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Florestas. Texto originalmente extraído da URL: INTRODUÇÃO

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Academic year: 2021

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Florestas

Texto originalmente extraído da URL: http://www.infocefet.hpg.com.br/florestas.html

INTRODUÇÃO

A floresta cobre cerca de 30% da superfície terrestre. É aí (e na camada superior dos mares) que se realiza a fotossíntese de que depende a vida: produção de oxigênio a partir do dióxido de carbono.

Além desta indispensável função, a floresta é ainda uma fonte de riqueza para o homem: fornece madeira, resina, celulose, cortiça, frutos, bagas, é abrigo de caça, protege o solo da erosão, acumula substâncias orgânicas, favorece a piscicultura, cria postos de trabalho, fornece materiais para exportação, melhora a qualidade de vida.

A camada vegetal da Terra apresenta zonas claramente diferenciadas, dos Pólos ao Equador. No entanto, as mais extensas são as florestas.

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ZONAS DE VEGETAÇÃO DA TERRA

Devido à diferença de temperaturas e de precipitação atmosférica, embora também influam a composição do solo e outros fatores, existem tipos de vegetação distribuídos por zonas distintas. Assim: a floresta de coníferas, a floresta de árvores de folhas caducas (as duas juntas formam a floresta mista) e a selva. Há ainda a região dos gelos, a tundra, o deserto, a estepe e a savana, que são zonas onde não há florestas.

Nas tundras do Ártico não podem crescer árvores porque a terra está completamente gelada durante quase todo o ano e, mesmo na época mais quente, só a camada superficial degela. Um pouco mais ao sul surgem as florestas de coníferas (abetos e pinheiros). O solo é aquecido e durante uma boa parte do ano a terra fica livre de gelo, por isso as raízes das árvores podem penetrar no solo. Ao sul da zona de coníferas, nas regiões temperadas do hemisfério norte, estende-se a floresta das árvores de folhas caducas, de uma cor verde viva. Existe nela mais variedade de espécies do que na anterior. A floresta mista é também um gênero comum na Europa.

Nas zonas tropicais, onde as chuvas são abundantes durante todo o ano, surge a selva, nas regiões equatoriais, tanto na Ásia, como na África e na América. Esta é uma floresta permanentemente verde, com imensa vegetação e uma variedade enorme de espécies. As copas das árvores são tão espessas e frondosas que formam uma camada quase impenetrável. Isto é conseqüência de uma precipitação anual de 2000 a 4000 mm. Ao escalar uma grande montanha, à medida que se sobe até ao cume, encontramos também paragens correspondentes às grandes zonas de vegetação da Terra: floresta no sopé, selva tropical se a montanha for nos trópicos, de folha caduca se for mais a norte; floresta de coníferas a seguir; depois a tundra gelada; e finalmente, no alto, as neves perpétuas.

Floresta - Selva

O AMBIENTE NAS FLORESTAS

Cada tipo de floresta forma um ambiente uniforme, criando um sistema ecológico onde vivem animais e plantas numa relação de dependência mútua entre si e com o ambiente.

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Vejamos dois tipos de floresta: a mista de coníferas e árvores de folha caduca, comum na Europa, e a selva.

Na floresta mista, sob as árvores (o estrato arbóreo): abetos, pinheiros, faias, carvalhos e outras espécies, existe um estrato arbustivo de buxos, zimbros e outros arbustos e árvores jovens. Mais junto ao solo surge o estrato herbáceo, de vegetação rasteira, e há ainda uma camada inferior, de musgos, líquenes e fungos. Existem aqui animais de diversas espécies: caça grossa - corças, cervos e caça miúda - texugos, lebres, roedores. São também habitadas por muitos pássaros e insetos, que aqui encontram alimentação abundante e abrigo.

Na selva as condições são diferentes. As copas das árvores formam camadas quase impenetráveis aos raios de sol e, portanto, a vegetação de nível herbáceo do solo é pobre. A própria terra é demasiado escura para que se possa desenvolver uma vegetação semelhante à da floresta mista.

Em troca, a maior parte das plantas pequenas, como fetos e lianas, enrosca-se nos troncos das árvores ou vivem mesmo sobre as copas. O número de animais maiores é reduzido, mas há um grande número de animais inferiores, sobretudo na camada intermediária: roedores e répteis. Os macacos vivem mais acima e as aves habitam nas copas das árvores. Há muitíssimos insetos em todos os níveis.

A AÇÃO DO HOMEM

As florestas sempre tiveram grande importância material para o homem: proporcionavam-lhe caça, frutos silvestres e raízes, combustível para o fogo e madeira para as suas construções, desde tempos muito antigos.

DESTRUIÇÃO DA FLORESTA

A expansão da cultura humana foi o começo da exterminação das florestas. O homem começou a abater florestas para ganhar espaço para a agricultura e os pastos e para tirar madeira para pequenas construções. Continuou a fazê-lo para obter dinheiro com a venda da madeira e para outros fins igualmente lucrativos. Por outro lado, os descuidos, tais como queimadas descontroladas, fogueiras ou beatas mal apagadas, têm levado a incêndios que destroem grandes zonas florestais.

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Até há pouco tempo o homem não tinha compreendido a grande importância da floresta no equilíbrio natural, na regulação das chuvas, na proteção do solo. Por isso não se preocupou com a progressiva deflorestação.

REFLORESTAMENTO

Ultimamente tem-se compreendido que a floresta constitui uma valiosa fonte de riqueza natural e, portanto, procura-se cuidar dela:

 evitando os incêndios - limpam-se os terrenos; proíbem-se fogueiras; aconselha-se mais cuidado com as queimadas, que nunca devem ser feitas de manhã; fazem-se campanhas publicitárias que alertam para o perigo dos cigarros mal apagados; põem-se guardas florestais a vigiar; aumentam-se os meios de combate aos incêndios...

 reflorestando - plantam-se novas árvores depois do corte das velhas, trata-se delas e protegem-se dos animais daninhos; são geralmente árvores jovens criadas em viveiros, partindo de sementes selecionadas, de acordo com os modernos métodos de silvicultura...

 fazendo uma exploração racional das florestas .São estas três linhas de ação paralelas que as autoridades competentes da maioria dos países se esforçam por desenvolver para proteger esse bem indispensável à vida humana.

A Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica estende-se por 9 países. São 5.000.000km2 de floresta tropical com clima quente e úmido e temperatura média anual em torno de 26º. É muito comum na

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região os períodos de chuva provocados em grande parte pelo vapor d'água trazido do leste pelos ventos.

A Amazônia Brasileira ocupa a região norte do país e abrange cerca de 47% do território nacional. Mas a chamada Amazônia Legal é maior ainda. Ela abrange os estados do Amazonas, Amapá, Acre, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2.

Em apenas um hectare da Floresta Amazônica - uma área que corresponde a um quarteirão na cidade - podemos encontrar de 100 a 300 espécies diferentes de árvores. Para se ter uma idéia da riqueza da região basta comparar com as floresta do sul do Brasil na qual para cada hectare há apenas cerca de dez espécies de árvores. Quanto aos animais a variedade também é surpreendente. Só de peixes, os rio amazônicos abrigam cerca de 1.700 espécies. A essa quantidade e variedade de plantas e animais existentes numa região chamamos de biodiversidade que vem a ser a maior riqueza das florestas tropicais.

A Amazônia não é apenas a maior floresta tropical do mundo. Um estoque de biodiversidade sem igual em todo o planeta, com várias espécies animais vegetais ainda desconhecidas. É também o local escolhido por 20 milhões de pessoas para viver. Portanto, qualquer solução para a Amazônia precisa passa necessariamente pela busca por soluções economicamente e ecologicamente viáveis. O Greenpeace tem atuado na Amazônia desde 1992. A partir de 1999, a proteção da floresta e a busca por soluções para o desenvolvimento da região vai ser uma prioridade global do Greenpeace. Aqui você vai encontrar informações atualizadas sobre a campanha e saber como colaborar.

Floresta de Terra Firme

A Floresta de Terra Firme ocupa a maior parte da bacia amazônica, em planaltos poucos elevados - 60-200m - , planos ou pouco ondulados e se acha fora da influência direta dos rios. Por isso, nunca sofre inundações.

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Em alguns locais, como no norte do Baixo Amazonas, prevalece amplamente uma só espécie como a castanheira-do-pará. Porém, é uma exceção. Em geral, na vegetação silvestre e de grande porte da Floresta de Terra Firme não se destaca nenhuma uma espécie vegetal. Há entre 5 e até 15 espécies mais comuns, com muitas espécies raras.

Em 200 milhões de hectares inventariados em terra firme, foram achadas 400 espécies de árvores com diâmetro superior a 25 cm, com densidade equivalente a 117 árvores/hectare. Porém, as árvores tendem a manter-se mais ou menos delgadas devido à disputa pela luz: poucas ultrapassam 100 cm de diâmetro. Só a samaúma e o pequi chegam a alcançar 350 cm.

Nas áreas de formação mais aberta, com espaçamento maior e altura menor; penetra mais luz e o resultado é que arbustos e cipós aumentam de dimensão e o chão se faz mais coberto de ervas. De vez em quando, uma árvore gigante aparece. Em geral, palmeiras como o babaçu e a bacaba. Há ainda uma terceira modalidade da mesma floresta com cipós ou lianas, principalmente entre Marabá e o rio Xingu.

É na Floresta de Terra Firme que encontramos um grande número de madeiras nobres com grande valor no mercado com o mogno, o cedro, os louros diversos, os angelins, o acapu, a macacauba, a sucupira o freijó entre outros.

Manejo Florestal Integrado em Florestas Tropicais na Amazônia - IBAMA

O desflorestamento na Amazônia traz consigo perigos sérios para o equilíbrio regional e mundial no que se refere à água, à energia e ao CO2.

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Coloca em perigo ecossistemas únicos no planeta, a biodiversidade e espaços vitais humanos. As razões do desflorestamento são sobretudo a criação de extensos pastos, extração ilegal de madeira e formas de agricultura não adequadas para a região. Técnicas agroflorestais sustentáveis na floresta tropical como praticadas por indígenas, seringueiros e coletores de noz-do-pará, investigadas em campos de teste ou conhecidas de outros países, não podem ser aplicadas diretamente em outras regiões da Amazônia.

O governo brasileiro segue atualmente a estratégia de declarar cerca de 40% da Amazônia em diferentes categorias de Proteção Ambiental propriedade do Estado. Além dos Parques Nacionais são as Florestas Nacionais (FLONAS) e as Reservas Extrativistas (RESEX) que devem servir de modelo para o manejo sustentável de recursos naturais. Mas mesmo na Floresta Nacional Tapajós que já foi declarada FLONA 15 anos atrás, o plano de manejo, desenvolvido com apoio da FAO, ainda não foi realizado.

A discussão na sociedade civil nacional e internacional sobre as conseqüências ecológicas, sociais e econômicas da destruição das florestas melhorou as condições básicas para um manejo sustentável das florestas. Isso também fez com que o governo brasileiro reconhecesse a urgência de medidas de proteção.

O projeto Manejo Florestal Integrado em Florestas Tropicais na Amazônia ainda está na fase de preparação. Os executores são o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Ministério do Meio Ambiente - MMA.

Objetivo do Projeto

Mediante o projeto deve ser apoiada uma transformação do setor florestal na Amazônia para promover um manejo sustentável e legal das florestas.

O projeto deve promover três estratégias:

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2.Apoiar 20 a 30 iniciativas promissoras que pratiquem manejo agroflorestal nas suas terras

3.Aplicar e controlar a legislação florestal existente em duas regiões selecionadas nos Estados do Amazonas e do Pará.

As experiências adquiridas durante o projeto devem ser aproveitadas para a política florestal.

A duração total do projeto será de 1990 a 1996.

Responsáveis:

Coordenador da GTZ no Brasil: o projeto ainda não está em andamento. Divisão Brasil (GTZ Alemanha): Dra. Regine Schönenberg;

Fone: 0049-6196-796248;

Correio eletrônico: Regina.Schoenenberg@gtz.de

Divisão Técnica (GTZ Alemanha): Sra Berken Feddersen;

Fone: 0049-6196-791204

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Congresso Nacional:

"Não deixe nossas florestas virarem pó! Vitória parcial - A luta continua

Na noite do dia 17 de maio, o Colégio de Líderes do Congresso Nacional, prevendo o desgaste político e a derrota da proposta Michelletto na votação em plenário do Congresso Nacional, cancelou a votação dos projetos para alteração do Código Florestal e no último e em 27 de maio o presidente FHC editou uma nova Medida Provisória que altera o Código florestal tendo agora como base o texto apresentado Conama e com a participação da sociedade civil e setores produtivos na sua elaboração. Também foi definida mais uma vez a formação de uma câmara mista com a responsabilidade de elaborar novamente uma proposta para alteração do Código Florestal. A sociedade civil teve uma grande vitória contra a bancada ruralista que preferiu sair de cena a continuar perdendo espaço e credibilidade junto à população e ao Congresso Nacional (veja pesquisa do Instituto Vox Populi). Sem dúvida, a enorme pressão pública foi o que fez a diferença neste cenário.

Não podemos permitir agora que o assunto caia no esquecimento. Ao contrário, precisamos acompanhar atentamente os trabalhos da nova câmara mista, inclusive sua

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composição. A bancada ruralista aposta exatamente na desmobilização nacional novamente tentar a aprovação de um projeto que permita a destruição de nossas florestas em nome de um “falso desenvolvimento” baseado na monocultura da soja e da pecuária extensiva em regiões como a Amazônia, que comprovadamente não é adequada para isso. O enfoque agora é a oposição ao desmatamento de nossas florestas e a luta em favor de uma nova proposta de Código Florestal que efetivamente proteja nossas áreas florestais e seus diferentes ecossistemas dos interesses individuais e sombrios de pecuaristas e ruralistas. Vamos mostrar aos nossos governantes que continuamos de olho no que acontece no nosso país e que não vamos baixar a guarda frente aos interesses de alguns poucos. "

Referências

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