.mail.com

Diogenes José Gusmão Coutinho

Doutor em biologia Faculdade alpha

Email: alphadiogenes@gmail.com

RESUMO

Este artigo apresenta como tema de pesquisa a biblioteca escolar na formação de leitores nos anos iniciais escolares e as dificuldades das práticas de incentivo á leitura do aluno como um problema a ser estudado na biblioteca escolar. Investigar os hábitos de leitura e quais estratégias de estímulo á leitura será utilizada na biblioteca escolar para melhorar o incentivo á leitura nas crianças dos anos iniciais. Aborda métodos e práticas de ensino como uma necessidade de leitura na biblioteca escolar que leve o aluno ao conhecimento dentro de uma prática pedagógica atualizada para aproximar o aluno em questão. A metodologia utilizada como pesquisa bibliográfica com o objetivo de analisar o processo de incentivo á leitura realizada na biblioteca escolar nos anos iniciais escolares para que possa atender os alunos do ensino fundamental I. Objetivos específicos: Identificar as estratégias utilizadas para incentivar á leitura na biblioteca escolar. O referencial teórico leitura e sua relação com o incentivo á leitura para a formação do aluno na biblioteca escolar. Estuda uma maneira eficaz de aproximar o aluno da biblioteca escolar nos anos iniciais de escolarização para estimular a prática de leitura. Através de estratégias de ensino para aproximar a criança em fase escolar do livro. Despertar o interesse em ler para formar leitores críticos e reflexivos para o desenvolvimento do leitor. Autores como: Isabel Solé, Maria Helena Martins, Paulo Freire, Vygotsky entre outros autores que discutem a leitura nos anos iniciais escolares.

Palavras – chave: Prática de Leitura. Formação do Leitor. Biblioteca Escolar ABSTRACT

This article presents as research theme the school library in the formation of readers in the early school years and the difficulties of the practice of encouraging the reading of the student as a problem to be studied in the school library. To investigate reading habits and which reading stimulation strategies will be used in the school library to improve reading incentives in early school children. It approaches teaching methods and practices as a need for reading in

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the school library that brings the student to knowledge within an updated pedagogical practice to bring the student in question. The methodology used as bibliographic research with the objective of analyzing the reading incentive process carried out in the school library in the early school years so that it can attend elementary school students. I. Specific Objectives: To identify the strategies used to encourage reading in the school library. . The theoretical reference reading and its relation with the incentive to reading for the formation of the student in the school library. It studies an effective way to bring students closer to the school library in the early years of school to encourage reading practice. Through teaching strategies to bring the school child closer to the book. Arouse interest in reading to form critical and reflective readers for reader development. Authors such as Isabel Solé, Maria Helena Martins, Paulo Freire, Vygotsky among other authors who discuss reading in the early school years.

Keywords: Reading Practice. Reader Formation. School Library 1. INTRODUÇÃO

O artigo justifica-se a partir de uma pesquisa para discutir o tema e analisar o processo de incentivo á leitura na biblioteca escolar nos anos iniciais escolares e a necessidade de estratégias apropriada para a formação do aluno leitor, buscando verificar uma metodologia eficaz para atrair os alunos no processo de estímulo a leitura. Como fazer para que o aluno tenha interesse na leitura e como acontece o incentivo da prática de leitura na biblioteca escolar como um desafio atual para os mediadores da aprendizagem para aproximar a criança do livro. É através do professor e bibliotecário que os alunos são estimulados para o hábito de ler com atividades que desperte na criança nos primeiros anos da infância a se identificar com a leitura formando leitores críticos e reflexivos no contexto escolar. A biblioteca escolar é um espaço adequado para o estímulo á leitura criando condições favoráveis para o aluno desenvolver potenciais críticos no hábito de ler. Discute a formação de leitores nos anos iniciais escolares como prática facilitadora para a leitura como um ato prazeroso que desperte na criança desde cedo o interesse pela leitura que é iniciado nos primeiros anos escolares. Segundo SOUZA (1993, p. 19) [ ... ] a formação do gosto de ler começa muito cedo, já na família, através de cantigas, do folclore, da literatura infantil oral e do contato com os livros, formando atitudes positivas em relação á leitura. Nesta situação caberia á escola dar continuidade ao trabalho iniciado na instituição familiar. Saber que ensinar não é transmitir conhecimento, mas sim criar as possibilidades para sua própria produção ou construção. ( FREIRE, Paulo p. 52. 1996 ) Tendo como referencial teórico a leitura na biblioteca escolar como ambiente facilitador no processo de aprendizagem a prática de leitura. A metodologia qualitativa e documental pesquisa bibliográfica em fontes documentais como livros, sites eletrônicos referente ao tema em pesquisa. A coleta de dados leitura de livros, artigos sobre o tema que busca explicar a

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importância da prática de leitura para a formação de leitores críticos e reflexivos no âmbito escolar..

2. METODOLOGIA

Objetiva-se a uma pesquisa bibliográfica realizada em fontes documentais como: livros, artigos científicos entre outros temas para compreender a leitura como uma ferramenta de aprendizagem para o desenvolvimento do aluno em fase escolar. Descrever características com relação á leitura na formação de leitores na biblioteca escolar e de analisar as contribuições dos mediadores tendo como objetivo a formação de leitores críticos e

participativos no âmbito escolar, iniciado nos primeiros anos escolares.

De acordo com GIL (2002, p. 44 )

a partir de fontes A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente bibliográficas.

A análise foi feita através de livros e artigos e em outras fontes referente ao tema, Refere-se a: ausência dos alunos na biblioteca escolar é decorrente entre outros fatores da falta de motivação dos professores nos anos iniciais do ensino fundamental. O que deve ser feito para aproximar o aluno da biblioteca escolar?.De que forma a biblioteca poderia colaborar

para o incentivo á leitura? A realização da pesquisa bibliográfica foi para entender as publicações em sites

eletrônicos como o material de apoio como sugestões na resposta do problema de pesquisa. O referido artigo foram utilizadas pesquisas em livros, sites eletrônicos. Livros e referências já publicadas e em outras fontes de informações relacionadas a formação de leitores na biblioteca escolar. A metodologia considerará a formação de leitores atuantes no meio social, através da prática de leitura. A coleta de dados foi feita mediante a leitura de livros. Leitura e mediador da leitura na biblioteca escolar. Sugere atividades de estímulo á leitura com o objetivo de uma metodologia que atraem os alunos a se aproximar do livro e que tenha contato direto com a biblioteca escolar e sua importância com relação á prática de leitura com possibilidades de chamar a atenção da criança ao mundo fantástico do universo da leitura.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

A Fundamentação Teórica é necessária para que seja superado o espontaneísmo, permitindo que a ação seja mais coerente e eficaz. Aliás, é bom lembrar que o conceito de teoria não se separa do conceito de prática, que é o seu fundamento. Isso significa que a teoria não deve estar desligada da realidade, mas deve partir do contexto social, econômico e político de onde vai atuar. (ARANHA, 1989, p. 44).

3.1 BIBLIOTECA ESCOLAR: FUNÇÃO E CONCEITO DE UMA INSTITUIÇÃO

Bibliotecas públicas e escolares; bibliotecas circulantes; bibliotecas particulares. São muitos os formatos, os serviços e as idéias que se têm sobre uma biblioteca. Segundo Ribeiro ( 1994, p. 61 )

A biblioteca escolar: possui a função educativa e cultural. A primeira auxilia a ação do aluno e a do professor e, a segunda complementa a educação formal, ao oferecer possibilidades de leitura, colaborando para que os alunos ampliem os conhecimentos e as idéias acerca do mundo, além de incentivar o gosto pela leitura na comunidade escolar (p. 61 ).

Aquelas salas enormes, em que qualquer tipo de comunicação oral entre as pessoas era proibida; salas onde imperava um grande silêncio. Tal visão hoje tem que ser diferente. As concepções de biblioteca – convento, de biblioteca-castigo não podem ser aceitas em nosso tempo. E ainda: quando se pensa, atualmente, em biblioteca, não mais se cogita da existência de um local, cujos sinônimos sejam: culto ao livro, como objeto intocável, e á catalogação, voltada a um sistema fechado de consultas. Nas bibliotecas, os livros tem que estar a serviço das pessoas e não o contrário. Pelo menos é o que se pretende do ponto de vista da produção e ampliação da leitura escolar, no caso, para todas as séries e faixas etárias.

3.2 A BIBLIOTECA ESCOLAR

A criação de bibliotecas ligadas a escolas pressupõe, é claro, uma revisão das relações entre alunos e usuários, professores, e bibliotecários. Essa desejável mudança de atitudes, porém, nem sempre é verificada, já que não há, para todas as bibliotecas escolares, pessoal especializado que possa modificar hábitos tão arraigados, seja na escola, seja entre a

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população, procurando criar novas formas de conceber a leitura. Ainda que o melhor trabalho possível acabe não ocorrendo como desejamos, ainda assim é fundamental a presença da biblioteca na escola. Para Milanesi, ¨A transformação da biblioteca em centro de informação abre espaços para uma nova função: a convivência¨, mais estreita entre as pessoas. Milanesi pensa no trabalho em biblioteca, nos objetos examinados nas bibliotecas, comparando-os a uma reveladora situação: a de uma família reunida em torno de um álbum de retratos. Há o registro, representado pelas fotos e também ¨os comentários ¨ dos familiares que trocam informações: cada foto suscita ¨uma história que se desdobra e se liga a outras histórias ¨. A expansão da literatura infantil deve-se a sua associação ao novo modelo de escola que surgiu com a burguesia ascendente dos séculos XVIII e XIX. Naquele momento, a literatura era tida como um instrumento da pedagogia, por se vincular a ela e ajudá-la a atingir seus objetivos, Zilberman ( 2003 ), ao analisar a produção literária dessa época, constata que os primeiros livros para a infância foram escritos por educadores e pedagogos e possuíam um forte objetivo educativo.

3.3 ESPAÇO DO LIVRO E DA LEITURA

A mesma forma que os brinquedos, os livros também podem ter o seu lugar nas creches e pré- escolas. Os livros precisam ser arrumados de maneira a serem vistos, manipulados, consultados, lidos, relidos, apreciados. É importante que o ambiente seja confortável e acolhedor para aproximar a criança da leitura, que os leitores encontrem almofadas no chão para se acomodar para ler, um tapete ou uma esteira ou ainda mesas, cadeiras, poltronas, sofás. Também precisa ter um espaço livre, flexível, que favoreça a circulação, as leituras coletivas, brincadeiras e dramatizações das histórias. Mesmo que na biblioteca haja equipamentos como computador, televisão, aparelho de som e outros, o livro deve ocupar lugar de destaque. A mediação entre o livro e o leitor começa no ambiente, sua organização, seu clima e as interações que favorece. Segundo Martins, 1994 o ato de ler o texto escrito é motivado desde o primeiro contato que a criança tem com o livro.

Significa que a leitura no cotidiano da criança começa nos primeiros anos escolares e a escola complementa para a formação do aluno em questão.

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4. ACERVO

Uma biblioteca ou sala de leitura em creches e pré-escolas pode ter livros de vários gêneros, dos informativos aos literários. Cabem também gibis, revistas, filmes, desenhos animados, músicas e cantigas, brinquedos, cenas e personagens de histórias. No espaço da biblioteca, a linguagem escrita pode desempenhar diversas funções, tal como ocorre no cotidiano. A existência de uma boa biblioteca e seu bom uso por alunos e professores colabora com o processo de aprendizado dos alunos. (BRASIL, 2006, p. 06). Cabe ao professor organizar situações em que as crianças tenham a oportunidade de ler para consultar, pesquisar, se divertir, ampliar suas experiências, imaginar etc. É importante que todo o acervo seja catalogado para se ter uma noção de conjunto, para facilitar a consulta e para controle dos empréstimos. A catalogação dos livros deve ser simples, para que todos adultos e crianças possam ter acesso fácil ás informações.

5. MEDIAÇÕES

O espaço e os acervos provocam interações. Mas cabe ao professor arrumar, colocar elementos em destaque, planejar diferentes atividades, dar tempo para as interações. Cabe ao professor escolher bons livros para ler para as crianças desde a creche. A leitura para os pequenos não precisa ser coletiva, pode ser em pequenos grupos para que tenham uma proximidade maior com o livro, para que mexam, apontem as ilustrações, imitem o que viram e ouviram, virem as páginas. A leitura acolhe e também ensina os gestos de ler.

6. BIBLIOTECA ESCOLAR E LEITURA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Á medida que as crianças avançam na escolaridade 8, 9, 10 anos, e adquirem mais autonomia na leitura, esses tempos, pouco a pouco, vão sendo ocupados com outras atividades que favoreçam a leitura individual de livros. Nesse sentido, seguem algumas sugestões que podem ser contempladas na organização dos tempos e espaços escolares:

1- Tempo de leitura livre na sala de aula; na biblioteca; em espaços ao ar livre; em salas de leitura;

2- Tempo para preparação de uma atividade de contação, que supõe uma leitura prévia individual de história que será contada para a turma;

3- Tempo para conversas sobre livros lidos, com a participação de alunos e professor, com o objetivo de que se tornem atividades rotineiras na sala de aula.

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A leitura na biblioteca escolar deve ser incentivada nos primeiros anos escolares, começa em casa pelos familiares, através das histórias infantis estimulando á criança no hábito de ler em supermercados, placas de trânsito, bulas de remédios e em várias fontes de informações aprimorando o potencial do aluno para a formação do leitor em fase de descobertas que é a leitura.

A leitura permite sonhar, enfrentar medos, vencer angústias, desenvolver a imaginação, viver outras vidas, conhecer outras civilizações. Além disso, nos dá acesso a uma parte da herança cultural da humanidade. ( MACHADO, 2001, p. 21 )

Podemos observar a leitura em vários ambientes seja na rua, em bulas de remédios, supermercado, fazendo parte do cotidiano do aluno e suas descobertas de aprendizagem para o desenvolvimento do aluno em formação. Atualmente para incentivar á leitura nos primeiros anos escolares é estimular o interesse da criança aproximando do livro didático, aumentando á freqüência a biblioteca escolar utilizando meios adequados referente á leitura correspondendo com a faixa etária do aluno, para acompanhar no processo de ensino aprendizagem da criança em atividades de prática de leitura que desperte o prazer para a formação do leitor. Segundo Martins (1994):

Que ler deve ser considerado um processo de apreensão de símbolos expressos através de qualquer linguagem, portanto, o ato de ler se refere tanto a algo escrito quanto a outros tipos de expressão do fazer humano, caracteriza-se também como acontecimento histórico e estabelecimento de uma relação igualmente histórica entre o leitor e o que é lido. (MARTINS, 1994, p. 30)

A leitura, quanto mais se avança na escolaridade, requer mais tempo. As narrativas que passam a interessar a esses alunos que já lêem com fluência apresentam estrutura mais complexa e são mais extensas. É preciso, mais do que ler junto com o aluno, propiciar situações de interação que sejam oportunidades de falar sobre as leituras feitas fora da escola. A escola cuidaria, assim, da manutenção de uma rede de relações entre leitores que dê conta de aumentar o interesse pela leitura, fortalecendo a comunidade de leitores criada desde os anos iniciais do ensino fundamental.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 1,p. 1821-1834 jan. 2020. ISSN 2525-8761 Segundo Elder & Paul (2003, pag. 9-11), afirmam cinco níveis de leitura:

Primeiro nível: Leitura e análise oração a oração. O leitor consegue traduzir em palavras próprias o significado de cada oração.

Segundo nível: Explicação do sentido de um parágrafo. O leitor indica a idéia principal de um parágrafo, traduzi-lo em palavras próprias; exemplifica o seu significado, gera metáforas, ilustrações, diagramas ou gráficos.

Terceiro nível: análise da lógica do que se lê. O leitor questiona e busca mentalmente respostas sobre: propósitos, opiniões, suposições; inferências, fontes de informação, conceitos básicos do autor. Bem como das implicações na vida que daí advém.

Quarto nível: Avaliação da lógica do que se lê. O leitor reflete sobre a clareza da intenção do autor, a confiança que o mesmo suscita, a precisão nos detalhes, a introdução de material irrelevante, a profundidade com que o tema é tratado, a multiplicidade das fontes de informação utilizadas, a constatação de contribuições e o significado do tema.

Quinto nível: Representação. O leitor assume o papel do autor e consegue discursar como se fosse este.

A leitura é uma atividade diária nos anos iniciais do ensino fundamental, pois enriquece o vocabulário em todas as faixas etárias, torna leitores críticos e reflexivos no desenvolvimento de aprendizagem em fase escolar.

A seleção de livro adequado a idade da criança em fase inicial na infância desperta o prazer e o hábito de ler através de estratégias de ensino com prática atualizada para despertar no aluno a curiosidade em seu exercício do estímulo á leitura com livros que chame a atenção da criança em seu desenvolvimento aproximando o aluno do livro. Aluno, leitor e mediador no processo de ensino aprendizagem.

7. EMPRÉSTIMO DE LIVROS NA BIBLIOTECA ESCOLAR

A leitura é uma atividade diária principalmente nos primeiros anos de para atividades de leitura para levar a criança ao mundo do conhecimento através de diversos livros onde o aluno possa escolher o livro que possivelmente agrade e desperte o seu interesse em

levar para casa, e também outras indicações de leituras feita pelo professor/bibliotecário para desenvolver desde cedo o hábito pela leitura para formação de futuros leitores. Uma maneira de aproximar a criança á leitura é incentivar os alunos dos primeiros anos escolares a fazerem uma visita á biblioteca da escola, escolhendo livros para atividades de leitura para formar leitores autônomos:

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Formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de aprender a partir dos textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do seu acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalizações que permitam transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes (SOLÉ, 2008, p. 72 ).

A leitura livros, da liberdade deve ser acompanhada do prazer, do encantamento, do manuseio prazeroso de escolha, da curiosidade provocadora de buscas e descobertas. Esse é o caminho e o desafio para que forme leitores nos primeiros anos escolares. Tendo como referência o livro didático como suporte mais tradicional de leitura nos dias atuais.

8. O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

Dentro da Psicologia do desenvolvimento, a linha sociointeracionista representada, principalmente, por Piaget, Vygotsky e seus respectivos seguidores é uma corrente teórica que defende a existência de uma relação recíproca entre indivíduo e meio: ao mesmo tempo que a criança modifica o meio, ela é modificada por ele. Em uma perspectiva mais ampla, a teoria piagetiana dá conta do modo como as crianças apreendem o mundo, apropriam-se dos conhecimentos e interagem com eles e com diferentes objetos e indivíduos.

De acordo com Piaget:

O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real á atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças e exigem todos que se forneçam as crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, eles cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores á inteligência infantil. ( PIAGET, 1976, p. 160 ).

Esse desenvolvimento cognitivo ocorre em estágios, em cada um dos quais são desenvolvidas novas formas de pensar e de responder ao ambiente. Estudos posteriores, realizados por discípulos de Piaget em diferentes contextos e com diferentes indivíduos, mostraram que esses estágios de desenvolvimento seguem sempre uma ordem de sucessão fixa.

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Primeiro estágio Sensório –Motor ocorre do nascimento até o aparecimento da linguagem, por volta de 1 ano e meio, 2 anos de idade, dependendo do contexto.

Segundo estágio: Inteligência representativa Período pré-operatório ocorre em três subperíodos seqüenciais dos 2 anos aos 3 anos e meio; dos 4 aos 5 anos; dos 5 anos e meio aos 7-8 anos.

Terceiro estágio: Operações formais ocorre em dois períodos seqüenciais; dos 11 aos 12 anos; até os 15-16 anos.

Embora Piaget e Vygotsky apresentem algumas diferenças de enfoque, evidencia-se que, na prática, suas propostas não são tão diversas. A questão é ampla e controvertida. Não podemos nos fechar a nenhuma das duas teorias; elas caminham de forma paralela e complementar.

Piaget estuda e caracteriza muito bem o construtivismo. Já Vygotsky destaca a importância da internalização, que permite a uma atividade social externa (função interpsicológica) se tornar uma atividade individual interna ( função intrapsicológica).

São atividades lúdicas: brincadeiras, jogos, brinquedos. Envolve as atividades para o lazer e a formação do comportamento humano.

Jogos - O jogo educativo surgiu no século XVI como suporte das atividades didáticas, e sua utilização expandiu-se no início do século XX, estimulado pelo crescimento da rede de ensino infantil e pelas discussões sobre as relações entre jogos e educação. Os jogos ajudam no desenvolvimento da criança no processo de alfabetização e da linguagem.

Segundo Freire (1997 ):

Compreender a atividade infantil capacita o professor a intervir para facilitar o desenvolvimento da criança. Isso contribuiria para reforçar a idéia de que a escola, na primeira infância, deve considerar as estruturas corporais e intelectuais de que dispõem as crianças, utilizando o jogo simbólico e as demais atividades motoras próprias da criança nesse período. ( FREIRE, 1997. P. 44 ).

Brincadeiras – Quando se brinca, o ser humano cria, inova, deixa fluir sua capacidade e liberdade de inventar novas maneiras para progredir e resolver problemas circunstanciais. ( Vygotsky, 1998, p. 17 ).

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Através de métodos lúdicos e atividades desenvolvidas para aproximar a criança das brincadeiras infantis ampliando o conhecimento na construção da aprendizagem. De acordo com Vygotsky, lúdico é:

A atividade de jogo que a criança desenvolve o seu conhecimento do mundo adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar (...) Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos. ( Vygotsky, 1991, p. 122 ).

O lúdico e a brincadeira são ferramentas essenciais para a formação de leitores na infância estimulando a imaginação e a fantasia da criança em fase de desenvolvimento. A criança quando brinca é participativa, toma iniciativas, interage com os colegas, cria e respeita regras. Brinquedo e livro juntos fortalecem ainda mais a construção de novos conhecimentos, favorecendo o desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo do aluno em formação.

9. LEITURA E ESCRITA NA INFÂNCIA

A aprendizagem de leitura e escrita pesquisada por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1993) sobre a aquisição da língua escrita, o processo de alfabetização, não se reduz a um conjunto de técnicas percepto-motoras nem está atrelada á motivação, mas a uma aquisição conceitual.

Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky,

As crianças elaboram conhecimentos sobre a leitura e escrita, passando por diferentes hipóteses espotâneas e provisórias até se apropriar de toda a complexidade da língua escrita. Tais hipóteses, baseadas em conhecimentos prévios, assimilações, dependem das interações delas com seus pares e com materiais escritos que circulam socialmente. Em razão de seu caráter social, a língua não permite mudanças arbitrárias, torna-se necessário obedecer a certas regras para que a comunicação se realize de maneira plausível. O agrupamento de palavras de forma desordenada tende a não efetivá-la.

Muito antes de ingressar na escola, algumas crianças já tem um contato precoce com letras, números e formas geométricas básicas, seja através do convívio com material de leitura

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dos adultos, seja por meio de passeios que faz com familiares, seja pelos meios de comunicação, como a televisão e a informática. Esses estímulos são significativos, pois muitas delas manifestam em seus rabiscos imitações que sugerem letras e, se indagados, conseguem nomear e esboçar situações ligadas ás suas vivências. A escola como formadora de leitores no desenvolvimento de habilidades que levam á leitura e a escrita.

10. O PAPEL DA FAMÌLIA

Sabemos que a família também tem uma grande importância nesse processo de incentivo, pois é no ambiente familiar que a criança pode iniciar seus interesses pela leitura. Isso acontece quando os pais permitem que o contato dela com os livros seja iniciado o mais cedo possível. Assim, quando chegar á escola, não classificará o livro apenas como um trabalho escolar. É importante, pois, haver livros no meio dos brinquedos das crianças para elas folhearem, olharem gravuras, já que isto lhes chama a atenção e pode desenvolver seus interesses em aprender a ler, ou seja, é necessário despertar o mais cedo possível o amor pela leitura e fazer dele um hábito que se transforme parte da vida (GOÉS, 1991. p. 43 )

O universo da criança tem, como primeiro referencial, o contexto familiar. Á medida que ela se desenvolve, ele se amplia através de novas relações de amizade que acontecem, de forma muito significativa, no contexto escolar.

O papel da família começa antes do aluno ingressar na escola.

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desse artigo foi verificar a questão da biblioteca escolar na formação de leitores nos anos iniciais. É vista como uma necessidade na formação do leitor, o ato de ler significa aproximar o aluno a ter contato com a leitura e despertar o prazer em ler através de vários tipos de textos para incentivar a criança a fazer suas próprias escolhas de acordo com a faixa etária de cada um é necessário que os professores e bibliotecários utilize uma prática inovadora, em que os alunos se sintam estimulados a estudar e despertem o prazer no incentivo á leitura, através de materiais diversificados de leitura para levar a criança a uma aprendizagem adequada para combater as dificuldades dos alunos no processo inicial de aprendizagem para que possa atender de forma satisfatória as suas necessidades e as suas dificuldades na formação de leitores autônomos e críticos. A prática pedagógica deve ser repensada para atender as

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dificuldades da criança com o estímulo á leitura em fase escolar no processo de ensino aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento do aluno leitor. A leitura exerce um papel importante de compreensão leitora na formação do indivíduo em questão.

REFERÊNCIAS

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Referências

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