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MANUAL DE PROCEDIMENTOS PROGRAMA ROTTERDAM

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Academic year: 2021

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Governador José Bertotti

Secretário de Ciência e Tecnologia

Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP/OS

Frederico Cavalcanti Montenegro Diretor Presidente

José Geraldo Eugênio de França Diretor Técnico-Científico Ivan Dornelas Falcone de Melo Diretor Executivo Comercial Patrícia Versoza

Diretoria Administrativo-Financeira

Coordenadora

Mônica Ishikawa Virgolino da Silva

Equipe Técnica:

Adélia Cristina Pereira Araújo Cláudia da Costa Lima Neves Danilo Sávio Biones Barreto Jean-Paul Raul Marie Gayet

Revisão técnica

Ademar Virgolino da Silva Filho

Adriana Patrícia Sá Campêlo dos Anjos Pires Alysson Barbosa Vieira

Antônio Henrique Coelho de Aquino Danilo Sávio Biones Barreto

Fábio Passos Monteiro Flávia Ponte Costa

Karina Palareti Cassaro Iamauti Laís Emanuelle Nascimento Nery Mariana Mitsuko Ishikawa da Silva Nadislene de Sá Barreto Alencar Feitosa Vilmar Cappellaro

Revisão e Normalização

Angela Borges Cavalcanti Eveline Mendes Costa Lopes

Projeto Gráfico e Diagramação

Camille Santiago

Fotos

Mônica Ishikawa Virgolino da Silva

Escritório do ITEP/OS em Petrolina

Danilo Sávio Biones Barreto

Consultor

Iolanda Leandra L. B. Barreto

Analista em Administração e Finanças – LabTox

Tatiane dos Santos

Analista em Administração e Finanças - Rotterdam

Instituto de Tecnologia de Pernambuco

Manual de Procedimentos – Programa Rotterdam. Elaboração: Mônica Ishikawa Virgolino da Silva – Recife: ITEP, 2014. Fotos da Capa: Maurício André Fernandes Campelo dos Anjos

ISBN: 40p.

1 - Frutas – Vale do São Francisco. 2 - Frutas –

Exportação. 3 - Manual de Procedimentos – Programa Rotterdam. 4 – Qualifruit.com. VIRGOLINO DA SILVA, Mônica Ishikawa. II. Título. CDU

Catalogação na Fonte

• Representar os interesses dos produtores/exportadores na avaliação das frutas para definição de preço final e de mercados;

• Orientar melhorias contínuas nos procedimentos de pós-colheita da produção de frutas para exportação, com base nos dados observados nas inspeções;

• Avaliar a oferta brasileira em relação à dos concorrentes, identificando os pontos fortes e as oportunidades de melhoria;

• Fortalecer a presença dos produtores/exportadores na Europa.

• Supervisão das inspeções das condições e da qualidade de uvas de mesa recepcionadas no porto de Rotterdam • Demanda dos produtores-exportadores do Vale do São

Francisco;

• Programa implementado com recursos do Governo de Pernambuco;

• Atividades iniciadas em 2010.

Benefícios para o Produtor

• Segurança de que os relatórios de inspeção são emitidos em conjunto com o importador e de acordo com procedimento conhecido: diminuição de subavaliação e perdas;

• Identificação de eventuais danos causados pelo manuseio, armazenamento, acondicionamento e transporte

inadequado das frutas;

• Conhecimento da necessidade de adoção de procedimentos para produção de frutas que atenda às exigências dos mercados importadores;

• Oferta de frutas com qualidade para os importadores e melhoria da competitividade brasileira no mercado internacional.

(3)

Organização e Estrutura ... 6

FUNÇÕES DE CADA AGENTE DO

PROGRAMA ... 6

1. ITEP / Petrolina ... 6

2. ITEP / Recife Administrativo e Financeiro .... 6

3. ITEP / Recife Jurídico ... 7

4. ITEP / Recife LabTox ... 7

5. ITEP / Recife Controle de Qualidade ... 7

6. ITEP / Rotterdam ... 7

7. ITEP / Empresa holandesa ... 8

8. PRODUTOR/EXPORTADOR ... 8

9. Empresas de Inspeção ... 8

10. Câmara Fria / Consignatário ... 9

11. Atacadista / Supermercado / Varejista ... 9

12. Consumidor Final ... 9

Orientações Gerais ...10

ADESÃO AO PROGRAMA ROTTERDAM

...10

1. Orientações Técnicas ... 10

2. Colheita e Pós-colheita ... 10

3. Sugestões básicas para procedimentos de colheita e embalamento... 11

4. Determinação para ponto de colheita de manga ... 13

5. Procedimentos da colheita de manga ... 14

6. Tipos de embalagem de papelão ondulado 14 7. Manejo de frio para Uvas de Mesa ... 15

8. Procedimentos adotados no embalamento da Manga ... 15

9. Manejo de frio para Manga ... 16

10. Controle de qualidade na saída da fruta ... 16

11. Transporte e Logística ... 16

12. Transporte de Uvas ... 17

13. Transporte de Mangas ... 18

14. Armazenamento ... 18

15. Container ... 19

16. Amostragem para Análise de Resíduos de Agrotóxicos ... 20

SUPERVISÃO DAS CONDIÇÕES E DA

QUALIDADE DAS FRUTAS EXPORTADAS

...21

1. O acompanhamento e a supervisão das frutas exportadas se compõem de ... 22

2. Guia de paletização ... 22

3. Registradores de Temperatura ... 24

Orientações Produtor/Exportador ...25

AVISO DE REMESSA - Envio de Romaneio

/ Packing List / Romaneio List ...25

1. O Aviso de Remessa – Romaneio é a comunicação que o Produtor/Exportador faz para o ITEP e para o Comprador europeu, informando que está enviando seu produto ao Mercado. Portanto, caro Produtor/Exportador, é importante ressaltar que seu produto só poderá ser supervisionado, se o Aviso de Remessa - Romaneio for preenchido corretamente. ... 25

(4)

5. Informações Básicas ... 27

6. Identificação dos paletes ... 27

7. Sobre o Código GS1 -128: ... 27

8. Identificação dos paletes com os registradores de temperatura / termógrafo .... 28

9. Rótulo ... 28

10. Identificação da Caixa-Etiqueta ... 28

11. Dados básicos ... 29

12. Modelo do código Padrão Global GS1 (opcional) ... 30

13. Rastreabilidade ... 30

14. É necessário explicar o Código de a sua empresa?... 31

18. Informações a serem fornecidas antes do início da safra ... 31

19. Por que informar às pessoas de contato? . 31 20. Informações básicas para constar no Aviso de Remessa, conforme sugestão Anexo 3: ... 31

21. Escolha da Empresa de Inspeção ... 33

22. Glossário ... 33

EXTRAS ...36

Glossário de Termos Comerciais -

Incoterms ...36

Termo de responsabilidade O ITEP/OS, Organização Social com Contrato de Gestão com o Estado de Pernambuco, solicitou a elaboração desse Manual de Procedimentos com o apoio e a revisão técnica de diversos produtores/exportadores e técnicos. Foram efetuados todos os esforços com vistas a assegurar a veracidade e a precisão das informações contidas nesse manual. No entanto, o ITEP/OS e a engenheira-agrônoma Mônica Ishikawa Virgolino da Silva não são responsáveis, expressa ou implicitamente, pelas sugestões e recomendações técnicas apresentadas neste manual nem por erros e omissões, não assumindo quaisquer responsabilidades legais ou outras por perdas ou danos que possam resultar da utilização das informações contidas neste documento, principalmente por erros de interpretação e de má utilização deste manual.

Fotos:

Foto 1. Maturação externa de manga palmer . 13 Foto 2.Maturação interna de manga palmer .. 13

Foto 3. Maturação externa de manga tommy atkins ... 13

Foto 4. Maturação interna de manga tommy atkins ... 13

Tabelas:

Tabela 1. Valores mínimos de Brix/Acidez para exportação de uvas de mesa utilizados pelos produtores ... 12

Tabela 2. Valores indicativos de Brix em mangas utilizados pelos produtores ... 13

Tabela 3. Número de embalagens em palete 1,0m x 1,2m ... 15

Tabela 4. Dimensões Internacionais de Containers – alguns exemplos (fornecidos pelos armadores e extraídos do web site das empresas): ... 20

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Organização e Estrutura

FUNÇÕES DE CADA AGENTE DO

PROGRAMA

1. ITEP / Petrolina

• Identifica o Produtor/Exportador interessa-do no Programa Rotterdam

• Apresenta o Programa Rotterdam ao Produ-tor/Exportador

• Coleta os dados cadastrais do Produtor/Ex-portador para envio ao jurídico

• Informa ao ITEP/Jurídico os dados cadastrais para o preenchimento do Contrato de Ade-são

• Recebe a Cesta de Serviços do ITEP/Labtox e os preços a serem cobrados do Produtor/Ex-portador e informa ao Produtor/ExProdutor/Ex-portador • Recebe o Contrato de Adesão e Termo

Aditi-vo do ITEP/Jurídico preenchido com os dados do Produtor/Exportador e os preços a serem cobrados

• Recepciona e coleta a assinatura do Produ-tor/Exportador no Contrato de Adesão e Ter-mo Aditivo e Procuração nomeando o ITEP como seu representante

• Envia o Contrato de Adesão e Termo Aditivo para ITEP/Recife Jurídico

• Recebe e cadastra a amostra de frutas para análise de resíduos, coletada pelo Produtor/ Exportador

• Envia as amostras recepcionadas para o ITEP/ Labtox

• Cobra e recebe do produtor/exportador a “Previsão Semanal de embarque dos contai-ners”, conforme Modelo Anexo 1

• Encaminha todas as amostras à “Previsão Se-manal de embarque dos containeres”para o ITEP/Rotterdam

• Cobra e recebe do produtor/exportador a Lis-ta “Informações Básicas para conLis-tato” com o nome completo e os dados do responsável

de cada setor, conforme Modelo Anexo 2 • Encaminha todas as Listas de “Informações

Básicas para contato” ao ITEP/Rotterdam • Cobra e recebe do produtor/exportador a

ex-plicação das “Informações contidas nas eti-quetas de palete e de caixa”, conforme utili-zado na propriedade

• Encaminha todas as “Informações contidas nas etiquetas de palete e de caixa” para o ITEP/Rotterdam

• Extrai diariamente do email exportar@itep. br os Avisos de Remessa (Romaneios/Pa-cking List/ Shipping List), conforme Modelo Anexo 3

• Organiza as informações na planilha “Contro-le de Avisos de Remessa”, conforme Modelo Anexo 4

• Envia diariamente os “Avisos de Remessa” extraídos do e-mail junto com a Planilha “Controle de Avisos de Remessa” atualizada para o ITEP/Rotterdam

• Extrai diariamente do email exportar@itep. br as informações referentes aos “Controles de Qualidade”

• Confere e correlaciona os “Controles de Qualidade” recebidos com os “Avisos de Re-messa” enviados. No caso da inexistência do “Aviso de Remessa”, alerta o Produtor/Ex-portador imediatamente solicitando o envio. • No caso da ausência do “Controle de Qua-lidade”, comunica imediatamente ao ITEP/ Rotterdam que o “Aviso de Remessa” foi en-viado, mas o respectivo “Controle de Quali-dade” não foi recebido

• Envia o Controle de Qualidade e os arquivos de Leitura dos Termógrafos ao Produtor/Ex-portador pelo email exportar@itep.br e lan-ça na planilha “CQ Enviados ao produtor”, conforme Modelo Anexo 5

2. ITEP / Recife Administrativo e Financeiro

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• Cadastra Produtor/Exportador e responsável pelo Financeiro

• Recebe a OS (Ordem de Serviço) do ITEP/La-btox

• Realiza os pagamentos para Empresa pres-tadora de serviços holandesa e informa ao ITEP/Rotterdam

• Emite Nota Fiscal para o Produtor/Exporta-dor referente à Análise de Resíduo

• Faz a cobrança

• Recebe e controla os pagamentos e recebi-mentos

3. ITEP / Recife Jurídico

• Responsável pela elaboração da Minuta de Contrato

• Responsável pela elaboração do Contrato de Adesão

• Responsável pela elaboração do Termo Aditi-vo do Contrato

• Recebe a Cesta de Serviços do ITEP/Labtox e os preços a serem cobrados do Produtor/Ex-portador e inclui na Minuta de Contrato • Envia o Contrato de Adesão preenchido

jun-to com o Termo Aditivo para o ITEP/Petrolina coletar as assinaturas

• Recebe, confere e arquiva o Contrato de Ade-são e Termo Aditivo assinado pelo Produtor/ Exportador

• Abre um Edital para contratação de uma empresa holandesa que irá realizar todos os trabalhos administrativos/financeiros para o ITEP na Holanda

4. ITEP / Recife LabTox

• Recebe a amostra de frutas enviada pelo ITEP/Petrolina

• Procede à análise de resíduo da fruta

• Coloca no site www.itep.br os resultados das análises

• Envia a informação da O.S. para cobrança para o ITEP / Recife Financeiro

• Atualiza a Cesta de Serviços e os preços a

se-rem cobrados do Produtor/Exportador e en-via ao ITEP/Petrolina

5. ITEP / Recife Controle de Qualidade

• Recebe uma cópia do email inspecao@itep. br do “Controle de Qualidade” e do arquivo de Leitura do Termógrafo enviadas pelo ITEP/ Petrolina para o produtor através do expor-tar@itep.br ;

• Transfere as informações do “Controle de Qualidade” recebido no inspecao@itep.br para planilha;

• Transfere as informações dos arquivos de Leitura dos Termógrafos recebidos no inspe-cao@itep.br para planilha;

• Consolida e analisa os resultados e dados das inspeções e da leitura dos termógrafos e elabora os relatórios e gráficos totalizados e individualizados por Produtor/Exportador.

6. ITEP / Rotterdam

• Contata a Empresa de Inspeção e comunica a esta que o ITEP/Rotterdam será o represen-tante do Produtor/Exportador conforme lista a ser elaborada de acordo com as empresas que firmarem a adesão ao Programa Rotter-dam

• Apresenta o Programa Rotterdam para a Em-presa de Inspeção

• Coleta as informações cadastrais da Empresa de Inspeção

• Cadastra a Empresa de Inspeção e os inspe-tores

• Recebe a “Previsão Semanal de embarque dos containers” (Anexo 1) planilhados pelo ITEP/Petrolina

• Recebe a lista “Informações Básicas para Contato” Anexo 2, preenchida pelo ITEP/Pe-trolina

• Recebe a explicação das “Informações con-tidas nas etiquetas de palete e de caixa” do ITEP/Petrolina

• Recebe os “Avisos de Remessa (Romaneios)” Anexo 3 e a “Planilha Controle de Avisos de

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Remessa” Anexo 4 preenchido pelo ITEP/Pe-trolina

• Recebe o “Controle de Qualidade” no email exportar@itep.br, analisa os resultados con-frontando com as inspeções supervisionadas • Consolida as informações dos containers que

foram acompanhados e no caso de divergên-cia entra em contato com a empresa de ins-peção para as devidas correções

• Entra em contato diretamente com o Produ-tor/Exportador ou responsável por ele indi-cado em casos de reclamações ou problemas que precisam de tomada de decisão rápida

7. ITEP / Empresa holandesa

• Responsável pela seleção e contratação dos Supervisores/Inspetores na Holanda

• Responsável pela solicitação dos vistos de trabalho junto com a Embaixada holandesa e pelo acompanhamento de todos os trâmites legais

• Realiza o pagamento das despesas na Holan-da (locação do escritório, locação de veículo, locação de moradia, prestadores de serviço, etc.)

• Recolhe todos os impostos devidos na Holan-da

• Responsável por acompanhar e avisar as possíveis mudanças de legislação e impostos conforme a Lei holandesa

8. PRODUTOR/EXPORTADOR

• Manifesta o interesse em participar do Pro-grama Rotterdam

• Informa os dados cadastrais da empresa para o ITEP/Petrolina

• Recebe e Assina o Termo de Adesão entregue pelo ITEP/Petrolina

• Recebe do ITEP/Petrolina a Cesta de Serviços com os preços atualizados

• Assina o Contrato de Adesão com o ITEP • Envia a “Previsão Semanal de Embarque de

containers” preenchida para o ITEP/Petroli-na, conforme Modelo Anexo 1

• Preenche a lista “Informações Básicas para contato”, conforme Modelo Anexo 2 e infor-ma qualquer alteração que houver durante a safra

• Colhe um produto de qualidade de acordo com as exigências do mercado internacional • Faz a amostragem e a coleta da amostra de

frutas para a análise de resíduos conforme indicado nas páginas 20 e 21

• Entrega a amostra coletada no escritório do ITEP/Petrolina

• Envia o “Aviso de Remessa – Romaneio” com as informações básicas, conforme Modelo Anexo 3

• Informa o nome e contato da Empresa de Inspeção holandesa

• Envia o modelo e a explicação dos rótulos e etiquetas de palete, caixas e cumbucas e qualquer outra informação referente à iden-tificação que for enviada junto com a carga • Recebe o Relatório de Controle de Qualidade

do ITEP/Petrolina

• Acompanha os “Avisos de Remessa (roma-neios)” enviados e relatórios recebidos • Confere a Nota Fiscal da análise de resíduo

enviada pelo ITEP/Recife Financeiro

• Realiza o pagamento ao ITEP/Recife Financei-ro

• Realiza o pagamento diretamentamente à empresa de inspeção holandesa

• Acessa, no site do ITEP, os resultados das Análises de Resíduos

• Mantém o ITEP/Petrolina informado de qual-quer alteração durante o período de vigência do contrato

9. Empresas de Inspeção

• É contratado pelo Importador ou Produtor/ Exportador

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• Cadastra o Produtor/Exportador

• Recebe o Romaneio do despachante adua-neiro do Produtor/Exportador e do ITEP/Rot-terdam com as informações básicas

• Cria conta corrente de cada produtor

• Recebe a programação das Câmaras Frias ou Consignatários

• Avisa ao ITEP/Rotterdam a data e o local da inspeção

• Realiza a Inspeção

• Permite o acompanhamento da equipe do ITEP nas inspeções

• Envia, no prazo de 24 horas, o Relatório de Controle de Qualidade e Leitura dos termó-grafos para o email exportar@itep.br

• Envia as faturas para o Contratante (Produ-tor/Exportador/Importador)

• Recebe o pagamento diretamente do Con-tratante e quita as faturas

10. Câmara Fria / Consignatário

• Recebe e estoca a fruta brasileira

• Avisa as empresas de inspeção e ao ITEP/Rot-terdam da chegada dos containers

• Permite o acesso das empresas de inspeção • Permite o acompanhamento da equipe do

ITEP nas inspeções

11. Atacadista / Supermercado / Varejista

• Recebe o produto supervisionado pelo ITEP • Permite o acesso e o acompanhamento da

equipe do ITEP em caso de problemas de qualidade

12. Consumidor Final

Compra e consome uma fruta dentro dos parâ-metros mínimos de condição e qualidade.

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Orientações Gerais

ADESÃO AO PROGRAMA

ROTTERDAM

Caro usuário,

O Sistema de supervisão da inspeção das Fru-tas Exportadas estará disponível para acesso ao Produtor/Exportador, que aderiu ao Programa Rotterdam por meio de email enviado pelo ITEP/ Petrolina, de acordo com o contrato firmado entre o ITEP e o Produtor/Exportador. Todas as ações do Programa dependem da boa utilização das informações e possibilitam futuras análises e consultas.

Para adesão ao Programa Rotterdam, é necessá-rio agendar previamente uma visita do consultor do ITEP, que irá fornecer uma Minuta do Contra-to de Adesão com a respectiva Cesta de ProduContra-tos fornecida pelo ITEP.

Após a assinatura do Contrato de Adesão, o pro-dutor deverá assinar também o Termo Aditivo com os valores e as condições vigentes para cada safra a ser contratada.

O produtor deverá fornecer a Previsão Semanal do envio dos containers a Rotterdam e também a lista com o nome completo do responsável de cada setor – logística, qualidade, financeiro, etc com seus respectivos endereços eletrônicos – email, telefone fixo, número do celular, skype ou qualquer outro meio que facilitem a comunica-ção entre o ITEP e o Produtor/Exportador, con-forme modelo que consta nos ANEXOS.

Deverá ser enviado também o desenho ou foto das etiquetas utilizadas nos paletes, caixas e cumbucas.

Toda informação individual gerada tem caráter sigiloso e somente será fornecida ao Produtor/ Exportador adepto ao Programa, que receberá suas informações individualmente ao final de cada safra, desde que as empresas de inspeção holandesas enviem a informação para o ITEP. Antes do início da safra, o Produtor/Exportador

deve deixar acordado/autorizado junto com a empresa de inspeção o acompanhamento do ITEP/Rotterdam nas inspeções de suas frutas. A adesão é voluntária, entretanto, uma vez par-ticipando do Programa de Rotterdam, devem ser observados os direitos e deveres de cada agente participante.

Por favor, leiam atentamente o manual, e, caso ainda tenham dúvidas ou dificuldades, enviem um e-mail para exportar@itep.br.

Cordiais Saudações,

Equipe do Programa Rotterdam 1. Orientações Técnicas

Para melhor compreensão, apresentamos o Flu-xograma do Processo logístico de distribuição internacional da fruta produzida no Submédio São Francisco, a partir d+ câmara fria, que pode variar de acordo com a realidade de cada Pro-dutor/Exportador, embora em linhas gerais, siga normalmente os mesmos procedimentos.

Alguns Produtores/Exportadores contratam des-pachantes aduaneiros ou possuem equipe pró-pria para cuidar da logística e do desembaraço de seus produtos; outros fazem parte de uma as-sociação ou cooperativa que contratam sua equi-pe e existem ainda aqueles que deixam a respon-sabilidade de todo desembaraço aduaneiro para o Cliente/Importador.

As frutas destinadas ao mercado europeu geral-mente são exportadas por navio ou por aviões, e a decisão recai sobre o preço final comercializa-do, clientes, tipo de fruta. Geralmente exporta-dores de mangas “pronta para comer”, por esta-rem mais maduras, optam pelo embarque aéreo, entretanto o maior volume exportado de uvas e mangas seguem por navio.

Neste manual, iremos direcionar os comentários para o embarque marítimo.

2. Colheita e Pós-colheita

A cada ano, os produtores que desejam expor-tar precisam atender as crescentes solicitações

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dos mais exigentes mercados, seguindo, criterio-samente, as recomendações técnicas realizadas por um profissional competente que possa re-passar às suas equipes as mais eficientes e mo-dernas - Técnicas de colheita; - Técnicas de pós-colheita; - Embalamento e etiquetagem; - Transporte e armazenagem; - Logística e rastreabilidade. O mercado exige

1.Frutas com qualidade;

2.Frutas saborosas e novas variedades; 3.Frutas maduras e doces;

4.Produção integrada ou orgânica;

5.Frutas que foram produzidas com o cumpri-mento de Normas Internacionais e

preferencial-mente oriundas de pomares certificados;

6.Frutas sem resíduos, com segurança dos ali-mentos e rastreabilidade;

7.Respeito ao meio ambiente e à humanidade.

3. Sugestões básicas para procedimentos de colheita e embalamento

Determinação para ponto de colheita da uva de mesa

A determinação para colheita de uva é o brix. A União Europeia não aceita uvas de mesa com brix inferior a 15° para qualquer variedade. Des-tacamos aqui a importância dos protocolos dos clientes.O ideal é que a sua produção esteja ali-nhada à necessidade e aos desejos do mercado consumidor. Quanto mais a sua uva estiver den-tro dos parâmeden-tros acordados previamente com o cliente, menor a probabilidade de prejuízos fi-Fluxograma: Processo logístico de distribuição internacional da fruta produzida no Submédio São

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nanceiros decorrentes de reclamações, rejeições e devoluções.

Como a maturação no campo ocorre de forma desuniforme, a colheita quando se destina à ex-portação deve ser realizada em várias etapas. Os Produtores/Exportadores consultados colhem na mesma área, em 03 (três) a 04 (quatro) eta-pas, se for necessário para que a fruta siga para o embalamento de forma mais uniforme possível. No levantamento com diversos produtores e técnicos, a prática da aferição do brix é realiza-da por meio realiza-da utilização de um refratômetro, que pode ser analógico ou digital, variando de empresa para empresa, mas, em linhas gerais, alguns Produtores/Exportadores começam a fa-zer a amostragem dos frutos a cada 2 (dois) ou 3 (três) dias, a partir de 98 a 100 dias da data da poda, a depender da variedade.

O ideal é que a sua empresa tenha profissio-nais treinados para essa finalidade ou contrate uma assistência técnica especializada para obter melhor desempenho do seu resultado final. Ge-ralmente cada Produtor/Exportador já tem um procedimento definido, baseado em histórico da área produtiva.

Em experiência própria, a nossa recomendação técnica é coletar de 40 a 50 bagas por parcela a ser colhida e, por meio do uso de um refratô-metro calibrado regularmente, analisa-se o teor

de graus (percentagem) brix de cada baga, pla-nilhando os resultados obtidos. Em áreas com histórico de uniformidade, a quantidade a ser amostrada ser de 30 a 40 bagas por parcela a ser colhida.

Algumas empresas possuem um laboratório com alguns instrumentos laboratoriais básicos e rea-gentes químicos para a determinação do valor de acidez por meio da titulação. No caso de sua empresa se interessar, recomendamos a leitura de material técnico disponível e ou a procura de profissionais competentes e treinados ou ainda empresas de pesquisas, universidades, associa-ções e cooperativas que possuam esse laborató-rio.

Determinar o brix é o suficiente para a tomada de decisão da colheita?

Depende, se você vem acompanhando o brix da fruta e não há alteração significativa, na qual esse brix não aumenta, e a ansiedade pela co-lheita aumenta proporcionalmente, mas a fruta não está com o brix desejado, uma boa ferra-menta para a tomada de decisão é conhecer a acidez dessa fruta.

Por que utilizar a relação brix/acidez?

A relação é utilizada quando o brix não sobe, e a acidez cai e entra numa relação que permite a colheita, pois a fruta está com um sabor “bom”. A acidez, considerada como “limite” em

experi-Tabela 1. Valores mínimos de Brix/Acidez para exportação de uvas de mesa utilizados pelos produtores

Fonte: Anotações pessoais - Reuniões do IGP – Indicação Geográfica de Procedência / SEBRAE, 2011 complementadas com experiências pessoais dos validadores técnicos

(13)

Tabela 2. Valores indicativos de Brix em mangas utilizados pelos produtores

*Lembramos que o parâmetro mais usual utilizado para a colheita de manga é o ponto de maturação da fruta, fazendo-se cortes paralelos à semente de acordo com a tonalidade da polpa da fruta.

Fonte: Anotações das experiências pessoais dos validadores técnicos

ências próprias e em trocas de informações com os validadores técnicos, ficou assim resumida: 0,75 para Festival/Sugraone; 0,75 a 0,80 para Thompson e de 0,68 a 0.75 para Crimson, mas alertamos que esses “limites” são baseados em um histórico da área produtiva, vinculado à ex-periência da equipe e que podem variar de acor-do com os tratos culturais aacor-dotaacor-dos e com a ori-gem do material genético. Variações climáticas e de temperatura podem afetar também o brix/ acidez da fruta.

4. Determinação para ponto de colheita de manga

No caso da manga, o que determina a colheita é o aspecto visual do corte da fruta por amostra-gem. Muitas empresas adotam tabelas com fo-tos que contêm a classificação visual dos cortes para facilitar a tomada de decisão. O brix de co-lheita varia muito e geralmente é apenas aferido, mas não é determinante para colheita. O Teor de Sólidos Solúveis na colheita para fruta de expor-tação é de 6-7º Brix, porém é um parâmetro de pouca utilidade na colheita.

Geralmente 10 (dez) dias antes da colheita, as fa-zendas encaminham ao seu setor de Controle de Qualidade/Laboratório as amostras de manga de cada parcela a ser colhida para efetuar o teste de

Maturação Forçada, adotando-se o mesmo

pro-cedimento semanalmente, com relação à fruta que será colhida na semana seguinte.

Antes do início da colheita, conferem-se todos os parâmetros que definem o ponto de colhei-ta. Normalmente, a colheita é efetuada com a manga em ponto 1,5 a 2,5 de maturação para exportação marítima e 2,0 a 3,0 para exportação

aérea. A Tabela 2 enfatiza o brix desejável no

momento do consumo da fruta e não, o ponto de colheita.

Como em todos os parâmetros, existe uma tole-rância de maturação na colheita da manga, que varia com o tipo. Nas mangas tipo 1, é de 10%; na tipo 1,5, de 80%; na tipo 3, de 10%, nas de tipo 4 E 5, não há tolerância estabelecida.

Foto 1. Maturação externa de manga palmer

Foto 2.Maturação interna de manga palmer

Foto 3. Maturação externa de manga tommy atkins

Foto 4. Maturação interna de manga tommy atkins

Outros critérios a serem analisados:

• Dias da floração até a colheita: 100 a 120 dias para a variedade Tommy Atkins. 120 a 130 para Kent e Palmer e 130 a 140 para Keitt; • Colher frutas bem formadas, arredondadas,

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com ombro formado. Observar o bico (pon-ta da fru(pon-ta) no setor apical, sabendo-se que precisa estar pouco saliente;

• Pressão de Polpa ou Penetrometria: 20 – 22 lbs para exportação;

• O melhor parâmetro de ponto de colheita é a maturação interna: a polpa deve ter as se-guintes características:

-Nada de esbranquiçado na polpa;

-30% da polpa: amarela (setor próximo ao caroço);

-70% (halo) cor creme (não branco).

• Um técnico experiente mostra à equipe de colheita claramente as frutas que devem ser colhidas;

• Checar, constantemente, o ponto de colhei-ta. A equipe de colheita deve retornar à área a cada 7 dias como limite máximo, para evi-tar colher manga madura ou manga verde.

5. Procedimentos da colheita de manga

• A colheita é feita manualmente, sempre que possível. O pedúnculo é cortado com tesou-ra “acima do anel”. Recomenda-se colocar a manga em mesas teladas para escorrimento do látex por 30 minutos. Algumas empresas dispõem de cortador mecânico do pedún-culo no Packing house. Caso se decida pela preservação do pedúnculo, deverá haver o cuidado para que este não quebre aciden-talmente, contaminando com látex as frutas próximas.

• Evitar usar cestinha na colheita para não ge-rar danos mecânicos aos frutos.

• Colocar a manga no contentor plástico, uma a uma, sem bater. Nunca jogar as mangas no contentor, pois elas ficam amassadas. Re-comenda-se proteger com papel ou mantas apropriadas.

• Deve-se evitar a colheita em dias de chuva, pois aumenta a incidência de lenticelas dani-ficadas, problemas de látex, misturadas com areia e problemas fitossanitários.

• Não deixar manga colhida no campo, para o dia seguinte.

• Sugere-se que a equipe de colheita siga rigo-rosamente as normas de BPA (Boas Práticas Agrícolas) referentes à higiene: lavar as mãos ao iniciar o serviço, após uso dos banheiros, após refeições, ter as unhas cortadas, etc. • Usar sempre contentores limpos para evitar

contaminações. Os contentores devem ser esterilizados no intervalo de cada viagem do campo para o Packing House. Nunca colocar o contentor diretamente no chão, usar pla-cas ou plásticos para proteger e evitar o con-tato direto do contentor com o solo.

6. Tipos de embalagem de papelão ondulado

Em troca de informações com vários Produtores/ Exportadores, técnicos e auxiliares administrati-vos, notamos a diversidade de dimensões das embalagens, provavelmente em função da exis-tência de vários fabricantes nacionais e estran-geiros de embalagem de papelão ondulado. As variações encontradas são maiores para as em-balagens de uva que para as de manga. Os mo-delos variam muito em função das perfurações das caixas e do sistema de montagem (manual ou mecânico), e as dimensões, em função da ca-pacidade interna de cada caixa (4,5kg, 5kg, 6kg, 9kg, etc). Alguns modelos favorecem a ventila-ção das caixas, e outros optam por caixas com dimensões que permitam otimizar a montagem do palete e o aproveitamento do espaço interno dos contaîneres, visando aproveitar, ao máximo, a capacidade de containerização, reduzindo o custo do frete.

O objetivo é, apenas, correlacionar o peso por caixa e a quantidade de caixas no palete como ferramenta de tomada de decisão, tanto no mo-mento da aquisição como no da escolha do con-tainer a ser utilizado.

Tomamos o cuidado em destacar em vermelho os valores que, em nossa opinião, correm o risco

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de ultrapassar a linha vermelha, que delimita a altura máxima do palete cuja composição não re-comendamos, porque a maioria dos containers disponíveis no mercado não comportam essa altura de palete. No início, pensamos em retirar essa informação, entretando, conversando com diversos profissionais de logística, muitos me questionavam a respeito de que alguns exporta-dores conseguiam colocar mais caixas por palete e consequentemente por container. Entretanto, sempre salientamos que existem sim alguns con-tainers que comportam, embora a grande maio-ria disponível no mercado não comporte, deven-do a decisão ser criteriosa e consciente.

7. Manejo de frio para Uvas de Mesa

Uma vez embalada a fruta, esta deve ser rapida-mente pré-esfriada. A uva deve ser retirada do pré-frio com uma temperatura em seus quatro lados menor que 2ºC.

Muitas empresas adotam o uso de lonas cobrin-do os paletes para forçar a circulação cobrin-do ar, em alguns casos, reduzindo o tempo de permanên-cia no túnel de resfriamento.

O ideal é que a fruta permaneça um mínimo de

48 horas na câmara de estabilização de tempera-tura a -0,5ºC antes de ser embarcada.

O tempo de pré-resfriamento depende direta-mente do sistema de cada fazenda; a ventila-ção; a potência dos equipamentos e o sistema de circulação alteram muito o tempo de pré--resfriamento e dos pontos de coleta dos dados de temperatura; as informações aqui fornecidas servem, apenas, como orientativas; o ideal é que procurem alguém de confiança ou especialistas para fazer a recomendação final. Os testes, as manutenções e revisões dos equipamentos, an-tes do início da safra, são muito importanan-tes.

8. Procedimentos adotados no embalamento da Manga

A União Europeia não exige o tratamento hidro-térmico da manga, por isso normalmente a fru-ta quando chega à recepção é amostrada, para verificar danos internos, externos, coloração da casca, coloração da polpa, brix e problemas fitos-sanitários. A manga é disposta na esteira para o corte do pedúnculo, permanecendo alguns mi-nutos após o corte do pedúnculo para eliminar o látex, mais “agressivo”, e evitar a queima da pele

Tabela 3. Número de embalagens em palete 1,0m x 1,2m

*Caixa com 11 cumbucas de 500gr **Palete aéreo de 0,87x1,00m

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do fruto. A fruta cai no tanque para ser lavada com água + removedores de cal + neutralizado-res de acidez.

O processo seguinte é a lavagem com detergente neutro e secagem. Para alguns mercados, existe a aplicação de cera registrada para essa finalida-de (atentar ao fato finalida-de que alguns clientes não aceitam a aplicação de cera). A manga é separa-da por calibre, peso e cor.

O embalamento da fruta é se realiza de acordo com o mercado de destino e as exigências do cliente.

9. Manejo de frio para Manga

Após o embalamento, a manga é pré-resfriada a 9°C quando o ponto de maturação estiver entre 1,5 a 3.

Os processos de embarque devem ser criteriosa-mente acompanhados, pois a temperatura baixa demais leva à queima da pele da fruta; tempe-raturas altas demais e as oscilações bruscas de-sencadeiam um processo de condensação e o aumento da produção de etileno, danificando a fruta e a caixa e reduzindo consideravelmente o pós-colheita da manga.

10. Controle de qualidade na saída da fruta

Todas as frutas a serem comercializadas devem ser inspecionadas antes do envio ao mercado destino. Como o mercado é muito diversifica-do, o ideal é que os produtores/exportadores tenham assegurado de que a fruta a ser embar-cada está em conformidade com o que foi acor-dado previamente, evitando-se problemas co-merciais futuros.

Cada empresa tem um procedimento para o con-trole de qualidade da fruta. Muitas delas normal-mente já realizam esse controle antes de emba-lar e depois de embaladas. Alguns importadores adotam a prática de manter uma equipe no local de embalamento da fruta para que ela seja apro-vada antes de embalar e também antes do em-barque. Existem ainda empresas muito

organiza-das que mantêm armazenaorganiza-das contraprovas de toda fruta que foi embarcada por amostragem.

11. Transporte e Logística

Não existe exportação sem transporte, e não existe transporte sem logística. Nesse ritmo, a logística está em “moda”, porque permite a In-tegração entre setores e departamentos, entre fornecedores e clientes.

A logística permite o produto certo na hora cer-ta, no lugar certo, no menor custo de mercado, em que a tecnologia possibilita a utilização da informação a seu favor, facilitando a localização e identificação de produtos, uso da leitura de código de barras, endereçamento e até a cole-ta de pedidos. A confiabilidade das informações da logística demonstra competência, agregando valor ao produto - quanto mais o mundo “enco-lhe”, maiores e mais complexas ficam as cadeias de suprimento.

O transporte das frutas da câmara fria para o porto deve ser realizado por meio de containers dotados de um sistema de refrigeração para manter o produto em condições adequadas de resfriamento. Esse processo terá grande influ-ência durante o transporte. É essencial que as frutas sejam mantidas em condições adequadas de refrigeração. Também durante o transporte, qualquer falha no sistema danifica todo o pro-duto, podendo causar grandes prejuízos finan-ceiros.

Cabe ao Produtor/Exportador acompanhar os procedimentos de preparo de carga, transporte, armazenamento no porto e embarque, procu-rando certificar-se de que a cadeia de frio e os procedimentos de embarque das frutas exporta-das foram rigorosamente cumpridos. O ideal é garantir um produto de qualidade comprovada por meio de um controle de qualidade rigoroso, independente do destino.

A logística para o transporte da fruta deve ser re-alizada de forma planejada, portanto a decisão do meio de transporte e o porto destino (caso o

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embarque seja marítimo) precisam ser definidos antes da safra e contratados com as empresas marítimas (ou aéreas) para o mercado de des-tino. Qualquer falha no sistema de transporte danifica o produto. As uvas de mesa deterioram mais em 1 hora a +32ºC que uma semana a 0ºC. Estudos realizados por especialistas indicam que a demora a cada uma hora entre a colheita e o embalamento diminui um dia na vida útil de pra-teleira da uva. No caso da manga, as altas tem-peraturas e as oscilações levam ao rápido ama-durecimento e, por isso, necessitam de especial atenção.

Muitas recomendações técnicas são feitas para o momento antes do carregamento e durante o carregamento. Sugerimos a leitura de materiais sobre o assunto, mas, em linhas gerais, os con-tainers e caminhões que transportam a fruta de-vem estar limpos e sanitizados e ser pré-resfria-dos até a temperatura desejada para transporte antes de se posicionarem para carregamento nas docas.

O maior problema de carregar frutas resfriadas em um container quente é o fato de haver a trans-ferência de calor das paredes do container ou do caminhão, o que danifica as frutas. O objetivo do pré-resfriamento é esfriar as paredes internas do container marítimo para que se atinja a tempera-tura ideal para o transporte, de acordo com cada fruta. Como outro cuidado técnico, é importante que o container seja desligado durante o carre-gamento para se evitar o congelamento da ser-pentina do evaporador. Principalmente no caso de mangas, deve-se evitar a redução do frio em níveis inferiores aos necessários e ou transferir ar ambiente ou ar quente e fumaça de exaustão para dentro da carga.

Lembramos que o container serve para o trans-porte das frutas e não para resfriá-las. O contai-ner não tem a capacidade de refrigeração sufi-ciente para esfriar adequada e uniformemente, se a temperatura do carregamento da fruta na expedição não for a desejada. Alguns

Produto-res/Exportadores durante a correria da safra descuidam de pequenos detalhes que não de-vem ser esquecidos, como a altura do palete dentro do container, que não pode ultrapassar a linha vermelha; o motivo desse procedimento é para que a circulação de ar dentro do container não fique comprometida. Em casos de sinistros em uma carga assegurada, se a altura do palete ultrapassar essa altura máxima estabelecida, a transportadora não se responsabiliza, e a segu-radora não paga o prêmio. O mesmo acontece quando não se encontra o termógrafo, ou mes-mo, se o termógrafo não estiver funcionando. Por isso é recomendado se colocar mais de um termógrafo dentro do container.

12. Transporte de Uvas

Normalmente o embarque da uva é realizado com temperatura ambiente dentro container de -1 a + 2ºC , em que a temperatura ótima para o carregamento do container é de -2ºC.

É deextrema importância cuidar dos processos de embarque uma vez que qualquer alta ou os-cilações na temperatura implicarão um processo de condensação e, portanto, uma menor vida do generador de SO2, danificando a fruta e a caixa. Recomenda-se o transporte de uvas sempre uti-lizando o generador de SO2 (metabissulfito de sódio) que ajuda a preservar o engaço do cacho mais verde, mantendo seu frescor, além de evi-tar a proliferação de fungos no interior da caixa. A temperatura ideal em trânsito é de -1 a 0ºC para uvas sem sementes e +2ºC para uvas com sementes, principalmente a Itália Muscat, que é a mais sensível.

A ventilação (troca de ar) recomendada pelas companhias marítimas é de 10 a 15%, porém na prática muitos exportadores utilizam a ventila-ção fechada, a 0%. Essa prática permite menores oscilações na temperatura interna do container. Como a uva é uma fruta não-climatérica, ou seja, não amadurece depois de colhida, não existe li-beração de etileno e, por isso, torna-se

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desne-cessária a troca de ar dentro do container com esse objetivo.

13. Transporte de Mangas

O local de expedição das mangas para carrega-mento nos containers marítimos deve ser refri-gerado a 9°C, a mesma temperatura da fruta, em que a temperatura de 9°C é a recomendada e normalmente a mais adotada. Entretanto algu-mas empresas adotam a prática de temperaturas inferiores a 9°C para a fruta mais madura e de 10° a 12° C para frutas mais verdes, ou seja, a experiência de um especialista deve ser sempre considerada.

Quando as mangas são carregadas em um am-biente quente e úmido, o ar úmido pode entrar nos containers pré-resfriados quando as suas portas forem abertas. A recomendação técnica de algumas empresas de transporte é a de que o container seja pré-resfriado somente se a doca de carregamento estiver refrigerada adequada-mente. O objetivo é evitar a condensação dentro do container, pois a umidade pode condensar nas superfícies interiores e no teto do container pré-resfriado e ficar pingando sobre as caixas de papelão (“transpiração da carga”).

Existem Packings houses que não possuem a área de despacho resfriada. Nesses casos, a manga deve ser mantida na câmara fria até o momen-to do carregamenmomen-to, em que essa fruta deve ser transferida, o mais rapidamente possível, para dentro do container, pois o simples trânsito dos paletes refrigerados para uma doca quente e úmida pode levar à condensação da carga. Vale lembrar que a manga é uma fruta climaté-rica, por isso detalhes no seu transporte, como ventilação (troca de ar) e uso de absorvedores de etileno, devem ser observados.

A troca de ar do container refrigerado contendo um carregamento de mangas refrigeradas pode ser fechada durante as primeiras 24 horas, de-pois disso, a troca de ar deve ser ajustada para 40 pcm (pés cúbicos por minuto); algumas

com-panhias marítimas sugerem a 45 pcm.

Ao chegar ao seu porto destino, a fruta deve ser liberada no menor tempo possível e enviada à câmara fria especialmente destinada para sua guarda. Caso chegue em um final de semana, recomenda-se pagar os encargos extras com a fi-nalidade de acelerar o seu desembaraço; a man-ga é um fruto climatérico, ou seja, o processo de maturação continua, diferentemente da uva, que não amadurece depois de colhida.

14. Armazenamento

As uvas e mangas já embaladas e paletizadas devem ser armazenadas obrigatoriamente em câmara fria. Nunca se devem ingressar paletes quentes na câmara fria de armazenamento. A temperatura ideal para uva deve ser de 0 a 2ºC, a depender da variedade da uva e da umida-de relativa em torno umida-de 85 a 95%, entretanto a maioria das câmaras frias na União Europeia não dispõe de umidificadores. Observar que a câma-ra, onde a fruta será armazenada, deverá estar com a mesma temperatura da fruta, para evitar a condensação no interior das caixas, para man-gas de 8 a 10°C. Uvas e manman-gas não podem ser armazenadas na mesma câmara fria e também não devem ser misturadas com outras frutas como abacaxi e banana.

Em condições ideais, as uvas podem ser arma-zenadas por 1 a 5 meses, dependendo da varie-dade, do tipo de embalagem e da qualidade de armazenamento da câmara fria. Da colheita ao consumo da manga, o ideal é que não se ultra-passem 35 dias.

Vários fatores, além da variedade, podem in-fluenciar no tempo de armazenamento, como: práticas culturais adotadas;

• condições climáticas; • ponto de colheita; • teor de acidez da fruta;

• condição e qualidade da fruta embalada; • manuseio na colheita e pós-colheita;

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• tempo entre a colheita, o embalamento e resfriamento;

• materiais de embalagem adequados que as-seguram a qualidade do armazenamento; • temperatura do transporte;

• temperatura e condições de armazenamen-to.

As câmaras frias de armazenamento devem per-manecer fechadas para assegurar um “ótimo” na armazenagem, evitando-se oscilações de tempe-ratura e exposição da fruta que levam à rápida desidratação. A manga precisa de renovação de ar no local de armazenagem ou absorvedo-res de etileno, quando se pretende deixar mais tempo armazenada, para que não haja desen-cadeamento do processo de maturação, exceto quando o objetivo seja o de amadurecer a fruta. Algumas empresas começaram a adotar o uso de câmaras de amadurecimento, por entender que alguns mercados aceitam mais a fruta “pronta para consumo”, e o apelo da coloração e odor da fruta madura é um atrativo a mais, chegando a competir com mangas de embarque aéreo, que costumam ser mais caras devido ao elevado cus-to no transporte das frutas.

15. Container

No início, as exportações eram realizadas nos porões dos navios refrigerados, e, com o tempo, o container passou a ser mais utilizado para fa-cilitar o carregamento e descarregamento, além do controle da carga.

O container marítimo foi criado para o

transpor-te unitizado de mercadorias e suficientranspor-tementranspor-te forte para resistir ao uso constante. Normalmen-te o BIC-code é utilizado para a identificação dos containers. Esse código é composto de 14 (cator-ze) caracteres, distribuídos da seguinte maneira: 3 (três) letras do alfabeto latino para o código da nacionalidade do container (a sigla oficial do Brasil, padronizada pelo BIC, é BRX) + 4 (quatro) letras, para a identificação do proprietário, sen-do a última dessas letras sempre o “U”, que tem a finalidade de indicar que o container é regis-trado pelo BIC + 7 (sete) dígitos para indicar a numeração e série do container.

Existem containers com diversos tamanhos e tipos, porém o mais utilizado para o transpor-te de uvas e mangas no Vale do São Francisco é o container refrigerado de 40’ (quarenta pés), em que o armador já tem definido o espaço e peso máximo que pode comportar. Geralmente o container de quarenta pés comporta 20 (vin-te) paletes normais. Alguns produtores/expor-tadores incluem ainda 01(um) baby-pallet, com dimensões reduzidas para aproveitar ao máximo o espaço dentro do container, entretanto alguns compradores não aceitam receber o baby-pallet, daí a importância de se negociar com o compra-dor antes do envio.

Os containers frigoríficos são equipados individu-almente, com a sua própria unidade de refrige-ração mecânica, acionada eletricamente, ligados a uma fonte de energia elétrica nos depósitos, terminais e a bordo dos navios. Durante o trans-porte terrestre, os containers são conectados a

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um grupo gerador acionado pelo motor diesel.

16. Amostragem para Análise de Resíduos de Agrotóxicos

A análise de resíduos é um procedimento obri-gatório para todas as certificadoras e também para diversos clientes, como importadores, ata-cadistas e supermercados, devendo ser realiza-da em laboratórios acreditados pelo INMETRO e credenciados pelo MAPA, como o ITEP/LabTox. A amostragem das frutas para análise de resí-duos deve resultar em uma amostra represen-tativa, com preservação de suas características originais, atingindo, no mínimo, 10% do total das parcelas de cada produtor.

O resultado, obtido por meio da análise labo-ratorial, é determinado, em grande parte, pela primeira etapa do processo de análise, que é a amostragem. Portanto, alguns cuidados devem ser observados, como:

- Selecionar e coletar produtos de mesma iden-tidade, variedade, origem, marca, classificação,

validade, lote ou parcela para amostragem no campo, observando um período de pelo menos 08 (oito) dias antes da colheita, pois, no caso de ocorrência de alguma não conformidade, o pro-dutor tem tempo hábil para aguardar a colheita ou definir se a fruta pode ser direcionada a mer-cados mais tolerantes. Quando a coleta ocorre no packing house, todos os produtos devem ter recebido exatamente o mesmo tratamento, rea-lizado, também, no mesmo período, verificando o prazo de entrega do resultado da análise para que a informação seja recebida antes do embar-que da fruta ou aguardar o resultado com a fruta armazenada;

- Não coletar produtos que estejam em con-dições inadequadas para consumo, em decom-posição ou danificados;

- Durante a amostragem e todo o processo de en-vio das amostras para o laboratório, manusear, cuidadosamente, as amostras para evitar conta-minação, possíveis danos, remoção de resíduos superficiais de agrotóxicos ou outras mudanças

Tabela 4. Dimensões Internacionais de Containers – alguns exemplos (fornecidos pelos armadores e extraídos do web site das empresas):

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que possam afetar a qualidade de resíduos ou a determinação analítica ou tornar a amostra não representativa;

- Não efetuar qualquer procedimento diferente daquele adotado para comercialização, como la-vagem do produto;

- É recomendado o envio das amostras acondi-cionadas na mesma embalagem utilizada para comercialização/exportação do produto para que não haja contaminação;

- Não transportar as amostras junto com produ-tos químicos;

- Para evitar a deterioração, a amostra deve chegar ao laboratório, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas após a coleta. Caso isso não seja possível, entrar em contato com a equipe do la-boratório para maiores instruções;

- Nos casos em que se faz necessário o transporte aéreo, enviar as amostras para o laboratório até a quinta-feira, com instruções claras de entrega no ITEP/ LabTox (opção entrega em domicílio). Observação1: O critério a ser utilizado na amos-tragem deve ser discutido com o grupo técnico do laboratório onde a análise de resíduos de agrotóxicos será realizada. O cliente é orientado para entrar em contato no caso de dúvidas. Observação2: Procurar, seguir, na medida do possível, as recomendações do Codex Alimenta-rius ou Manual de Coleta de Amostra para Aná-lises de Resíduos de Agrotóxicos em Vegetais (Ministério da Agricultura) ou Manual de Coleta de Amostra para Análise de Resíduos de Agrotó-xicos em Alimentos (PARA/ANVISA – Ministério da Saúde).

De acordo com a legislação, é terminantemen-te proibido comercializar frutas com níveis de resíduos acima do permitido ou com resíduos de agrotóxico não permitido para a cultura em questão. Lembramos que, para alguns merca-dos, o Limite Máximo de Resíduo permitido é, muitas vezes, abaixo da legislação do país ou do indicado pelo Codex Alimentarius. Por isso,

de-vem ser observados os limites durante as aplica-ções na safra e antes de enviar a fruta, quando já se tem conhecimento do mercado destino. As informações geradas pelo laboratório são si-gilosas e podem ser acessadas pelo Produtor/ Exportador mediante login e senha. Nenhum funcionário, consultor, colaborador ou prestador de serviço está autorizado a solicitar ao Produ-tor/Exportador o seu login e senha, e este será o único responsável em disponibilizar ao usuário responsável de sua equipe.

SUPERVISÃO DAS CONDIÇÕES

E DA QUALIDADE DAS FRUTAS

EXPORTADAS

O Acompanhamento da Supervisão das Condi-ções e da Qualidade das frutas exportadas é um serviço individualizado por Produtor/Exportador, produto, variedade e tipo de embalagem. A ava-liação do desempenho do produto, bem como a dos seus atributos de qualidade e da sua compe-titividade em relação aos outros integram o Mo-nitoramento do Controle de Qualidade. Para que a Supervisão ocorra, é preciso que o Produtor/ Exportador comunique o envio de produto, pre-enchendo o Aviso de Remessa - Romaneio. É ele que fornece as informações necessárias ao Mo-nitoramento, como: Número do booking, quan-tidade de produto, variedade, classificação, Ata-cadista destinatário, Empresa de inspeção, etc. Preferencialmente utilize o modelo apresentado no ANEXO 3, seguindo as orientações do ANEXO 6. O acompanhamento da supervisão do Contro-le de Qualidade diminui os atritos comerciais e garante um comércio mais justo para produtores e atacadistas. Se, por um lado, o Produtor/Ex-portador passa a ter um “Olho no Mercado”, por outro, o Atacadista passa a receber um produto acompanhado desde a produção até a chegada ao mercado por técnicos experientes, evitando dúvidas e reclamações posteriores.

Em caso de problemas de qualidade, o Produtor/ Exportador tem “just in time” uma pessoa de sua

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confiança para acompanhar todos os procedi-mentos de uma reclamação (“claim”), evitando custos desnecessários de deslocamento até a Holanda, estocagem e transporte.

1. O acompanhamento e a supervisão das frutas exportadas se compõem de

1. Verificação das condições físicas dos contai-ners, de seus “settings” (temperatura e renova-ção do ar), recolhimento dos termógrafos para leitura imediata. Esse primeiro controle permite acionar imediatamente a Companhia de Seguros e a Companhia Marítima, em caso de avaria para carga assegurada;

2. Verificação da caracterização do produto*: va-riedade, tipo de embalagem, classificação, tama-nho, rotulagem;

3. Avaliação dos atributos de condição e quali-dade* por meio de um escore de qualidade e, em alguns casos, o potencial de armazenagem da fruta;

4. Avaliação de conformidade do produto com as exigências do mercado internacional*;

5. Identificação das causas da reprovação, recla-mação e possíveis soluções;

6. Representação gráfica da condição e da quali-dade do produto avaliado, individualmente por Produtor/Exportador e no geral, de todos os par-ticipantes do programa a serem entregues após o término da safra.

*Os parâmetros sistematizados dos procedimen-tos de inspeção das empresas holandesas de inspeção contratadas pelo ITEP estão disponibili-zados no site www.itep.br por meio do Manual: Inspeção das Condições e da Qualidade de uvas de mesa recepcionadas no Porto de Rotterdam.

Exigências mínimas para o acompanhamento das inspeções de qualidade

1. Informações preenchidas corretamente no Aviso de Remessa - Romaneio

2. Envio do Aviso de Remessa – Romaneio no

momento do despacho do container 3. Número de identificação do palete 4. Rotulagem da caixa

5. A fruta deve estar devidamente embalada 6. Empresa de Inspeção escolhida pelo Produtor/ Exportador previamente cadastrada pelo ITEP

ATENÇÃO

O não cumprimento das exigências mínimas NÃO PERMITE o devido acompanhamento das inspeções de qualidade.

2. Guia de paletização Geral

Todos os paletes a serem usados devem ter as quatro entradas entre paletes. O material mais utilizado e aprovado é o palete de madeira tra-tada.

As dimensões do palete recomendadas são as seguintes: 1200mm Comprimento (Length) x 1000mm Largura (Width) x 162mm Altura (Dep-th). Algumas empresas no Vale do São Francisco usam um palete de manga em dimensões redu-zidas: 1100mm Comprimento x 1020mm Largu-ra, com o objetivo de otimizar o espaço, visando reduzir o custo de frete.

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ITEP começou a fazer o acompanhamento das inspeções na Europa reside no fato de que al-guns produtores/exportadores, visando reduzir custos, acabam diminuindo a espessura da ma-deira, deixando o palete bem frágil, principal-mente paletes de madeira secados em estufa. A espessura ideal é de, no mínimo, 2 cm. Erros no momento da estufagem do container podem levar à quebra do palete durante o transporte terrestre/marítimo. Diferenças no piso devem ser niveladas, utilizando madeira tratada, devi-damente carimbada, Já existiram casos de inci-neração de carga devido à utilização de paletes sem tratamento para escorar a carga ou o palete. Paletes abaixo das especificações ”sub-standard pallets” não são aceitos pela União Europeia, pois podem causar danos aos frutos e provocar acidentes graves.

“Euro” ou “Baby-pallets” normalmente não são aceitos, e a economia, gerada no transporte, pode ser afetada no momento do pagamento da repaletização das caixas. Antes de enviar, tenha claro e contratado por escrito o aceite do impor-tador desse tipo de material para evitar gastos posteriores.

Paletes plásticos e de outro material que não seja madeira não são aceitos e precisam de apro-vação prévia, no caso de serem utilizados. Na amarração do palete, use somente cantonei-ras de papelão (“cardboard corner boards”), po-dendo ser de papelão kraft, que costumam ser mais resistentes. Nenhum palete com cantonei-ras plásticas são aceitas. As cantoneicantonei-ras são fixa-das por fitas de arquear (amarração) plásticas. Modelo de palete de madeira reflorestada trata-da para exportação de uva para a Europa

Modelo de palete de madeira reflorestada trata-da para exportação de uva para a Europa

Modelo de palete de madeira reflorestada trata-da para exportação de manga para a Europa

Modelo de palete retornável de madeira reflo-restada tratada de empresa privada (foto de In-ternet).

Todos os paletes devem atender às normas de regulação fitossanitárias da União Europeia e es-tar acompanhados do respectivo certificado de tratamento fitossanitário e com o carimbo es-tampado em local visível.

A gravação da marca internacional na madeira de embalagem, pallets, suportes ou material de acomodação deverá ser feita com a utilização de tinta indelével, de outra cor que não a vermelha ou outro processo que garanta a persistência da marca. O espaço preenchido por XX - 000 - YY de-verá conter, nessa sequência: (1) a sigla do país, de acordo com as normas ISO (BR, de Brasil, por exemplo); (2) a codificação (número do creden-ciamento) da empresa que realizou o tratamen-to (001, por exemplo) e (3) o tipo de tratamentratamen-to a que a embalagem, suporte ou material de aco-modação foi submetida HT (Tratamento Térmi-co) ou MB (Fumigação com Brometo de Metila).

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Não há nenhuma prescrição quanto ao tamanho da marca. A única exigência é que seja perma-nente e legível.

A altura total da fruta paletizada não deve ultra-passar a linha vermelha existente no interior do container. O palete deve ser amarrado horizon-talmente com fitas de amarração/arquear nas seguintes alturas: 1, 3, 5, 10 e 15. Utilizar de 5 a 7 fitas horizontalmente. A experiência prática da maioria dos Produtores/Exportadores demons-tra que a amarração vertical é desnecessária porque, na maioria das vezes, no momento do desembarque da carga, essas fitas normalmen-te estão completamennormalmen-te frouxas, sem utilidade de sustentação da amarração do palete. Alguns importadores, inclusive, pedem para não utilizar amarração vertical.

Fitas de arquear soltas na vertical

Cantoneiras deformadas tocando o piso A cantoneira deve estar, pelo menos, de 3 a 4 cm do chão. O contato da cantoneira com o piso molhado faz com que esta absorva a umidade e perca a resistência. Quando a cantoneira fica rente ao chão, o palete fica sem flexibilidade, le-vando à quebra de paletes e das caixas; as canto-neiras são danificadas e, muitas vezes, as fitas de arquear arrebentam.

A União Europeia não permite a colocação de cantoneiras fixadas com pregos no palete, por-que podem causar graves acidentes em sua mo-vimentação.

Recomenda-se que seja colocado um papelão ou plástico sobre o palete para evitar danos diretos causados pela ventilação e pelo frio, tomando o cuidado para fixar bem o material a fim de não correr o risco de o material se soltar e obstruir o evaporador.

3. Registradores de Temperatura

Os termógrafos (“Temperature recorders”) de-vem ser colocados dentro do container, fixados no palete. Existem diversas recomendações de posicionamento dentro da carga, desde a fixa-ção na segunda coluna de paletes a partir da porta, no palete mais próximo à porta, no meio do container, um próximo à porta e um segundo na útima fileira do container ou de acordo com a recomendação da companhia marítima.

Os paletes com os termógrafos devem estar cla-ramente identificados com selos ou etiquetas nos 4 lados do palete. Alguns exportadores ado-tam o uso de 2 ou mais termógrafos no mesmo container, evitando assim surpresas desagradá-veis, como precisar da leitura do termógrafo e este não ser encontrado ou não estar

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funcionan-do, além de ter também mais uma ferramenta de acompanhamento, podendo avaliar a tempe-ratura em diversos pontos dentro do container. A caixa que contém o termógrafo deve ser colo-cada em local bem visível e identificado. Não se recomenda a instalação do termógrafo na base do palete, por ser mais difícil de localizar e de com mais possibilidade de ser quebrado pela paleteira. Outra prática usada é a de colar o ter-mógrafo em uma das laterais do pallete dentro de um envelope de papelão normalmente já for-necido junto com o termógrafo por alguns fabri-cantes.

Os paletes com os termógrafos devem estar identificados no Aviso de Remessa – Romaneio para facilitar a sua localização. Um termógra-fo não localizado e indevidamente identificado não tem utilidade e, nos casos de reclamação de transporte marítimo referentes à temperatura (temperaturas altas demais ou baixas demais), só podem ser comprovados com a leitura do ter-mógrafo.

No mercado, geralmente, cada importador apre-senta suas exigências de acordo com os procedi-mentos aos quais eles já estão acostumados; o ideal é sempre alinhar todas as informações com o recebedor da mercadoria, lembrando que mui-tos desses profissionais recebem por container descarregado e geralmente não querem “perder tempo” procurando os termógrafos.

Durante a safra, muitas empresas no momento do estufamento do container “se esquecem” de identificar o termógrafo e acabam não sendo “li-dos”, porque não se consegue mais identificar em qual container o termógrafo estava. Muitas empresas de inspeção retiram o termógrafo dos containers e colocam em uma única caixa para

serem lidas ao final do expediente. Se estive-rem sem informação, ficam invalidados porque a leitura não terá valor algum se não for possível identificar a qual container pertence.

Outra falha que detectamos diz respeito ao fato de algumas empresas de inspeção não possuí-rem o leitor ou o programa de alguns termógra-fos e com isso recolhem o termógrafo sem fazer a sua leitura. Sendo assim é importante que an-tes do início da safra seja informado à empresa de inspeção qual termógrafo será utilizado para se ter a segurança de que a a leitura do termó-grafo será realizada.

Orientações Produtor/

Exportador

AVISO DE REMESSA - Envio

de Romaneio / Packing List /

Romaneio List

1. O Aviso de Remessa – Romaneio é a comunicação que o Produtor/Exportador faz para o ITEP e para o Comprador europeu, informando que está enviando seu produto ao Mercado. Portanto, caro Produtor/Exportador, é importante ressaltar que seu produto só poderá ser supervisionado, se o Aviso de Remessa - Romaneio for preenchido corretamente.

1. O responsável pelo preenchimento do Aviso de Remessa - Romaneio é o Produtor / Expor-tador;

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Relató-rios de Qualidade supervisionados pelo ITEP, quando preencher o seu Aviso de Remessa - Romaneio, nos moldes e prazos estabelecidos; 3. O Aviso de Remessa – Romaneio deverá ser emitido imediatamente após o carregamento do container de transporte para o navio; 4. Somente deverá ser emitido Aviso de Re-messa – Romaneio, de produtos remetidos para empresas de inspeção previamente aderi-das ao Programa. Produtos enviados para em-presas de inspeção não parceiras não podem ser supervisionados, porque necessitam de autorização prévia para poderem ser acompa-nhados.

2. O que informar no Aviso de Remessa – Romaneio?

1. Preencha preferencialmente o modelo em formato EXCEL (ANEXO 3), de acordo com as orientações, conforme enviado pelo ITEP. Ou-tros formatos deverão ser redigitados e podem gerar erros de transcrição;

2. Preencha todos os campos possíveis e não se esqueça de fornecer o nome da empresa de inspeção e a data prevista de chegada do con-tainer;

3. Salve o arquivo sempre com o número do Aviso de Remessa (Romaneio, Packing List, Shipping List), incluindo o Número do Contai-ner, Nome da Empresa de Inspeção e Nome do Produtor/Exportador, tomando o cuidado para não repetir o nome do arquivo, conforme “Orientação para salvar os arquivos de Avisos de Remessa_Romaneio” (ANEXO 6);

4. Preencha os dados cuidadosamente. A su-pervisão da fruta só poderá ser efetuada se o Aviso de Remessa - Romaneio for preenchido corretamente e sempre indicando em qual pa-lete está localizado o termógrafo;

5. O lote é um conjunto uniforme: vai para um único Atacadista/Importador, podendo ter uma única variedade, classificação, código do produtor e embalagem. No caso do envio de duas ou mais variedades, é necessário

preen-cher no mesmo Aviso de Remessa, mas sepa-rando o lote para cada variedade, classificação, código de produtor e embalagem. Ou no caso de embalagens diferentes, também é preciso efetuar o Aviso de Remessa - Romaneio infor-mando que são lotes diferentes. Cada lote di-ferente recebe um controle de qualidade dife-rente;

6. Dados, como quantidade e tipo de caixa, embalagem, rotulagem, código de rastreabili-dade, serão verificados no acompanhamento da supervisão do controle de qualidade e, caso não estejam informados corretamente, podem correr o risco de não receber um Relatório de Controle de Qualidade separadamente;

7. O valor da inspeção será debitado na Conta Corrente do Produtor/Exportador diretamente pela empresa de inspeção, e o seu pagamento está condicionado ao acordo realizado entre o Produtor/Exportador e o Importador/Consig-natário;

8. Após o preenchimento completo do Aviso de Remessa – Romaneio envie para o email ex-portar@itep.br com aviso de leitura, indicando para qual email deverá ser enviado o Relatório de Controle de Qualidade;

9. Quando a supervisão da inspeção for realiza-da, será enviada para o email indicado o Con-trole de Qualidade e a Leitura do Termógrafo no prazo de 24 horas após a inspeção, exceto em casos de Força Maior.

10. Qualquer inconsistência da informação de-verá ser avisado imediatamente ao email ex-portar@itep.br

3. Resultados Esperados

Melhoria contínua dos procedimentos de pós--colheita da produção de frutas para exportação; Melhoria contínua da qualidade de frutas para exportação;

Agregar valor aos produtos da fruticultura irri-gada, atendendo aos requisitos de qualidade, condições, aspectos fitossanitários e limites de resíduos de agrotóxicos exigidos pelos mercados importadores;

Referências

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