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Contribuições do estágio não obrigatório para a vivência prática em fisioterapia; perspectivas e desafios: um relato de experiência/ Contributions of the non-obligatory stage to practical living in physiotherapy; outlook and challenges: a report of exper

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30376-30382 dec 2019 . ISSN 2525-8761

Contribuições do estágio não obrigatório para a vivência prática em

fisioterapia; perspectivas e desafios: um relato de experiência/

Contributions of the non-obligatory stage to practical living in

physiotherapy; outlook and challenges: a report of experience

DOI:10.34117/bjdv5n12-161

Recebimento dos originais: 10/11/2019 Aceitação para publicação: 11/12/2019

Edna Franco de Lima

Graduanda do último período de Fisioterapia

Rua 52 Qd 03 Lt 14 - Residencial Cyllêneo França - Jataí-Go E-mail:ednajti@hotmail.com

Anna Kássia Gonçalves de Deus

Graduanda do 10° período do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Goiás/ Regional Jataí

Endereço: Cidade Universitária BR 364, km 195, nº 3800. CEP 75801-615 ak-deus@hotmail.com

Virgínia Oliveira Chagas

Formação acadêmica: Doutora em Ciências da Saúde Instituição: Universidade Federal de Goiás- Regional Jataí

Endereço: Rua Luzia Miranda, n. 38 - Setor Hermosa E-mail: virginiafarm@gmail.com

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Evellin Pereira Dourado

Mestre em Ciências aplicadas à saúde Instituição: Universidade Federal de Goiás

Endereço: Cidade Universitária BR 364, km 195, nº 3800. CEP 75801 E-mail: evellin_pereira_dourdado@hotmail.com

Ana Lúcia Rezende Souza

Doutora em ciências da saúde

Universidade federal de Goiás- Regional Jataí

End. Rodov BR 364 Km 192 Cx. post. 03 Setor Parque Industrial n.3800 E-mail: analuciarezende@ufg.br

Joana Darc Borges de Sousa Filha

Mestra em Ciências Aplicadas a Saúde.

Rua Professor Samuel Graham n° 785 Setor Aeroporto. E-mail:joanabsfisio@outlook.com

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30376-30382 dec 2019 . ISSN 2525-8761

RESUMO

O estágio supervisionado não obrigatório insere o estudante a diferentes cenários, instigando-o a enfrentar instigando-os desafiinstigando-os e respinstigando-onsabilidades da prática prinstigando-ofissiinstigando-onal. Este trabalhinstigando-o trata-se de um relato de experiência, vivenciado por duas estudantes de Fisioterapia, da Universidade Federal de Goiás - campus Jataí, entre agosto e setembro de 2018, perfazendo 20 horas semanais de atendimentos fisioterapêuticos com 10 pacientes, sob orientação constante da supervisora de estágio. Todos os quadros clínicos eram da área de ortopedia e as condutas mais utilizadas foram terapias manuais, cinesioterapia e alguns recursos eletrotermoterapia. O acompanhamento dos pacientes por um período maior, facilitou perceber a evolução de cada um, rever procedimentos, reavaliar suas condutas e por fim, chegar num resultado satisfatório que contemplou os objetivos traçados para cada paciente e também contemplou a formação profissional das estagiárias, aperfeiçoando suas habilidades, expondo suas fraquezas e desenvolvendo seu senso crítico, de saber e fazer Fisioterapia como um agente transformador social e pessoal.

Palavras-chave: fisioterapia; estágio não obrigatório; estágio

ABSTRACT

The non-compulsory supervised internship inserts the student into different scenarios, prompting him to face the challenges and responsibilities of professional practice. This paper is an experience report, experienced by two Physical Therapy students, from the Federal University of Goiás - Jataí campus, between August and September 2018, totaling 20 hours of weekly physiotherapeutic care with 10 patients, under constant guidance from the supervisor. of internship. All clinical pictures were from orthopedics and the most used conducts were manual therapies, kinesiotherapy and some electrothermotherapy resources. The follow-up of patients for a longer period, made it easier to understand their evolution, review procedures, reassess their behaviors and finally reach a satisfactory result that contemplated the goals set for each patient and also contemplated the trainees' professional training, improving their skills. skills, exposing their weaknesses and developing their critical sense of knowing and doing Physical Therapy as a social and personal transformative agent.

Keywords: physiotherapy; not required internship; internship

1 INTRODUÇÃO

Segundo as diretrizes curriculares dos cursos de graduação em Fisioterapia é de suma importância inserir os estudantes a diferentes cenários de prática profissional, pois uma formação mais generalista, os habilitam e treinam a enfrentar situações reais, com estratégias mais resolutivas e concretas do que estão nos livros, ou são abordados em sala de aula, tornando-os mais aptos a atuar em todos os níveis de atenção à saúde (BRASIL, 2002).

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30376-30382 dec 2019 . ISSN 2525-8761 O estágio não obrigatório oferece subsídios para capacitar o estudante aos desafios e responsabilidades da profissão e tem como objetivo aperfeiçoar o acadêmico em sua totalidade, respeitando o embasamento ético e disciplinar da profissão, procurando desenvolver sujeitos críticos e não apenas meros repetidores de técnicas e estratégias, apartado de sua responsabilidade como agente de transformação social (COURY, 2009).

Os estágios não obrigatórios oferecidos aos estudantes pelas universidades, transcendem a preocupação inicial de adequação à matriz curricular do curso e não sendo estratégia compensatória de carências funcionais da Universidade, é sem dúvida uma maneira de flexibilizar, estender e otimizar uma proposta curricular de ensino - aprendizagem; é um processo educativo supervisionado que só tem a acrescentar aos docentes, discentes, ao curso envolvido e a comunidade.

Este trabalho propõe-se a apresentar um relato de experiência sobre a importância do estágio não obrigatório para a formação acadêmica de estudantes em Fisioterapia, apontando os desafios e as perspectivas para a construção do saber e fazer da fisioterapia.

2 BASE TEÓRICA

Por meio do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), o estágio não obrigatório deve obedecer todas as normas e regras do estágio obrigatório: ser realizado pelo acadêmico devidamente matriculado em Instituição de Ensino Superior (IES); ser ofertado a partir do sexto período com pelo menos 50% de integralização curricular; não exceder jornada de 30 horas semanais; sendo obrigatório o vínculo com a instituição de ensino superior (Resolução nº 139/99 do COFFITO).

Somado a isso, no artigo 3º do IV capítulo da Lei nº 6.316/75 do COFFITO, o estágio deve ser acompanhado por profissionais qualificados no intuito de que o acadêmico tenha o melhor aproveitamento. Esses documentos reforçam a preocupação com o respaldo legal do aluno, além do aprendizado. E, além da legislação da categoria profissional, o estágio passou a ser regulamentado pela Lei nº 11.788, fornecendo direitos e deveres para o estagiário tanto quanto para a concedente do estágio (BRASIL, 2008), e toda essa preocupação e respaldo legal, é para garantir que estagiários e concedentes cumpram a lei em todos os pontos.

Em uma pesquisa para investigar a opinião dos estudantes de Fisioterapia de e ensino superior do estado do Ceará sobre a contribuição do estágio extracurricular como ferramenta de aprimoramento para sua formação profissional, confirma a necessidade que os alunos têm de

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30376-30382 dec 2019 . ISSN 2525-8761 buscar por estágios extracurriculares como forma de adquirir mais experiência (VIANA, 2012).

Em estudo com alunos de Fisioterapia de Salvador, em que relataram sobre a influência do estágio não obrigatório para a construção de seu conhecimento, verificou-se através dos depoimentos, a importância da fiscalização, supervisão e avaliação do estágio, para não causar prejuízos para a formação destes futuros profissionais, caso o interesse financeiro sobreponha os objetivos do estágio. Os entrevistados apontaram o incentivo financeiro como um motivador para o estágio, pois ajudam no aprimoramento, custeando os estudos em cursos, participações em eventos científicos, aquisição de livros, instrumentos de trabalho e outros (MATOS, 2018).

3 OBJETIVOS

Relatar a contribuição do estágio não obrigatório no atendimento fisioterapêutico aos pacientes acompanhados.

Discutir as perspectivas e os desafios enfrentados no estágio não obrigatóro, pelas acadêmicas de Fisioterapia.

4 METODOLOGIA

Um relato de experiência tem como propósito compartilhar com profissionais e outros estudantes uma vivência prática da profissão (ALMEIDA, 2007). Este relato de experiência foi baseado nos primeiros meses de atendimentos, realizados do dia 01 de agosto a 20 de setembro, na Clínica Escola de Fisioterapia, situada na Regional Jataí, da Universidade Federal de Goiás - Jataí, de segunda a sexta, no período vespertino, perfazendo 20 horas semanais, pelas acadêmicas do 8° período, sob a supervisão e orientação da professora e coordenadora do estágio. As condutas foram discutidas diariamente e as evoluções descritas na ficha de tratamento de cada paciente.

5 RELATO DE EXPERIÊNCIA

O estágio não obrigatório surgiu como uma oportunidade de enriquecimento curricular, pessoal, profissional, além da motivação financeira e a chance de prestar e retribuir um serviço, à comunidade que paga pelo ensino público.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30376-30382 dec 2019 . ISSN 2525-8761 O estágio iniciou em 01 de agosto de 2018, e na primeira semana realizou-se atendimentos nos turnos da manhã e tarde e a partir da segunda semana, apenas no período vespertino.

Como as estagiárias teriam que cumprir uma carga horária de 20 horas semanais de estágio sem prejuízo de suas atividades acadêmicas obrigatórias, os pacientes a elas destinados foram escolhidos em consonância com a disponibilidade de ambas as partes, sendo atendimentos de 50 minutos, de segunda a sexta, das 13:00 às 17:30, tendo 10 minutos entre as sessões, destinadas ao preenchimento das fichas de evolução e os 30 minutos finais de cada dia, destinados às discussões sobre as demandas e condutas realizadas.

Foram atendidos 10 pacientes, distribuídos em 2 grupos com 4 cada, sendo que segunda, quarta e sexta os pacientes se repetiam , assim como os de terça e quinta.

Dos pacientes atendidos nos dois primeiros meses, uma recebeu alta das sessões por ter alcançado os objetivos do tratamento e por relatar dificuldade de deslocar para a Clínica Escola no período do trabalho.

Os pacientes assistidos pelas duas estagiárias, foram todos por demandas ortopédicas, apresentando quadros clínicos de: fratura e luxação com ruptura de ligamentos de tornozelo; luxação acromioclavicular; osteoartrose da articulação coxo femoral; fratura de cotovelo (cabeça do rádio e do olécráno da ulna); LER (síndrome do túnel do carpo e de Quervain); artroplastia de joelho D e osteoartrose de joelho E e, paciente com artroplastia de quadril.

As condutas basicamente envolveram recursos terapêuticos manuais (RTM) como: mobilização de músculos e fáscias, liberação de pontos gatilhos, tração/decoaptação articular, dentre outros. Utilizou-se também, exercícios cinesioterapêuticos de alongamentos (ativos e passivos), de fortalecimento (resistidos, isométricos principalmente). Foram trabalhados exercícios respiratórios, de equilíbrio e consciência corporal (proprioceptivos). Os recursos de eletrotermoterapia mais utilizados foram: TENS, Laser, Ultrassom e o turbilhão. E como conduta para tornar o paciente mais colaborativo e ativo no processo de promoção e reabilitação, foram repassadas orientações e exercícios para serem realizados em casa e recomendações de posturas e hábitos de vida diária que os auxiliariam no tratamento e/ou promoção a saúde.

Nos poucos meses de acompanhamento destes pacientes, notou-se a importância do fisioterapeuta, não só como um intervencionista, um reabilitador, mas como alguém com um olhar direcionado para além das sequelas, das queixas e da doença. Um profissional que as

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30376-30382 dec 2019 . ISSN 2525-8761 vezes, precisa ouvir e subtrair o que muitas vezes não é dito com palavras, além de realizar ações de promoção e manutenção à saúde, isso certamente foi o maior desafio enfrentado por nós acadêmicas, perto do fim da graduação e em estágio. E segundo Ribeiro (2005), devido ao excesso de informações e a escassez de tempo e a insegurança, estagiários inclinam-se a tratar doenças e não pessoas, repetindo os mesmos erros dos quais criticam.

Outro ponto relevante do estágio não obrigatório, foi a presença mais atuante do supervisor do estágio, que acompanhou as estagiárias, preparando-as para atender as necessidades terapêuticas da população, assim como prever as demandas clínicas e prevenções futuras (DOMINGUES, 2009).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio confere ao estudante de fisioterapia uma maior segurança nas condutas e na relação terapeuta-paciente. O erro nesse momento pode ser encarado como parte do processo de aprendizagem e ser revisto e discutido com o supervisor.

É na prática que as limitações e dificuldades são evidenciadas, sugerindo mais estudo e pesquisa por parte do estudante. O estágio exige relembrar conteúdos, refletir porquê de cada técnica em cada paciente/pessoa e isso contribui para a formação do sujeito crítico.

Além do incentivo à pesquisa, o incentivo financeiro é motivador tanto para ajuda de custos no deslocamento, como também para o investimento em bens de estudo e trabalho.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, L. H. R. B., et al . Ensinando e aprendendo com portadores de Esclerose Múltipla: relato de experiência. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 60, n. 4, p. 460- 463, Aug. 2007 .

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº 4, 1902/2002. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Fisioterapia. Conselho Nacional de Educação, Brasília, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº11.788. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30376-30382 dec 2019 . ISSN 2525-8761 COURY, H.J.C. G, VILELLA, L. Perfil do pesquisador fisioterapeuta brasileiro. Rev.

bras. fisioter. 2009;13(4):356-63.

DOMINGUES, R. C. L. et al. Os diferentes olhares na avaliação de alunos em estágio clínico supervisionado. Revista da Associação Médica Brasileira, 2009.

MATOS, I. B., et al. A influência do estágio extracurricular na construção do conhecimento do acadêmico de fisioterapia. Cadernos de Educação, Saúde e

Fisioterapia, v. 4, n. 8, 2018.

RENNER, A.F,; GOLDIM, J. R,; PRATI, F. M. Dilemas éticos presentes na prática do fisioterapeuta. Rev bras fisioter. 2002;6(3):135-8.

RIBEIRO, K. S. A contribuição da extensão comunitária para a formação acadêmica em fisioterapia. Fisioterapia e Pesquisa, v. 12, n. 3, p. 22-29, 31 dez. 2005.

VIANA, R.; MOREIRA, G.; MELO, L.; DE SOUSA, N.; BRASIL, A.; ABDON, A. O estágio extracurricular na formação profissional: a opinião dos estudantes de fisioterapia . Fisioterapia e Pesquisa, v. 19, n. 4, p. 339-344, 1 dez. 2012.

VIEIRA, P.S.; BAGGIO, A.; MARASCHIN, R. Estudo de Fisioterapia e Implicações para o Exercício Profissional. Saúde Rev. 2007;9(21):41-47.

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