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COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DE ROSCAS INTERNAS PRODUZIDAS POR USINAGEM E POR LAMINAÇÃO

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COMPARAÇÃO DA RESIST

INTERNAS PRODUZIDAS

Luís Gustavo Batisteli Camêlo, lgbcamelo@gmail.com

Thaimara Cintia Ferreira Ramos, thaimararamos@hotmail.com Gustavo Antonio Pereira, gustavoap65@hotmail.com

Marcio Bacci da Silva, mbacci@mecanica.ufu.br Igor Cézar Pereira, igorcezarp@yahoo.com.br

1 Universidade Federal de Ouro Preto, Campus

2 Universidade Federal de Uberlândia, Campus Santa Mônica, Santa Mônica, Uberlândia

Resumo: Roscas estão presentes em quase todas as montagens industriais, por permitirem a montagem de componentes mecânicos de forma precisa e eficaz. O rosqueamen

exigentes. Entretanto, roscas obtidas através do processo de conformação

formação de cavaco, evitando os problemas causados pelo cavaco. O objetivo deste trabalho é invest

a resistência ao cisalhamento de filetes de rosca produzidos por estes dois processos em corpos de prova de alumínio-liga ABNT 6351, aço SAE 1045 e Aço

que foram variadas nos dois processos foram o material da peça e a velocidade de corte/laminação, sendo o diâmetro dos pré-furos de acordo com especificações do fabricante das ferramentas. Os ensaios de

foram realizados em um dispositivo específico para se obter o l

resultados mostraram que a carga de ruptura das roscas M10X1.50 laminadas e usinadas foram estatisticamente iguais, mas houve uma tendência das roscas usinadas

laminadas.

Palavras-chave: Rosqueamento interno

1. INTRODUÇÃO

As juntas rosqueadas são um dos métodos de junção de partes mecânicas mais utilizados proporcionam uma montagem com alta

ou reciclagem (DOMBLESKY e FENG, 2002). aplicações de montagem na indústria metal mecânica

O processo de rosqueamento interno

disso, o processo de rosqueamento com macho máquina apresenta o fundo do filete com um raio mínimo, devido ao perfil da ferramenta empregada, podendo gerar a nucleação de trincas superficiais e ocasionando a falha do componente. Considerando-se a confiabilidade de peças de aviação, o emprego deste processo tradicional na indústria aeronáutica tem sido reavaliado em função dos aspectos de segurança.

Roscas laminadas são preferíveis sobre a

utilização reduzida de material e propriedades mecânicas superiores. Como consequência,

laminação tem virtualmente eliminado o rosqueamento por usinagem como técnica competitiva para a produção em massa de fixadores (DOMBLESKY e FENG, 2002).

Apesar do produto final destes processos serem similares (roscas), os processos são

Um produz roscas com remoção de material (cavaco) e o outro por deformação. A rosca produzida por cada um desses processos possui características peculiares e diferentes, como resistência mecânica, micro dureza dos microconstituintes, rugosidade dos flancos dos

No processo de rosqueamento as características geométricas mais importantes são: menor, diâmetro efetivo, passo e ângulo de

forças ou movimentos entre a rosca interna (peça fêmea) e a rosca externa (peça macho) será deficiente. (DeGARMO et al., 1997).

O processo de produção de roscas pode ser dividido em duas subáreas distintas que são o pr

de laminação. No processo de usinagem, roscas podem ser produzidas por diversos tipos de ferramentas sendo que, segundo Pereira (2010), na produção de roscas internas

produtividade e precisão. De acordo com Reis et al. (2005), dentre os processos de usinagem, o rosqueamento é um dos mais complexos devido a alguns fatores como a complicada remoção de cavacos, a dif

e a necessidade de uma relação específica e

utilizada. Um outro problema do rosqueamento por usinagem é a quebra de ferramentas novas. Segundo Cao e Sutherland (2002), essa quebra é devido ao esforço torcional criado pelo acumulo de cavaco nos canais do macho de corte. A Figura 1 mostra este problema.

COMPARAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO

INTERNAS PRODUZIDAS POR USINAGEM E POR LAMINAÇÃO

lgbcamelo@gmail.com1

thaimararamos@hotmail.com1 Gustavo Antonio Pereira, gustavoap65@hotmail.com1

Marcio Bacci da Silva, mbacci@mecanica.ufu.br2 igorcezarp@yahoo.com.br1

Campus Morro do Cruzeiro, Bauxita, Ouro Preto – MG ederal de Uberlândia, Campus Santa Mônica, Santa Mônica, Uberlândia – MG

Roscas estão presentes em quase todas as montagens industriais, por permitirem a montagem de componentes mecânicos de forma precisa e eficaz. O rosqueamento interno é uma das operações de usinagem mais exigentes. Entretanto, roscas obtidas através do processo de conformação é uma boa alternativa por não haver formação de cavaco, evitando os problemas causados pelo cavaco. O objetivo deste trabalho é invest

de filetes de rosca produzidos por estes dois processos em corpos de prova de ABNT 6351, aço SAE 1045 e Aço-liga AISI 4140. Para esta avaliação, as duas condições de entrada dois processos foram o material da peça e a velocidade de corte/laminação, sendo o furos de acordo com especificações do fabricante das ferramentas. Os ensaios de

foram realizados em um dispositivo específico para se obter o limite de resistência a ruptura dos filetes de rosca. Os resultados mostraram que a carga de ruptura das roscas M10X1.50 laminadas e usinadas foram estatisticamente

uma tendência das roscas usinadas suportarem um esforço de cisalhamento

Rosqueamento interno, Roscas usinada, Roscas laminadas, Resistência ao cisalhamento

As juntas rosqueadas são um dos métodos de junção de partes mecânicas mais utilizados porcionam uma montagem com alta resistência e rigidez, além de permitirem fácil desmontagem, para

(DOMBLESKY e FENG, 2002). O processo de rosqueamento está presente, portanto, montagem na indústria metal mecânica.

interno é realizado principalmente com ferramentas denominadas machos com macho máquina apresenta o fundo do filete com um raio mínimo, devido ao il da ferramenta empregada, podendo gerar a nucleação de trincas superficiais e ocasionando a falha do se a confiabilidade de peças de aviação, o emprego deste processo tradicional na indústria

nção dos aspectos de segurança. (Baldo et al., 2010) Roscas laminadas são preferíveis sobre as roscas usinadas. Os principais motivos são custo

e propriedades mecânicas superiores. Como consequência,

laminação tem virtualmente eliminado o rosqueamento por usinagem como técnica competitiva para a produção em massa de fixadores (DOMBLESKY e FENG, 2002).

Apesar do produto final destes processos serem similares (roscas), os processos são fundamentalmente diferentes. Um produz roscas com remoção de material (cavaco) e o outro por deformação. A rosca produzida por cada um desses processos possui características peculiares e diferentes, como resistência mecânica, micro dureza dos

flancos dos filetes, etc. (Pereira, 2014).

as características geométricas mais importantes são:

menor, diâmetro efetivo, passo e ângulo de rosca. Se uma dessas medidas estiver incorreta, o ajuste ou a transmissão de forças ou movimentos entre a rosca interna (peça fêmea) e a rosca externa (peça macho) será deficiente. (DeGARMO et

O processo de produção de roscas pode ser dividido em duas subáreas distintas que são o pr

No processo de usinagem, roscas podem ser produzidas por diversos tipos de ferramentas sendo que, na produção de roscas internas o macho de corte é a mais utilizada, devido a suas altas De acordo com Reis et al. (2005), dentre os processos de usinagem, o rosqueamento é um dos devido a alguns fatores como a complicada remoção de cavacos, a difícil lubrificação na zona de corte e a necessidade de uma relação específica e fixa entre a rotação e o avanço, que é definida pelo passo da ferramenta Um outro problema do rosqueamento por usinagem é a quebra de ferramentas novas. Segundo Cao e Sutherland (2002), essa quebra é devido ao esforço torcional criado pelo acumulo de cavaco nos canais do macho de

e problema.

AO CISALHAMENTO DE ROSCAS

AMINAÇÃO

MG MG

Roscas estão presentes em quase todas as montagens industriais, por permitirem a montagem de to interno é uma das operações de usinagem mais uma boa alternativa por não haver formação de cavaco, evitando os problemas causados pelo cavaco. O objetivo deste trabalho é investigar e comparar de filetes de rosca produzidos por estes dois processos em corpos de prova de liga AISI 4140. Para esta avaliação, as duas condições de entrada dois processos foram o material da peça e a velocidade de corte/laminação, sendo o furos de acordo com especificações do fabricante das ferramentas. Os ensaios de cisalhamento imite de resistência a ruptura dos filetes de rosca. Os resultados mostraram que a carga de ruptura das roscas M10X1.50 laminadas e usinadas foram estatisticamente suportarem um esforço de cisalhamento maior do que as

Resistência ao cisalhamento.

As juntas rosqueadas são um dos métodos de junção de partes mecânicas mais utilizados na indústria, pois resistência e rigidez, além de permitirem fácil desmontagem, para manutenção , portanto, em quase todas as ferramentas denominadas machos. Além com macho máquina apresenta o fundo do filete com um raio mínimo, devido ao il da ferramenta empregada, podendo gerar a nucleação de trincas superficiais e ocasionando a falha do se a confiabilidade de peças de aviação, o emprego deste processo tradicional na indústria custos unitários mais baixos, e propriedades mecânicas superiores. Como consequência, o rosqueamento por laminação tem virtualmente eliminado o rosqueamento por usinagem como técnica competitiva para a produção em fundamentalmente diferentes. Um produz roscas com remoção de material (cavaco) e o outro por deformação. A rosca produzida por cada um desses processos possui características peculiares e diferentes, como resistência mecânica, micro dureza dos diâmetro maior, diâmetro orreta, o ajuste ou a transmissão de forças ou movimentos entre a rosca interna (peça fêmea) e a rosca externa (peça macho) será deficiente. (DeGARMO et O processo de produção de roscas pode ser dividido em duas subáreas distintas que são o processo de usinagem e o No processo de usinagem, roscas podem ser produzidas por diversos tipos de ferramentas sendo que, o macho de corte é a mais utilizada, devido a suas altas De acordo com Reis et al. (2005), dentre os processos de usinagem, o rosqueamento é um dos ícil lubrificação na zona de corte e o avanço, que é definida pelo passo da ferramenta Um outro problema do rosqueamento por usinagem é a quebra de ferramentas novas. Segundo Cao e Sutherland (2002), essa quebra é devido ao esforço torcional criado pelo acumulo de cavaco nos canais do macho de

(2)

Figura 1 – Evidência de cavacos alojados nos canais No processo de conformação, para a confecção de

laminadores. A substituição, em alguns casos, do tradicional processo de usinagem de roscas com machos de corte, pela laminação de roscas pode ser motivada por uma gran

de material (motivação financeira e ambiental), bem como evita a perda de tempo com a Superfície lisa e uniforme, alta precisão e produtividade, aumento da resistê

resistência à fadiga e redução da sensibilidade ao Carvalho (2011). O processo de laminação de roscas tem na potência requerida da máquina, quando se compara à usin necessária ao metal a ser conformado.

A conformação de roscas produz perfis com textura

usinagem (IVANOV & KIROV, 1996). Com o aumento da velocidade de deformação a qualidade deste perfil de rosca tende a aumentar proporcionalmente em ambos os processos com melhora muito mais significativa no processo por conformação (TAPMATIC, 2014).

De acordo com Carvalho (2011) apud.

resulta em roscas mais resistentes, com uma maior vida da ferramenta e aumento de produtividade do processo. Pode ser bem utilizado em metais leves, ligas metálicas leves, bem como em aços que tenham limite de resistência à tração de até 1200MPa. Em geral, materiais que produzem cavacos contínuos quando usinados são os mais indicados para a conformação. A conformação de roscas internas pode

mas é especialmente indicada para furos cegos, devido

Além disso, a micro-estrutura do material deve ser considerada após a conformação do perfil finalizado.

Sağlam e Kuş (2011), as vantagens de uma rosca laminada não é apenas o excelente acabamento superficial, mas também um bom aumento da dureza superficial, em torno de 40%.

perfil de rosqueado utilizando o processo de

Figura 1 - Diferenças entre os perfis de roscas usinada (a) e laminada (b),

Evidência de cavacos alojados nos canais, Cao e Sutherland (2002)

ara a confecção de roscas internas, foram recentemente desenvolvidos machos A substituição, em alguns casos, do tradicional processo de usinagem de roscas com machos de corte, pela laminação de roscas pode ser motivada por uma grande vantagem que é a não geração de cavacos, o que evita a perda de material (motivação financeira e ambiental), bem como evita a perda de tempo com a limpeza da região rosqueada Superfície lisa e uniforme, alta precisão e produtividade, aumento da resistência do flanco da rosca, aumento da resistência à fadiga e redução da sensibilidade ao entalhe são outras vantagens da laminação de roscas citadas por

processo de laminação de roscas tem, entretanto, uma desvantagem que é o aumento signi na potência requerida da máquina, quando se compara à usinagem de roscas,e a limitação quanto à ductilidade mínima

A conformação de roscas produz perfis com textura superficial melhor que o processo de

(IVANOV & KIROV, 1996). Com o aumento da velocidade de deformação a qualidade deste perfil de rosca tende a aumentar proporcionalmente em ambos os processos com melhora muito mais significativa no processo por De acordo com Carvalho (2011) apud., Destefani (2004), a conformação de roscas internas em materiais dúcteis resulta em roscas mais resistentes, com uma maior vida da ferramenta e aumento de produtividade do processo. Pode tais leves, ligas metálicas leves, bem como em aços que tenham limite de resistência à tração de até 1200MPa. Em geral, materiais que produzem cavacos contínuos quando usinados são os mais indicados para a conformação. A conformação de roscas internas pode ser utilizada tanto para furos passantes quanto para furos cegos, mas é especialmente indicada para furos cegos, devido a não produção de cavacos.

do material deve ser considerada após a conformação do perfil finalizado.

(2011), as vantagens de uma rosca laminada não é apenas o excelente acabamento superficial, mas também um bom aumento da dureza superficial, em torno de 40%. A Figura (2) mostra a diferença básica entre um

rocesso de laminação e o processo de usinagem.

Diferenças entre os perfis de roscas usinada (a) e laminada (b), EMUGE , Cao e Sutherland (2002).

, foram recentemente desenvolvidos machos A substituição, em alguns casos, do tradicional processo de usinagem de roscas com machos de corte, pela de vantagem que é a não geração de cavacos, o que evita a perda limpeza da região rosqueada. ncia do flanco da rosca, aumento da entalhe são outras vantagens da laminação de roscas citadas por uma desvantagem que é o aumento significativo quanto à ductilidade mínima superficial melhor que o processo de rosqueamento por (IVANOV & KIROV, 1996). Com o aumento da velocidade de deformação a qualidade deste perfil de rosca tende a aumentar proporcionalmente em ambos os processos com melhora muito mais significativa no processo por Destefani (2004), a conformação de roscas internas em materiais dúcteis resulta em roscas mais resistentes, com uma maior vida da ferramenta e aumento de produtividade do processo. Pode tais leves, ligas metálicas leves, bem como em aços que tenham limite de resistência à tração de até 1200MPa. Em geral, materiais que produzem cavacos contínuos quando usinados são os mais indicados para a ser utilizada tanto para furos passantes quanto para furos cegos, do material deve ser considerada após a conformação do perfil finalizado.Segundo (2011), as vantagens de uma rosca laminada não é apenas o excelente acabamento superficial, mas mostra a diferença básica entre um

(3)

Como há deformação do material durante o processo de

características microestruturais do material, com objetivo de avaliar os aspectos metalúrgicos e as falhas que podem surgir com o aquecimento da região rosquea

destas variáveis e concluíram que o endurecimento provocado pela conformação durante o processo de foi benéfico aumentando a dureza da região do perfil da rosca.

O desenvolvimento de mais pesquisas experimentais

variáveis, torna-se importante para a melhoria do processo e para a formação de uma base de dados científica Assim, este projeto propõe a variação de alguns parâmetros

rosqueamento por conformação.

2. METODOLOGIA 2.1. Corpos de Prova

No desenvolvimento deste trabalho foram utilizados corpos de prova em de alumínio ABNT 6351, cujas composições químicas podem ser vistas nas

Tabela 1 - Composição química do aço

Aço % C % Mn

SAE 1045 0,43-0,50 0,30-0,60 AISI 4140 0,38-0,43 075-1,00

Tabela 2 - Composição química da liga de alumínio ABNT 6351

Alumínio % Mn % Fe

ABNT 6351 0,40-0,80 0,50

A geometria dos corpos de prova foi definida como paralelepipedal com base quadrada de 19 x 19 mm e altura de 10 mm, conforme Figura (3). O pré-furo para rosqueamento por usinagem foi feito com uma broca de 8,5 mm e a rosca foi produzida com um macho de corte 250/1 M10

foi feito com uma broca de 9,3 mm, sendo a rosca produzida com um macho laminador S Na confecção dos corpos de prova, além do material, também foi

filetes de rosca. Para cada método de rosqueamento, usinagem ou laminação, foram utilizadas as velocidades de corte de 10, 20 e 30 ⁄ , valores estes determinados em função dos materiais utilizados e das especificações do fornecedor dos machos de rosqueamento.

Figura

deformação do material durante o processo de rosqueamento por conformação

do material, com objetivo de avaliar os aspectos metalúrgicos e as falhas que podem rosqueada. Fromentin et al. (2002) & Henderer et al. (1974) fizeram uma análise destas variáveis e concluíram que o endurecimento provocado pela conformação durante o processo de

foi benéfico aumentando a dureza da região do perfil da rosca.

ais pesquisas experimentais, com o objetivo de conhecer a

se importante para a melhoria do processo e para a formação de uma base de dados científica a variação de alguns parâmetros para uma melhor compreensão do processo de

No desenvolvimento deste trabalho foram utilizados corpos de prova em aço SAE 1045, 6351, cujas composições químicas podem ser vistas nas Tab. (1) e (2).

Composição química do aço SAE 1045 e do aço-liga AISI 4140.

% Mn % P % S % Si

0,60 Máx. 0,040 Máx. 0,050 0,15-0,35 1,00 Máx. 0,035 Máx. 0,040 0,15-0,35 Composição química da liga de alumínio ABNT 6351

% Fe % Cu % Mg % Zn % Ti

0,50 0,10 040-0,80 0,20 0,20

A geometria dos corpos de prova foi definida como paralelepipedal com base quadrada de 19 x 19 mm e altura de furo para rosqueamento por usinagem foi feito com uma broca de 8,5 mm e a rosca e 250/1 M10x1.5 POT DIN 371. Já o pré-furo para rosqueamento por laminação, foi feito com uma broca de 9,3 mm, sendo a rosca produzida com um macho laminador S-XPF M10

Na confecção dos corpos de prova, além do material, também foi variada a velocidade de corte

filetes de rosca. Para cada método de rosqueamento, usinagem ou laminação, foram utilizadas as velocidades de corte es determinados em função dos materiais utilizados e das especificações do fornecedor dos machos de rosqueamento.

Figura 2 - Corpo de prova para ensaio de tração.

por conformação, devem ser analisadas as do material, com objetivo de avaliar os aspectos metalúrgicos e as falhas que podem tin et al. (2002) & Henderer et al. (1974) fizeram uma análise destas variáveis e concluíram que o endurecimento provocado pela conformação durante o processo de rosqueamento jetivo de conhecer a influência das diversas se importante para a melhoria do processo e para a formação de uma base de dados científica sólida. para uma melhor compreensão do processo de

aço SAE 1045, aço-liga AISI 4140 e liga

AISI 4140.

% Cr % Ni

- -

0,80-1,10 Máx. 0,25 Composição química da liga de alumínio ABNT 6351.

% Outros (cada) 0,05

A geometria dos corpos de prova foi definida como paralelepipedal com base quadrada de 19 x 19 mm e altura de furo para rosqueamento por usinagem foi feito com uma broca de 8,5 mm e a rosca furo para rosqueamento por laminação,

XPF M10x1.5 DIN371. variada a velocidade de corte/laminação dos filetes de rosca. Para cada método de rosqueamento, usinagem ou laminação, foram utilizadas as velocidades de corte es determinados em função dos materiais utilizados e das especificações do

(4)

Foram fabricados um total de 54 corpos de prova, sendo 27 usinados e 27 obtidos por laminação. Assim, foram feitos três corpos de prova para cada condição (material, método e velocidade de corte/laminação) diferente, para que fosse possível fazer a média e o desvio padrão dos resultados.

2.2. Ensaio de Cisalhamento

A resistência ao cisalhamento das roscas produzidas foi avaliada atrav por Reis (2004). Esta metodologia propõe avaliar a resistência mecânica de ros de um conjunto parafuso de alta resistência mecânica

resistência dos filetes, foi desenvolvido um d

uma máquina universal de ensaios de tração da marca maquina universal de ensaios de tração foi uti Wedge Grip.

Para o ensaio de cisalhamento dos corpos de prova foram usados parafusos de aço ligado tratados termicamente, da classe 12,9. Os corpos de prova foram submetid

máxima suportada pelos filetes de rosca

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

As Figuras (5-a), (6-a) e (10-a) exibem os gráficos de comparação da força axial máxima suportada pelas roscas internas usinadas/laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação. Esta força representa a maior carga que o filete de rosca do material analisado suporta até o seu rompi

Na Figura 5 encontram-se os resultados referentes à liga de alumínio ABNT 6351. Considerando padrão, é possível afirmar que os filetes conformados e os cortados têm resistências mecânicas estatistic equivalentes. É inegável, entretanto, haver uma tendência das roscas usinadas suportarem uma maior carga, independente da velocidade de corte/laminação.

influência considerável nos resultados. Figura

Foram fabricados um total de 54 corpos de prova, sendo 27 usinados e 27 obtidos por laminação. Assim, foram e prova para cada condição (material, método e velocidade de corte/laminação) diferente, para que fosse possível fazer a média e o desvio padrão dos resultados.

das roscas produzidas foi avaliada através de ensaio segundo a metodologia proposta por Reis (2004). Esta metodologia propõe avaliar a resistência mecânica de roscas através de ensaios de cisalhamento de um conjunto parafuso de alta resistência mecânica - corpo de prova rosqueado. Para que se pu

resistência dos filetes, foi desenvolvido um dispositivo em aço SAE 1045, Figura (4), sendo este dispositivo adaptado a uma máquina universal de ensaios de tração da marca MTS, modelo 810. Para a montagem do

aquina universal de ensaios de tração foi utilizada uma garra hidráulica da marca MTS, modelo 647

dos corpos de prova foram usados parafusos de aço ligado tratados termicamente, da Os corpos de prova foram submetidos a uma força cisalhante para a obtenção dos dados de força axial máxima suportada pelos filetes de rosca.

exibem os gráficos de comparação da força axial máxima suportada pelas roscas internas usinadas/laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação. Esta força representa a maior carga que o filete de rosca do material analisado suporta até o seu rompimento e a consequente queda da força

os resultados referentes à liga de alumínio ABNT 6351. Considerando padrão, é possível afirmar que os filetes conformados e os cortados têm resistências mecânicas estatistic equivalentes. É inegável, entretanto, haver uma tendência das roscas usinadas suportarem uma maior carga, independente da velocidade de corte/laminação. Nota-se também, que a velocidade de corte/laminação não mostrou

Figura 3 - Dispositivo para fixação dos corpos de prova.

Foram fabricados um total de 54 corpos de prova, sendo 27 usinados e 27 obtidos por laminação. Assim, foram e prova para cada condição (material, método e velocidade de corte/laminação) diferente, para que

és de ensaio segundo a metodologia proposta cas através de ensaios de cisalhamento corpo de prova rosqueado. Para que se pudesse fazer o ensaio de sendo este dispositivo adaptado a Para a montagem do dispositivo de fixação à lizada uma garra hidráulica da marca MTS, modelo 647 Hydraullic

dos corpos de prova foram usados parafusos de aço ligado tratados termicamente, da para a obtenção dos dados de força axial

exibem os gráficos de comparação da força axial máxima suportada pelas roscas internas usinadas/laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação. Esta força representa a maior carga que o

mento e a consequente queda da força trativa.

os resultados referentes à liga de alumínio ABNT 6351. Considerando-se o desvio padrão, é possível afirmar que os filetes conformados e os cortados têm resistências mecânicas estatisticamente equivalentes. É inegável, entretanto, haver uma tendência das roscas usinadas suportarem uma maior carga, velocidade de corte/laminação não mostrou

(5)

A tensão limite máxima do material dos parafusos utilizados (classe 12.9 que a da liga em estudo. Com isso, pode

constatado na Fig. (5-b).

Os resultados para o aço SAE 1045 encontram

tensões limite e de escoamento do parafuso são 1,35 e 1,6 vezes superiores às do SA o parafuso também provavelmente não foi deformado plasticamente

Fromentin et al (2005) realizaram um estudo com o rosqueamento interno obtido por conformação, s

dois fatores de aumento da resistência mecânica nas roscas laminadas seriam: presença de tensões residuais compressivas na camada deformada devido à predominância das origens mecânicas destas tensões; alto encruamento resultante do fluxo plástico na severa condição de atrito na interface com a ferramenta, no caso dos aços. O efeito destes fatores de aumento de resistência não foi notado no presente estudo.

Ao analisar a região onde ocorreu a fratura nos filetes percebe

usinadas com as laminadas, no aço SAE 1045 e AISI 4140 os filetes usinados foram deformados, mas não cisalhados. Já nas roscas laminadas eles foram cisalhados um fator que

nos flancos do filete, isso porque a carga foi a 0 5 10 15 20 10 20 30 F o a A x ia l M á x im a [ k N ] Velocidade de Corte/Laminação [m/min] Laminação Usinagem 0 10 20 30 40 50 60 10 20 F o a A x ia l M á x im a [ k N ] Velocidade de Corte/Laminação [m/min] Laminação Usinagem

Figura 4 - (a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas usinadas e por laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação para

corpos de prova fratura

Figura 5 - (a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas e por laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação para o aço SAE 1045. (b) À direita, corpos de

prova fraturados e respectivos parafusos.

tensão limite máxima do material dos parafusos utilizados (classe 12.9) é aproximadamente 3,5 vezes maior do estudo. Com isso, pode-se afirmar que o parafuso foi deformado apenas na fase elástica, o que pode ser Os resultados para o aço SAE 1045 encontram-se na Figura (6-a) e são semelhantes aos do alumínio. Neste caso, as tensões limite e de escoamento do parafuso são 1,35 e 1,6 vezes superiores às do SAE 1045, respectivamente. Portanto, o parafuso também provavelmente não foi deformado plasticamente, conforme Figura (6-b).

Fromentin et al (2005) realizaram um estudo com o rosqueamento interno obtido por conformação, s

dois fatores de aumento da resistência mecânica nas roscas laminadas seriam: presença de tensões residuais compressivas na camada deformada devido à predominância das origens mecânicas destas tensões; alto encruamento tico na severa condição de atrito na interface com a ferramenta, no caso dos aços. O efeito destes fatores de aumento de resistência não foi notado no presente estudo.

Ao analisar a região onde ocorreu a fratura nos filetes percebe-se que foi acima da raiz

usinadas com as laminadas, no aço SAE 1045 e AISI 4140 os filetes usinados foram deformados, mas não cisalhados. Já nas roscas laminadas eles foram cisalhados um fator que pode ter contribuído para isso foi o alongamento dos grãos os flancos do filete, isso porque a carga foi aplicada perpendicular ao alongamento dos grãos (direção de menor

30 Corte/Laminação [m/min] Usinagem 30 Velocidade de Corte/Laminação Usinagem

(a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas usinadas e por laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação para a liga de alumínio ABNT 6351

corpos de prova fraturados e respectivos parafusos.

(a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas e por laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação para o aço SAE 1045. (b) À direita, corpos de

prova fraturados e respectivos parafusos.

é aproximadamente 3,5 vezes maior do na fase elástica, o que pode ser e são semelhantes aos do alumínio. Neste caso, as E 1045, respectivamente. Portanto,

Fromentin et al (2005) realizaram um estudo com o rosqueamento interno obtido por conformação, segundo o qual dois fatores de aumento da resistência mecânica nas roscas laminadas seriam: presença de tensões residuais compressivas na camada deformada devido à predominância das origens mecânicas destas tensões; alto encruamento tico na severa condição de atrito na interface com a ferramenta, no caso dos aços. O efeito destes se que foi acima da raiz, ao comparar as roscas usinadas com as laminadas, no aço SAE 1045 e AISI 4140 os filetes usinados foram deformados, mas não cisalhados. para isso foi o alongamento dos grãos plicada perpendicular ao alongamento dos grãos (direção de menor (a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas usinadas

a liga de alumínio ABNT 6351. (b) À direita,

(a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas usinadas e por laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação para o aço SAE 1045. (b) À direita, corpos de

(6)

resistência mecânica). A aplicação de carga na direção de menor resistência mecânica de um grão encruado favorece a abertura e propagação de trincas.

A Figura 7 mostra os filetes cisalhados, note que tan

(raiz). Isso porque só foram aparafusadas 3 voltas completas, ou seja, três filetes do que em nenhum momento os contatos porca/parafuso

Esse contato incompleto auxilia na explicação laminadas.

Figura 7 – Imagem dos filetes das roscas laminadas e usinadas após o ensaio de cisalhamento. Baldo et al. (2010) fez um estudo comparativo da resistência ao cisalhamento

usinadas, semelhante ao presente estudo, porém com o uso de alum

filetes de rosca produzidos com pré-furos de diferentes diâmetros. A maior resistência mecânica encontrada foi com pré-furos de diâmetro recomendado pelos fabricantes dos machos de corte/laminação. Assim

não foi encontrada diferença significativa na resistência ao cisalhamento

No rosqueamento por laminação há um deslocamento de material, de modo a se produzir os filetes de rosca. A Figura 8 mostra a seção longitudinal de um parafuso

redução do espaçamento junto à raiz do filete de rosca. Nota

alongados no sentido da aplicação da carga trativa dos ensaios. No entanto, quanto mais distante da base dos filetes, mais perpendicular à carga é este alongamento.

Os materiais estudados, quando analisados em sua totalidade são considerados homogêneos micro-estrutural, entretanto, nota-se que os grãos possuem propriedades diferentes

grãos com determinada orientação, essa heterogeneidade se destaca ainda mais. Sendo que, em um metal conformado há um aumento de resistência mecânica na direção de alongamento dos grãos, em relação à direção perpendicul alongamento.

Figura 8 - Seção longitudinal da região roscada de um fixador grande redução do espa

resistência mecânica). A aplicação de carga na direção de menor resistência mecânica de um grão encruado favorece a mostra os filetes cisalhados, note que tanto o primeiro filete, quanto o segundo não romperam na base . Isso porque só foram aparafusadas 3 voltas completas, ou seja, três filetes do parafuso, essa montagem significa

omento os contatos porca/parafuso estavam completamente formados, ou seja,

na explicação do por que roscas usinadas foram mais resistentes do que roscas

Imagem dos filetes das roscas laminadas e usinadas após o ensaio de cisalhamento.

do comparativo da resistência ao cisalhamento de roscas internas laminadas e usinadas, semelhante ao presente estudo, porém com o uso de alumínio 7475, e levando em conta a área de contato dos furos de diferentes diâmetros. A maior resistência mecânica encontrada foi com furos de diâmetro recomendado pelos fabricantes dos machos de corte/laminação. Assim

significativa na resistência ao cisalhamento dos filetes de rosca usinados e laminados. No rosqueamento por laminação há um deslocamento de material, de modo a se produzir os filetes de rosca. A

de um parafuso laminado, na qual é notável a deformação das fibras, com grande redução do espaçamento junto à raiz do filete de rosca. Nota-se que, próximo a base dos filetes, os grãos foram a carga trativa dos ensaios. No entanto, quanto mais distante da base dos filetes, mais perpendicular à carga é este alongamento.

, quando analisados em sua totalidade são considerados homogêneos

se que os grãos possuem propriedades diferentes uns dos outros. Ao se alongar estes grãos com determinada orientação, essa heterogeneidade se destaca ainda mais. Sendo que, em um metal conformado há um aumento de resistência mecânica na direção de alongamento dos grãos, em relação à direção perpendicul

al da região roscada de um fixador laminado. É notável a deformação das fibras com redução do espaçamento junto à raiz do filete, Colpaert (2008

resistência mecânica). A aplicação de carga na direção de menor resistência mecânica de um grão encruado favorece a segundo não romperam na base parafuso, essa montagem significa ou seja, com o contato ideal. roscas usinadas foram mais resistentes do que roscas

Imagem dos filetes das roscas laminadas e usinadas após o ensaio de cisalhamento.

de roscas internas laminadas e ínio 7475, e levando em conta a área de contato dos furos de diferentes diâmetros. A maior resistência mecânica encontrada foi com furos de diâmetro recomendado pelos fabricantes dos machos de corte/laminação. Assim como no presente estudo,

dos filetes de rosca usinados e laminados. No rosqueamento por laminação há um deslocamento de material, de modo a se produzir os filetes de rosca. A

laminado, na qual é notável a deformação das fibras, com grande se que, próximo a base dos filetes, os grãos foram a carga trativa dos ensaios. No entanto, quanto mais distante da base dos filetes,

, quando analisados em sua totalidade são considerados homogêneos, mas em uma análise uns dos outros. Ao se alongar estes grãos com determinada orientação, essa heterogeneidade se destaca ainda mais. Sendo que, em um metal conformado há um aumento de resistência mecânica na direção de alongamento dos grãos, em relação à direção perpendicular ao

É notável a deformação das fibras com 2008).

(7)

cargas aplicadas próximas à raiz dos filetes são paralelas à direção de alongamento dos grãos, enquanto cargas aplicadas distante da raiz dos filetes são perpendiculares à direção de alongamento dos grãos, havendo maior facilidade em iniciar uma trinca, que levará ao posterior rompimento do filete.

O presente estudo seguiu a metodologia de ensaios de cisalhamento

a utilização de um parafuso padrão que é rosqueado em três voltas a um corpo de prova, do qual se deseja avaliar a resistência mecânica. Como pode ser visto na

constante, sendo que esta aumenta gradualmente até que, a partir do terceiro filete tem

parafuso. A este formato cônico dos parafusos pode ser atribuído o modo com que os filetes foram arrancados, não a partir da base, mas sim a partir de um ponto acima da base destes, o que pode ser visto na

Em seu trabalho, Sağlam et al. (2011) avaliou as propriedades mecânicas de roscas laminadas de aço 1020. Esta avaliação foi feita através de ensaios mecânicos, nos quais conjuntos roscas M12

rosqueados em 10mm, foram submetidos a um esforço cisalhante

encontrada uma resistência mecânica em média 23% maior das roscas conformadas em comparação às cortadas, sendo observado que não apenas a rosca das amostras foi

dos corpos de prova.

Sağlam et al. (2011) atribuiu a menor resistência mecânica da rosca usinada ao formato angular da base dos filetes de rosca usinados, conforme Figura (2)

de tensão que favorecem a nucleação de micro

filetes. Os filetes de rosca laminados, em contrapartida, possuem base arredondada e superfície polida.

A diferença entre este resultado e o obtido no presente estudo pode ser atribuída, principalmente, à metodologia aplicada. O rosqueamento de 10mm entre parafusos padrões e corpos de provas permitiu que as cargas fossem suportadas mais uniformemente pelos filetes de rosca, sendo aplicadas mais próximas da base destes. Em contrapartida, no presente estudo, o rosqueamento de três voltas, em conjunto com a conicidade dos parafusos, levou à ruptura dos filetes de rosca laminados com carga inferior à esperada.

No presente trabalho, o material que claramente levou o parafuso padrão a se deformar plasticamente foi o aço AISI 4140, como pode ser visto na Figura (10

de prova, parte da força axial máxima foi absorvida na deformação plástica do parafuso, não pelos filetes de rosca dos corpos de prova.

Figura 9 - (a) À esq. exemplo de parafuso utilizado nos ensaios. (b) À dir.

cargas aplicadas próximas à raiz dos filetes são paralelas à direção de alongamento dos grãos, enquanto cargas aplicadas ante da raiz dos filetes são perpendiculares à direção de alongamento dos grãos, havendo maior facilidade em iniciar uma trinca, que levará ao posterior rompimento do filete.

metodologia de ensaios de cisalhamento de roscas proposta por Reis (2004), que propõe a utilização de um parafuso padrão que é rosqueado em três voltas a um corpo de prova, do qual se deseja avaliar a resistência mecânica. Como pode ser visto na Figura (9-a), os parafusos não possuem seção transversal máxima

onstante, sendo que esta aumenta gradualmente até que, a partir do terceiro filete tem

parafuso. A este formato cônico dos parafusos pode ser atribuído o modo com que os filetes foram arrancados, não a ir de um ponto acima da base destes, o que pode ser visto na Figura

al. (2011) avaliou as propriedades mecânicas de roscas laminadas de aço 1020. Esta avaliação foi feita através de ensaios mecânicos, nos quais conjuntos roscas M12x1.75 e parafusos cromo

mm, foram submetidos a um esforço cisalhante, até que fosse atingida a falha dos fios de rosca. Foi encontrada uma resistência mecânica em média 23% maior das roscas conformadas em comparação às cortadas, sendo observado que não apenas a rosca das amostras foi deformada, mas também a rosca dos paraf

lam et al. (2011) atribuiu a menor resistência mecânica da rosca usinada ao formato angular da base dos filetes , conforme Figura (2) que, em conjunto com sua superfície mais rugosa, gera pontos de

de tensão que favorecem a nucleação de micro-trincas, levando a uma menor carga necessária ao rompimento dos filetes. Os filetes de rosca laminados, em contrapartida, possuem base arredondada e superfície polida.

A diferença entre este resultado e o obtido no presente estudo pode ser atribuída, principalmente, à metodologia aplicada. O rosqueamento de 10mm entre parafusos padrões e corpos de provas permitiu que as cargas fossem suportadas mais uniformemente pelos filetes de rosca, sendo aplicadas mais próximas da base destes. Em contrapartida, no presente estudo, o rosqueamento de três voltas, em conjunto com a conicidade dos parafusos, levou à ruptura dos

s com carga inferior à esperada.

presente trabalho, o material que claramente levou o parafuso padrão a se deformar plasticamente foi o aço AISI (10-b). Isso significa que, mesmo havendo a ruptura dos filetes de rosca dos corpos axial máxima foi absorvida na deformação plástica do parafuso, não pelos filetes de rosca dos xemplo de parafuso utilizado nos ensaios. (b) À dir. exemplo de corpo de prova ensaiado cargas aplicadas próximas à raiz dos filetes são paralelas à direção de alongamento dos grãos, enquanto cargas aplicadas

ante da raiz dos filetes são perpendiculares à direção de alongamento dos grãos, havendo maior facilidade em iniciar osta por Reis (2004), que propõe a utilização de um parafuso padrão que é rosqueado em três voltas a um corpo de prova, do qual se deseja avaliar a , os parafusos não possuem seção transversal máxima -se o diâmetro padrão do parafuso. A este formato cônico dos parafusos pode ser atribuído o modo com que os filetes foram arrancados, não a

Figura (9-b).

al. (2011) avaliou as propriedades mecânicas de roscas laminadas de aço 1020. Esta x1.75 e parafusos cromo-níquel, , até que fosse atingida a falha dos fios de rosca. Foi encontrada uma resistência mecânica em média 23% maior das roscas conformadas em comparação às cortadas, sendo , mas também a rosca dos parafusos e o suporte de fixação lam et al. (2011) atribuiu a menor resistência mecânica da rosca usinada ao formato angular da base dos filetes que, em conjunto com sua superfície mais rugosa, gera pontos de concentração trincas, levando a uma menor carga necessária ao rompimento dos filetes. Os filetes de rosca laminados, em contrapartida, possuem base arredondada e superfície polida.

A diferença entre este resultado e o obtido no presente estudo pode ser atribuída, principalmente, à metodologia aplicada. O rosqueamento de 10mm entre parafusos padrões e corpos de provas permitiu que as cargas fossem iletes de rosca, sendo aplicadas mais próximas da base destes. Em contrapartida, no presente estudo, o rosqueamento de três voltas, em conjunto com a conicidade dos parafusos, levou à ruptura dos presente trabalho, o material que claramente levou o parafuso padrão a se deformar plasticamente foi o aço AISI b). Isso significa que, mesmo havendo a ruptura dos filetes de rosca dos corpos axial máxima foi absorvida na deformação plástica do parafuso, não pelos filetes de rosca dos xemplo de corpo de prova ensaiado.

(8)

Como houve a deformação dos filetes de rosca dos parafusos, para os ensaios do aço

realizados réplica e tréplica, o que impede a análise estatística destes resultados. Apesar dos resultados serem apenas demonstrativos, é possível notar na Fig. (10

materiais analisados. Nota-se que o valor da força axila máxima se mostra tendenciosamente superior a encontrada no aço SAE 1045.

4. CONCLUSÕES

A partir dos resultados obtidos foi possível notar uma tendência de as roscas usinadas suportarem uma força axial superior às laminadas, quando utilizado parafuso M10x1,50 com três voltas rosqueadas. O estudo sugere

em algumas situações específicas, as roscas usinadas Outros estudos semelhantes já encontraram

necessários trabalhos posteriores para determinar a influência das principais variáveis envolvidas nos resultados obtidos.

5. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Universidade Federal de realização deste trabalho.

6. REFERÊNCIAS

Baldo, D. et al, 2010, "Estudo Comparativo da Resistência a Tração de Roscas Internas Laminadas e Usinadas Congresso Nacional de Engenharia

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Figura 6 - (a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas usinadas e por laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação para o aço

mo houve a deformação dos filetes de rosca dos parafusos, para os ensaios do

aço-realizados réplica e tréplica, o que impede a análise estatística destes resultados. Apesar dos resultados serem apenas ar na Fig. (10-b) as mesmas características de ruptura observadas nos outros dois se que o valor da força axila máxima se mostra tendenciosamente superior a encontrada no

A partir dos resultados obtidos foi possível notar uma tendência de as roscas usinadas suportarem uma força axial uando utilizado parafuso M10x1,50 com três voltas rosqueadas. O estudo sugere

em algumas situações específicas, as roscas usinadas podem suportar um esforço cisalhante superior às laminadas. encontraram tanto resultados análogos, quanto resultados contrários, tornando necessários trabalhos posteriores para determinar a influência das principais variáveis envolvidas nos resultados

niversidade Federal de Ouro Preto e à Universidade Federal de

Estudo Comparativo da Resistência a Tração de Roscas Internas Laminadas e Usinadas Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, p.1-7.

, W. O. (2002). Investigation of Thread Tapping Load Characteristics Through Mechanistics International Journal of Machine Tools e Manufactire, 42

ise da dinâmica do Processo de rosqueamento por conformação na Liga de Magnésio Universidade Federal de São João del Rei, São João del Rei.

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Processos de Fabricação - Rosqueamento". Universidade Federal de São João Del Rey "Tecnologia de roscagem", Catálogo: Machos de laminação InnoForm®

30

Velocidade de Corte/Laminação

Usinagem

(a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas usinadas e por laminadas em diferentes velocidades de corte/laminação para o aço-liga AISI 4140. (b) À direita, corpos de

prova fraturados e respectivos parafuso

-liga AISI 4140 não foram realizados réplica e tréplica, o que impede a análise estatística destes resultados. Apesar dos resultados serem apenas b) as mesmas características de ruptura observadas nos outros dois se que o valor da força axila máxima se mostra tendenciosamente superior a encontrada no

A partir dos resultados obtidos foi possível notar uma tendência de as roscas usinadas suportarem uma força axial uando utilizado parafuso M10x1,50 com três voltas rosqueadas. O estudo sugere, portanto, que

superior às laminadas. tanto resultados análogos, quanto resultados contrários, tornando necessários trabalhos posteriores para determinar a influência das principais variáveis envolvidas nos resultados

Ouro Preto e à Universidade Federal de Uberlândia pelo apoio na

Estudo Comparativo da Resistência a Tração de Roscas Internas Laminadas e Usinadas". , W. O. (2002). Investigation of Thread Tapping Load Characteristics Through Mechanistics

International Journal of Machine Tools e Manufactire, 42, pp. 1527-1538.

ise da dinâmica do Processo de rosqueamento por conformação na Liga de Magnésio Universidade Federal de São João del Rei, São João del Rei.

turing”, John Wiley & Sons Inc, External Thread Rolling. Journal of Universidade Federal de São João Del Rey.

Machos de laminação InnoForm®.

(a) À esquerda, gráfico de comparação da força axial máxima suportada por roscas internas usinadas liga AISI 4140. (b) À direita, corpos de

(9)

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Pereira, I. C. (2010). Análise do Torque e da Força Axial em Diferentes Condições de Ferros Fundidos Cinzentos Ligados (CrCuSn e

mestrado, Universidade Federal de Uberlândia

Pereira, I. C. Comparação entre os processos de rosqueamento interno por usinagem e laminação Doutorado, Universidade Federal de Uberl

Reis, A.M. , 2004, "Avaliação do Desem

Interno de Ferro Fundido Cinzento, através do Monitoramento do Desgaste Federal de Uberlândia, Uberlândia.

Reis, A.M. et al. , 2005, "Avaliação do

rosqueamento interno do ferro fundido cinzento GH Saglam, H.; KUŞ, R.; 2011, "Performance

Thread". 6 International Advanced Technologies Symposium (IATS'11), 16 TAPMATIC - "Recomendações de usinagem".

recommendations, acesso em 11 abr 2014

7. DIREITOS AUTORAIS

Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluído no seu trabalho.

COMPARISON OF TENSIL

GENERATED BY THE ROL

Luís Gustavo Batisteli Camêlo, lgbcamelo@gmail.com

Thaimara Cintia Ferreira Ramos, thaimararamos@hotmail.com Gustavo Antonio Pereira, gustavoap65@hotmail.com

Marcio Bacci da Silva, mbacci@mecanica.ufu.br Igor Cézar Pereira, igorcezarp@yahoo.com.br

1 Federal University of Ouro Preto, Campus

2 Federal University of Uberlândia, Campus Santa Mônica, Santa Mônica, Uberlândia

Abstract: Threads are used in almost all assemblies of industrial components, mostly because it is an metho allows mechanical components to be assembled in a quick and accurate way. Internal tapping is one of the most demanding machining operations. However, threads obtained by forming can be a good alternative since there is no chip formation avoiding the problems caused by chips. The purpose of this paper is to investigate and compare the tensile strength of thread fillets generated by these two processes in workpieces of ABNT 6351 Aluminium, SAE 1045 steel and AISI 4140 alloy steel. For this evalua

were the workpiece's material and the cutting/lamination speed, with the pre tool's manufacturer specifications. The tensile tests were performed in a spe

maximum tensile load supported by the threads. The results showed that the maximum tensile load supported by the M10X1.50 formed and cut threads are statistically the same, yet there was a tendency pointing out that cut

support a greater tensile load than formed threads.

Key-words: Tapping. Cut thread. Formed thread. Tensile strength

Precision and Surface Integrity of Threads Obtained by Form Tapping enderer, W.E., B.F. von Turkovich, 1974, “Theory of the cold forming tap”, Annals of the CIRP, 23:51 Ivanov, V., Kirov, V., 1996, “Rolling of internal threads: Part 1”, Journal of Materials Processing Technology.

, I. C. (2010). Análise do Torque e da Força Axial em Diferentes Condições de Corte no Rosqueamento de Ferros Fundidos Cinzentos Ligados (CrCuSn e CrCuSnMo) e um Vermicular da Classe 350.

Federal de Uberlândia, 100p. Uberlândia.

omparação entre os processos de rosqueamento interno por usinagem e laminação Federal de Uberlândia.

Avaliação do Desempenho de Diferentes Materiais de Ferramenta no Processo de Rosqueamento Interno de Ferro Fundido Cinzento, através do Monitoramento do Desgaste". Tese (Doutorado), Universidade Avaliação do desempenho de ferramentas de aço-rápido com e sem revestimento no rosqueamento interno do ferro fundido cinzento GH-190". Anais do 3º COBEF, p. 1-10.

Performance of Internal Thread Rolling Head and The Mechanical Properties of International Advanced Technologies Symposium (IATS'11), 16-18 May 2011, Elasi

"Recomendações de usinagem". Disponível em: http://tapmatic.com/tapping recommendations, acesso em 11 abr 2014

Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluído no seu trabalho.

COMPARISON OF TENSILE STRENGTH OF INTERNAL THREADS

GENERATED BY THE ROLLING AND THE TAPPING

lgbcamelo@gmail.com1

Thaimara Cintia Ferreira Ramos, thaimararamos@hotmail.com1 Gustavo Antonio Pereira, gustavoap65@hotmail.com1

Marcio Bacci da Silva, mbacci@mecanica.ufu.br2 Igor Cézar Pereira, igorcezarp@yahoo.com.br1

Campus Morro do Cruzeiro, Bauxita, Ouro Preto – MG, Federal University of Uberlândia, Campus Santa Mônica, Santa Mônica, Uberlândia – MG,

Threads are used in almost all assemblies of industrial components, mostly because it is an metho allows mechanical components to be assembled in a quick and accurate way. Internal tapping is one of the most demanding machining operations. However, threads obtained by forming can be a good alternative since there is no e problems caused by chips. The purpose of this paper is to investigate and compare the tensile strength of thread fillets generated by these two processes in workpieces of ABNT 6351 Aluminium, SAE 1045 steel and AISI 4140 alloy steel. For this evaluation, the two input conditions that were varied in both processes were the workpiece's material and the cutting/lamination speed, with the pre-hole diameter being according to the tool's manufacturer specifications. The tensile tests were performed in a specific device, in order to obtain the maximum tensile load supported by the threads. The results showed that the maximum tensile load supported by the M10X1.50 formed and cut threads are statistically the same, yet there was a tendency pointing out that cut

support a greater tensile load than formed threads.

Formed thread. Tensile strength.

Precision and Surface Integrity of Threads Obtained by Form Tapping". Publicado na enderer, W.E., B.F. von Turkovich, 1974, “Theory of the cold forming tap”, Annals of the CIRP, 23:51-52.

Materials Processing Technology.

Corte no Rosqueamento de dois Classe 350. Dissertação de omparação entre os processos de rosqueamento interno por usinagem e laminação. 2014. 121p. Tese de penho de Diferentes Materiais de Ferramenta no Processo de Rosqueamento Tese (Doutorado), Universidade rápido com e sem revestimento no of Internal Thread Rolling Head and The Mechanical Properties of Rolled

18 May 2011, Elasiğ, Turkey Disponível em:

http://tapmatic.com/tapping-questions/machine-Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluído no seu trabalho.

AL THREADS

PROCESSES

MG,

Threads are used in almost all assemblies of industrial components, mostly because it is an method that allows mechanical components to be assembled in a quick and accurate way. Internal tapping is one of the most demanding machining operations. However, threads obtained by forming can be a good alternative since there is no e problems caused by chips. The purpose of this paper is to investigate and compare the tensile strength of thread fillets generated by these two processes in workpieces of ABNT 6351 Aluminium, SAE ion, the two input conditions that were varied in both processes hole diameter being according to the cific device, in order to obtain the maximum tensile load supported by the threads. The results showed that the maximum tensile load supported by the M10X1.50 formed and cut threads are statistically the same, yet there was a tendency pointing out that cut threads

Referências

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