6 de maio de 2013
• A redução dos juros confirma a tendência dos países ricos voltarem a discutir alternativas para tentar impedir
que as economias locais sejam uma vez mais engolidas pela recessão;
• O governo brasileiro encontrará em um cenário difícil de administrar nos próximos anos, principalmente porque
o ambiente internacional não dá sinais de melhora consistente no curto e médio prazo;
| Destaque da Semana
| Economia Internacional
O destaque da semana foi a decisão do Banco Central Europeu (BCE) ao reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual para 0,5% ao ano, nível mais baixo da história. A autoridade monetária disse que está “disposta a tomar novas medidas se necessário” para tentar tirar a economia européia da estagnação, ainda que não tenha adotado medidas demandadas por governos do sul da Europa, tais como o aumento da disponibilidade de crédito ao setor privado. “Não se pode jogar dinheiro de um helicóptero”, alegou Mario Draghi, presidente do BCE. De toda a forma, a redução dos juros confirma a tendência dos países ricos voltarem a discutir alternativas para tentar impedir que as economias locais sejam uma vez mais engolidas pela recessão. Uma tarefa nada fácil, pois, ao contrário de Japão e EUA, falta à Europa uma visão consensual sobre o caminho a seguir. A principal resistência vem da Alemanha, já que a chanceler alemã, Angela Merkel, continua a defender reformas ortodoxas e chegou até mesmo a criticar a possibilidade de o BCE reduzir os juros. Segundo ela, se o banco avaliasse a situação na Alemanha, teria de elevar as taxas. Enquanto Draghi fazia seu anúncio, novos dados apontavam que a atividade industrial na zona do euro sofreu contração em abril, o índice de gerentes de compras - PMI, na sigla em inglês - do setor industrial caiu para 46,7 em abril, de 46,8 em março, o resultado registrou o nível mais baixo em quatro meses. Os números ruins incluem a Alemanha, onde a queda do setor manufatureiro já dura dois meses.
Já nos EUA, o grande destaque ficou para os dados de emprego divulgados na última sexta-feira. Houve criação de 165 mil postos de trabalho em abril, número superior aos
155 mil projetados pelos analistas, e aos 138 mil vistos no mês passado, segundo dados revisados. A taxa de desemprego registrou queda para 7,5% em abril, ante 7,6% no mês anterior. A mediana das estimativas apontava para 7,6%, o que ajuda a reforçar a tese de recuperação da economia, ainda que a passos aquém do desejável. Os dados recentes mais fracos da indústria e as revisões para baixo da expansão do PIB em 2013 de 2,11% para 1,85%), são exemplos disso. Não à toa o banco central do país (Federal Reserve, Fed) deixou em aberto tanto a possibilidade de reduzir como de ampliar o programa de liquidez (quantitative easing, QE na sigla em inglês) que injeta cerca de US$ 85 bilhões mensais na economia. Na China, a economia do país deve chegar a uma expansão levemente superior aos 7,5% em 2013, mas pode trazer algumas dúvidas aos investidores ao longo do ano. O PMI do setor manufatureiro, caiu para 50,4 em abril ante 51,6 em março. Embora tenha cedido, o indicador permanece acima do patamar de 50, que indica expansão da atividade. Em síntese, mantemos a tese de recuperação gradual nos EUA e manutenção de um crescimento expressivo na China. A Europa, como temos dito com freqüência, segue como a maior fonte de preocupação para os mercados. A monitorar.
Gráfico G1- EUA: Folha de Pagamento e Desemprego
Gráfico G2- EUROPA: Juros
Fonte: Bloomberg, 06/05/2013 às 07:00 3,0 5,0 7,0 9,0 11,0 -900 -600 -300 0 300 600 mai -02 n o v-02 mai -03 n o v-03 mai -04 n o v-04 mai -05 n o v-05 mai -06 n o v-06 mai -07 n o v-07 mai -08 n o v-08 mai -09 n o v-09 mai -10 n o v-10 mai -11 n o v-11 mai -12 n o v-12 Un e mp lo yme n t R ate (% ) C h g in N o n f Pay ro lls( K)
Change in Nonfarm Payrolls US Unemployment Rate Total in
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 n o v-07 mar -08 ju l-08 n o v-08 mar -09 ju l-09 n o v-09 mar -10 ju l-10 n o v-10 mar -11 ju l-11 n o v-11 mar -12 ju l-12 n o v-12 mar -13
O que olhar na semana? Na Europa, a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE). Na China, os dados da balança comercial de abril e índices de preços. Nos EUA, dados de crédito ao consumidor, vendas e estoques no atacado, em março; e contas do governo em abril.
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| Economia Brasileira
As informações macroeconômicas da semana passada refletem a complexidade do cenário doméstico. A produção industrial (IBGE) cresceu 0,7% em março, bem aquém do estimado pelos analistas (1,2%), enquanto a leitura acumulada em 12 meses manteve a forte contração (-3,3%). Se por um lado a fragilidade do setor industrial demanda políticas de estímulo ao crescimento, especialmente direcionadas ao investimentos, por outro, a trajetória dos índices de preços, combinada a uma política fiscal menos austera, elevam as pressões para um aumento da taxa básica de juros.
Qual seria a estratégia mais apropriada para a atual realidade da economia doméstica? A teoria mais ortodoxa indica que uma política fiscal austera, combinada com a ação política monetária, tem efeitos não desprezíveis no controle dos preços, o que traria, no longo prazo, uma maior previsibilidade para o investidor, um maior poder de compra à população e, por conseqüência, um crescimento sustentável ao longo do tempo. Ainda que isto se concretize, não podemos desprezar os efeitos potenciais negativos que tais políticas trariam sobre a atividade produtiva e o mercado de trabalho no curto prazo, que poderiam dificultar a adoção de tais medidas (vide o exemplo europeu, região na qual, após forte pressão popular, debate-se a possibilidade de um afrouxamento da austeridade fiscal e mesmo monetária atual).
Alternativa teórica defende a adoção de políticas fiscais mais flexíveis, de maneira a estimular o consumo e, idealmente, o investimento no curto e médio prazo. Tal política alimentaria não só a demanda por bens e serviços, mas elevaria a confiança dos consumidores, estimulando o chamado “espírito animal” dos investidores. Os benefícios
para o crescimento poderiam ser sentidos no curto prazo, a despeito do aumento do endividamento público e de uma potencial deterioração dos indicadores de preço, que seria mitigada em um momento posterior, no qual a redução do crescimento seria menos dolosa à população.
A segunda opção é a que tem sido praticada nos últimos anos no país. E não é diferente em outras economias relevantes, tais como os EUA, a China e, no caso mais recente, o Japão. Seria difícil esperar o outro caminho diante de taxas de desemprego tão elevadas. Mas, que deu de errado? Por que a economia brasileira não vem respondendo aos estímulos como se esperava? A nosso ver, o gargalo do crescimento se dá, em grande parte, a um problema estrutural da economia, que é a falta de investimentos. Atualmente o Brasil investe cerca de 18,4% do PIB, enquanto a média global gira próxima a 24%. Traduzindo em números, podemos afirmar que o país deixa de investir, na margem, cerca de R$ 250 bi ao ano,em comparação ao que seria necessário para que o nível de atividade crescesse de forma mais consistente, reduzindo as carências em infra-estrutura, desenvolvimento tecnológico e capacitação da mão-de-obra, entre outros, que causam danos à competitividade industrial do país. A superação deste problema, no entanto, tem um horizonte longo de maturação, o que nos leva a crer que o governo encontrará em um cenário difícil de administrar nos próximos anos, principalmente porque o ambiente internacional não dá sinais de melhora consistente no curto e médio prazo. Os mercados, de certa forma, refletem essa questão e por isso mesmo temos o nível de atividade como uma questão chave para a performance da bolsa local neste e nos próximos anos.
Gráfico G3 - Brasil: Fiscal
Gráfico G4 - Brasil: Produção Industrial
-250 -150 -50 50 150 250 30 35 40 45 50 n o v-05 mar -06 ju l-06 n o v-06 mar -07 ju l-07 n o v-07 mar -08 ju l-08 n o v-08 mar -09 ju l-09 n o v-09 mar -10 ju l-10 n o v-10 mar -11 ju l-11 n o v-11 mar -12 ju l-12 n o v-12 mar -13
Superávit Primário Déficit Nominal
-20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 mar -05 ag o -05 jan -06 ju n -06 n o v-06 ab r-07 set -07 fev -08 ju l-08 dez -08 mai -09 o u t-09 mar -10 ag o -10 jan -11 ju n -11 n o v-11 ab r-12 set -12 fev -13 Fonte: Bloomberg, 06/05/2013 às 07:00
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| Mercados
BOLSA
Os mercados de renda variável sofreram influência positiva dos indicadores econômicos norte-americanos em especial S&P Caseshiller, índice de preços de imóveis, b) Consumo pessoal, c) folha de pagamentos e a d)Taxa de desemprego, além da alta semanal de 1,67% do índice CRB, que mede a variação de preços das commodities, com destaque para a subida de 2,81% da cotação do barril de petróleo (WTI), no período. O Ibovespa respondeu muito positivamente, mas o ímpeto favorável do mercado foi revertido por conta de: a) dúvidas em relação ao ritmo de crescimento chinês (PMI manufatureiro do mês de abril que veio 50,6 ante esperado de 50,7); e b) produção industrial brasileira, bem abaixo da mediana das estimativas. Apesar dessas preocupações, o Ibovespa encerrou a semana com ganho de 2,28%. De toda a forma, vale a lembrança que o Ibovespa está a 26% de sua máxima histórica, 73.517 pontos em maio de 2008, enquanto alguns de seus pares internacionais, tais como o S&P, nos EUA, o FTSE, na Inglaterra, e o DAX, na Alemanha, atingem seus níveis históricos máximos. É fato que o MSCI emergentes, índice que compõe o mercado de bolsa nos países emergentes como o Brasil, está em 1.042,3 pontos, 22% abaixo do seu auge de 1.338,5 pontos atingido em outubro de 2007, assim como o índice pan europeu (Euro 500), que encontra-se a 41% de seu topo. Assim, a recuperação da bolsa local carece de informações, que tardam, mais favoráveis do nível de atividade no país. O curtíssimo prazo deve ser difícil para o mercado, mas estamos confiantes para o médio prazo.
Under Over
CÂMBIO
O dólar se valorizou 0,51% ante o Real (2,08% no ano) e fechou a semana em R$ 2,0089, seguindo caminho inverso ao da maioria das outras moedas globais, que se fortaleceram no período. A flutuação tem sido muito pequena, em torno dos R$ 2,00, pouco refletindo o fluxo negativo de capitais observado nas últimas semanas. Existem duas forças opostas: por um lado, tem-se a piora das contas correntes brasileiras, em um contexto de baixo crescimento econômico local, que poderia enfraquecer o Real; e, de outro, a manutenção da política monetária expansionista por parte dos principais BCs globais, que tendem valorizar a moeda brasileira. Assim, fica menos complexa a tarefa do BC administrar a taxa de câmbio para que siga em torno do patamar atual. Permanecemos neutros, avaliando oportunidades para alocações táticas nas extremidades entre R$ 1,95 – 2,05 por dólar. Para o Euro, parece-nos provável uma trajetória de enfraquecimento da moeda no médio prazo, face à queda dos juros e ao fraco desempenho do nível de atividade na região.
Under Over
JUROS
A curva de juros fechou a semana praticamente estável, comportamento corriqueiro nos últimos 30 dias. A leitura da economia local continua complexa, menos pela aparência e mais pelos seus potenciais desdobramentos. O nível de atividade segue trajetória aquém da esperada pelo governo, pois não responde suficientemente bem às políticas de expansão fiscal e monetária que têm sido implementas há um ano e meio. Os números referentes à produção industrial e vendas a varejo, estão, por ora, abaixo do necessário para levar o PIB para perto de sua expansão potencial, ao redor dos 3,5%. Na outra ponta, os índices de inflação corrente não dão trégua e rondam o limite superior do sistema de meta de inflação (6,5%). A contribuição do ambiente internacional, neste contexto, também é dúbia, pois se os EUA dão sinais de recuperação ainda mais gradual, a China reforça a tendência de pouso suave e a Europa flerta mais uma vez com o quadro recessivo. Assim, parece-nos mais provável que o BC promoverá mais 3 ou 4 altas de 25 pontos base na taxa Selic, que ficaria em 8,25 – 8,50% ao ano. O prêmio está muito justo e permanecemos under nesta classe de ativos à espera de uma nova oportunidade ampliarmos a posição em papéis prefixados e vinculados à inflação.
Juros Pré-Fixado Inflação
Under Over Under Over
Fonte: Bloomberg, 06/05/2013 às 07:00 Fonte: Bloomberg, 06/05/2013 às 07:00 1.000 1.100 1.200 1.300 1.400 1.500 1.600 23.000 26.000 29.000 32.000 35.000 38.000 41.000 jun -11 ag o -11 o ut -11 de z-11 fev -12 abr -12 jun -12 ag o -12 o ut -12 de z-12 fev -13 abr -13
Ibov Index - US$ S&P 500
Fonte: Bloomberg, 06/05/2013 às 07:00 6,90 7,40 7,90 8,40 8,90 9,40 9,90 10,40 03/05/2013 22/04/2013 02/01/2013 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 2,05 2,10 2,15 10 12 14 16 18 20 22 24 26
abr-12 jun-12 ago-12 out-12 dez-12 fev-13 abr-13
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| Indicadores e Cotações
Agenda Semanal
SEGUNDA PAÍS PERÍODO ESPERADO ANTERIOR RELEVÂNCIA
PMI serviços HSBC CHI Apr -- 54,3 +
TERÇA
PMI Composite EUR Apr F 46,6 46,5 ++
Vendas a varejo-zona euro (M/M) EUR Mar -0,10% -0,30% ++
QUARTA
Balança comercial (US$) CHI Apr $16.15B -$0.88B ++
Exportações %A/A CHI Apr 9,10% 10,00% ++
Importações %A/A CHI Apr 13,00% 14,10% ++
IBGE Inflação IPCA (% no mês) BRA Apr 0,49% 0,47% +++
IBGE Inflação IPCA (A/A) BRA Apr 6,42% 6,59% +++
Índice preços ao consumidor (A/A) CHI Apr 2,30% 2,10% +++
QUINTA
ECB Publishes Monthly Report EUR Apr +++
Novos Pedidos de Aux. Desemp. EUA 04/mai 335K 324K +++
Continuing Claims EUA 27/abr 3018K 3019K ++
Vendas no atacado M/M EUA Mar 0,10% 1,70% +
SEXTA
IGP-M Inflation 1st Preview BRA May 0,09% 0,42% +
Orçamento mensal EUA Apr $106.0B -- ++
F EC HA M EN T O N A SEM A N A N O M ÊS N O A N O 3 M ESES 6 M ESES 12 M ESES
IBOV 55. 4 8 8 2,28% -0,76% -8,96% -6,49% -2,95% -10,24% S&P 500 1. 6 14 2,03% 1,05% 13,20% 7,49% 14,34% 15,49% DOW JONES 14 . 9 74 1,78% 0,90% 14,27% 7,65% 14,24% 13,32% NASDAQ 3 . 3 79 3,03% 1,50% 11,89% 7,52% 13,08% 10,91% M SCI WORLD 1. 4 8 2 1,69% 0,43% 10,76% 5,18% 14,30% 14,57% C OM M OD I T I ES: PETRÓLEO 9 5, 6 1 2,81% 2,30% 2,27% -3,48% 8,29% -8,63% OURO 1. 4 6 4 , 2 0 0,73% -0,54% -12,85% -13,04% -14,60% -12,70% CRB COM M ODITIES 2 9 0 1,67% 0,71% -1,64% -4,78% -1,89% -5,16% M OED A S: REAL / DOLAR 2 , 0 0 9 0,51% 0,38% -2,08% 1,02% -1,18% 5,27% DOLAR / EURO 1, 3 1 0,64% -0,41% -0,60% -3,34% 1,63% -0,94% JU R OS PÓS F I X A D OS: DI OVER 7, 2 3 % 0,14% 0,06% 2,42% 1,83% 3,69% 7,92% FED FUND 0 , 2 5% 0,00% 0,00% 0,09% 0,06% 0,13% 0,26% JU R OS PR É F I X A D OS: PRÉ DE ANO 8 , 0 3 % 0,03% 0,01% 0,90% 0,82% 0,80% -0,25% LIBOR 6 M ESES 0 , 4 3 % -0,01% 0,00% -0,08% -0,05% -0,12% -0,30% TREASURY 10 ANOS 1, 74 % 0,07% 0,07% -0,02% -0,25% 0,02% -0,18% Fonte: Bloomberg, 06/05/2013 às 07:00
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Este material, meramente informativo, foi preparado pela área de Estratégia do Votorantim Private Bank e não se caracteriza como relatório de análise, para fins da Instrução CVM nº 483/2010, e, não foi produzido por analista de valores mobiliários. As informações contidas neste material foram obtidas por meio de comunicação de acesso público, tais como jornais, revistas, internet entre outros, de forma aleatória. Tais informações estão sujeitas a alterações, a qualquer momento, sem que haja necessidade de comunicação neste sentido. Apesar das informações aqui contidas terem sido obtidas de fontes consideradas confiáveis, a área de Estratégia não pode garantir a precisão e veracidade das mesmas. As recomendações de alocação deste documento refletem única e exclusivamente a opinião pessoal dos profissionais da área de Estratégia do Votorantim Private Bank, de modo que as recomendações foram elaboradas de forma independente e autônoma com relação às demais áreas da Votorantim Asset Management DTVM Ltda., ao Banco Votorantim S.A. e demais empresas do Consolidado Econômico Financeiro Votorantim. As recomendações de alocação contidas neste documento apresentam riscos de investimento e não são asseguradas pelos fatos nem contam com qualquer tipo de garantia ou segurança da área de Estratégia. O Votorantim Private Bank e suas áreas de negócio não serão responsáveis por perdas diretas, indiretas ou lucros cessantes decorrentes da utilização deste material para quaisquer finalidades, incluindo, mas não se limitando a realização de negócios, investimentos ou transações baseadas nestas informações.SAC: 0800 728 0083, Deficientes Auditivos e de Fala: 0800 701 8661. Todos os dias, 24 horas por dia, ou pelo e-mail sac@bancovotorantim.com.br. Ouvidoria: 0800 707 0083, Deficientes Auditivos e de Fala: 0800 701 8661, de 2ª a 6ª feira das 9:00 às 18:00 hs. Estratégia de Investimento Votorantim Private Bank (11) 5171-5221.