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Rev. Inst. Estud. Bras. número56

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Academic year: 2018

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 Rev. Inst. Estud. Bras., São Paulo, n. , p. -, jun. 

ulturas das Periferias, dossiê publicado neste número da Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, abre espaço para a discussão de aspectos fundamentais da sociedade brasileira contem-porânea. Radicados em diferentes áreas do conhecimento (sociologia, antropologia, educação, linguística, estudos da mídia), os sete artigos que compõem o dossiê possuem grande disposição para o diálogo inter-disciplinar, marca da revista e do instituto.

Liv ia De Tom masi ( U F F ) e Da f ne Vela zco ( U F F ) reg ist ra m pesquisa realizada na Cidade de Deus, uma das primeiras favelas do Rio de Janeiro ocupadas por Unidades de Polícia Pacificadora. Além de apre-sentarem suas observações de caráter etnográfico, as autoras abordam criticamente o fortalecimento do “espírito empreendedor” em um terri-tório “em mutação, onde as investidas são múltiplas e os contrastes, fortes”. No texto seguinte, Gabriel de Santis Feltran (UFSCar) reflete sobre a construção social do “crime”, bem como das noções de “paz, justiça, liberdade e igualdade” a partir da análise de canções de Jorge Ben e do Racionais MC’s – análise, por sua vez, estruturada a partir da experiência etnográfica do pesquisador e da extensa bibliografia por ele mobilizada.

Em chaves diversas, canções do Racionais MC’s também são examinadas nos dois artigos seguintes. Tomando por base trabalho de pesquisa em educação com o rap na periferia paulistana, Mônica G. T. do Amaral (USP) discute a possibilidade de um novo processo educa-tivo inspirado no hip hop e na leitura de, entre outros, Nietzsche e Axel Honneth. Já o grupo formado por Leandro Silva de Oliveira (Unesp-A-raraquara), Marcelo Costa Segreto (USP) e Nara Lya Simões Caetano

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 Rev. Inst. Estud. Bras., São Paulo, n. , p. -, jun. 

Cabral (USP) aplica diferentes práticas de análise da linguística, em conexão com saberes de outras áreas, tais como a da musicologia, na descrição de parte significativa do percurso estético do Racionais MC’s.

Os demais artigos retomam a linha de textos que se baseiam em pesquisas de campo. Ricardo Indig Teperman (USP) estuda técnicas utili-zadas em batalhas de freestyle, modalidade de improviso entre rappers, “nas noites de sábado, na saída do metrô Santa Cruz”, na zona sul de São Paulo, não muito longe da Avenida Paulista. Renato Souza de Almeida (FAPSS) reflete sobre “o processo de apropriação do espaço urbano por meio das intervenções artísticas” a partir do Cine-Campinho, iniciativa de um coletivo cultural no bairro do Jardim Bandeirantes, localizado no extremo leste de São Paulo. E Iano Flávio de Souza Maia (UFRN) registra a relação de jovens que habitam o bairro do Guarapes, localizado na periferia oeste da cidade de Natal, com a internet.

A seção Ficção publica textos de “literatura periférica” selecio-nados por Antonio Eleilson Leite (USP). O título “Ver a cidade” é inspirado em grafite de Mauro Sergio Neri da Silva. A imagem do trabalho, em fotografia de Guma, arremata a seleção, que traz um conto de Rodrigo Ciriaco e poemas de Dinha, Allan da Rosa e Binho.

Na parte dos artigos gerais, Tatiana Schor (UFAM) e Thiago Pimentel Marinho (UFAM) empreendem a análise de fatores geográficos e históricos que concorrem para os papeis de Parintins e de Itacoatiara na rede urbana do estado do Amazonas. Ana Beatriz Demarchi Barel

(FCRB) propõe uma leitura dos romances Til, de José de Alencar, e

Inocência, de Alfredo Taunay. E Sabine Nielsen (KU) faz a crítica da obra Errante, de Hector Zamora, no quadro dos impasses que se dão entre a arte contemporânea e as grandes metrópoles.

Na seção Resenha, Jaime Tadeu Oliva analisa A cidade no Brasil, de autoria de Antonio Risério. Em Documentação, com tradução de Antonio Porro, são publicadas passagens da história da expedição cientí-fica de Francis de Castelnau às regiões centrais da América do Sul, entre 1843 e 1847. Notícias traz a súmula do colóquio Graciliano Ramos: estilo e permanência; e informações sobre a mudança do Instituto de Estudos Brasileiros para o prédio Brasiliana.

Referências

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Graduado em História pela FFLCH-USP, leciona na Escola Estadual Francisco Mesquita, na Zona Leste de São Paulo, onde organiza o Sarau Mesquiteiros.. Frequenta o Sarau da