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FARMACOLOGIA DOS DISTURBIOS MENTAIS

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Academic year: 2021

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FARMACOLOGIA DOS DISTURBIOS MENTAIS

DEPRESSÃO

Depressão: humor deprimido ou irritabilidade, perda de interesse e prazer (anedonia), diminuição de apetite

e/ou peso corpóreo, distúrbios do sono, fadiga e perda de energia, sentimento de desesperança e culpa, dificuldade de concentração, pensamentos recorrentes de morte.

Fases: sem depressão → detecção dos sintomas → estabelecimento do tratamento → fase aguda (6-12

semanas) → continuação (4-9 meses – evitar as recaídas) → manutenção (1 ou mais anos recorrência- até 5 anos) → Associar as psicoterapias

Depressão tem redução do hipocampo e o aumento do cortisol provocava morte de neurônios e provocava essa neuroplasticidade → se reduzir o cortisol esse efeito poderia ser reduzido

Farmacologia: década de ouro 1950 as drogas foram introduzidas no tratamento IMAO

Principais medicamentos: tranicilcipromina e fenilzina e Iproniazida → são irreversíveis

Efeitos farmacológicos: causam aumento rápido e sustentado do conteúdo de 5HT (mais afetada),

noraepinefrina e dopamina (menos afetada). Não aumenta a resposta dos órgãos periféricos. O efeito de uma dose pode durar vários dias.

Efeitos adversos: inibição da MAO: hipotensão (aminas se acumulam dentro das terminações simpáticas

periferias e deslocam a nora das vesículas de armazenamento, reduzindo assim a liberação de nora associada a atividade simpática.). efeitos simpaticomiméticos: tremores, convulsões, insônia, excitação , aumento do apetite; efeitos atropínicos (boca seca, visão embaçada e retenção urinária).

Hidrazina → hepatotóxico

Associação com outros fármacos e alimentos: (queijos amadurecidos, anfetaminas e efedrinas, ATD+ IMAO) tiraminas não são degradadas pois há uma inibição da monoamina oxidade e aumenta os efeitos

colaterais (efeitos simpáticos → hipertensão aguda → cefaleia latejante intensa → hemorragia intracraniana

Iproniazida (IIH): estimula SNC e era utilizada no tto para tuberculose (melhorava a prostação e melhorava

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• Mecanismo de ação: inibidor da monoamina oxidase IMAO, não degrada catecolaminas e aumenta a nora e serotonina e permanece mais tempo nos terminais pré sinápticos

• Retirada por icterícia e nefrotoxicidade

Hoje é associada com outros antidepressivos com outras características neuroquímicas (adjuvante)

TRICÍCLICOS

Desenvolvido na tentativa de achar um anti-histamínico → hipnóticos e sedativos Compõe o grupo de drogas sujas, pois tem múltiplos efeitos colaterais

Principais medicamentos: imipramina, desipramina, amitriptilina, nortriptilina, normipramina Mecanismo de ação:

Bloqueio da captura das aminas pelas terminações por competição pelo sítio de ligação do transportador de aminas, assim inibe a recaptação de nora e serotonina e dopamina (menor quantidade). Além de serem antagonista muscarínico (efeitos adversos) e anti-histaminérgico H1

• Melhora dos sintomas emocionais: aumento na transmissão mediada por serotonina

• Melhora dos sintomas biológicos: facilitação pela transmissão noradrenérgica

Efeitos colaterais

• Atropinicos (amitriptilina): boca seca, visão embaçada, constipação e retenção urinárias

• Hipotensão postural, tontura

• Sedação, sonolência e dificuldade para se concentrar, alterações do sono → recomendado tomar a noite • Taquicardia, arritmias, prolongamento do intervalo

QT

• Ganho de peso;

Interação com outros fármacos: metabolismo hepático e

dependem das enzimas CYP. Potencializam os efeitos dos álcoois e anestésicos. Interferem na ação dos hipertensivos (monitorização constante)

Superdosagens: excitação e delírio, podendo ser acompanhada de consvulsões, levando a depressão

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INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS)

Principais medicamentos: Citalopram, fluoxetina, fluvoxamina, escitalipram e sertralina

Também são usados para transtornos de ansiedade

Não recomendados para tto em menores de 18 anos → maior tendência suicida

Efeitos adversos: não causam reação ao queijo. Náusea, anorexia, insônia, perda da libido e frigidez.

Associação com outros fármacos: em combinação com IMAO podem causar a síndrome da serotonina:

tremores, hipertermia e colapso cardiovascular que pode levar à morte

MÉTODOS DE ESCOLHA

1- 1ª escolha (fase aguda →ISRSs: a. Primeira linha

i. Fluoxetina (20mg e 40mg/ dia – máx 80mg)

ii. Estalopram (5mg, 10 mg, 20mg/dia – dose máxima 30mg) iii. Sertralina (25mg, 50mg/dia- dose máxima 200mg/dia)

iv. Utilizar os benzodiazepínicos para tratar os distúrbios do sono e aumentar a eficácia no início do tratamento

b. Segunda linha (menos efeito na disfunção sexual

i. Venlafaxia (inibidores de nora, serotonina) – não se associa com IMAOs efeitos sinérgicos

ii. Bupropiona (inibidor de serotonina e dopa) –

2- Aumentar a dose + associação

a. Tricíclicos (estágios graves) i. amitril 10mg

ii. Imipramina 25mg (75 a 300mg) se associados com fluoxetina usar 1/3 da dose → meia vida de 5 semanas (esperar esse tempo para fazer a “lavagem” para trocar o medicamento, uma vez que ela inibe a p450

iii. Amtriptilia 25mg

3- Troca do antidepressivo (dose mínima e ir aumentando até chegar a dose ideal) a. Esperar uma semana para fazer a troca gradual + placebo + usar a menor dose

4- Potencialização do antidepressivo (lítio) 5- Uso de IMAO

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TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO

Conceito: surge em resposta a um evento ou situação estressante de natureza excepcionalmente ameaçadora

ou catastrófica que é susceptível de causar desconforto generalizado

Comorbidades: transtorno do pânico, de ansiedade generalizada e hipertensão

Sintomas: intrusivos (sonhos, lembranças flashbacks, perturbação do sono, pesadelos); esquiva persistente;

alterações negativas em cognição e humor associado ao trauma; excitação e reatividade associadas ao evento (irritação, imprudência, hipervigilância); perturbação de causa e sofrimento clinicamente significante e prejuízo social;

Relacionado com eventos ocorridos na infância → difícil de ser identificado

Fisiopatologia: criação de uma memória aversiva: córtex (processo de extinção- perda do controle negativo

– hipoatividade); hipocampo (modulação); amigdala (manutenção do estímulo e hiperestimulação simpática → formação de uma proteção dos neurônios que armazenam as informações aversivas (redes perineurais nets)→ a terapia cognitiva comportamental + farmacoterapia = destroem essa proteção e tem melhora significativa)

Cortisol: aumenta no evento → prolongado a taxa basal de cortisol está baixa → nas crises aumenta

absurdamente (teorias: o cortisol aumentado destrói neurônios → hipersensibiliza os receptores de cortisol entre crises → na crise pouco cortisol é capaz de promover uma hiper-resposta → o mecanismo de feedback deixa de funcionar

TRATAMENTO

1º escolha: Terapia cognitiva comportamental:

• Processo repetido e prolongado de exposição ao estímulo relacionado ao trauma. Aumenta o senso de competência e diminui a sensação generalizada de perigo → realidade virtual; exposição imaginária • Experimentos de Ivan Pavlov → condicionamento do anima para salivar na ausência de comida →

estímulo incondicionado: comida; estímulo neutro: sino; resposta condicionado: estímulo neutro + estímulo incondicionado

• Condicionamento em bebes: little albert → indução com fobia de animais •

2º opção: Farmacoterapia:

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• ISRSs

o Fluzetina 20mg

o Sertralina 25mg – 200mg o Paraxetina 20-60mg o Excitalopram:

o Trazodona: 12,5-300mg → efeito colateral é o priamo o OBS: podem potencializar a ideação suicida

• Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (venlafaxia 75 a 225mg) • Adjuvantes

o Prazosina (antagonista de α1): Melhora a perturbação do sono + pesadelos ▪ Anti-hipertensivo

▪ Atravessa a BHE → cérebro tem receptores α1 e α2 → bloqueia o α2 que são reguladores → não tem a retroalimentação que diminui a nora e a serotonina → aumenta noradrenalina → mesma ação da venlafaxina

TDAH

RITALINA (METILFENDATO) → anfetamina

Indicações: crianças na primeira fase escolar associado com o tratamento comportamental → acima de 6 anos

Único medicamento disponível no Brasil

Prejuízos no TDAH: memória de trabalho (córtex pré-frontal dorsolateral), tomada de decisões complexas e

planejamento estratégico (córtex pré-frontal ventro medial) → córtex completamente desenvolvido entre 21-23 anos.

Mecanismo de ação: inibe a recaptação de DOPA e NORA → aumenta a disponibilidade nos seus respectivos

receptores + bloqueio de MAO → deixa mais disponível a DOPA e NORA

Contraindicações: não recomendado para pessoas com ansiedade, pois aumenta a agitação nos primeiros dias

de uso.

• Uso em adultos saudáveis:

o aumento de NORA e DOPA → não é eficiente na melhora de tarefas devido o aumento da agitação → promove degeneração de neurônios

o Aumenta o uso de outras substâncias de abuso

Posologia: 30mg comprimido. Liberação prolongada. Dose máxima é 60mg/dia para crianças e 80mg/dia para

adultos (também para narcolepsia)

• Esquema de OROS: comprimidos → por fora tem 22% do conteúdo de ritalina, no interior tem um produto que vai liberando o medicamento em 4h → menos efeitos adversos relativos da NORA e evitar intoxicação

• Esquema de SODAS: cápsulas gelatinosas → dentro possui microesferas com revestimento entérico prolongado e esferas não protegidas que são altamente absorvidas (50%) e os outros são absorvidos mais lentamente.

MEDICAMENTOS DOSE INICIAL DOSE USUAL DURAÇÃO DO

EFEITO

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Metilfenidato LA 20mg 20 a 40mg pela manha Cerca de 8h

Metilfenidato LA 18mg 18 a 72mg pela manha Cerca de 12h

Lisdexanfetamina 10 a 20 mg 30 a 70mg pela manha 2 a 12 horas

Modo de administração: VO (4h na corrente sanguínea)

Interações medicamentosos: Não associar inibidores da MAO (antidepressivos) Efeitos adversos: pode causar morte súbita, insônia (tomar até as 19h)

2ª ESCOLHA: ATOMOXETINA

3ª ESCOLHA: BUPROPIONA, ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS E CLONIDINA

ESTIMULANTES

• CAFEÍNA em dose letal 75mg/kg • METILXANTINAS

o Antagonista competitivos de receptores A2 → insônia o Inibidores das fosdiesterases

• MODAFINIL (estavigili)

o Muitas reações adversas graves → se liga a proteínas plasmáticas (não associar com drogas que se ligam à albumina); inibe a B2C19, induz a CYPA4, síndrome de stevens Johnson, rash cutâneos

o Promotor de vigília o Dosagem 100-400mg

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

LÍTIO

Indicação: Estabilizador de humor e usado em outros transtornos quando os medicamentos não apresentam

mais efeito terapêutico significativo

Mecanismo de ação → inibe o excitatório e estimula o inibitório

• Inibe: receptores de dopamina (atua na sua via de associação via proteína G) e receptores glutamatérgicos NMDA (reduz glotamato); Cascata de inositol (impede a reciclagem do inusitol → que o inositol entre no neurônio → interferindo no metabolismo do cálcio → interfere na liberação de neurotransmissores

• Estimula: receptores GABA (estimula a estimulação pré sináptica ou aumenta a atividade do receptor) → aumentando seu efeito inibitório

• Aumenta a neuroplasticidade favorecendo a formação de neurotrofinas (BNDF)

Indicações

• Pode usar na gestação (categoria D- menos teratogênica) e na amamentação

Monitoramento: dosagem de lítio = Litemia (0,6/0,8 – 1,2/1,4mEq/L → acima de 0,8, já se observa efeitos

tóxicos) → realizar todo dia por 7 a 10 dias para verificar se consegue manter os níveis + dosagens de T4 e T3, pois a droga tem tropismo pela glândula e inibe a síntese levando ao hipotireoidismo

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Posologia: comprimidos de 300mg, ou de liberação prolongada 450mg; dose máxima é 1800mg/dia VO de

12/12h

Associação: não pode ser usado com AINES pois aumentam a reabsorção do lítio

PSICOSE

ESQUISOFRENIA SINTOMAS

POSITIVOS OU PSICÓTICOS NEGATIVOS DESORGANIZAÇÃO

excesso de distorções dos processos mentais, como por exemplo, alucinações, delírios (perseguição, de referência e de controle) e fala ou comportamento desorganizado.

expressão de emoções diminuída, apatia, falta de motivação, retraimento, falta de interesse em contatos sociais, pobreza de fala,

desorganização da forma ou do fluxo de pensamento é evidente na produção da linguagem. movimentos e gestos sem objetivos, além de apresentarem discurso desorganizado, Comportamentos bizarros agressividade e hostilidade, envolvendo expressões de raiva, ressentimentos, sarcasmo, abuso verbal, comportamento violento, irritabilidade, não cooperatividade,

FISIOPATOLOGIA

Aumento de serotonina (facilita a inibição de neurônios dopaminérgicos). Não há aumento de glutamato Terminais dopaminérgicos são hiperativados

Vias dopaminérgicas

1. Nigroestriatal → D2

2. Mesolímbica → D2 → efeito inibitório → responsáveis pelos sintomas positivos 3. Mesocortical → D1 → efeito excitatório → responsáveis pelos sintomas negativos 4. Tuberoinfundibular → D2

5. Incertohipotalâmina Densidade de receptores D1, D2, D3, D4 e D5

ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS E ATÍPICOS→ antagonistas de receptores D2

ESQUIZOFRENIA

Também chamados de 1ª geração. Bloqueiam D1, receptores muscarínicos, nicotínicos, histaminérgicos, serotoninérgicos. NÃO BLOQUEIA GABA

Bloqueio de via mesocortical: piora dos sintomas negativos Vias IM ou SC com efeito prolongado e ação lenta → Depot

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Também chamados de 2ª geração. Mais seletivos em D2 e bloqueiam receptores de serotonina (mais afinidade). NÃO BLOQUEIA GABA Primeira escolha pra o tratamento e também escolha para sintomas negativos.

Dissociação rápida dos receptores D2; atuam como agonistas parciais de dopamina

Não se observa os efeitos colaterais dos típicos

Efeitos colaterais: bloqueio de D2: Distonia aguda (irreversível:

espasmos involuntários, rotação da cabeça, agitação, torcicolo) e discinesia tardia (incapacitante) = efeitos extrapitamidais Principalmente na área nigroestriatal

Inibição de D2 em área tuberoinfundibular: Hiperprolactinemia e ginecomastia

Melhora dos efeitos negativos: neurônios serotoninérgicos libera serotonina que

interage com receptores no neurônio gabaérgico que inibe os neurônios dopaminérgicos ou pode inibir neurônios dopaminérgicos diretamente → a droga bloqueia receptores serotoninérgicos presentes em neurônios dopaminérgicos e nos gabaérgicos e portanto os a transmissão dopaminérgicas não está inibidas e a dopa pode ser liberada e volta ao normal e portanto não teremos efeitos negativos Estímulo de síndrome

metabólica (mais relacionada com clozapina e onlanzapina)

Referências

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