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Aquarela. Marcas conhecidas. Breve histórico. Características essenciais. Cores

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Academic year: 2021

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Aquarela

Watercolor (ing.), Acuarela (esp.), Aquarelle (fra.) Aquarelverf (ale.)

Winsor & Newton Artists' Watercolor. (Inglaterra, “para artistas”, tubos de 5 e 14ml.) Winsor & Newton Cotman Watercolor. (Inglaterra, “para estudantes”, tubos de 8ml.) Talens Rembrandt Watercolor (Holanda, “para artistas”, tubos de 8ml.)

Talens Van Gogh Watercolor (Holanda, “para estudantes”, tubos de 10ml.) Daler-Rowney Artists' Watercolor (Inglaterra, “para artistas”, tubos de 5 e 15ml.) Daler-Rowney Georgian Watercolor (Inglaterra, “para estudantes”.)

Utrecht Professional Artist's Watercolor (E.U.A., “para artistas”, tubos de 7,5ml.) Pebeo Fragonard (França, “para artistas”, tubos de 5ml.)

Outras marcas: Pelikan (Alemanha), Guitar (Japão), Sakura (Japão), Pentel (Japão).

Durante séculos o homem utilizou-se de misturas de pigmentos de terra, aglutinantes e água. Porém, a aquarela como conhecemos hoje surgiu e teve seu florescimento na Escola Inglesa na segunda metade do século XVIII e primeira metade do século XIX. A aquarela é basicamente um composto de pigmento e goma arábica solúvel em água. A melhor goma arábica vem de uma arvore acácia conhecida como “Acacia Senegal” que é nativa de Kordofan, uma província do Sudão. A goma é moída e dissolvida em água destilada quente e são adicionados preservantes, agentes umectantes e espessantes conforme as características específicas do pigmento utilizado na preparação de cada cor.

A principal característica da aquarela é a transparência de seus pigmentos e a fluidez de seu meio aquoso. A intensidade de suas cores só se dilui com a adição de água e nunca com a adição de um pigmento branco, conferindo-lhe leveza e uma luminosidade peculiar. O branco, portanto, é formado pelo próprio suporte (normalmente papel) que transparece através dos lavados de cor ou é deixado intocado nas altas-luzes. A rápida secagem requer uma prática apurada que permite poucas correções, levando o artista, muitas vezes, a improvisar a partir da sugestão de uma mancha ou pincelada inicial. Os lavados e as veladuras (sobreposições transparentes) conferem à aquarela uma riqueza cromática e efeitos de luminosidade excepcionais, brilho e frescor que não podem ser obtidos em nenhuma outra técnica.

Básicas

Vermelho Cadmio, Carmim de Alizarin, Amarelo Ocre, Azul de Ftalocianina, Viridian, Sombra Queimada, Cinza Paine, Azul Ultramar, Verde Hooker, Amarelo Cadmio, Preto Marfim.

Complementares

Sombra Natural, Siena Queimada, Siena Natural, Vermeelho Índio, Vermelho Claro, Quinacridona (rosa), Aureolín, Amarelo Azo (de arilamida), Azul Cobalto, Azul Manganez, Azul Cerúleo, Verde de Ftalocianina, Terra Verde, Óxido de Cromo, Cinza de Davy e Cinza Carvão.

Palheta mínima para a Winsor & Newton Artists' Watercolor:

Winsor Lemon, Winsor Yellow, French Ultramarine, Winsor Blue (Green Shade), Permanent Rose and Scarlet Lake. Palheta mínima para a Cotman Watercolor:

Lemon Yellow Hue, Cadmium Yellow Pale Hue, Ultramarine, Intense Blue, Permanent Rose e Cadmium Red Hue.

Marcas conhecidas

Breve histórico

Características essenciais

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Alguns cuidados

Bibliografia

Os papéis para aquarela devem ter boa gramatura (peso) para que resista bem à água. A gramatura dos papéis é medida

mundialmente em gramas por metro quadrado (gsm ou gm²), podendo ir de 12 até 620 (em alguns papéis especiais para aquarela). Um bom papel para aquarela deve ter uma gramatura por volta de 300 gsm. Os papéis normalmente se dividem em 3 tipos: o rugoso (áspero, de grão); o prensado à frio (C.P. ou 'NO', não prensado à quente) e o prensado à quente (ou H.P.), que é

caracteristicamente liso.

Existe uma variedade imensa de tipos e marcas de papel para aquarela, entre eles: Canson comum (nacional), Acqua (nacional, semi-rugoso, 290 gsm), Smith (nacional, liso), Canson Montval (várias gramaturas e formatos), Arches Satiné (liso, 300 gsm), Arches Torchon (rugoso, 300 gsm), Fabriano 2G (italiano, feito à mão, semi-rugoso, 210 gsm), Fabriano 40 GG (rugoso, 300 gsm), Debret (Canson), Barcham Green, T.H. Saunders (inglês), Arnold, R.W.S. (Royal Watercolour Society), Bockingford, Creswick, Crisbrook, David Cox, De Wint, Guarro Casas, Michallet (raiado, leve), Van Gelder, Kent Turkey Mill (branco, fino e resistente), Montgolfier, Schoellershammer. Pode-se também usar papel arroz japonês, mais frágeis e absorventes. As marcas principais são: Kozo, Mitsumata e Gambi.

q Normalmente não se usa branco em aquarela. O trabalho é construído em gradações do claro ao escuro utilizando-se a cor do papel como o branco (no caso de um branco puro, este seria o próprio papel, intocado por qualquer cor). Altas luzes podem ser protegidas com fluido mascarador (art masking fluid). Eventuais toques de branco são normalmente feitos com branco chinês (chinese white) ou branco titânio, mas este procedimento deve ser utilizado com limitação por estar em desacordo com a característica essencial da aquarela: sua transparência e leveza.

w A qualidade da água é fundamental na aquarela. Portanto, para trabalhos mais apurados, utilizar somente água destilada ou pelo menos filtrada (tanto para a diluição da tinta como para a limpeza dos pincéis).

e Como forma de evitar o enrugamento, os papéis devem ser preferencialmente esticados e presos a um suporte. Deve-se primeiro molhar todo o papel, secar um pouco, e prende-lo com fita crepe e percevejos a um suporte de madeira.

r Assim como no guache, a pintura à aquarela não deve ser envernizada, pois o verniz altera suas cores e “afunda” no papel, podendo ainda causar rachaduras. A melhor maneira de conservação seria a moldura com vidro, com um espaçador que não o deixe em contato com o trabalho.

t Tons e cores diferentes podem ser obtidos por camadas transparentes sobrepostas, aplicadas quando a camada anterior estiver seca. Mas deve-se ter uma noção precisa do efeito que se quer obter pois se deve trabalhar rápido e com poucas correções. Fazer testes antes de um trabalho maior.

y Experimente com diferentes tipos de papel. Textura, cor e gramatura podem influir bastante na maneira com que se trabalha a aquarela.

u Diferentes pigmentos podem reagir diferentemente: podem ser transparentes ou opacos, podem criar manchas ao secar ou em reação a outros pigmentos, ou não; e podem sofrer um efeito de granulação; ou não. Variações podem ocorrer, ainda, em função da temperatura da água (pode-se usa-la quente como forma de alterar efeitos). O ideal é fazer uma espécie de cartela, onde todas as combinações podem ser testadas e anotadas para posterior utilização.

HAYES, Colin. Guia completa de pintura y dibujo : tecnicas y materials. Madrid : Hermann Blume, 1980. MAYER, Ralph. Materiales y técnicas del arte. Madrid : Hermann Blume, 1985.

SMITH, Ray. El manual del artista. Madrid : Hermann Blume, 1990.

(3)

2. Misturar um pouco de tinta e aplicar a

primeira cor em uma parte do papel, deixando que flua formando uma mancha irregular.

Lavado gradual O aspecto de um lavado

gradual diferencia-se quando aplicado sobre um papel texturado (esquerda) ou liso (direita).

4. Mesclar a tinta com água na palheta.

Deve-se preparar quantidade bastante para cobrir toda a área com um tom uniforme.

Lavados manchados

1. Molhar o papel com água limpa. Isso

pode ser feito com uma esponja.

7. Segue-se trabalhando de um lado a

outro, até que toda a zona esteja coberta de tinta uniformimente.

3. Molhar o papel com um pincel grande e

água limpa, procurando que fique úmido mas não muito molhado.

2. Colocar ao alcance da mão dois

recipientes com água, um deles com água limpa para molhar o papel.

6. Pintar uma segunda linha bem debaixo

da primeira, na direção contrária, deixando que se fundam uma com a outra.

Aplicação de um lavado gradual 1. Molhar o papel, prepar a tinta e pintar

uma linha de tom muito intenso.

5. Pintar uma faixa larga de tinta sobre o

papel úmido, trabalhando numa só direção.

Lavado plano 1. Inclinar a prancheta de

desenho, apoiando-a numa madeira para que se mantenha fixa.

2. Diluir mais a tinta e pintar uma segunda

faixa de tom mais claro, deixando que se funda com a primeira. Repetir, cada vez com tons mais claros.

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3. Prepara-se uma segunda cor e

aplica-se do mesmo modo, deixando que aplica-se funda com a primeira cor, mas sem escorrer demasiadamente.

2. Separar as cerdas apertando com o

indicador e o polegar. Passar o pincel por toda a superfície do papel.

Pontilhado Pintar pontinhos com um

pincel fino, com pressão constante. Variando a pressão ou o tamanho do pincel, se obtém diferentes texturas.

3. Para desenhar linhas retas sobre um

lavado úmido, se usa uma régua com a borda levantada, e se passa o pincel ao largo da régua.

Lavados com bordas complicadas 1.

Desenhar o contorno com um lápis, sem apertar. Molhar o papel seguindo a linha.

3. Para esta técnica deve-se utilizar um

pincel redondo ou de bordas arredondadas.

Para tornar a tinta mais espessa e fazer-la mais brilhante, se acrescen-ta goma arábica. Misturar cores no papel para criar uma textura rica.

4. Repetir a operação com uma terceira

cor. Se pode seguir aplicando quantas cores desejar. Deixar secar o lavado antes de fazer alterações.

5. Se a tinta estiver muito forte ou tem

água em demasia, se pode recorrer a um papel secante, para conter o fluxo de pintura.

Esfregados Carregar o pincel com

tinta, mas mantendo-o bem seco. Trabalhar no papel com movimentos circulares.

Lavado e linha

1. Aplicar um lavado plano com um

pincel grande. Deixar secar um pouco antes de pintar linhas por cima.

2. Aplicar a tinta sobre a zona úmida,

deixando que a pintura se extender lentamente até a linha desenhada.

3. Uma vez completada a borda, se

segue aplicando o lavado até cobrir toda a área.

2. Com pena e tinta, desenhar linhas

sobre o lavado. Dependendo da umidade do papel, as linhas serão mais ou menos finas ou borradas.

Pincel seco Carregar o pincel e

eliminar o excesso de umidade passando-o numa folha de papel secante.

Pulverizados Carrega-se de tinta um

escova de dentes e passa-se o lado de uma faca por suas cerdas, respingando sobre o papel de pintura.

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Papel secante Pode-se usar para

controlar o fluxo de pintura, e para proteger zonas já pintadas enquanto se segue trabalhando.

2. Deixa-se secar a tinta e logo se

repassa cada mancha com um pincel molhado e limpo.

Esponjas Para se obter uma textura

particularmente manchada, carrega-se com tinta uma esponja e aplica-se a cor com ela.

2. Tirar o pincel da água e dar forma,

passando as cerdas entre o polegar e o índice.

3. Deixar o pincel secar, com as cerdas

para cima.

3. Lava-se o papel com água limpa para

tirar a pintura, colocondo-o debaixo da torneira ou usando uma esponja com muita água.

Aguarrás Aplicar aguarrás no paple e

pintar por cima um lavado de aquarela. A tinta se separa.

Lápis aquareláveis 1. Desenha-se com eles como se

fossem lápis comuns, mas deixando espaços para extender a tinta.

2. Molha-se um pincel com água limpa

e passa-se sobre o desenho a lápis. Extender os lavados, acrescentando mais água se necessário.

Pintar com uma lâmina

Recolhe-se a tinta com o fio de uma lâmina e passa-se pelo papel.

4. Deixa-se secar totalmente o papel, e

se comprova quais cores deixam manchas mais intensas.

Transferência de manchas 1. Prender um papel na prancheta,

dobrando-o para formar uma aba.

2. Carrega-se um pincel e pinta-se uma forma no papel dobrado.

de tinta

Limpeza dos pincéis

1. Limpa-se bem o pincel num vidro

com água limpa.

Para comprovar o poder de tintura 1. Pinta-se uma mancha de cada cor,

no mesmo tipo de papel que se pensa usar para pintar.

Gotas sopradas Faz-se uma gota

grande de tinta sobre o papel e sopra-se forte para extender-la e criar efeitos.

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3. Desdobra-se a aba, aplicando a face

pintada ao papel de aquarela. Pressionar um pouco.

3. Quando tudo estiver bem seco,

colocar a pintura debaixo de um jorro d’água e lavar. Ficarão restos de aquarela, guache e nanquim.

2. Aplicar um lavado, deixar secar a

pintura e voltar a umidece-la com um pincel limpo.

3. Com massa de modelar (ou borracha

plástica) se retira o fluido mascarador. Se a pintura não estiver seca, as cores se tornarão borradas e sujas.

Mascaramento com fita adesiva 1. Desenhar a forma desejada e

mascarar certas zonas com fita adesiva. Molhar o papel com água.

Mascaramento com ceras 1. Desenhar com giz-de-cera ou pastel

a óleo e pintar por cima com aquarela.

3. Aplicar uma cor contrastante sobre o

lavado original, trabalhando com cuidado para não estragar a pintura debaixo.

4. Levanta-se a aba, comprovando que

a forma pintada tenha se transferido para o papel.

5. Repetir o processo com uma cor

diferente, para ir elaborando um desenho.

Raspado 1. Aplicar um lavado de

aquarela e deixar secar. Pintar por cima com guache espesso, deixando aparecer um pouco da aquarela.

Mascaramento com fluido 1. Pintar um desenho com fluido

emascarador e deixar secar. O fluido deve ser novo, para não manchar de amarelo o papel.

2. Aplicar um lavado sobre o papel

molhado e sobre a fita adesiva, empregando quantas cores desejar.

3. Ao terminar, se retira com cuidado, procurando não estragar o papel.

a fita

2. Uma vez seco, pinta-se por cima com

aquarela. Esperar que esta se seque bem.

2. Deixar o guache secar. Pintar sobre

ele com tinta nanquim, usando traços largos e irregulares. Deixar a tinta secar.

Pintura úmida sobre seca 1. Preparar cores diferentes, usando

como palheta um prato ou qualquer outro utensílio lavável.

Referências

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