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Os saberes tradicionais e o papel da escola: Repensando a Educação ambiental em Unidades de conservação brasileiras

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Academic year: 2021

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Os saberes tradicionais e o papel da

escola: Repensando a Educação

am-biental em Unidades de conservação

brasileiras

Traditional knowledge nad the role of school:

Rethinking Environmental education in Brazilian

Protected Area

Universidade Federal do Paraná (Brasil).

Resumo

As Unidades de Conservação Ambiental foram criadas no Brasil como estratégia político-ambiental e pela crescente degradação dos recursos naturais que ocorreu pós-revolução industrial. Nesse período muitas comunidades que habitavam essas áreas sofreram as consequências da importação de modelos internacionais com caráter neoliberal, que viam os seres humanos como destruidores e precisavam, portanto, ser excluídos dos locais ou privados da continuidade de seus modos de vida. Essa situação gerou consequências de processo de exclusão dos sujeitos. Considerando esta realidade, o presente estudo propõe discussões iniciais sobre o papel da Educação ambiental nessas áreas, tomando como eixo de estratégias de Educação ambiental que possibilitem a emancipação dos sujeitos, dialogando com a bagagem de saberes que os educandos trazem e permitindo que, a partir deles, os saberes escolares sejam repensados e reorganizados, já que um dos grandes problemas que os povos do campo - como é o caso dos ilhéus - encontram são a falta de reconhecimento e valorização de sua cultura, em especial no espaço educacional, o que acarreta na falta de percepção dos sujeitos enquanto coletivo.

Astract

The Conservation Units were created in Brazil as political and environmental strategy and the increasing degradation of natural resources that occurred post-industrial revolution. During international import models with neoliberal, who saw humans as destroyers and needed therefore be excluded from local or private continuity of their livelihoods. This situation had consequences for social and economic order, intensifying poverty and creating a deep and complex process of exclusion of subjects. Considering this fact, this study suggests initial of a school located in Ilha do Mel (Parana, Brazil). It is emerging the use of environmental

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Introdução

desenvolvido em uma escola localizada em uma Unidade de Conservação

Am-restante, encontram-se as duas principais -lia, com uma população de mais de 900 habitantes.

Podemos considerar as áreas protegidas brasileiras, denominadas Unidades de Conservação Ambiental, como espaços que foram institucionalizados pelo poder ou conservação dos ecossistemas que se apresentam ameaçados. A principal razão -volvimento econômico e sua consequente

-sos naturais são extraídos para atender pelo sistema capitalista de produção.

-tratamento diferenciado, no sentido de um olhar voltado para as novas relações que são construídas quando o local passa a ser considerado protegido. Mas a grande só, não assegura sua conservação.

-mente essa pesquisa mas a importância

-cipação das comunidades que residem

de todas as áreas protegidas criadas no -públicas (federais e estaduais) e muitas

construção, visto que há uma grande di-versidade tanto legal quanto institucional.

sofreu elevada mudança nos modos de vi-ver da população local e na paisagem, de

Palabras chave

Educação ambiental, Unidades de Conservação, Escola pública, Emancipação, Saberes tradicionais.

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a unidade foi instaurada não possibilitou aos moradores a continuidade dos seus modos de vida, que incluiam principalmen-te a agricultura familiar e a pesca arprincipalmen-tesanal. -interesse da população e principalmente tem oportunidades de trabalho e, quando tem, são ocupações inferiores, as quais possibilitam apenas sua sobrevivênciae e ainda desvalorizam a cultura e saberes tradicionais da região.

-bre o papel da Educação ambiental nes-sas regiões, tomando como referência a escola. Parte-se do pressuposto que para que essa instituição avance na elaboração e produção de novos conhecimentos ne-cessários para intervir conscientemente e a qualidade de vida da população local, mediadora e articuladora de um processo que considere os saberes locais, tradicio-nais e coletivos.

ampliação da mobilização e participação, por meio da criação de situações formati-vas que permitam que temáticas complexas

-dores, dos educandos e da comunidade.

-cação ambiental nessas regiões, numa

-para a melhoria da qualidade de vida da comunidade, tomando a escola como representa um espaço fundamental para a participação da comunidade, apesar de carregar uma estrutura desgastada, que vai desde a fragilidade da formação dos do próprio espaço.

As Unidades de

Conservação no Brasil

Ambiental foram criadas por meio da Lei 6.902/81, fruto da pressão da grande degradação dos recursos naturais

pós --ambiental teve como base, como não po-deria deixar de ser, a lógica do capital, que impera sobre aspectos culturais e sociais. A ideia da criação dessa áreas estava liga-da a percepção de que a natureza e os se-res humanos precisam cada vez mais ser protegidos, pois os problemas ambientais são irreversíveis.

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[…] espaços com características naturais relevantes, que têm função de assegurar -cativas e ecologicamente viáveis das di-ferentes populações, habitats e ecossis-temas do território nacional e das águas biológico existente. (BRASIL, 2000, p.4).

conservação federais, estaduais, munici-pais e particulares e são distribuídas em

adotada e dos usos permitidos.

em dois grandes grupos: proteção integral (onde permite-se o uso somente indireto dos recursos, como o turismo e a pesqui-sa) e uso sustentável (uso de forma direta mas sustentável).

das áreas protegidas não somente para conservação dos recursos naturais e seu uso sustentável, mas para que o

desenvol-garantido. Para (2011 apud

, 2013), conservar a biodiver-sidade não garante somente mais cresci-mento, mais um melhor crescicresci-mento, sus-como a sociedade.

seu modo tradicional de subsistência e de áreas protegidas:

protegidas territorialmente demarcadas e com dinâmicas de uso e gestão bem

(APPs) e Reservas Legais (RLs): espa-legais pelos seus atributos e serviços sobretudo ecológicos, mas sem uma

-Esses modelos visam o compartilhamen-to da responsabilidade da gestão desses locais entre o poder público e a socieda-preponderante na criação de áreas de

pro-da questão ambiental, a inclusão do fator econômico nas preocupações de mane-a qumane-alidmane-ade e qumane-antidmane-ade dmane-as águmane-as dos alguns dos exemplos dos benefícios so-cioeconômicos que essas áreas trazem, o compartilhada.

As Unidades de conservação no Brasil são -como

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-dar, principalmente por pressão da luta

(seringuei-da Região Amazônica entre a sobrevivên-cia das comunidades e a preservação. Dessa forma, surge a Reserva Extrativista

de Chico Mendes,

-da como Uni-dade de Conservação, com características de uso sustentável. Esse episódio marca o início da mudança de percepção desses locais, surgindo, ainda que tímido, a importância do respeito as populações tradicionais residentes.

-zação da sociedade do papel dessas áreas na preservação ambiental, e o quanto elas contribuem para a nossa permanência no planeta de forma possível.

países que apresenta mais desigualdades socioeconômicas. Dessa forma, a extrema -gilidade da economia, mas principalmente por essa grande desigualdade, o que impli-ca em problemas socias e ambientais nas relações de uso da terra.

Analisando a breve história sobre áreas de

-odo muitas comunidades que habitavam essas áreas sofreram as consequências da importação de modelos internacionais com caráter neoliberais, que viam os se-res humanos como destruidose-res e precisa-vam, portanto, ser excluídos dos locais ou privados da continuidade de seus modos de vida, na grande maioria das vezes sem nem sequer entender os motivos das im-seus colos.

Para compreender um pouco como essa situação, que gerou consequências que interferiram tanto economicamente

quan -dos, torna-se imprescindível conhecer um pouco da história dessas áreas.

pressão da grande degradação dos re-cursos naturais pós-revolução industrial, a política ambiental brasileira incorpora as

-odo, segundo (2013), muitas

comunidades que habitavam essas áreas brasileiras sofreram as consequências da importação de modelos internacionais, -res humanos como destruido-res e precisa-vam, portanto, serem excluídos dos locais ou, em alguns casos infelizmente, extermi-nados.

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O contexto da investigação

Sabe-se que o ecossistema da Mata Atlân-mais ameaçado do Brasil e o segundo do

mundo. MARQUES e (2005)

rela-tam que atualmente os maiores problemas dos desmatamentos e queimadas, caça, extração de palmito e madeira, atividade agropecuária, e problemas com lixo, esgo-to e expansão urbana.

-tínua de Mata Atlântica ainda preservada do país, o que resultou na criação de di-versas Unidades de Conservação na re-considerada Reserva da Biosfera da Mata

-que possui.

A escolha desta região para a presente re-de ire-dentidare-de da comunidare-de e a re- desva-lorização de seus saberes tradicionais a partir da conversão deste espaço em uma Unidade de Conservação Ambiental. As-proporcionar à comunidade a percepção de direitos enquanto cidadãos, a partir de uma leitura crítica da realidade, partin-do partin-do pressuposto de que os saberes e práticas escolares produzidas no cotidia-dores, impossibilitando suas atividades de

subsistência e chegando a valorização do turismo acima da população local.

De acordo com (2008 apud

turismo gera mais riqueza do que a popu-pelas populações locais se caracterizam pela baixa intensidade e pela grande ex-pansão territorial, e o turismo, ao contrário, ocupa uma extensão menor (concentrada) e maior intensidade. Essas consequências variam de acordo com as características locais, mas em geral se apresentam

con -bre Diversidade Biológica, essas questões

-sidade das áreas de preservação como mais sustentável.

capaz de perceber o ecossistema como possibilidade de uso efetivo da terra e da água de modo a contribuir com os planos de desenvolvimento socioeconômico do local onde estão localizadas as Unidades de Conservação. Essa visão permite uma maior percepção sobre as populações lo-cais e a possibilidade de reduzir a pobreza e trazer, ainda, benefícios para a sociedade como um todo.

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modos de viver mais ligados a área urba-na.

a cabo que, por pressão do turismo, foi implantada na ilha em centros informatiza-dos que atendem basicamente aos

turis -sobre a cultura e os modos de vida dos nativos, agravando, por exemplo, o con-sumismo, a venda de drogas e o abando-no de práticas tradicionais de sobrevivên-cia como a pesca artesanal que era bem organizada na região.

mudanças, a maior parte da ilha foi trans-formada em área de conservação sob re-gime bem restrito. Em 1982, percebendo essa nova dinâmica e, obviamente, a re-gião como potencial atração turística, com pelo Decreto Estadual n° 5.454 a Estação

Localizada na parte norte compreende áreas pouco alteradas, que resguardam características primitivas, principalmente da vegetação de restinga e manguezal e

composto por costões rochosos e com grande riqueza histórico-cultural, teve seu espaço ordenado a partir da criação do preponderante na transformação da

co-munidade em questão.

ilha tinha na pesca artesanal e na agricul-tura de subsistência suas principais fontes de renda e, mais do que isso, seu modo de vida. Com a expansão do turismo, a re-tanto no espaço natural quanto nesses modos de viver das comunidades que ali poucos, a prestar serviços para os

visitan -mento do Patrimônio Histórico e Artístico do Mel.

ainda mais o turismo, ocorreram mudan -ciais dos nativos, visto que, na dinâmica de relação entre turistas e nativos, esses últimos abandonaram seu trabalho para investir ou mesmo trabalhar em pousadas

-ranistas para a construção de residências em 1988 e da criação do serviço de barcas de transporte, o acesso a bens de consu-mo, como por exemplo a televisão, o rádio e valores tradicionais da população local vão aos poucos sendo substituídos por

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-tanto, foi marcado pela exploração imobi-liária de forma descontrolada, em grande parte por pessoas de fora, impactando não somente na mudança da paisagem, mas em aspectos ambientais e culturais. A venda dos lotes foi vista pelos moradores nativos como uma oportunidade econô-mica o que, segundo TELLES (2013), fez com que muitos espaços fossem vendi-dos a preços inferiores do seu valor real.

-rismo, a área destinada ao uso antrópico

em sua maioria, nativos e suas famílias, comerciantes, empresários e veranistas. TELLES (2013) chama a atenção para o fato de que as principais associações da ilha possuem caráter deliberativo, com

re-necessidades e realizações de planos de

maioria dos moradores não tem interesse muitos grupos sem representatividade.

espaciais que foram construídas a partir da forte transformação nos modos de viver da Parque Estadual somente 20 anos depois,

pelo Decreto Estadual nº 5.506 de 2002,

Entre outras medidas reguladoras, como restrições aos direitos de posse de terra e o tipo de materiais liberados para as cons-truções de casas, está o limite de 5000 pessoas que podem estar ao mesmo

tem -nam a continuidade dos hábitos e costu-em relação às oportunidades locais de es-tudo e trabalho.

-senta o maior número de problemas em relação a sua ocupação sem acompanha-mento de ordenaacompanha-mento territorial. Telles

-dos cotidianamente pela comunidade, re-da região, por meio de precários serviços de infraestrutura básica e da concentração de propriedades, que foram, em sua

maio -mento e orientação (TELLES, 2013).

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nerabilidade da comunidade em relação a articulação pela luta de direitos e inte-as profundinte-as transformações nos modos de viver e na própria estrutura da região, exploração turística - atende o Ensino -cleo Regional de Educação de Paranaguá. Conta com um total de onze professores, total de aproximadamente trinta e quatro estudantes no Ensino Fundamental e vinte

Em conversa e observações realizadas na escola, são muitos os problemas e

desa -pe -pedagógica. Dentre eles, destacam-se a falta de participação da comunidade, em -fessores que não se vêem como parte do processo pois muitos deles são

temporá-sempre são negadas pelo núcleo de Pa-entre outros.

A Educação ambiental

crítica e o papel da escola

Atualmente a Educação ambiental pas-sa por um momento de amadurecimento da exploração do turismo. Essa perca da

-maneiras de participação na gestão local.

TELLES (2013),

“estes aspectos predominam no plano dos interesses individuais e ações coletivas pou-co efetivas, ou provisórias” (p.92).

os diferentes grupos que compõe a comu-nidade estão marcadas por divergências de interesses e perspectivas de mudança, tendo como consequência a ausência de articulação e a predominância de

[…] características como o individualis-mo, a disputa de interesses, aspectos

-alização de projetos sociais. (TELLES, 2013, p.92)

-mo para solução de problemas comuns internos. Há falta de articulação na luta pe-los seus direitos mais básicos, o que leva a

-convivem, trazendo consequências como a pobreza generalizada, o consumo de drogas, entre outras.

-do - consideran-do aspectos como a

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vul-ambiental se insere no contexto escolar, da maneira como ele vê a Educação ambien-tal a partir dos conhecimentos construídos

-reza e do mundo. Torales e Teixeira (2014) alertam para essa questão, levantando as superar as exigências do avanço da Edu-cação ambiental na eduEdu-cação básica. As autoras ressaltam ainda que os próprios cursos de licenciatura não contribuem de

-tal busca se estruturar num espaço de luta entre as correntes mais tradicionais e as -cação pela manutenção do capital e a luta por uma outra educação, que considere as possibilidades de transformação social e não adaptação, conformismo ou mesmo nesse contexto, o papel da escola como espaço de inserção/potencialização das questões ambientais como saber sistema-tizado, o que necessita que se encontrem espaços na organização dos currículos escolares.

A forma como se realiza a educação no interior da escola está instrinsecamente relacionada aos valores, as ideologias e as intenções que circundam seu cotidia-da sua função social, compreendicotidia-da aqui

-tanto teórico quanto metodológico.

Quan-acerca das experiências metodológicas nos mais diversos contextos e a crescente comunicação destas em eventos da área, nosso ponto de vista, como um novo mo-delo educacional, uma nova proposta de enxergar e agir sobre a realidade e, mais do que isso, como uma forma de viver e apreender o mundo.

-(2004), entendemos que as ações educativo-ambientais vão sendo construídas a partir das diferentes corren-tes teóricas que explicam as relações so-ciais históricamente. Essas correntes vão consequentemente desenhando a formu-lação das teorias pedagógicas que, que por sua vez, vão se somando a outras áre-as que embáre-asam a educação (psicologia,

-mando um aglomerado de visões e ações no mundo.

Podemos dizer então que o campo da Educação ambiental constitui-se a partir de múltiplas visões de mundo, que nem sempre são harmônicas em seus funda-mentos e práticas. Assim, não pode ser pensada nem praticada fora das relações sociais, que na sociedade do capitalismo selvagem, são baseadas no consumo.

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a prática pedagógica, portanto, como re-entre esses saberes.

se dá a formação dos professores e, mais -ção ambiental, visto que esta passa a ser interpretada a partir de uma rede, “desde

a formação inicial ou escolar, estende-se à -pação em fóruns, cursos, grupos e even-tos”

possível mediadora e catalisadora de um processo que considere os saberes locais como possibilidade de união da coletivi-dade e consequente ampliação da

mobili-zação e participação. chama esse

processo inovador de “práxis educativa

tecida de muitas mãos e ideias” -perspectiva de incorporação de um currí-culo vivido no cotidiano e que, portanto, 1999).

Para tanto, considerando que dessa for-ma a Educação ambiental elimina frontei-ras entre a escola e a comunidade, Jacobi colaborativos de resolução de problemas -sequente democratização da sociedade,

necessita assegurar a apreensão crítica da realidade.

A proposta de pesquisa do doutorado em questão parte de alguns pressupostos, en-tre eles o de que os saberes e práticas es-colares produzidas no cotidiano da escola da comunidade em questão, sendo que a potencialização da dimensão ambiental nas práticas escolares está relacionada à interpretação feita pelos professores so-visão da Educação ambiental com base nas características educativas, sociais e ambientais do meio em que está inserido

-Para (2002), há três tipos de

sabe-res que coexistem nos espaços escolasabe-res. -beres sociais selecionados pelas escolas

-Ambos são incorporados pelo habitus e são, portanto, exteriores a prática

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docen-ambientais, sem considerar o contexto sócio-histórico.

A escola, quando considera essa situação, passa a ser vista como o espaço que deve servir aos interesses populares/comunitá-necessários para compreender os meca-nismos naturais e comunicativos básicos, um visão crítica e portanto, política da construção histórica da sociedade. De maneira alguma, portanto, pode ser alheia a toda dinâmica cultura da comuni-dade na qual está inserida, se esforçando ao máximo para conhecer e compreender -bam por se manifestar nas atitudes e com-portamentos dos estudantes.

responsabilizar integralmente pelo desen-contar com o apoio familiar e colaboração da comunidade.

Sendo crítica, não pode limitar a comuni-dade a escolar, mas abranger o contexto maior na qual está inserida, dinamizando

-[…] componentes pedagógicos funda-mentais e fatores relevantes na constru-ção de práticas educativas e criaconstru-ção de situações de aprendizagens calcadas na experiência e na vivência.” (JACOBI et al, 2009, p. 74)

Essas situações proporcionam um envol-vimento maior da comunidade que passa a ser vista como protagonista do proceso. -to, ser percebido a partir das necessida-des sociais de todos, inclusive a análise do lugar ocupado pela escola na vida dos -sores, em uma perspectiva que compre-enda a escola, como MAFRA (2003) nos

-como deveria ser (escola concreta).

forma, possibilita o enfrentamento de suas próprias limitações, potencializando sua prática educativa frente à sensibilização e apropriação de novos comportamentos e atitudes socioambientais.

uma construção historicamente determi-nada, constituídos e se constituindo

so-de

-trária aos dualismos indivíduo-sociedade e sociedade-natureza, os quais são recor-rentes no campo da Educação ambiental, que insiste em culpar cada indivíduo se-paradamente pelos emergente problemas

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por

uma metodologia participativa e dialógi-ca, que envolva as bases da comunida-de. Uma metodologia onde a democracia

se comprometerem com a realidade, re-pensando valores, atitudes e mudanças que visem a um mundo mais humanizado

A escola, dessa maneira, pode ser inter-pretada como um laboratório vivo para processos de ensino e aprendizagem, ou -pensadas a partir das experiências, vivên -los protagonistas envolvidos.

-munitário Local: perspectivas pedagógicas e sociais da sustentabilidade. Porto:

Profe

-raná-Brasil): Pescadores, Atividades e Re-cursos Pesqueiros. 128 p. Dissertação de Mestrado em Ciências Biológicas, Setor de

ção, necessitam ser resgatados e valoriza -ção dos diferentes saberes que os povos

-[…] crise paradigmática da ciência atu-al, que ignora outras formas de raciona-lidade, deslegitimando e marginalizando outras formas de produção de saber e de vida, que afrontam a lógica da acu-mulação. (CALLEJAS, FREITAS E

GÓ-Surge, dessa forma, a necessidade de utilizar instrumentos que possam propor-cionar ascomunidades que resistem nas Unidades de conservação a sua percep-ção enquanto cidadãos. A escola, como

-vilegiado que pode contribuir tanto para a continuidade e reprodução da desvalori-zação destes modos de viver quanto para a transformação destas comunidades, melhorando sua qualidade de vida e ga-rantindo a conservação do meio ambiente nas áreas de proteção.

-lítico da escola e a Educação ambiental

-do como um grande potencial de vínculo entre a escola e a sociedade, relevando o papel dos professores nos processos de mudança social.

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como política pública. Revista Educação e Pesquisa 31 (2): 285-299, 2005.

TELLES, Daniel Hauer Queiroz. Situação ambien -RS: Editora Animal, 2013.

-biental e a formação de professores para a educação básica: um olhar sobre as licen-ciaturas. Educar em Revista, Curitiba, Bra-Editora UFPR.

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Referências

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