• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES A IMPORTANCIA DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO CRISTIANE MACHADO DA SILVA MARCO ANTONIO LAROSA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES A IMPORTANCIA DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO CRISTIANE MACHADO DA SILVA MARCO ANTONIO LAROSA"

Copied!
67
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

A IMPORTANCIA DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL

DE GIRO

CRISTIANE MACHADO DA SILVA

MARCO ANTONIO LAROSA

(2)

CRISTIANE MACHADO DA SILVA

A IMPORTANCIA DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL

DE GIRO

RIO DE JANEIRO

2004

(3)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTANCIA DO GERENCIAMENTO DO CAPITAL

DE GIRO

OBJETIVOS

:

Este trabalho faz uma revisão

conceitual a respeito do gerenciamento do Capital de Giro e sua importância na saúde financeira da empresa, essencial para a consolidação dos objetivos da empresa.

(4)

AGRADECIMENTO

A todos os professores do Projeto “A Vez do Mestre”, ao Orientador Marco Antonio Larosa pela orientação na confecção deste trabalho acadêmico.

(5)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Cézar e Maria Célia, e ao meu noivo Marcos Antonio. A vocês, que sempre estiveram ao meu lado, obrigada pelo carinho e compreensão quando por força da ocupação acadêmica, me mantive distante ao seu precioso convívio.

(6)

RESUMO

O capital de giro, ao contrário do que muitos pensam, não se enquadra somente na contabilidade. Ele está diretamente ligado à estabilidade da empresa.

Consegue-se um capital de giro negociando prazos longos de pagamento, principalmente a fornecedores e conseguindo prazos menores de recebimentos.

Dessa forma, a empresa consegue uma “folga” para reinvestir o capital, enquanto aguarda o prazo para pagamentos de seus compromissos.

Com isso se consegue aumentar o lucro da empresa e conseqüentemente produzir reservas para as épocas de baixa no mercado.

(7)

METODOLOGIA

Para a elaboração desse trabalho fez-se revisão bibliográfica para fundamentar os conceitos e a teoria sobre o assunto.

A proposta deste trabalho é inicializar a pessoa ao estudo da importância do bom gerenciamento do capital de giro.

(8)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I 11

ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 11

CAPÍTULO II 18

CICLO OPERACIONAL 18

CAPÍTULO III 27

COMPONENTES BÁSICOS DO CAPITAL DE GIRO 27

CAPÍTULO IV 42

CAPITAL DE GIRO PERMANENTE E SEU FINANCIAMENTO 42

CAPÍTULO V 53 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 53 CONCLUSÃO 59 ANEXOS 62 BIBLIOGRAFIA 63 ÍNDICE 64

(9)

INTRODUÇÃO

O Objetivo do presente trabalho é apresentar um estudo do capital de giro abordando o conceito, a importância, as contas do ativo circulante e do passivo circulante, capital circulante líquido, risco e retorno.

O capital de giro na gestão financeira das empresas é de fundamental importância, haja vista estar relacionado diretamente com o ciclo operacional e com o giro dos negócios.

O gerenciamento do capital de giro é um componente vital para a “saúde” dos negócios e, também, essencial ao crescimento e à continuidade das operações.

O capital de giro está também sujeito a exposições e riscos oriundos de múltiplas áreas, tais como recebíveis, contas a pagar, gerenciamento de estoques, gerenciamento de caixa, etc. Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes desafios no que tange ao alcance da liquidez necessária, à obtenção do processo mais eficiente, à adoção de novas tecnologias e a avaliação da qualidade do capital de giro no balanço patrimonial.

O capital de giro está diretamente associado às fontes, as quais a empresa necessita para financiar seu crescimento. Por exemplo, uma diminuição no capital de giro reduz despesas com juros ou permite à empresa usar recursos adicionais disponíveis em outros propósitos (como aquisições/oportunidades de crescimento).

Alguns típicos sinais que indicam que uma empresa precisa melhorar determinadas áreas de seus negócios são:

(10)

• Aumento no prazo médio de recebimento;

• Aumento nas extensões de termos de credito aos clientes;

• Aumento na inadimplência;

• Redução no prazo médio de pagamentos; • Aumento no prazo médio de estocagem; e

• Aumento no nível de obsolescência no nível dos estoques.

(11)

CAPÍTULO I

(12)

CAPITAL DE GIRO

A administração do capital de giro envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas principalmente, para a preservação da liquidez da empresa que também afeta a rentabilidade.

1.1 – Importância

A administração do capital de giro abrange as contas dos ativos e dos passivos circulantes. Uma empresa precisa manter um nível satisfatório de capital de giro. Os ativos circulantes devem ser suficientemente consideráveis de modo a cobrir seus passivos circulantes, garantindo-se, com isso, uma margem razoável de segurança.

O objetivo da administração do capital de giro é administrar cada um dos ativos e passivos circulantes da empresa, de forma que um nível aceitável de capital circulante líquido seja mantido.

Weston e Brigham (1979,p.209) apontam quatro fatores que caracterizam a importância do capital de giro: O tempo dedicado à administração do capital de giro; o investimento em ativos circulantes; a relação entre o crescimento de vendas e os ativos circulantes; e a importância para as pequenas empresas.

(13)

1.2 - Conceito

O conceito de administração de capital de giro é algo que está diretamente relacionado às decisões estratégicas de uma empresa, porque envolve tomada de decisões em cenários de curto prazo, muitas vezes em conjunturas de instabilidade que pressupõem acentuado grau de risco.

As decisões relativas ao lançamento de novos produtos, tais como: aquisições de maior volume de matérias-primas, flexibilização da política de crédito, contratação de pessoal especializado, abertura de filiais, maiores investimentos em imobilizações, e uma extensa gama variada de outras operações, fazem parte da demanda de recursos para satisfazer o cumprimento das obrigações decorrentes dessas operações.

O capital de giro tem expressiva importância na composição dos ativos totais, pois participa, geralmente em mais de 50%, como regra geral.

Smith define o gerenciamento de capital de giro “não apenas como a administração da diferença positiva entre o ativo e o passivo circulante. Deve-se incluir também na definição de capital de giro a parte inferior do capital de giro, composta pelas definições quanto à estrutura do capital, incluindo leasing e dividendos”. O autor propõe uma abordagem que supera as abordagens convencionais, não limitando a atividade de gerenciamento de capital de giro estritamente à diferença positiva entre o ativo e o passivo circulante (CCL); enfatiza a importância dos

(14)

ativos não caixa na geração de produtos e serviços, inclusive leasing. O autor ainda divide o fluxo de caixa em duas partes: a parte superior e a parte inferior. A parte inferior demonstra o gerenciamento financeiro de longo prazo, representando decisões sobre a estrutura de capital, incluindo leasing e dividendos. A parte superior refere-se ao capital de giro propriamente dito. O caixa intersecciona ambas as partes, pois muitos recursos são destinados a serviços de outros ativos e financiamentos. O autor faz crítica às abordagens tradicionais, que não enfocam a parte inferior do gerenciamento de capital de giro, constituída pelos ativos produtores de bens e serviços, leasing e dividendos.

Outra abordagem bastante interessante, apesar de seu convencionalismo, é a de Gitman. Para ele, “A administração de capital de giro abrange a administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos e passivos circulantes. A administração de capital de giro é um dos aspectos mais importantes da administração financeira considerada globalmente, já que os ativos circulantes representam cerca de 50% do total do ativo total, e perto de 30 % dos financiamentos totais é representado pelo passivo circulante nas empresas industriais.

Uma empresa precisa manter um nível satisfatório de capital de giro e os ativos circulantes da empresa devem ser suficientemente consideráveis, de modo a cobrir os seus respectivos passivos circulantes, garantindo-se, assim, razoável margem de segurança.

O objetivo da administração de capital de giro é administrar cada um dos ativos e passivos circulantes da

(15)

empresa, de tal forma que um nível aceitável do CCL seja mantido.

Assaf Neto e Martins tem uma abordagem análoga à de Gitman, com a primazia de enfatizarem a administração de capital de giro sob condições inflacionárias. Para os autores, “É sabido que o ativo circulante se constitui, para os diversos segmentos empresariais, no grupo patrimnial menos rentável, e os investimentos em capital de giro, conforme comentado, não geram diretamente unidades físicas de produção e vendas, meta final do processo empresarial de obtenção de lucros. A manutenção de determinado volume de recursos aplicados no capital de giro, visa fundamentalmente, à sustentação da atividade operacional da empresa. O capital de giro é constituído, em grande parte, por ativos monetários, ou seja, por valores depreciáveis.

Tipicamente, investimentos em disponível e créditos realizáveis de curto prazo produzem perdas inflacionárias à empresa, as quais são determinadas em função do tempo em que os recursos ficam expostos à inflação”.

O capital de giro ou circulante é representado pelo ativo circulante e principalmente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques. O capital de giro demonstra os recursos necessários da empresa para financiamento de suas atividades operacionais, desde as aquisições de insumos básicos, até o recebimento pela venda da produção acabada. Um dos grandes problemas do gerenciamento de capital de giro é a sincronização temporal entre os elementos constitutivos. Para produzir, são necessários recursos financeiros que, salvo nos casos excepcionais de

(16)

adiantamentos de clientes, a empresa os terá de dispor até que o produto de venda seja recebido. Resumidamente, podemos dizer que em função da não sincronização entre produção, vendas e cobrança, surge a necessidade do gerenciamento de capital de giro.

Na área financeira, é evidente que deve-se dar enfoque à busca permanente da eficiência na gestão dos recursos, maximizando a rentabilidade e minimizando os custos.

Podemos dividir o capital de giro em fixo e variável ou sazonal. O capital de giro fixo é aquele mínimo, indispensável para que as necessidades operacionais geradoras de dispêndios sejam atendidas.

O capital de giro variável é aquele decorrente de fatores adicionais verificados em determinados períodos. Eles podem decorrer de crescimento de vendas, inadimplência ou atraso de recebimentos de clientes, compras imprevistas ou outras necessidades com caráter de sazonalidade.

O gerenciamento de capital de giro envolve a otimização da inter-relação de seus elementos constitutivos. A busca do equilíbrio financeiro é o objetivo maior da administração de capital de giro. Isso pode se dar, principalmente, pela obtenção de um nível de estoque compatível com as necessidades da empresa, investimentos proporcionais em créditos a clientes, critérios de gestão de caixa e de passivos circulantes, coerentes com um nível de rentabilidade ótima e liquidez segura.

(17)

O conceito de capital de giro liquido revela o volume de recursos demandados no longo prazo para o gerenciamento dos passivos correntes. O ideal para a manutenção de um nível de liquidez compatível, é que a diferença entre o ativo e o passivo circulantes seja positiva. Um CCL igual a zero submete a estrutura financeira da empresa a um certo grau de risco. Por outro lado, um capital de giro liquido negativo submete a empresa a um grau de risco elevado e diretamente proporcional à magnitude desta insuficiência.

(18)

CAPÍTULO II

(19)

CICLO OPERACIONAL

Segundo Assaf Neto e Silva, “alem da já comentada falta de sincronização, o capital de giro convive com duas outras importantes características:Curta duração e rápida conversão de seus elementos em outros do mesmo grupo, e a conseqüente reconversão. É nítida nos ativos correntes, a presença de um fluxo continuo e permanente de recursos entre seus vários elementos, estabelecendo forte inter-relação no grupo e tornando seus valores bastante mutáveis. Por exemplo: o disponível é reduzido por compras de estoques; os estoques, por sua vez, são transformados em vendas; se as vendas forem a vista, ocorre uma elevação do disponível; se as vendas forem a prazo, a conta de valores a receber é alterada, transformando-se em disponível quando do recebimento, e assim por diante.

Uma boa administração do capital de giro envolve alta rotação (giro) ao circulante, tornando mais dinâmico o seu fluxo de operações. Esse incremento de atividade no capital de giro proporciona, de forma favorável à empresa, menor necessidade de imobilização de capital circulante e conseqüentemente incentivo ao aumento da rentabilidade.

Na consecução de seus negócios, a empresa busca sistematicamente a produção e venda de bens e serviços, de maneira a produzir determinados resultados para satisfazer às expectativas de retorno de suas várias fontes de financiamento.

(20)

É no entendimento desse processo que se identifica, de forma natural e repetitiva, o ciclo operacional da empresa, o qual se inicia na aquisição de matéria-prima para produção – no caso de uma empresa industrial – e se finaliza no recebimento pela venda do produto final. Em outras palavras, o ciclo operacional incorpora seqüencialmente todas as fases operacionais presentes no processo empresarial de produção-venda-recebimento”.

Gerir com eficácia o capital de giro requer a implementação de alto grau de giro de seus elementos constitutivos, dinamizando o processo de conversão e reconversão desses elementos, dinamizando-se, assim, o fluxo de operações.

Quanto maior for o giro dos itens do ativo circulante, menor será a necessidade de investimentos nesses itens de giro, e, conseqüentemente, haverá uma contribuição menor com relação aos custos gerados por esses itens e aumento de rentabilidade.

Toda e qualquer empresa, para a consecução de seus objetivos ou busca de novas oportunidades de negócios, visa à obtenção de resultados positivos para satisfazer expectativas e obrigações das suas várias fontes de financiamento.

2.1 – Fases Operacionais

Entre esse período que abrange desde a compra de matérias-primas até o recebimento do produto de venda, há um conjunto de fases operacionais que no seu

(21)

inter-relacionamento podemos denominar de ciclo operacional financeiro.

O ciclo operacional financeiro de uma empresa industrial compreende as seguintes fases operacionais:

a) Prazo médio de estocagem de matérias-primas PME;

b) Prazo médio de fabricação – PMF;

c) Prazo médio de vendas ou prazo médio de

estocagem de produtos acabados – PMV; d) Prazo médio de cobrança – PMC.

Juntando-se todas as fases operacionais, temos o ciclo operacional de uma empresa industrial, o qual ilustramos abaixo:

|---|---|---|---| A B C D E

Onde:

A = Compra de matéria-prima

B = Início do processo de fabricação C = Término da fabricação

D = Venda

E = Recebimento da venda

As fases operacionais possuem, cada qual, determinada duração. O grau de variabilidade de cada fase operacional é determinado pela especificidade dos processos de produção, da política de estocagem, dos

(22)

critérios de cobrança, e pelas próprias condições tecnológicas e ramos e sub-ramos de atividade.

O importante é ter-se em mente que a soma dos prazos correntes de cada fase operacional representa o intervalo de tempo no qual não ocorre a entrada de recursos financeiros na empresa. Sendo necessário, portanto, capital de giro para financiamento do ciclo operacional. Ciclos operacionais de longo prazo implicam em demandas de recursos financeiros por maiores períodos de tempo, acarretando, conseqüentemente, maiores encargos financeiros.

A fase de compra de matérias-primas, geralmente, recebe prazos de financiamento de fornecedores, sendo demandados recursos apenas para as compras realizadas a vista. A fase de vendas a prazo tem sua parcela de financiamento representada pelas duplicatas descontadas, que implicam em custos financeiros.

Assaf Neto ilustra de forma bastante apropriada a necessidade de recursos decorrentes das fases do ciclo operacional através do seguinte gráfico:

(23)

GRAFICO I

CICLO OPERACIONAL E NECESSIDADE DE RECURSOS

|---|---|---|---|---|---|Ciclo operacional A B C D E F G

FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO

Onde:

A = Compra de Matéria-prima B = Pagamento a fornecedores

C = Inicio do processo de fabricação D = Término da fabricação

D = Venda

E = Desconto de duplicatas F = Recebimento de venda

(24)

Esta figura nos conduz à evidencia de que as necessidades financeiras de cada fase, não são constantes ao longo do tempo, mas variam e demandam maior ou menor volume de recursos, em função do aumento do dimensionamento dos dispêndios correspondentes.

Na fase de compra de matérias-primas, o investimento requerido é menor que na fase de fabricação, pois nesta ultima são agregados os gastos gerais de fabricação e mão-de-obra aplicada. Analogamente, há ainda um crescimento maior da necessidade de recursos em função das fases de estocagem, venda e recebimento da venda em decorrência das despesas e custos respectivos, inerentes a essas fases.

Assaf Neto e Silva identificam, em função do ciclo operacional, o ciclo de caixa ou financeiro e o ciclo econômico através da seguinte figura:

GRAFICO II

Compra

De matéria-prima inicio fabricação fim fabricação venda recebimento da venda |---|-|---|---|---| | pagto fornecedores ciclo operacional

|________________________________________________________________________________| | ciclo de caixa | __________________________________________________________________| | | ciclo econômico |_____________________________________________________|

O ciclo financeiro refere-se exclusivamente às movimentações de caixa até o recebimento da venda do

(25)

produto. É a necessidade efetiva de caixa para financiamento de suas atividades, excluindo-se o desconto de duplicatas, que é redutora das necessidades efetivas de recursos, tendo custo financeiro correspondente entre a data de sua emissão e a de seu vencimento.

O ciclo econômico é o conjunto das atividades puramente econômicas em um sentido mais genérico, correspondente às operações como compra, venda, pagamento de salários, de encargos sociais, despesas, dividendos, obtenção de lucros, e agregação de valor.

Assef neto e Silva operam com o conceito de necessidade de investimento em giro (NIG), para melhor explicação do ciclo financeiro de uma empresa. NIG significa a diferença entre o Ativo circulante operacional e o Passivo circulante operacional. “A NIG é a parte dos investimentos operacionais não financiada pelos respectivos passivos”. Segundo os autores, sua fórmula genérica é a seguinte:

NIG=(PME+PMF+PMV+PMCR)-(PMPF+PMPD)

Sendo:

PME = Prazo médio de estocagem de matérias-primas, que possui a seguinte fórmula:

matéria-prima

PME= --- x número de dias do ciclo financeiro Consumo de matéria-prima

(26)

PMF = Prazo médio de fabricação, cuja fórmula é: produtos em processo

PMF= --- x número de dias do ciclo financeiro custo dos produtos elaborados

PMV = Prazo médio de vendas, cuja fórmula é:

produtos acabados

PMV= --- x número de dias do ciclo financeiro custo dos produtos vendidos

PMC = Prazo médio de cobrança, cuja fórmula é: duplicatas a receber

PMC= --- x número de dias do ciclo financeiro vendas

PMPF = Prazo médio de pagamento a fornecedores, cuja fórmula é:

fornecedores a pagar

PMPF= --- x número dos dias do ciclo financeiro compras

PMPD = Prazo médio de pagamento de despesas operacionais, cuja fórmula é:

despesas a pagar

PMPD= --- x número de dias do ciclo financeiro despesas incorridas

(27)

CAPÍTULO III

(28)

C

OMPONENTES BÁSICOS DO

C

APITAL DE

G

IRO

O conceito de capital de giro costuma apresentar diferentes interpretações que são aplicadas, segundo os critérios e a natureza do estudo envolvido.

Segundo Martins “capital de giro ou capital circulante identificam os recursos que giram (ou circulam) várias vezes em determinado período. Ou seja, corresponde a uma parcela de capital aplicada pela empresa em seu ciclo operacional, caracteristicamente de curto prazo, a qual assume diferentes formas ao longo de seu processo produtivo e de venda”.

Pelo conceito, observa-se que o capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar o seu ciclo operacional.

E segundo Acher, Choate e Racette “administração do capital de giro é o processo de planejamento controle do nível e da composição ativos e passivos circulantes da empresa. Especificamente, a administração do capital de giro exige que o administrador financeiro decida qual o montante caixa, outras aplicações de liquidez imediata, contas a receber e estoque que a empresa deverá manter num determinado momento. Além disso, o administrador financeiro deve decidir como estes ativos correntes será financiado”.

3.1 – Ativo Circulante

Os ativos circulantes tratados neste estudo são caixa e títulos negociáveis, duplicatas a receber e

(29)

estoques. Cada um desses ativos deve ser administrado eficientemente, a fim de manter a liquidez da empresa, ao mesmo tempo em que se evita um nível elevado de recursos nesses itens.

3.2 – Caixa e Títulos Negociáveis

Caixa significa recursos monetários armazenados pela empresa e saldos mantidos em contas bancárias. Representam valores que podem ser usados a qualquer momento em pagamento de diversas naturezas.

A administração de caixa visa a manter uma liquidez imediata necessária para fazer frente à incerteza associada ao seu fluxo de recebimento e pagamento. Títulos Negociáveis são papéis de curto prazo do mercado monetário que podem ser facilmente convertidos em dinheiro.

Keynes identificou três motivos que levam as empresas a manterem determinado nível de liquidez.

O primeiro, chamado transação, é explicado pela necessidade que a empresa apresenta de manter dinheiro em caixa para efetuar os pagamentos oriundos de suas operações normais e certas. A empresa que precisa fazer certos pagamentos, em futuro próximo, já tem antecipadamente caixa para esse fim.

De modo a obter algum retorno sobre tais recursos, a empresa realiza aplicações com uma data de vencimento que coincida com a data exigida de pagamento.

(30)

O segundo motivo refere-se a precaução. É comum ocorrerem certas despesas imprevistas nos negócios da empresa – variações de receites e de preços, inadimplência dos clientes, etc. e, quanto maior for o saldo de caixa para enfrentar essas exigências monetárias inesperadas, tanto maior será a margem de segurança de atuação da empresa. O terceiro motivo é o da especulação. Os recursos mantidos por razões especulativas ocorrem quando a empresa não encontra, no momento, outra aplicação para os recursos.Normalmente, os rendimentos dessas aplicações são altamente atraentes para a empresa. A manutenção de certo nível de caixa, justificada pelos motivos de transação e precaução, além de não reproduzir retorno algum para a empresa, determina uma desvalorização, caso o índice de inflação seja acentuado.

3.3 – Duplicatas a Receber

Duplicatas a receber de uma empresa representam concessão de credito aos seus clientes. A fim de conservar os clientes atuais e atrair outros, a maioria das empresas acha necessário oferecer.

Os investimentos em valores a receber de uma empresa representam uma parte significativa dos ativos circulantes, influenciando a rentabilidade da empresa.

O administrador financeiro deve estar atento ao volume desse investimento. Sua magnitude depende do comportamento das vendas e da formulação de uma política de crédito que compreenda avaliação do risco de crédito, fixação dos padrões de crédito, prazo de concessão,

(31)

descontos financeiros por pagamentos antecipados e política de cobrança.

3.4 – Avaliação de Risco

Na análise de risco são levados em consideração alguns critérios.

Um enfoque é o apresentado por Brigham e Weston conhecido como os Cs do crédito: caráter, capacidade, capital, colaterais (garantias) e condições.

O caráter refere-se à disposição do cliente em pagar corretamente o seu crédito. Está relacionado às características da personalidade do cliente, como honestidade, integridade e outras.

Capacidade procura aferir o potencial de geração de recursos do cliente, visando a honrar os compromissos assumidos.

Essa análise é feita por uma retrospectiva do desempenho do cliente, dos padrões gerenciais e outros.

O fator capital, analisado principalmente com base nas demonstrações contábeis em se tratando de cliente-empresa, procura medir os investimentos, o retorno, o endividamento, tipo e natureza dos ativos, além do patrimônio líquido.

A variável garantia avalia os ativos que o cliente pode oferecer como forma de lastrear o seu crédito. Nessa

(32)

análise, também estão inclusas as garantias fidejussórias.

As condições envolvem as conjunturas econômicas e demais variáveis externas que poderão afetar a capacidade de pagamento do cliente.

3.5 – Análise dos Padrões de Crédito

Padrões de crédito são os requisitos de segurança mínimos que devem ser atendidos pelos clientes para que se conceda o crédito.

Certos requisitos como classificação de crédito, referencias de crédito, períodos de pagamento e determinados indicadores financeiros fornecem uma base quantitativa para o estabelecimento e o cumprimento dos padrões de crédito. As variáveis a serem avaliadas quando a empresa está pensando em afrouxar ou arrochar os padrões de crédito são os volumes de vendas, o custo do investimento em duplicatas a receber, o montante de descontos financeiros e as perdas com devedores duvidosos.

As mudanças em vendas e em cobranças operam conjuntamente para produzir maiores custos de manter as duplicatas em carteira, quando os padrões são afrouxados, e menores custos de manter as duplicatas em carteira, quando os padrões são arrochados. A probabilidade (ou risco) de uma conta tornar-se incobrável aumenta, quando os padrões de crédito são afrouxados, e diminui, quando os padrões ficam mais restritivos.

(33)

3.6 – Prazo de Concessão de Crédito

É o período de tempo que a empresa concede aos clientes para pagamento das compras realizadas.

A definição de prazos depende da política adotada pela concorrência, das características e do risco inerentes ao mercado consumidor, da natureza do produto vendido, do desempenho da conjuntura econômica, do atendimento de determinadas metas gerenciais internas, de mercadologia, do prazo do fornecedor e outros fatores.

3.7 – Descontos Financeiros

Desconto é um abatimento no preço de venda efetuado, quando os pagamentos de compras forem feitos à vista ou a prazo reduzido.

Os descontos financeiros são dados objetivando o incremento das vendas atraindo novos clientes ou incentivando volumes maiores de vendas – e, também, a redução de necessidades de caixa através de uma diminuição do prazo médio de cobrança.

Esta política afeta o nível de investimento em valores a receber por supor uma redução das vendas a prazo e o nível das despesas gerais de crédito, principalmente a de devedores duvidosos.

3.8 – Políticas de Cobrança

São os procedimentos utilizados para receber as duplicatas na data do vencimento.

(34)

Os procedimentos básicos são cartas, telefonemas, visitas, uso de agência de cobrança, uso de caixas postais e outros procedimentos adotados pela rede bancária.

A empresa, ao implantar uma política geral de credito, deve preocupar-se com determinadas medidas de controle interno, notadamente relacionadas com custos, despesas e o custo com investimento em valor a receber.

3.9 – Estoques

A administração de estoques deve referir-se à fixação de políticas de compras, critérios de controle e decisão de investimento.

Há diversas classificações para os estoques. Podem-se encontrar mercadorias e produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e embalagens, materiais de consumo e almoxarifado.

Dentro da empresa há pontos de vista diferentes, considerando a escala funcional em relação ao nível de estoque.

As áreas funcionais básicas são financeira, de marketing, de produção e de compra.

Cada área visualiza os níveis de estoque em função de seus próprios objetivos.

(35)

O estoque é um investimento, no sentido de exigir que a empresa aplique o seu dinheiro nele. Uma elevação no volume dos estoques somente será economicamente atraente se o custo do investimento marginal for inferior à redução verificada nos custos provenientes de um maior volume de produção e/ou de aquisição.

Os principais aspectos relacionados com a administração financeira dos estoques são os custos e os riscos.

Custos de capital correspondem aos recursos investidos nos materiais e produtos estocados, nas instalações e nos equipamentos utilizados, na movimentação física e na armazenagem.

Custos de instalações envolvem o valor de locação de galpões, prédios e instalações utilizadas, imposto predial e taxas de serviços públicos, despesas de manutenção, limpeza, iluminação, refrigeração ou calefação, serviços auxiliares, seguro e depreciação (instalações e equipamentos).

Custos dos serviços compreendem dispêndios com mão-de-obra utilizada na recepção, armazenagem, deslocamentos internos e expedição; custos dos registros e controles administrativos; seguro dos estoques.

Riscos de estocagem são os relativos a furtos, deterioração, obsolescência, queda nos preços de mercado e outros. A gestão de estoques é de fundamental importância para a saúde e a sobrevivência da empresa, posto que deve considerar, também, o quanto representa a

(36)

perda de vendas, por eventual falha da gestão de estoques e a provável extensão dos efeitos nocivos multiplicadores.

O calculo do giro ou rotação dos recursos investidos nos estoques fornece uma medida adequada para a avaliação da eficiência na sua gestão.

Este cálculo indica o numero de vezes que os referidos recursos foram renovados em certos intervalos de tempo. Em face dos padrões observados em cada ramo de negócio, estoques com baixa rotação representam fundos ociosos, enquanto um giro alto significa otimização dos recursos investidos.

A fórmula para calcular é: Custo das vendas

Giro dos estoques = --- Saldo médio dos estoques

O custo das vendas corresponde a um valor acumulado durante determinado período. Geralmente o giro é calculado para um ano, porem, o referido período poderia ser menor.

Deve-se adotar o saldo médio dos estoques verificado no mesmo período. A maneira mais adequada para calcular o denominador seria somar o saldo inicial do período aos saldos finais dos meses subseqüentes e dividir o valor total encontrado pelo número de saldos computados.

(37)

As técnicas comumente utilizadas na administração dos estoques são sistema ABC, modelo de lote econômico e ponto de pedido.

O sistema ABC consiste em segregar o estoque em três grupos “A, B e C”. Os componentes do nível “A” são aqueles que requerem maior investimento e o controle deve ser mais intensivo. Estes itens são mais caros e de giro mais lento.

O grupo “B” consiste em maior investimento depois do “A” e esta sujeito a controle menos sofisticado. O grupo “C” corresponde ao maior valor em número de itens, porem de menor investimento e sujeito a controle menos sofisticado.

O modelo de lote econômico é usado para controlar os itens do estoque. Leva em consideração os vários custos operacionais e financeiros e determina a quantidade do pedido que minimiza dos custos totais de estocagem.

Excluindo o custo efetivo da mercadoria, os custos relacionados com estoque podem ser divididos em custo de emissão, custos de manutenção e custos totais.

CT = (O X SQ) + (C X Q2) (1) (2)

Onde:

S = Demanda em unidades por período O = Custo de processar o pedido

C = Custo de manter estoque por unidade por período Q = Quantidade de unidade por período

(38)

O grupo (1) significa o custo de processar o pedido e (2) o custo de manter o estoque.

Derivando a equação do custo total, em relação ao Q, chega-se à fórmula matemática para o Lote Econômico (LE).

LE = √2SOIC

O modelo é muito simplificado e tem deficiências, no entanto oferece condições para o administrador tomar decisões mais acertadas do que se usasse apenas observação subjetiva.

O ponto de pedido é outro fator importante na administração dos estoques. No modelo do Lote Econômico supõe-se que os pedidos sejam recebidos imediatamente, quando o nível de estoque atinja zero. Na pratica, o ponto de pedido precisa levar em consideração o tempo de reposição necessário para colocar e receber pedidos.

O ponto de pedido pode ser definido pela seguinte equação:

Ponto de Pedido = Dias de Espera x Demanda Diário

Esta fórmula baseia-se em suposições de um tempo de reposição fixo e de uma demanda diária fixa.

Os estoques representam valores significativos de recursos, portanto, devem ser bem administrados.

(39)

3.10 – Passivo Circulante

Os passivos circulantes podem ser classificados em passivos de funcionamento e de financiamento.

Os passivos de funcionamento são constituídos por fontes não-onerosas de recursos, geradas espontaneamente pelas atividades operacionais, como fornecedores, salários e encargos sociais a pagar, impostos a recolher, outras obrigações provisionadas.

Os passivos de financiamento são fontes de recursos onerosas por envolverem encargos financeiros, como empréstimos bancários, “hot-money”, “factoring” e duplicatas descontadas.

3.11 – Capital Circulante Liquido (CCL)

As datas dos pagamentos relativas aos passivos circulantes, principalmente os onerosos são previsíveis, enquanto as entradas de caixa provenientes das atividades de produção, vendas e cobrança não o são.

A falta de instantaneidade e sincronização entre essas atividades básicas implica imprecisão e riscos na conversão dos estoques em duplicatas a receber e destas em numerário. O descompasso entre os fluxos de pagamentos e de recebimentos deverá ser coberto pelo CCL.

O CCL pode ser definido e visto de duas formas. Primeira, o CCL é a diferença entre ativos circulantes (AC) e passivos circulantes (PC). Neste caso, pode-se evidenciar que o ativo circulante é financiado pelo

(40)

passivo circulante e pelo capital circulante líquido. Segunda, o CCL é constituído pelo excedente das fontes de recursos de longo prazo sobre os ativos não-correntes. Pode-se afirmar que o CCL é constituído por uma parcela dos empréstimos e financiamentos à longo prazo e por uma parcela do patrimônio líquido.

3.12 – Risco e Retorno

Existe uma relação entre retorno e o risco de uma empresa. O retorno é medido pelo resultado auferido em um determinado período; seja pela singela expressão contábil de “receitas menos custos e despesas”, seja pela concepção de variação de valor da empresa entre dois períodos considerados.

Para fins desta abordagem creditória, o risco pode ser avaliado pela probabilidade de a empresa tornar-se insolvente, isto é, incapaz de pagar suas contas no vencimento.

Uma das formas de se mensurar o risco de insolvência é através do montante de CCL ou do índice de liquidez corrente. Supõe-se que quanto maior o montante de CCL possuído pela empresa, menor o risco de tornar-se inadimplente com relação a créditos recebidos.

Na hipótese de a empresa querer aumentar o retorno é necessário aumentar o risco.

Se pretender reduzir o risco, precisa diminuir o retorno esperado. Os efeitos das alterações dos ativos e

(41)

passivos circulantes são básicos na relação “risco-retorno”.

Quando o índice de “ativos circulantes/ativos totais” aumenta, o risco e o retorno decrescem. A lucratividade é reduzida porque os ativos circulantes são menos rentáveis do que os ativos permanentes. O risco diminui porque, supondo não haver alteração nos passivos circulantes, o aumento nos ativos circulantes eleva o nível de CCL.

Ocorrendo diminuição no índice “ativos circulantes/ativos totais” haverá um retorno maior da empresa, já que os ativos não-circulantes geram maiores retornos do que os ativos circulantes. O risco crescerá, pois o CCL diminui com a redução nos ativos circulantes.

Quando o índice “passivos circulantes/ativos totais” aumenta, a lucratividade e o risco crescem. A lucratividade aumenta devido aos menores custos relacionados com a utilização de mais financiamento a curto prazo e menos financiamento a longo prazo. Com uma redução no índice “passivos circulantes/ativos circulantes” haverá diminuição na lucratividade, porque necessitará de montante maior de financiamentos a longo prazo, os quais são mais dispendiosos do que os de curto prazo.

3.13 – Liquidez

O capital circulante líquido constitui medida estática de folga financeira que a empresa apresenta para liquidar seus compromissos de curto prazo.

(42)

CAPÍTULO IV

CAPITAL DE GIRO PERMANENTE E SEU

FINANCIAMENTO

(43)

A Busca do Equilíbrio Financeiro

Assaf Neto e Silva ponderam acerca do equilíbrio financeiro que “O entendimento de capital de giro insere-se no contexto das decisões financeiras de curto prazo, envolvendo a administração de ativos e passivos circulantes. Toda empresa precisa buscar um nível satisfatório de capital de giro para garantir a sustentação de sua atividade operacional.

O conceito de equilíbrio financeiro de uma empresa é verificado quando suas obrigações financeiras se encontram lastreadas em ativos com prazos de conversão em caixa similares aos dos passivos. Em outras palavras, o equilíbrio financeiro exige vinculação entre a liquidez dos ativos e dos desembolsos demandados pelos passivos.

Segundo este conceito, somente a presença de um CCL positivo não se torna indicador seguro de equilíbrio financeiro. É necessário que se identifiquem nos ativos circulantes às contas de longo prazo (permanente) e as variáveis (sazonais).

Os ativos totais necessários compõem-se, para cada período de planejamento, dos recursos sazonais e fixos do capital de giro e do capital permanente aplicado. Para se manter em equilíbrio financeiro, uma alternativa da empresa é financiar suas necessidades variáveis com dívidas de curto prazo, utilizando os recursos de longo prazo para financiar suas necessidades financeiras permanentes.”

(44)

O equilíbrio financeiro é a obtenção de um nível de capital de giro satisfatório e compatível para a satisfação das obrigações decorrentes da atividade operacional de uma empresa. Isto significa que suas obrigações financeiras estão lastreadas em ativos com prazos de conversão compatíveis com seus respectivos vencimentos.

Para a obtenção do equilíbrio financeiro é necessário que haja vinculação adequada entre a liquidez dos seus ativos e as obrigações decorrentes da estrutura dos passivos.

A busca permanente do estado de equilíbrio financeiro é, em última instância, um dos objetivos básicos a ser alcançado por todo administrador financeiro. O fato de simplesmente existir um CCL positivo, não implica necessariamente na existência de um equilíbrio financeiro. Se as sazonalidades e o CCL mínimo ou permanente, não forem devidamente provisionados, o equilíbrio financeiro poderá estar comprometido, ou, no mínimo, sujeito a imprevisibilidades.

Uma das alternativas mais viáveis para a obtenção do equilíbrio financeiro é financiar a necessidade de recursos sazonais com recursos de curto prazo, e utilizar recursos de longo prazo para financiamento do capital de giro permanente.

Van Horne assinala que a questão do equilíbrio financeiro está vinculada às decisões conjuntas de estrutura de ativo e passivo circulante. Para ele, uma forma de evitar desequilíbrios financeiros diz respeito

(45)

ao fato de precaver-se à incerteza com uma determinada margem de segurança. Segundo ele: “Se a empresa souber com certeza quais são seus futuros fluxos de caixa, será capaz de esquematizar o escalonamento dos vencimentos de suas dívidas de forma a que eles correspondam exatamente à sua programação de futuros fluxos de caixa líquidos. Com isso, os lucros serão maximizados, pois não haverá necessidade alguma de ficar com ativo liquido de baixo retorno ou de ter mais financiamentos à longo prazo do que o absolutamente necessário. Mas, quando os fluxos de caixa estão sujeitos à incerteza, a situação se modifica. Podem-se fazer previsões de caixa para uma faixa de possíveis resultados, associando-se uma probabilidade a cada um deles.

Essas informações permitem que a administração avalie a possibilidade de insolvência técnica e, de acordo com isso, planeja com uma margem de segurança. Quanto maior a dispersão da distribuição de probabilidades dos possíveis fluxos de caixa líquidos, maior a margem de segurança que a administração desejará ter. Supomos inicialmente que a firma não possa tomar emprestado em cima da hora para fazer frente a desembolsos de caixa inesperados. Conseqüentemente, ela só pode ter uma margem de segurança elevando a proporção de ativo liquido e esticando os prazos de seus financiamentos. Ambas as providências afetam a rentabilidade. Na primeira opção, aplicam-se recursos em ativo de baixo retorno; na segunda, a firma pode pagar juros sobre empréstimos em épocas em que não precise de recursos financeiros. Além disso, os financiamentos a longo prazo têm um custo de juros esperado mais alto que os financiamentos a curto prazo.”

(46)

Gitman, apesar de seu convencionalismo, assinala a existência de três técnicas para se obter uma composição adequada de financiamento dos recursos totais demandados por uma empresa: a técnica agressiva, a conservadora e a mista. A técnica agressiva requer o financiamento de necessidades imediatas com recursos de curto prazo e as necessidades permanentes de capital de giro, com recursos de longo prazo. As sazonalidades também são financiadas com recursos de curto prazo por essa técnica. Sob ponto de vista de custo, essa opção implica em ganhos, pois em se tratando de economias estáveis ou mesmo em épocas de normalidade em economias instáveis, as taxas de juros de curto prazo são menores que as de longo prazo. Deixando-se bem clara a existência de exceções conjunturais.

Quanto ao grau de risco, essa opção submete a empresa a um grau de risco maior, pois os recursos que pode obter no curto prazo, têm clara limitação, e, n caso de imprevisibilidades, poderá incorrer em riscos de insolvência.

A técnica conservadora consiste em financiar as necessidades totais de recursos demandados por uma empresa com operações de longo prazo, utilizando-se, excepcionalmente, recursos de curto prazo. Efetivamente, é uma opção de aplicação discutível, vez que, em países de estabilidade monetária, as taxas de juros de longo prazo são mais elevadas que as de curto prazo. Nesse sentido essa técnica acarretaria custos financeiros mais elevados para a empresa. E também deve-se ressaltar o fato de que certas operações realmente não teriam sentido em serem financiadas a longo prazo, com por exemplo a compra de matérias-primas para a produção corrente, que

(47)

são tradicionalmente financiadas por fornecedores e estão inseridas e ajustadas dentro da previsibilidade do ciclo operacional. Também as necessidades sazonais não teriam sentido em serem financiadas a longo prazo pelo seu caráter transitório. A técnica conservadora, embora possa garantir um nível de liquidez bastante seguro, implica claramente em custos maiores e, portanto, em menor rentabilidade.

Na realidade, embora seja bastante discutível, a técnica mista é a mais factível, pois, situada num plano intermediário entre a técnica agressiva e a técnica conservadora, na está nem para a folgada liquidez e baixa rentabilidade desta última, e muito menos para o alto risco e maior rentabilidade da primeira. É uma combinação que procura compatibilizar um nível de liquidez necessário, sem, no entanto, sacrificar a rentabilidade. É uma técnica bastante flexível e extremamente variável em relação à conjuntura, e seu custo é em função da dinâmica evolutiva das taxas de curto e longo prazos. Quanto ao nível de risco, é evidentemente menor que o da técnica agressiva, porém muito maior que o da técnica conservadora.

A utilização das técnicas mais adequadas estará condicionada à especificidade de cada empresa. Devem ser consideradas as seguintes questões: porte da empresa, volume de recursos manipulado, poder de barganha junto às instituições financeiras, perfil e comportamentos dos administradores financeiros e expectativas da diretoria e dos acionistas como fatores condicionantes endógenos. Como fatores condicionantes exógenos podemos citar a conjuntura econômica e as condições gerais e expectativas

(48)

dos agentes econômicos com relação à economia. Os fatores exógenos e endógenos em sua interação podem condicionar, por sua vez, as condições e a qualidade do credito oferecido à empresa.

Outro fator de suma importância que pode condicionar o emprego de uma ou mais técnicas é um fenômeno atípico, que por vezes ocorre na economia brasileira: O fato de em certas conjunturas inflacionarias as taxas de juros de curto prazo estarem mais elevadas que as de longo prazo. Nessa hipótese é evidente que a utilização da técnica conservadora é mais factível e racional. Como esse fenômeno tem caráter atípico e duração transitória, é prudente estar atento para não se fixar demasiadamente na utilização da técnica conservadora, evitando-se assim, uma situação de inércia. É necessário, na realidade, um acompanhamento estratégico sobre qual a melhor técnica a ser utilizada, durante qual período, e em que condições. É interessante não ser mecanicista, e estar sempre atento para dar curso a mudanças de técnica, empregando cada uma, de forma bastante flexível, utilizando-se mais da técnica mista, mas sendo sempre oportunista para tirar proveito da conjuntura.

Van Horne faz uma interessante colocação relativamente às questões do custo dos financiamentos e da oscilação entre as taxas de juros no curto e longo prazos: “Embora as taxas de juros a curto prazo sejam às vezes mais altas que as taxas a longo prazo, em geral elas são mais baixas. Mesmo quando são mais altas, esta situação é provavelmente temporária. Num prazo mais longo seria de se esperar um custo mais alto de juros nos financiamentos a longo prazo, do que nos de curto prazo,

(49)

que são sempre refinanciados no vencimento. Além do mais, o uso de financiamentos a curto prazo, em vez de financiamentos a prazo mais longo, provavelmente permite maiores lucros, pois os empréstimos serão pagos na época em que não se fizerem necessários.”

No Brasil, é possível que a maioria das empresas se utilize da técnica mista e com ampla flexibilidade, dado à velocidade e constância das mudanças conjunturais e, ao “stop and go” inflacionário, e à sucessão de planos econômicos, que se alternam na tentativa de combate ao processo inflacionário crônico. A oscilação das taxas de juros provoca comportamentos ora agressivos, ora defensivos por parte das empresas na administração de seus recursos financeiros.

Para as empresas que possuem excedentes de caixa e boa liquidez, ou manipulam grandes volumes de recursos, o investimento em disponibilidades, especificamente aplicações financeiras de curto prazo, em muitos casos e em diversas situações torna-se uma opção bastante atrativa, em função de uma política monetária que tem operado com altas taxas de juros, ora utilizada para renegociar a dívida interna, ora para produzir choques monetários e provocar queda da atividade econômica, na tentativa de estancar o processo inflacionário.

4.1 – Empréstimos Para Capital de Giro

São as operações tradicionais de empréstimo vinculadas a um contrato especifico que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendem às necessidades de capital de giro das empresas.

(50)

O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e necessidades das partes.

O capital de giro é um fator crucial n dia-a-dia da tesouraria de uma empresa. Adequá-lo às necessidades qualitativas e quantitativas, bem como otimizar seu custo de oportunidade entre as inúmeras formas de financia-lo, pode representar a diferença entre a liquidez e a insolvência.

A rede de bancos comerciais possui uma serie de produtos destinados ao financiamento de capital de giro das empresas, diferenciados principalmente pelos seguintes fatores:

a. prazos;

b. taxas (custo); c. tributação; d. garantias;

e. critérios operacionais de cada banco:

concentração de crédito com clientes, garantias exigidas, etc.;

f. restrições impostas pelo Banco Central do

Brasil;

g. capacidade de forma de obtenção de funding.

As principais fontes e mecanismos de financiamento de capital de giro, são:

Commercial Paper Factoring

Debêntures Export Note

(51)

Forfaiting Pagaré Mercado de Opções Sale lease-back Sistema BNDES Vendor Hot Money Desconto de Duplicatas Contas Garantidas

Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas em geral numa relação de 120 a 150% do principal emprestado. Nesse caso, as taxas de juros são mais baixas. Quando a garantia envolve outras garantias, com aval, hipotecas e notas promissórias, os juros são mais altos.

Nos grandes bancos, os contratos podem ter características informais como “garantia” de crédito para as empresas que optam por dar algum tipo de reciprocidade aos bancos, como, por exemplo, manter sobra de caixa aplicada em Fundo de Curto Prazo.

Os empréstimos contratados com encargos pré-fixados são realizados com prazo de até 90 dias, sendo mais freqüentes os concedidos por prazos inferiores a 30 dias, chamados hot-money, cuja tradução é dinheiro quente. Neste caso, é comum o empréstimo por apenas um dia. Os encargos cobrados correspondem a juros mais IOF (pois o prazo é inferior a 30 dias).

Nunca devemos nos esquecer que em toda operação financeira de saque incide o CPMF.

(52)

A caracterização das operações de capital de giro com encargos pós-fixados é a mesma feita para os encargos pré-fixados. Apenas prazo é maior, superior a 120 dias.

Como todas as operações pós-fixadas, os juros contratuais são calculados com base no principal (ou saldo devedor) corrigido por um dos vários indexadores atualmente utilizados, entre os quais o IGPM, a TR e a variação cambial, ou por um indexador qualquer criado por um órgão estatal ou por uma entidade privada, como é o caso da UR (Unidade de Referência), utilizada para corrigir as prestações do FINAME e POC, cuja variação mensal é calculada com base na TJPL (Taxa de Juro de Longo Prazo).

Os planos de pagamentos podem ser os mais diversos: em uma única prestação (principal corrigido mais juros pagos no final) ou em prestações iguais ou variáveis, mensais, trimestrais ou semestrais.

(53)

CAPÍTULO V

(54)

Índices de Liquidez

Uma das formas mais comumente utilizadas para se analisar grau de liquidez e risco de uma dada empresa é o seu volume de CCL. Quanto maior sua magnitude, maior a margem de segurança e menor o grau de risco. Entretanto, para análises e conclusões mais razoáveis, o CCL isoladamente é insuficiente, sem uma verificação mais analítica quanto aos seus elementos constitutivos. As empresas possuem sua singularidade própria e condições específicas, que muitas vezes escapam aos olhos dos mais argutos analistas. Políticas de compra e estocagem, condições de fornecimento de crédito a clientes, ciclo e condições de produção, e política de vendas e cobrança são muitas vezes específicos de cada empresa, em função de suas condições particulares de posicionamento em seu ramo de atividade.

Os ciclos financeiros diferentes produzem uma sincronização diferenciada entre pagamentos e recebimentos de uma empresa. Em outras palavras: cada empresa possui seu próprio fluxo de caixa que atende às suas particularidades operacionais.

Existem empresas que embora apresentem um CCL baixo e até mesmo negativo, no entanto tem boa liquidez. Por outro lado, pode-se encontrar empresas com um CCL elevado, que estejam convivendo com dificuldades de caixa, devido, pr exemplo, a um baixo índice de giro de duplicatas a receber.

Ao se analisar a liquidez de uma empresa é necessário não se limitar apenas à verificação do volume

(55)

do CCL. Verificar a sua estrutura, natureza e qualidade é tarefa indispensável para se auferir com exatidão a liquidez e o grau de solvência de uma empresa. É muito importante observar a sincronização entre pagamentos e recebimentos; o giro de duplicatas a receber; o volume de devedores duvidosos ou taxa de inadimplência; o índice de rotação de estoque, e o índice de rotação de duplicatas a pagar, e outros inúmeros índices igualmente importantes, como veremos a seguir. Em outras palavras, é necessário identificar a estrutura do CCL, quanto à quantidade e liquidez de seus elementos constitutivos.

O primeiro índice que abordaremos é o índice de liquidez imediata – ILI, cuja formula é:

disponível --- passivo circulante

Esse índice demonstra a capacidade de liquidação dos compromissos correntes, com a utilização das disponibilidades. Quanto maior a sua magnitude, maior será a capacidade da empresa em saldar seus compromissos apenas com recursos de caixa. Isso significa que a empresa poderá estar utilizando-se da técnica conservadora, assinalada por Gitman. É comum também as empresas que atuam no ramo de supermercados, a existência de expressivos índices de liquidez imediata, devido ao seu ciclo financeiro contemplar a existência de compras a prazo e vendas a vista. Pode significar também aversão ao risco por parte dos administradores financeiros da empresa.

(56)

Outra hipótese a ser considerada é a propensão oportunista da empresa se voltar para as aplicações financeiras de curto prazo, aproveitando as elevadas taxas de juros decorrentes de inúmeras ocasiões de picos de crise na economia brasileira.

Outro índice bastante utilizado é o de índice de liquidez seca – ILS, cuja fórmula é:

ativo circulante – estoques – despesas antecipadas --- passivo circulante

Esse índice mede a capacidade de liquidação dos passivos correntes com a utilização dos ativos monetários e maior grau de liquidez, basicamente disponibilidades imediatas e duplicatas a receber. Os estoques são excluídos, por se tratarem de valores que, para sua conversão, passam necessariamente pelo processo de venda. As despesas antecipadas também são excluídas, porque constituem um artifício contábil.

A critica que se faz a esse índice, é o fato de ele não considerar a existência de empresas com altos índices de rotação de estoques, ou seja, a alta capacidade em termos de velocidade de conversão de estoques em itens monetários, que é menosprezada pelo seu critério de cálculo.

(57)

O índice de liquidez corrente, cuja fórmula é:

ativo circulante ILC = --- passivo circulante

O ILC indica para cada unidade monetária de dívida de curto prazo, o quanto a empresa possui em seu ativo circulante. Esse índice nada mais é do que a própria expressão do CCL.

Deve-se aprofundar sua utilização mediante a análise de sua estrutura e grau de liquidez de seus elementos constitutivos, para se verificar a existência de sincronização, conforme já assinalamos.

Ludícibus também tem restrições quanto à utilização aleatória desse índice: “É preciso considerar que no numerador estão incluídos itens tão diversos como: disponibilidades, valores a receber a curto prazo, estoques e certas despesas pagas antecipadamente. No denominador, estão incluídas as dívidas e obrigações vencíveis a curto prazo.

No ILC é preciso, com de resto para muitos outros índices, atentarmos para o problema dos prazos dos vencimentos das contas a receber e das contas a pagar. Por outro lado, a inclusão dos estoques no numerador pode diminuir ainda mais a validade desse índice, como indicador de liquidez. Suponha que a empresa normalmente demore 90 dias para receber suas vendas a prazo. Se os estoques levarem 120 dias para serem vendidos, teremos um índice de validade reduzida.”

(58)

Para Assaf Neto & Silva, “É importante ratificar que o capital circulante líquido por si não é um indicador incontestável para se conhecer a situação de curto prazo de uma empresa, pois engloba, sem qualquer ponderação, contas de giro com diferentes níveis de liquidez.”

(59)

CONCLUSÃO

Para ser competitiva, bem-sucedida, capaz de conviver com as oscilações do mercado e diferenciar-se em meio a uma concorrência cada vez mais acirrada, uma empresa precisa ter, antes de tudo, saúde financeira. Tornar ou manter a organização saudável exige uma preocupação permanente com vários aspectos essenciais, mas, sobretudo, com os de finanças.

O capital de giro é a exigência que os empresários subestimam com mais freqüência, quando buscam fundos para financiar um novo negócio. O capital de giro, no entanto, constitui muitas vezes uma surpresa para o empresário, que provavelmente espera desenvolver um produto que o mercado aceitará de imediato e pelo qual será pago um prêmio substancial. Esse prêmio, acredita o empresário, levará a altas margens de lucro, que vão, então, “financiar” todas as outras necessidades da empresa. Por mais ingênuo que esse ponto de vista possa parecer, ele é comum entre os fundadores menos experientes de novos negócios.

A administração do capital de giro é uma atividade diária que visa assegurar à empresa recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções que possam representar um alto custo. Em qualquer tipo de empresa, é preciso aprofundar-se no acompanhamento e na análise de capital de giro, que tem seu ritmo padrão de velocidade e produz resultados; precisa ser regularmente alimentado; é flexível, porém tem limitações; se bem gerenciado e monitorado, produzirá frutos por longo tempo, mas se for sobrecarregado ele deixará de cumprir

(60)

sua função; e deve ser utilizado de maneira eficiente, racional e respeitosa, do contrário, conseqüências prejudiciais advirão.

O capital de giro alavanca ou impede o crescimento da empresa, consoante sua composição e os prazos de realização das contas. Examinar atenciosamente cada um dos itens que o compõe, de forma contínua (e não esporádica), é primordial para o administrador. O ideal é que seja composto prioritariamente por itens a receber de rápida conversão em moeda. Quanto aos itens a pagar, o raciocínio é inverso, isto é, o ideal é que os prazos sejam maiores, desde os passados pelos fornecedores até pelos bancos.

O capital de giro líquido ao longo dos anos, em moeda estável, deverá ter crescido em proporção maior do que o total de seus ativos.

Uma das principais características observadas em empresas sólidas e duradouras é o profundo e arraigo espírito de austeridade presente nos funcionários e dirigentes da organização. Parece incoerente empresas prósperas e lucrativas lutarem para economizar algumas “moedas”, mas na verdade não é. Ao contrário, esse é um dos fatores que explica a rentabilidade e a longevidade dessas organizações.

A prevenção é sempre o melhor remédio. Por isso, deve-se:

Dar a devida importância aos pequenos ferimentos;

(61)

Acompanhar a reação do mercado;

Esclarecer a situação da empresa e os riscos reais;

Investir no time gerencial;

Identificar os custos fixos e indiretos; Ser realista;

Se necessário, aplicar um orçamento base zero;

Conferir sempre os indicadores-chaves;

Não encarar uma situação de crise com um período catastrófico, mas como um desafio.

Por isso, o planejamento financeiro é o primeiro mandamento a ser seguido por uma empresa que pretende se manter saudável. É fundamental ter um fluxo de caixa equilibrado, rentabilidade, baixa inadimplência e adotar um controle rigoroso das despesas.

(62)
(63)
(64)

BIBLIOGRAFIA

ARCHER, S.A. et alli. Financial Management and

Introduction. New York, John Wiley & Sons, 1979.

BRAGA, Roberto. Fundamentos e Técnica de Administração Financeira. Ed. Atlas, 1994.

BRIGHAN, Eugene F. e Weston, J. Fred. Administração

Financeira das Empresas. Ed. Interamericana, Rio de

Janeiro, 1979.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. Ed. Harbra Ltda. SP, 1987.

LAROSA, Marco Antonio. Como Produzir uma Monografia, Passo a Passo. Ed.Wak Ltda. RJ, 2003.

MARTINS, Eliseu e neto, Alexandre Assaf. Administração

Financeira. Ed. Atlas, SP, 1991.

NETO, Alexandre Assaf. Estrutura e Análise de Balanço. Atlas, SP, 1987.

ASSEF, Roberto. Administração Financeira para Pequenas

E Médias Empresas. Ed.Campus, RJ, 2003.

(65)

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I 11

ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 11

CAPITAL DE GIRO 12 1.1 – Importância 12 1.2 – Conceito 13 CAPÍTULO II 18 CICLO OPERACIONAL 18 2.1 – Fases operacionais 20 CAPÍTULO III 27

COMPONENTES BÁSICOS DO CAPITAL DE GIRO 27

3.1 – Ativo Circulante 28

3.2 – Caixa e Títulos Negociáveis 29

3.3 – Duplicatas a Receber 30

3.4 – Avaliação de Risco 31

3.5 – Análise dos Padrões de Crédito 32

3.6 – Prazo de Concessão de Crédito 33

3.7 – Descontos Financeiros 33

3.8 – Políticas de Cobrança 33

3.9 – Estoques 34

3.10 – Passivo Circulante 39

3.11 – Capital Circulante Líquido (CCL) 39

3.12 – Risco e Retorno 40

3.13 – Liquidez 41

CAPÍTULO IV 42

CAPITAL DE GIRO PERMANENTE E SEU FINANCIAMENTO 42

A BUSCA DO EQUILÍBRIO FINANCEIRO 43

4.1 - Empréstimo para Capital de Giro 49

CAPÍTULO V 53

ÍNDICES DE LIQUIDEZ 53

(66)

ANEXOS 62 BIBLIOGRAFIA 64 ÍNDICE 65

(67)

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Finanças & Gestão Corporativa Pós-graduação “Lato Sensu”

A importância do Gerenciamento do Capital de Giro Autor: Cristiane Machado da Silva

Orientador: Marco Antonio Larosa

Data da Entrega: 22/07/2004.

Auto Avaliação: Como você avaliaria este livro?

____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ __________________________________________________________. Avaliado por: __________________________________________. Grau: _____________________. __________________, ___ de _____________ de ____.

Referências

Documentos relacionados

Sérgio Nunes Computadores e Redes de Comunicação 24 Funções Básicas Entrada e Saída Controlo Armazenamento Processamento...

Concluiu-se que, no Poder Legislativo do Estado do Amazonas, A LRF não modificou de modo significativo o patamar dos percentuais de despesas com pessoal em relação à

Deverão ser entregues com o servidor todos os manuais, cabos de energia, fibras óticas de 15 (quinze) metros para interligação com o storage para todas as portas das

1) A prevalência da doença cárie em crianças de 0 a 36 meses de idade de creches municipais da cidade de Joinville – SC foi de 59,6%, havendo diferença

PROPOSTA DE ESTABILIZAÇÃO DE TRECHO DA ENCOSTA OCUPADA PELA COMUNIDADE SANTA CLARA, JOÃO PESSOA

O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da FIESP desenvolve um estudo comparativo das taxas de juros aplicadas pelos grandes bancos de varejo

Foram obtidos os espectros de fotoluminescência de carvOes naturais e de grafite policristalino (o monocristalino não exibiu este efeito). Foi seguida a evolução

* movimento de articulação dos joelhos acionado automaticamente no momento da elevação das costas, para que o paciente não deslize apoiada sobre quatro rodízios de no mínimo