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Estudo comparativo entre as listas global, nacional e estaduais de aves ameaçadas no Brasil

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Academic year: 2021

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INTRODUÇÃO

A perda de biodiversidade é apontada como um dos principais problemas de conser-vação no Brasil e no mundo. A sobrevivência da biodiversidade tropical é improvável sem uma proteção efetiva (Myers et al., 2000), a qual deve priorizar as áreas de grande im-portância biológica e sobre grande pressão antrópica (Silva, 2005). Desta forma, a im-plantação de áreas protegidas é muitas vezes

o componente central das estratégias de con-servação em longo prazo (Bruner et al., 2001). Para identificar essas áreas, a maioria dos estudos utiliza, entre outros parâmetros, padrões de ocorrência das espécies endêmi-cas e ameaçadas, as quais formam um grupo de espécies alvo (Bonn et al., 2002).

As listas de espécies ameaçadas são de ex-trema importância no planejamento de es-tratégias e na definição de prioridades para a conservação. Muitas organizações gover-namentais e não-govergover-namentais tomam suas decisões através do status de

conser-Estudo comparativo entre as listas

global, nacional e estaduais de aves

ameaçadas no Brasil

Frederico Innecco Garcia1

• Departamento de Zoologia - Instituto de Biologia - Universidade de Brasília

Miguel Ângelo Marini, PhD

• Departamento de Zoologia - Instituto de Biologia - Universidade de Brasília

RESUMO. As aves brasileiras foram avaliadas com relação a seu nível de ameaça por meio da com-paração das principais listas de espécies de aves ameaçadas de extinção no Brasil, nas escalas global (IUCN), nacional (IBAMA) e local, nas listas estaduais de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo e Pará, a fim de fornecer subsídios para futuros projetos de conservação da avifauna brasileira. Foram citados 494 táxons ameaçados ou quase ameaçados de extinção no território brasileiro, sendo 72% nas avaliações estaduais, 48% na avaliação nacional e 26% na avaliação global. Foram analisadas as diferenças entre as espécies listadas e entre as categorias de ameaça. Mais de 50% das espécies nacionalmente ameaçadas de extinção requerem alta prioridade de pesquisa. Devem ser realizados esforços especiais pelos ornitólogos brasileiros, para complemen-tar o conhecimento a respeito das espécies raras ou sob risco de extinção, de modo a evicomplemen-tar que mais espécies desapareçam sem nem sequer terem sido conhecidas de modo adequado. Faz-se também necessária a divulgação deste conhecimento a respeito das espécies ameaçadas e o uso de ferramen-tas adequadas, para que seja possível avançar em relação às classificações das espécies em categorias de ameaça.

PALAVRAS-CHAVE: conservação de avifauna, listas de espécies ameaçadas, prioridades de

pesquisa.

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vação das espécies, utilizando as listas para definir prioridades de pesquisa e de alo-cação de recursos para conservação da bio-diversidade (Gärdenfors et al., 2001). A indi-cação de uma espécie em uma lista vermelha obriga o poder público a dar a ela proteção especial, podendo isso ser entendida como o principal papel dessas listas (Machado et al., 2005). No Brasil, desde 1967, as espécies ameaçadas recebem a atenção da legislação através da Lei de Proteção à Fauna Brasileira (nº. 5197, de 3 de janeiro de 1967), a qual tor-na proibida a captura, caça, compra, venda e exportação de todas as espécies listadas. A atual legislação de crimes contra a fauna pre-vê o agravamento da pena quando o crime é praticado contra espécies ameaçadas de ex-tinção (Lei nº. 9.605/98; decreto nº. 3.179/99; capítulo 5; seção I; parágrafo 4º; artigo I) (MMA, 1999).

Diferentes sistemas são utilizados para demonstrar o nível de ameaça das espécies. Dentre estes sistemas, a lista vermelha de es-pécies ameaçadas da União para a Conservação da Natureza (IUCN) é uma fer-ramenta amplamente utilizada entre os con-servacionistas de animais silvestres (Gärdenfors et al., 2001). A escala da ameaça de extinção pode ser local, nacional ou glo-bal. Entretanto a não existência de um vo-cabulário capaz de diferenciá-las causa con-fusão no nível de ameaça das espécies (Collar, 2001). A lista vermelha da IUCN foi planejada para avaliar o risco de extinção das espécies em um âmbito global e sua efi-ciência diminui para ações de conservação em uma escala nacional (Rodríguez et al., 2000). No Brasil as primeiras listas de espé-cies da fauna brasileira ameaçadas de ex-tinção foram compiladas nas décadas de 1960-1970 (Carvalho, 1968; Coimbra-Filho & Magnanini, 1968; ABC, 1972). Em 1989 o Ministério do Meio Ambiente (MMA) junto com o Instituto Nacional do Meio Ambiente (IBAMA) prepararam a primeira lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção, sendo a segunda edição desta lista publicada em 2003 (IBAMA, 2003). A elabo-ração desta lista iniciou-se em 1997 com a

publicação do Roteiro Metodológico para Elaboração de Listas de Espécies Ameaçadas de Extinção (Lins et al., 1997). Após a imple-mentação de uma base de dados com infor-mações publicadas e inéditas procedeu-se uma consulta ampla à comunidade orni-tológica, sendo a decisão final do status de conservação das espécies tomada durante um workshop realizado em 2002 (Machado et al., 2005).

Reconhecendo a utilidade de listas de espé-cies ameaçadas, alguns estados brasileiros já realizaram suas próprias avaliações: o Paraná, o estado pioneiro em 1995, teve sua lista recentemente revisada por Mikich & Bérnils (2004); Minas Gerais (Machado et al., 1998), acaba de realizar a revisão de sua lista de 1998 a qual será homologada em breve (Biodiversitas, 2006); São Paulo (São Paulo, 1998); Rio de Janeiro (Bergallo et al., 2000); Rio Grande do Sul (Fontana et al., 2003); Espírito Santo (Espírito Santo, 2005); e Pará (Aleixo, 2006).

Avaliações de espécies ameaçadas não são definitivas, pois à medida que novas infor-mações são publicadas, algumas espécies são inseridas na lista e outras são consider-adas livres de ameaça (Collar et al., 1992). A categoria “dados deficientes”, definida pela IUCN em 1994 foi criada para descrever um táxon cujas informações a respeito da sua distribuição e/ou status da população são insuficientes ou inadequados para sua clas-sificação de ameaça (Collar et al., 1994). Para Parker e colaboradores (1996) a priori-dade de pesquisa das espécies de aves neotropicais é baseada no conhecimento da história natural, distribuição e taxonomia das espécies.

O presente estudo teve como objetivos: com-parar as listas de espécies de aves ameaçadas de extinção no Brasil, nas escalas global, através da avaliação da IUCN (2006), nacional, através da avaliação do IBAMA (2003) e local, através das avaliações estadu-ais de Minas Gerestadu-ais (Machado et al., 1998), São Paulo (São Paulo, 1998), Rio de Janeiro

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(Bergallo et al., 2000), Rio Grande do Sul (Fontana et al., 2003), Paraná (Mikich & Bérnils, 2004), Espírito Santo (Espírito Santo, 2005) e Pará (Aleixo, 2006) quanto as espé-cies citadas e ao número de espéespé-cies ameaçadas, por categoria de ameaça. Comparar o nível de conhecimento das es-pécies listadas pelo IBAMA e IUCN através do nível de prioridade de pesquisa proposta por Parker e colaboradores (1996), a fim de fornecer subsídios para futuros projetos de conservação da avifauna brasileira.

MATERIAIS E MÉTODOS

No presente estudo foram consideradas: i- a lista vermelha de espécies de aves ameaçadas globalmente da IUCN (IUCN, 2006), ii- a lista nacional oficial das espécies de aves ameaçadas no Brasil do IBAMA (IBAMA, 2003), com adição da lista de espé-cies quase ameaçadas apresentada por Machado e colaboradores (2005) e iii- as lis-tas dos estados de Minas Gerais (Machado et al., 1998), São Paulo (São Paulo, 1998), Rio de Janeiro (Bergallo et al., 2000), Rio Grande do Sul (Fontana et al., 2003), Paraná (Mikich & Bérnils, 2004), Espírito Santo (Espírito Santo, 2005) e Pará (Aleixo, 2006). As semelhanças entre as listas global e nacional foram com-paradas através dos índices qualitativos de similaridade de Jaccard & Sorensen (Magurran, 1988). As categorias de ameaças propostas pelas listas da IUCN, IBAMA e es-tados foram comparadas, para cada espécie de ave. O nível de conhecimento das espé-cies listadas como ameaçadas global e na-cionalmente foi medido a partir do grau de prioridade de pesquisa proposto na base de dados das espécies de aves neotropicais de Parker e colaboradores (1996). O status de espécie endêmica do Brasil, foi avaliado através das referências de Sick (1997), NatureServe (2005), Olmos (2005) e Sigrist (2006). As espécies descritas após o ano de 1995 (CBRO, 2006) foram avaliadas quanto ao seu nível de ameaça. A nomenclatura científica assim como a seqüência filogenéti-ca seguem a proposta pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2006), a

nomenclatura popular em português segue a proposta pelo CBRO (2006) e Sigrist (2006), a nomenclatura popular em inglês segue a proposta por Souza (2002), Sigrist (2006) e Comitê de Classificação Sul Americano (South American Classificatin Committee -SCAA, 2006), os nomes subespecíficos seguem os propostos pelas listas na qual foram citadas. Quando houve divergência na nomenclatura usada entre as listas e o CBRO, o nome divergente foi destacado en-tre colchetes. Quando a espécie foi conside-rada ameaçada por uma lista e uma de suas subespécies foi considerada ameaçada por outra lista, o nome subespecífico foi destaca-do entre parênteses.

RESULTADOS

Ao todo foram citados 494 táxons (espécies e subespécies) de aves como ameaçadas ou quase ameaçadas no Brasil, abarcando 23 das 26 ordens e 69 das 96 famílias que repre-sentam a avifauna brasileira (CBRO, 2006) (ANEXO 1). A lista da IUCN cita 125 espé-cies globalmente ameaçadas e 98 como quase ameaçadas. O IBAMA lista 160 táxons nacionalmente ameaçados, sendo 44 subespé-cies e 53 táxons quase ameaçados, sendo 13 subespécies. Localmente, o estado de Minas Gerais lista 83 espécies; São Paulo lista 163 táxons, sendo cinco subespécies; Rio de Janeiro lista 82 espécies; Rio Grande do Sul lista 127 táxons, sendo uma subespécie; Paraná lista 68 espécies; Espírito Santo lista 81 espécies e Pará 31 táxons, sendo subespé-cies (TABELA 1 e ANEXO 1).

A união das listas global (IUCN) e nacional (IBAMA) somou um total de 194 táxons de aves ameaçadas, dos quais apenas 91 espé-cies são citadas pelas duas listas. A similari-dade entre as espécies citadas nas listas foi de 47% (índice de Jaccard = 0,47 e índice de Sorensen = 0,64). Das espécies listadas por somente uma das avaliações, 34 espécies o são somente pela IUCN, enquanto 69 táxons (25 espécies e 44 subespécies) são listadas pelo IBAMA. As diferenças entre as listas in-cluíram, por exemplo: 38 espécies

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represen-tadas em 44 subespécies cirepresen-tadas somente pe-lo IBAMA; das 31 espécies migratórias lis-tadas como ameaçadas ou quase ameaçadas, 17 são citadas somente pela IUCN. Dentre as espécies citadas pela IUCN, quatro delas, a citar: o papagaio-de-bochecha-azul (Amazona

dufresniana); a mariquita-azul (Dendroica cerulea); o diablotim (Pterodroma hasitata) e o

condor-dos-andes (Vultur gryphus), o CBRO (2005) considera improvável a ocorrência no Brasil, incluindo-as na sua lista secundária. Além destas, cinco outras espécies: o aracuã-escamoso (Ortalis squamata), o rabo-branco-de-margarette (Phaethornis margarettae),obe-sourão-de-bico-grande (Phaethornis ochraceiventris

camargoi), a tiriba-de-orelha-branca (Pyrrhura anaca) e o joão-do-araguaia (Synallaxis simoni) estão em desacordo taxonômico

en-tre as avaliações do CBRO (2006) e SCAA (2006).

As listas estaduais citam um total de 356 es-pécies de aves ameaçadas (ANEXO 1), 32 destas espécies são classificadas como extin-tas ou como extinextin-tas na natureza, por pelo menos uma dessas listas (TABELA 2) e seis espécies são citadas em todas as listas dos

estados do sul e sudeste e não são citadas ou são citadas como quase ameaçadas nas listas da IUCN e do IBAMA (TABELA 3).

Dentre as 91 espécies classificadas como ameaçadas pelas listas global e nacional, 42 (46%) são classificadas como vulneráveis, 20 (22%) em perigo, 13 (14,5%) criticamente em perigo, uma (1%) extinta na natureza e 15 (16,5%) espécies estão em desacordo em re-lação à categoria de ameaça, sendo sete es-pécies em maior categoria de ameaça pela IUCN e oito pelo IBAMA. Entre as espécies listadas nas categorias extinta ou extinta na natureza, quatro são consideradas pelo IBA-MA: o mutum-de-alagoas (Mitu [crax] mitu), a arararinha-azul-pequena (Cyanopsitta

spixii), a arara-glaucus (Anodorrhynchus glaucus) e o esquimó-migratório (Numenius borealis), e na lista da IUCN apenas o

mu-tum-de-alagoas é considerado como extinto na natureza (TABELA 2). Dentre as espécies citadas por apenas uma destas duas listas 21 espécies são classificadas como criticamente em perigo ou em perigo de extinção, das quais: 11 são citadas pelo IBAMA e 10 pela IUCN (ANEXO 1).

TABELA 1: Número de espécies ameaçadas por categoria de ameaça nas listas global da IUCN, nacional do IBAMA e local dos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Pará.

Categorias NÚMERO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS de Ameaça

IUCN 1 IBAMA 2 PR 3 MG 4 SP 5 RJ 6 RS 7 ES 8 PA9

EX 0 2 3 0 0 X 3 0 0 EW 1 2 0 4 20 X 7 0 0 CR 23 24 14 12 47 X 31 37 1 EN 31 47 25 27 37 X 42 18 17 VU 70 85 26 40 59 X 44 26 13 QA 98 53 - - - -Total 223 212 68 83 163 82 127 81 31

Legenda: EX- extinto; EW- extinto na natureza; CR- criticamente ameaçado; EN- em perigo; VU- vulnerável; QA- quase ameaçado; X- sem classificação de ameaça; -- categoria não avaliada.

1: IUCN (2006); 2: IBAMA (2003); 3: Mikich & Bérnils (2004); 4: Machado et al. (1998); 5: São Paulo (1998); 6: Bergallo et al. (2000); 7: Fontana et al. (2003); 8: Espírito Santo (2005); 9: Aleixo (2006).

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TABELA 2: Espécies e subespécies classificadas como extintas e/ou extintas na natureza por pelo menos uma das listas de espé-cies de aves ameaçadas na avaliação global da IUCN, nacional do IBAMA e local dos estados Paraná (PR), Minas Gerais (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro RJ), Rio Grande do Sul (RS); Espírito Santo (ES) e Pará (PA)

Nome do taxon *,S Nome Polular* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Accipiter poliogaster tauató-pintado EW EW X CR

Anodorhynchus glaucus arara-azul-pequena CR EX EX

Charitospiza eucosma mineirinho QA EW VU

Columbina cyanopis EB rolinha-do-planalto CR CR EW

Crypturellus noctivagus

(noctivagus) EB jaó-do-sul QA VU EN CR CR X EW CR

Cyanopsitta spixii EB ararinha-azul CR EW

Diopsittaca [Ara] nobilis maracanã-pequena EW

Dromococcyx phasianellus peixe-frito-verdadeiro EW EN

Eleothreptus [Caprimulgus]

candicans bacurau-de-rabo-branco EN EN EW

Falco deiroleucus falcão-de-peito-laranja CR EN X EW

Geositta [Geobates]

poeciloptera andarilho QA VU VU EW

Harpia harpyja gavião-real QA QA CR EW CR X EW CR

Heliactin bilophus [cornuta] chifre-de-ouro EW

Ibycter [Daptrius] americanus gralhão EX EW

Jacamaralcyon tridactyla EB cuitelão VU QA VU EW X

Lophornis magnificus EB topetinho-vermelho VU EX

Mergus octosetaceus pato-mergulhão CR CR CR CR EW

Mitu [Crax] mitu EB mutum-do-nordeste EW EW

Morphnus guianensis uiraçu-falso QA QA EX CR X EW CR

Myrmeciza ruficauda EB formigueiro-de-cauda-ruiva EN EN EW

Nemosia rourei EB saíra-apunhalada CR CR EW CR

Neochen jubata pato-corredor QA EW

Numenius borealis VN maçarico-esquimó CR EX EW

Paroaria capitata cavalaria EW

Penelope superciliaris

(alagoensis) jacupemba EN EW

Primolius [Propyrrhura]

maracana maracanã-do-buriti QA QA EN EN EX VU

Ramphastos vitellinus pintoi tucano-de-bico-preto EW

Salvatoria [Amazona] xanthops papagaio-galego QA QA VU EW

Spizaetus ornatus gavião-de-penacho EN EN CR X EW CR

Sporophila [Oryzoborus]

maximiliani bicudo QA CR CR EW X CR

Sporophila bouvreuil saturata caboclinho EW

Sporophila frontalis pixoxó VU VU VU EN CR X EW CR

Taoniscus nanus EB inhambu-carapé VU VU EX VU EW

* A nomenclatura científica assim como a seqüência filogenética seguem a proposta pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2006), a nomenclatura popular segue a proposta pelo CBRO (2006) e Sigrist (2006), os nomes subespecíficos seguem os propostos pelas listas na qual foram citadas. Quando houve di-vergência na nomenclatura usada entre as listas e o CBRO, o nome divergente foi destacado entre colchetes. Quando a espécie foi considerada ameaçada por uma lista e apenas uma de suas subespécies foi considerada ameaçada por outra lista, o nome subespecífico foi destacado entre parênteses.

S- Status: EB- Endêmica do Brasil (Sick, 1997; NatureServe, 2004; Olmos, 2005; Sigrist, 2006); VN- Visitante sazonal oriundo do hemisfério norte;

1: IUCN (2006); 2: IBAMA (2003); 3: Mikich & Bérnils (2004); 4: Machado et al. (1998); 5: São Paulo (1998); 6: Bergallo et al. (2000); 7: Fontana et al. (2003); 8: Espírito Santo (2005); 9: Aleixo (2006).

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Das 194 espécies de aves listadas como glo-bal ou nacionalmente ameaçadas, 164 foram avaliadas quanto à prioridade de pesquisa proposta por Parker e colaboradores (1996). Devido à um algum desacordo no conceito taxonômico de espécie ou por terem sido descritas recentemente, 30 espécies foram excluídas desta análise. Os 69 táxons listados somente pelo IBAMA foram avaliados, porém as subespécies foram consideradas apenas pelo seu nome específico e para aquelas com duas subespécies o resultado foi repetido. Dentre todas as espécies avali-adas, 86 possuem alta prioridade de pesquisa, sendo 70% destas espécies citadas pelas duas listas. Dentre as espécies citadas somente pela lista da IUCN, 50% possuem alta prioridade de pesquisa. Já para as espé-cies listadas somente pelo IBAMA, 43,5%, possuem baixa prioridade de pesquisa (FIGURA 1). Na lista da IUCN nenhuma es-pécie está incluída na categoria deficiente de dados. A lista do IBAMA (2003) também não relaciona espécies nesta categoria, mas na reedição desta lista feita por Machado e co-laboradores (2005) esta categoria foi contem-plada e relaciona 69 táxons de aves, sendo 40 destes considerados ameaçados ou quase ameaçados de extinção por outras avaliações (ANEXO 1). Recentes reavaliações ta-xonômicas (CBRO, 2006; SACC, 2006)

alte-TABELA 3: Espécies de aves citadas em todas as listas dos estados do sul e sudeste brasileiro que não são citadas ou são citadas co-mo quase ameaçadas nas listas nacionais da IUCN e do IBAMA.

Nome do Taxon* Nome popular* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES 8

Triclaria malachitacea sabiá-cica QA QA VU EN CR X VU CP

Tinamus solitarius macuco QA QA VU CR VU X CR CP

Sporophila [Oryzoborus] angolensis curió VU EN VU X EN CP

Spizaetus [Spizastur] melanoleucus gavião-pato EN EN EN X CR VU

Spizaetus ornatus gavião-de-penacho EN EN CR X EW CP

Harpia harpyja gavião-real QA QA CR EW CR X EW CP

* A nomenclatura científica assim como a seqüência filogenética seguem a proposta pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2006), a nomenclatura popular segue a proposta pelo CBRO (2006) e Sigrist (2006), os nomes subespecíficos seguem os propostos pelas listas na qual foram citadas. Quando houve divergência na nomenclatura usada entre as listas e o CBRO, o nome divergente foi destacado entre colchetes. Quando a espécie foi considerada ameaçada por uma lista e ape-nas uma de suas subespécies foi considerada ameaçada por outra lista, o nome subespecífico foi destacado entre parênteses.

1: IUCN (2006); 2: IBAMA (2003); 3: Mikich & Bérnils (2004); 4: Machado et al. (1998); 5: São Paulo (1998); 6: Bergallo et al. (2000); 7: Fontana et al. (2003); 8: Espírito Santo (2005).

Legenda: QA- Quase Ameaçado; VU- Vulnerável; EN- Em Perigo; CR- Criticamente em Perigo; EW- Extinta na Natureza; EX- Extinta; X- Sem classificação de ameaça.

Baixa 10 30 50 70 Nº de espécies Média Prioridade de pesquisa

IUCN e IBAMA IUCN IBAMA

Alta

Figura 1: Número de espécies das listas do IBAMA (2003) e IUCN (2006) por nível de prioridade de pesquisa se-gundo Parker e colaboradores (1996)

raram a nomenclatura de 38 das espécies relacionadas como ameaçadas ou quase ameaçadas nas listas avaliadas; para estas espécies o nome divergente foi destacado entre colchetes (ANEXO 1). Das 15 espécies descritas após o ano de 1995 as seis primeiras descritas até o ano 2000 foram con-sideradas ameaçadas ou quase ameaçadas e uma descrita em 2005 foi considerada ameaçada (TABELA 4).

O grau de prioridade de pesquisa foi com-parado entre as categorias de ameaça. Em to-das as categorias de ameaça, o maior

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número de espécies requer alta prioridade de pesquisa e todas as espécies consideradas extintas ou extintas na natureza requerem al-ta prioridade de pesquisa. Para essa análise foram excluídas: 15 espécies citadas nas duas listas e que estão em desacordo com re-lação a categoria de ameaça, além de 30 es-pécies excluídas devido à algum desacordo no conceito taxonômico de espécie ou por terem sido descritas recentemente.

(FIGU-RA 2).

Entre as espécies consideradas como endêmicas do Brasil, 134 são consideradas como ameaçadas ou quase ameaçadas por pelo menos uma das listas avaliadas. São citadas pelas listas nacional e global, 121 es-pécies, sendo 59,5% comum às duas listas. Das 15 espécies (12%) listadas apenas pelo IBAMA, duas são classificadas como critica-mente ameaçadas de extinção, três em peri-go de extinção, cinco vulneráveis e cinco quase ameaçadas. Das 34 espécies endêmi-cas do Brasil (28,5%), listadas apenas pela IUCN, seis são classificadas como critica-mente ameaçadas de extinção, quatro

vul-neráveis e 24 quase ameaçadas, 11 destas es-pécies são classificadas com deficiência de dados por Machado e colaboradores (2005) (ANEXO 1).

DISCUSSÃO

Mais de 25% das aves ocorrentes no ter-ritório brasileiro (1.796 espécies segundo

TABELA 4: Espécies descritas após o ano de 1995 (CBRO, 2006) consideradas ameaçadas ou quase ameaçadas pelas avaliações da IUCN (2006), IBAMA (2003), Paraná (Mikich & Bérnils, 2004) e Pará (Aleixo, 2006).

ANO NOME DO TAXON NOME POPULAR STATUS

IBAMA IUCN PR PA 1995 Stymphalornis acutirostris bicudinho-do-brejo EN EN EN

-1996 Acrobatornis fonsecai acrobata VU VU -

-1997 Arremon franciscanus tico-tico-do-são-francisco QA QA - -1998 Antilophia bokermanni soldadinho-do-araripe CR CR - -1998 Scytalopus iraiensis macuquinho-da-várzea EN EN EN -2000 Herpsilochmus sellowi chorozinho-da-caatinga - QA - -2001 Suiriri islerorum suiriri-da-chapada - - - -2002 Micrastur mintoni falcão-críptico - - - -2002 Pyrrhura snethlageae tiriba-do-madeira - - - -2002 Xiphocolaptes carajaensis arapaçu-do-carajás - - - -2002 Caica aurantiocephala papagaio-de-cabeça-laranja - - - -2003 Glaucidium mooreorum caburé-de-pernambuco - - - -2004 Thamnophilus divisorius choca-do-acre - - - -2005 Scytalopus pachecoi tapaculo-ferreirinho - - -

-2005 Aratinga pintoi cacaué - - - VU

Legenda:EM - em perigo; VU - vulnerável; QA - quase ameaçado; - não classificada como ameaçada. Baixa Nº de espécies

Média Prioridade de pesquisa

Vulnerável Em perigo

Criticamente em perigo Extinta na natureza Alta 10 20 30 40 50

Figura 2: Nível de prioridade de pesquisa das espécies ameaçadas de extinção no Brasil segundo Parker e co-laboradores (1996), separados por categoria de ameaça

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CBRO, 2006) encontra-se ameaçada ou quase ameaçada de extinção segundo as avaliações estaduais, nacional e global feitas para o Brasil. Como a lista da IUCN apresenta uma avaliação global da ameaça de extinção, uma espécie ameaçada em apenas uma região de sua área de distribuição, não está necessaria-mente ameaçada globalnecessaria-mente (Gärdenfors, 2001). Assim como o esperado por Gärden-fors (2001), o maior número de táxons ameaçados (71%) foi classificado pelas avali-ações estaduais, enquanto 33% foram con-sideradas ameaçadas pela avaliação nacional e 26% ameaçadas em todo o mundo na ava-liação global. Através das avaliações estadu-ais pode se registrar um grande número de espécies e subespécies consideradas extintas em pelo menos uma parte de sua área de dis-tribuição original; esta situação foi definida por Collar (2001) como extirpação. Devido à grande extensão do território brasileiro e das pressões regionais distintas, as listas estadu-ais de espécies ameaçadas fazem-se neces-sárias (Costa et al., 2005). Estas listas tam-bém podem ser consideradas como sinais de alerta de problemas locais enfrentados pelas espécies, e assim, ajudar a evitar problemas de conservação em maiores escalas espa-ciais. Ao considerar subespécies, a lista do IBAMA aponta para problemas regionais de conservação, suprindo, em parte, a falta de uma lista regionalizada.

Aproximadamente 60% das espécies endêmicas do Brasil são apontadas como ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção. Como estas espécies estão restritas a um úni-co país, espera-se que todos os táxons endêmicos de um país sejam incluídos nas avaliações global e nacional (Gärdenfors, 2001). Entre as 15 espécies endêmicas do Brasil listadas apenas pelo IBAMA o rabo-branco-de-margarette, o joão-do-araguaia e a tiriba-de-orelha-branca, não são reconheci-das como espécies válireconheci-das pelo SACC (2006), sendo a tiriba-de-orelha-branca também não reconhecida pelo CBRO (2006) como espécie válida. As fragatas tesourão-grande (Fregata

minor nicolli) e a tesourão-pequeno (Fregata ariel trinitatis) são listadas pelos nomes

es-pecíficos na avaliação do IBAMA, mas são subespécies endêmicas do Brasil com dis-tribuição restrita a ilha de Trindade (Olmos, 2005). Entre as 34 (28,5%) espécies endêmi-cas do Brasil que são listadas apenas pela IUCN, como por exemplo: o joão-cipó (Asthenes luizae), uma espécie endêmica do Brasil e do Cerrado, restrita aos afloramen-tos rochosos da cadeia do espinhaço (Sick, 1997; Silva & Bates, 2002) e o cuitelão (Jacamaralcyon tridatyla), uma espécie endêmica do Brasil e da Mata Atlântica do litoral sudeste (Sick, 1997) considerada como extinta da natureza no estado de São Paulo (São Paulo, 1998) e ameaçada nos estados de Minas Gerais (Machado et al., 1998) e Rio de Janeiro (Bergallo et al., 2000). Estas dis-cordâncias envolvendo espécies endêmicas do Brasil devem ser reavaliadas. Costa e co-laboradores (2005) também identificaram discordâncias entre as espécies de mamífe-ros endêmicas do Brasil citadas pelas listas nacional e global e concluíram que algumas delas chegam ao ponto de serem ilógicas, de-vido à pouca informação disponível acerca das espécies e por haver avaliações e opiniões divergentes na interpretação dos dados disponíveis. Uma espécie de coruja endêmica do Brasil, o caburé-de-pernambu-co (Glaucidium moororum), foi recentemente descrita, à beira da extinção, na Mata Atlântica do nordeste brasileiro e os autores a classificaram como criticamente ameaçada (Silva et al., 2002), mas sua condição de ameaçada ainda não foi reconhecida em nenhuma lista.

As maiores mudanças na composição de es-pécies listadas são oriundas de mudanças no conhecimento destas espécies, sendo o au-mento de conheciau-mento e mudanças taxonômi-cas, as verdadeiras mudanças no grau de conservação (Possingham et al., 2002). Para J.F. Pacheco e colaboradores são dois os prin-cipais avanços responsáveis pela relevante diferença qualitativa entre a primeira e se-gunda edição da lista do IBAMA: a melhoria na qualidade da informação acerca das espé-cies e a estrita aplicação dos critérios da IUCN (Machado et al., 2005). Isto também

(9)

pode explicar algumas das diferenças apre-sentadas entre as avaliações do IBAMA e da IUCN, no presente trabalho, uma vez que os critérios são os mesmos, porém o volume de informação disponível para a comunidade científica brasileira é maior, devido à maior comunicação e troca de informações científi-cas não publicadas sobre as espécies, entre os ornitólogos. Por isso destaca-se a necessi-dade da disseminação destas informações através de publicações em revistas reno-madas e de circulação internacional, garan-tindo que os responsáveis pela lista da IUCN tenham acesso e incorporem os dados nas suas revisões. Entre as espécies descritas nos últimos 16 anos, todas as descritas até o ano 2000 foram consideradas ameaçadas e ape-nas uma descrita a partir do ano de 2001 foi consideraderada ameaçada. Dentre estas o cacaué (Aratinga pintoi), a tiriba-do-madeira (Pyrrhura snethlageae) e o arapaçu-do-carajás (Xiphocolaptes carajaensis) ainda não são re-conhecidas como espécies válidas pelo SACC (2006). A não inclusão destas espécies em nenhuma lista possivelmente se deve ao fato de todas estas ainda serem pouco co-nhecidas e suas descobertas serem posteri-ores à data da realização das avaliações. Comparações de classificações feitas entre níveis globais e nacionais podem mostrar al-gumas incompatibilidades, pois são usados diferentes métodos que fornecem diferentes respostas para o grau de conservação da es-pécie. Desta forma, diferenças entre as cate-gorias de ameaça podem ser oriundas de diferenças nos critérios usados na classifi-cação ou na qualidade das informações acessadas para cada espécie (Gärdenforns, 2001). O maior número de espécies classifi-cadas em categorias mais altas de ameaça pelo IBAMA contradiz a opinião de Gärdenfors (2001) que espera que o nível de ameaça seja menor ou igual à categoria pro-posta pela avaliação global, quando com-parada com a avaliação nacional. O princi-pal desacordo está na definição de extinção, a qual deve ser reavaliada, principalmente por duas espécies endêmicas do Brasil estarem envolvidas, o mutum-de-Alagoas e

a arararinha-azul-pequena. Poucas espécies da região neotropical foram estudadas em detalhes (Parker et al., 1996) e a escassez de dados é o maior problema para categorizar o nível de ameaça das espécies (O’Grady et al., 2004). As análises revelaram que a maio-ria das espécies ameaçadas possui conheci-mento científico ruim a médio e que as es-pécies extintas desapareceram sem que ob-tivéssemos um bom conhecimento da sua biologia, representando uma perda de conhecimento irreparável. O desconheci-mento sobre algumas espécies faz com que muitas avaliações de status de ameaça sejam subjetivas, o que poderia explicar em grande parte as discrepâncias entre as listas do IBAMA e da IUCN. O uso de ferramen-tas adequadas para avaliar a status de ameaça de uma espécie, como o geoproces-samento, faz-se necessário para se evitar avaliações equivocadas.

CONCLUSÃO

Muitas destas discordâncias podem diminuir a confiança das decisões em con-servação e dificultar a implantação de políti-cas públipolíti-cas. Organizações locais podem ter dificuldades para arrecadar fundos interna-cionais porque os patrocinadores acreditam, erroneamente, que listas globais são mais acuradas, diminuindo a eficiência de conser-vação ao nível nacional, onde as ações para conservação causam maior impacto (Rodríguez et al., 2000). Esforços especiais devem ser realizados pelos ornitólogos brasileiros, para complementar o conheci-mento a respeito das espécies raras ou sob risco de extinção, de modo a evitar que mais espécies entrem em extinção sem sequer terem sido conhecidas de modo adequado. Faz-se também necessária a divulgação deste conhecimento a respeito das espécies ameaçadas e o uso de ferramentas ade-quadas para que seja possível avançar em re-lação às suas classificações de categorias de ameaças.

(10)

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a P.M. Bizzotto pela ajuda na redação do manuscrito e aos revisores anô-nimos por seus comentários. Ao CNPq pela bolsa de pesquisador concedida à M.Â.Marini.

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ANEXO 1: Lista comparativa das espécies de aves ameaçadas e quase ameaçadas globalmente pela IUCN, nacionalmente pelo IBA-MA e localmente pelos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Pará NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

STRUTHIONIFORMES Rheidae (1/1)

Rhea americana ema QA CR VU CR

TINAMIFORMES Tinamidae (23/6)

Tinamus solitarius macuco QA QA VU CR VU X CR CR

Crypturellus undulatus jaó CR VU

Crypturellus noctivagus

(noctivagus) EB jaó-do-sul QA VU EN CR CR X EW CR

Crypturellus noctivagus

(zabele)EB jaó-do-sul QA CR

Crypturellus variegatus inhambu-anhangá EN X EN

Nothura minorEB codorna-mineira VU VU VU CR

Taoniscus nanusEB inhambu-carapé VU VU EX VU EW

ANSERIFORMES Anhimidae (2/1)

Anhima cornuta anhuma EN CR

Anatidae (25/7)

Dendrocygna bicolor marreca-caneleira X

Neochen jubata pato-corredor QA DD EW

Cairina moschata pato-do-mato X EN

Sarkidiornis sylvicola

[melanotos] pato-de-crista X VU

(13)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Anas bahamensis marreca-toicinho VU

Netta eryththalma paturi-preta VU

Mergus octosetaceus pato-mergulhão CR CR CR CR EW GALLIFORMES

Cracidae (22/12)

Ortalis squamata EB aracuã-pintado VU

Ortalis superciliaris EB aracuã-de-sobrancelhas QA DD

Penelope superciliaris

(alagoensis) jacupemba EN EW

Penelope obscura jacuaçu VU VU

Penelope pileata EB jacupiranga QA DD

Penelope ochrogaster EB jacu-de-barriga-castanha VU VU EN

Penelope jacucaca EB jacucaca VU VU

Aburria [Pipile] jacutinga jacutinga EN EN EN CR CR X CR

Mitu [Crax] mitu EB mutum-do-nordeste EW EW

Crax globulosa mutum-de-fava VU

Crax fasciolata (pinima) mutum-de-penacho EN CR VU CR EN

Crax blumenbachii EB mutum-de-bico-vermelho EN EN CR X CR

Odontophoridae (4/1)

Odontophorus capueira

(plumbeicollis) uru EN VU VU EN SPHENISCIFORMES

Spheniscidae (4/3)

Spheniscus magellanicus VS pingüim-de-magalhães QA

Eudyptes chrysolophus VA(S) pingüim-de-testa-amarela VU

Eudyptes chrysocome VA(S) pingüim-de-penacho-amarelo VU

PROCELLARIIFORMES Diomedeidae (10/8)

Phoebetria fuscaVA(S) piau-preto EN

Phoebetria palpebrata VA(S) piau-de-costas-claras QA

Thalassarche chlororhynchos VS albatroz-de-nariz-amarelo EN VU VU VU

Thalassarche melanophris VS albatroz-de-sobrancelha EN VU

Diomedea epomophora VS albatroz-real VU VU

Diomedea sanfordi VA(S) albatroz-real-do-norte EN EN

Diomedea exulans VS albatroz-gigante VU VU VU EN

Diomedea dabbenena VS albatroz-de-tristão EN EN VU

Procellariidae (27/10)

Macronectes giganteus VS petrel-gigante VU VU VU

Macronectes halli VS petrel-gigante-do-norte QA

Pterodroma hasitata OP diablotim EN

Pterodroma incerta VS grazina-de-barriga-branca VU VU

Pterodroma arminjoniana grazina-de-trindade VU VU EN

Procellaria cinerea VA(S) pardela-cinza QA

Procellaria aequinoctialis VS pardela-preta VU VU VU VU

Procellaria conspicillata VS pardela-de-óculos CR EN EN

Puffinus griseus VS bobo-escuro QA

Puffinus lherminieri pardela-de-asa-larga CR CR

Continuação da Anexo 1

(14)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

PELECANIFORMES Phaethontidae (3/2)

Phaethon aethereus rabo-de-palha-de-bico-vermelho VU

Phaethon lepturus rabo-de-palha-de-bico-laranja VU Sulidae (5/2)

Morus capensis VA atobá-do-cabo VU

Sula sula (sula) atobá-de-pé-vermelho QA EN

Anhingidae (1/1)

Anhinga anhinga biguatinga X

Fregatidae (3/2)

Fregata minor EB,R# tesourão-grande CR CR

Fregata ariel EB,R# tesourão-pequeno CR CR

CICONIIFORMES Ardeidae (25/3)

Tigrisoma fasciatum socó-boi-escuro EN EN CR CR X

Cochlearius cochlearius arapapá EN

Nyctanassa violacea savacu-de-coroa EN Threskiornithidae (9/3)

Eudocimus ruber guará CR CR X

Mesembrinibis cayennensis coró-coró EN

Platalea [Ajaia] ajaja colhereiro VU Ciconiidae (3/3)

Ciconia maguari maguari VU X CR

Jabiru mycteria tuiuiú EN CR

Mycteria americana cabeça-seca VU VU

PHOENICOPTERIFORMES Phoenicopteridae (4/2)

Phoenicopterus chilensis VS flamingo-chileno QA

Phoenicoparrus andinus VA(S) flamingo-grande-dos-andes VU

CATHARTIFORMES Cathartidae (6/2)

Sarcoramphus papa urubu-rei EN X CR VU

Vultur gryphus OP condor-dos-andes QA

FALCONIFORMES Accipitridae (47/19)

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza CR

Leptodon forbesi EB,D gavião-de-pescoço-branco CR DD

Chondrohierax uncinatus caracoleiro VU VU

Circus cinereus gavião-cinza VU VU

Circus buffoni gavião-do-banhado VU

Accipiter poliogaster tauató-pintado DD EW EW X CR

Leucopternis lacernulatus EB gavião-pombo-pequeno VU VU EN EN CR X

Leucopternis polionotus gavião-pombo-grande QA QA EN VU EN VU

Buteogallus aequinoctialis caranguejeiro EN EN

Continua Continuação da Anexo 1

(15)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Harpyhaliaetus coronatus águia-cinzenta EN VU VU EN CR CR VU

Busarellus nigricollis gavião-belo VU X VU

Parabuteo unicinctus gavião-asa-de-telha EN EN

Percnohierax [Buteo] leucorrhous gavião-de-sobre-branco CR

Buteo [Geranoaetus]

melanoleucus águia-chilena VU

Morphnus guianensis uiraçu-falso QA QA EX CR X EW CR

Harpia harpyja gavião-real QA QA CR EW CR X EW CR

Spizaetus tyrannus(tyrannus) gavião-pega-macaco QA EN VU CR VU

Spizaetus [Spizastur]

melanoleucus gavião-pato EN EN EN X CR VU

Spizaetus ornatus gavião-de-penacho EN EN CR X EW CR Falconidae (21/4)

Ibycter [Daptrius] americanus

(pelzeni) gralhão DD EX EW

Herpetotheres cachinnans acauã VU

Falco rufigularis cauré EN

Falco deiroleucus falcão-de-peito-laranja DD CR EN X EW GRUIFORMES

Psophiidae (3/1)

Psophia viridis obscura EB jacamim-de-costas-verdes EN EN

Rallidae (32/8)

Coturnicops notatus pinto-d’água-carijó DD VU

Micropygia schomburgkii maxalalagá DD VU

Aramides mangle EB saracura-do-mangue DD VU

Laterallus jamaicensis VA açanã-preta QA

Laterallus xenopterus D sanã-de-cara-ruiva VU CR

Porzana spiloptera sanã-cinza VU VU EN

Porphyrio [Porphyrula] flavirostris frango-d’água-pequeno VU

Fulica armillata carqueja-de-bico-manchado VU Heliornithidae (1/1)

Heliomis fulica picaparra VU X

CHARADRIIFORMES Charadriidae (11/1)

Vanellus cayanus batuíra-de-esporão VU

Haematopodidae (1/1)

Haematopus palliatus piru-piru VU

Scolopacidae (29/4)

Gallinago undulata narcejão VU

Limosa haemastica VN maçarico-de-bico-virado VU

Numenius borealis VN maçarico-esquimó CR EX EW

Tryngites subruficollis VN maçarico-acanelado QA QA VU

Rostratulidae (1/1)

Nycticryphes semicollaris narceja-de-bico-torto VU Laridae (8/2)

Larus atlanticus VS gaivota-de-rabo-preto VU VU VU

Continua Continuação da Anexo 1

(16)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Chroicocephalus [Larus]

maculipennis gaivota-maria-velha X

Sternidae (17/5)

Gygis alba alba grazina QA

Phaetusa simplex trinta-réis-grande X

Sterna hirundinacea trinta-réis-de-bico-vermelho VU

Thalasseus sandvicensis

eurygnatha trinta-réis-de-bando QA

Thalasseus [Sterna] maximus trinta-réis-real VU VU VU COLUMBIFORMES

Columbidae (23/7)

Columbina cyanopis EB rolinha-do-planalto CR CR EW

Claravis pretiosa pararu-azul EN

Claravis godefrida pararu-espelho CR CR CR CR CR X CR

Patagioenas [Columba] speciosa pomba-trocal VU X Patagioenas [Columba] cayennensis pomba-galega VU Patagioenas [Columba] plumbea pomba-amargosa VU

Geotrygon violacea juriti-vermelha DD EN VU CR PSITTACIFORMES

Psittacidae (84/35)

Anodorhynchus hyacinthinus arara-azul-grande EN VU CR VU

Anodorhynchus glaucus arara-azul-pequena CR EX EX

Anodorhynchus leari EB arara-azul-de-lear CR CR

Cyanopsitta spixii EB ararinha-azul CR EW

Ara ararauna arara-canindé CR VU CR X

Ara chloropterus arara-vermelha-grande CR EN CR X

Orthopsittaca [Ara] manilata maracanã-de-cara-amarela CR

Primolius [Propyrrhura]

maracana maracanã-do-buriti QA QA EN EN EX VU

Primolius couloni maracanã-de-cabeça-azul EN

Diopsittaca [Ara] nobilis maracanã-pequena EW

Guaruba guarouba EB ararajuba EN VU VU

Aratinga auricapillus EB jandaia-de-testa-vermelha QA VU X VU

Aratinga pintoiEB cacaué VU

Pyrrhura cruentata EB tiriba-grande VU VU EN X EN

Pyrrhura lepida

(coerulescens) EB tiriba-pérola QA EN

Pyrrhura lepida (lepida) EB tiriba-pérola QA EN

Pyrrhura lepida (anerythra) EB tiriba-pérola QA DD

Pyrrhura perlata lepida tiriba-de-barriga-vermelha EN

Pyrrhura leucotis EB tiriba-de-orelha-branca VU EN X EN

Pyrrhura anaca EB ,T tiriba-do-peito-cinza CR

Pyrrhura pfrimeri EB ,T tiriba-de-pfrimer VU

Continua Continuação da Anexo 1

(17)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Nannopsittaca dachilleae R# periquito-da-amazônia QA

Touit melanonotus EB apuim-de-costas-pretas EN VU VU CR X EN

Touit surdus EB apuim-de-cauda-amarela VU QA CR X EN

Caica [Pionopsitta]

aurantiocephala papagaio-de-cabeça-laranja QA

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú EN VU VU

Salvatoria [Amazona] xanthops papagaio-galego QA QA VU EW

Pionus menstruus (reichenowi) maitaca-de-cabeça-azul QA VU

Amazona pretrei papagaio-charão VU VU VU

Amazona brasiliensis EB papagaio-de-cara-roxa VU VU EN CR

Amazona dufresniana OP papagaio-de-bochecha-azul QA

Amazona rhodocorytha EB chauá EN EN CR CR X CR

Amazona aestiva papagaio-verdadeiro VU

Amazona ochrocephala

xantholaena papagaio-campeiro VU

Amazona farinosa papagaio-moleiro CR X

Amazona vinacea papagaio-de-peito-roxo VU VU EN CR X EN CR

Triclaria malachitacea sabiá-cica QA QA VU EN CR X VU CR CUCULIFORMES

Cuculidae (20/7)

Coccyzus cinereus papa-lagarta-cinzento VU

Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler EN

Crotophaga major anu-coroca VU

Dromococcyx phasianellus peixe-frito-verdadeiro EW EN

Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino X EN

Neomorphus geoffroyi (dulcis) jacu-estalo CR EN X CR

Neomorphus geoffroyi (geoffroyi) jacu-estalo DD EN X CR

Neomorphus squamiger jacu-estalo-escamoso QA DD STRIGIFORMES

Strigidae (22/6)

Pulsatrix perspicillata

(perspicillata) murucututu EN EN

Pulsatrix perspicillata (pulsatrix) murucututu DD VU EN

Strix hylophila coruja-listrada QA

Strix [Ciccaba] virgata (borelliana) coruja-do-mato DD CR

Strix [Ciccaba] huhula

(albomarginata) coruja-preta DD VU

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho EN

Asio stygius mocho-diabo VU

CAPRIMULGIFORMES Nyctibiidae (5/2)

Nyctibius grandis mãe-da-lua-gigante EN X VU

Nyctibius aethereus mãe-da-lua-parda DD VU VU

Caprimulgidae (24/7)

Nyctiprogne vielliardi bacurau-do-são-francisco QA DD

Continua Continuação da Anexo 1

(18)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Nyctiphrynus ocellatus bacurau-ocelado EN

Caprimulgus sericocaudatus

sericocaudatus) bacurau-rabo-de-seda DD EN EN VU

Caprimulgus hirundinaceus

vieliardi EB bacurauzinho-da-caatinga QA CR

Macropsalis forcipata [creagra] bacurau-tesoura-gigante VU

Eleothreptus anomalus curiango-do-banhado QA QA VU EN EN

Eleothreptus [Caprimulgus]

candicans bacurau-de-rabo-branco EN EN EW APODIFORMES

Apodidae (18/3)

Cypseloides senex taperuçu-velho VU

Tachornis [Reinarda] squamata tesourinha CR

Panyptila cayennensis andorinhão-estofador EN

Trochilidae (82/16)

Ramphodon naevius EB beija-flor-rajado QA EN

Glaucis dohrnii EB balança-rabo-canela EN EN CR

Threnetes leucurus medianus balança-rabo-de-garganta-preta EN

Phaethornis idaliaeEB rabo-branco-mirim QA

Phaethornis ochraceiventris

camargoi EB,T besourão-de-bico-grande EN

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada VU

Phaethornis margarettae EB,T rabo-branco-de-margarette EN CR

Aphantochroa cirrhochloris EB beija-flor-cinza EN

Lophornis magnificus EB topetinho-vermelho VU EX

[Discosura] Popelaria

langsdorffi langsdorffi rabo-de-espinho VU CR

Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde VU

Thalurania watertonii EB beija-flor-de-costas-violetas QA VU

Hylocharis sapphirina beija-flor-safira EN

Augastes scutatus EB beija-flor-de-gravata-verde QA

Augastes lumachella EB beija-flor-de-gravata-vermelha QA

Heliactin bilophus [cornuta] chifre-de-ouro EW TROGONIFORMES

Trogonidae (9/1)

Trogon collaris surucuá-de-coleira EN

CORACIIFORMES Momotidae (4/2)

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde CR

Momotus momota

marcgraviana udu-de-coroa-azul EN GALBULIFORMES

Galbulidae (15/2)

Brachygalba lugubris (naumburgi) ariramba-preta DD CR

Continua Continuação da Anexo 1

(19)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Jacamaralcyon tridactyla EB cuitelão VU QA VU EW X

Bucconidae (26/5)

Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha CR

Nystalus [Bucco] maculatus EB rapazinho-dos-velhos VU

Nonnula rubecula macuru VU

Monasa morphoeus chora-chuva-de-cara-branca X CR

Chelidoptera tenebrosa urubuzinho X VU

PICIFORMES Ramphastidae (21/6)

Ramphastos vitellinus pintoi tucano-de-bico-preto EW

Selenidera maculirostris

(boturitensis) araçari-poca DD CR

Pteroglossus [Baillonius] bailloni araçari-banana QA VU CR

Pteroglossus bitorquatus

bitorquatus araçari-de-pescoço-vermelho VU EN

Pteroglossus aracari araçari-de-bico-branco VU EN X

Pteroglossus castanotis araçari-castanho CR Picidae (50/14)

Picumnus exilis pernambucensis pica-pau-anão-de-pintas-amarelas VU

Picumnus fuscus pica-pau-anão-fusco QA DD

Picumnus fulvescens EB pica-pau-anão-canela QA

Picumnus limae EB pica-pau-anão-da-caatinga VU EN

Picumnus nebulosus pica-pau-anão-carijó QA

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela VU

Picoides mixtus pica-pau-chorão CR CR

Piculus chrysochloros

(polyzonus) pica-pau-dourado-escuro VU X

Piculus chrysochloros

(paraensis) pica-pau-dourado-escuro X EN

Piculus aurulentus pica-pau-dourado QA

Celeus flavus pica-pau-amarelo CR

Celeus torquatus (tinnunculus) pica-pau-de-coleira VU CR

Celeus torquatus (pieteroyensi) pica-pau-de-coleira EN

Dryocopus galeatus pica-pau-de-cara-canela VU VU CR CR CR

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca VU

Campephilus robustus pica-pau-rei EN EN

PASSERIFORMES Melanopareiidae (1/1)

Melanopareia torquata tapaculo-de-colarinho EN Thamnophilidae (164/39)

Mackenziaena severa borralhara EN

Sakesphorus luctuosus

araguayaeEB choca-d’água VU

Biatas nigropectus papo-branco VU VU VU EN CR

Thamnophilus aethiops distans choca-lisa EN

Thamnophilus aethiops incertus choca-lisa EN

Continua Continuação da Anexo 1

(20)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9 Thamnophilus caerulescens cearensis choca-da-mata EN Thamnophilus caerulescens pernambucensis choca-da-mata VU

Clytoctantes atrogularis EB choca-de-garganta-preta CR DD

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado QA

Dysithamnus plumbeus EB choquinha-chumbo VU QA VU X

Thamnomanes caesius ipecuá CR

Myrmotherula klagesi EB choquinha-do-tapajós QA VU

Myrmotherula minor EB choquinha-pequena VU VU VU EN X

Myrmotherula urosticta EB choquinha-de-rabo-cintado VU VU VU X EN

Myrmotherula fluminensis EB choquinha-fluminense CR DD

Myrmotherula unicolor EB choquinha-cinzenta QA QA VU EN

Myrmotherula snowi EB choquinha-de-alagoas CR CR

Herpsilochmus sellowi EB chorozinho-da-caatinga QA

Herpsilochmus pileatus EB corozinho-de-boné VU VU

Herpsilochmus pectoralis EB chorozinho-de-papo-preto VU VU

Herpsilochmus longirostris chorozinho-de-bico-comprido VU

Formicivora iheringi EB formigueiro-do-nordeste QA QA VU

Formicivora erythonotos EB formigueiro-de-cabeça-negra EN EN X

Formicivora littoralis EB formigueiro-do-litoral CR CR X

Formicivora melanogaster formigueiro-de-barriga-preta VU

Stymphalornis acutirostris bicudinho-do-brejo EN EN EN

Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni EN

Drymophila genei EB choquinha-da-serra QA VU

Drymophila ochropyga EB choquinha-de-dorso-vermelho QA

Terenura sicki EB zidedê-do-nordeste EN EN

Cercomacra brasiliana EB chororó-cinzento QA QA

Cercomacra laeta sabinoi chororó-didi VU

Cercomacra carbonaria chororó-do-rio-branco VU

Cercomacra ferdinandi EB chororó-de-goiás VU VU VU

Pyriglena leuconota

pernambucensis papa-taoca VU

Pyriglena atra EB papa-taoca-da-bahia EN EN

Pyriglena leucoptera papa-taoca VU

Rhopornis ardesiacus EB gravatazeiro EN EN

Myrmeciza ruficauda EB formigueiro-de-cauda-ruiva EN EN EW

Myrmeciza squamosa EB papa-formiga-de-grota EN

Phlegopsis nigromaculata

paraensis mãe-de-taoca EN EN

Conopophagidae (6/2)

Conopophaga lineata cearae chupa-dente VU

Conopophaga melanops

nigrifrons EB cuspidor-de-máscara-preta VU

Grallariidae (8/3)

Grallaria varia (intercedens) tovacuçu VU VU VU

Grallaria eludens R# tovacuçu-xodó QA

Hylopezus ochroleucus EB torom-do-nordeste QA QA

Continua Continuação da Anexo 1

(21)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Rhinocryptidae (10/7)

Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado QA VU

Merulaxis ater EB entufado QA

Merulaxis stresemanni EB entufado-baiano CR CR

Scytalopus iraiensis EB macuquinho-da-várzea EN EN EN

Scytalopus novacapitalis EB tapaculo-de-brasília QA QA VU

Scytalopus indigoticus EB macuquinho QA EN

Scytalopus psychopompus EB macuquinho-baiano CR

Formicariidae (7/2)

Formicarius colma galinha-do-mato CR VU

Formicarius rufifrons pinto-do-mato-de-fronte-ruiva QA Scleruridae (7/4)

Sclerurus mexicanus vira-folha-de-peito-vermelho EN X CR

Sclerurus caudacutus

(caligineus) vira-folha-pardo EN CR

Sclerurus caudacutus (umbretta) vira-folha-pardo EN CR

Sclerurus scansor cearensis vira-folha VU

Geositta [Geobates]

poeciloptera andarilho QA VU VU EW

Dendrocolaptidae (42/14)

Dendrocincla fuliginosa trumai arapaçu-pardo VU

Dendrocincla turdina arapaçu-liso CR

Dendrocincla merula badia arapaçu-da-taoca EN EN

Dendrocincla merula trunayi arapaçu-da-taoca EN

Deconychura longicauda

zimmeri arapaçu-rabudo EN

Glyphorinchus spirurus arapaçu-de-bico-de-cunha VU

Drymornis bridgesii arapaçu-platino CR CR

Dendrexetastes rufigula

paraensis arapaçu-galinha EN EN

Xiphocolaptes falcirostris

(franciscanus) EB arapaçu-do-nordeste VU VU EN

Dendrocolaptes certhia medius arapaçu-barrado EN EN

Xiphorhynchus picus arapaçu-de-bico-branco X

Xiphorhynchus fuscus atlanticus arapaçu-rajado VU

Xiphorhynchus guttatus arapaçu-de-garganta-amarela CR

Lepidocolaptes wagleri EB arapaçu-de-wagler VU

Campylorhamphus trochilirostris

(omissus) arapaçu-beija-flor DD EN

Furnariidae (102/34)

Cinclodes pabsti EB pedreiro QA

Phleocryptes melanops bate-bico VU VU

Leptasthenura platensis rabudinho CR CR

Leptasthenura setaria grimpeiro QA

Spartonoica maluroides boininha QA QA VU

Oreophylax moreirae EB garrincha-chorona CR

Synallaxis cinerea [whitneyi] joão-baiano VU VU

Synallaxis infuscata EB tatac EN EN

Continua Continuação da Anexo 1

(22)

NOME DO TÁXON*,S NOME POPULAR* STATUS

IUCN1 IBAMA2 PR3 MG4 SP5 RJ6 RS7 ES8 PA9

Synallaxis albescens uí-pi VU

Synallaxis rutilans omissa joao-teneném-castanho EN

Synallaxis cherriei puruchém QA

Synallaxis simoniEB ,T joão-do-araguaia VU

Synallaxis kollari joão-de-barba-grisalha VU DD

Gyalophylax hellmayri EB joão-chique-chique QA

Limnoctites rectirostris junqueiro-de-bico-reto QA VU VU

Thripophaga macroura EB rabo-amarelo VU VU VU X

Asthenes baeri lenheiro VU VU

Asthenes luizae EB lenheiro-da-serra-do-cipó VU VU

Phacellodomus striaticollis tio-tio VU

Clibanornis dendrocolaptoides cisqueiro QA QA VU

Coryphistera alaudina corredor-crestudo CR CR

Acrobatornis fonsecai EB acrobata VU VU

Pseudoseisura lophotes coperete CR CR

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo QA VU

Syndactyla [Philydor] dimidiatum limpa-folha-do-brejo CR

Simoxenops ucayalae limpa-folha-de-bico-virado QA

Philydor lichtensteini limpa-folha-ocráceo EN

Philydor novaesi EB limpa-folha-do-nordeste CR CR

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado CR

Cichlocolaptes leucophrus EB trepador-sobrancelha EN

Automolus leucophthalmus

(lammi) barranqueiro-de-olho-branco EN CR

Hylocryptus [Automolus]

rectirostris fura-barreira VU

Xenops minutus alagoanus bico-virado-miúdo VU

Megaxenops parnaguae EB bico-virado-da-caatinga VU

Tyrannidae (209/44)

Corythopis delalandi estalador EN EN

Hemitriccus diops olho-falso EN

Hemitriccus zosterops

naumburgae maria-de-olho-branco QA

Hemitriccus orbitatus EB tiririzinho-do-mato QA CR

Hemitriccus mirandae EB maria-do-nordeste VU EN

Hemitriccus kaempferi EB maria-catarinense CR CR CR

Hemitriccus furcatus EB papa-moscas-estrela VU QA EN

Phyllomyias griseocapilla EBB piolhinho-serrano QA

Myiopagis gaimardii maria-pechim VU

Elaenia ridleyana EB cocoruta VU VU

Elaenia cristata guaracava-de-topete-uniforme VU

Ornithion inerme poiaeiro-de-sobrancelha X

Capsiempis flaveola marianinha-amarela VU

Polystictus pectoralis

(pectoralis) R# papa-moscas-canela QA VU CR

Polystictus superciliaris EB papa-moscas-de-costas-cinzentas QA

Euscarthmus rufomarginatus maria-corruíra QA QA EN VU

Phylloscartes eximius barbudinho QA QA CR EN

Continua Continuação da Anexo 1

Referências

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