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Kinesio taping: aplicação e seus resultados sobre o ombro doloroso

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Academic year: 2021

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Pós graduando em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia e graduado em Fisioterapia. 2

Graduado em Fisioterapia e Pós Graduado em Cardiorespiratória.

Kinesio taping: aplicação e seus resultados sobre o ombro doloroso

jhonnata Ananias Parrag Pereira 1 jhonnata.ananiad@gmail.com Flaviano Gonçalves Lopes de Souza2

Pós-Graduação em Fisioterapia em Traumato Ortopedia_ Faculdade de Faserra

Resumo

A pesquisa refere-se à utilização do Kinesio Taping e seus resultados sobre o ombro doloroso. A dor no ombro tem prevalência de 15% a 30% na população adulta. Conceitua-se “Ombro doloroso”, como sendo uma síndrome caracterizada por dor e impotência funcional de graus variados, que acomete estruturas responsáveis pela movimentação do ombro, incluindo as articulações, tendões e músculos, ligamentos e bursas. A Kinesio Taping é uma técnica de bandagem terapêutica desenvolvida em 1973 pelo Dr. Kenzo Kase, visando auxiliar os músculos e outros tecidos moles a procurarem sua homeostase, por meio da estimulação da derme. O presente estudo trata-se de uma revisão literária. Foram incluídos estudos que demonstrassem resultados da abordagem Fisioterapêutica no quadro álgico no ombro com ênfase na aplicação e resultados do Kinesio Taping. Apesar dos benefícios, poucas pesquisas têm sido direcionadas para o tratamento de pacientes com ombro doloroso, entretanto os autores entram em consenso quanto aos seus benefícios que incluem corrigir a função muscular, melhorar a circulação sanguínea e linfática, diminuir a dor por supressão neurológica e reposicionamento de articulações, aliviando a tensão dos músculos anormais, ajudando a devolver a função muscular e da fáscia.

Palavras-chave: Dor. Fisioterapia. Bandagem funcional.

1. Introdução

Desenvolvida originalmente em 1973 por Kenzo Kase no Japão, Kinesio taping, também conhecida como bandagem elástica, é um método relativamente novo, que se tornou mais popular nos ultimos 10 anos, após a divulgação proporcionada em grandes eventos como os jogos olímpicos. A fita é livre de látex, com capacidade adesiva acrílica e ativada pelo calor do corpo, feita de fio elástico de polímero envolto por fibras de algodão (100%). Suas características superam as fitas geralmente utilizadas em bandagens por permitir secagem rápida, maior tempo de uso e ser mais fina e mais elástica (alongamento/ estiramento longitudinal de 55 a 60% da sua posição de repouso ou elasticidade total de 120 a 140%), o que facilita envolver tecidos e articulações com maior precisão1.

O ombro é a articulação com maior capacidade de amplitude de movimento do esqueleto humano, tendo mais de 180 graus de amplitude em todos os planos. Devido esta mobilidade se apresenta como uma das mais instáveis e frequentemente apresentam lesões2.

De acordo com Santos e Soares (2011)3, o ombro é uma articulação móvel, com mínimo de suporte ósseo e a estabilidade da articulação depende dos tecidos moles como

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músculos, ligamentos e cápsula articular.

Segundo Fernandes et al., (2012)4 a dor no ombro tem prevalência de 15% a 30% na população adulta, podendo levar à incapacidade funcional e à redução da qualidade de vida.

De acordo com seu criador, a Kinesio taping proporciona: (1) correção da função muscular por fortalecer músculos fracos; (2) estímulo cutâneo que facilita ou limita movimento; (3) auxílio na redução de edema por direcionar exsudatos em direção a ducto linfático e linfonodos; (4) correção do posicionamento articular por amenizar espasmos musculares; e (5) redução da dor por vias neurais5.

Os mecanismos propostos para o uso da Kinesio Taping no quadro álgico incluem corrigir a função muscular fortalecendo os músculos debilitados, melhorar a circulação sanguínea e linfática, diminuir a dor por supressão neurológica e reposicionamento de articulações subluxadas aliviando a tensão dos músculos anormais, ajudando a devolver a função muscular e da fáscia. Outro mecanismo pouco conhecido da Kinesio Taping é que a sua aplicação causa um aumento da propriocepção por aumentar a excitação dos mecanorreceptores cutâneos6.

Diante disto, o objetivo do presente estudo é descrever a aplicação do Kinesio taping e seus resultados sobre o ombro doloroso, pois o tema justifica-se porque o ombro está sujeito à rápida instalação de um quadro de rigidez e atrofia muscular no ombro doloroso. O tempo de início da doença e o seu tratamento imediato são de grande valor na recuperação total do paciente.

2. Fundamentação teórica

2.1 Anatomia local do ombro

O ombro é formado por um conjunto de articulações que, associadas, proporcionam um grande arco de movimento nos três planos. Porém, não é apenas a somatória de seus movimentos que é importante para o bom desempenho final, mas também a maneira coordenada que eles ocorrem. Essa harmonia tem como principais objetivos, a diminuição do esforço a que são submetidas às diversas estruturas envolvidas e a manutenção da estabilidade articular7.

O ombro ou a cintura escapular é composto por três articulações: esterno-clavicular, acrômio-clavicular e glenoumeral, e duas pseudoarticulações que são: escápulo-toráxica e subacromial. Sendo a articulação glenoumeral a mais importante, devido sua maior

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mobilidade e menor estabilidade, que pode ser atribuída à rasa fossa glenóide, à grande e redonda cabeça umeral7.

Fonte: http://ombroecotovelo.net/ombro-anatomia.html Figura 1: Anatomia do ombro

2.2 Fisiologia e Biomecânica

A articulação glenoumeral propicia a realização de vários movimentos que podem ser realizados isoladamente ou de forma combinada: flexão e extensão, adução e abdução, adução e abdução na horizontal e rotação interna e externa. A flexo-extensão é realizada no plano sagital ao 144 redor de um eixo frontal, sendo a flexão máxima de até 180º e a extensão o movimento inverso; a abdução ocorre no plano frontal ao redor de um eixo sagital com liberdade de até 180º, sendo a adução possível neste plano apenas com 30º a 45º de amplitude quando associada a uma extensão[...]

[...] Outro movimento da glenoumeral é a rotação, podendo ser realizada em qualquer plano com seu grau de amplitude dependendo diretamente do grau de elevação do braço. A partir de 90º de uma abdução podem ser realizados os movimentos de adução e abdução na horizontal, sendo estes realizados num plano horizontal ao redor de um eixo vertical. A amplitude máxima de movimento na abdução do úmero depende da coordenação existente entre o úmero e a escápula, já apresentada como ritmo escapuloumeral8.

Portanto, a partir da posição anatômica, o movimento de abdução completa se realiza com a participação conjunta da articulação glenoumeral, articulação escapulotorácica e o tronco. Segundo Magee, “durante a abdução de 180º, existe, grosso modo, uma relação de 2:1 do movimento do úmero em relação ao da escápula.” Tanto em posição anatômica, rotação interna ou externa, a flexão anterior do braço propicia um deslocamento do tendão do

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supraespinhal sob a borda do acrômio anteriormente ou ligamento coracoacromial, desta forma, uma abdução ou flexão anterior do úmero ocasionará na projeção do supraespinhal, no nível de inserção, sob essas estruturas[...]

[...] A elevação do úmero ocorre pela ação conjunta entre o músculo deltoide e manguito rotador, sendo o músculo deltoide (porção anterior) motor primário na flexão e os músculos deltoide (porção média) e supraespinhal motores primários na abdução. Além disso, tanto o manguito rotador quanto o deltoide realizam importantes funções biomecânicas durante a elevação do braço, que só é possível por causa das forças contrárias vetoriais exercidas por eles9.

2.3 Manguito rotador – anatomia funcional

O principal grupo muscular responsável pela movimentação do ombro é o Manguito Rotador. O Manguito Rotador é formado pelos seguintes músculos: supraespinhoso, infra-espinhoso, subescapular e redondo menor. Possui inserção tendinosa no úmero, facilitando a estabilidade articular e propiciando movimentação10.

A função principal do manguito rotador, além de participarem efetivamente na rotação interna (subescapular), abdução e rotação externa (supraespinhal) e abdução na horizontal e rotação externa (infraespinhal e redondo menor), é a de manter o úmero centralizado na cavidade glenoide durante algum movimento de elevação anterior10.

Fonte: http://www.dornoombro.com/problemascomuns/manguito Figura 2: Manguito rotador

2.4 Considerações gerais sobre o ombro doloroso

O ombro doloroso pode ser ocasionado por várias etiologias, muitas vezes associadas, sendo originadas das estruturas da cintura escapular ou irradiadas de outras regiões. Além das

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causas articulares como lesões ósseas e cartilaginosas, outras afecções também promovem dor na articulação do ombro11.

Conceitua-se “Ombro doloroso”, como sendo uma síndrome caracterizada por dor e impotência funcional de graus variados, que acomete estruturas responsáveis pela movimentação do ombro, incluindo as articulações, tendões e músculos, ligamentos e bursas. A estes sintomas se agregam àqueles que caracterizam transtornos ou afecções locais, ou a distância de implicações etiopatogênicas no aparecimento da síndrome11.

2.4.1 Síndrome do Impacto do Ombro (SIO)

A SIO se caracteriza por uma dor de caráter crônico que acomete o ombro. Esse sintoma é desencadeado pela compressão do manguito rotador no arco coracoacromial. O paciente se encontra com limitação antálgica nos movimentos entre 70º e 120°, anatomicamente, existe bursite crônica e lesão parcial do tendão supra espinhoso, ou lesão completa do supra espinhoso com variados graus de lesão associada do manguito rotador. A primeira lesão é considerada o estágio precoce da segunda e as duas compreendem a síndrome do impacto12.

2.4.1.1 Etiologia

Segundo Monteiro e Mejia (2010)13 a etiologia da SIO se deve ao impacto primário e ao impacto secundário, os quais têm as seguintes características:

a) Impacto primário: ocasionado pela compressão mecânica do manguito rotador sob a porção ântero-inferior do acrômio. Dependo do tipo de acrômio, a articulação pode estar em risco maior de desenvolver a lesão, sendo que quanto mais curvo for o acrômio, maior será a compressão nas estruturas subacromiais;

b) Impacto secundário: refere-se à redução do espaço subacromial por causa a instabilidade funcional glenoumeral ou escapulotorácica. Está relacionado à perda de força da musculatura estabilizadora ou afrouxamento dos ligamentos responsáveis pela coaptação do ombro.

Lima et al., (2007)14 relembra que Neer dividiu a SIO devido ao impacto primário em três estágios específicos:

a) Estágio I: edema e hemorragia reversíveis. Mais frequente em pessoas abaixo de 25 anos de idade, normalmente ligada à práticas esportivas ou laborais. O tratamento é conservado e tem bom prognóstico; as lesões por esforços repetitivos são incluídas nessa fase;

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b) Estágio II: fibrose e tendinite do manguito rotador. Menos comum que a anterior e costuma acometer indivíduos entre 25 e 40 anos de idade. Está mais relacionada aos esforços repetitivos, gerando inflamação de origem mecânica sobre as estruturas subacromiais de maneira crônica e intermitente. Neste estágio as funções do ombro podem não ser seriamente afetadas. Tem indicação de cirurgia se após dezoito meses de tratamento não ocorrer melhora do quadro;

c) Estágio III: lesões do manguito rotador e sua ruptura, ruptura de bíceps e alterações ósseas. Ocorre com maior frequência em indivíduos acima de 40 anos de idade, surgindo, a princípio, com lesão do músculo supra-espinhal. No raio X é possível 6 observar redução do espaço articular entre o acrômio e a cabeça do úmero que se eleva. Há risco de esclerose óssea na inserção do músculo supra-espinhal e do acrômio. O tratamento neste estágio é cirúrgico.

2.2.4 Quadro clínico

Borges e Macedo (2010)15, afirmam que o quadro clínico presente nas lesões por impacto é de incapacidade funcional do membro superior em atividades realizadas acima da cabeça. A incapacidade de elevar o membro superior ativamente contra gravidade pode significar lesão extensa do manguito rotador, principalmente o tendão do músculo supra espinhal. O quadro álgico está sempre presente no paciente com Síndrome do Impacto do Ombro. Pode apresentar em repouso e agravar aos esforços. A dor é proporcional ao nível de inflamação da musculatura, ela se localiza ao redor do ombro, podendo se irradiar para o cotovelo e região escapular.

A contratura capsular é um fator importante no quadro clínico do paciente com SIO, que se desenvolve com a imobilização do membro pela dor Inflamatória. Outro aspecto a se observar é a diminuição da força muscular geralmente presente no quadro de sintomatologia principalmente para os movimentos de abdução e rotação externa no membro envolvido15.

2.5 Tratamento com Kinesio Taping

A Kinesio Taping é uma técnica de bandagem terapêutica desenvolvida em 1973 pelo Dr. Kenzo Kase, visando auxiliar os músculos e outros tecidos moles a procurarem sua homeostase, por meio da estimulação da derme. Drº Kenzo percebeu que os tecidos musculares, fáscias ligamentos e tendões, quando expostos a estímulos gerados por um suporte eterno, consequentemente buscavam suas funções normais. Devido ao material inadequado, por causa da pouca tolerância e curto prazo em contato com a pele, o Drº Kenzo

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desenvolveu a Kinesio Taping, uma bandagem elástica com alta tolerância à pele sem provocar reações adversas16.

Fonte: http://www.dornoombro.com/problemascomuns/manguito Figura 3: Kinesio Taping

3. Metodologia

Trata-se de uma revisão literária de bibliografias publicadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram utilizados os descritores: Dor. Fisioterapia. Bandagem funcional.

Foram incluídos estudos que demonstrassem resultados da abordagem Fisioterapêutica no quadro álgico no ombro com ênfase na aplicação e resultados do Kinesio Taping, no idioma português ou que contribuíssem para o objetivo do presente estudo, publicados entre 2007 a 2017 consultados no período de janeiro a março de 2017. Foram excluídos os estudos que não atendiam ao período do estudo e publicações que não tratavam de pesquisa científica. Não foram restringidos tipos de estudos, se observacional ou experimental.

E para atender aos objetivos da pesquisa, foram selecionados cerca de 50 artigos para compor o trabalho, sendo que apenas 22 foram incluídos por cumprirem as exigências dos fatores de inclusão, sendo avaliados ainda quanto à qualidade metodológica e científica. A análise iniciou pela leitura de todos os títulos e resumos dos artigos para excluir aqueles que não tratavam do tema em questão e após esta etapa foram obtidos os artigos para a leitura completa para a análise dos principais resultados encontrados e conclusões dos autores.

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4. Resultados e Discussão

De acordo Jaraczewska e Long (2007)17, o Kinesio Taping, criado por Kenso Kase em 1996, consiste na aplicação de uma fita adesiva, no trajeto do músculo, que serve de estímulo tátil. É um adesivo fino e elástico, sem odor, resistente a água, e pode ser esticado aproximadamente 120-140% do seu comprimento original, não provoca nenhum risco à saúde e não apresenta contra-indicação.

Segundo Santos et al., (2008)18 o objetivo principal do Kinesio Taping é fornecer apoio e proteção para os tecidos moles, sem limitar suas funções e aumentando a estabilidade articular. É um instrumento terapêutico muito utilizado pelos Fisioterapeutas de todo o mundo, devido aos seus benefícios no auxilio de técnicas de reabilitação em lesões articulares, ligamentares, musculares, posturais entre outras das atividades dentro de uma amplitude articular normal.

Jardim (2008)19 expõe que os mecanismos propostos para o uso da Kinesio Taping incluem corrigir a função muscular fortalecendo os músculos debilitados, melhorar a circulação sanguínea e linfática, diminuir a dor por supressão neurológica e reposicionamento de articulações subluxadas aliviando a tensão dos músculos anormais, ajudando a devolver a função muscular e da fáscia. Outro mecanismo pouco conhecido da Kinesio Taping é que a sua aplicação causa um aumento da propriocepção por aumentar a excitação dos mecanorreceptores cutâneos.

Metzker (2010)20 expôs que o ombro é uma articulação bastante complexa, qualquer alteração que comprometa sua estrutura e função faz com que esse complexo articular seja alvo de inúmeras afecções, sendo a SIO a mais comum em indivíduos adultos. No tratamento da SIO se faz necessário identificar o local e origem da dor. Um programa específico e individual deve ser elaborado conforme a condição clínica patológica, sendo a escolha dos recursos terapêuticos baseada na causa da disfunção e possíveis alterações fisiológicas.

Santos (2010)21 relatou que faz-se necessário usar algum tipo de instrumento no tratamento da SIO que consiga manter a ação dos exercícios por maior tempo. Esta manutenção pode ser conseguida pela Kinesio Taping, pois após a aplicação promove uma tração constante na pele com força para cima, diferente de uma bandagem comum. Os mecanismos propostos para o uso da Kinesio Taping incluem melhorar a circulação sanguínea e linfática, diminuir a dor por supressão neurológica e reposicionamento de articulações, aliviando a tensão dos músculos anormais, ajudando a devolver a função muscular e da fáscia. Outro mecanismo pouco conhecido da Kinesio Taping é que a sua aplicação causa um aumento da propriocepção por aumentar a excitação dos mecanorreceptores cutâneos.

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Segundo Thompson et al., (2014)22 o objetivo da bandagem funcional são: - Corrigir a biomecânica de uma articulação ou tecido; - Comprimir uma lesão recente para reduzir o edema; - Limitar movimentos articulares não desejados; - Facilitar o processo de cicatrização sem estressar as estruturas lesadas; - Proteger ou dar suporte às estruturas lesadas numa posição funcional durante os exercícios de reabilitação, de alongamento e proprioceptivos.

Por causa das suas propriedades diferenciadas a Kinesio Taping, pode ser utilizada 24 horas por dia, por até 5 dias, devido a ser hipoalérgica é a prova d’água e sem substâncias medicamentosas impregnadas. Permiti trocas gasosas, facilita a liberação muscular e o fluxo linfático, diminuindo a dor. É feita com 100% algodão, sua cola é ativada pelo calor, apresenta textura e elasticidade semelhante a pele, com cerca de 40% a 60% de alongamento do seu comprimento de repouso, não contém elasticidade no sentido transversal. As propriedades elásticas promovem suporte muscular diminuindo sua fadiga17.

5. Conclusão

Ficou evidente na presente pesquisa os benefícios da Kinesio Taping, pois tem sido uma estratégia estudada pela comunidade científica, pois consiste na aplicação de uma fita adesiva, no trajeto do músculo, promovendo estímulos mecânicos constantes na pele.

Apesar dos benefícios, poucas pesquisas têm sido direcionadas para o tratamento de pacientes com ombro doloroso, entretanto os autores entram em consenso quanto aos seus benefícios que incluem corrigir a função muscular, melhorar a circulação sanguínea e linfática, diminuir a dor por supressão neurológica e reposicionamento de articulações, aliviando a tensão dos músculos anormais, ajudando a devolver a função muscular e da fáscia, pois o ombro é uma estrutura capaz de realizar movimentos de mais de 180 graus em alguns planos, graças aos movimentos coordenados das várias articulações (glenumeral, acromioclavicular e esternoclavicular) que o compõem, e possui a maior liberdade de movimento do corpo humano.

Com relação aos benefícios a dor, alguns autores relatam alívio imediato, porém não há evidencia cientifica de que esses efeitos sejam prolongados. Sugere-se que novos estudos sejam realizados a partir da temática do presente estudo com o objetivo de fornecer tratamento individualizado aos pacientes com ombro doloroso.

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6. Referências

1- ARTIOLI, Dérrick Patrick; BERTOLINi, Gladson Ricardo Flor. Kinesio taping: aplicação e seus resultados sobre a dor: revisão sistemática. Fisioter Pesq. 21(1): 94-99, 2014.

2- BAROSSI, Téo. et al. Eficácia do tratamento Quiroprático em Garçons portadores de dor crônica no ombro. Revista Brasileira de Quiropraxia - Junho a Dezembro 2010.

3- SANTOS, F. L.; SOARES. Tratamento fisioterapêutico para ombro doloroso em paciente com acidente vascular encefálico – estudo de caso. Revista Hórus, v. 5, n. 3, p.64-72, 2011.

4- FERNANDES, Marcos Rassi. et al. Bloqueio do nervo supraescapular: procedimento importante na prática clínica. Parte II. Rev. Bras. Reumatol., v. 52, n. 4, p. 610-22, 2012.

5- Castro-Sánchez AM, Lara-Palomo IC, Matarán-Peñarrocha GA, Fernández-Sánchez M, Sánches-Labraca N, Arroyo-Morales M. KinesioTaping reduces disability and pain slightly in chronic non-specific low back pain: a randomised trial. J Physiother. 58(2): 89-95, 2012.

6- SANTOS, Joice Cristina Custódio; GIORGETTI, Maria José dos Santos; TORELLO, Elem Marta; Meneghetti, Cristiane Helita Zorel; ORDENES, Igor Esteban Umanzor. A influência da Kinesio Taping no tratamento da subluxação de ombro no Acidente Vascular Cerebral. Fisioter Pesq. 21(1): 94-99, 2014.

7- GIORDANO, M.; GIORDANO, V.; GIORDANO, L. H. B.; GIORDANO, J. N. Tratamento conservador da síndrome do impacto subacromial: estudo em 21 pacientes. Acta Fisiátrica, v. 7, n. 1, p. 13-19. 2007.

8- TEIXEIRA, M. J.; PIMENTA, C. A. M. Avaliação do doente com dor. In: TEIXEIRA, M. J.; FIGUEIRÓ, J. A. B. Dor – Epidemiologia, fisiopatologia, avaliação, síndromes dolorosas e tratamento. São Paulo: Moreira, 2008. p. 58-68.

9- Hall SJ. Biomecânica da extremidade superior. In: Hall SJ. Biomecânica básica. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p. 179-219.

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10- METZKER, Carlos Alexandre Batista. Tratamento conservador na síndrome do impacto no ombro. Fisioter Mov., v. 23, n. 1, p. 141-51, jan./mar., 2010.

11- ANDRÉ, Wajnsztejn;Tamaokl, Marcel junior. Estudo transversal dos diferentes métodos de tratamento das luxações traumática glenoumerais. Rev. Bras. Ortop. 2009; 44 (5): 391-6.

12- FRANÇA, F.O. et al. Síndrome do Impacto do Ombro. Projeto Diretrizes, 2011.

13- MONTEIRO, Dalila Fernandes; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Reabilitação fisioterapêutica na síndrome do impacto do ombro: uma revisão de literatura. Pós-graduação em Fisioterapia em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual – Faculdade Ávila, 2010.

14- LIMA, G. MONTEIRO, B. MARCON, A. Análise da funcionalidade e da dor de indivíduos portadores de síndrome do impacto, submetidosà intervenção fisioterapêutica. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n. 1, p. 61-69, jan./mar., 2007.

15- BORGES, Denne Rize de Souza Carneiro. MACEDO, Andréia Borges. Os benefícios da associação da laserterapia e exercícios terapêuticos na síndrome do impacto do ombro: estudo de caso. Revista Eletrônica “Saúde CESUC” v. 1, n. 1, 2010.

16- EBRAHIM, Karla Viviane Gomes; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Aplicação e efeitos da Kinesio taping na epicondilite lateral. Pós graduação em Traumato e Ortopedia com Ênfase em Terapias Manuais, 2014.

17- JARACZEWSKA, Ewa; LONG, Carol. Kinesio Taping in stroke: improving functional use of the upper extremity in hemiplegia. Top Stroke Rehabil, 2007, 3: 31-42.

18- SANTOS, GABRIEL HENRIQUE; JORGE, FELIPE SAMPAIO; VIZELLA, RAFAEL M.; SILVA, JEFERSON DA. A Influência daBandagem Funcional na Atividade Eletromiográfica de Músculos do Ombro durante Arremesso de Handball. PerspectivasOnline, vol 5, nº2, 2008.

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19- JARDIM, Marco. O Efeito do Tape Patelarao Nível da Diminuição da Dor e da Actividade Muscular do Vasto Interno Obliquo e do Vasto Externo em Sujeitos com SÌndrome Patelo-Femural – Revisão Sistemática. Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto, v. 3, n. 3, 2008.

20- METZKER, Carlos Alexandre Batista. Tratamento conservador na síndrome do impacto no ombro. Fisioter Mov., v. 23, n. 1, p. 141-51, jan./mar., Belo Horizonte 2010.

21- SANTOS, Joice Cristina Custódio. A influência da Kinesio Taping no tratamento da subluxação de ombro no Acidente Vascular Cerebral. Rev Neurocienc, 18(3):335-340, São Paulo, 2010.

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