Release de Resultados 1T08
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Lucro da Braskem no 1T08 alcança
R$ 83 milhões
EBITDA atinge R$ 583 milhões no 1T08
São Paulo, 7 de maio de 2008 --- A BRASKEM S.A. (BOVESPA: BRKM3, BRKM5 e BRKM6; NYSE: BAK; LATIBEX: XBRK), líder em resinas termoplásticas na América Latina e a terceira maior produtora de resinas das Américas, divulga hoje o resultado do 1º trimestre de 2008 (1T08).
Esse release se baseia em informações consolidadas que incluem 100% dos resultados da Ipiranga Química, da Ipiranga Petroquímica e da Copesul, com a respectiva eliminação das participações de minoritários em todas essas empresas, bem como a consolidação proporcional, de acordo com a instrução CVM 247, da participação na Cetrel S.A. - Empresa de Proteção Ambiental. Para permitir a análise dos resultados em bases comparáveis, as informações relativas ao 1T07 estão em base pro forma.
Os dados utilizados para a elaboração das informações financeiras pro forma são provenientes das informações trimestrais revisadas por auditores externos independentes.
Em 31 de março de 2008, a taxa de câmbio Real/Dólar era de R$ 1,7491/US$ 1,00.
1. PRINCIPAIS DESTAQUES:
1.1 Mercado brasileiro de resinas cresce 10% no 1T08:
A demanda brasileira de resinas termoplásticas (PE, PP e PVC) cresceu 10% no 1T08 comparada ao 1T07, impulsionada pelo crescimento da economia brasileira, com destaque para os setores agrícola, automobilístico, da construção civil e de eletro-eletrônicos, e pelo aumento da renda disponível.
1.2 Vendas de resinas no mercado interno crescem 7% no 1T08:
O volume de resinas vendido pela Braskem no mercado interno no 1T08 alcançou 506 mil toneladas, representando um crescimento de 7% sobre as vendas do 1T07, acompanhando o crescimento do mercado brasileiro, onde as importações também tiveram papel importante. O PVC mais uma vez se destacou, com crescimento de 13% no período.
1.3 Produção de Resinas alcança 704 mil toneladas no 1T08:
A produção de resinas termoplásticas no 1T08 foi de 704 mil toneladas, um crescimento de 1% em relação ao 1T07, com destaque para a produção recorde de PVC, que alcançou 130 mil toneladas, com crescimento de 8% em relação à produção do 4T07. A taxa de utilização de capacidade de PVC alcançou 104%, evidenciando os esforços feitos ao longo do último ano no sentido de aumentar a produtividade e confiabilidade das plantas e a priorização da produção de grades mais produtivos.
1.4 Redução de gastos fixos no 1T08:
A Companhia está comprometida em reduzir seus gastos fixos e em melhorar sua competitividade. Neste 1T08, as despesas de vendas, gerais e administrativas foram reduzidas em R$ 83 milhões, em relação ao 1T07, refletindo o menor volume exportado no período e os impactos do programa de redução de gastos fixos.
1.5 Mais de R$ 77 milhões em sinergias capturadas até o 1T08:
Dentro do programa de integração dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, adquiridos em março do ano passado, a Companhia confirma o valor presente líquido estimado dos ganhos em US$ 1,1 bilhão e vem concentrando esforços para acelerar sua captura, tendo registrado até março de 2008, ganhos anuais e recorrentes da ordem de R$ 77 milhões em EBITDA. Além disso, foram capturados mais R$ 59 milhões em outros ganhos de caixa anuais e recorrentes.
1.6 O EBITDA1 da Braskem no 1T08 alcançou R$ 583 milhões
A Braskem registrou EBITDA de R$ 583 milhões no 1T08, com margem sobre a receita líquida de 13,2%, em linha com a registrada no 4T07. Na comparação com o 1T07, o EBITDA foi negativamente impactado em R$ 467 milhões pelos maiores custos de nafta e em R$ 108 milhões pelas menores receitas com aromáticos (BTX). O crescimento do volume vendido de resinas no mercado interno, que acompanhou o crescimento do mercado, combinado com os melhores preços praticados nos mercados internacional e doméstico compensaram em parte essas perdas.
1.7 Lucro Líquido do 1T08 sobe 204% em comparação com o 4T07 e alcança R$ 83 milhões: O lucro líquido da Braskem foi de R$ 83 milhões no 1T08, o que representou um aumento de 204% quando comparado ao lucro líquido de R$ 27 milhões registrados no 4T07 e uma queda de 35% em relação ao lucro do 1T07.
1.8 Braskem inaugura unidade de Paulínia:
Em 25 de abril de 2008, a Braskem inaugurou uma nova unidade de produção de polipropileno localizada em Paulínia, no estado de São Paulo, o maior centro consumidor de resinas da América do Sul. Com o início das operações dessa unidade industrial, cuja capacidade de produção é de 350 mil toneladas anuais, a Braskem consolida a sua posição de liderança no mercado latino-americano de polipropileno, passando a contar com a capacidade anual de 1,1 milhão de toneladas, e confirma mais uma vez a sua capacidade de gestão de projetos dentro dos custos e prazos programados.
1.9 Braskem conclui a aquisição dos Ativos Petroquímicos do Grupo Ipiranga:
No dia 27 de fevereiro de 2008, a Braskem concluiu a aquisição de 60% dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, representados pela participação de 60% na Ipiranga Química. Com esse movimento, a Braskem passou a deter diretamente 60% da Ipiranga Química, indiretamente 60% da Ipiranga Petroquímica e, direta e indiretamente, 62,7% da Copesul. A conclusão da aquisição desses ativos petroquímicos implicou no pagamento final de R$ 638 milhões e permitirá a implementação do Acordo de Investimentos assinado com a Petrobras em novembro do ano passado. Através desse acordo, serão aportadas na Braskem as participações da Petrobras e Petroquisa correspondentes a 40% dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, 40% da Petroquímica Paulínia, além da opção de aporte da Petroquímica Triunfo, em troca de aproximadamente 103,4 milhões de ações de emissão da Braskem.
1O EBITDA pode ser definido como lucros antes do resultado financeiro, IR/CSL, depreciação e amortização e antes do resultado não
1.10 SEAE e SDE recomendam ao CADE aprovação do acordo de investimentos entre Braskem e Petrobras:
No dia 09 de abril de 2008, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda e a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça recomendaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a aprovação, sem restrições, do acordo de investimentos entre Petrobras e Braskem, anunciado em novembro do ano passado. As secretarias, que realizaram a análise em conjunto, consideraram que as operações previstas no acordo de investimentos não representam riscos à concorrência e opinaram pela aprovação sem restrições. O próximo passo será a avaliação do CADE.
1.11 Braskem conclui alienação de participação na Petroflex:
No dia 1° de abril, a Braskem, Unipar e demais acionistas vendedores concluíram a alienação de suas participações na Petroflex para a Lanxess. Foram transferidas 17.102.002 ações ordinárias e 7.416.602 ações preferenciais “classe A”, representativas de 69,68% do capital social da Petroflex. O valor pago foi de R$ 526,7 milhões, equivalente a R$ 22,86 por ação ordinária e R$ 18,29 por ação preferencial “classe A”. Com a operação, a Braskem alienou a totalidade de sua participação correspondente a 33,57% das ações ordinárias e 33,46% das ações preferenciais da Petroflex, o que representou um ganho, antes do imposto de renda de R$ 116 milhões no 1T08 e um ingresso de caixa, em abril, de cerca de R$ 252 milhões.
1.12 Projeto Polímero Verde avança:
Em 28 de março, a Braskem anunciou a produção de buteno a partir de matéria-prima 100% renovável. A produção de biobuteno e o desenvolvimento de tecnologia para sua utilização na produção de polímeros capacita a Braskem para produzir uma gama maior de polietilenos. Com isso, a Braskem obteve a certificação para o primeiro polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) do mundo feito a partir de matérias-primas 100% renováveis, confirmando sua liderança tecnológica na produção de polímeros verdes e seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. Essa resina tem como principal mercado o segmento de embalagens flexíveis (filmes), que atendem principalmente à indústria alimentícia.
Outro importante passo da Braskem, dentro de sua estratégia de valorização de matérias primas renováveis, foi o anúncio no final do mês passado de um importante convênio de cooperação tecnológica com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp. O objetivo da parceria, que terá investimentos de R$ 50 milhões ao longo de cinco anos, é incentivar cientistas ligados às melhores universidades e centros de pesquisa paulistas a elaborar trabalhos na área de polímeros a partir de matérias-primas renováveis.
1.13 Braskem recebe prêmio de Melhores Práticas de Divulgação de Informações Financeiras: A Braskem recebeu, no dia 31 de março de 2008, o prêmio Top 5 em Melhores Práticas de Divulgação de Informações Financeiras ("Financial Information Disclosure") na 10ª Edição do IR Global Rankings realizado pela MZ Consult. Participaram cerca de 160 empresas de 31 países. A avaliação das melhores práticas de divulgação leva em consideração a qualidade das informações disponibilizadas aos investidores e ao mercado e se baseia nos seguintes critérios: informações operacionais, análise de demonstrações de resultados, balanço e fluxo de caixa, fornecimento de perspectivas, além dos canais de divulgação e disseminação das informações utilizadas pelas companhias, incluindo o site de RI.
2. DESEMPENHO OPERACIONAL:
A Braskem tem por estratégia otimizar a utilização de seus ativos sempre levando em conta a comercialização de produtos de maior valor agregado, em mercados e segmentos mais rentáveis.
Como resultado desse esforço, a Companhia tem apresentado patamares elevados de confiabilidade operacional com menor volatilidade nas taxas de utilização de capacidade das suas unidades industriais. No 1T08, as plantas de PP operaram a 96% e as de PVC apresentaram taxa de utilização de capacidade de 104%, consolidando a trajetória de melhoria de operabilidade das plantas e possibilitando o acompanhamento do crescimento do mercado doméstico de PVC. Já as plantas de PE operaram a 89%, em virtude principalmente de paradas programadas para manutenção. A taxa de utilização de capacidade de eteno, por sua vez, foi de 95%.
A Copesul terminou no início de maio a parada programada para manutenção em uma de suas unidades de olefinas. Nessa parada, já foram investidos, até maio de 2008, cerca de R$ 170 milhões para manutenção e implantação de melhorias que garantirão aumento de confiabilidade e produtividade da planta e maiores volumes de eteno e propeno produzidos. Do mesmo modo, a unidade de Camaçari inicia em cerca de 3 semanas parada programada para manutenção em uma das suas unidades de olefinas. O investimento esperado é de aproximadamente R$ 130 milhões. Durante o 2T08, os estoques construídos desde o final do 4T07 serão usados para garantir o fornecimento de nossos clientes e atender ao crescimento do mercado brasileiro.
A evolução das taxas de utilização de capacidade para os principais produtos da Braskem consolidada está ilustrada a seguir.
No negócio de Poliolefinas, a produção de PP apresentou volume praticamente em linha com o 4T07 e com o 1T07. Já a produção de PE apresentou queda de 2% em relação ao 4T07 e queda de 3% em relação ao 1T07, em virtude principalmente da antecipação de manutenção programada nas plantas.
No negócio de Vinílicos, a produção de PVC alcançou 130 mil toneladas no 1T08, registrando recorde histórico, crescendo 8% em relação ao trimestre anterior e 12% em relação ao mesmo período do ano passado, maximizando os resultados associados ao bom momento do mercado doméstico de PVC.
No 1T08, o negócio de Insumos Básicos apresentou produção estável nas comparações com o 4T07 e 1T07. A estabilidade no desempenho é conseqüência da maior confiabilidade operacional da unidade de Insumos Básicos em Camaçari.
O volume produzido de aromáticos (BTX) foi 9% menor na comparação com o 1T07, decorrente de parada programada para manutenção na unidade de reforma. Na comparação com o 4T07, a produção foi 6% menor.
Desde a aquisição da Politeno em abril de 2006 e mais recentemente com a consolidação dos ativos da Copesul e Ipiranga Petroquímica, as operações da Braskem passaram a apresentar total integração entre a 2ª geração (resinas termoplásticas) e a 1ª geração (petroquímicos básicos). Essa integração tem possibilitado uma maior confiabilidade das operações e, conseqüentemente, melhor rentabilidade dos produtos.
Volume de Produção Total - ton 1T08 (A) 4T07 (B) 1T07 (C) Var% (A)/ (B) Var% (A)/ (C) Poliolefinas . PE´s 397.486 403.736 409.041 (2) (3) . PP 175.991 178.457 174.351 (1) 1 . Total (PE´s + PP) 573.477 582.193 583.392 (1) (2) Vinílicos . PVC 130.023 120.162 116.518 8 12 . Soda Líquida 120.228 115.873 113.757 4 6 Insumos Básicos . Eteno 586.278 581.322 590.071 1 (1) . Propeno 288.473 288.959 296.683 (0) (3) . BTX* 228.966 242.799 251.602 (6) (9)
*BTX - Benzeno, Tolueno, Ortoxileno e Paraxileno
3. PERFORMANCE COMERCIAL:
A demanda por resinas termoplásticas no mercado brasileiro iniciou o ano de 2008 com a mesma tendência de crescimento registrada em 2007, sustentada pelo crescimento da economia e pelo aumento da renda disponível. Neste 1T08, o indicador do nível de compra de resinas pelo mercado (vendas domésticas + vendas incentivadas para exportação + importações) cresceu 10% em relação ao 1T07, com destaque para PVC com 19% de crescimento, impulsionado pelo setor de construção civil. O mercado de PE, PP e PVC atingiu 1.048 mil toneladas neste 1T08.
Na comparação com o trimestre anterior, o mercado brasileiro de resinas apresentou uma queda de 2%. Além disso, as importações alcançaram 233 mil toneladas no 1T08, com aumento de cerca de 18% em relação ao 4T07. A valorização do real em relação ao dólar tem beneficiado as importações de manufaturados e de resinas, especialmente as importações provenientes dos EUA, onde a baixa atividade econômica vêm estimulando as exportações de resinas termoplásticas. A Companhia acredita que o impacto dessa pressão dos produtores americanos já esteja totalmente refletido nos números do 1T08.
O volume total de vendas (mercado interno + exportações) de resinas termoplásticas da Braskem alcançou 629 mil toneladas no 1T08. As vendas domésticas de resinas cresceram 7% em relação ao 1T07, suportadas pelo crescimento da demanda brasileira. Em relação ao 4T07, houve uma queda de 9%, impactada principalmente pelo aumento momentâneo das importações.
A tabela a seguir contempla os volumes totais vendidos nos mercados interno e externo. Volume de Vendas Total (toneladas) 1T08 (A) 4T07 (B) 1T07 (C) Var% (A)/ (B) Var% (A)/ (C) Poliolefinas . PE´s 336.140 386.958 388.087 (13) (13) . PP 171.137 174.913 168.995 (2) 1 . Total (PE´s + PP) 507.277 561.871 557.082 (10) (9) Vinílicos . PVC 121.422 138.040 120.102 (12) 1 . Soda Líquida 107.999 124.371 106.931 (13) 1 Insumos Básicos . Eteno 106.395 128.858 128.573 (17) (17) . Propeno 96.757 113.497 115.156 (15) (16) . BTX* 197.078 223.948 219.698 (12) (10)
No negócio de Poliolefinas, os volumes vendidos no mercado interno cresceram 6%, quando comparamos o 1T08 com o 1T07. No mesmo período o mercado brasileiro cresceu 8%, sendo que as importações tiveram aumento de 36%. As exportações de PE e PP no mesmo período caíram 38%. Esse resultado reflete a estratégia da Braskem em maximizar a rentabilidade na comercialização de seus produtos e a necessidade de formação de estoques para garantir o suprimento de seus clientes durante as paradas programadas para manutenção do 2T08.
Em relação ao 4T07, as vendas domésticas de PE e PP da Braskem caíram 7%, em razão de sazonalidade atípica no 4T07. Apesar de uma retração de 7% no mercado, as vendas de PP da Braskem registraram redução de apenas 2%, com aumento de market-share. As vendas de PE da Braskem registraram queda de 10%, devido ao crescimento das importações em 14% nesse período. As exportações de ambos os produtos, por sua vez, caíram 18%, evidenciando as primeiras medidas preparatórias para as paradas programadas de manutenção dos crackers de nafta da Braskem, que ocorrerão no 1S08.
No negócio de Vinílicos, as vendas domésticas de PVC cresceram 13% na comparação do 1T08 com o 1T07. A Braskem opera as plantas de PVC no limite de sua capacidade de produção e tem projetos de aumentar em cerca de 50% essa capacidade para atender à crescente demanda por essa resina. No curto prazo, a Companhia decidiu importar resina para suprir o mercado interno, sendo que no 1T08 o volume importado foi de 12 mil toneladas de PVC.
Em relação ao 4T07, as vendas domésticas de PVC da Braskem caíram 14%, em função da demanda atípica registrada naquele período.
No negócio de Insumos Básicos, em virtude de maior consumo interno da unidade de Vinílicos e de formação de estoque para a parada programada de manutenção da Copesul, os volumes vendidos de eteno no 1T08 caíram 17% em relação ao 1T07 e ao 4T07. Para o propeno, em virtude de maior consumo interno para a produção de PP e de envio de propeno para a Petroquímica Paulínia visando a partida desta unidade no início do 2T08, o volume vendido caiu 16% em relação ao 1T07 e 15% na comparação com o 4T07. O volume de vendas de aromáticos caiu 10% em relação ao 1T07, principalmente devido ao menor volume produzido decorrente de paradas programadas para manutenção no período. Pelo mesmo motivo, na comparação com o 4T07, a queda foi de 12%. Com o início da driving season no verão dos EUA e seus impactos sobre a demanda de aditivos aos combustíveis, é esperada uma recuperação nos preços de benzeno durante o 2T e 3T08, com potenciais impactos positivos no volume de vendas deste produto pela Braskem.
4. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO:
4.1 Receita Líquida
A receita líquida consolidada da Braskem no 1T08 foi de R$ 4,4 bilhões, em linha com a receita registrada no mesmo trimestre do ano anterior. Se excluirmos de ambos os períodos os efeitos do processamento de condensado da Copesul nas Refinarias Ipiranga e Alberto Pasqualini, a receita líquida caiu 1% em relação ao 1T07, o que equivale a cerca de R$ 40 milhões. Em dólares e excluindo-se a receita com o processamento de condensado, houve um crescimento de US$ 400 milhões, ou 20%. Este aumento é composto por diversos fatores, entre os quais destacamos: (i) aumento de 7% no volume de resinas vendido no mercado interno, e (ii) crescimento de 28% nos preços em dólares destas resinas. Por outro lado, houve um desempenho negativo pela queda nos preços de aromáticos, principalmente o benzeno com impacto de R$ 112 milhões, e pelo menor volume vendido de eteno e propeno.
Em relação ao trimestre anterior, excluindo-se a revenda de condensado e quando expressa em dólares, a receita líquida consolidada no 1T08 foi 6% menor, devido principalmente à redução de 10% no volume total vendido de resinas, já que os preços destes produtos, em R$/t, permaneceram alinhados aos do trimestre anterior. Em reais e nas mesmas bases, houve um decréscimo de 9%, reflexo também da apreciação média do real em 1%.
Abaixo as variações da receita líquida total para estes períodos:
Com o objetivo de melhoria da sua produtividade e competitividade, a Copesul vem aumentando as operações de processamento de condensado na Refinaria Ipiranga e na Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP desde 2007. As receitas líquidas dessas operações foram de R$ 210 milhões no 1T08, R$ 188 milhões no 1T07 e R$ 263 milhões no 4T07.
No 1T08, 51% da receita líquida (excluindo-se revenda de condensado e vendas da Ipiranga Química) foi composta por resinas termoplásticas. A abertura completa é mostrada abaixo:
4.1.1 Exportações
A Braskem tem investido no fortalecimento da sua presença no mercado internacional. Nesse sentido, a Companhia passou a estabelecer relacionamento direto com alguns de seus clientes internacionais desde 2006, através das operações próprias de distribuição na Europa, EUA e Argentina, mercados considerados estratégicos. Esse investimento tem se refletido em melhores mix de produtos vendidos, com produtos de maior valor agregado e melhor precificação nesses mercados, especialmente PE e PP.
As exportações do 1T08 alcançaram US$ 509 milhões (20% da receita líquida), em linha com o mesmo trimestre do ano anterior, quando foram de US$ 506 milhões (24% da receita líquida). Os menores volumes de resinas exportados foram compensados por maiores preços no mercado internacional, em dólares, no 1T08. Na comparação com o trimestre anterior, a receita com exportações teve queda de 13%, em virtude dos menores volumes exportados.
Como conseqüência direta da abertura de operações de distribuição fora do Brasil, a Braskem vem mantendo elevadas suas exportações de resinas para América do Sul e crescido suas vendas para a Europa, onde a Companhia aumentou as vendas diretas para os clientes finais e praticou melhores preços. Nestes mercados, as resinas correspondem a aproximadamente 65% das exportações e, desde o início do ano, suas vendas para estes destinos já cresceram mais de 60%, evidenciando a melhor alocação das vendas no mercado externo. As vendas para Europa e América do Sul evoluíram de 52% no 1T07 para 64% no 1T08 do total de exportações.
4.2. Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Durante o primeiro trimestre de 2008, o
custo dos produtos vendidos ("CPV") da Braskem foi de R$ 3,8 bilhões, um aumento de 10% em relação ao CPV registrado no 1T07. Excluindo-se os custos relacionados ao processamento de condensado da Copesul de ambos os períodos, o CPV cresceu R$ 345 milhões, derivado principalmente do aumento de 20% nos custos de nafta, parcialmente compensado por menores volumes vendidos.
Na comparação com o 4T07, o CPV caiu 6%, principalmente devido aos menores volumes vendidos no 1T08.
O preço médio da nafta ARA (Amsterdã – Roterdã – Antuérpia) no 1T08 alcançou a média de US$ 842/t, um aumento de 52% comparado ao preço de US$ 555/t registrado no 1T07 e um
aumento de 5% na comparação com o preço de US$ 803/t do 4T07. O impacto do maior custo da nafta nos custos da Companhia em 2008, quando comparado ao 1T07, foi de US$ 552 milhões.
Durante o 1T08, a Braskem comprou 1.849 mil toneladas de nafta, das quais 1.116 mil toneladas (60%) foram adquiridas da Petrobras – sua principal fornecedora de matéria-prima. O restante, 734 mil toneladas (40%), foi importado diretamente pela Companhia, principalmente do norte da África e da Argentina. Os custos vêm sendo impactados negativamente, nos últimos 2 anos, pela escassez e irregularidade no fornecimento de gás natural em Camaçari. Em 2008, o impacto dos maiores custos de energia pelo uso de óleo combustível em substituição ao gás natural afetou negativamente o resultado da Braskem em R$ 20 milhões.
A depreciação e amortização incluídas no CPV atingiram R$ 170 milhões em 1T08, com redução em relação ao 1T07 e ao 4T07 devido à redução do volume vendido.
4.3. Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA)
A Braskem está comprometida em reduzir os seus custos e despesas fixas de maneira a melhorar sua competitividade. Dentro desse contexto, a Companhia iniciou, no 4T07, um programa de redução de custos e despesas fixas, cujos resultados serão capturados em 2008 e são complementares ao programa de sinergias relacionado à consolidação dos ativos petroquímicos do Complexo de Triunfo.
No 1T08, as despesas de vendas, gerais e administrativas montaram a R$ 261 milhões, com redução de R$ 83 milhões em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
As despesas de vendas da Braskem no 1T08 foram de R$ 93 milhões, uma redução de R$ 75 milhões em relação às despesas registradas no 1T07. Os principais fatores responsáveis por esse impacto foram: (i) menores despesas com PDD, no valor de R$ 23 milhões, devido a ajuste de PDD contabilizado na Politeno no 1T07; (ii) redução de gastos fixos de vendas, no valor de R$ 3 milhões, resultado do programa de redução de gastos fixos; e (iii) menores despesas decorrentes de menor volume exportado, de melhor gestão logística das transferências de produtos e de mudança de alocação em algumas despesas para fins de alinhamento contábil entre as empresas.
Na comparação com o 4T07, as despesas de vendas foram R$ 70 milhões menores, pelos mesmos motivos acima, com exceção das despesas de PDD.
No 1T08, as despesas gerais e administrativas consolidadas alcançaram R$ 167 milhões, comparadas a R$ 176 milhões no 1T07. Excluindo-se o efeito de uma receita não recorrente de R$ 17 milhões ocorrida no 1T07, a redução foi de R$ 26 milhões. Esta receita não recorrente referia-se a ajuste de provisão para o desembolso futuro da Braskem no evento da liquidação do plano Petros, que envolve os integrantes da Braskem oriundos da antiga Copene. A redução nas despesas gerais e administrativas já é resultado do programa de redução de gastos fixos anunciado ao mercado e em implementação pela Braskem desde o 4T07 e refletiu-se principalmente em menores gastos no valor de R$ 5 milhões, e de menor provisão para participação nos lucros e resultados decorrente de mudança de critério de cálculo.
Na comparação com o 4T07, as despesas gerais e administrativas foram R$ 9 milhões menores, principalmente devido a menores gastos com serviços contratados.
4.4. EBITDA
O EBITDA consolidado da Braskem no 1T08 foi de R$ 583 milhões, o que representa um decréscimo de R$ 270 milhões em relação ao 1T07. A boa performance operacional da Companhia evidenciada por altas taxas de utilização, eficiente política comercial e redução de gastos fixos no período foi prejudicada por maiores custos com matéria-prima, com impacto de R$ 467 milhões entre os períodos, e por redução nos spreads de aromáticos em relação à nafta de US$ 371/t no 1T07 para US$ 93/t no 1T08.
A margem EBITDA da Braskem no 1T08 foi de 13,2%, 6,1 pontos percentuais inferiores àquela obtida no mesmo trimestre do ano anterior.
Quando expresso em dólares, o EBITDA no 1T08 atingiu o montante de US$ 336 milhões.
Em relação ao 4T07, o EBITDA da Braskem apresentou uma queda de 10%, impactado pelos menores volumes vendidos no mercado interno. A margem EBITDA do 1T08, que foi de 13,2%, ficou em linha com a
4.5. Participação em Sociedades Controladas e Coligadas
O Resultado consolidado da Braskem com Participações em Sociedades Controladas e Coligadas no 1T08 foi negativo em R$ 22 milhões. Esse valor contempla fundamentalmente as amortizações de ágio dos investimentos em Ipiranga Química e Copesul.
A variação em relação ao 4T07 deve-se à maior amortização naquele período decorrente dos ágios da EDSP58, que foi incorporada pela Copesul ao final do período.
4.6. Resultado Financeiro Líquido
O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 200 milhões no 1T08 contra uma despesa de R$ 104 milhões no 1T07, o que representou um acréscimo de R$ 96 milhões. Esse acréscimo está relacionado principalmente à diferença de variação cambial entre os períodos e seus impactos no resultado financeiro. Na comparação com o 4T07, o resultado financeiro líquido do 1T08 apresentou um acréscimo de R$ 146 milhões. Novamente, o principal fator foi a redução do impacto da variação cambial entre os períodos, já que a apreciação do Real em relação ao Dólar no 1T08 foi de apenas 1% contra 4% no 4T07.
Excluindo-se os efeitos da variação cambial e monetária, houve uma redução no resultado financeiro do 1T08 da ordem de R$ 81 milhões em relação ao 1T07, composta principalmente por: (i) redução de R$ 36 milhões em Juros e Vendor em função da redução das operações de vendor e da queda do custo médio do endividamento em dólares – que era de 8,6% no 1T07 e caiu para 7,0% a.a. no 1T08; (ii) menores gastos com CPMF/IOF/IR e despesas bancárias com um impacto de R$ 17 milhões, compatíveis com o volume de captações de cada trimestre e com a extinção da CPMF; (iii) redução de Outras Despesas Financeiras e Juros sobre Débitos Tributários no valor de R$ 14 milhões devido à redução de encargos com fornecedores e à queda dos encargos SELIC sobre os Débitos Tributários; e (iv) mudanças nas aplicações com maior impacto na linha de juros nas receitas financeiras no valor de R$ 13 milhões.
observada naquele período. As principais variações foram: (i) menores gastos com CPMF/IOF/IR e despesas bancárias em R$ 14 milhões, em função da extinção da CPMF e da redução de gastos devido ao menor volume de captações e amortizações neste trimestre; e (ii) queda de R$ 7 milhões em Juros e Vendor, decorrente da redução do custo médio do endividamento em dólares, que passou de 7,4% no 4T07 para 7,0% a.a. ao final do 1T08. Estes fatores positivos compensaram o aumento de R$ 19 milhões em Outras Despesas Financeiras impactadas principalmente por aumento de encargos com fornecedores.
Na tabela a seguir, detalhamos a composição do resultado financeiro da Braskem em bases trimestrais:
4.7. Lucro Líquido
A Braskem registrou no 1T08 um lucro líquido de R$ 83 milhões após a participação de minoritários, o que representou uma diminuição de R$ 45 milhões em relação ao resultado do 1T07, conforme já discutido anteriormente.
Em relação ao 4T07, o lucro líquido do 1T08 representou um aumento de 204%, já que aquele período registrou um lucro de R$ 27 milhões. Contribuiu positivamente para essa variação o ganho resultante da venda da participação na Petroflex no valor de R$ 116 milhões, registrado em receita não operacional, com impacto após impostos de R$ 87 milhões.
4.8. Fluxo de Caixa Livre
A geração operacional de caixa (GOC) da Braskem foi negativa em R$ 48 milhões no 1T08, comparado a R$ 908 milhões positivos no trimestre anterior. Essa redução é explicada pelo menor resultado operacional no 1T08, medido pela GOC antes do capital de giro, que foi de R$ 420 milhões, comparado a R$ 551 milhões no 4T07, e por maiores necessidades de capital de giro no período, no valor de R$ 468 milhões. As principais variação foram: (i) acréscimo de R$ 443 milhões devido ao aumento dos estoques de produtos
foram parcialmente compensadas por uma redução no prazo médio de recebimento de clientes que gerou R$ 133 milhões neste 1T08.
As atividades de investimento do 1T08 incluem a última parcela referente à aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, no valor de R$ 638 milhões, além da última parcela do pagamento da Politeno, no valor de R$ 247 milhões. O montante do 4T07 incluía, além da penúltima parcela desta aquisição, o fechamento de capital da Copesul.
4.9 - Estrutura de Capital e Liquidez
Em 31 de março de 2008, a Braskem apresentou dívida bruta de R$ 9,4 bilhões, 12% maior do que a registrada em 31 de dezembro de 2007. Esse aumento é decorrente principalmente dos seguintes fatores: (i) conclusão da operação de aquisição dos ativos petroquímicos do grupo Ipiranga com um impacto de R$ 638 milhões, (ii) liquidação do “earn-out” da compra da Politeno com desembolso de R$ 247 milhões, e (iii) investimentos operacionais e paradas de manutenção que exigiram R$ 242 neste trimestre. Em face destes compromissos aliados à geração de caixa operacional comprometida pela elevação temporária dos estoques, as disponibilidades consolidadas caíram 14%, alcançando R$ 1,9 bilhão no 1T08 comparado a R$ 2,3 bilhões ao final do 4T07.
Dessa forma, a dívida líquida consolidada da Braskem em 31 de março foi de R$ 7,4 bilhões, um aumento de R$ 1,3 bilhão em relação aos R$ 6,1 bilhões registrados em 31 de dezembro de 2007. Em dólares, a dívida líquida aumentou de US$ 3,5 bilhões em 31 de dezembro de 2007 para US$ 4,2 bilhões em 31 de março de 2008.
A alavancagem financeira da Companhia, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA, que era de 1,93 vezes (x) em 2007, foi para 2,56x no 1T08 (últimos 12 meses), devido ao aumento do endividamento líquido comentado anteriormente e pela queda do valor do EBITDA nos últimos 12 meses.
O prazo médio do endividamento diminuiu de 11 anos ao final de dezembro de 2007 para 10 anos ao final de março de 2008. Essa redução foi influenciada pela captação da última parcela do empréstimo-ponte, no montante total de US$ 1,2 bilhão, utilizado para a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga e para fechamento do capital da Copesul, cujos vencimentos se darão em 2009 e 2010. A Braskem trabalha na substituição desta operação por operações estruturadas que estenderão o seu prazo médio de endividamento, cujo perfil de pagamentos anuais já é adequado à geração de caixa da Companhia.
A Standard & Poor’s elevou, em 30 de abril último, a classificação de risco do Brasil para BBB-, grau
investment grade. Esta nova classificação deve ampliar o acesso das empresas brasileiras ao capital externo, seja via captação direta no exterior, investimento estrangeiro na Bovespa ou entrada de recursos no setor produtivo, com reflexos positivos no fortalecimento na economia brasileira e impactos na taxa de juros e no crescimento do país. Com isso, a Companhia espera refinanciar de maneira bastante competitiva este bridge loan.
Ao final de março de 2008 o endividamento atrelado ao dólar norte-americano era de 73% contra 71% observado ao final do 4T07. Abaixo, detalhamos o endividamento bruto por categorias e por indexadores.
31/03/08 Saldo das Disponibilidades Aplicado em US$ Aplicado em R$ 1.932 1.143 789 AGENDA DE AMORTIZAÇÃO (R$ milhões) 31/03/2008 Dívida Bruta: 9.363 Dívida Líquida: 7.431 em R$ Milhões Prazo Médio: 9,7 em anos 10% 31% 13% 2008 2009 2010 2011 9% 827 9% 2014/ 2015 894 534 2018/ 2020 2016/ 2017 6% 1.208* 2.909* 7% 617 614 786 2012/ 2013 8% Perpétuos 7% 974
* Inclui R$ 2,1 bilhão do empréstimo-ponte para aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, sendo R$ 1,7 bilhão em 2009 e R$ 0,4 bilhão em 2010
31/03/08 Saldo das Disponibilidades Aplicado em US$ Aplicado em R$ 1.932 1.143 789 AGENDA DE AMORTIZAÇÃO (R$ milhões) 31/03/2008 Dívida Bruta: 9.363 Dívida Líquida: 7.431 em R$ Milhões Prazo Médio: 9,7 em anos 10% 31% 13% 2008 2009 2010 2011 9% 827 9% 2014/ 2015 894 534 2018/ 2020 2016/ 2017 6% 1.208* 2.909* 7% 617 614 786 2012/ 2013 8% Perpétuos 7% 974
* Inclui R$ 2,1 bilhão do empréstimo-ponte para aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, sendo R$ 1,7 bilhão em 2009 e R$ 0,4 bilhão em 2010
5. INVESTIMENTOS:
Coerente com o seu compromisso com a disciplina de capital e com a realização de investimentos com retorno acima do seu custo de capital, a Braskem realizou investimentos consolidados no 1T08 que totalizaram R$ 242 milhões o que se compara a R$ 189 milhões no 1T07. Esses recursos foram aplicados nas áreas operacionais, de tecnologia, saúde, segurança e meio ambiente, e sistemas de informação, tendo beneficiado todas as unidades de negócio da Companhia.
O investimento na planta de PP em Paulínia consumiu R$ 26 milhões, equivalentes à parcela consolidada (60%) dos investimentos na unidade. A planta entrou em operação no início do 2T08, rigorosamente dentro do prazo anunciado, o que demonstra a competência da Braskem na administração de seus projetos de crescimento.
A Companhia realizou desembolsos no valor de
R$ 50 milhões em paradas programadas para manutenção, em linha com o objetivo de manter suas plantas operando com altos níveis de confiabilidade.
6. MERCADO DE CAPITAIS:
As ações preferenciais classe “A” da Braskem negociadas na BOVESPA (“BRKM5”) encerraram o trimestre cotadas a R$ 14,90 por ação, 8% acima da cotação de fechamento de 2007, enquanto o Ibovespa apresentou queda de 5% no mesmo período. A ação da Braskem foi beneficiada pela divulgação dos bons resultados de 2007, pelo anúncio do novo programa de recompra de ações e pagamento de dividendos, com
dividend yield de 4,3%.
negociadas na Latibex fecharam o trimestre cotadas a € 5,32 por XBRK, queda de 2% no período, enquanto o FTSE100 Europa, apresentou queda de 12%.
O volume financeiro médio diário da ação preferencial classe “A” da Braskem na Bovespa (BRKM5) foi reduzido em 18%, passando de R$ 23,9 milhões para R$ 19,6 milhões, comparando-se o 4T07 com o 1T08. Na NYSE, o ADR da Braskem (BAK) apresentou volume financeiro médio diário de US$ 3,8 milhões, 8% acima do volume do 4T07. Na Latibex, a XBRK apresentou redução no volume financeiro diário de 46%, passando de € 38,4 mil no 4T07 para € 20,9 mil no 1T08.
Na carteira teórica do Ibovespa, válida para os meses de maio a agosto de 2008, a Braskem ocupa a 34ª posição em liquidez na Bovespa, com 0,87% de participação no índice.
A Braskem recebeu, no dia 31 de março de 2008, o prêmio Top 5 em Melhores Práticas de Divulgação de Informações Financeiras ("Financial Information Disclosure") na 10ª Edição do IR Global Rankings realizado pela MZ Consult. Participaram cerca de 160 empresas de 31 países. A avaliação das melhores práticas de divulgação levou em consideração a qualidade das informações disponibilizadas a investidores e ao mercado e se baseou nos seguintes critérios: informações operacionais, análise de demonstrações de resultados, balanço e fluxo de caixa, fornecimento de perspectivas, além dos canais de divulgação e disseminação das informações utilizados pelas companhias, incluindo o site de RI.
7. CONSOLIDAÇÃO DOS ATIVOS PETROQUÍMICOS DO SUL
A aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga foi concluída no 1T08, com o pagamento da última parcela e a entrega dos ativos pela Ultrapar, ocorridas em 27 de fevereiro de 2008. O próximo passo se constitui na integração na Braskem da participação minoritária da Petrobras/Petroquisa nesses ativos e na Petroquímica Paulínia, e o correspondente aumento de sua participação na Braskem, o que deve ocorrer ainda no 2T08.
Neste processo de consolidação foram identificadas uma série de oportunidades de captura de sinergias e criação de valor, sendo que o montante esperado é de US$ 1,1 bilhão, em valor presente líquido. A
metade do montante esperado, e financeira, de cerca de US$ 400 milhões, cuja captura será acelerada com a incorporação dos ativos, o que deve ocorrer até o final de 2008. Os investimentos necessários para a realização destas sinergias envolvem um montante aproximado de R$ 250 milhões.
Quando expressas em bases anuais e recorrentes, a Braskem tem expectativa de capturar cerca de R$ 200 milhões em EBITDA, sendo R$ 108 milhões já em 2008. A captura das sinergias segue em ritmo acelerado e até o 1T08 foram capturados R$ 77 milhões em ganhos anuais e recorrentes de EBITDA, com foco nas iniciativas ligadas à área comercial e supply-chain. Além desse ganho operacional, capturamos R$ 59 milhões anuais e recorrentes adicionais com impacto em caixa.
8. PERSPECTIVAS:
O cenário macroeconômico mundial, ainda que influenciado no curto prazo pelas incertezas da economia norte-americana e seus impactos no resto do mundo, aponta para um crescimento da economia global acima de 3% ao ano. Está claro também que o Brasil encontra-se mais preparado para enfrentar uma eventual redução no ritmo de crescimento da economia mundial em função das melhores condições macroeconômicas do país, pelo menor nível de dependência das exportações na economia e pela recente mudança da classificação de risco do país, elevado a investment grade pela Standard & Poor’s.
Nesse contexto, a Braskem acredita que a petroquímica mundial deverá se beneficiar das altas taxas de crescimento em mercados petroquímicos relevantes, como a China e a Índia, apoiadas principalmente pela demanda de seus mercados domésticos, já que o volume de oferta de eteno previsto para entrar em operação em 2008 representa um crescimento de 4,5% sobre a produção de 2007, permitindo assumir para 2008 elevadas taxas de utilização de capacidade de eteno.
A Braskem trabalha com um cenário de crescimento do PIB brasileiro em 2008 de cerca de 4,5% sustentado pela demanda interna, que resulta do aumento da renda disponível e da maior disponibilidade de linhas de crédito com prazos mais longos. Coerente com esse cenário e com o crescimento vivenciado no 1T08, o mercado de resinas termoplásticas no Brasil deverá crescer cerca de 10% em 2008 com destaque para os setores de construção civil, automobilístico e agronegócio, entre outros. A Braskem espera se beneficiar desse cenário por meio de sua posição de liderança no mercado combinada com uma estrutura diferenciada de produtos e serviços baseada na inovação e tecnologia. A Braskem prevê a elevada operabilidade de suas 4 unidades produtoras de petroquímicos básicos no 2S08, com os ganhos de produtividade e eficiência decorrentes das paradas programadas para manutenção que estão sendo realizadas: na unidade de Olefinas 1 da Copesul, cuja parada foi finalizada no início de maio conforme já comentado, e na Unidade de Olefinas 1 da Central de Camaçari, que inicia em 25 de maio com previsão de parada de 30 dias. A Companhia espera também um ganho no capital de giro no 2T e 3T08 na medida em que realize os estoques de resinas termoplásticas construídos para que estas paradas não afetassem o suprimento para seus clientes.
No âmbito estratégico, a Braskem pretende avançar em 2008 nas três frentes de sua estratégia de crescimento associada à criação de valor para todos os seus acionistas: (i) consolidação da indústria petroquímica brasileira, com a conclusão do processo de integração das participações da Petrobras/Petroquisa nos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga e na Petroquímica Paulínia até o final do 1S08; (ii) diversificação da matriz energética por meio de acesso a matérias-primas competitivas, fator cada vez mais primordial para a garantia da competitividade em um ambiente globalizado; e (iii) inovação, com o avanço do projeto do polímero verde a partir de matéria-prima renovável.
Adicionalmente, a Braskem deverá aumentar a sua capacidade de produção através da implementação de novos projetos, sempre preservando a sua disciplina de capital, em investimentos que proporcionem retornos acima do custo de capital da empresa. Esses novos projetos incluem expansões adicionais de capacidade em plantas já existentes: (i) expansões de PE e PP em estudo no Complexo de Triunfo e (ii) expansão de capacidade de PVC em 200 mil toneladas, programada para entrar em operação em 2010. Além disso, também está sendo estudada uma nova planta de PP, em Camaçari, para 2012.
Dentro dos projetos de crescimento com melhoria da competitividade através de acesso a matéria-prima competitiva, a Braskem está trabalhando em dois projetos integrados na Venezuela, em parceria paritária com a Pequiven. Um projeto para produção de 450 mil toneladas de PP integrada com uma unidade de
toneladas de PE integrado com um cracker de etano, com início previsto para 2012. Os volumes de PP e PE atenderão ao mercado venezuelano de resinas e fornecerão uma base competitiva para exportação para a América do Norte, Europa e costa oeste da América do Sul.
Os acordos de acionistas referentes a essas empresas já foram assinados e se pautam nas mais modernas práticas de Governança Corporativa, com predominância das decisões de consenso e definição clara da atuação de cada parceiro. Em 2008, essas joint ventures trabalharão na estruturação do project finance com a participação de agências de crédito à exportação, bancos de fomento e bancos privados, e na finalização dos estudos e engenharia de ambos os projetos. Após a conclusão destes estudos a Companhia e a Pequiven deverão tomar a decisão final de investimento, sendo a relativa ao projeto de PP ainda em 2008. No âmbito da inovação, a Braskem pretende apresentar ao Conselho de Administração ainda neste semestre o projeto para implantar uma nova planta para produção de polietileno verde a partir do etanol de cana-de-açúcar com entrada em operação prevista para 2010 e com capacidade para 200 mil toneladas/ano. Primeira empresa a produzir mundialmente um polietileno certificado com matéria-prima 100% renovável, a Braskem está operando sua unidade-piloto de polímero verde a plena capacidade – 12 toneladas/ano - no Centro de Tecnologia e Inovação da Companhia. Nesse período, também tem projetos em andamento com várias empresas líderes em seus segmentos no mercado internacional e no Brasil, interessadas em serem parceiras nesse projeto de avanço tecnológico com impactos positivos no caminho da sustentabilidade.
Todas essas frentes de crescimento objetivam posicionar a Braskem como uma das 10 maiores petroquímicas globais, em enterprise value, criando valor para todos os seus acionistas.
9. LISTAGEM DE ANEXOS
Pág.
ANEXO I – Demonstrativo de Resultados Consolidado 20
ANEXO II – Balanço Patrimonial Consolidado 21
ANEXO III – Fluxo de Caixa Consolidado 22
ANEXO IV - Volume de Produção Consolidado 23
ANEXO V – Volume de Vendas Consolidado – Mercado Interno 24
ANEXO VI – Volume de Vendas Consolidado – Mercado Externo 25
ANEXO VII – Receita Líquida Consolidada – Mercado Interno 26
ANEXO VIII - Receita Líquida Consolidada – Mercado Externo 27
A Braskem, petroquímica brasileira de classe mundial, é líder em resinas termoplásticas na América Latina e a terceira maior companhia industrial privada de capital nacional. Com 19 plantas industriais localizadas no país, a empresa tem capacidade anual de produção de mais de 10 milhões de toneladas de produtos químicos e petroquímicos.
RESSALVA SOBRE INFORMAÇÕES FUTURAS
Esse documento contém informações futuras. Tais informações não são apenas fatos históricos, mas refletem as metas e as expectativas da direção da Braskem. As palavras "antecipa", "deseja", "espera", "prevê", "pretende", "planeja", "prediz", "projeta", "almeja" e similares, escritas, pretendem identificar afirmações que, necessariamente, envolvem riscos conhecidos e desconhecidos. A Braskem não se responsabiliza por operações ou decisões de investimento tomadas com base nas informações contidas nesse documento.
ANEXO I
Demonstrativo de Resultados Consolidado
(1)(R$ milhões)
Receita Bruta 5.638 6.153 5.620 (8) 0
Receita Líquida 4.410 4.809 4.424 (8) (0)
Custo dos Produtos Vendidos (3.760) (4.019) (3.412) (6) 10
Lucro Bruto 650 789 1.012 (18) (36)
Despesas com Vendas (93) (163) (168) (43) (44)
Despesas Gerais e Administrativas (167) (176) (176) (5) (5)
Depreciação e Amortização (131) (129) (108) 1 21
Outras Receitas (Despesas) Operacionais 24 5 (4) 396
-Participação em Sociedades Ligadas (22) (39) (35) (45) (39)
.Resultado de Equivalência Patrimonial 1 1 2 32 (39)
.Amortização de Ágio/Deságio (23) (40) (37) (44) (39)
Lucro Operacional antes do Resultado Financeiro 261 287 521 (9) (50)
Resultado Financeiro Líquido (200) (54) (104) 274 94
Lucro Operacional 61 233 417 (74) (85)
Outras Receitas (Despesas) Não Operacionais 113 (41) (4) -
-Lucro antes do IR e CS 173 193 413 (10) (58)
Imposto de renda / Contribuição Social (47) (161) (138) (70) (66)
Participação dos Colaboradores (6) (7) - (13)
-Resultado Antes da Participação de Minoritários 120 25 275 379 (56)
Participação de Minoritários (37) 2 (148) - (75)
Lucro (Prejuízo) Líquido 83 27 127 204 (35)
Lucro por ação (LPA) 0,19 0,06 0,34 215 (44)
Lucro por ação ex-amortização de ágio 0,42 0,30 0,62 43 (32)
EBITDA 583 648 853 (10) (32) Margem EBITDA 13,2% 13,5% 19,3% -0,3 p.p. -6,1 p.p. -Depreciação e Amortização 300 322 297 (7) 1 . Custo 170 193 189 (12) (10) . Despesas 131 129 108 1 21 Var. (%) (A)/(C) Var. (%) (A)/(B)
Demonstração de Resultado 1T08(A) 4T07(B) 1T07(C)
ANEXO II
Balanço Patrimonial Consolidado
(R$ milhões)
Circulante 6.851 6.596 4
. Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras 1.727 2.139 (19)
. Contas a Receber 1.362 1.497 (9)
. Estoques 2.733 2.264 21
. Impostos a Recuperar 482 310 55
. Dividendos e Juros s/ Capital Próprio 3 4 (24)
. Despesas do Exercício Seguinte 56 73 (22)
. Outros 4881 3101 58
Realizável a Longo Prazo 2.005 1.959 2
. Sociedades Ligadas 47 49 (3)
. Depósitos Judiciais e Compulsórios 113 108 5
. IR e CS Diferidos 405 395 2 . Impostos a Recuperar 1.126 1.175 (4) . Outros 314 232 35 Permanente 12.251 12.337 (1) .Investimentos 422 1.073 (96) .Imobilizado 9.540 8.576 11 .Diferido 2.669 2.687 (1) Total do Ativo 21.108 20.892 1 Circulante 5.213 5.923 (12) . Fornecedores 2.866 2.968 (3) . Financiamentos 1.387 1.180 18
. Salários e Encargos Sociais 261 261 0
. Dividendos e Juros s/ Capital Próprio 308 308 (0)
. Imposto de Renda a Pagar 55 15 257
. Impostos a Recolher 158 162 (2)
. Adiantamentos de Clientes 65 23 178
. Outros 112 1.0063 (89)
Exigível a Longo Prazo 9.397 8.589 9
. Financiamentos 7.976 7.202 11
. Impostos e Contribuições a Recolher 1.247 1.210 3
. Outros 174 177 (2)
Resultados de Exercícios Futuros 24 25 (5)
Participação Acionistas Minoritários 635 598 6
Patrimônio Líquido 5.839 5.757 1 . Capital Social 4.641 4.641 0 . Reservas de Capital 457 458 (0) . Ações em Tesouraria (13) (258) (95) . Reserva de lucros 671 915 (27) . Lucros Acumulados 83 0 38.750 Total do Passivo e PL 21.108 20.892 1 Notas: Var. (%) (A)/(B) Var. (%) (A)/(B) 31/03/2008 (A) 31/03/2008 (A) ATIVO PASSIVO E P.L. 31/12/2007(B)
2 Baixa de adiantamento para aquisição de investimento, no valor de R$ 1.028 milhões, pela conclusão da aquisição dos Ativos Petroquímicos do Grupo Ipiranga
1 No 4T07 contempla R$ 137 milhões em investimentos a alienar relativos a Petroflex. No 1T08, contempla R$ 252 milhões relativos à alienação da Petroflex, recebidos em 1 de abril de 2008.
31/12/2007 (B)
ANEXO III
Fluxo de Caixa Consolidado
(R$ milhões)
Lucro Líquido 83 27 127
Despesas (Receitas) que não afetam o caixa 337 523 452
Depreciação e Amortização 308 322 297
Participações em Sociedades Ligadas 22 39 35 Juros, Variações Monetárias e Cambiais, Líquidas 91 61 (24)
Participação de Minoritários 37 (2) 148
Outros (121) 104 (4)
Geração de caixa antes de var. do capital circ. oper. 420 551 579
Efeito no caixa da aquisição da Ipiranga (0) (29)
-Variação de Ativos e Passivos, Circulante e LP (468) 387 533
(Acréscimo) Decréscimo em Ativos (400) 354 724
Títulos e Valores Mobiliários 29 15 367
Contas a Receber 133 249 216
Tributos a Recuperar (97) 164 35
Estoques (443) (113) (37)
Despesas Antecipadas 14 (11) 18
Dividendos Recebidos 4 (0) 83
Demais Contas a Receber (40) 51 42
Acréscimo (Decréscimo) em Passivos (68) 33 (191)
Fornecedores (124) 314 (189)
Adiantamento de Clientes 15 (3) 1
Incentivos Fiscais (1) 6 14
Impostos e Contribuições 38 (361) 6
Demais Contas a Pagar 4 78 (22)
Geração operacional de caixa (48) 908 1.112
Atividades de Investimento (1.151) (2.105) (224)
Alienação de Ativos Permanente 1 27 0 Aplicação nos Investimentos (622) (563) 0
Aplicação no Imobilizado (242) (503) (218)
Aplicação no Diferido (288) (1.067) (7)
Sociedades Controladas, Coligadas e Interligadas, líquido 0 (3) (45)
Atividades de Financiamento 883 1.669 (677)
Ingressos 2.208 3.337 693
Amortizações e Juros Pagos (1.326) (1.603) (1.170) Recompra / resgate de valores mobiliários - (60) Dividendos / Juros sobre Capital Próprio (0) (7) (201)
Outros 1 1 (0)
Aumento (Diminuição) do Caixa e Equivalentes (316) 470 165
Caixa e Equivalentes no Início do Período 1.890 1.421 1.717
Caixa e Equivalentes no Final do Período 1.574 1.890 1.882