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Conselho da União Europeia Bruxelas, 12 de fevereiro de 2021 (OR. en)

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Conselho da União Europeia Bruxelas, 12 de fevereiro de 2021 (OR. en) 6148/21 EF 57 ECOFIN 135 DELACT 31 NOTA DE ENVIO

de: Secretária-geral da Comissão Europeia, com a assinatura de Martine

DEPREZ, diretora

data de receção: 11 de fevereiro de 2021

para: Jeppe TRANHOLM-MIKKELSEN, Secretário-Geral do Conselho da

União Europeia

n.° doc. Com.: C(2021) 766 final

Assunto: REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 11.2.2021

que altera o Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 no que respeita aos mecanismos de pagamento das contribuições para as despesas administrativas do Conselho Único de Resolução

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento C(2021) 766 final.

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COMISSÃO EUROPEIA

Bruxelas, 11.2.2021 C(2021) 766 final

REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 11.2.2021

que altera o Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 no que respeita aos mecanismos de pagamento das contribuições para as despesas administrativas do Conselho Único de

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EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

1. CONTEXTODOATODELEGADO

Nos termos dos artigos 57.º a 59.º do Regulamento (UE) n.º 806/2014, o Conselho Único de Resolução («CUR») dispõe de um orçamento próprio que não faz parte do orçamento da União, incluindo uma parte destinada às despesas administrativas, que consiste em contribuições anuais cobradas às entidades abrangidas pelo mesmo regulamento (artigo 65.º do Regulamento (UE) n.º 806/2014).

Em conformidade com o artigo 65.º, n.º 5, do Regulamento (UE) n.º 806/2014, a Comissão fica habilitada a adotar atos delegados relativos às contribuições para as despesas administrativas do CUR, incluindo o mecanismo de cálculo do seu montante e a forma como devem ser pagas.

Em 14 de setembro de 2017, a Comissão adotou o Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 relativo ao sistema definitivo das contribuições para as despesas administrativas do CUR. No que respeita aos dados a utilizar para o cálculo das contribuições e à metodologia desse cálculo, o Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão remete para o Regulamento (UE) n.º 1163/2014 do BCE, que é aplicado por este para o cálculo e cobrança de taxas de supervisão às mesmas entidades sujeitas ao Regulamento (UE) n.º 806/2014.

Nos termos do artigo 17.º do Regulamento (UE) n.º 1163/2014, o BCE analisou esse mesmo regulamento e alterou-o através do Regulamento (UE) 2019/2155, de 5 de dezembro de 2019. O regulamento de alteração modificou, em particular, o sistema de cobrança de taxas de supervisão do BCE, passando de um sistema ex ante, segundo o qual as taxas eram cobradas antes do início de cada exercício financeiro, para um sistema ex post, no qual as taxas são cobradas após o encerramento do exercício financeiro do BCE. Esta alteração exige, por sua vez, ajustamentos ao Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão. Outras alterações introduzidas pelo Regulamento (UE) 2019/2155, relativas a disposições do Regulamento (UE) n.º 1163/2014 que são objeto de referências cruzadas nas disposições do Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão, são diretamente aplicáveis a estas últimas, sem necessidade de outras alterações.

É necessário, em particular: a) alterar o atual sistema de faturação do CUR; e b) introduzir regras específicas para 2021. Estas alterações baseiam-se nos motivos a seguir aduzidos. (a) Alterações ao sistema atual:

– Por força do Regulamento do BCE alterado, a partir de 2020 o BCE emite os avisos (faturas) relativos às taxas de supervisão ex post, o que significa que, em relação ao ano X, o BCE apresentará as suas faturas às entidades no ano X+1 (até 30 de junho de cada ano). Por conseguinte, o BCE só poderá transmitir os dados relevantes ao CUR na sequência da verificação dos dados e da sua própria faturação (que deverá estar concluída o mais tardar até junho de cada ano);

– Por força do Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão, o Comité emite avisos de contribuição (faturas) e cobra as contribuições ex ante, ou seja, no ano em relação ao qual as contribuições são devidas. O CUR calcula as contribuições com base nos dados fornecidos pelo BCE (que são os mesmos dados utilizados pelo BCE para o cálculo das suas taxas) e emite as respetivas faturas. É conveniente que o CUR calcule as contribuições com base nos dados mais recentes, a fim de refletir de forma tão atualizada quanto possível a

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situação das entidades contribuintes. Na sequência das alterações ao regulamento do BCE, contudo, o CUR só poderá receber os dados mais recentes do BCE após junho de cada ano.

– O CUR tem de cobrir as suas despesas administrativas a partir do início do ano em que as contribuições são devidas, muito antes de poder utilizar os dados mais recentes do BCE para calcular as contribuições devidas para esse ano. Por conseguinte, o CUR deve ter o direito de cobrar essa contribuição em prestações. Uma primeira prestação deverá ser cobrada a título de adiantamento no início do ano em que as contribuições são devidas, com base num cálculo provisório das contribuições para esse ano efetuado a partir dos últimos dados de que o CUR disponha nesse momento. Tendo em conta que o CUR só receberá do BCE os dados mais recentes após junho de cada ano, esse adiantamento deverá cobrir até 75 % das contribuições devidas para esse ano. – Em conformidade com o Regulamento Delegado (UE) 2017/2361, 95 % das

contribuições são afetadas a entidades e grupos que são da responsabilidade direta do CUR. Por conseguinte, a fim de minimizar os encargos administrativos para as entidades e grupos em causa e para o CUR, afigura-se proporcionado que apenas sejam cobrados adiantamentos a essas entidades e grupos.

– O CUR deverá posteriormente efetuar o cálculo final da totalidade das contribuições devidas para esse ano, com base nos dados mais recentes recebidos do BCE, o mais tardar em 7 de julho. No caso das entidades e grupos que tenham pago um adiantamento, o CUR deve faturar uma segunda prestação, deduzindo a primeira da contribuição devida para esse ano; para as outras entidades e grupos, o CUR deve faturar a totalidade da contribuição devida para esse ano numa única prestação.

– Por outras palavras, com base nos mesmos dados recolhidos pelo BCE com a data de referência no final do ano X-1, no ano X+1 o BCE cobrará as taxas de supervisão ex post para o ano X, e o CUR aumentará as suas contribuições ex

ante para o ano X+1. Além disso, uma vez que o CUR só poderá proceder à

cobrança no segundo semestre do ano X+1, deverá antes disso, mas já no ano X+1, cobrar adiantamentos com base nos últimos dados de que dispõe.

(b) Quanto ao ano de 2021, é conveniente especificar regras específicas, a fim de ter em conta as especificidades deste ano em termos de cobrança das contribuições, de modo a que o alinhamento estabelecido pelo presente regulamento entre o sistema alterado para as taxas de supervisão do BCE e as contribuições do CUR possa funcionar sem problemas logo que as primeiras entrem em vigor.

Em particular, e devido à mudança do sistema ex ante para o sistema ex post, haverá uma lacuna na transmissão de dados pelo BCE ao CUR entre dezembro de 2019 e junho de 2021. Por conseguinte, o sistema deverá permitir que o CUR possa cobrar inicialmente contribuições para o ano de 2021 com base nos mesmos dados utilizados para a cobrança das contribuições em 2020, uma vez que o BCE não transmitirá novos dados ao CUR antes de faturar as taxas de supervisão, até 30 de junho de cada ano. Em 2022, o CUR recalculará as contribuições respeitantes a 2021 com base nos dados recebidos do BCE quando tiver faturado as taxas de supervisão, até junho de 2021.

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2. CONSULTAS ANTERIORES À ADOÇÃO DO ATO

Na elaboração do presente regulamento, a Comissão teve em conta o Regulamento (UE) n.º 806/2014 e, nomeadamente, o seu artigo 65.º, que estabelece a obrigação de as entidades abrangidas pelo âmbito de aplicação do Mecanismo Único de Resolução contribuírem para as despesas administrativas do CUR, bem como o Regulamento Delegado (UE) n.º 2017/2361 da Comissão, que estabeleceu o sistema definitivo. Os principais elementos do Regulamento Delegado da Comissão (UE) 2017/2361, com a redação que lhe é dada pelo presente regulamento, continuam a ser inspirados no quadro jurídico aplicável às taxas de supervisão do BCE.

Em preparação do presente regulamento, a Comissão consultou os peritos no quadro da reunião do seu grupo de peritos no domínio bancário, dos pagamentos e dos seguros realizada em 14 de dezembro de 2020. O papel do grupo de peritos consiste, nomeadamente, em prestar aconselhamento e fornecer conhecimentos especializados à Comissão no que respeita à elaboração de atos delegados. O grupo de peritos inclui membros e observadores designados pelo Parlamento Europeu, pelos Estados-Membros, pelo BCE e pelo CUR. A Comissão recolheu os pareceres dos membros e observadores do grupo de peritos antes e durante a reunião e tomou esses pareceres em consideração na elaboração do presente regulamento. Além disso, a Comissão recolheu informações técnicas do BCE e do CUR sobre a aplicação das regras em vigor relativas às taxas de supervisão e às contribuições destinadas a cobrir as despesas administrativas do CUR, respetivamente.

A Comissão considerou que não era necessário realizar uma consulta pública, pelas razões a seguir referidas. Em primeiro lugar, o presente regulamento diz respeito apenas a alterações pontuais dos aspetos operacionais, a fim de continuar a assegurar a cobrança atempada das contribuições administrativas pelo CUR. O presente regulamento não introduz novas considerações políticas para além das já consignadas no Regulamento (UE) n.º 806/2014, que estabelece que as entidades abrangidas pelo âmbito de aplicação do Mecanismo Único de Resolução devem contribuir para as despesas administrativas do CUR, e no Regulamento Delegado (UE) n.º 2017/2361 da Comissão, que estabelece o sistema definitivo que deverá permanecer tão estreitamente coordenado quanto possível com o regime de taxas de supervisão do BCE, a fim de reduzir qualquer complexidade e minimizar os encargos administrativos para as entidades em causa. Em segundo lugar, o BCE procedeu a uma análise do Regulamento (UE) n.º 1163/2014, nos termos do seu artigo 17.º. O BCE realizou uma consulta pública sobre essa análise entre 2 de junho e 20 de julho de 2017. A fim de adotar o Regulamento (UE) 2019/2155, que se baseou nos contributos recebidos durante a consulta pública e que foram utilizados na preparação do presente regulamento, o BCE realizou uma consulta pública sobre as alterações propostas, entre 11 de abril e 6 de junho de 2019.

3. ELEMENTOS JURÍDICOS DO ATO DELEGADO

O artigo 1.º do presente regulamento prevê as alterações necessárias ao Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão a fim de restabelecer a coerência com o Regulamento (UE) n.º 1163/2014 do BCE, com a redação que lhe foi dada pelo Regulamento (UE) 2019/2155, de 5 de dezembro de 2019.

O artigo 1.º, n.º 1, do presente regulamento insere um novo artigo 4.º-A no Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão, estabelecendo a possibilidade de o CUR cobrar adiantamentos sobre as contribuições a fim de cobrir as suas despesas administrativas na primeira parte do ano, até que os dados mais recentes do BCE para o cálculo das

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metodologia e o procedimento que o CUR deve utilizar para calcular e cobrar esses adiantamentos, determinando que sejam depois deduzidos dos pagamentos posteriores.

O artigo 1.º, n.º 2, do presente regulamento substitui o artigo 6.º, n.º 1, do Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão, que determina a data até à qual o BCE deve fornecer ao CUR os dados respeitantes a cada devedor de contribuições recolhidos pelo BCE e utilizados para o cálculo das taxas de supervisão. Para ser coerente com o novo sistema aplicado pelo BCE, segundo o qual os devedores de taxas são faturados até junho de cada ano, esta data foi alterada de 31 de dezembro para 7 de julho de cada ano. O artigo 6.º alterado estabelece igualmente que os dados a fornecer pelo BCE são os utilizados pelo BCE nesse ano para determinar as taxas de supervisão, e alarga o dever das autoridades de resolução e das autoridades competentes de partilharem informações com o CUR também à prestação de assistência ao CUR na determinação do universo das entidades contribuintes. Por último, o artigo 1.º, n.º 2, do presente regulamento insere uma nova disposição no artigo 6.º do Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão, esclarecendo que, no caso de entidades relativamente às quais não estejam disponíveis determinados dados no momento em que passam a ser abrangidos pelo âmbito de aplicação, o CUR deve recalcular as suas contribuições quando esses dados ficarem subsequentemente disponíveis, para os anos seguintes. Deste modo, essas entidades serão tratadas da forma mais equitativa possível relativamente às entidades cujos dados estavam disponíveis no momento do cálculo inicial. O artigo 1.º, n.º 3, do presente regulamento insere uma nova disposição no artigo 7.º do Regulamento Delegado da Comissão (UE) 2017/2361, estabelecendo uma data-limite para que o CUR determine o universo das entidades que devem entrar no cálculo num determinado ano. Quaisquer alterações ocorridas após essa data-limite serão tidas em conta pelo CUR através de novos cálculos no ano seguinte. Este procedimento assegura certeza operacional ao CUR, que poderá assim finalizar atempadamente todos os preparativos necessários para os cálculos. O artigo 1.º, n.º 6, do presente regulamento insere um novo artigo 14.º-A no Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão, prevendo disposições transitórias para o ano de 2021, de modo a que o CUR possa mobilizar os recursos necessários para esse ano com base nos dados já disponíveis, recalculando posteriormente as contribuições com vista a refletir melhor a situação atual das entidades contribuintes no início desse ano.

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REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 11.2.2021

que altera o Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 no que respeita aos mecanismos de pagamento das contribuições para as despesas administrativas do Conselho Único de

Resolução

A COMISSÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 806/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de julho de 2014, que estabelece regras e um procedimento uniformes para a resolução de instituições de crédito e de certas empresas de investimento no quadro de um Mecanismo Único de Resolução e de um Fundo Único de Resolução bancária e que altera o Regulamento (UE) n.º 1093/20101, nomeadamente o artigo 65.º, n.º 5,

Considerando o seguinte:

(1) Ao calcular as contribuições anuais individuais a que se refere o Regulamento Delegado (UE) n.º 2017/2361 da Comissão2, o Conselho Único de Resolução

(«CUR») baseia-se, em particular, nos dados respeitantes ao total dos ativos e ao total das exposições ao risco que o Banco Central Europeu (BCE) recolhe junto das entidades abrangidas pelo Mecanismo Único de Resolução para calcular as taxas de supervisão a que se refere o Regulamento (UE) n.º 1163/2014 do Banco Central Europeu3. Para o efeito, e nos termos do artigo 6.º do Regulamento Delegado (UE)

2017/2361, o BCE transmite anualmente ao CUR os dados relativos a cada devedor de contribuições recolhidos pelo BCE nesse ano. Esses dados devem ser transmitidos no prazo de cinco dias úteis a contar da data de emissão dos avisos para pagamento da taxa do BCE e, em qualquer caso, o mais tardar em 31 de dezembro do ano em relação ao qual esses avisos são emitidos.

(2) O Regulamento (UE) n.º 1163/2014 foi alterado pelo Regulamento (UE) 2019/2155 do Banco Central Europeu4, nomeadamente para alterar o sistema através do qual o BCE

recolhe os dados que lhe permitem determinar as taxas de supervisão. Antes dessa alteração, o Regulamento (UE) n.º 1163/2014 previa o pagamento antecipado das taxas de supervisão anuais ao BCE. Na sequência dessa alteração, o Regulamento (UE) n.º 1163/2014 prevê a cobrança de taxas de supervisão apenas após o termo do período relevante abrangido por essa mesma taxa, uma vez determinadas as despesas anuais efetivas, e exige que o BCE emita anualmente um aviso de taxa a cada devedor

1 JO L 225 de 30.7.2014, p. 1

2 Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 da Comissão, de 14 de setembro de 2017, relativo ao sistema

definitivo das contribuições para as despesas administrativas do Conselho Único de Resolução (OJ L 337 de 19.12.2017, p. 6).

3 Regulamento (UE) n.º 1163/2014 do Banco Central Europeu, de 22 de outubro de 2014, relativo às taxas de supervisão (BCE/2014/41) (JO L 311 de 31.10.2014, p. 23).

4 Regulamento (UE) 2019/2155 do Banco Central Europeu, de 5 de dezembro de 2019, que altera o

Regulamento (UE) n.º 1163/2014 relativo às taxas de supervisão (BCE/2019/37)(JO L 327 de 17.12.2019, p. 70).

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da mesma, no prazo de seis meses após o início do período de referência seguinte para efeitos da taxa.

(3) Uma vez que o BCE passou a só cobrar as taxas de supervisão após o início do exercício financeiro do CUR, só poderá transmitir os dados mais recentes ao CUR posteriormente. Consequentemente, os prazos estabelecidos no Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 para a transmissão de dados do BCE ao CUR já não lhe permitem calcular e cobrar antecipadamente as contribuições anuais individuais devidas para um dado exercício financeiro. A fim de manter a coerência entre o sistema de cobrança antecipada das contribuições pelo CUR e o novo regime do BCE, bem como permitir que o CUR continue a calcular e a cobrar antecipadamente as contribuições anuais, é necessário alterar os prazos para a transmissão dos dados e para a emissão dos avisos de contribuição ao abrigo do Regulamento Delegado (UE) 2017/2361. Uma vez que o prazo-limite para o BCE faturar as suas taxas de supervisão é o final de junho de cada ano, o CUR deve ter o direito a cobrar adiantamentos sobre as contribuições para cobrir as despesas relativas à parte de cada um dos seus exercícios financeiros anterior a essa data. A fim de minimizar os encargos administrativos para as entidades e grupos em causa, bem como para o CUR, as prestações só devem ser cobradas a entidades e grupos que estejam sob a responsabilidade direta do CUR.

(4) A experiência adquirida com a aplicação do Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 demonstrou que é importante que as alterações na composição do universo das entidades abrangidas pelo âmbito de aplicação do artigo 2.º do Regulamento (UE) n.º 806/2014 e portanto obrigadas a contribuir para as despesas administrativas do CUR sejam refletidas atempadamente no cálculo anual das contribuições administrativas. Por conseguinte, o CUR deve utilizar as informações mais recentes sobre a composição desse mesmo universo. O BCE, as autoridades nacionais de resolução e as autoridades nacionais competentes devem, por conseguinte, assistir o CUR com todas as informações relevantes para avaliar se uma entidade está obrigada a contribuir para as despesas administrativas do CUR. Além disso, é necessário clarificar de que forma o CUR deve tratar os casos em que as entradas no universo das entidades obrigadas a contribuir para as despesas administrativas do CUR ocorram num momento do ano em que o BCE já não determina os dados correspondentes. (5) Por razões operacionais, é necessário que o CUR disponha de uma data-limite clara

para determinar a composição do universo das entidades que entram no cálculo das contribuições anuais para um determinado ano. O CUR deve rever esse cálculo no ano seguinte, a fim de incorporar quaisquer alterações que possam ter ocorrido após essa data-limite.

(6) A transição do BCE de um sistema de faturação ex ante das taxas para um sistema de faturação ex post resultou numa lacuna na série de dados transmitidos pelo BCE ao CUR, correspondente ao período compreendido entre dezembro de 2019 e junho de 2021. A fim de assegurar que o CUR consegue cobrar os recursos necessários para cobrir as suas despesas administrativas relativas a 2021 partindo dos dados disponíveis no início desse ano, será necessário adotar disposições transitórias para o exercício de 2021. A fim de refletir a situação das entidades contribuintes o mais próximo possível do exercício financeiro de 2021, contudo, o CUR deve recalcular essas contribuições em 2022 com base em dados mais recentes que entretanto tenham sido colocados à sua disposição. A diferença entre o montante da contribuição anual individual devida para o exercício financeiro de 2021, recalculada no ano 2022, e o montante dessa

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respetivamente, ao montante da contribuição anual individual devida para o exercício financeiro de 2022.

(7) Uma vez que o CUR necessita de aplicar as disposições transitórias a fim de cobrar as contribuições para as suas despesas administrativas respeitantes ao exercício de 2021 o mais rapidamente possível após o início do ano, o presente regulamento deve entrar em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Essa entrada em vigor célere não terá qualquer impacto nas entidades sujeitas ao pagamento das contribuições, uma vez que a regra geral segundo a qual o CUR pode utilizar os últimos dados disponíveis para calcular essas contribuições, quando o BCE não lhe tiver fornecido atempadamente os dados mais recentes, já se encontra estabelecida no artigo 6.º, n.º 7, do Regulamento Delegado (UE) 2017/2361. Por conseguinte, não é necessária qualquer preparação por parte das entidades em causa.

(8) O Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 deve portanto ser alterado em conformidade,

ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º

O Regulamento Delegado (UE) 2017/2361 é alterado do seguinte modo: 1) É inserido o artigo 4.º-A, com a seguinte redação:

«Artigo 4.º-A

Adiantamentos sobre as contribuições anuais individuais

1. Em cada exercício financeiro, e antes da receção dos dados em conformidade com o artigo 6.º, n.º 1, o CUR pode cobrar um adiantamento sobre as contribuições anuais individuais, num montante máximo de 75 % do montante das contribuições anuais a que se refere o artigo 3.º, n.º 1, junto das entidades e grupos a que se refere o artigo 4.º, n.º 1, alínea a), relativamente a esse exercício financeiro. O adiantamento a pagar por cada entidade ou grupo é calculado proporcionalmente às contribuições anuais individuais calculadas para essa entidade ou grupo no exercício financeiro imediatamente anterior.

2. O CUR deduz o pagamento do adiantamento da contribuição anual individual da entidade ou do grupo para esse exercício financeiro.»;

2) O artigo 6.º é alterado do seguinte modo: (a) O n.º 1 passa a ter a seguinte redação:

«1. Todos os anos, no prazo de cinco dias úteis a contar da emissão pelo BCE dos avisos para pagamento da taxa nos termos do artigo 12.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 1163/2014 e, em qualquer caso, o mais tardar até 7 de julho do ano em que são emitidos os avisos de taxa, o BCE deve fornecer ao CUR os dados relativos a cada um dos devedores de contribuição por ele utilizados para determinar as taxas de supervisão, em conformidade com o Regulamento (UE) n.º 1163/2014.»;

(b) É aditado o n.º 2-A, com a seguinte redação:

«2-A. Se um devedor de contribuição for constituído durante um determinado exercício financeiro e não for uma entidade supervisionada ou um grupo supervisionado na aceção do artigo 10.º, n.º 3, alínea b-c), do Regulamento (UE) n.º 1163/2014, as contribuições anuais individuais

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devidas por esse devedor para esse exercício financeiro e para o exercício seguinte são calculadas fixando os fatores de taxa em zero. No terceiro exercício financeiro relativamente ao qual uma contribuição anual individual seja devida por um devedor nessas circunstâncias, a contribuição administrativa anual individual devida para os dois exercícios anteriores é recalculada com base nos fatores de taxa utilizados para esse exercício financeiro, sendo a diferença regularizada em conformidade.»;

(c) O n.º 4 passa a ter a seguinte redação:

«4. Sempre que, para efeitos do presente Regulamento, o CUR deva determinar se uma entidade faz parte do grupo que designou um determinado devedor de contribuição, ou verificar se uma entidade está obrigada a contribuir para as despesas administrativas do CUR, o BCE, as autoridades nacionais de resolução e as autoridades nacionais competentes devem prestar ao CUR todas as informações relevantes.»; (d) O n.º 6 passa a ter a seguinte redação:

«6. No cálculo das contribuições anuais individuais devidas relativamente a um determinado exercício financeiro, o CUR deve utilizar os dados utilizados pelo BCE nesse exercício para determinar as taxas de supervisão correspondentes ao exercício anterior em conformidade com o Regulamento (UE) n.º 1163/2014 e fornecidos ao CUR nos termos do presente artigo.»;

3) O artigo 7.º é alterado do seguinte modo:

(a) É inserido o n.º 4-A, com a seguinte redação:

«4-A. Para efeitos do cálculo das contribuições anuais individuais devidas relativamente a um determinado exercício financeiro, o CUR deve ter em conta qualquer uma das alterações a que se referem os n.os 1, 2 e 3

ocorridas após 1 de janeiro desse ano, no exercício financeiro seguinte.»; (b) O n.º 6 passa a ter a seguinte redação:

«6. Exceto nas condições previstas no artigo 6.º, n.º 2-A, as contribuições anuais individuais de entidades ou grupos não sujeitos às alterações a que se referem os n.os 1, 2 ou 3 do presente artigo não devem ser ajustadas.»;

4) No artigo 8.º, os n.os 3 a 8 passam a ter a seguinte redação:

«3. O aviso de contribuição deve especificar o montante da contribuição anual individual, ou do adiantamento, a que se refere o artigo 4.º-A, bem como as modalidades de pagamento dessa mesma contribuição anual ou adiantamento. O aviso de contribuição deve ser devidamente fundamentado no que diz respeito aos aspetos factuais e jurídicos da decisão que determina a contribuição individual ou adiantamento.

4. O CUR deve enviar qualquer outra comunicação respeitante à contribuição anual individual, incluindo qualquer decisão de regularização adotada em conformidade com o artigo 10.º, n.º 8, e, quando aplicável, respeitante ao adiantamento, ao devedor da contribuição.

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6. O devedor da contribuição deve pagar o montante da contribuição anual individual ou adiantamento no prazo de 35 dias a contar da data da emissão do aviso de contribuição a pagamento. O devedor de contribuição deve cumprir os requisitos estabelecidos no aviso de contribuição no que respeita ao pagamento da contribuição anual individual ou adiantamento. A data de pagamento é a data em que a conta do CUR é creditada.

7. A contribuição anual individual e, quando aplicável, o adiantamento devido pelas entidades referidas no artigo 2.º do Regulamento (UE) n.º 806/2014 que são membros de um mesmo grupo é cobrado ao devedor de contribuição desse grupo.

8. Sem prejuízo de outras vias de recurso à disposição do CUR, em caso de pagamento parcial, não pagamento ou não cumprimento das condições de pagamento especificadas no aviso de contribuição, aos montantes em dívida da contribuição anual individual e, quando aplicável, do adiantamento acrescem juros diários à taxa de juro equivalente à taxa de juro das operações principais de refinanciamento do BCE, majorada de 8 pontos percentuais, a contar da data de vencimento do pagamento.»; 5) O artigo 9.º é alterado do seguinte modo:

(a) O n.º 1 passa a ter a seguinte redação:

«1. Os pagamentos das contribuições anuais individuais e adiantamentos devidos, bem como de quaisquer juros de mora nos termos do artigo 8.º, n.º 8, são executórios.»;

6) É inserido o artigo 14.º-A, com a seguinte redação: «Artigo 14.º-A

Disposições transitórias aplicáveis no exercício orçamental de 2021

Em 2021, o CUR calcula as contribuições anuais individuais devidas em relação ao exercício de 2021 com base nos dados fornecidos pelo BCE ao CUR em 2019 e em quaisquer atualizações subsequentes dos mesmos em conformidade com o artigo 6.º. Em 2022, o CUR recalcula as contribuições anuais individuais devidas em relação ao exercício de 2021 com base nos dados fornecidos pelo BCE ao CUR em 2021 em conformidade com o artigo 6.º. Qualquer diferença entre o montante inicialmente calculado para o exercício de 2021 e o montante recalculado será regularizada aquando do cálculo das contribuições anuais individuais devidas relativamente ao exercício de 2022.».

Artigo 2.º

O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial

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O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em 11.2.2021

Pela Comissão A Presidente

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