Informativo do Semapi
SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E PESQUISAS E DE FUNDAÇÕES ESTADUAIS DO RS
Resistência na Praça da Matriz
O 20 de dezembro de 2016 vai ficar marcado na história do Rio Grande do Sul como um dia de luto e de luta contra o pacote do Governo Sartori (PMDB). Na calada da noite, deputados da base aliada vota-ram a favor do final da pesquisa, da inovação e da cultura no Estado, optando por extinguir fundações com excelência na produção de conhecimento: a Fundação Zoobotânica (FZB), a Fundação para o Desenvolvimento dos Recursos Humanos (FDRH), a Fundação de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), a Fundação de Economia e Estatística (FEE), a Fundação Piratini, a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF).
Não bastasse deixar 1200 famílias desamparadas faltando apenas três dias para o Natal, o governador sitiou a Assembleia Legislativa, utilizando-se de um forte aparato policial, deixando as galerias do Plenário vazias, já que poucas senhas para permitir a entrada foram distribuídas. Enquanto isso, milhares de trabalhadores e trabalhadoras se mobilizavam do lado de fora, e eram fortemente reprimidos com bombas de gás, cavalaria, e até mesmo helicóptero com policial apontando uma arma para os manifes-tantes que estavam na Praça da Matriz.
No momento da votação, trinta deputados jogaram no lixo grande parte da capacidade intelectual deste Estado. Não tiveram sequer a coragem de debater! No entanto, houve aqueles que votaram a favor das fundações, cujo apoio e luta não podemos esquecer (Veja box ao lado). Precisamos agradecer também a adesão não só de trabalhadores e trabalhadoras da nossa base, como também de outras categorias, que
se somaram num grande acampamento contra o desmonte do Estado.
Deputados (as) que votaram
A FAVOR das fundações
Adão Villaverde (PT)
Altemir Tortelli (PT)
Bombeiro Bianchini (PPL)
Ciro Simoni (PDT)
Enio Bacci (PDT)
Juliana Brizola (PDT)
Marlon Santos (PDT)
Edegar Pretto (PT)
Jeferson Fernandes (PT)
Juliano Roso (PCdoB)
Luís Augusto Lara (PTB)
Ronaldo Santini (PTB)
Luiz Fernando Mainardi (PT)
Manuela d`Ávila (PCdoB)
Miriam Marroni (PT)
Nelsinho Metalúrgico (PT)
Pedro Ruas (PSOL)
Regina Becker Fortunati (REDE)
Stela Farias (PT)
Tarcisio Zimmermann (PT)
Valdeci Oliveira (PT)
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Criada antes mesmo da votação do pacote (ante-vendo os desdobramentos das ações do governo), a Frente Jurídica em Defesa das Fundações é compos-ta por advogados das instituições que tiveram sua extinção aprovada, e é quem está se reunindo com o governo para tratar do possível encerramento das atividades, juntamente com os sindicatos.
Essa negociação só foi possível através da ação ajuizada pela Frente, e acatada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4). O Judiciário, com a decisão, suspendeu a demissão em massa de trabalhadores e trabalhadoras das Fundações e da Companhia de Artes Gráficas do Rio Grande do Sul (Corag).
Na primeira reunião de cada uma das fundações, que aconteceram nos dias 9 e 10 de fevereiro, a Frente Jurídica encaminhou ofícios solicitando informações essenciais sobre cada uma das institui-ções para formular uma contraproposta. O governo afirmou que irá fornecer os dados “na medida do possível”. Agora, precisamos aguardar que o executi-vo realmente encaminhe todas as informações solicitadas, para só então retomar as negociações sobre esse processo. Vai ter muita luta ainda!
Frente Jurídica sai em
defesa das fundações
Não esqueceremos!
Todo dia 20, na Praça da Matriz, estamos realizan-do um ato para mostrar que não vamos esquecer nem deixar que a sociedade gaúcha esqueça tudo o que aconteceu naquele 20/12/2016. Placas com os rostos, nomes e partidos dos deputados que votaram contra as fundações são expostas, e bexigas com tintas são jogadas contra eles.
Já foram realizadas mobilizações em janeiro e fevereiro. Contamos com a tua presença no dia 20 de março. Vem junto com a gente mostrar para esses deputados que nós realmente não esqueceremos!
Foto: Maia Rubim/Sul21
O
Dia da Mulher
é reconhecido
interna-cionalmente como um dia de luta pelos
direitos das mulheres. Aqui no SEMAPI,
vamos realizar uma tarde de atividades no
dia 24/03 para debater a importância do
feminismo, o impacto da reforma da
Previdência na vida das trabalhadoras e a
luta diária pela igualdade de direitos. As
inscrições são limitadas e gratuitas, e
podem ser realizadas através do e-mail
secretaria@semapirs.com.br até o dia 22
de março. O evento será na sede do
sindi-cato, Rua Lima e Silva, 280, em Porto
Alegre. Participe!
Depois de anos de luta e mobilização, querem retirar direitos duramente conquistados por trabalha-dores e trabalhadoras. O Governo Temer (PMDB), dentro da sua lógica de privilegiar empresários e parceiros, quer fazer com que a maior parte da população trabalhe para manter as regalias de poucos.
Através do Projeto de Lei 6787/2016, querem alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), fazendo com que a população trabalhe até 43 dias a mais no ano, o que resultará em diminuição no valor pago por hora trabalhada e não aumento de salário. Além disso, ocorrerá o crescimento vertiginoso de contratos temporários e de tempo parcial, diminuindo o emprego formal e, consequentemente, os direitos trabalhistas. Como se não bastasse, para o emprega-dor haverá maior flexibilidade no encaminhamento das infrações penais e nos prazos processuais.
Saiba o que está sendo proposto:
Mudanças na CLT
Saiba o que está por trás da “flexibilização” das leis do trabalho proposta por Temer
duas semanas de trabalho.
Remuneração por produtividade
A remuneração por produtividade também será decidida em acordo coletivo.
Intervalo
Intervalo mínimo de almoço poderá ser de 30 minutos.
Programa de seguro-emprego
A entrada no Programa de Seguro-Emprego (PSE) deverá ser decidida entre trabalhadores e emprega-dores.
Plano de salários
Plano de cargos e salários também ficará depen-dendo das negociações entre trabalhadores e empregadores.
Fim de acordo coletivo
As partes podem concordar com a extensão de um acordo coletivo após sua expiração.
Banco de horas
Segundo o projeto de lei, caberá às partes negoci-ar o banco de horas, porém, com o acréscimo de 50% no valor pago pela hora extra.
Trabalho remoto
As regras sobre o trabalho à distância também deverão ser acordadas entre trabalhadores e empre-gadores.
REFORMA
DE TEMER
RETIRA
DIREITOS
JornadaLimite passa a ser de 12 horas diárias e de 220 horas mensais.
Registro de ponto
A existência de um ponto eletrônico passa a ser flexível.
Participação nos resultados
O que vai definir as regras para a participação tanto em lucros como em resultados é o acordo coletivo.
Deslocamento
Atualmente, o tempo de deslocamento do traba-lhador até a empresa e sua volta é contabilizado como jornada de trabalho, quando o transporte é oferecido pelo empregador. Com nova proposta, acordo coletivo pode alterar essa regra.
Férias
Divisão das férias em até três vezes, com paga-mento proporcional ao período escolhido. Um dos parcelamentos tem de corresponder a ao menos
EXPEDIENTE
Publicação do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações
e Pesquisas e de Fundações Estaduais do RS Diretoria Colegiada: Triênio 2016-2019 Texto e diagramação: Própria Comunicação
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O FIM DA
APOSENTADORIA
O governo federal, sob o pretexto de que a Previdência Social está falida, quer aumentar o tempo de contribuição de todos brasileiros e brasilei-ras, inviabilizando a aposentaria de boa parte da população. Diversos setores da sociedade, incluindo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), já se manifesta-ram contra a medida, demonstrando que o rombo na Previdência é uma farsa.
Confira as novas medidas
propostas pelo Governo Temer:
- Idade mínima passa a ser de 65 anos
para homens e mulheres, do campo e da
cidade.
- O tempo mínimo de contribuição
passa a ser de 25 anos.
- Para ganhar o valor integral da
apo-sentadoria, a pessoa precisa contribuir
por 49 anos.
- A dita “reforma” não atingirá os
milita-res.
- Aposentadoria por invalidez passa a
se chamar aposentadoria por
incapacida-de permanente, e só será garantido o
benefício integral para os trabalhadores
que ficaram incapacitados durante a
atividade laboral.
- A idade mínima para receber o
Benefício de Prestação Continuada
(BPC), que é pago a idosos e pessoas
com deficiência de famílias pobres, vai
aumentar de 65 anos para 70 anos. E
Temer quer desvincular o BPC do salário
mínimo, ou seja, não terá reajuste.
Por tudo isso, precisamos pressionar os deputados e senadores para que não aprovem esse retrocesso. No dia 15 de março faremos uma grande mobilização nacional contra o fim da aposentadoria. Participe! Ou reagimos agora, ou vamos morrer trabalhando!
com a reforma, você pode
trabalhar até morrer ou
morrer trabalhando!
Os parlamentares pediram seu voto.
Não deixe que votem contra você.
www.semapisindicato.org.br
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João Fischer Marcel van Hattem Sérgio Turra
Any Ortiz Aloísio Classmann Marcelo Moraes Maurício Dziedricki Gilmar Sossela Vinícius Ribeiro Missionário Volnei Sérgio Peres