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Rev. esc. enferm. USP vol.22 número2

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Academic year: 2018

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O PACIENTE DE U N I D A D E DE TERAPIA INTENSIVA E A

PERCEPÇÃO DOS CUIDADOS DE HIGIENE CORPORAL*

Cilene Aparecida Costardi Ide**

I D E , C . A . C . O paciente de unidade de terapia intensiva e a percepção dos cuidados de higiene corpo-ral. Rev. Esc. Enf. USP, S a o Paulo, 22(2):151-157, ago. 1988.

Neste estudo foram analisados aspectos relacionados à maneira como pacientes críticos percebem, vivenciam e avaliam o atendimento à necessidade de higiene corporal enquanto internados numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

U N I T E R M O S : Unidade de Terapia Intensiva. Higiene corporal. Assistência de enfermagem.

I N T R O D U Ç Ã O

Este t r a b a l h o teve c o m o objeto de investigação o paciente crítico, sujeito à dinâmica da Unidade de Terapia Intensiva ( U T I ) , com a integridade física c o m p r o m e -tida pelos diferentes artefatos terapêuticos, e sua percepção sobre a necessidade e a prática dos cuidados de higiene corporal.

Representou, antes de mais n a d a , a crença na validade da assistência intensiva, bem c o m o a certeza, e m b a s a d a em alguns anos de vivência, de q u e , graças à dedica-ção de u m a equipe que convive continuamente com a vida e a m o r t e , e com o estres-se físico e emocional, muitos doentes, apesar de t o d o o sofrimento decorrente do t r a t a m e n t o , tiveram mais do que a saúde recuperada e a vida m a n t i d a .

Por o u t r o l a d o , representa, t a m b é m , um m o m e n t o de reflexão sobre se a preo-cupação com t o d o arsenal tecnológico característico de u m a UTI e o exercício das atividades administrativas ou das médico-delegadas estarão afastando a enfermeira da assistência direta ao paciente critico, fazendo-a relegar toda o p o r t u n i d a d e de c o n t a t o e interação com o doente, inerente à prestação de cuidados corporais, prin-cipalmente a o atendimento da necessidade de higiene corporal, atividade de sua to-tal responsabilidade. Na medida em que esta é relegada a segundo plano, inúmeros e constantes agravos á integridade e bem estar dos doentes podem ocorrer, quer por omissão quer por inadequação qualitativa ou quantitativa desses cuidados.

Tal atitude da profissional p o d e determinar modificações no hábito de higiene corporal d o paciente crítico, possivelmente devidas a três fatores.

O primeiro deles decorre d o paciente depender totalmente da equipe de enfer-magem para a satisfação dessa necessidade; sua situação de a c a m a d o é agravada pe-lo c o m p r o m e t i m e n t o físico conseqüente tanto da debilidade física q u a n t o da presen-ça dos diferentes procedimentos invasivos no t r a t a m e n t o intensivo.

* Resumo da Dissertação de Mestrado apresentada á Escola de Enfermagem da U S P , 1984.

(2)

O u t r o fator a influenciar os hábitos higiênicos desse indivíduo relaciona-se à execução e avaliação da assistência; na prática, predomina u m a atitude d o m i n a d o r a da equipe, que estabelece h o r á r i o , ritmo e freqüência desses cuidados, limitando, as-sim a possibilidade d o próprio paciente executar as atividades que queira, sa.iba e possa fazer.

O terceiro fator a ser considerado refere-se à percepção desse atendimento pelo paciente crítico, ou seja, à maneira c o m o ele sente e vivencia a necessidade e a práti-ca de tais cuidados na U T I .

A partir dessas considerações, fomos motivadas a conhecer c o m o u m a pessoa gravemente enferma, repentinamente admitida a u m a unidade desconhecida e fecha-d a , com a sua integrifecha-dafecha-de física comprometifecha-da pela presença fecha-de fecha-drenos, sonfecha-das, ar-tefatos e aparelhos desconhecidos, se sente sendo assistida por estranhos; qual o sig-nificado, para esse doente, de se t o r n a r dependente, de ter a sua intimidade violada num ambiente pouco privativo, de ter os seus hábitos higiênicos modificados segun-do as rotinas e a dinâmica da U T I .

O presente estudo teve, p o r t a n t o , c o m o objetivos:

— detectar a percepção d o paciente de UTI q u a n t o aos cuidados de higiene corporal prestados pela equipe de enfermagem;

— identificar possível associação entre a percepção do paciente de UTI quanto aos cui-dados de higiene corporal e as variáveis sexo, idade e nível quantitativo de procedi-mentos invasivos inerentes ao seu t r a t a m e n t o .

M E T O D O L O G I A

Foram selecionados 45 pacientes adultos, de a m b o s os sexos, que permanece-ram conscientes, internados na UTI pelo menos por 36 horas e que, após a alta dessa unidade, ainda continuaram hospitalizados. Tais doentes foram entrevistados, após consentimento, no segundo dia de permanência na unidade de internação.

R E S U L T A D O S E C O M E N T Á R I O S

Caracterização da população

Os resultados obtidos retrataram uma população com predominância masculi-na ( 6 4 , 4 % ) , n u m a faixa etária relativamente elevada, pois 8 4 , 5 % tinham mais de 50 a n o s . O nível de instrução predominantemente foi baixo, com a maioria tendo cur-sado somente o p r i m á r i o . Q u a n t o à forma de p a g a m e n t o houve equilíbrio, pois 5 1 , 0 % do g r u p o foi constituído por pacientes particulares e os outros 4 9 , 0 % por conveniados, incluindo os dependentes do I N A M P S .

Detectou-se, t a m b é m , predominância dos pacientes admitidos para t r a t a m e n t o clínico (62,2%) sobre os cirúrgicos. Vale acrescentar que o primeiro grupo foi cons-tituído basicamente de portadores de afeccões cardíacas e o segundo, de doentes em pós-operatório de cirurgias abdominais e vasculares.

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quantitati-vas detectadas coincidem com a suposição de que as c o n d u t a s utilizadas nos pacien-tes clínicos são menos invasivas, limitando-se, p r e d o m i n a n t e m e n t e , a punções per-cutâneas (53,3%) e ao uso de aparelhos ( 5 1 , 1 % ) . Entré os pacientes cirúrgicos foi expressivamente maior a presença de outros procedimentos tais c o m o : incisões, em todos eles, assim c o m o a utilização de sonda ( 3 5 , 6 % ) .

C o n t u d o , a agressão física foi constante em t o d o s , pois foi de 4 a média, o m o -do e a mediana -dos procedimentos invasivos a que foi submeti-do cada paciente.

Constatou-se, ainda, que tanto os pacientes clínicos q u a n t o os cirúrgicos, inde-pendentemente d o tipo de t r a t a m e n t o e d o n ú m e r o de procedimentos invasivos utili-z a d o s , tiveram u m a permanência curta na U T I ; 36(80,2%) deles ficaram menos de 4 dias nessa u n i d a d e .

Percepção dos cuidados de higiene corporal

Os resultados obtidos evidenciaram que dos cuidados higiênicos a serem minis-t r a d o s a o pacienminis-te críminis-tico, somenminis-te o b a n h o no leiminis-to foi expressivamenminis-te r e l a minis-t a d o , sendo significativa a informação de queixas q u a n t o à falta de o u t r o s cuidados,

refe-T A B E L A 1

PACIENTES S E G U N D O A R E F E R Ê N C I A E OS TIPOS D E C U I D A D O S D E HIGIENE C O R P O R A L CITADOS. SÃO P A U L O , 1 9 8 3

^ " " " - x ^ ^ Referência T i p o s de cuidados ^-«^.

higiénicos ^ * ^ - ^ ^ n °

nao

% n ? sim

% n ? T o t a l

%

banho 2 ( 4 . 4 ) 4 3 ( 9 5 . 6 ) 4 5 ( 1 0 0 . 0 )

higiene bucal

(antes d o banho) 3 2 ( 7 1 . 1 ) 13 ( 2 8 . 9 ) 45 ( 1 0 0 . 0 ) higiene intima

(durante o banho) 3 8 ( 8 4 . 4 ) 7 ( 1 5 . 6 ) 45 ( 1 0 0 . 0 ) lavagem dos cabelos 4 3 ( 9 5 . 6 ) 2 ( 4 . 4 ) 45 ( 1 0 0 . 0 )

barba 27 ( 9 3 . 1 ) 2 ( 6 . 9 ) 2 9 * ( 1 0 0 . 0 )

lavagem das mãos

antes da refeição 4 4 ( 9 7 . 8 ) 1 ( 2 . 2 ) 45 ( 1 0 0 . 0 ) higiene após eliminações 4 4 ( 9 7 . 8 ) 1 ( 2 . 2 ) 45 ( 1 0 0 . 0 ) lubrificaçâo da pele 4 4 ( 9 7 . 8 ) 1 ( 2 . 2 ) 4 5 ( 1 0 0 . 0 ) * população masculina.

ridas por 2 4 , 5 % dos doentes, assim distribuídas: ausência de b a n h o (2); higiene oral (6); lavagem dos cabelos e higiene íntima (2).

(4)

Vale ainda salientar que, apesar do único cuidado expressivamente citado ter si-d o o b a n h o , si-de 11 pacientes terem sentisi-do falta si-de atensi-dimento e si-destes, 8 não os te-rem solicitado por medo de incomodar ou de não ser a t e n d i d o , a maioria considerou satisfatório e suficiente o atendimento recebido (respectivamente 8 3 , 7 % e 8 6 , 0 % ) . Em contrapartida, os comentários manifestos retratam o predomínio de atitu-de atitu-de crítica aos cuidados atitu-de higiene corporal prestados.

T A B E L A 2

PACIENTES SEGUNDO OS COMENTÁRIOS R E F E R E N T E S AOS C U I D A D O S D E HIGIENE CORPORAL. SÃO PAULO, 1 9 8 3 .

Comentários n ? %

de queixas 19 ( 4 4 , 2 )

de satisfação 15 ( 3 4 , 9 )

não comentaram 9 ( 2 0 , 9 )

T O T A L 4 3 ( 1 0 0 , 0 )

As queixas expressas por 19 (44,2%) doentes referiam-se principalmente: ao fa-to de terem sido cuidados por pessoas do sexo o p o s t o ; à falta de cuidados; à pouca privacidade; ao desconforto, além do barulho, conversas e brincadeiras presentes d u r a n t e a prestação da assistência.

Os comentários dos 15 (34,9%) pacientes que justificaram a satisfação caracte-rizaram uma atitude de aceitação e / o u agradecimento referindo " t e r e m se sentido a m p a r a d o s " , ou porque " o que fizerem está b o m " .

Vale ainda salientar que um n ú m e r o expressivo de 9 doentes (20,9%) optou por não tecer quaisquer comentários a respeito.

Constatou-se, a i n d a , que vergonha, dor e desconforto foram as sensações mais experimentadas durante esse atendimento de enfermagem.

T A B E L A 3

REFERÊNCIA DE S E N S A Ç Õ E S E X P E R I M E N T A D A S D U R A N T E A P R E S T A Ç Ã O DOS CUIDADOS DE HIGIENE C O R P O R A L SÃO PAULO, 1 9 8 3 .

Sensações n ? %

vergonha 23 ( 3 5 , 9 )

dor 14 ( 2 1 , 9 )

desconforto 11 ( 1 7 , 2 )

m e d o 10 ( 1 5 , 6 )

insegurança 6 (9,4)

(5)

C o m p l e m e n t a n d o essa i n f o r m a ç ã o , deve-se acrescentar que a referência d a ver-g o n h a pela exposição física foi feita principalmente por mulheres, pacientes mais idosos e aqueles com menor n ú m e r o de procedimentos invasivos.

Pode-se também verificar que não houve associação estatisticamente significan-te entre as variáveis sexo, i d a d e , nível quantitativo de procedimentos invasivos e per-cepção q u a n t o à participação e referência de falta dos cuidados higiênicos.

C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S

Ser assistido em UTI p o d e significar, para a maioria dos pacientes, u m a r u t u r a e ameaça a um projeto existencial, fazendo emergir a sua vulnerabilidade perante a m o r t e e a sua dependência de o u t r e m , o que p o d e gerar sentimentos peculiares e m o -dificações, inclusive nos hábitos de higiene corporal.

Nesse sentido, era esperada g r a n d e preocupação da enfermeira da UTI sobre as condições higiênicas desse indivíduo, altamente c o m p r o m e t i d a s , n ã o somente pela situação de a c a m a d o e dependente, c o m o também pela adição dos artefatos terapêu-ticos inerentes a o t r a t a m e n t o intensivo, todos eles fatores potenciais de d o r , infec-ç ã o , desconforto e limitainfec-ção de m o v i m e n t o s . Essa p r e o c u p a infec-ç ã o deveria refletir-se, t a m b é m , na investigação dos hábitos dos pacientes, fontes primordiais de informa-ções p a r a subsidiar a assistência planejada e executada p a r a eles, q u e , dessa manei-r a , facultamanei-ria comunicação efetiva enfemanei-rmeimanei-ro-paciente, pmanei-ropulsomanei-ra da pamanei-rticipação no a u t o - c u i d a d o . Verificou-se, p o r é m , que essa expectativa não foi confirmada.

Os resultados e n c o n t r a d o s evidenciaram que os cuidados higiênicos referidos li-mitaram-se p a r a a maioria dos pacientes, independentemente dos fatores idade, sexo e condições físicas, quase exclusivamente a o b a n h o , antecedido de higiene bucal, conforme a rotina dessa u n i d a d e .

O u t r o d a d o que despertou preocupação foi a constatação de que apenas um pa-ciente foi previamente consultado sobre quais cuidados gostaria de receber. Tal fato parece ter evidenciado a n ã o individualização desses cuidados, o que pressupõe a existência de rotinas préestabelecidas nas quais todos parecem ter sido e n q u a d r a -dos.

Todas as percepções referidas pela p o p u l a ç ã o retrataram um atendimento limi-tado e impessoal o que caracteriza determinada atitude, t a n t o da equipe q u a n t o do paciente. Por parte d o doente, a aceitação e satisfação para com a assistência recebi-da poderiam decorrer recebi-da perplexirecebi-dade, c o m u m a t o d o s , causarecebi-da pela doença e pela permanência na U T I ; da debilidade física e psíquica inerente a sua condição, da aceitação passiva de dependência, das rotinas estabelecidas pela equipe de enferma-gem para atender à necessidade de higiene corporal o u , talvez, p o r q u e o desejo de sobreviver extrapole essa dimensão da assistência.

C o n t u d o , esse perfil de atendimento aliado às reclamações q u a n t o à vergonha da nudez, assim c o m o de ser cuidado por pessoas do sexo o p o s t o , além dos referen-tes à pouca privaticidade p r o p o r c i o n a d a pela equipe de enfermagem, caracterizaram uma triste realidade para qual os enfermeiros devem ser alertados.

Tem-se a impressão de que o ser h u m a n o , por estar doente, ficou reduzido a al-guém sem sentimentos, sem p u d o r , sem o direito inalienável de ter a sua individuali-dade e intimiindividuali-dade respeitadas. É c o m o se mantê-lo vivo, justificasse t o d o o desres-peito manifesto nessas queixas.

(6)

so-bre a prática da enfermagem na U T 1 , c o m o um t o d o , em seus aspectos assistenciais, docentes e de investigação.

O enfermeiro deve reconhecer que assistir a um paciente crítico é muito mais do que manter-lhe a vida, controlar parâmetros h e m o d i n â m i c o s , manipular eficiente-mente a p a r e l h o s , limpar o seu corpo ou administrar medicação. É primordialeficiente-mente a m p a r á - l o , respeitá-lo, garantir-lhe a participação ativa no próprio processo de re-c u p e r a ç ã o , prestar-lhe a assistênre-cia individualizada que ele merere-ce e deseja; enfim, d e m o n s t r a r a h u m a n i d a d e na prática da Enfermagem.

Por o u t r o lado, se a prática é a projeção da f o r m a ç ã o , somente um processo ensino-aprendizagem coerente e crítico poderá gerar um profissional forte, que não se esconde e nem assume, mecanicamente, rotinas ultrapassadas. Um enfermeiro, f o r m a d o dentro deste contexto, n ã o se deixará sucumbir ante o peso burocrático da instituição, que muitas vezes induz e cobra u m a prestação de assistência impessoal, somatória de tarefas estanques, e nem será absorvido pelas atividades tecnicistas da U T I . Saberá, antes de mais n a d a , fundamentar e priorizar a própria prática,

assu-m i n d o definitivaassu-mente o coassu-mproassu-misso não só coassu-m a assu-m a n u t e n ç ã o da vida, c o assu-m o também com a qualidade dessa vivência, isto é, com o bem estar do paciente de U T I , valorizando a o p o r t u n i d a d e de contacto e relacionamento que a execução dos cuida-dos corporais possibilita. A esse profissional caberá, t a m b é m , a luta por condições de trabalho que viabilizem uma assistência a p r i m o r a d a , qualitativa e quantitativa-mente, que garantam os direitos dos pacientes e proporcionem à equipe de saúde a possibilidade de desempenho compatível com essas expectativas.

C O N C L U S Õ E S

Os resultados da pesquisa realizada j u n t o a 45 pacientes que estiveram interna-dos na U T I , para investigação da percepção interna-dos cuidainterna-dos de higiene corporal, con-duziram às conclusões que seguem:

— A maioria da população (95,6%) recordou ter recebido, c o m o cuidado higiênico, d u r a n t e a permanência nessa unidade, o b a n h o no leito. Desse total, 13(28,9%) doentes referiram terem recebido a higiene bucal antecendo o b a n h o e 7(15,6%) a higiene íntima durante esse atendimento.

— Um contingente de 34(75,5%) pacientes informou não ter sentido falta de cuida-dos higiênicos, em contraposição aos 11(24,5%) que expressaram diferentes ca-rências referentes a esse* atendimento de enfermagem.

— Apenas 1(2,2%) paciente foi consultado sobre os cuidados higiênicos que gosta-ria de receber, como subsídio para o planejamento desse a t e n d i m e n t o .

— A participação na execução dos próprios cuidados higiênicos foi referida por 27(62,8%) dos doentes, que se limitaram, p r e d o m i n a n t e m e n t e , a auxiliar na m o -vimentação.

— Vergonha (35,9%), dor (21,9%) e desconforto (17,2%) foram as sensações mais citadas por 35 (81,4%) pacientes que informaram ter experimentado sensações d u r a n t e a prestação desses cuidados.

— Os cuidados de higiene corporal foram considerados satisfatórios por 36 (83,7%) doentes e suficientes por 37 (86,0%) deles.

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vergonha causada pela exposição física d u r a n t e a execução dos cuidados higiêni-cos ou por ser cuidado por pessoas do sexo oposto; falta de cuidados; pouca priva-cidade, b a r u l h o , conversa ou brincadeiras, além do desconforto durante a pres-tação desses cuidados pelo pessoal da enfermagem.

Pode-se, t a m b é m , concluir que não houve associação estatisticamente signifi-cante entre as variáveis sexo, idade e nível quantitativo de procedimentos invasivos e a percepção, no que se refere à participação do paciente no a u t o c u i d a d o , assim co-m o à referência de falta de cuidados.

Constatou-se, ainda, que as mulheres, os mais idosos e os pacientes com m e n o r número de procedimentos invasivos foram os que mais informaram ter sentido ver-gonha d u r a n t e esse atendimento de enfermagem.

I D E , C . A . C . The intensive care unit patient and the perception to corporal hygienic care. Rev. Esc. Enf. USP, Sâo P a u l o , 22(2):151-157. A u g . 1988.

This report analtsed the view of critical patients about the necessity and practice of corporal hygienic care in an intensive care unit.

U N I T E R M S : Intensive care units. Body hygiene. Nursing care.

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