esquisofrenia. A s crianças p r o c e d e m como se tivessem perdido a conciencia d e
CONTRIBUCIÓN EXPERIMENTAL A LA PATOGENIA DE LA EPILEPSIA Y LA HISTERIA. FREDERICO S A L Y R O S A S . 1 vol. 79 páginas. Tese de Doutoramento em
Medicina, Lima, Perú. Editorial Lumen S. A. 1 9 4 2 .
Sob t ã o sugestivo título o A. a p r e s e n t a magnífica série de t r a b a l h o s
experimentais sobre as crises convulsivas, estudando-as segundo variados aspectos e dando ao assunto contribuições verdadeiramente originais. Tra-balhando há mais de quatro anos com o método de Meduna, chamaram-lhe
Foi n o r t e a d o por essa idéia que e m p r e e n d e u o seu trabalho. E s c o l h e u como t e r m o s de c o m p a r a ç ã o t r ê s aspectos da r e a ç ã o convulsiva, facilmente m e n s u r á v e i s : o limiar de convulsão, expresso na dose m í n i m a de cardiazol necessária para provocar a crise; o t e m p o de latência, expresso em s e g u n d o s ; a d u r a ç ã o do ataque, expressa t a m b é m em segundos. E s t u d o u 115 epiléticos, c o m p a r a t i v a m e n t e com 104 indivíduos n ã o convulsivos e 20 histéricos con-vulsivos com 45 de o u t r a s neuroses n ã o convulsivas. Concluiu, expondo s e u s
resultados em q u a d r o s estatísticos m u i t o b e m elaborados, que o limiar convulsivante é mais baixo em 3 3 % dos epiléticos, c o m p a r a t i v a m e n t e com o s n ã o epiléticos e que os tempos de latência e de d u r a ç ã o da crise são mais
elevados em 100% dos epiléticos c o m p a r a t i v a m e n t e com os n ã o convulsivos. São caracteres que podem ser considerados típicos da reação epilética. P o r o u t r o lado, a r e a ç ã o dos histéricos convultivos, c o m p a r a t i v a m e n t e a doentes n ã o convulsivos a p r e s e n t a os m e s m o s caracteres daquela dos epiléticos frente aos n ã o epiléticos, isto é, m e n o r limiar convulsivante e maior t e m p o de latência e d u r a ç ã o da crise. E ' interessante n o t a r que t a m b é m a intensidade da moléstia (epilepsia ou histeria) t o r n a mais a c e n t u a d o s esses caracteres distintivos de tais doentes em relação aos n ã o convulsivos. H á pois u m paralelismo constante da reação convulsiva e x p e r i m e n t a l dos epiléticos e dos histéricos convulsivos.
E n t r e t a n t o tal n ã o se dá e o A. explica o fato, invocando a maior convulsibilidade de tais indivíduos c o m o condicionando reações em maior n ú m e r o de á r e a s e, p o r t a n t o , maior e x t e n s ã o do processo.
Dessas relações constantes que existem e n t r e a convulsão cardiazólica e o estado convulsivo prévio do indivíduo (epilético ou h i s t é r i c o ) , conclue q u e existe sem dúvida u m nexo causai e n t r e convulsibilidade e tais variações típicas; o m e n o r limiar de convulsibilidade, o maior t e m p o de latência e a m a i o r d u r a ç ã o da crise convulsiva, indicam propriedades de t e r r e n o ligadas a o estado convulsivo clínico preexistente, condição latente do sistema nervoso. F i n a l m e n t e — e esta é a conclusão mais interessante da tese por en-volver p r o b l e m a s do m a i o r interesse t a n t o p r á t i c o como doutrinário — p r o c u r a t i r a r deduções da semelhança de reações e n t r e o epilético e o histérico convulsivo c o m o t r a d u z i n d o u m a semelhança de n a t u r e z a e n t r e a m b a s afec-ções. Depois de várias digressões no t e r r e n o b a s t a n t e incerto da patogenia da epilepsia e da histeria, nas quais c o m b a t e a doutrina do pitiatismo de Babinski dizendo que n a histeria h á fenômenos orgânicos a l é m dos p u r a m e n t e psicógenos, o A. t e r m i n a p o r concluir que, e n t r e u m a e o u t r a destas afecções, o que existe de c o m u m é s o m e n t e o t e r r e n o — convulsibilidade exagerada.
P a r a esta conclusão, e n t r e t a n t o , o A . n ã o necessitaria ter p e n e t r a d o na p a t o g ê n e s e da histeria, pois crises convulsivas n ã o p a s s a m de u m a das m a -nifestações da histeria ou da epilepsia. É interessante l e m b r a r que a con-clusão do A . está perfeitamente de a c o r d o com as tendências atuais sobre o m o d o pelo qual deve ser encarado o a s s u n t o (Schilder, e n t r e o u t r o s ) s e g u n d o as quais as manifestações somáticas da histeria u s a m os m e c a n i s m o s orgânicos p r e f o r m a d o s p a r a sua exteriorização. Crises convulsivas, histérica o u epilética, desencadeiam-se pelas m e s m a s vias preformadas, com a dife-r e n ç a que u m a s s ã o m o t i v a d a s podife-r fatodife-res psicógenos e o u t dife-r a s p o dife-r fatodife-res o r g â n i c o s .