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Preservar direitos e reforçar a LUTA por AVANÇOS

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Os delegados vão eleger a nova diretoria e aprovar

o programa e o estatuto da entidade

Os trabalhadores de São Paulo criticaram os juros altos

por causarem recessão e desemprego

págs. 3 e 4

pág. 10

págs. 6 e 7 págs. 6 e 7

pág. 11

págs. 4 e 5

Preservar direitos e reforçar

a

LUTA Por AVANÇoS

No Dia do Trabalhador, as Centrais Sindicais vão reafirmar que grandes manifestações de massa

serão realizadas contra as tentativas patronais de cortar direitos trabalhistas

Apesar de uma campanha

salarial difícil, os

Sindicatos fecharam

acordos coletivos com

reposição da inflação e

aumento real de salário

Paulinho sugere uma

comissão para a Câmara

aprovar rapidamente projeto

de lei sobre o tema

Ja él ci o Sa nt an a

Centrais querem investimento

para combater a inflação

Desaposentadoria passa

pelo Senado

Debates estaduais fortalecem

o

7

0

CoNgreSSo

Nacional

Trabalhador

conquista

aumento real

1

o

de

MAIO

ÓRGÃO OFICIAL DA FORÇA SINDICAL Ano 22 – No 81 – abril de 2013 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – www.fsindical.org.br – www.twitter.com/centralsindical

(2)

www.fsindical.org.br 1o de maio 1o de maio editorial editorial

No 1

o

de MAIO

,

a unidade reforça a luta pelos

direitos trabalhistas

o

1º de Maio tornou-se no mundo a data sín-tese das lutas e das espe-ranças dos trabalhadores pelo trabalho decente, no qual o ser humano exerce sua atividade com liber-dade e segurança rece-bendo salários dignos. As Centrais Sindicais brasilei-ras e o movimento sindi-cal internacional buscam este objetivo.

Por isto, a unidade do movimento sindical brasileiro é um marco na luta social e na organização do Dia do Tra-balhador, que será realizado na praça Campo de Bagatelle, em São Paulo. Força Sindical, CTB, UGT e Nova Cen-tral reivindicam a manutenção dos direitos já conquistados e a intensifi-cação da luta por avanços trabalhistas e sociais.

No 1º de Maio, também será come-morado os 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que assegu-ra inúmeros direitos, como registro em carteira profissional, 13º salário, férias e salário mínimo. Estas conquistas, além de outras, podem ser retiradas dos em-pregados por causa de vários projetos que existem no Congresso Nacional patrocinados pelos empresários.

Paulo Pereira da Silva (Paulinho)

Presidente da Força Sindical

B ob W ol fe ns on A saída é reforçar a

unidade na luta e inten-sificar as manifestações nacionais, a exemplo dos 50 mil trabalhadores que ocuparam Brasília na 7ª Marcha das Centrais. O evento reforçou a luta pela aprovação da PEC das Do-mésticas. A ideia é promo-ver atos semelhantes nas capitais e nas principais cidades do País.

Os setores conservadores não estão parados. Têm atacado as nossas con-quistas sob o argumento de que direi-tos tiram a competitividade do Brasil. Trata-se de uma grande mentira. Foi por meio da valorização do trabalho e da recuperação do poder de compra dos salários que o País enfrentou a cri-se de 2008 cri-sem grandes percalços.

Temos propostas para desenvolver o País com a valorização do trabalho, e o movimento sindical tem de obrigar o governo e o Congresso a debater a Agenda. Aprovado pelas Centrais, o do-cumento elenca uma série de reivindica-ções como a retomada do investimento público, a semana de 40 horas, fim do Fator Previdenciário, reforma agrária, valorização da Saúde e da E ducação e recuperação das aposentadorias.

o

movimento sindical precisa, com urgência, mudar seu enfoque em relação à questão de gênero. a postura dos dirigentes homens não pode ficar restrita apenas ao apoio for-mal que costumam dar às reivindicações da mulher. eles pre-cisam ter uma atitude pró-ativa, participando das reuniões, das discussões, dos atos e das manifestações sobre as ques-tões relacionadas à pauta geral e específica das mulheres.

Vamos discutir estas propostas no dia 24 de maio, quan-do as mulheres da Força sindical farão uma plenária em são Paulo. as resoluções farão parte da pauta de reivin-dicações que defenderemos no 7º Congresso da Central, a ser realizado entre os dias 24 a 26 de julho na Praia Grande. além destes itens, queremos a aprovação imedia-ta do projeto de lei da igualdade, que está em tramiimedia-tação no Congresso Nacional. sobre a licença maternidade de 180 dias, queremos mudança nesta legislação de tal forma que o afastamento seja obrigatório, beneficiando todas as mulheres trabalhadoras.

Para isto, a Central precisará encampar a nossa reivin-dicação e exercer o legítimo direito de pressão sobre o Congresso Nacional. Não podemos deixar passar batidas as grandes bandeiras do movimento sindical, como a ex-tinção do Fator Previdenciário e a redução da jornada se-manal para 40 horas, sem redução salarial.

Como nós, mulheres, muitas vezes exercemos dupla ou tripla jornada de trabalho,

alcançar estes dois objeti-vos é muito importante. o Fator, por exemplo, prejudi-ca muito mais as mulheres, porque os nossos salários são 30% menores do que os dos homens. Como este mecanismo reduz o valor das aposentadorias, o nos-so benefício terá um valor insignificante.

Uma nova postura sobre

a questão de gênero

artigo artigo A rq ui vo F or ça S in di ca l

Maria Auxiliadora dos Santos,

secr. de Políticas para a Mulher

como um importante interlocu-tor da sociedade nos debates sobre as grandes questões na-cionais, lembrou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

“Com Dilma Rousseff na Presidência, os trabalhado-res passaram a ser tratados com descaso”, avaliou Pauli-nho. Ela tem dado pouca im-portância à Pauta Trabalhista, documento unitário assinado pelas principais Centrais Sindicais brasi-leiras ao final da Conclat.

“A redução da jornada de trabalho, fim do Fator Previdenciário, reforma agrária, política de valorização dos aposentados, são reivindicações sem nenhum valor para a presidenta Dilma”, criticou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gon-çalves, o Juruna.

Com o lema “70 anos de CLT: garantir di-reitos e avançar nas conquistas”, lideranças das categorias metalúrgica, química, comer-ciária, da construção civil, da alimentação, do vestuário, dos têxteis, dos técnicos em se-gurança, da saúde e das telecomunicações já estão mobilizando as bases para realizar o maior 1º de Maio de todos os tempos.

N

o ano de comemoração

dos 70 anos da Conso-lidação das Leis do Tra-balho (CLT), a Força Sindical realizará mais um 1º de Maio unitário, com a participação da CTB, Nova Central e UGT.

O Dia Internacional do Tra-balho, no Brasil, será marca-do por protestos marca-dos trabalha-dores contra a frouxidão do governo na condução da políti-ca econômipolíti-ca e no

enfrenta-mento das grandes questões nacionais. O governo precisa atuar para desenvol-ver o País com cidadania e valorização do trabalho. Na prática, os trabalhadores que-rem que a presidenta Dilma Rousseff en-campe a Pauta Trabalhista, aprovada pelas Centrais Sindicais na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, em 2010.

Em relação às questões macroeconô-micas, as Centrais reivindicam a retomada do investimento público para promover o crescimento econômico, 10% do PIB para a Educação e 10% do orçamento da União para a Saúde, entre outros.

O que o governo não pode é dar as cos-tas para as demandas dos trabalhadores. Na época do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o movimento sindical era tratado

Juruna: governo não dá valor

à Pauta Trabalhista A rq ui vo F or ça S in di ca l

DiA Do TrAbALhADor

será marcado por shows e protestos

bandeiras de luta do 1

o

de Maio

• Jornada de 40h semanais sem redução de salários; • Fim do Fator Previdenciário;

• Reforma Agrária;

• Igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; • Política de valorização dos aposentados;

• 10% do PIB para a Educação; • 10% do Orçamento para a Saúde;

• Correção da tabela do Imposto de Renda; • Ratificação da Convenção da OIT 158; • Regulamentação da Convenção da OIT 151; • Ampliação do Investimento Público.

FestA

– Além dos discursos políticos sobre a luta dos trabalhadores, o 1º de Maio será uma grande festa com muita música e sorteio de automóveis

W er th er S an ta na

Melquíades Araújo, Miguel E. Torres, Antonio de S. Ramalho, Eunice Cabral, Almir Munhóz, João B. Inocentini, Paulo Ferrari, Levi Fernandes Pinto, Abraão Lincoln, Luiz Carlos Pedreira, Wilmar G. Santos, Terezinho Martins, Ivandro Moreira, Maria Augusta S. Marques, Sérgio Luis Leite (Serginho), Valclécia Trindade, Edson Geraldo Garcia, Francisco Sales, Miguel Padilha, Minervino Ferreira, Herbert Passos, Nilton S. Silva (Neco), Antonio Vítor, Mônica O. Lourenço Veloso, Geraldino S. Silva, Oscar Gonçalves, Carlos R. Malaquias, Antonio Farias, Luciano M. Lourenço, Nelson Silva de Souza, Ari Alano, Cícero Firmino (Martinha), Cídia Fabiane C. Santos, José Pereira, Arnaldo Gonçalves, Elvira Berwian Graebin, Paulo Zanetti, João Peres Fuentes, Cláudio Magrão, Maria Auxiliadora, Maria Susicléia, Jeferson Tiego,

Francisca Lea, Gleides Sodré Almazan, Vilma Pardinho, Adalberto Galvão, Maria Rosângela Lopes, Ruth Coelho, Raimundo Nonato, Severino Augusto da Silva, José Lião, Lourival F. Melo, Mara Valéria Giangiullio, Neusa Barbosa, Evandro Vargas dos Santos, Reinaldo Rosa, Antonio Silvan, Defendente F. Thomazoni, Valdir Lucas Pereira, Carlos Lacerda, Antonio Johann, Ezequiel Nascimento, Elmo Silvério Lescio, Leodegário da Cruz Filho, Daniel Vicente, Manoel Xavier, Walzenir Oliveira Falcão, Valdir Pereira, Mauro Cava, Milton Batista (Cavalo), Núncio Mannala, Luis Carlos Silva Barbosa, Moacyr Firmino dos Santos

ASSeSSoriA PoLíTiCA: Antonio Rogério Magri, Hugo Perez, João Guilherme Vargas, Marcos Perioto

DIRETOR RESPONSáVEL: João C. gonçalves (Juruna)

JORNALISTA RESPONSáVEL: Antônio Diniz (MTb: 12967/SP) EDITOR DE ARTE: Jonas de Lima

REDAçãO: Dalva Ueharo e Val gomes REVISãO: edson baptista Colete ASSISTENTES: Fábio Casseb e rodrigo Lico

AC – Luiz Anute dos Santos

AL – Albegemar Casimiro Costa

AP – Irani de Oliveira Nunes

AM – Vicente de Lima Fillizola

bA – Nair Goulart

Ce – Raimundo Nonato Gomes

DF – Carlos Alves dos Santos (Carlinhos)

eS – Alexandro Martins Costa

go – Rodrigo Alves Carvelo

MA – José Ribamar Frazão Oliveira

MT – Manoel de Souza

MS – Idelmar da Mota Lima

Mg – Rogério Fernandes

PA – Ivo Borges de Freitas

Pb – José Porcino Sobrinho

Pr – Sérgio Butka

Pe – Aldo Amaral de Araújo

Pi – Vanderley Cardoso Bento

rJ – Francisco Dal Prá

rN – Francisco de Assis Torres

rS – Cláudio R. Guimarães Silva (Janta)

ro – Antonio do Amaral

rr – Manoel Antonio dos S. Santana

SC – Osvaldo Olavo Mafra

SP – Danilo Pereira da Silva

Se – Willian Roberto Cardoso Arditti

To – Carlos Augusto Melo de Oliveira

expediente

FORÇA SINDICAL NOS ESTADOS (PRESIDENTES)

PreSiDeNTe:

Paulo Pereira da Silva (Paulinho) João Carlos Gonçalves (Juruna)SeCreTÁrio-gerAL: Luiz Carlos MottaTeSoUreiro:

FUNDADor:

Luiz Antonio de Medeiros

ESCRITÓRIO NACIONAL DA FORÇA SINDICAL Em BRASÍLIA:

SCS (Setor Comercial Sul) – Quadra 02 – Edifício Jamel Cecílio – 3o andar – Sala 303

ASA Sul – 70302-905 – Fax: (61) 3037-4349 – Telefone: (61) 3202-0074

DireToriA eXeCUTiVA:

é uma publicação mensal da central de trabalhadores FORçA SINDICAL

Rua Rocha Pombo, 94 – Liberdade – CEP 01525-010 Fone: (11) 3348-9000 – S. Paulo/SP – Brasil

(3)

www.fsindical.org.br

o

presidente da Força Sindical-SP, Danilo Pereira da Silva, disse que o Dia do Trabalhador virá carregado de simbolismos. A CLT é resultado da luta sindical contra a exploração capitalista, e faz 70 anos num momen-to em que é alvo de intensos ataques dos patrões, que atribuem a falta de competiti-vidade de suas em-presas à legislação trabalhista vigente.

“Por isto, temos que promover mani-festações para man-ter os direitos traba-lhistas e sociais, e pressionar o governo e o Congresso Nacional para incluir nossas reivindi-cações no rol da legislação trabalhista”, apontou a presidenta da Força-BA, Nair Goulart.

LutAs sOcIAIs

“É importante destacar que os direitos trabalhistas resultam das lutas sociais sob o comando dos Sindicatos”, pon-derou Osvaldo Mafra, para quem as Centrais Sindi-cais precisam ter na ordem do dia o debate sobre o custeio dos Sindicatos, medida fundamental para o fortalecimento destas entidades.

Ao longo da história, os trabalhadores conquis-taram a semana de 44 horas na Constituição de 1988, um terço de férias, a política de valorização do salário mínimo e a regulamentação das Centrais, entre outros direitos, “por causa da ação sindical”, lembrou o presidente do Sindicato dos Tra-balhadores da Cons-trução Civil de São Paulo, Antônio de Sousa Ramalho.

“Agora, precisamos ampliar as conquistas que estão na Agenda da Classe Trabalhadora”, afirmou o presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, Nil-ton de Souza da Silva, o Neco.

Defender a CLT e

ampliar as conquistas

1o de maio 1o de maio A rq ui vo F or ça S in di ca l-M S A rq ui vo F or ça S in di ca l A rq ui vo F eq ui m fa r Danilo: a CLT é resultado da

luta sindical contra exploração

Neco: ampliar as conquistas

que estão na Agenda Trabalhista

central central

7

o

CONGRESSO

o

s 27 Congressos Estaduais da For-ça Sindical serão decisivos para o fortalecimento do 7º Congresso Na-cional da entidade, que será realizado nos dias 24, 25 e 26 de julho na Praia Grande, no Estado de São Paulo. Uma nova dire-toria será eleita e os delegados vão apro-var o programa e os estatutos da Central para os próximos quatro anos. Participa-rão do evento perto de 2.470

delegados eleitos nos Con-gressos Estaduais.

Para Geraldino dos Santos Silva, secretário de Relações Sindicais da Força, os eventos nos Estados ampliam os de-bates sobre os mais variados temas, entre os quais as 10 principais bandeiras de luta do movimento sindical brasileiro, como redução da jornada de trabalho e revogação do Fator Previdenciário. “Com esta

es-tratégia, as decisões que tomaremos no evento nacional terão muito mais respaldo”.

“Temos que fortalecer a Força Sindical no Estado, e a participação dos Sindicatos filia-dos será fundamental para a consolidação deste processo”, declarou Albegemar Case-miro Costa, o Gima, logo após ser reeleito presidente da Central-AL para um mandato

de quatro anos, em Congresso Estadual realizado em abril. Em Teresina, no Piauí, os delegados elegeram Vanderley Cardoso Bento o novo presidente da Central.

dIstrItO FederAL

Promover cursos de qualificação de diri-gentes sindicais e aumentar o número de Sindicatos filiados são os principais

proje-tos de Carlos Alves dos San-tos, o Carlinhos, recém-eleito presidente da instância de Brasília da Força Sindical, em Congresso realizado em 12 de abril. Segundo ele, as mu-danças que vêm ocorrendo no mundo e no País exigem dirigentes sindicais com co-nhecimentos básicos sobre vários temas, como história do movimento sindical, políti-ca e economia, entre outros.

A Força do Mato Grosso do Sul realizou seu evento no dia 10 de abril, com presença de cerca de 90 dirigentes que, além de debater a conjuntura atual, reelegeram o presidente Idelmar da Mota Lima e escolheram 50 delegados para o Congresso da Praia Grande. “Defendere-mos a luta pelas 40 horas semanais, o fim do Fator Previdenciário e o resgate do

pa-pel do Ministério do Trabalho no cumprimento das leis em defesa da classe trabalhado-ra”, diz Idelmar.

No dia 4 de abril, em Flo-rianópolis, foi realizado o Congresso Estadual da Cen-tral-SC. “Discutimos e delibe-ramos propostas que serão transformadas em um docu-mento para o Congresso na Praia Grande”, informou Osval-do Mafra, reeleito presidente

da Estadual catarinense. Foram definidos 80 delegados representantes do Estado para o 7º Congresso da Nacional.

O Congresso da Força Sindical-GO, re-alizado nos dias 4 e 5 de abril, reelegeu o presidente Rodrigo Alves Carvelo. “O

se-gredo do nosso sucesso é o colegiado. Somos unidos, to-dos são ouvito-dos. Vamos con-tinuar no trilho do desenvol-vimento sindical no nosso Estado”, diz Rodrigão. Sin-dicalistas de 76 entidades discutiram itens da pauta do 7º Congresso Nacional e deliberaram diretrizes po-líticas e organizacionais da Força Goiás.

cuIAbá

No dia 3 de abril, em Cuiabá, os dirigen-tes da Força Sindical-MT realizaram o Con-gresso e debateram as principais reivindica-ções dos trabalhadores, como piso salarial, jornada de trabalho e violência contra a

mu-lher. Foram escolhidos 50 delegados para o Congres-so da Força. “Definimos diretrizes que vão nortear a atuação da Força no Estado”, disse o presidente da Força-MT, Manoel de Souza. No 1º Congresso da Força-RJ, realizado em 13 de março, os delegados reelegeram Francisco Dal Prá para a Pre-sidência da entidade.

7.

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ONGRESSO

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ORÇA

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INDICAL

GARANTIR CONQUISTAS

MAIS EMPREGOS,

DIREITOS E CIDADANIA

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24

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DE JULHO DE

2013

logosFCn3NOvo2:Layout 1 3/4/13 7:40 PM Page 1

Geraldino diz que as decisões do 7º Congresso terão mais respaldo Mafra e os delegados aprovam as resoluções do Congresso Estadual Gima conclama Sindicatos filiados a fortalecer a Central em Alagoas

Carlinhos quer investir na

qualificação dos dirigentes

Manoel: definidas as ideias que vão nortear a atuação da Central

A rq ui vo F or ça S in di ca l-S C A rq ui vo F or ça S in di ca l-A L A rq ui vo F or ça S in di ca l-G O A rq ui vo F or ça S in di ca l-G O

Rodrigão: “O segredo é que

somos unidos, todos são ouvidos”

Debates estaduais

(4)

www.fsindical.org.br campanhasalarial campanhasalarial protestar contra a montadora, que se recusa a aten-der as reivindica-ções econômicas dos trabalhadores. Segundo o di-retor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, o Quebra-Mola, entre outras reivindicações,

os metalúrgicos querem rea-juste salarial de 12%, mas a montadora oferece 8,29%. O Sindicato pede um prêmio por participação nos resultados de R$ 12 mil, enquanto a GM não passa de R$ 8.650,00. “Acho que será instaurado o dissídio coletivo”, lamentou.

Construção Civil

Os trabalhadores da cons-trução civil de São Paulo, San-tos, Osasco, Ribeirão Preto e da região Estiva Gerbi reivin-dicam reposição da inflação e 5% de aumento real. Antônio de Sousa Ramalho, presiden-te do Sindicato que represen-ta 370 mil trabalhadores em São Paulo, não descarta gre-ve para superar os impasses. Outras reivindicações: refei-ção nos locais de trabalho com orientação nutricional, roupa lavada de dois em dois dias, cartão magnético de R$ 220 para supermercado e se-guro de vida de R$ 75 mil. Santos, e Sindicatos filiados,

querem a unificação das datas-base, uniformização das con-dições de trabalho nas obras do PAC, piso nacional, seguro saúde (extensivo aos familia-res), horas extras de 100% (independente do dia), tíquete refeição ou cesta básica, con-trato de experiência de 30 dias e organização no local de traba-lho (sem intervenção das em-presas). Neste ano, já entraram em greve mais de 50 mil traba-lhadores da categoria.

Gravataí

Os trabalhadores da General Motors (GM) de Gravataí de-cidiram entrar em greve para da Construção Pesada da Bahia

conquistou reajuste de 10% (aumento real de 3%), cesta básica de R$ 230 e aumento da remuneração das horas-extras trabalhadas (aumento progres-sivo). As negociações benefi-ciam inclusive os trabalhadores da Arena Fonte Nova, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Segundo Adalberto Gal-vão, o Bebeto, presidente do Sintepav-BA, a ação continua, inclusive com paralisações, nos setores de energia eólica, mine-ração, estaleiro e ferrovias.

A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, presi-dida por Wilmar Gomes dos mias recebem cerca de R$ 580

como salário base. “O trabalho dos Agentes favorece a Saúde, a Educação, a economia e a qualidade de vida do soteropo-litano”, diz Enádio.

O Sindicato dos Trabalhadores

A

Fetiasp e os Sindicatos associados vão negociar até a exaustão para conseguir aumento real de salários para todos os segmentos do setor da indús-tria da alimentação. “É ponto pacífico

para nós: queremos aumento real”, declarou Melquíades de Araújo, pre-sidente da entidade.

Segundo ele, a Fetiasp e os Sindi-catos se prepararam para isto ao criar secretarias para os setores. “Este foi um passo fundamental. Caberá a cada uma delas mobilizar os trabalhadores de suas áreas”, informou Neuza Bar-bosa de Lima, diretora da entidade.

Para Carlucio Gomes da Rocha, presidente do Sindicato dos

Traba-lhadores da Alimentação de Presidente Prudente, a inflação não se discute, se repassa. “Neste ano, vamos reivindicar aumento diferenciado para

desos-sadores e magarefe (açougueiro clas-sificador)”, disse.

Antonio Vitor, presidente do Sin-dicato dos Trabalhadores da Alimen-tação de Sertãozinho, informou que na primeira reunião o setor patronal ofereceu INPC mais 1% de aumento real nos pisos.

O mês de maio é a data-base dos trabalhadores dos segmentos de do-ces e conservas, sucos, rações, usi-nas de açúcar, bebidas, frios e carnes e derivados.

Acordos repõem a

o

s garis da Cavo Serviço Ambiental conquista-ram reajuste de 10,5% e aumento de 20% nos vales alimentação e refeição. Manassés Oliveira, presiden-te do Sindicato dos Emprega-dos em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba, des-taca outras conquistas: dois sábados de folga no mês para a limpeza especial, pagamen-to de vales adicionais, café na entrada para os varredores por domingo trabalhado e japona especial de inverno.

Os frentistas do Estado de São Paulo conquistaram reajus-te de 8,861% (aumento real de 2,19%). O presidente da Fede-ração Nacional dos Frentistas, Antônio Porcino Sobrinho, in-forma que o piso foi para R$ 1.118 (incluso adicional de pe-riculosidade de 30%), tíquete refeição de R$ 11 (valor facial), cesta básica de 30 quilos e os patrões não poderão descon-tar os 6% referentes ao vale transporte.

Os Agentes de Saúde de Salvador estão em campanha com o lema “Não Somos Má-quinas!”, e questionam a prefei-tura pelo fato de ainda serem remunerados com um salário abaixo do mínimo estabeleci-do no País. A Associação estabeleci-dos Agentes de Combate às En-demias de Salvador, presidida por Enádio Careca, diz que os Agentes de Combate às

Ende-Campanha centra fogo no salário

Serginho: a mobilização garantiu

que a campanha fosse vitoriosa Wilmar: luta pela unificação nacional das datas-base

A rq ui vo F eq ui m fa r A nd ré N oj im a Pl ay Pr es s Ja él ci o Sa nt an a

inflação e preveem

Movimento sindical intensificou a mobilização das categorias para superar as

dificuldades do atual cenário econômico e a intransigência patronal em busca

de melhores acordos salariais e de qualidade de vida para os trabalhadores.

Já os 15 mil far-macêuticos do Es-tado de São Paulo terão os seus sa-lários reajustados em 8,5%, o que cor-responde a 1,19% de aumento real, em 1º de abril, data-base. A Con-venção Coletiva foi assinada dia 16 de abril pelo presi-dente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, e os patrões do setor industrial farmacêu-tico. “A mobilização de toda a categoria garantiu que a nossa campanha salarial fosse vitorio-sa”, ressaltou.

Quebra-Mola: GM de Gravataí lucra à custa dos baixos salários

Garis da Cavo Serviço aprovam o acordo sem precisar fazer greve

Neuza: foi importante

a criação das secretarias

A rq ui vo F et ia sp

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www.fsindical.org.br

o

Brasil é um exemplo para o mundo na adoção de políticas e ações de combate ao trabalho infantil, declarou Gleides Sodré, secretária de Políticas para a Criança e Adolescente da Força Sindical. A dirigente levou em conta dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), se-gundo os quais caiu em 1,05 milhão o número de crianças e adolescentes, com idade entre cinco e 17 anos, que trabalhavam entre 2004 e 2009.

Pelo levantamento do ‘Perfil do Trabalho De-cente no Brasil’, da OIT, trabalhavam em 2009 cerca de 4,2 milhões de crianças e adolescen-tes, ante o 5,3 milhões em 2004. “Hoje, somos (o

Brasil) modelo para o mundo na luta pela erradicação do tra-balho infantil”, ga-rantiu Gleides.

Para ela, a ação dos Sindicatos e das Centrais Sindicais, aliada às políticas de transferência e complementação de renda, condicionadas à frequência escolar, têm sido fundamen-tais para erradicar o trabalho infantil no País. O assunto será tema da III Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, a ser realizada de 8 a 10 de outubro deste ano, em Brasília.

trabalho doméstico trabalho doméstico acidente de trabalho

acidente de trabalho

Segurança do Trabalhador do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Luís Carlos de Oliveira, o Luisinho.

Para mobilizar os trabalhado-res e dirigente sindicais para o dia 28 de abril, a Força Sindi-cal realizou o seminário ‘Plano Brasil Maior, com políticas pú-blicas e uma agenda de com-promissos’. Logo em seguida, os presentes saíram em pas-seata até a praça da Sé, onde foi promovido um ato público.

números alarmantes

Nos Brasil, os dados da Pre-vidência Social mostram que, em 2011, ocorreram 2.884 mortes no trabalho, 711.164, acidentes nas empresas e 14.811 pessoas ficaram com sequelas permanentes por causa de acidentes no trabalho. Luisinho alertou que estes números representam somente os empregados com carteira as-sinada. “Os funcionários públicos, como os policiais mortos em ação, não constam desta estatística”, revelou ele.

Apesar dos avanços, Gonçalves disse que é preciso fortalecer as Cipas, treinar sindicalistas e trabalhadores e pressionar as empresas para adotar as políticas de saúde e segurança.

Pereira de Souza. “Conquistamos direitos e exigimos que esta conquista seja com-pleta”, frisou a dirigente.

pendência –

Dos 16 novos direitos

ga-rantidos aos empregados domésticos com a aprovação da PEC, sete entraram em vigor com a publicação do texto. Outros nove de-pendem de regulamentação. É o caso, por exemplo, do FGTS, do seguro-desemprego e do seguro contra acidentes de trabalho.

É necessário, ainda, definir as regras para os trabalhadores que dormem do emprego, para as pessoas que viajam e para os profissionais dos turnos com mais de oito horas.

públicos federal e estadual, e 40% dos mu-nicípios, mantêm as 30 horas”, disse ela.

“Por isto, exigimos a regulamentação urgente da jornada de trabalho da enfer-magem, conforme compromisso de cam-panha assumido pela presidenta Dilma Roussef, em 2010”, afirmou o presidente do SinSaúdeSP, José Lião de Almeida.

o desafio é acabar

com as mortes

N

o ‘Dia Mundial em Me-mória das Vítimas de Acidentes e Doenças no Trabalho’, em 28 de abril, não haverá comemorações no mundo. Será um dia de re-flexão e protesto dos empre-gados e de seus Sindicatos e Centrais Sindicais. “Vamos exigir dos governos e dos em-presários medidas capazes de acabar com acidentes graves e fatais no Brasil”, explicou o

secretário de Saúde e Segurança do Traba-lho da Força Sindical, Arnaldo Gonçalves.

Segundo ele, as condições de saúde e segurança no trabalho no País são dramáti-cas e causam reflexos negativos em toda a sociedade. A situação atrapalha até o cres-cimento econômico, pois o governo gasta 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) com os acidentes de trabalho, o que corresponde a cerca de R$ 71 bilhões por ano.

“Este montante poderia ter sido inves-tido na Saúde e na Educação”, observou o coordenador do Departamento de Saúde e

A

té o dia 1º de Maio, a Comissão Mis-ta de Consolidação das Leis e Re-gulamentação da Constituição deve entregar o texto da regulamentação dos novos direitos dos empregados domésti-cos garantidos pela Emenda Constitucio-nal 72/2013, promulgada no início do mês.

Aprovado na Comissão, o texto irá para a Câmara dos Deputados, onde deverá ser apreciado por pelo menos uma comissão antes de ir à votação em plenário. Se pas-sar pelo crivo dos deputados, seguirá para o Senado, onde uma comissão vai analisar a proposta antes do plenário da Casa. “Somos contra a redução de direitos, como a proposta de diminuir a multa do FGTS de 40% para 5%, 10%”, reagiu a presidenta do Sin-dicato dos Trabalha-dores Domésticos de Catanduva e Re-gião, Maria Amélia

o

presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), Abraão Lincoln, visitou, em abril, açudes do Rio Grande do Norte atingidos pela seca que assola diver-sos municípios, causando mortandade de peixes e prejudicando a categoria. “É preciso conhecer a realidade dos trabalhadores de todo o País, apoiá-los e exigir soluções para problemas como o da seca do sertão”, diz Abraão.

A CNPA representa 1.200 Colônias, 26 Fede-rações e um milhão e duzentos mil trabalhadores pescadores artesanais e aquicultores familiares. Filiada à Força Sindical, a CNPA participou da 7ª Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília para “integrar-se ao movimento dos que trabalham e produzem e fortalecer o processo de desenvol-vimento econômico e social, por um Brasil mais justo, dinâmico e feliz”.

Depois, a CNPA acompanhou cerca de mil pes-cadores e líderes sindicais de diversos Estados numa audiência pública no Senado para reivindi-car a representação sindical das Colônias de Pes-cadores. Eles pediam a revogação de uma portaria que suspendia as cartas sindicais destas entida-des no Ministério do Trabalho. E foram atendidos.

Abraão Lincoln aponta outros avanços: o Pla-no Safra da Pesca e Aquicultura, que destina R$ 4,1 bilhões em crédito

ao setor, a nova car-teira para pescadores profissionais, os pro-gramas de saúde e de habitação para a cate-goria, a existência do Ministério da Pesca e Aquicultura e as leis que estão valorizando o setor e as Colônias. “Estamos na luta para ampliar a qualificação profissional”, finaliza

Abraão, que também defende para os pescado-res e aquicultopescado-res os recursos oriundos da com-pensação por serviços ambientais, que muitas vezes vão apenas para as ONGs.

Categoria

ajuda o brasil

crescer com

justiça social

A rq ui vo F N E

Maria Amélia: “Somos contra

a redução de direitos” A rq ui vo F or ça S in di ca l

Arnaldo: pressionar o governo

e patrões a aderir à luta

Ti ag o Sa nt an a

Gleides destaca a ação sindical

e a transferência de renda A rq ui vo F or ça S in di ca

l forçado faz 21 milhões de vítimas pelo

planeta. São homens, mulheres e crian-ças obrigados a exercer trabalhos que não podem abandonar, presos na servidão por dívidas, vítimas de tráfico com fins de ex-ploração sexual e até pessoas que nasce-ram na escravidão.

Os esforços para levar a julgamento os casos de trabalho forçado são com frequência insuficientes, apesar das boas práticas de alguns países, afirma a OIT.

Dos quase 21 milhões de pessoas que são vítimas de trabalho forçado, 11,4 lhões são mulheres e meninas e 9,5 mi-lhões são homens e meninos. Os menores de 18 anos representam 26% (5,5 milhões) de todas as vítimas de trabalho degradante.

r

ecentemente, uma fiscalização do

Ministério do Trabalho e Emprego, Mi-nistério Público do Trabalho e Receita Federal resultou na libertação de 28 costu-reiros bolivianos em condições análogas às de escravos em uma oficina clandestina na Zona Leste de São Paulo.

Submetidos a condições degradantes, jor-nadas exaustivas e servidão por dívida, eles produziam peças para a empresa GEP, que é formada pelas marcas Emme, Cori e Luigi Bertolli, e que pertence ao grupo que repre-senta a grife internacional GAP no Brasil.

Para erradicar o trabalho escravo no Bra-sil e no mundo, a Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT) propõe a adoção de medidas mais severas, já que o trabalho

trabalho escravo trabalho escravo

esforços não atingem objetivos

enfermeiros lutam

por 30 horas

pescadores pescadores A ra fr an P et er

Abraão: “É preciso conhecer a

realidade dos trabalhadores”

trabalho infantil trabalho infantil

M

ais de 10 mil enfermeiros invadi-ram Brasília, no início do mês, para reivindicar do Congresso Nacio-nal a votação imediata do Projeto de Lei 2.295/00, que institui a jornada semanal de 30 horas. Os trabalhadores participaram de uma audiência pública para discutir as con-dições de trabalho.

De acordo com Solange Caetano, presi-denta da Federação Nacional dos Enfermei-ros (FNE), a reivindicação das 30 horas já estava no projeto de lei que instituiu a pro-fissão, em 1955, mas foi vetada.

No setor privado os contratos são, em média, de 36 horas semanais. “Os setores

Mais de 10 mil enfermeiros ocuparam Brasília para pressionar políticos

redução da jornada redução da jornada

regulamentação avança

na Câmara

Políticas e ações

de combate

são modelos

para o mundo

(6)

www.fsindical.org.br

juros altos

juros altos DESAPOSENTADORIADESAPOSENTADORIA

Central na luta

pela aprovação

de projeto de lei

portuários

portuários cearáceará

recem apenas 8,83% de reajuste e cesta básica de R$ 70,00. Nas assem-bleias já realizadas para a apreciação da oferta pa-tronal, os trabalhadores decidiram rejeitar a proposta e optaram pela paralisação.

É o caso dos 600 empregados nas obras do VLT (Parangaba/Mucuripe), que cruza-ram os braços no dia 19 de abril. Também estão com suas atividades paralisadas os 700 trabalhadores da obra de reforma e ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. Não houve

operários cruzam

os braços por

aumento salarial

o

s trabalhadores da construção pesa-da do Ceará estão em processo de mobilização para pressionar os pa-trões por aumento salarial e conquista de direitos trabalhistas e sociais. É que o Sin-dicato patronal (Sinicon) tem se mostrado intransigente nas negociações.

Enquanto o Sintepav-CE reivindica au-mento de salários de 25%, os patrões

ofe-acordo sobre o reajuste de salários. Serão realizadas assembleias ainda no Terminal Portuário do Mucuripe (Fortaleza), Transpo-sição do Rio São Francisco (Mauriti e Brejo Santo/Jati) e na construção da fábrica de cimento Apodi (Quixeré).

“Entendemos que estas obras são de extrema importância para o desenvolvi-mento do nosso Estado. Porém, não po-demos esquecer que a fatia do bolo que os empresários recebem pelas obras deve ser dividida entre os trabalhadores”, afir-mou Raimundo Nonato Gomes, presiden-te do Sinpresiden-tepav-CE.

estar prevista em lei, o benefício só pode ser pleiteado pela via judicial.

A Força Sindi-cal e o Sindicato

Nacional dos Aposentados da Força Sin-dical defendem há anos a aprovação de uma lei que permita a desaposentado-ria. É que a situação atual é injusta, pois grande parte dos aposentados continua trabalhando por causa do baixo valor da aposentadoria.

Nos próximos dias, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, vai se reunir com o presiden-te da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, a quem vai propor a formação de

A

Comissão de Assuntos Sociais do

Senado aprovou, dias atrás, projeto de lei que dá direito ao trabalhador optar pela desaposentadoria, mecanismo pelo qual o aposentado que voltar a traba-lhar pode fazer a recontagem do tempo de serviço para aumentar o valor do provento.

O texto foi aprovado em caráter termi-nativo na Comissão, o que significa que não precisará passar pelo plenário do Se-nado, mas terá de ser apreciado na Câma-ra dos Deputados paCâma-ra viCâma-rar lei.

No caso de o projeto ser transforma-do em lei, cerca de 700 mil trabalhatransforma-do- trabalhado-res no País serão beneficiados. Cálculos do INSS dão conta de que há perto de 70 mil ações na Justiça de trabalhadores que pedem a desaposentadoria. Por não

A rq ui vo F or ça S in di ca l-C E

uma Comissão para debater e apressar a aprovação, pela Câmara, do projeto de lei que trata da desaposentadoria.

“Queremos corrigir esta injustiça, vis-to que, hoje, estima-se em 5 milhões o total de aposentados que trabalham e contribuem com a Previdência”, disse Paulinho, que também é deputado fede-ral (PDT-SP). Outro objetivo do movimen-to sindical é acabar com o Famovimen-tor Previ-denciário, mecanismo que reduz em até 45% o valor da aposentadoria.

Paulinho sugeriu a formação de uma Comissão para aprovar projeto de lei

i

nflação se combate com investimento

na infraestrutura, na ampliação do par-que fabril e no aumento da produção. Em síntese, este foi o recado que a Força Sindical e as demais Centrais mandaram para a presidenta Dilma Rousseff, no dia 17 de abril, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic para 7,5% ao ano.

Em manifestações promovidas pelas Centrais Força Sindical, CTB, Nova Central e UGT em São Paulo e Salvador, os sindi-calistas disseram que, ao aumentar os ju-ros, a presidenta atendeu aos interesses do mercado financeiro, cujos banqueiros vivem da especulação, defendem a redu-ção do consumo, do número de empregos e são contra os aumentos reais de

salá-rios, especialmente a política de recu-peração do valor do salário mínimo.

“A alta dos juros representa um retro-cesso de 10 anos”, definiu o vice-presi-dente da Força Sin-dical, Miguel Torres, acrescentando que os trabalhadores vão

voltar às ruas para pedir as cabeças do ministro Guido Mantega (Fazenda) e do presidente do Banco Central, Alexan-dre Tombini.

“Queremos uma política de geração de emprego e de elevação dos investi-mentos no País”, completou o secretário-geral da Central, João Carlos Gonçalves, o Juruna. “Diga não à inflação e à

reces-A rq ui vo F or ça S in di ca l-B A D an ie l C ar do so

Manifestantes baianos: a política de juros altos prejudica o emprego

Raimundo: o bolo deve ser dividido entre patrões e trabalhadores

relatório da MP 595

garante o que foi negociado

março, que paralisou os portos

brasileiros. “De agora em dian-te a prioridade será debadian-ter a regulamentação da aposenta-doria especial”, disse ele.

O presidente do Sindicato dos Operários Portuários de Santos e Região (Sintraport), Robson de Lima Apolinário, confirmou que o documento garante o que foi acordado entre as partes.

Segundo ele, os sindicalistas vão debater o relatório com representantes do governo e empresários. Depois, o

docu-o

s Sindicatos e as

Fede-rações nacionais dos portuários (FNP), estiva-dores (FNE) e demais avulsos (Fenccovib) consideram positi-vo o relatório da Medida Provi-sória 595-2012, apresentado na quarta-feira (17) pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

O presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Ferreira Barreto, expli-cou que o conteúdo do relató-rio garante o que foi negociado entre o governo e os portuários logo depois do fim da greve de

mento será votado em plenária do Congresso Nacional. Logo em seguida, irá à sanção

pre-Barreto diz que a próxima luta

será pela aposentadoria especial

A rq ui vo F N E

sidencial para depois ser publi-cado no Diário Oficial da União. A MP, editada pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro, regulamenta as atividades por-tuárias. “O governo se com-prometeu com os portuários e cumpriu o acordo. O relatório do senador Eduardo Braga con-templa nossas proposituras. Te-mos o compromisso dele e da Casa Civil de que a presidenta Dilma não vetará o que ficou acertado com os Sindicatos e Federações”, afirmou Robson.

A categoria deflagrou uma greve nacional em março por entender que a primeira reda-ção da MP dos Portos provoca-va a precarização das relações de trabalho. Por isso, Braga re-tirou do novo texto o item que possibilitava a contratação de mão de obra temporária.

são, e sim à geração de empregos”, destacou a presidenta do Sindicato dos Brinquedos de São Paulo, Maria Auxiliadora dos Santos.

Durante a manifestação em São Paulo, as Centrais assaram sardinhas e tomates. No protesto realizado em Salvador, na Bahia, a presidenta da Central, Nair Goulart, explicou que a política de juros altos prejudica a popu-lação, o consumo e a geração de emprego.

Centrais sindicais protestam

em são Paulo

(7)

memória sindical memória sindical

cLt faz 70 anos

A

Revolução Industrial brasileira, mar-cada pela Revolução de 1930, sob comando de Getúlio Vargas, fora impulsionada pelo grande êxodo rural devido à crise do café, que levou ao aumento da população urbana. Outro fator foi a necessidade de produção em território nacional, com a redução das importações em função da crise mundial e das 1ª e 2ª Guerras Mundiais. Este con-texto favoreceu a política industrializante de Getúlio, e alterou profundamente as relações de trabalho no Brasil.

Durante a “Era Vargas”, tanto no perío-do autoritário (de 1937 a 1945) quanto no período de democracia liberal (de 1945 a 1964), o Estado se tornou

o principal responsável pelo processo de moder-nização do Brasil.

Um sinal da mudança de um Brasil rural para um Brasil urbano é a cria-ção do Ministério do Tra-balho, Indústria e Comér-cio, em 26 de novembro de 1930, para administrar questões que, até então, eram tratadas pelo Minis-tério da Agricultura.

Curioso notar que foi no período autoritário, conhecido como Estado Novo, que surgiram e se consolidaram as princi-pais leis trabalhistas, cul-minando com a criação do Decreto-Lei nº 5.452, em 1º de maio de 1943, sistematizado pelo então

ministro do trabalho, Alexandre Marcon-des Filho (que mais tarde dedicar-se-ia à estruturação do Partido Trabalhista Brasi-leiro), que gerou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Curioso porque, mesmo com sua polí-tica de inspiração fascista, anticomunis-ta e que cerceava o movimento sindical, Vargas procurava atender reivindicações históricas do proletariado. Isto porque, embora tenha representado um grande avanço na vida dos trabalhadores, com a garantia de direitos básicos como jornada de trabalho, descanso semanal remune-rado e férias, entre outros, ações como esta buscavam reger ao máximo o

mun-do mun-do trabalho em todas as suas nuances, embasando um discurso da outorga dos direitos dos trabalhadores pelo Estado. E, de fato, esta estratégia conferiu grande prestígio popular ao regime e, em particu-lar, a Vargas, que fortaleceu sua imagem de benfeitor da classe trabalhadora.

Leis trabalhistas pelo mundo

No panorama internacional, a legislação brasileira do trabalho, expressa na CLT, é considerada uma das mais abrangentes. Uma pesquisa das universidades Harvard (EUA) e McGill (Canadá), que levantou a legislação de 173 países, apontou que os EUA possuem o menor número de direitos trabalhistas, embora seja pioneiro no com-bate à discriminação no ambiente corpora-tivo. A pesquisa aponta a Suíça, a Finlândia e a Suécia como os países em que os tra-balhadores têm mais direitos.

mudanças na CLT

Ao longo de sua história a CLT passou por sucessivas reformas e ampliações, sendo a maior transformação realizada em 1988, na promulgação da Constitui-ção Cidadã. Naquela oca-sião foram estabelecidas alterações em relação à re-dução da jornada de traba-lho para 44 horas semanais, a proibição de intervenção do Poder Público nos Sin-dicatos, o reconhecimento do direito à greve, além de licença maternidade de 120 dias, entre outras.

O corpo básico da CLT, criado há 70 anos, continua em vigência até os dias de hoje. Contudo, com as mudanças no mercado e a precarização do trabalho, o contingente de trabalha-dores beneficiados por ela tem diminuído.

*Carolina Maria Ruy

é jornalista, coordenadora de projetos do Centro de Cultura e Memória Sindical Getúlio Vargas foi quem assinou o decreto-lei de criação da CLT, em 1º de maio de 1943

Criada em um contexto de transformação de um Brasil rural

para um Brasil urbano, a CLT atendeu reivindicações

históricas do proletariado, mas também foi uma manobra

política que conferiu prestígio ao regime do Estado Novo

A rq ui vo C M S

Referências

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