AssociAção BrAsileirA dA
ProPriedAde intelectuAl
Boletim da
Outubro de 2010 - nº 121
ABPI divulga data do
XXXI Congresso Internacional de
Propriedade Intelectual
Durante os dias 28 e 30 de
agosto de 2011, a ABPI
realizará o XXXI Congresso
Internacional da Propriedade
Intelectual
, na cidade do Rio
de Janeiro. O local escolhido
para sediar o encontro é o
Windsor Barra Hotel.
Reserve estas datas
.
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Revista da ABPI
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abpi@abpi.org.br
ou ligue:
21 2507-6407
ABPI e a American
Bar Association (ABA)
Associações constituem uma no-va parceria na área de Direitos de Propriedade Intelectual. Página 2.
ABPI participa de
reunião com ANPEI e
INPI
O comitê de gestão de propriedade intelectual da ANPEI, no qual a ABPI está representada pelo conselheiro Markus Wolff, realizou reunião no dia 20 de outubro no INPI para a discussão de medidas práticas para a redução do
backlog de patentes. Página 4.
Atividades das
comissões de estudo
Veja na página 4, as atividades das comissões de estudo da ABPI no mês de setembro.
Notas
ABPI e a American Bar Association (ABA)
Associações constituem uma nova parceria na área de
Direitos de Propriedade Intelectual.
Novos associados
O Comitê Executivo e o Conselho Diretor da ABPI aprovaram, em 28 de outubro, os pedidos de filiação de: Adriana Nogueira de C. Bittencourt (3M do Brasil Ltda.), Carlos Alberto Rodrigues Amaro (particular), Eduar-do Lívio Daimond (particular), Jeffer-son Sérgio do Carmo Silveira (Sakata Seed), Rômulo Fugito Kobori (Sakata Seed), Thiago Andrade Silva (Fernan-do Fernandes Advoga(Fernan-dos), Wladimir de Andrade (Andra Assessoria da Propriedade Intelectual Ltda.) e Ygor Colalto Valerio (Nokia).
Comissão de Estudo
de Transferência de
Tecnocologia e
Franquias
As co-coordenadoras da Comissão de Estudo de Transferência de Tecno-logia e Franquias da ABPI, Tatiana Campello Lopes e Karin Klempp Fran-co, convidam os associados para a reunião a ser realizada no dia 24 de novembro, às 16h00, simultaneamente por videoconferência, no Rio de Janei-ro, São Paulo e Porto Alegre, nos escri-tórios Veirano & Advogados Associa-dos S/C, avenida Presidente Wilson, 231, 23º andar, centro, Rio de Janeiro; avenida das Nações Unidas, 12.995, Brooklin Novo, São Paulo; e, rua Dona Laura, 320, 13º andar, Rio Branco, Por-to Alegre. O tema da reunião será o : Enquadramento do licenciamento do know-how no direito brasileiro - dis-cussão das respostas aos quesitos ela-boradas pelo subgrupo de estudos da Comissão, a fim de subsidiar um pare-cer a ser emitido pela Comissão de Transferência de Tecnologia e Fran-quias para a Diretoria da ABPI. O do-cumento elaborado pelo subgrupo está disponível em acesso restrito aos asso-ciados no site da ABPI (www.abpi.org. br | Quem somos | Comissões | Tex-tos de apoio (restrito) | documento (09/11/2010 – Licença de Tecnologia x Transferência de Tecnologia - QUESI-TOS PRELIMINARES – INPI.Confir-mações de presença (com nome com-pleto e escritório) pelo telefone (21) 2507-6407 ou e-mail abpi@abpi.org.br, com Katia Moreira.
A ABPI e a American Bar Asso-ciation (ABA), secão de IPL, cele-braram uma parceria que levará a realização de atividades em con-junto para divulgação recíproca de eventos, trocas de informações so-bre os sistema de Propriedade Inte-lectual e outras iniciativas no setor. A ABA reúne os principais profis-sionais da advocacia nos EUA e a admissão de profissionais nesta as-sociação só é aprovada após exa-mes de qualificação profissional que exigem uma preparação acadê-mica impecável, inclusive com exa-mes para qualificação na legislação regional. A interação da ABPI com
a ABA será feita através de sua se-ção de Propriedade Intelectual (ABA Section of Intellectual Pro-perty Law) e Cristina Azevedo de Carvalho, associada da ABPI, sera a ligação com a ABA. Cristina é sócia do escritório Arent-Fox, da nova presidente ABA Section of Intellec-tual Property Law, Marylee Jenkins. As informações relativas a eventos promovidos pela ABPI, cuja publi-cação no site da ABA nos convenha serão vertidas para o inglês e envia-das diretamente para Mike Winkler da ABA. Maiores informações sobre a parceira podem ser obtidas no site
www.abanet.org/intelprop.
Reivindicando a Criação Usurpada
A Editora Lumen Juris e os autores realizaram o lançamento da obra Reivindicando a Criação Usurpada (A Adjudicação dos Interesses rela-tivos à Propriedade Industrial no Direito Brasileiro), que tem como organizador Denis Borges Barbosa e autores Lélio Denícoli Schmidt, Elisabeth Kasznar Fekete, Letícia Provedel e Marissol Gómez Rodri-gues. O lançamento foi no dia 3 de novembro, na Livraria da Vila, em São Paulo.
A ABPI disponibilizou no seu site, no formato flipping book, a Revista da ABPI | Edição Especial | Index 1992-2009, publicado em 2009. O Index contém as matérias publicadas na
Re-vista da ABPI do nº 1 (março de 1992) ao nº 100 (maio/junho de 2009). Con-tém o índice alfabético remissivo com as matérias indexadas por assunto, o índice onomástico com as matérias in-dexadas por autor, a relação de assun-tos e as siglas utilizadas. Consulte no site da ABPI www.abpi.org.br | Bi-blioteca | Revista da ABPI | Index.
Revista da ABPI | Index 1992-2009
Cartas para a redação do Boletim da ABPI
En vie suas men sa gens pa ra a re da ção do Bo le tim da AB PI pe lo e- mail re da cao@ab pi. org.br. In for ma ções, crí ti cas e su ges tões se rão ava lia das e res pon di das, po den do ser pu bli ca das ou não
no Bo le tim após es tu do de ca da ca so.
22 DEAGOSTO DE2009 – SÁBADO
Seminário das Comissões de Estudo da ABPI Ver 3ª capa 23 DEAGOSTO DE2009 – DOMINGO
14h00Credenciamento e entrega de material 17h30 Abertura Solene Apresentação do Hino Nacional pela soprano Flávia Fernandes Palestra Inaugural: A Crise Financeira Mundial e seu Reflexo na AtualSituação Econômica do Brasil e da América Latina Paulo Rabello de Castro (Economista)
Moderador: José Roberto d’Affonseca Gusmão (Gusmão & Labrunie) Inauguração da Exposição seguida de Coquetel 24 DEAGOSTO DE2009 – SEGUNDA-FEIRA
9h00Plenária I: A Política Externa Brasileira e a Propriedade Intelectual. Retaliações Cruzadas Resultantes das Decisões da OMC Luiz Felipe Lampreia (Centro Brasileiro de Relações Internacionais – CEBRI) Jorge de Paula Costa Ávila (Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI)
Moderador: Peter Dirk Siemsen (Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira) 10h30 Pausa para Café 11h00 Plenária II: A Marca Corporativa como Reflexo daResponsabilidade Social e Ambiental da Empresa Marcilio Marques Moreira (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – ETCO) Lélio Lauretti (Consultor)
Debatedor: José Luis de Salles Freire (Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados)
Moderadora: Elisabeth E. Kasznar Fekete (Momsen, Leonardos & Cia) 12h30 Almoço
14h00 Painel 1: Critérios para uma Política de Proteção à Biotecnologia Geraldo U. Berger (Monsanto do Brasil) Margareth Maia (Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI)
Moderador: Luiz Henrique do Amaral (Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema
Moreira)
Painel 2: Desafios Globais do Sistema de Patentes. O Crônico e Crescente Backlog Mundial de Pedidos de Patentes Nuno Pires de Carvalho (Organização Mundial da Propriedade Intelectual – OMPI) Alan J. Kasper (AIPLA, EUA)
Moderador: Clovis Silveira (C&S Interpatents) Painel 3: Direitos Autorais na Obra Cinematográfica Ivana Có Galdino Crivelli (Crivelli & Carvalho Advogados Associados) Luiz Carlos Barreto (Diretor Cinematográfico)
Moderador: Eduardo Lycurgo Leite (Advocacia Lycurgo Leite) 16h00 Pausa para Café 16h30 Painel 4: Marcas Não Tradicionais: Situação Atual José Antonio B.L. Faria Correa (Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira) Luiz Fernando Ribeiro Matos Jr ( Matos & Associados, Advogados)
Debatedor: Dorian Mazurkevich (United States Patent and Trademark Office - USPTO)
Moderador: Valdir de Oliveira Rocha (Veirano Advogados Associados) Painel 5: Patentes Polimórficas e Patentes de Segundo Uso: Isto éBenéfico para o Brasil? Jorge Raimundo (Jorge Raimundo Consultoria e Assessoria Jurídica) Rodolfo Chivatá (Baker & McKenzie, Colômbia)
Moderador: João Luis d’Orey Facco Vianna (Momsen, Leonardos & Cia.)
Painel 6: Second Life e Propriedade Intelectual: A Proteção da PI no Mundo Virtual
Marieke Westgeest (Markenizer, Holanda) Manoel J. Pereira dos Santos (Santos e Furriela Advogados)
Moderador: Rodolfo H. Martinez y Pell Jr. (Martinez & Moura Barreto Ltda.) 19h30 Jantar de Confraternização Casa das Canoas 25 DEAGOSTO DE2009 – TERÇA-FEIRA
9h00Painel 7: Incentivos Fiscais à Inovação: Eficácia e Dificuldades Durval A. Portela Filho (Loeser e Portela Advogados) Joel Weisz (Cognética, Consultoria de Empreendimentos Ltda.)
Moderador: Paulo Rogério Sehn (Trench, Rossi e Watanabe Advogados) Painel 8: Protocolo de Madri: Uma Avaliação Atual José Graça Aranha (Organização Mundial da Propriedade Intelectual – OMPI) Gabriel Francisco Leonardos (Momsen, Leonardos & Cia)
Moderador: Antonio Carlos Siqueira da Silva (Associação Brasileira da
Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC)
Painel 9: A Proteção do Design na Indústria de Autopeças:Comentários sobre a Jurisprudência Internacional e Nacional Heitor Estanislau do Amaral (Farina & Estanislau do Amaral Advogados) Gabriel Di Blasi (Di Blasi, Parente, Vaz e Dias & Associados)
Debatedora: Karin Grau-Kuntz (Advogada, Alemanha)
Moderador: Leonardo Barém Leite (Advogado) 10h30 Pausa para Café 11h00 Painel 10: Indicações Geográficas: Exemplos de Sucesso.
Confusão de Conceitos entre IGs, Marcas Coletivas e Marcas de Certificação
Luis Fernando Samper (Federación Nacional de Cafeteros de Colombia) Maria Lúcia Leite Gouvêa Mascotte (Instituto Nacional da PropriedadeIndustrial – INPI)
Maria Alice Camargo Calliari (Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI)
Moderador: Roner Guerra Fabris (Roner Guerra Fabris Advogados Associados) Painel 11: Harmonização Substantiva de Leis de Patentes: Situação
das Discussões sobre o SPLT na OMPI Ivan Ahlert (Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira) Mardson McQuay (GE Global Patent Operation, EUA)
Moderador: Jacques Labrunie (Gusmão & Labrunie) Painel 12: Copa do MundoAmbush Marketing: Uma Ameaça ao Merchandising na
*Ricardo Teixeira (Confederação Brasileira de Futebol - CBF) Istvan Kasznar (Institutional Business Consultoria Internacional) Luiz Felipe Santoro (Santoro, Almeida & Andries Advogados/Instituto Brasileiro
de Direito Desportivo - IBDD) Moderador: Felipe Legrazie Ezabella (Goffi Scartezzini Advogados Associados
e Sport Club Corinthians Paulista)
12h30 Almoço
14h00 Plenária III: Open Innovation e Crowd Sourcing: Novas Formas de Criação a Exigir Novas Formas de Proteção Robert R. Gruetzmacher (Dupont, EUA) Horacio Gutierrez (Microsoft, EUA)
Moderadora: Tatiana Campello Lopes (Demarest & Almeida Advogados) 15h30 Pausa para Café 16h00 Plenária IV: Agenda para o Desenvolvimento: Avanços e
Perspectivas Embaixador José Botafogo Gonçalves (Centro Brasileiro de Relações
Internacionais - CEBRI)
Roberto Castello Branco (Consultor)
Moderador: Antonio de Figueiredo Murta Filho (Murta Goyannes Advogados) 17h30Encerramento Oficial
ÍNDICEALFABÉTICOREMISSIVO
ÍNDICEONOMÁSTICO RELAÇÃO DEASSUNTOS SIGLASUTILIZADAS REVISTA DA AGOSTO
2009
IS SN 1 98 0-28 46ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
EDIÇÃOESPECIAL
I
NDEX1992-2009
REVISTAS Nº 1 A100 R EV IS TA DA A B P I – E D IÇ Ã O E SPE CIA L – IN D E X 19 92 -2 00 9 – R E V IS TA S N º 1 A 10 0 – A GO S TO D E 20 09 PROGRAMA FINALAIPPI
A ABPI, grupo nacional da Asso-ciation Internationale pour la Protec-tion de la Propriété Intellectuelle - AI-PPI, participou do Global IP Summit Meeting, ocorrido em Paris, no dia 2 de outubro, representada pelo seu pre-sidente Luiz Henrique O. do Amaral. Nas sessões I e II do Comitê Executivo da AIPPI, nos dias 3 e 6 de outubro. Estiveram presentes: o presidente da ABPI e o grupo nacional da AIPPI, Luiz Henrique O. do Amaral (também representante); os delegados Ricardo Pinho, Marcio Merkl (também repre-sentante), Gisele Levy, David Merryle-es (também reprMerryle-esentante), Maitê Mo-ro e Cláudio R. Barbosa (também representante); os representantes: José Roberto d’Affonseca Gusmão, Letícia
Provedel, Gabriel Di Blasi, José Anto-nio B. L. Faria Correa, Maria C. de Souza Brito; Elisabeth Kasznar Fekete (membro do Comitê de Programas e representante), Peter D. Siemsen (membro do Comitê de Nomeações) e Valdir Rocha (membro do Comitê de Indicações). Os eventos ocorreram em paralelo ao 42nd World Intellectual Property Congress, nos dias 3 a 6 de outubro, em Paris.
Na Sessão I, realizada dia 3, além das boas vindas do presidente da AIPPI aos participantes, houve apresentações da WIPO e WTO. Aprovada a agenda da Exco I, foi preparada a agenda da Assembléia Geral. Emenda estatutária e suspensão do grupo nacional eslova-co e os relatórios do escritório e dos comitês e Resolução Q 199 (Privilege Task Force), completaram a reunião.
Na sessão II, realizada dia 6, foram discutidas questões de fi-nanças, avaliados os trabalhos dos oficiais, eleições e definido o Méxi-co para a realização do Congresso de 2018. A atualização do esquema do Congresso Anual, o Report Q211 (Comitê do Uso de Linguagens na AIPPI) e confirmações das resolu-ções dos comitês especiais e de trabalho integraram a agenda da reunião.
AIPLA Annual Meeting
O presidente da ABPI, Luiz Hen-rique O. do Amaral, participou do 2010 Annual Meeting, organizado pela American Intellectual Property Law Association - AIPLA, dias 21 a 23 de outubro, em Washington, DC.
ABPI em eventos internacionais
A associação teve representantes em eventos importantes
Durante os dias de 31 de agos-to e 2 de setembro de 2010, os ad-vogados Filipe Fonteles Cabral e Cassiano Ricardo Golos Teixeira, estiveram representando a ABPI no 3º China Trademark Association (CTA) Annual Meeting na cidade de Xining, Provincia de Qinghai, Noroeste da China. Além dos re-presentantes da ABPI, estavam presentes autoridades do Ministé-rio da Indústria e Comércio da China (SAIC), o Governador da Província de Qinghai e membros dos institutos de marca do Vietnã, Coréia do Sul, Japão, Macao, OHIM e WIPO.
A participação dos representan-tes teve como intuito a aproximação da associação brasileira com a chine-sa, visando a troca de experiências e impressões acerca da prática e legis-lação marcaria.
No evento, foram discutidos os seguintes tópicos:
- Nova emenda da Lei de marcas chi-nesa. A CTA está aceitando sugestões e comentários para que a Lei chinesa de marcas possua um caráter mais aceitá-vel para investidores estrangeiros. - Painéis acerca das mais recentes de-cisões de marca na China e a compa-ração com outros institutos como o japonês, europeu e norte-americano.
- Incentivo para que regiões chinesas não tão desenvolvidas realizem a devida proteção por marca/indica-ção geográfica, não somente na Chi-na, mas também no exterior.
Estavam presentes no evento au-toridades do Ministério da Indústria e Comércio da China (SAIC), o Gov-ernador da Província de Qinghai e membros dos institutos de marca do Vietnã, Coréia do Sul, Japão, Macao, OHIM e WIPO, além dos represent-antes da ABPI.
O próximo encontro da CTA ocorrerá na cidade de Chengdu, Pro-víncia de Sichuan, com data a ser estipulada.
3º China Trademark Association Annual Meeting.
Participantes do 3º China Trademark Association (CTA) Annual Meeting
Notas
A CNI, através do seu Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), identificou que o backlog de patentes existente no INPI é um sério empeci-lho para a inovação tecnológica do país. A demora na concessão de paten-tes, que pode chegar a 10 ou mais anos em determinadas áreas, inibe o inves-timento em pesquisa e desenvolvi-mento e prejudica especialmente a in-dústria brasileira inovadora.
A ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, que participa do Movimento Empresarial pela Ino-vação, recebeu a incumbência de le-vantar propostas para a redução do
backlog de patentes a serem levadas pela CNI ao Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior.
O comitê de gestão de proprieda-de intelectual da ANPEI, no qual a ABPI está representada pelo conse-lheiro Markus Wolff, realizou reunião no dia 20 de outubro no INPI para a discussão de medidas práticas para a redução do backlog de patentes.
Nesse contexto foram apresenta-das pelo INPI uma série de mediapresenta-das de curto e médio prazo que contri-buirão para a redução do backlog. Entre elas estão a informatização do processamento de patentes, que se inicia neste ano, o depósito eletrôni-co de patentes que está previsto para o final do próximo ano e o acesso via internet aos processos, que deverá ocorrer em 2012. Foi apresentada também a nova estrutura organiza-cional do INPI com um maior
núme-ro de divisões técnicas de patentes. Essa nova estrutura, que permitirá um maior controle na qualidade dos exames realizados, será implementa-da ainimplementa-da esse ano.
Foi solicitado pelo presidente do INPI, Jorge Ávila, o apoio da indús-tria para o projeto de informatização da área de patentes do INPI e para o plano de aumento de quadro de exa-minadores, que deverá passar de 300 para aproximadamente 600. Esse au-mento de quadro deverá ocorrer em duas etapas com dois concursos para 150 examinadores cada.
As sugestões da ANPEI, bem como as medidas propostas pelo INPI serão encaminhadas para a CNI em início de novembro e deverão ser encaminhadas ao Ministério ainda este ano.
ABPI participa de reunião com ANPEI e INPI para discussão da
redução do backlog de patentes
Atividades das Comissões de Estudo
Os co-coordenadores das Comissões de Estudo da ABPI apresentam um resumo dos painéis
realizados durante o pré-evento do XXX Congresso Internacional da Propriedade
Intelectual, na tarde de sábado (dia 21 de agosto) e na manhã de domingo (dia 22 de
agosto), com palestrantes de renome nacional e internacional que desenvolveram temas
prioritários da agenda de suas áreas específicas.
Desenho Industrial
A Comissão de Estudo de Desenho Industrial que tem como co-coordena-dores Saulo Murari Calazans (RJ) e Lucas Martins Gaiarsa (SP), abordou o tema “A Evolução do Design”, com palestras dos designers João Bezerra de Menezes e Denise Dantas, professores do curso de Desenho Industrial da Fa-culdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Os palestrantes expuseram suas opiniões e críticas quanto à forma como o ambiente acadêmico (corpo docente e discente) interage com o sis-tema de proteção aos desenhos indus-triais. Foram debatidos temas perti-nentes como a definição de “desenho industrial” dada pela Lei de Proprieda-de Industrial em relação à conceitua-ção clássica entendida pelos profissio-nais do setor, bem como as dificuldades dos professores em superar a falta de uma bagagem mínima dos alunos
so-bre temas relativos às exclusividades legais. Por fim, concluiu-se que tais fa-tores podem e devem ser trabalhados de forma mais intensa por meio de uma maior interação dos advogados e agentes com a academia, propiciando benefícios a ambos os lados. O resulta-do desta maior interação seria um maior aprofundamento nos conceitos técnicos relativos aos desenhos indus-triais para os profissionais da proprie-dade intelectual e um melhor entendi-mento, por parte dos professores e alunos, de como operam os diversos institutos de proteção.
Repressão às Infrações
A Comissão de Estudo de Repres-são às Infrações, que tem como co-coordenadores Rafael Lacaz Amaral (RJ) e Marcelo Junqueira Inglez de Sou-za (SP), focou o tema “Legitimidade ativa de titular do pedido de patente”,
com o objetivo de abordar as dificul-dades que se tem para a defesa judi-cial dos direitos (ou expectativas de direitos) ligados ao pedido de paten-te. Mais especificamente, a possibili-dade de alegação pelo réu, que a au-sência de carta patente impediria o ajuizamento da ação, fundado no ar-tigo 42 e 44, § 2, da LPI. O palestrante convidado foi Fernando Eid Philipp, do escritório Gusmão & Labrunie Propriedade Intelectual Ltda. O tema foi analisado sob a luz da doutrina, jurisprudência e direito comparado. Consignou-se, ainda, a possibilidade de pleitear junto ao INPI prioridade ao exame do pedido de patente, em vista da existência de infração.
Os titulares dos pedidos de pa-tente ainda sofrem com uma situa-ção de insegurança jurídica. Como alternativa para a proteção dos direi-tos inerentes ao pedido de patente,
foi consignada a possibilidade de tratá-lo sob o aspecto da concorrên-cia desleal, violação de sigilo de in-dústria, enriquecimento sem causa, quebra da boa-fé ou ainda violação contratual, quando aplicável. Contu-do, como contra ponto, foi pondera-do que a proteção ou exclusividade incondicionada a pedidos de patente pode ensejar abusos como pedidos absolutamente despropositados que ensejariam demandas infundadas e prejudicariam usuários de boa-fé de tecnologias não sujeitas a proteção. Concluiu-se ser o tema controverso, não havendo posição consolidada na doutrina e jurisprudência e, por isso, a necessidade de novas reuniões da Comissão acerca do tema.
Marcas
A Comissão de Estudo de Marcas recebeu três convidados internacionais que proferiram palestras abrangentes sobre os procedimentos de registro de marcas nos EUA, Canadá e União Eu-ropéia. Os palestrantes convidados fo-ram: Perla Kuhn, da Hughes Hubbard & Reed LLP – EUA; Johanne Auger, da BCF n.r.c.e.l. LLP – Canadá; e Gonçalo Cunha Ferreira, de Portugal. O painel de marcas presenteou o público com interessante discussão entre os níveis de proteção das marcas, além de com-parar os procedimentos de oposição em diferentes jurisdições. Moderados pelos co-coordenadores da comissão, Alvaro Loureiro Oliveira (RJ) e Letícia Provedel (SP), os palestrantes contri-buíram com esclarecimentos e respon-deram às perguntas da platéia.
Transferência de Tecnologia e Franquias
A Comissão de Estudo de Trans-ferência de Tecnologia e Franquias reuniu-se para discutir as questões polêmicas: licença X transferência de tecnologia - o papel do INPI no regis-tro dos contratos que envolvem tec-nologia não patenteada – é possível ter-se uma licença de tecnologia não patenteada no Brasil ou pela lei tere-mos que ter a efetiva transferência?
Integraram a mesa de debates o Desembargador do TRF da 2ª Região, André Fontes e a advogada Cândida Ribeiro Caffé, do escritório Dane-mann Siemsem Bigler & Ipanema
Moreira. Discutiu-se sobre a natureza jurídica do know-how, a legislação que dá fundamento à atividade do INPI quando do registro de contratos, bem como decisões do judiciário que en-volvem a questão e o posicionamento de outros países. A conclusão dos de-batedores é a de que a licença de
know-how é possível pela lei brasileira. As co-coordenadoras da Comis-são Tatiana Campello Lopes e Karin Klempp Franco, organizaram um sub-grupo de estudos dentro da Co-missão para a questão licença versus transferência de tecnologia, com a intenção de fornecer subsídios ao parecer técnico sobre o tema a ser encaminhado ao Conselho Diretor da ABPI e, posteriormente, ao INPI. Cultivares
A multiplicação e comercialização ilegal de sementes protegidas por cul-tivares tornou-se uma questão crítica no Brasil. Essas atividades ilegais de-sestimulam a pesquisa e melhoramen-to de novas cultivares e causam enor-mes prejuízos, inclusive para o agricultor, que passa a ter acesso a se-mentes de baixa qualidade passíveis de disseminar pragas e doenças nas lavouras. Essa foi a tônica dos debates na reunião da Comissão de Cultivares. Silvia van Rooijen, engenheira agrôno-ma, advogada, membro da Câmara Setorial Federal de Flores e Plantas Ornamentais do MAPA e Diretora da Cultivar Protection Ltda, expôs o atual arcabouço legal da proteção de culti-vares e demonstrou, através de exem-plos, os mecanismos existentes na le-gislação de sementes e mudas que podem ser aplicados de forma bastan-te eficaz para a cessação de atos de comercialização ilegal de cultivares protegidas, ou seja a pirataria de se-mentes. São co-coordenadoras desta comissão Viviane Yumy Mitsuuchi Kunisawa (RJ) e Maria Cecilia de Araujo Oswald (SP).
A palestrante considerou um avanço a legislação de proteção de cultivares, mas por comportar exce-ções aos direitos dos obtentores, co-mo a exceção para uso próprio, confe-re incertezas ao processo de confe-repconfe-ressão à comercialização ilegal de sementes protegidas. Por outro lado, embora raramente mencionadas em ações
ju-diciais contra sementes ilegais, disse que a Lei de Sementes e Mudas (Lei 10.711/03) e o decreto que a regula-menta (Decreto 5.153/04) instrumen-talizam de forma bastante eficaz os mecanismos de repressão à comercia-lização ilegal de sementes protegidas.
A Associação Brasileira de Semen-tes e Mudas (Abrasem) calcula que o comércio de sementes ilegais na safra 2009 chegou a cerca de 40% do total utilizado. Em Holambra, onde está sediada a Cultivar Protection, os prin-cipais produtos pirateados são rosas e crisântemos mas também gérberas e hortaliças, segundo Silvia. A Lei 9.456, de 1997, protege cultivares de flores, frutas e hortaliças por um período de 15 anos. Após este prazo, a variedade cai em domínio público sem qualquer ônus. O problema é a dificuldade de se identificar um produto agrícola pirata de um cultivado legalmente. As se-mentes ilegais,muitas vezes, são co-mercializadas com embalagens falsifi-cadas, imitando as originais. A pirataria é praticada através de semen-tes obtidas na lavoura, conhecidas no mercado como sementes salvas. A lei de sementes e mudas está sendo revis-ta e as mudanças devem valer para a safra 2010/2011.
Indicações Geográficas
A reunião da Comissão de Estu-dos das Indicações Geográficas con-tou com a presença de Maria Alice Calliari, coordenadora geral de Indi-cações Geográficas e Registros do INPI; Roner Guerra, do escritório Roner Guerra Fabris Advogados As-sociados e Charles Goemaere, do Comité Interprofessionnel du Vin de Champagne.
Maria Alice Calliari falou sobre o conflito entre marcas e indicações geográficas, esclarecendo as diferen-ças entre os dois institutos, quanto aos signos que os compõem e quanto à sua finalidade. Ela apresentou a legislação comparada a respeito des-tes conflitos, citando os Regulamen-tos 510/06 e 110/08 da União Euro-péia, que tratam das hipóteses de convívio ou de recusa da marca ou da indicação geográfica, face à pree-xistência de direitos alheios. Anali-sou também os dispositivos da lei brasileira e os princípios norteadores
Comissões de Estudo da ABPI
acerca do tema, à luz de decisões ju-risprudenciais e doutrina, nacionais e estrangeiras.
Roner Guerra apresentou um histórico das indicações geográficas e destacou o pouco tempo que se observa a expansão desse instituto em nosso país. Confrontando as in-dicações geográficas e as marcas, Roner falou dos pontos em comum: sinais visualmente perceptíveis e função distintiva. Já as diferenças predominam, vez que as indicações geográficas não constituem uma pro-priedade, mas sim um direito de uso exclusivo concedido em favor de uma coletividade. Além disso, Roner anunciou que a Aprovale requereu o registro da indicação geográfica “VALE DOS VINHEDOS”, desta fei-ta na qualidade de denominação de origem. Um dos requisitos desta de-nominação de origem é que os seus vinhos sejam elaborados com 100% de uvas oriundas da região delimita-da. Trata-se de versão mais sofistica-da neste tipo de certificação, pois determina não apenas a região de origem de 100% da matéria prima, como também as características e a qualidade do processo da produção.
Charles Goemaere descreveu o de-senvolvimento da região de Cham-pagne, originalmente uma região de poucos recursos e que, graças ao reco-nhecimento da denominação de ori-gem “Champagne”, vivenciou cresci-mento vertiginoso ao longo dos séculos. A exemplo do que ocorre com marcas bem sucedidas, a indicação geográfica “Champagne” também é alvo de constantes investidas por ter-ceiros de má fé. O Comité de Cham-pagne possui um time de profissionais dedicados a combater o uso indevido de “Champagne” e Charles Goemaere descreveu exemplos de infrações. Nos debates foi mencionada a decisão pro-ferida na França em uma disputa entre o Comité de Champagne e Yves Saint Laurent. Por força dessa decisão, foi determinado o cancelamento do regis-tro para a marca “CHAMPAGNE” para designar perfumes. Essa decisão teve por finalidade evitar a diluição e o enfraquecimento de “Champagne”.
As coordenadoras desta co-missão são Ana Lúcia de Sousa Bor-da (RJ) e Laetitia Maria Alice Pablo D’Hannes (SP).
Direitos Autorais e Direitos da Personalidade
A reunião da Comissão de Estu-dos de Direitos Autorais e Direitos da Personalidade, teve como exposi-tores Fábio Luiz Barbosa Ferreira, do escritório Barreto Ferreira, Kujawski, Brancher e Gonçalves Sociedade de Advogados e Attílio José Ventura Gorini, do escritório Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira.
As exposições versaram sobre particularidades do Direito Autoral no sistema anglo-americano, compa-rando aspectos do Copyright Law nos Estados Unidos e Reino Unido e a Lei Autoral no Brasil. Abordou o contexto histórico de desenvolvi-mento dos sistemas de Copyright Bri-tânico e Americano, ambos deriva-dos do Estatuto da Rainha Ana, de 1710. Abordou tópicos específicos nos três sistemas, como obras prote-gidas, direitos morais e patrimoniais de autor, limitações e exceções ao Direito de Autor, o fair use e o fair
dealing nos EUA e no Reino Unido, respectivamente, além de obras pro-duzidas no decurso do contrato de trabalho e obras sob encomenda.
Foram apresentados e comenta-dos casos judiciais, fazendo-se um paralelo entre os tópicos abordados e as decisões judiciais a respeito da matéria. Dentre os casos citados, des-tacam-se as produções cinematográ-ficas assinadas por “Alan Smithee”, casos de filmes como Brazil e
Imagi-narium Doctor Parnassus além do caso do Monty Python’s Flying Circus. Fo-ram citados casos de obras situadas em logradouros públicos e o impacto das decisões a respeito de tais obras nos direitos morais, enfraquecidos no sistema anglo-americano. Tam-bém foram citados os casos do
Naps-ter, Sony Betamax e Warner Bros. vs
RDR Books, para ilustrar questões relativas ao time-shifting e às limita-ções ao direito de autor.
São coordenadores desta co-missão: Cláudio Lins de Vasconcelos (RJ) e Sonia Maria D’Elboux (SP). Patentes
Julio Castelo Branco, assistente técnico da Diretoria de Patentes do INPI, trouxe à reunião da comissão de patentes informações sobre
acor-dos de cooperação entre Escritórios de Patente visando medidas para acelerar os exames técnicos de pedi-dos de patente em vários países, e sobre a visão do INPI quanto à im-portância da qualidade dos exames técnicos. Ele comentou a situação atual dos exames de patentes no IN-PI, com ênfase ao backlog e às ações que estão sendo tomadas para solu-cioná-lo. O palestrante ressaltou a importância para o país em se man-ter a qualidade e eficiência no pro-cessamento, e principalmente no que diz respeito à atuação do INPI como Autoridade de Busca e Exame Inter-nacionais do PCT.
A comissão tem como co-coorde-nadoras Maria Carmen de Souza Brito (RJ) e Ana Paula Santos Celidô-nio (SP).
Direito Desportivo
O desporto brasileiro, do futebol ao esporte olímpico, é uma terra de oportunidades, desde que os clubes e entidades do setor invistam na va-lorização de suas marcas e de outros ativos de Propriedade Intelectual. Esta foi uma das conclusões dos de-bates sobre “Direito de Transmissão e Retransmissão de eventos despor-tivos”. O palestrante convidado à reunião da Comissão de Estudo de Direito desportivo foi Pedro Tren-grouse Laignier de Souza, da Funda-ção Getúlio Vargas em reunião con-duzida pelo co-coordenador (RJ) Peter Eduardo Siemsen que enfati-zou: “É preciso mostrar ao mercado a importância do trabalho dos espe-cialistas no campo do Direito Espor-tivo, agentes, consultores e advoga-dos de Propriedade Intelectual. Os clubes estão deixando de ter ganhos expressivos com a falta de conheci-mento nesta matéria”. O co-coorde-nador (SP) é Alberto Jerônimo Guer-ra Neto.
Pedro de Souza criticou o mode-lo “ultrapassado” de governança dos clubes brasileiros de futebol, citando como exemplo o Flamengo, clube para o qual prestou consultoria du-rante muito tempo, que aumentou sua receita com royalties graças à au-ditoria permanente nas vendas de-claradas pelos seus parceiros. “Não sabemos investir e nem negociar
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Boletim da
trocínios olímpicos consolidados, sé-rios, que sirvam a médio e longo prazo para tornar estes esportes mais maduros”, disse.
Segundo Souza, mestre em Direi-to Esportivo pela Fifa, o futebol é o único esporte brasileiro superavitá-rio, onde os clubes conseguem co-mercializar sua marca junto ao setor privado e não dependem de publici-dade oficial. “Até o vôlei, que é bem administrado, depende de patrocínio do Banco do Brasil para se manter em pé”, disse, ao acrescentar que, da verba de R$ 140 milhões anuais re-passada anualmente ao Comitê Olímpico Brasileiro nada chega aos clubes, nem às Federações.
Direito da Concorrência
A Comissão de Estudos de Direi-to da Concorrência promoveu em sua reunião, uma Mesa Redonda da INTA-ABPI, organizada pelo Subco-mitê para o Caribe e a América Lati-na, para tratar das marcas de alto renome e notoriamente conhecidas sob enfoque da concorrência desleal, principalmente, os desafios que os titulares dessas marcas vivem quan-to às infrações e ao enforcement no nosso judiciário, e também os confli-tos travados no INPI.
Ana Lúcia de Sousa Borda, do escritório Dannemann, Siemsem, Bi-gler & Ipanema Moreira, apresentou a INTA, sua história e sua posição acerca das marcas notoriamente co-nhecidas, com ênfase na necessidade de comprovação da reputação no país em que é reclamada a proteção, sendo dispensada a comprovação de registro assim como do uso. Foram expostos os motivos que levaram a
INTA a adotar uma Resolução sobre as marcas notoriamente conhecidas em 1996 e os principais critérios para a determinação deste status, como a extensão geográfica da publicidade, o conhecimento da marca pelo públi-co no segmento específipúbli-co, etc. Foi mencionada a adoção da Recomen-dação Conjunta em 1999 pela OMPI nas assembléias da Convenção da União de Paris e da OMPI, por reco-mendação do Comitê Permanente sobre a Legislação de Marcas, Dese-nhos Industriais e Indicações Geo-gráficas com o objetivo de estabele-cer critérios uniformes para a determinação da condição de marca notoriamente conhecida e com o to-tal apoio da INTA.
Renata Shaw, gerente jurídica da Coca-Cola, tratou do tema “A inter-relação entre o Direito da Concorrên-cia, marcas de alto renome, notoria-mente conhecidas e famosas”, abordando a fundamentação consti-tucional para a questão “MARCAS e LIVRE CONCORRÊNCIA”, baseada nos artigos 5, inciso XXIX, 170 e 173 § 4º da CFRB e explorando a questão da dificuldade em se obter o status de alto renome – todo o investimento feito pela empresa em determinada marca – e mesmo assim, ser vítima de diversas dificuldades decorren-tes, justamente, da fama obtida: (i) colidência figurativa, e (ii) monitora-mento de marcas não depositadas. Destacou as conseqüências de medi-das judiciais e administrativas, com exemplos de infrações sofridas pela empresa em vários países. Relatou o âmbito do Sistema Brasileiro de De-fesa da Concorrência, tratando sobre CADE, SDE e SEAE, abordando a questão “Princípio da liberdade” X
“Prevenção do abuso econômico do poder”. Ela concluiu ressaltando que a aquisição de sociedade empresária envolve análise marcária - já que a clientela tende a se manter fiel à mar-ca, ainda que seu titular seja outro.
Os co-coordenadores da comis-são, Paulo Parente Marques Mendes (RJ) e José Carlos da Matta Berardo (SP), anunciaram que, nas futuras reuniões, serão tratados os aspectos da inter-relação desse tema com a Defesa da Concorrência sobre o que dispõe a Lei nº 8.884/1994, e em es-pecial, com a concorrência desleal regulada pela LPI e que trata mais da concorrência em âmbito privado. Biotecnologia – Direito
Internacional da Propriedade Intelectual
Em reunião conjunta das comis-sões de estudo de Biotecnologia e Di-reito Internacional da Propriedade Intelectual foram realizadas duas apresentações sobre a Importância da Biotecnologia no cenário empresarial por Javier Fernandez, (Legal Advisor & Regulatory Affairs, CropLife Latin America), entidade que congrega as mais poderosas empresas do setor de biotecnologia do planeta, presente em 91 países, sendo 18 na América Lati-na; e Roberto Debom, da Cristalia la-boratório farmacêutico nacional que mais investe em pesquisa, desenvol-vimento e inovação.
São co-coordenadoras da Comis-são de Estudo de Biotecnologia Ana Cristina Almeida Muller (RJ) e Paula Santos e Silva (SP) e da Comissão de Estudo de Direito Internacional da Propriedade Intelectual Benny Spiewak.