Prof. Samuel Bueno Soltau
Departamento de F´ısica Instituto de Ciˆencias Exatas Universidade Federal de Alfenas
Espectro dos gases
◮ As linhas observadas tinham umλdescrito por
1
λ =R
1
m2 −
1
n2
onde R = 1,097373×107 m−1, cque ´e a constante de Rydbergdeterminada de modo emp´ırico,m e n s˜ao valores inteiros.
◮ Balmer (1885): vis´ıvel
◮ Lyman (1906-1914): ultravioleta e infravermelho
◮ Paschen (1908), Brackett (1922), Pfund (1924), entre outros.
Nota: A constante de Rydberg ´e uma das constantes f´ısicas de maior precis˜ao: R∞= 1.0973731568525(73)×10
−7
m−1
Modelos da Mecˆanica Quˆantica Moderna
Evidˆencias emp´ıricas
◮ Por volta de 1910, ac´umulo de evidˆencias experimentais de
que os ´atomos continham el´etrons (part´ıculas que
compunham os raios cat´odicos e conduziam a eletricidade).
◮ Mas sabia-se que os ´atomos eram neutros. Portanto, deviam
Modelo Thomson (1910) Os ´atomos seriam compostos por el´etrons pontuais, distribu´ıdos numa massa de carga positiva uniforme. Previa uma deflex˜ao pequena das part´ıculasα.
Ernest Rutherford (1911) Descobriu a estrutura nuclear do ´atomo. Primeiro experimento de colis˜ao de part´ıculas
Modelo “planet´ario” de Rutherford (1911)
◮ Rutherford propˆos um modelo no qual toda a carga positiva
dos ´atomos se concentra numa pequena regi˜ao do seu centro: o n´ucleo.
◮ Os el´etrons, orbitariam em torno do n´ucleo.
◮ Entretanto, como os el´etrons em ´orbita estariam acelerados
Motiva¸c˜ao experimental
Experimentos de espectroscopia com ´atomos de Hidrogˆenio apresentavam linhas (raias) espectrais discretas:
p. ex. S´erie de Balmer.
1
λ =RH
1
m2 −
1
n2
para;
m= 2,
n= 3,4,5, . . .
RH = 109737,3 cm−1
Postulados do Modelo de Bohr (1913)
1. O el´etron se move em ´orbita circular ao redor do n´ucleo sob a a¸c˜ao da atra¸c˜ao coulombiana do n´ucleo (mecˆanica cl´assica).
2. O el´etron s´o pode se mover em ´orbitas que apresentem momentos angulares L“quantizados” (L=n~,n= 1,2, . . .) 3. O el´etron mant´em ´orbitas “estacion´arias” e n˜ao emite
radia¸c˜ao eletromagn´etica. Sua energia total ´e constante.
4. E emitida radia¸c˜ao quando o el´etron muda de uma ´´ orbita de energiaEa para outra de energia menor Eb. A frequˆenciaν da
radia¸c˜ao emitida ´e dada por:
ν = Ea−Eb
h
Dado n´ucleo em repouso, a for¸ca el´etrica que atua no el´etron ´e dada por
F = e
2
4πεo
1
r2
Para uma ´orbita circular
e2
4πεo
1
r2 =m
v2 r
Se L = rmv e L = m~, tem-se
v = n~
rm.
rn= h2εo πme2n
2
obt´em-se a quantiza¸c˜ao das ´
O modelo atˆomico de Bohr (1913)
O Modelo de Bohr prevˆe que as ´orbitas tˆem raios
rn= h2εo πme2n
2 ou r
n=ron2
onde
ro = h2εo πme2n
2 = 0,5291˚A
´e o raio de Bohr. Como
E =K +U
E = 1 2mv
2+
− e 2
4πεor
E =− e
2
8πεor
A energia total das diferentes ´orbitas ser´a dada por:
En=−
me4
8πεor
1
n2 =−
13,6
As frequˆencias emitidas nas transi¸c˜oes de fase s˜ao
νn→n′ =
En−En′ h
=− me 4
8πε2 oh3
1
n2 −
1
n′2
1
λn→n′
=− me 4
8πε2 oh3
1
c
1
n2 −
1
n′2
=RH
1
n2 −
1
n′2
Assim, Bohr prevˆe que a constante de Rydberg ´e
RH =
me4
8πε2 oh3c
O modelo atˆomico de Bohr (1913)
A Equa¸c˜ao de Schr¨odinger e o ´atomo de Hidrogˆenio
◮ O po¸co de potencial onde o el´etron
est´a confinado (potencial coulombiano) tem a forma
U(r) =− e
2
4πεo
1 r
◮ A Equa¸c˜ao de Schr¨odinger para o
el´etron para este potencial ´e
−~
2
2m∇
2ψ(r) +U(r)ψ(r) =Eψ(r)
◮ A fun¸c˜ao desejada ´e
Ψ(r, θ, φ,t) =ψ(r, θ, φ)e(−ıEt
∇2Ψ = 1
r2 ∂ ∂r
r2∂Ψ
∂r
+ 1
r2senθ ∂Ψ
∂θ
senθ∂Ψ ∂θ
+ 1
r2sen2θ ∂2Ψ
∂φ2
∇2Ψ = 1
r2senθ
senθ ∂ ∂r
r2∂Ψ
∂r
+ ∂
∂θ
senθ ∂ ∂θ
+ 1 senθ
∂2Ψ
∂φ2
∇2Ψ = ∂
2Ψ ∂r2 +
1
r2 ∂2Ψ
∂θ2 +
1
r2sen2θ ∂2Ψ
∂φ2 +
2
r
∂2Ψ
∂r +
cotθ
r2 ∂2Ψ
A Equa¸c˜ao de Schr¨odinger e o ´atomo de Hidrogˆenio
◮ Como o potencial coulombianos´o depende der, a equa¸c˜ao de
Schr¨odinger pode ser separada em trˆes equa¸c˜oes e a fun¸c˜ao de onda pode ser separada (em coordenadas esf´ericas).
◮ Esta caracter´ıstica produz trˆes equa¸c˜oes diferenciais
separadas, uma em cada vari´avel (r, θ, φ). Ψ(r, θ, φ) =R(r)Θ(θ)Φ(φ)
R(r) → N´umero quˆantico principal n= 1,2, . . .
Θ(θ) → N´umero quˆantico orbital l = 0, . . . ,n−1
Ψ(r, θ, φ) =R(r)Θ(θ)Φ(φ)
N´umero quˆantico principal n Energia
N´umero quˆantico orbital l M´odulo do Momento Angular
N´umero quˆantico magn´etico m Orienta¸c˜ao do Momento Angular
◮ Para tais estados, as solu¸c˜oes da Equa¸c˜ao de Schr¨odinger s˜ao
bem comportadas.
Etapas da solu¸c˜ao
∇2Ψ = ∂
2Ψ ∂r2 +
1
r2 ∂2Ψ
∂θ2 +
1
r2sen2θ ∂2Ψ
∂φ2 +
2
r
∂2Ψ
∂r +
cotθ
r2 ∂2Ψ
∂θ
Separa¸c˜ao de vari´aveis
Ψ(r, θ, φ) =R(r) Θ(θ) Φ(φ)
Substitui¸c˜ao 1 r2 1 R d dr
r2dR
dr
+ 1
r2senθ
1 Θ
d dθ
senθdΘ dθ
+
+ 1
r2sen2θ
1 Φ
d2Φ dφ2 + 2
µ
1 r2
d
dr
r2dR
dr
+ 2µ
~2 [E−U(r)]R=l(l+ 1)
R
r2, U(r) =− e2 4πεo 1 r − 1 senθ d dθ
senθdΘ
dθ
+ m
2Θ
sen2θ =l(l+ 1)Θ
1 Φ
d2Φ
A Equa¸c˜ao de Schr¨odinger e o ´atomo de Hidrogˆenio
O n´umero quˆantico orbital l corresponde aos estados:
l = 0,1,2, . . . (s,p,d,f,g)
En=−1
◮ Para o estado fundamental (n= 1, l = 0,m= 0) tem-se a
equa¸c˜ao radial (sem dependˆencia emθ e φ)
~2
2m
d2R(r) dr2 +
2
r
dR(r) dr
+U(r)R(r) =ER(r)
◮ A fun¸c˜ao de onda do Hidrogˆenio no estado fundamental
(1,0,0)
ψ100 =
1
p πr3
o exp −r ro
Fun¸c˜oes de onda para outros estados do Hidrogˆenio
Note queao ´e o raio de Bohr e σ=
r ao
◮ Para a densidade de probabilidade em todo o espa¸co
Z Z Z ψ∗
(r, θ, φ)ψ(r, θ, φ)dV
◮ Para a densidade de probabilidade radial
Z ∞
0
A Equa¸c˜ao de Schr¨odinger e o ´atomo de Hidrogˆenio
A densidade de probabilidade associada `a fun¸c˜ao de onda
P(r)dr =|ψ(r)|2dV =|ψ(r)|24πr2dr
Logo
P(r) = 4
r3 o
ro2exp
−2r
ro
para o estado fundamental: (n,m,l) = (1,0,0).
Nota
A probabilidade de medir no volumedV `a distˆancia r ´e igual a
Para o estado funda-mental:
(n,m,l) = (1,0,0).
P(r) = 4
r3 o
ro2exp
−2r
|ψ|2 =|R(r)|2|Θ(θ)|2|Φ(φ)|2 |Φ(φ)|2 =|eımlφ|2 = 1
Resumo politicamente
incorreto dos modelos