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Governança corporativa, controle interno e compliance

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Academic year: 2022

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Fundador e Presidente do Conselho de Administração:

Janguê Diniz Diretor-Presidente:

Jânyo Diniz

Diretor de Inovação e Serviços:

Joaldo Diniz

Diretoria Executiva de Ensino:

Adriano Azevedo

Diretoria de Ensino a Distância:

Enzo Moreira

Créditos Institucionais

Todos os direitos reservados 2021 by Telesapiens

Governança corporativa,

controle interno e compliance

(2)

Sou bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Minas (2006); e mestre (2011) e doutor (2018) em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Atuo como contabilista e como professor, nas modalidades presencial e a distância, nas áreas de auditoria contábil de departamentos, de finanças e de pessoal.

Durante minha atuação como contabilista, tenho vasta experiência na área de Obrigações Acessórias e Obrigatórias.

Por outro lado, ao longo de minha experiência como docente, além de ter sido coordenador de curso, lecionei, principalmente, as seguintes disciplinas: Contabilidade Básica; Economia;

Planejamento e Contabilidade Tributária; Contabilidade de Custos e Análise de Custos; Gestão por Processos; Estrutura das Demonstrações Contábeis; Análise das Demonstrações;

Contabilidade Gerencial; Teoria da Contabilidade; Contabilidade Intermediária; Contabilidade Internacional; Auditoria;

Contabilidade Empresarial; Controle Interno; Matemática;

Logística; Recursos Humanos; e Gestão de Risco.

Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que se iniciam em suas profissões. Por isso, fui convidado a integrar o elenco de autores independentes da editora TeleSapiens. Estou muito feliz por poder ajudá-lo, aluno, nesta fase da vida de muito estudo e de muito trabalho.

AUTORIA

ANDRÉ FARIA DE THOMAZ

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ICONOGRÁFICOS

Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem significam:

OBJETIVO Breve descrição do objetivo

de aprendizagem; +

OBSERVAÇÃO Uma nota explicativa

sobre o que acaba de ser dito;

CITAÇÃO Parte retirada de um texto;

RESUMINDO Uma síntese das últimas abordagens;

TESTANDO Sugestão de práticas ou exercícios para fixação do

conteúdo;

DEFINIÇÃO Definição de um

conceito;

IMPORTANTE O conteúdo em destaque

precisa ser priorizado;

ACESSE Links úteis para fixação do conteúdo;

Um atalho para resolver DICA algo que foi introduzido no

conteúdo;

SAIBA MAIS Informações adicionais

sobre o conteúdo e temas afins;

+ +

+ EXPLICANDO

DIFERENTE Um jeito diferente e mais simples de explicar o que acaba de ser explicado;

SOLUÇÃO Resolução passo a passo de um problema

ou exercício;

EXEMPLO Explicação do conteúdo ou

conceito partindo de um caso prático;

CURIOSIDADE Indicação de curiosidades e fatos para reflexão sobre

o tema em estudo;

PALAVRA DO AUTOR Uma opinião pessoal e particular do autor da obra;

REFLITA O texto destacado deve

ser alvo de reflexão.

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SUMÁRIO

Análise das demonstrações financeiras ...10

Definições ... 10

Risco e retorno ... 12

Estrutura dos créditos ...17

Comitê de crédito ... 18

Negociação estruturada ... 21

Implementação e liberação de crédito ...24

Aplicações da Gestão de Custos ...29

Operações de capital de giro ... 29

Operações de descontos de títulos ... 29

Compror ... 30

Vendor ... 30

Adiantamento de exportações... 32

(5)

UNIDADE

04

GOVERNANÇA CORPORATIVA

E A ANÁLISE DE CRÉDITO

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As operações que envolvem crédito são muito importantes para o contexto das empresas. Isso acontece porque existe a possibilidade de o capital cedido não ser pago. A esse fator, damos o nome de risco de inadimplência. Mas por que o crédito é tão relevante?

Podemos considerar o crédito uma ferramenta que subsidiará o consumo, o qual, por sua vez, incentivará o crescimento das empresas e a oferta de empregos. No fim das contas, essa cadeia de relações resultará em mais capital, que será reinserido na empresa e expandirá a economia. Ao longo desta unidade letiva, mergulharemos mais fundo nesse universo!

INTRODUÇÃO

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Olá, aluno! Seja muito bem-vindo à unidade 4. Quando finalizar esta etapa de nossa disciplina, você terá desenvolvido, com o nosso auxílio, as seguintes competências:

OBJETIVOS

Analisar o que são demonstrações financeiras.

Investigar as estruturas de Créditos.

Pesquisar a implementação e Liberação de Crédito.

Explicar a aplicações da Gestão de Custos.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho!

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Análise das demonstrações financeiras

OBJETIVO

Ao fim desta seção, você será capaz de definir o que são demonstrações financeiras. E então? Vamos lá? Avante!

Como vimos há pouco, o crédito é um fator de estímulo ao consumo, ao aumento do volume produtivo e à criação de postos de trabalho. Mas, para que a aplicação de crédito gere retornos positivos, a sua concessão deve ser criteriosa, demandando que analisemos o perfil do empresário de quem seremos credores e diminuindo, assim, o risco de inadimplência (SOUZA; DIAS;

CALADO, 2014). Na sequência, conheceremos os vários riscos inerentes às operações de crédito e aspectos estratégicos da sua gestão.

Definições

O ser humano está sujeito a riscos desde a Pré-História, quando abandonou a segurança das cavernas e se lançou ao desconhecido. Desde então, temos ciência de que a exposição a risco nos submete, ao mesmo tempo, a perigos e a conquistas.

Do domínio do fogo às viagens espaciais e às guerras biológicas, os riscos são nossos companheiros de viagem mais constantes.

Mas, de fato, o que é um risco?

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DEFINIÇÃO

Um risco se fundamenta em decisões que tomamos e representa as incertezas a que nos sujeitamos no cumprimento de algum propósito.

Portanto, ao mesmo tempo em que nos mergulha em incertezas, os riscos nos oferecem novas oportunidades. No mundo empresarial, é responsável por nos auxiliar a compreender, a prever e a escolher as melhores opções para o nosso negócio.

Em nosso dia a dia, somos expostos a muitos tipos de riscos, os quais repercutem de maneira diferente. Nesse sentido, podemos afirmar que lidamos com fatores de risco muito diversos.

Essa expressão diz respeito a situações em que deparamos com elementos capazes de intervir nos resultados de nossas ações, seja de modo positivo, seja de modo negativo.

Figura 1 – Controle das demonstrações financeiras

Fonte: Freepik.

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Quando focarmos os fatores de riscos intrínsecos às operações de crédito, como dissemos, temos de avaliar a condição do solicitante. Está muito endividado? É provável que cumpra com o pagamento do crédito? Na seção seguinte, falaremos mais sobre esse assunto.

Risco e retorno

A relação entre risco e retorno indica, sobretudo, as possibilidades de se obter resultados positivos e negativos a partir da implementação de algo. Incertezas compõe quaisquer cenários financeiros e econômicos e podem compreender retornos positivos. Por isso, é importante prevê-las e buscar evitá-las (BRITO, 2003).

REFLITA

Por outro lado, é interessante perceber que aceitar certos riscos pode render-nos resultados positivos, como acontece no caso de contrairmos um financiamento de imóvel com um prazo de 30 anos: ao fim, teremos um imóvel, certo?

Como sabemos, a sociedade é afetada pelas oscilações de fatores econômicos, financeiros e comportamentais. Portanto, compreender como o ambiente em que nosso negócio se insere nos dotará da capacidade de prever riscos e as respectivas soluções. A seguir, seremos apresentados a certos conceitos de risco.

Primeiramente, no universo empresarial, o risco estratégico envolve o planejamento das ações necessárias para concretizar algo. Por isso, considerará investimentos, objetivos, ambiente, projeções e expectativas de crescimento. Ademais, verificará possíveis erros relacionados à elaboração e à execução do

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planejamento. Vemos isso, por exemplo, no acompanhamento de um projeto, contexto em que os gestores se atentam às condições que podem beneficiar e prejudicar o alcance de resultados positivos.

Logo, quando tratamos de riscos estratégicos, é imperativos que analisemos elementos como controle, organização e gestão, com o intuito de que tenhamos certa segurança, mesmo em meio a um cenário repleto de incertezas.

Por sua vez, o risco operacional está muito presente nas operações produtivas. Tem muita influência sobre a saúde financeira e sobre a organização de toda a cadeia de operações produtivas. Assim sendo, avaliá-lo é uma importante maneira de garantir que cumpriremos nossas obrigações, compensando os riscos inerentes ao ambiente que engloba nosso negócio.

De acordo com Brito (2003), saber como as metodologias de processos, de rotinas e de tarefas são agregadas ao contexto de uma empresa é um fator primordial para a mensuração do risco operacional. Nesse sentido, para ser tomada como eficiente, uma gestão de riscos operacionais depende, ao mesmo tempo de objetivos e de processos muito bem delimitados e de um acompanhamento perene.

Figura 2 – Riscos e retornos

Fonte: Freepik.

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O risco financeiro traz consigo uma proporcionalidade direta em relação ao risco e ao retorno: portanto, de modo geral, quanto maior for o risco, maior tende a ser o retorno (GIL;

ARIMA; NAKAMURA, 2013). Da perspectiva do crédito, o maior retorno está na cobrança de juros maiores para os clientes que representam maior risco. Por exemplo, como uma empresa recém-criada não se consolidou no mercado, é provável que seja condicionada a taxas de juros mais elevadas, devido a existir um risco mais concreto de inadimplência.

IMPORTANTE

Dentre as muitas variáveis que afetam os riscos financeiros, podemos citar, além das taxas de juros, as crises econômicas, as decisões políticas e o índice de desemprego. Tais variáveis têm efeito direto sobre a cessão de crédito e, pois, sobre as taxas de juros.

Os riscos apresentam particularidades, as quais precisam ser estudadas a contento. Nesse conjunto, encontraremos, principalmente, fatores ambientais, políticos e econômicos, cujo acompanhamento fornece às empresas as condições ideais de enfrentar a competividade do mercado. Costumeiramente, cada empresa desenvolve sua dinâmica de competição, uma vez que a concorrência é intensa.

Pensando a esse respeito, concluímos que diferenciar-se das empresas concorrentes e apresentar inovações ao mercado consumidor são maneiras de garantir a permanência de um negócio no mercado, mas isso gera instabilidade e riscos.

Brigham e Ehrhardt (2006) afirmam que reduzir a instabilidade e os riscos depende de uma boa seleção de clientes, que deverão ser assistidos em todas as fases de uma transação – antes, durante e após a sua conclusão.

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Os autores nos indicam, ainda, que profissionais especializados, conhecidos como administradores de risco, têm sido mais procurados, a fim de que monitorem riscos e de que fundamentem o estabelecimento de um histórico favorável à tomada de decisões estratégicas. Durante uma concessão de crédito, uma preocupação como essa por parte das empresas pode ser um ponto positivo para o credor, já que se trata de algo que reduz as chances de inadimplência.

As ações governamentais têm, também, grande influência sobre o sistema econômico, quer por desenvolver políticas de investimento para setores sociais específicos, como são os casos da infraestrutura urbana e da saúde; quer por manter um papel regulatório, por intermédio de leis e de outros métodos.

No que tange ao mercado de crédito, as políticas públicas são centrais, porque essa via é uma grande incentivadora do consumo. Por um lado, são responsáveis pela ascensão social de parte da população, garantindo-lhe acesso a bens de várias naturezas, desde eletrodomésticos a moradias. Por outro, são responsáveis pela alavancagem da economia, fornecendo às empresas recursos para adquirir equipamentos e para suprir outras necessidades.

Ainda que as instituições financeiras nos pareçam independentes, devem obedecer às determinações governamentais. Por essa razão, é muito claro que as determinações governamentais têm o condão de manipular investidores, o que pode ser negativo, quando provoca insegurança, e positivo, quando atrai capital. Assim, falar em fatores políticos envolve compreender determinações governamentais, percebendo os riscos que acarretam para as operações de crédito.

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IMPORTANTE

De acordo com Assaf Neto (2008), impostos, variações cambiais, inflação, importações e exportações são os fatores econômicos mais relevantes para quem almeja reduzir os riscos que assombram o seu negócio.

No caso dos fatores ambientais, devemos ter em vista que fenômenos naturais, como enchentes e chuvas de granizo, podem afetar o desempenho de nosso negócio. Muitas vezes, consistem em riscos que não podem ser previstos com acurácia.

E a Gestão de Riscos? Entrará em que parte de tudo o que discutimos até aqui? A Gestão de Riscos empregará as situações recorrentes nos ambientes empresariais como ferramentas de avaliação da relação entre risco e retorno. Sendo assim, será capaz de fazer com que recursos humanos, diretrizes e resultados se alinhem em prol de retornos positivos.

RESUMINDO

O planejamento, que mencionamos anteriormente, definirá parte das diretrizes associadas à Gestão de Riscos. Nessa fase, temos de clareza a respeito de como as informações sobre ações passadas podem orientar as decisões presentes e os resultados futuros, para que consigamos elaborar um diagnóstico eficiente dos riscos e das oportunidades.

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Estrutura dos créditos

OBJETIVO

Ao fim desta seção, você terá compreendido o que é estrutura de crédito. E então? Vamos lá? Avante!

As estruturas de crédito são, de uma maneira simples, operações as realizadas das instituições financeiras. Basicamente, os bancos atuam como intermediários, reunindo, de um lado, recursos de que agentes superavitários dispõem e emprestando- os, por outro lado, em troca de remuneração por juros, aos que necessitam de capital.

A primeira etapa de uma operação de crédito é a avaliação do perfil do proponente. Trata-se do momento em que todos as características dos proponentes que possam afetar a cessão de crédito são avaliadas com cuidado.

Obviamente, todas as etapas de uma cessão de crédito são muito importantes, mas podemos afirmar que a avaliação é a principal, na medida em que põe em evidência os riscos e os retornos a que a operação está sujeita. Em relação aos riscos de crédito, há destaque para as práticas de mercado. Ademais, as normas de regulação bancária do Banco Central do Brasil devem ser seguidas à risca.

Os objetivos da avaliação são controlar e minimizar os riscos que se apresentam aos bancos: deve-se otimizar, o máximo que for possível, a relação entre risco e retorno das operações.

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Figura 3 – Importância do crédito

Fonte: Freepik.

Comitê de crédito

Cada banco pode adotar as próprias normas de concessão de crédito. Contudo, a partir de certas quantias, um comitê de crédito é acionado para avaliar a proposta. Esse comitê é formado por vários gestores do banco e é organizado de acordo com as posições que ocupam na organização hierárquica da instituição.

EXEMPLO

Por exemplo, o comitê de crédito de uma agência comum pode ser formado pelo gerente geral e por outras duas ou três pessoas de cargos de gerência relevantes. É importante, no entanto, que essas pessoas tenham relação com a demanda do cliente em questão.

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Caso as quantias extrapolem a alçada da agência a que foi apresentada, é dever do comitê de crédito acionar superintendentes regionais ou estaduais. Pode haver casos em que o conselho diretor da instituição terá de ser envolvido.

O comitê de crédito tem a obrigação de seguir os fatores de análise de risco e de limite de crédito. A isso, damos o nome de segregação de funções: negócio versus risco. A respeito do processo de avaliação de crédito, devemos destacar certos pontos que consideramos dignos de maior atenção:

Não atendimento às condições mínimas de cessão de crédito, como renda insuficiente;

Possível inconsistência das informações apresentadas, visto que não é exigida auditoria independente para vários documentos contábeis;

Possível inadimplência do cliente no sistema financeiro, informação que é fornecida pela Serasa e pelo SPC;

Não enquadramento na política de crédito do cedente.

A avaliação do perfil de empresas de médio e de grande porte considerará, em todos os casos, quatro documentos: balanço patrimonial, Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), demonstrativo do fluxo de caixa e demonstrativo de origem e de aplicação dos recursos. Por isso, a seguir, destacamos pontos aos quais devemos ter atenção na execução de uma análise desse tipo:

Verificar o comportamento dos indicadores de liquidez, que indicam a capacidade de arcar com as obrigações financeiras;

Julgar a capacidade de geração de caixa, que, além de também influenciar o pagamento das obrigações financeiras, indica se todos os processos do negócio são geridos eficientemente.

Acompanhar os indicadores de rentabilidade, que exibem se os lucros da empresa são consistentes;

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Analisar prazos médios de pagamento e de recebimento – por exemplo, se os prazos de recebimento forem longos, isso pode indicar problemas no setor de cobranças e comprometimento do capital de giro da empresa;

Observar a evolução dos indicadores financeiros.

Mas quando acontece, de fato, a concessão de crédito?

Isso dependerá da conclusão da etapa de avaliação, da definição do limite de crédito e da autorização da operação, com todas as suas condições. Virá, então, a assinatura de um contrato por ambas as partes, instrumento que garantirá a validade jurídica da operação.

Dos principais tipos de contratos de crédito, destacamos os seguintes:

Contrato de abertura de crédito – com esta modalidade, o banco disponibiliza um valor acordado previamente com o seu cliente. Por se destinar a operações de muitos tipos, de forma massiva, e a uma grande quantidade de clientes, apresenta cláusulas pré-elaboradas;

Contrato para desconto de títulos – apresenta dedução antecipada de encargos financeiros e consiste no adiantamento do valor de um crédito com terceiros não vencido (restituição de Imposto de Renda, por exemplo). Sendo assim, o cliente entrega o seu crédito ao banco por endosso e permanece coobrigado ao seu pagamento até a sua liquidação.

Há outros tipos de contratos de aporte de capital de giro, sobretudo no caso das médias e das grandes empresas. Essas operações de empréstimos, que são muito comuns, costumam contar com um contrato específico, com prazos, com taxas, e com garantias determinados conforme o interesse das partes envolvidas.

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Negociação estruturada

Empresas de grande porte e conglomerados, cuja movimentação financeira tende a ser vultosa, exigem operações de crédito mais complexas. Por isso, a análise de crédito se transforma, também, em um processo mais complicado, podendo, em muitos casos, depender da assessoria de empresas especializadas nesse tipo de operação.

Quando as operações de crédito muito complexas, é importante que a fonte de financiamento seja designada antes de qualquer etapa da operação de crédito ser realizada. A seguir, listamos alguns tipos de operações desse tipo:

Debêntures e ações – debêntures são títulos de dívida emitidos sociedades anônimas, ao passo que ações são a menor parte do capital social de sociedade anônima;

Fundos de renda fixa de créditos privados – são criados para atrair investidores que desejam aplicar recursos em investimentos com taxas de juros pré-fixadas e pós-fixadas e em índices de preços;

Fundos de recebíveis – trata-se de um processo de aquisição de recebíveis de uma empresa e de sua posterior venda a acionistas;

Fundos de investimento imobiliário – neste caso, com capital de investidores, compra-se um imóvel, em troca do pagamento de aluguel aos tais investidores;

Cessão de crédito – neste caso, um banco vende crédito para outra instituição;

Repasse de recursos externos – é um empréstimo obtido no exterior;

Swap – trata-se de uma operação de troca de um ativo por outro. O swap cambial é uma de suas formas mais conhecidas;

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Cédula de crédito bancário – geralmente, garante ao cedente garantias de alienação fiduciária de imóveis;

Securitizações – são títulos de dívidas que, depois de serem convertidos em títulos de outras naturezas, são vendidos a investidores;

Financiamentos imobiliários – são créditos para o pagamento de imóveis a longo prazo;

Fundos de investimentos em participações – são fundos com a finalidade de comprar partes de empresas.

Devemos lembar, sempre, que toda operação financeira ativa está associada a uma taxa de juros. Podemos definir o juro como o custo do dinheiro.

Figura 4 – Importância da negociação

Fonte: Freepik.

As taxas de juros, na prática, são os elementos que controlam a demanda de recursos financeiros. Por essa razão, têm impacto sobre a economia do país como um todo, atuando no índice de inflação, por exemplo. Os fatores que determinarão, mais fortemente, o valor das taxas de juros são dois: a fonte do capital e a linha de crédito. Por isso, quando as taxas de juros associadas a empréstimos são definidas, certos fatores são analisados:

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Margem de lucro, que depende de quanto o banco pretende ganhar com uma operação de crédito;

Custo de captação, que é o valor pago pelos bancos aos donos do capital;

Custos administrativos, que correspondem às despesas dos bancos;

Risco de inadimplência, que é um dos riscos incorporados aos juros;

Depósito compulsório, que é o percentual sobre depósitos exigido pelo Banco Central dos bancos.

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido como investigar as estruturas de Créditos.

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Implementação e liberação de crédito

OBJETIVO

Ao término desta seção, você terá compreendido a implementação e a liberação de crédito. E então? Vamos lá? Avante!

Depois que as etapas de análise, de negociação e de precificação de taxas se finalizarem, haverá, finalmente, a liberação do crédito. Se a linha de crédito contratada não previr comprovação da aplicação dos recursos, as empresas poderão empregá-lo como julgarem necessário. Entretanto, se a linha de crédito contratada previr comprovação da aplicação dos recursos, o cedente exigirá a documentação concernente à aplicação do capital – em alguns casos, a liberação do crédito será feita diretamente para os fornecedores do contratante.

EXEMPLO

Um exemplo de comprovação da aplicação de recursos é o financiamento da construção de uma casa, chamado de empréstimo imobiliário. Nesse caso, o capital será liberado gradativamente, conforme o cliente comprove a evolução da obra. Em operações de cessão de crédito, as garantias são meios de compensar o cedente caso exista inadimplência.

Empréstimos são operações surpreendentes. Às vezes, operações com enormes chances de liquidação resultam em inadimplência, devido à atuação de fatores diversos. Por essa

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razão, é norma do Banco Central do Brasil que os bancos condicionem empréstimos de recursos à apresentação de garantias proporcionais à quantia negociada.

Mas devemos ter muita atenção a um ponto: um empréstimo jamais pode girar em torno do bem oferecido em garantia, mas, sim, em função da capacidade de pagamento de quem o contratar.

As garantias do tipo pessoais têm a particularidade não serem fixadas com base em bens. Nesses casos, os objetos da garantia são pessoas físicas e jurídicas. Assim, quando o momento de liquidação do crédito chegar, os bens do devedor poderão ser utilizados para evitar a inadimplência. Isso torna a análise do perfil de um solicitante de empréstimo mais importante.

Em situação como a que foi apresentada no parágrafo anterior, à figura do avalista caberá assumir a responsabilidade pela dívida em conjunto com quem a contraiu, mas apenas sobre o valor expresso no título de crédito. Isso significa que juros, despesas judiciais e outros valores serão encargos apenas do devedor principal.

Caso uma pessoa casada ofereça um bem como garantia na condição de avalista de outrem, a legislação não exigirá que o cônjuge endosse o contrato. O contrato terá validade a despeito da assinatura do cônjuge, mas, em caso de execução da dívida, o cônjuge tem o direito de solicitar a exclusão da sua parte dos bens comuns, eximindo-se de qualquer pagamento.

A fiança é muito semelhante ao aval. Porém, desta vez, as assinaturas de ambos os cônjuges são necessárias, independentemente do regime de casamento. Se isso não acontecer, a operação poderá ser anulada. Outra característica da fiança é o fato de incluir, além do valor expresso no título, todas as demais possíveis despesas.

As ações judiciais que envolvem fianças costumam ser mais longas do que as que têm relação com avais. Isso acontece

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porque um fiador tem o direito legal de solicitar que os bens do devedor principal sejam executados antes dos seus, exceto se, no contrato assinado, tenha abdicado dessa preferência, nomeando- se devedor solidário.

Outro tipo de garantia existente é o penhor, do conjunto de garantias reais. Tais garantias são chamadas de reais porque se referem a bem tangíveis, como imóveis, máquinas, cheques e veículos, por exemplo. Se uma operação de penhor é realizada, o bem dado em garantia é retido até a liquidação do título. Havendo inadimplência, por intermédio de processo judicial, pode-se obter autorização para que os bens retidos sejam vendidos, saldando a dívida.

EXEMPLO

Um tipo de penhor muito utilizado por bancos e por outras instituições é a duplicada. Nesse caso, quem arcará com a dívida será o cliente do devedor, reduzindo o risco da operação consideravelmente.

Máquinas, veículos e outros bens podem ser penhorados, como dissemos. Para isso, no entanto, o bem tomado como instrumento de crédito deve, obrigatoriamente, ter sido registrado nos respectivos cartórios.

Existe, ainda, o chamado penhor mercantil, que é caracterizado por um bem móvel ser entregue ao credor como garantia de liquidação de uma dívida. Como, em geral, os bens móveis são matérias-primas e produtos acabamos, dificilmente, o credor toma a sua guarda, permanecendo nas mãos do devedor.

Por essa razão, o credor tem pouco ou nenhum controle sobre a sua garantia, uma vez que os bens podem ser vendidos.

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Em alguns casos, a venda poderá não envolver má fé, como acontece com produtos que se tornam obsoletos. Em uma situação como essa, o devedor funcionará como fiel depositário dos bens, evitando que percam o seu valor, e solicitará a autorização do credor para realizar quaisquer transações.

Figura 5 – Riscos e créditos

Fonte: Freepik.

Um tipo de garantia que adota bens imóveis é a hipoteca.

No seu caso, o conceito de bens imóveis abrange desde terras e casas até aviões e embarcações. Uma hipoteca pode apresentar vários graus (primeiro, segundo, terceiro etc.), o que significa que um mesmo bem pode ser hipotecado em razão de diferentes dívidas e por diferentes credores.

A preferência da execução da hipoteca será, sempre, do credor de primeiro grau. Se a dívida não for liquidada, o bem dado em garantia é executado, e o credor de primeiro grau terá a preferência no recebimento de valores. O valor que restar após o seu pagamento será destinado aos credores restantes, na ordem em que as hipotecas foram contratadas, se não houver outros créditos preferenciais a serem quitados, como trabalhistas e fiscais.

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Veículos equipamentos e outros bens podem, também, ser alvo da garantia conhecida como alienação fiduciária. Nesse caso, a posse do bem é do devedor, mas o seu domínio pertence ao credor. A alienação fiduciária deve ser registrada em cartório e, se envolver veículos, no DETRAN.

Além dos usos comuns de recursos financeiros, as empresas podem ter necessidades sazonais. De um modo geral, as instituições financeiras têm ofertadas adequadas para essas ocasiões. Por exemplo, há bancos que oferecem empréstimos para o pagamento de décimo terceiro salário com boas condições.

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido como pesquisar a implementação e Liberação de Crédito.

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Aplicações da Gestão de Custos

OBJETIVO

Ao fim desta seção, você terá compreendido algumas aplicações da Gestão de Custos. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá? Avante!

Bancos e outras instituições financeiras têm muitas de formas de ajudar as empresas com suas atividades. Geralmente, há produtos personalizados para empresas de pequeno, de médio e de grande porte, destinados desde ao incremento de capital de giro até à execução de projetos de expansão e de exportação. As principais linhas de crédito existentes são as seguintes.

Operações de capital de giro

Podem ter, no máximo, doze meses de prazo, com um mínimo de dois meses. Títulos e fiança por parte dos acionistas são exigidos, normalmente. Conforme for a política da instituição, a liquidação pode ser ou mensal ou ao término do prazo. O seu principal objetivo é fornecer recursos para a quitação de despesas operacionais e de outros gastos de curto prazo. Existem, ainda, instituições que disponibilizam o chamado crédito rotativo, cujo limite pode ser reutilizado à medida que for pago.

Operações de descontos de títulos

Objetivam a liquidez de recursos por meio da antecipação de recebíveis, como cheques e duplicatas. Recebe esse nome porque os encargos financeiros da operação são descontados na contratação, antes de o crédito ser liberado para o cliente.

As garantias da modalidade são, por um lado, os títulos

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descontados e, por outro lado, uma fiança dos acionistas. No caso de inadimplência o valor total é devolvido pelo banco. Os encargos financeiros tendem a ser menores do que os de outras modalidades, visto que, com a diluição dos títulos de dívida por vários devedores, o risco de não recebimento é, também, menor.

Compror

É uma linha específica de desconto de títulos. Aqui, o risco associado à operação é assumido por um cliente da empresa. Sendo assim, o comprador pagará o crédito a prazo, e o fornecedor – que contratou o crédito – receberá o valor à vista.

Vendor

É outro tipo de operação de desconto de títulos. O comprador pagará o crédito a prazo, e o fornecedor – que contratou o crédito – receberá o valor à vista, com a diferença o fornecedor será o fiador da dívida contraída com o banco. Se o comprador não arcar com a dívida, haverá devolução dos títulos na conta corrente do fornecedor, com acréscimo dos encargos financeiros respectivos.

Figura 6 – Gestão de custos

Fonte: Freepik.

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O BNDES é responsável pelas mais importantes linhas de crédito de nosso país, seja com recursos próprios, seja por intermédio de instituições parceiras. O aporte financeiro do BNDES tem, como principal objetivo, financiar projetos de expansão, de aquisição de bens imobilizados, de aquisição de equipamentos nacionais e de garantia de capital de giro.

Costumam receber recursos, também, projetos de infraestrutura cuja finalidade seja o desenvolvimento socioeconômico do país (SANTOS, 2006).

Muitas empresas de grande porte passaram a existir com financiamento do BNDES. Em suas operações, a instituição adota recursos do Tesouro Nacional e lucros oriundos de investimentos realizados anteriormente. De acordo com Brito (2005), o BNDES apresenta uma linha de financiamento de longo prazo que visa à geração de postos de trabalho e à conservação ecológica.

Dentre as muitas linhas de crédito de longo prazo, há o BNDES Automático, destinado a fábricas e a grandes instalações;

e o Finame, destinado à compra de maquinário. Como são de longo prazo, período de carência e cinco anos de prazo ou mais podem ser concedidos ao contratante. Além disso, os encargos são menores do que os praticados pelo mercado.

Conforme for o valor das operações de crédito, bancos conveniados atuarão como intermediários, repassando o valor do BNDES aos contratadores e recebendo comissão por isso (credere). Nesse caso, o risco associado à operação será de responsabilidade dos intermediários. Como garantias, podemos ter, além dos bens financiados, outros elementos que as instituições solicitarem – por exemplo, pode haver hipoteca de imóveis e fiança por parte dos acionistas.

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Adiantamento de exportações

Linhas de crédito que adiantam exportações são formas de auxiliar os empresários por meio da antecipação de pagamentos de produtos que foram enviados para o exterior. Os destaques da modalidade são o Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e o Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE).

O ACC é um crédito cedido por banqueiros internacionais, antes do embarque das mercadorias. O seu prazo se estende de 30 até 180 dias. Normalmente, é uma linha de crédito que se fia na solidez das empresas, na idoneidade dos devedores e na pontualidade dos recebimentos. Os encargos são mais baixos do que os praticados no mercado, mas precisam incorporar as oscilações da taxa de câmbio. Isso acontece porque as transações adotam o dólar estadunidense como moeda.

Para determinar a taxa de juros da ACC, alguns fatores são muito importantes, como são os casos do prazo de entrega dos documentos de embarque de mercadorias, do importador, do cenário econômico do país que abriga o importador e do valor da transação (SANTOS, 2006).

O ACE, por sua vez, é um empréstimo feito após o embarque das mercadorias. Como o ACC, também é uma linha de crédito que se fia na solidez das empresas, na idoneidade dos devedores e na pontualidade dos recebimentos.

No caso do ACE, os juros serão pagos não apenas sobre o período da operação, mas, também, sobre a variação da taxa de câmbio. O prazo de pagamento é de até 180 dias após o embarque dos produtos exportados. As garantias, por sua vez, são avais e fianças bancárias. Funcionará da seguinte forma: aquele que concedeu a carta-fiança arcará com a transação caso importador e exportador não o façam; posteriormente, a transação se tornará uma operação de crédito em nome do vendedor. É importante ressaltar que a responsabilidade do exportador termina apenas quando o importador pagar tudo o que deve (SANTOS, 2006).

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RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, para termos certeza de que você realmente entendeu o tema desta unidade letiva, resumiremos tudo o que vimos. Aprendemos que, por meio da Governança Corporativa, as empresas terão metas a cumprir, mesmo que são as explicite.

Para isso, o comprometimento de todos os colaboradores da empresa é essencial, podendo ser alcançado por meio do desenvolvimento de uma estrutura que vise a integração de processos, de pessoas e de estratégias organizacionais. Nenhuma dessas tarefas é fácil, mas, se forem bem executadas, têm o potencial de dinamizar a gestão de concretizar as metas traçadas.

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REFERÊNCIA

ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 9. ed. São Paulo:

Atlas, 2008.

ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2012.

ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 07. ed.

São Paulo: Atlas, 2014.

BERNSTEIN, Peter L. Desafio aos Deuses: A fascinante história do risco. 15 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

BRITO, O. S. de. Controladoria de risco: retorno em instituições financeiras. São Paulo: Saraiva, 2003.

SECURATO, J. C.; SECURATO, J. R. Mercado Financeiro: conceitos, cálculos e análise de investimento. 03.

ed. São Paulo: Saint Paul, 2013.

SOUZA, C. F; DIAS, C. G; CALADO, P. S. Trabalhando com cadastro, crédito e cobrança. 1 ed. São Paulo. Senac, 2014.

SANTOS, E. O. dos. Administração Financeira da Pequena e Média Empresa. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001. S

ANTOS, J. O. dos. Análise de Crédito: Empresas e Pessoas Físicas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

BRITO, O. S. de. Mercado Financeiro: Estruturas, produtos, serviços, riscos e controle gerencial. 1. ed. São Paulo:

Saraiva, 2005.

Referências

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